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Academic year: 2021

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O Motivo Para Escrever este livro

Meu motivo para escrever este livro é, antes de tudo, para ressaltar cuidadosamente e testemunhar toda a verdade bíblica que aguarda este mundo no fim dos tempos – explicar em detalhes tudo sobre o Anticristo, a marca do 666, o martírio dos santos, seu arrebatamento, o Reino Milenar e o Novo Céu e Nova Terra.

Meu segundo motivo é para libertar os crentes da falsa doutrina do arrebatamento pré-tribulação, que os está levando à destruição.

O último motivo para escrever este livro é para derramar luz na verdade do Apocalipse para que a verdade do fim dos tempos possa ser conhecida e a fé dos verdadeiros crentes não seja roubada.

Todas estas coisas são o que Deus permitiu que eu escrevesse para o bem de todos que vivem nesta época atual.

Este livro trará luz sobre tudo aquilo que aguarda este mundo no futuro, como está escrito no Livro de Apocalipse, responderá todas as suas perguntas sobre o fim dos tempos, e te abençoará com a verdadeira fé. Que Deus possa derramar sobre ti todas as Suas bênçãos.

(3)

A Era do Anticristo,

Martírio,

Arrebatamento e do

Reino Milenar está

chegando?

( I )

A Era do Anticristo,

Martírio,

Arrebatamento e do

Reino Milenar está

chegando?

( I )

P

AUL C.

J

ONG

Hephzibah Publishing House

Um ministério daThe New Life Mission

(4)

A era do Anticristo, Martírio, Arrebatamento e do Reino Milenar está chegando? (I)

Copyright © 2003 por The New Life Mission Todos os Direitos Reservados

Nenhuma Parte deste livro pode ser reproduzida

Ou trasmitida de qualquer forma ou por qualquer meio Eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer foram de guardar informações, sem a permissão escrita do detentor dos direitos autorais.

As citações bíblicas foram retiradas da Bíblia traduzida por João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada.

ISBN 89- 8314- 363-0

Agradecimentos

É pela graça de Deus que o primeiro volume dos Comentários e Sermões sobre o Livro de

Apocalipse está sendo publicado.

Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer a Deus por me permitir espalhar a Palavra do Apocalipse por todo o mundo, iluminado pela Escritura e sendo guiado pelo Espírito Santo, neste tempo da iminente chegada da era do cavalo amarelo. Eu creio que agora é o tempo urgente para que todas as almas nasçam de novo pelo evangelho da água e do Espírito, para que ouçam o que a Palavra de Apocalipse fala sobre o fim dos tempos, e obedeçam os seus ensinamentos em fé.

(5)

As palavras não podem expressar a minha profunda gratidão por todos os servos e membros da The New Life Mission, que trabalharam junto para lançar este livro, e que têm, até este momento, unido seus corações para pregar o evangelho. Cada um deles é o verdadeiro publicador deste livro.

Eu gostaria de agradecer também ao Rev. Samuel Kim e ao Rev. John Shin, meus companheiros de trabalho que têm fielmente cumprido com todas as tarefas para publicarmos este livro. Eu estendo meus sentimentos para o irmão Matheus Gonçalves Ferreira por sua tradução. É uma pena que eu não possa agradecer pessoalmente a todos os meus companheiros de trabalho envolvidos na edição e impressão deste livro.

Eu dou toda a glória a Deus, que nos permitiu

nascer de novo no evangelho da água e do Espírito, e que nos fez, pela divulgação da Palavra do Apocalipse nesta geração má, guardar a nossa esperança pelo Reino Milenar e o Novo Céu e a Nova Terra, e defender a nossa fé. !

