toda pessoa de fé tem dúvidas toda pessoa cética tem fé
a fé precisa
da razão
a razão
precisa da fé
primeira questão:
A fé cristã é a única
religião verdadeira?
segunda questão:
A ciência é
incompatível
terceira questão:
1) A Bíblia que temos
hoje é autêntica (fiel ao
texto original), ou foi
manipulada pela igreja
ao longo dos séculos?
duas perguntas cruciais:
2) O texto bíblico
corresponde aos fatos
históricos ou não passa
de um conjunto de
lendas, mitos e tradições?
a questão da
autenticidade
a questão da
historicidade
Bibliografia sugerida:
Capítulo 7 Capítulos 9, 10, 11 e 12
É realmente importante saber se os documentos
que constituem o Novo Testamento são dignos ou
não de crédito? É de fato necessário ter que
aceitá-los como narrativas verdadeiramente
históricas? Algumas pessoas darão uma resposta
categoricamente negativa a esses questionamentos.
Elas entendem que os princípios fundamentais do
cristianismo estão estabelecidos no Sermão do
Monte e em outras passagens do Novo Testamento,
e que a validade desses princípios não é afetada
pela veracidade ou falsidade da estrutura narrativa
em que estão inseridos. […]
De fato, é possível que nada saibamos de
indubitável sobre o Mestre em cuja boca
foram postos tais princípios. A história de
Jesus, tal como tem chegado até nós, pode
não passar de mito ou lenda, mas os ensinos
que foram atribuídos a Jesus têm valor
próprio — independente de ele ser realmente
responsável ou não por eles. Por isso,
alguém que aceita e segue tais ensinos pode
se tornar um cristão genuíno, mesmo crendo
que Cristo jamais existiu.
Esse argumento só poderá ser aplicado ao
Novo Testamento se ignorarmos a real essência
do cristianismo. Para o cristão, o evangelho não é
prioritariamente um código de ética ou um
sistema metafísico. Pois o evangelho cristão é em
primeiro lugar e acima de tudo boas-novas […] E essas
boas-novas estão estreitamente ligadas à ordem histórica,
pois retratam — nos grandes eventos da encarnação,
da crucificação e da ressurreição de Jesus Cristo —
como Deus, a fim de promover a redenção do mundo,
entrou na história, como a eternidade entrou no tempo
e como o reino dos céus irrompeu no reino da terra.
1) A Bíblia que temos
hoje é autêntica (fiel ao
texto original), ou foi
manipulada pela igreja
ao longo dos séculos?
duas perguntas cruciais:
2) O texto bíblico
corresponde aos fatos
históricos ou não passa
de um conjunto de
lendas, mitos e tradições?
a questão da
autenticidade
a questão da
historicidade
a. Quantidade de cópias antigas
b. Antiguidade das cópias mais antigas
(intervalo entre o original e as cópias mais antigas)
c. Quantidade de manuscritos de apoio
(citações do texto original em outros textos antigos)
a questão da autenticidade
a questão da autenticidade
a. quantidade de cópias manuscritas:
Plínio - César - Tácito - Platão - Heródoto - Demóstenes - Homero - Novo Testamento -7 10 20 7 8 200 643 5.686
a questão da autenticidade
b. intervalo de tempo entre o
original e as cópias mais antigas:
Plínio - César - Tácito - Platão - Heródoto - Demóstenes - Homero - Novo Testamento -750 1.000 1.000 1.200 1.400 1.400 500 25
a questão da autenticidade
b. intervalo de tempo entre o
original e as cópias mais antigas:
Qual é a idade do mais antigo manuscrito de um livro
completo do NT? Manuscritos que formam livros inteiros do NT sobreviveram a partir do ano 200. E quanto aos mais
antigos manuscritos do NT completo? A maioria dos manuscritos do NT, incluindo os quatro evangelhos, sobrevive desde o ano 250, e um manuscrito do NT (incluindo um AT em grego), chamado
Códice Vaticano, sobrevive desde o ano 325.
Norman Geisler e Frank Turek,
a questão da autenticidade
c. manuscritos de apoio:
Os pais da igreja primitiva - homens dos séculos II e III
como Justino Mártir, Irineu, Clemente de Alexandria,
Orígenes, Tertuliano e outros - fizeram tantas citações
do NT (36.289 vezes, para ser exato) que todos os
versículos do NT, com exceção de apenas 11, poderiam
ser reconstituídos simplesmente de suas citações.
Norman Geisler e Frank Turek,
uma conclusão:
Os documentos do NT possuem mais
manuscritos, manuscritos mais antigos e
manuscritos mais abundantemente
apoiados do que as dez melhores peças
da literatura clássica antiga combinadas.
Norman Geisler e Frank Turek,
Não tenho fé suficiente para ser ateu, p. 230
a questão da historicidade
O texto bíblico corresponde
aos fatos históricos ou não
passa de um conjunto de
lendas, mitos e tradições?
