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Superior Tribunal de Justiça

CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 172.464 - MS (2020/0119705-1)

RELATOR : MINISTRO REYNALDO SOARES DA FONSECA

SUSCITANTE : JUÍZO DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL ADJUNTO CRIMINAL DE CORUMBÁ - MS

SUSCITADO : JUÍZO FEDERAL DA 1A VARA DE CORUMBÁ - SJ/MS

INTERES. : EM APURAÇÃO

INTERES. : JUSTIÇA PÚBLICA

EMENTA

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. INQUÉRITO POLICIAL. JUSTIÇA FEDERAL X JUIZADO ESPECIAL DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. TRANSPORTE DE FOLHAS DE COCA ADQUIRIDAS NA BOLÍVIA. CLASSIFICAÇÃO PELA PORTARIA/SVS 344, DE 12/5/1988, COMO PLANTA

PROSCRITA QUE PODE ORIGINAR SUBSTÂNCIAS

ENTORPECENTES E/OU PSICOTRÓPICAS, E NÃO COMO DROGA. ENQUADRAMENTO NO TIPO DESCRITO NO § 1º, I, DO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL.

1. Situação em que o investigado foi flagrado transportando, em seu veículo, 4,4 Kg de folhas de coca (erytroxylum coca) adquiridas na Bolívia, que afirmou seriam destinadas ao consumo em rituais religiosos indígenas de mascar, fazer infusão de chá e até mesmo bolo para comer, em instituto espiritualista e xamânico por ele frequentado.

2. Inviável o enquadramento do transporte de folhas de coca no tipo previsto no art. 28 da Lei 11.343/2006, que descreve o transporte de droga para consumo pessoal. Isso porque, a folha de coca (“erythroxylum coca lam”) é classificada no Anexo I – Lista E – da Portaria/SVS n. 344, de 12/5/1988 – que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial – como uma das plantas proscritas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas. Seja dizer, ela não é, em si, considerada droga.

3. A conduta de transportar folhas de coca melhor se amolda, em tese e para o fim de definir a competência, ao tipo descrito no § 1º, I, do art. 33 da Lei 11.343/2006, que criminaliza o transporte de matéria-prima destinada à preparação de drogas.

No caso concreto, caberá ao juízo de 1º grau, que tem a visão completa de todo o conjunto de evidências colhido no autos, averiguar se, efetivamente, o intuito final do investigado era o de preparar drogas com as folhas de coca, tendo em conta, entre outros aspectos, o laudo pericial produzido pela Polícia Federal que assevera que a quantidade

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de folhas com ele apreendida teria o potencial de produzir, aproximadamente, de 4,4 g (quatro gramas e quatro decigramas) a 23,53 g (vinte e três gramas e cinquenta e três centigramas) de cocaína, a depender da técnica de refino utilizada.

4. Conflito conhecido, para declarar competente o Juízo Federal da 1ª Vara de Corumbá – SJ/MS, o suscitado, para conduzir o inquérito policial.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer do conflito e declarar competente o suscitado, Juízo Federal da 1ª Vara de Corumbá – SJ/MS, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Ribeiro Dantas, Joel Ilan Paciornik, Felix Fischer, Laurita Vaz, Jorge Mussi, Sebastião Reis Júnior e Rogerio Schietti Cruz votaram com o Sr. Ministro Relator.

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Antonio Saldanha Palheiro. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nefi Cordeiro.

Brasília (DF), 10 de junho de 2020(Data do Julgamento)

Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA Relator

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CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 172.464 - MS (2020/0119705-1)

RELATOR : MINISTRO REYNALDO SOARES DA FONSECA

SUSCITANTE : JUÍZO DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL ADJUNTO CRIMINAL DE CORUMBÁ - MS

SUSCITADO : JUÍZO FEDERAL DA 1A VARA DE CORUMBÁ - SJ/MS

INTERES. : EM APURAÇÃO

INTERES. : JUSTIÇA PÚBLICA

RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO REYNALDO SOARES DA FONSECA (Relator):

Cuida-se de conflito negativo de competência suscitado pelo Juízo de Direito do Juizado Especial Adjunto criminal de Corumbá/MS em face de decisão do Juízo Federal da 1ª Vara de Corumbá – SJ/MS que se reputou incompetente para conduzir inquérito policial (n. 5000848-43.2019.4.03.6004 – numeração da Justiça Federal; ou n. 0001265-08.2020.8.12.0008 – numeração da Justiça Estadual) de RAFAL FERREIRA TORRES, flagrado transportando folhas de coca.