(6)

Conteúdo

Prefácio---9

C

APÍTULO

1

Ouçam a Palavra da Revelação de Deus

(Apocalipse 1:1-20)---13 Nós Devemos Conhecer as Sete Eras --- 23

C

APÍTULO

2

Carta à Igreja de Éfeso

(Apocalipse 2:1-7) --- 34

A Fé que Pode Abraçar o Martírio --- 42 Carta à Igreja de Esmirna

(Apocalipse 2:8-11)--- 71 Sê Fiel até a Morte --- 75 Quem é Salvo do Pecado? --- 90 Carta à Igreja de Pérgamos

(Apocalipse 2:12-17) --- 101 Os Seguidores da Doutrina dos Nicolaítas --- 105

(7)

(Apocalipse 2:18-29)--- 145 Você foi Salvo Pela Água e pelo Espírito? --- 151

C

APÍTULO

3

Carta à Igreja de Sardes

(Apocalipse 3:1-6)--- 167 Aqueles que não Contaminaram as

Suas Vestes --- 171 Carta à Igreja de Filadélfia

(Apocalipse 3:7-13) --- 192 Os Servos e Santos de Deus que Agradam

Seu Coração --- 196

(Apocalipse 3:14-22)--- 212 A Verdadeira Fé para a

Vida de Discipulado--- 217

C

APÍTULO

4

Olhe para Jesus que Está Assentado no

Trono de Deus (Apocalipse 4:1-11)--- 224 Jesus é Deus --- 229

C

APÍTULO

5

Jesus que é Entronizado como o Representante de Deus Pai

(8)

C

APÍTULO

6

As Sete Eras Preparadas por Deus

(Apocalipse 6:1-17) --- 245 As Eras dos Sete Selos --- 251

C

APÍTULO

7

Quem será Salvo Durante a Grande Tribulação? (Apocalipse 7:1-17) --- 267 Vamos ter uma Fé que Batalha--- 273

(9)

PREFÁCIO

A era do Cavalo Amarelo está

chegando

As Escrituras revelam para todos que a era do cavalo amarelo não está longe e, quando esta chegar a este mundo, as pessoas irão sofrer muito sob a tirania do Anticristo. Mas, mesmo em um mundo tão desesperado, os santos ainda serão capazes de conquistar o Reino Milenar e o Novo céu e Nova Terra através da sua fé vitoriosa dada por Deus.

Com este livro, você também será capaz de descobrir os esquemas do Anticristo para destruir a sua fé e como permanecer firme no tipo de fé que tinha a sábia noiva, que preparou óleo e esperou pela chegada do noivo. Por que você

(10)

encontrará a verdade ouvindo a Palavra do Apocalipse, você não será mais enganado por aqueles que espalham uma fé falsa. Aqueles que ouvem e crêem no evangelho da água e do Espírito receberão o paraíso na terra e o Reino do Céu.

Neste livro você descobrirá as sete eras planejadas por Deus. O mundo hoje precisa de verdadeiros profetas que possam testemunhar para todos as mudanças que estão para ocorrer neste mundo. Os verdadeiros profetas de Deus irão mostrar o que nos espera neste mundo no futuro. Assim como o Senhor falou aos pecadores que o homem deve nascer de novo da água e do Espírito, não somente para entrar no Reino do Céu, mas para vê-lo, os profetas também nos darão a segurança da nossa salvação. Nós devemos perceber agora que a era do cavalo amarelo é iminente. A Grande Tribulação de sete anos, dividida em dois períodos de três

anos e meio, é a providência de Deus para a era do cavalo amarelo.

Na era do cavalo amarelo, o mundo irá enfrentar as pragas das sete trombetas e dos sete cálices. Saraiva e fogo do céu destruirão um terço das florestas do mundo; cometas cairão no mar e matarão um terço das criaturas e tornarão um terço das águas venenosas; e um terço do sol, da lua e das estrelas serão atingidas e se tornarão escuras.

Como heróis que surgem em tempos de grandes dificuldades, o Anticristo surgirá como um herói do mundo no fim dos tempos e o mundo inteiro será dele. Ele irá resolver todos os problemas e dificuldades do mundo e será adorado como um deus. O Anticristo irá então determinar que todos recebam a marca do 666, seu nome e número, em suas mãos direitas e testas.