“Quando eu cursava a universidade no final dos anos 60, fiz alguns cursos sobre a Bíblia como expressão literária e me vi diante da sabedoria vigente na época. Meus professores ensinavam que os evangelhos do Novo Testamento
derivaram das tradições orais de várias comunidades
eclesiásticas ao redor do Mediterrâneo. As histórias sobre Jesus eram moldadas por essas comunidades de forma a abordar questões e necessidades específicas de cada
igreja. Os líderes cuidavam para que Jesus,
nessas histórias, fundamentasse as políticas e crenças de suas comunidades. As tradições orais, eram, então, passadas de geração em
geração ao longo dos anos, sofrendo acréscimo de um volumoso material legendário. Finalmente,
bem depois dos acontecimentos reais, os
A essa altura, já era praticamente impossível saber até que ponto eles correspondiam, se é que correspondiam, aos
acontecimentos históricos. Quem foi, então, o Jesus
original? Os acadêmicos cujas obras li sugeriam que o Jesus real, o “Jesus histórico”, teria sido um carismático
mestre da justiça e da sabedoria que despertou oposição e acabou executado. Após sua morte, diziam eles, várias
correntes e pontos de vista surgiram entre seus seguidores sobre quem, afinal, havia sido ele. Alguns afirmavam que era divino e ressuscitara dos mortos, outros, que não passava de um mestre humano que permanecera vivo no
coração de seus discípulos. Depois de uma luta de poder, a corrente do “Jesus divino” venceu e criou textos promovendo seus
Supostamente seus membros suprimiram e destruiram todos os textos alternativos que mostravam um Jesus diferente.
Ultimamente, alguns desses pontos de vista alternativos e
suprimidos sobre Jesus vieram à tona - como os evangelhos “gnósticos" de Tomé e de Judas. […] A ser verídica essa
visão das origens e do desenvolvimento do Novo Testamento, nossa compreensão do conteúdo e do significado do próprio Cristianismo sofreria
mudança radical. Significaria que ninguém é capaz de saber realmente o que Jesus disse e fez e que a Bíblia não pode ser a norma
autoritária a reger nossa vida e nossas crenças.
Texto
•
A divindade de Jesus foi decidida numa votação conciliar apertada?•
Os primeiros cristãos acreditavam que Jesus não era divino?•
Foi Constantino quem escolheu quais livros entrariam ou não na Bíblia?•
A verdadeira história de Jesus está escondida em outros evangelhos?Texto
O que é fato e
o que é ficção?
Texto
Os fatos:
•
Sobre Constantino•
Sobre o Concílio de Nicéia•
Sobre a discussão em torno da divindade de JesusTexto
A ficção:
•
O concílio de Nicéia não discutiu oudeterminou nada sobre quais livros faziam ou não parte da Bíblia
Texto
•
A crença na divindade de Jesus não foi decidida por votação apertada e não é verdade que os primeiros cristãos viam Jesus apenas como um homem mortalTexto
•
O Evangelho de Tomé, e vários outros, achados em Nag Hammadi, foramescritos pelo menos 150
anos após os 4 evangelhos da Bíblia
a questão da historicidade
1) A datação antiga e a presença
de testemunhas oculares vivas
“Os relatos bíblicos da vida de Jesus já circulavam na época em que ainda viviam
centenas de testemunhas dos acontecimentos ocorridos durante seu ministério”
a questão da historicidade
1) A datação antiga e a presença
de testemunhas oculares vivas
Lucas 1.1-4
1 Coríntios 15.3-6 Marcos 15.21
“Não eram apenas os seguidores de Jesus que
continuavam vivos, mas também vários observadores, autoridades e opositores que efetivamente o ouviram
ensinar, viram-no agir e assistiram à sua morte. Estes seriam os mais interessados em questionar quaisquer relatos
inventados. Para que um relato muito alterado, fictício, de um acontecimento se sustente no imaginário público é
preciso que as testemunhas oculares (bem como seus filhos e netos) já tenham há muito morrido. É preciso que estejam fora de cena de modo
a não contradizerem ou desmascararem os floreios e as falsidades da história.
Os evangelhos foram registrados por escrito cedo demais para isso. […]
Assim, se Jesus nunca tivesse dito ou feito o que os relatos dos evangelhos mencionam, seria impossível essa nova fé se disseminar da forma como aconteceu… Os documentos do Novo Testamento não poderiam dizer que Jesus foi
crucificado quando milhares de indivíduos ainda vivos teriam confirmado ou não o fato. Se Jesus não tivesse
aparecido após a morte, se não houvesse um templo aberto, se ele não tivesse afirmado essas coisas e os
documentos públicos reivindicassem que sim, o Cristianismo jamais decolaria.”
a questão da historicidade
1) A datação antiga e a presença
de testemunhas oculares vivas
evangelhos gnósticos final do século II evangelhos cânonicos meados do século I
onde estão os fatos e onde estão as lendas?