Consta nos autos que RAFAEL FERREIRA TORRES foi preso em flagrante, no dia 24/10/2019, tendo em vista a descoberta, por policiais rodoviários federais, de 4,4 kg de folhas de coca (erytroxylum coca), de origem boliviana, acondicionados no estepe do veículo conduzido pelo acusado, conforme identificado pelo Laudo de Perícia Criminal Federal (QUÍMICA FORENSE) n° 1913/2019-SETEC/SR/PF/MS.

O referido laudo pericial constatou que os 4,400 kg (quatro quilos e quatrocentos gramas) de folhas de coca teriam o potencial de produzir, aproximadamente, de 4,4 g (quatro gramas e quatro decigramas) a 23,53 g (vinte e três gramas e cinquenta e três centigramas) de cocaína, a depender da técnica de refino utilizada.

O Juízo suscitado (da Justiça Federal), acolhendo promoção ministerial, entendeu que o delito melhor se enquadra no crime de uso de entorpecente para consumo próprio (art. 28 da Lei 11.343/2006), de competência da Justiça Estadual.

Por sua vez, o Juízo suscitante (do Juizado Especial), diante de declaração do investigado de que as folhas de coca seriam utilizadas em rituais indígenas praticados pelo

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Instituto Pachapapa (Grande Pai), para mascar, fazer infusão de chá e bolo para comer, e após confirmar a existência do Instituto em pesquisa online (cópia do Estatuto Social do Instituto às e-STJ fls. 110/123), entendeu que o delito não se amoldaria ao uso de drogas, já que o elemento subjetivo exige que a droga seja para uso do próprio agente, e não de terceiros. Havendo a entrega de droga para outrem, ainda que de forma gratuita e/ou a pessoas de seu relacionamento, a subsunção da conduta seria ao delito de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/2006), de competência da Justiça Federal, posto que as folhas de coca foram adquiridas em país vizinho (Bolívia).

Instado a se manifestar sobre a controvérsia, o órgão do Ministério Público Federal opinou pela competência do Juizado Especial, o suscitante, em parecer assim ementado:

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. POSSE DE DROGAS PARA CONSUMO PRÓPRIO (ART. 28, CAPUT, DA LEI 11.343/06). APREENSÃO DE FOLHAS DE COCA. MATERIAL QUE TERIA POTENCIAL DE PRODUZIR PEQUENA QUANTIDADE DE COCAÍNA. CONDUTA QUE SE AMOLDA AO TIPO PENAL DESCRITO NO ART. 28 DA LEI 11.343/06. CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO.

PARECER PELA COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL ADJUNTO CRIMINAL DE CORUMBÁ - MS.

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CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 172.464 - MS (2020/0119705-1) VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO REYNALDO SOARES DA FONSECA (Relator):

Conheço do conflito, uma vez que os juízos que suscitam a incompetência estão vinculados a Tribunais diversos, o que atrai a competência originária do Superior Tribunal de Justiça, consoante o disposto no art. 105, inciso I, alínea "d", da Constituição Federal.

Questiona-se, nos autos, se o transporte de folhas de coca amolda-se melhor ao tráfico internacional de entorpecentes (art. 33 c/c 40, I e VII, da Lei 11.343/2006) ou ao uso de droga para consumo pessoal (art. 28 da Lei 11.343/2006), resposta essa que permite definir se a competência para o julgamento da ação é da Justiça Federal ou do Juizado Especial criminal estadual.

A substância (4,4 Kg de folhas de coca) adquirida na Bolívia foi localizada no estepe do veículo conduzido pelo acusado e seria transportada até Uberlândia/MG, para rituais de mascar, fazer infusão de chá e até mesmo bolo para comer, rituais esses associados à prática religiosa indígena do Instituto Pachapapa (Grande Pai), ao qual pertenceria o acusado.