(11)

a marca e serão martirizados para defender a sua verdadeira fé. Estes santos que permanecerão contra o Anticristo e serão martirizados por sua fé, serão então arrebatados pelo Senhor e chamados para as bodas do Cordeiro.

A era do cavalo amarelo está se aproximando de nós rapidamente. Devemos ter o conhecimento e a fé que pode nos preparar para o fim dos temos. Que as bênçãos de Deus estejam com você! !

(12)

C

APÍTULO

(13)

Ouçam a Palavra da

Revelação de Deus

< Apocalipse 1:1-20 >

“Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João, o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu. Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo. João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono e da parte de Jesus Cristo,

a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém! Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso. Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo,

(14)

Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força. Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno. Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são,

e as que hão de acontecer depois destas. Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas e os sete candeeiros são as sete igrejas.”

Exegese

Versículo 1: “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João,”

O Livro de Apocalipse foi escrito pelo Apóstolo João, que gravou a revelação dada por Jesus Cristo a ele durante sua estada em Patmos, uma ilha no Mar Egeu a qual foi enviado em exílio nos últimos anos de reinado do Imperador Romano Domiciano (Cerca de 95 D.C.). João foi

(15)

exilado na ilha de Patmos por testemunhar a Palavra de Deus e o testemunho de Jesus, e foi nessa ilha que João viu o reino de Deus mostrado por Jesus Cristo através da inspiração do Espírito Santo e dos Seus anjos.

O que é esta “Revelação de Jesus Cristo”? Pela revelação de Jesus Cristo, significa que Deus revelou para nós, através de Seu representante Jesus Cristo, o que irá acontecer a este mundo e o Reino do Céu no futuro. Quem é Jesus em seus fundamentos? Ele é o Deus Criador e o Salvador que libertou a humanidade dos pecados do mundo.

Jesus Cristo é o Deus do Novo Reino que vem, é o revelador que nos mostra tudo sobre este novo mundo e o representante do Deus Pai. Através da Palavra do Apocalipse escrito por João, nós podemos ver como Jesus irá lidar com o mundo antigo e irá inaugurar o novo mundo.

Versículo 2: “o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu.”

João podia testemunhar a palavra da verdade particularmente porque ele viu o que Jesus Cristo fará no futuro como representante de Deus Pai. João viu e ouviu o que será cumprido através de Jesus Cristo e, dessa forma, ele pôde testemunhar sobre tudo nesse assunto.

Versículo 3: “Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.”

Está dito aqui que bem-aventurados são aqueles que lêem e ouvem a Palavra de Deus testificada por João. Quem são os bem-aventurados? Primeiro são os crentes que se tornaram o povo de Deus sendo libertos de todos os seus pecados através da sua fé na Palavra de

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Deus. Apenas os santos podem ser abençoados porque eles lêem, ouvem e guardam o testemunho da Palavra de Deus – todas as coisas que estão por vir através de Jesus Cristo – escrito por João. Aqueles que se tornaram os santos de Deus dessa forma receberão as bênçãos do céu ouvindo a Palavra de Deus e guardando a sua fé no Senhor.

Deus não profetizou, através de João, o segredo da verdade de tudo que está para acontecer na terra e no Céu, como os santos podem ouvir e ver isso? Como eles poderiam ter a benção de saber de antemão e crer em todas as mudanças que o mundo irá atravessar? Eu dou graças e glória a Deus por nos mostrar através de João tudo o que espera a terra e o céu. Em nosso presente tempo, abençoados de verdade são aqueles que podem ver e ler com seus próprios olhos as Palavras da revelação de Deus através de Jesus Cristo.