a questão da historicidade
2) A ausência de respostas para as
controvérsias da igreja primitiva
A teoria em vigor hoje para muita gente é a de que os evangelhos foram escritos pelos líderes da igreja dos primórdios a fim de promover suas políticas, consolidar seu poder e fortalecer seu movimento […] Se essa visão
estivesse correta, veríamos em vários trechos dos evangelhos Jesus tomando partido nos debates que
tinham lugar na igreja dos primórdios
a questão da historicidade
2) A ausência de respostas para as
controvérsias da igreja primitiva
Exemplo:
O que os evangelhos falam
a questão da historicidade
3) O princípio do embaraço
ou constrangimento
A Bíblia não esconde o fracasso
dos seus protagonistas nem
procura agradar os seus leitores
com um discurso atraente
“Por que teriam os líderes do movimento cristão dessa
época inventado a história da crucificação se ela não tivesse ocorrido? Qualquer ouvinte do evangelho, seja na cultura
grega, seja na judaica, suspeitaria automaticamente da culpa criminal de um crucificado, ainda que o locutor
dissesse contrário. Por que um cristão inventaria o relato do pedido de Jesus a Deus, no Jardim do Getsêmani, para ser dispensado de sua missão? Ou por que inventar o
momento na cruz em que Jesus exclama que Deus o abandonou? Essas coisas só haveriam de ofender ou confundir profundamente os
candidatos à conversão no século I, que concluiriam que Jesus era um fraco e um infiel a seu Deus. […]
Por que inventar que as mulheres foram as primeiras
testemunhas da ressurreição em uma sociedade em que às mulheres era concedido um status tão inferior que os
tribunais não admitiam seus depoimentos? Igualmente, porque retratar constantemente os apóstolos - os futuros líderes da igreja dos primórdios - como mesquinhos e
invejosos, quase retardados e, no final, como covardes, que ativa ou passivamente faltaram ao mestre?
O único motivo plausível para inclusão de todos esses incidentes é eles terem de fato ocorrido.”
“O Evangelho de Tomé e os documentos similares
expressam uma filosofia chamada “Gnosticismo”, na qual o mundo material é um lugar sombrio, mau, do qual nossos espíritos precisam ser resgatados pela iluminação secreta, ou “gnosis”. Isso se encaixa muito bem na visão de mundo dos gregos e dos romanos, mas é muito diverso da visão do mundo judeu do século I do qual Jesus fazia parte. Ao
contrário do Código da Vinci e de relatos similares, portanto, não foram os evangelhos canônicos que
“bajularam” o “poder instituído” no mundo antigo, mas, sim, os textos gnósticos.
Os evangelhos canônicos, com sua visão
positiva da criação material e sua ênfase nos pobres e oprimidos é que ofendiam a visão dominante no mundo greco-romano”
a questão da historicidade
4) Narrativas divergentes
1 ou 2 anjos no túmulo?
1 ou dois cegos em Jericó?
a questão da historicidade
4) Narrativas divergentes
À luz dos diversos detalhes divergentes do NT, está claro que os autores não se reuniram para harmonizar seus testemunhos. Isso significa que certamente não estavam tentando fazer uma mentira passar por verdade. Se estavam
inventando a história do NT, teriam se reunido para
certificar-se de que eram coerentes em todos os detalhes. Está claro que tal harmonização não aconteceu, e isso
confirma a natureza genuína das testemunhas oculares do NT e da independência de cada autor.
Norman Geisler e Frank Turek,
a questão da historicidade
5) Evidências externas
Quantas fontes não cristãs fazem menção a Jesus?
Incluindo Josefo, existem dez outros escritores não-cristãos conhecidos que mencionam Jesus num período de até 150 anos depois da sua morte. Por outro lado, nesses mesmos 150 anos, existem nove fontes não-cristãs que mencionam
Tibério César, o imperador romano dos tempos de Jesus.
Norman Geisler e Frank Turek,
a questão da historicidade
5) Evidências externas
Reunindo todas as dez referências não-cristãs, vemos que: 1) Jesus viveu durante o tempo de Tibério César;
2) Ele viveu uma vida virtuosa; 3) Realizou maravilhas;
4) Teve um irmão chamado Tiago; 5) Foi aclamado como Messias;
6) Foi crucificado a mando de Pôncio Pilatos; 7) Foi crucificado na véspera da Páscoa judaica;
a questão da historicidade
5) Evidências externas
8) Trevas e um terremoto aconteceram quando ele morreu; 9) Seus discípulos acreditavam que ele ressuscitara dos mortos; 10) Seus discípulos estavam dispostos a morrer por sua crença; 11) O cristianismo espalhou-se rapidamente, chegando até Roma;
12) Seus discípulos negavam os deuses romanos e adoravam Jesus como Deus.
Norman Geisler e Frank Turek,