Conforme o Laudo de Perícia Criminal Federal (QUÍMICA FORENSE) n° 1913/2019-SETEC/SR/PF/MSN, os 4,400 kg (quatro quilos e quatrocentos gramas) de folhas de coca teriam o potencial de produzir, aproximadamente, de 4,4 g (quatro gramas e quatro decigramas) a 23,53 g (vinte e três gramas e cinquenta e três centigramas) de cocaína, a depender da técnica de refino utilizada.

Não se questiona, portanto, a origem transnacional do entorpecente. A definição da competência depende, assim, na hipótese em exame, da tipificação da conduta como tráfico ou como posse de droga para consumo próprio.

O crime de uso de entorpecente para consumo próprio, previsto no art. 28

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da Lei 11.343/06, é de menor potencial ofensivo, o que determina a competência do Juizado Especial estadual, já que ele não está previsto em tratado internacional e o art. 70 da Lei n. 11.343/2006 não o inclui dentre os que devem ser julgados pela Justiça Federal.

Já o tráfico de drogas é delito de tipo misto alternativo de conteúdo variado que pune, também, a conduta de quem importa ou adquire substância entorpecente ou matéria-prima destinada à sua fabricação.

Vejamos a exata descrição dos tipos penais:

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:

I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade;

III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.

§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica.

Veja-se que o tipo do art. 28 da Lei de Drogas, em seu caput, prevê vários núcleos, dentre os quais o verbo “transportar” que corresponde à conduta do investigado. Contudo, ele também vincula o transporte a “drogas”, seja dizer, a substância entorpecente de uso proibido no país.

Ocorre que a folha de coca (“erythroxylum coca lam”) é classificada no Anexo I – Lista E – da Portaria/SVS n. 344, de 12/5/1988 – que aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial (disponível no

endereço eletrônico

http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/PRT_SVS_344_1998_COMP.pdf/a3e e82d3-315c-43b1-87cf-c812ba856144 - consulta efetuada em 05/06/2020) – como uma das plantas proscritas que podem originar substâncias entorpecentes e/ou psicotrópicas. Seja dizer, ela não é, em si, considerada droga.

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Com isso em mente, a conduta do investigado não se enquadra no caput do art. 28 da Lei 11.343/2006.

Tampouco se amoldaria ao delito equiparado descrito no parágrafo 1º do art. 28, uma vez que o investigado não semeou, nem cultivou, nem colheu as folhas de coca que transportava, já que admitiu tê-las comprado de uma índia do Acre.

Assim sendo, por mais que sua intenção confessada fosse a de consumir as folhas de coca, mascando-as, fazendo chás ou preparando bolos em rituais indígenas de sua crença religiosa, não se trataria de consumo de drogas, como defende o Ministério Público Federal no Mato Grosso do Sul, e a conduta não se amolda ao tipo do art. 28 da Lei 11.3434/2006.

De se louvar, no entanto, as ponderações do órgão do Parquet Federal no sentido de que a conduta em questão deve ser avaliada também sob o aspecto do direito fundamental à liberdade religiosa, já reconhecida pelo Estado brasileiro no tocante ao uso religioso do chá fitoterápico indígena conhecido como Ayahuasca, descriminalizado pelo Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas – CONAD, por meio da Resolução CONAD n. 1, de 25/01/2010, que, em seu item 1, estabelece que "o chá Ayahuasca é o produto da decocção do cipó Banisteriopsis caapi e da folha Psychotria viridis e seu uso é restrito a rituais religiosos, em locais autorizados pelas respectivas direções das entidades usuárias, vedado o seu uso associado a substâncias psicoativas ilícitas."

Isso não obstante, com efeito, a descriminalização ainda não foi estendida às folhas de coca.

Examinemos agora a exata descrição do tipo do art. 33 da Lei 11.343/2006:

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito,

transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,

entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

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§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:

I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar,

matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;

II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.

IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)

Vê-se que o caput do art. 33 criminaliza, entre outras condutas, a de transportar drogas. Como se viu anteriormente, a folha de coca não é droga. Mas pode ser classificada como matéria-prima ou insumo para sua fabricação.