Versículo 4: “João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono,”

João diz aqui que ele está enviando esta carta para as sete igrejas na Ásia. Tendo escrito as profecias e revelações que Deus o concedeu durante o seu exílio na ilha de Patmos, João enviou a carta para as sete igrejas na Ásia, bem como para todas as igrejas de Deus no mundo inteiro.

Versículo 5: “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados,”

Por que João chama Jesus Cristo de “fiel testemunha”? Nosso Senhor veio a este mundo e

(17)

foi batizado por João Batista para libertar todos aqueles que estão em pecado e prestes a serem destruídos. Através do Seu batismo, Jesus levou todos os pecados do mundo de uma vez, derramou sangue na Cruz para pagar o salário do pecado com a sua própria vida e ressuscitou da morte em três dias. Porque não há nenhum outro senão o próprio Jesus Cristo, que libertou todos os pecadores do mundo de seus pecados, ele é a testemunha viva para a salvação.

Ao se referir ao “primogênito dos mortos”, João está nos dizendo que Jesus tornou-se a primícia ao vir a este mundo e cumprir todos os requisitos da Lei – pagando, em outras palavras, o salário do pecado – levando sobre si todos os pecados com o Seu batismo, morte na Cruz e ressurreição da morte. E como Cristo “nos amou e nos libertou de nossos pecados”, Deus libertou de todos os seus pecados aqueles que crêem no evangelho da água e do Espírito.

Versículo 6: “e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”

Como representante de Deus Pai, Jesus veio a este mundo em carne e salvou os pecadores com o Seu batismo e sangue na Cruz. Com estes atos de graça, Cristo nos limpou e nos fez o povo e sacerdotes de Deus. Para o Pai, que nos deu estas bênçãos da Sua maravilhosa graça, e para o Filho, que é o Seu representante e o nosso Salvador, seja toda a glória, louvor, e graça para todo o sempre! O propósito da encarnação de Cristo foi nos tornar povo e sacerdotes de Deus Pai. Nós fomos feitos “reis”, em outras palavras, do Reino do Céu onde nós viveremos eternamente com Deus.

Versículo 7: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele.

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Certamente. Amém!”

É dito aqui que Cristo virá entre com as nuvens, e eu creio absolutamente nisso. Esta não é uma história de ficção científica, mas a profecia de que Jesus Cristo realmente irá retornar à terra do Céu. Também é dito aqui que “até quantos o traspassaram” o verão. Quem são estes? Estes são aqueles que viram a Palavra da água e do Espírito como uma das meras doutrinas do mundo, mesmo tendo esta Palavra o poder de salvá-los.

Quando Cristo voltar, aqueles que o traspassaram com sua descrença com certeza irão lamentar. Eles irão chorar e agonizar, porque quando perceberem que o evangelho da água e do Espírito é realmente o evangelho da redenção e libertação dos pecados, e que Jesus foi batizado por João para levar sobre si todos os pecados do mundo, será muito tarde para eles.

Versículo 8: “Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.”

Pelo “Alfa e Ômega”, João nos diz que o nosso Senhor é o Deus do julgamento de quem o início, o fim do universo e a história da humanidade são derivados. O Senhor retornará para recompensar os justos e julgar os pecadores. Ele é o Deus todo-poderoso que irá julgar os pecados das pessoas e recompensar a justiça daqueles que crêem em Sua justiça.

Versículo 9-10: “Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Achei-me em Espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta”

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companheiros crentes chamam uns aos outros. Na igreja de Deus nascida de novo, aqueles que se tornaram família crendo no evangelho da água e do Espírito chamam uns aos outros de irmãos e irmãs, e estes títulos são dados a nós por nossa fé no evangelho da água e do Espírito.

O “Dia do Senhor” se refere aqui ao dia após o sábado, quando Jesus ressuscitou da morte. Neste dia da semana que Jesus ressuscitou, e é por isso que o chamamos de domingo, “o Dia do Senhor”. Este dia marca o fim do tempo da Lei e o início do novo tempo da salvação. Também, com Sua ressurreição, nosso Senhor nos diz que o Seu Reino não está nesse mundo.