Nesse sentido, a conduta do investigado melhor se amoldaria ao tipo descrito no § 1º, I, do art. 33 da Lei 11.343/2006 se, e apenas se, ficar demonstrado, ao final do inquérito ou da ação penal que o intuito final do investigado era o de, com as folhas de coca, preparar drogas.

É bem verdade que os dados constantes no presente conflito apontam para uma tipicidade duvidosa da conduta.

A uma, porque não é inverossímil a alegação do acusado de que utilizaria as folhas da planta em rituais religiosos indígenas, tanto mais que ele trouxe aos autos documentos que comprovam a existência e atividades do Instituto Pachapapa de Práticas Integradas, "de natureza ecumênica, filosófica, religiosa, espiritualista e xamânica", a exemplo de seu estatuto social e sua página no Facebook.

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A duas, porque o laudo pericial produzido pela Polícia Federal assevera que a quantidade de folhas com ele apreendida teria o potencial de produzir, aproximadamente, de 4,4 g (quatro gramas e quatro decigramas) a 23,53 g (vinte e três gramas e cinquenta e três centigramas) de cocaína, a depender da técnica de refino utilizada, quantidade essa que, pelo menos em tese, não se coaduna com o intuito de comercialização ou mesmo de distribuição gratuita de entorpecentes por ser muito pequena.

A três, porque não se vê nos documentos juntados ao conflito, evidências de que tenham sido apreendidos em posse do acusado, em sua residência, ou no local para onde transportaria as folhas de coca (o Instituto Pachapappa), outros apetrechos ou insumos destinados à produção de entorpecente.

Tudo isso ponderado, não convém a esta Corte, suprimindo duas instâncias e distante do conjunto total das evidências existentes no inquérito, se pronunciar de maneira definitiva sobre a existência, ou não, de fato típico no caso concreto, ainda mais em sede de conflito de competência, na qual o conhecimento da matéria se restringe a definir o Juízo competente para conduzir o inquérito policial e julgar eventual ação penal dele derivada.

Com isso em mente, tenho que, unicamente para efeitos de fixação da competência, a conduta melhor se amoldaria à do tipo previsto no § 1º, I, do art. 33 da Lei 11.343/2006, estabelecendo-se a competência da Justiça Federal para a condução do inquérito policial.

Ante o exposto, conheço do conflito, para declarar competente o Juízo Federal da 1ª Vara de Corumbá – SJ/MS, o suscitado, para conduzir o inquérito policial.

É como voto.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO TERCEIRA SEÇÃO

Número Registro: 2020/0119705-1 PROCESSO ELETRÔNICO CC 172.464 / MS

MATÉRIA CRIMINAL Números Origem: 00012650820208120008 12650820208120008 50008484320194036004

EM MESA JULGADO: 10/06/2020

Relator

Exmo. Sr. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA Presidente da Sessão

Exmo. Sr. Ministro NEFI CORDEIRO Subprocuradora-Geral da República

Exma. Sra. Dra. JULIETA E. FAJARDO C. DE ALBUQUERQUE Secretário

Bel. GILBERTO FERREIRA COSTA

AUTUAÇÃO

SUSCITANTE : JUÍZO DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL ADJUNTO CRIMINAL DE

CORUMBÁ - MS

SUSCITADO : JUÍZO FEDERAL DA 1A VARA DE CORUMBÁ - SJ/MS

INTERES. : EM APURAÇÃO

INTERES. : JUSTIÇA PÚBLICA

ASSUNTO: DIREITO PENAL - Crimes Previstos na Legislação Extravagante - Crimes de Tráfico Ilícito e Uso Indevido de Drogas - Tráfico de Drogas e Condutas Afins

CERTIDÃO

Certifico que a egrégia TERCEIRA SEÇÃO, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:

A Terceira Seção, por unanimidade, conheceu do conflito e declarou competente o suscitado, Juízo Federal da 1ª Vara de Corumbá – SJ/MS, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.

Os Srs. Ministros Ribeiro Dantas, Joel Ilan Paciornik, Felix Fischer, Laurita Vaz, Jorge Mussi, Sebastião Reis Júnior e Rogerio Schietti Cruz votaram com o Sr. Ministro Relator.

Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Antonio Saldanha Palheiro. Presidiu o julgamento o Sr. Ministro Nefi Cordeiro.

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