Versículo 11: “dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.”

João registrou o que ele viu através da

revelação de Jesus Cristo e enviou as cartas para as sete igrejas na Ásia. Isto significa que Deus fala para a Igreja toda através de Seus servos que viveram antes de nós.

Versículo 12: “Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro,”

Porque as Escrituras de Deus ainda não foram completadas nos dias dos Apóstolos, havia a necessidade de mostrar sinais e visões para os discípulos. Quando João voltou a ouvir a voz de Deus, ele viu “sete candeeiros de ouro”. Os candeeiros aqui simbolizam as igrejas de Deus, as comunidades dos santos que crêem na revelação do evangelho da água e do Espírito. Deus foi o Senhor das sete igrejas na Ásia, e Ele foi e é o Cordeiro que toma conta de todos os santos.

(20)

semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro.”

“Um semelhante ao Filho do Homem”, que João viu “no meio dos candeeiros”, se refere a Jesus Cristo. Como o Cordeiro dos santos, Jesus visita e fala para aqueles que crêem na Palavra da verdade do Seu batismo e crucificação. A descrição de Jesus Cristo feita por João com “vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro” simboliza o status do nosso Senhor como o representante de Deus Pai.

Versículo 14: “A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo;”

Nosso Senhor é perfeitamente santo, majestoso, e digno. “Os olhos, como chama de fogo” significa que Ele, como o Deus todo poderoso, é o justo Juiz de todos.

Versículo 15: “os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas.”

Quem nós achamos que Jesus é? Os santos crêem que Ele é o próprio Deus. Nosso Senhor é todo poderoso e não tem fraqueza. Mas porque Ele experimentou nossas fraquezas enquanto viveu nesta terra, Ele tem um profundo entendimento de nossas condições e circunstâncias e, portanto, pode nos ajudar melhor. Aquela voz que era como voz de muitas águas mostra o quanto Deus é santo e todo poderoso. Não há sequer um traço de imperfeição ou fraqueza no Senhor, e Ele é cheio de santidade, amor, majestade e honra.

Versículo 16: “Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força.”

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“Tinha na mão direita sete estrelas” significa que o Senhor guarda a igreja de Deus. A “espada de dois gumes” que sai da sua boca simboliza que Jesus é o Deus todo poderoso que trabalha com a palavra de autoridade e com poder de Deus. “Como o sol da sua força”, nosso Senhor é o Deus da Palavra, o Deus Onipotente.

Versículo 17: “Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último.”

Este versículo nos mostra o quanto nós somos fracos diante da santidade de Deus. Nosso Senhor sempre é onipotente e perfeito, e Ele se revela para os servos de Deus algumas vezes como amigo e outras vezes como o Deus do julgamento severo.

Versículo 18: “e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.”

Nosso Senhor vive para sempre e tem toda a autoridade no Céu como o representante de Deus Pai. Como Salvador e Juiz da humanidade, Ele é o Deus que tem a autoridade sobre a vida eterna e a morte.

Versículo 19: “Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas.”

Os servos de Deus têm o dever de registrar o propósito e as obras Dele,do passado e do futuro. O Senhor, portanto, falou para João para espalhar pela fé o que Ele lhe revelou, a fé da igreja de Deus que ganharia a vida eterna, e todas as coisas que estão por vir no futuro. Isso é o que Deus, através de João, também nos ordenou.

(22)

Versículo 20: “Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.”

O que é o “mistério da sete estrelas”? Significa que Deus construiria Seu Reino nos tornando seu povo através dos Seus servos. “Os candeeiros de ouro” simbolizam as igrejas de Deus construídas por meio dos santos que creram no evangelho da água e do Espírito que Deus deu para a humanidade.

Através dos Seus servos e Suas igrejas, Deus mostrou para os crentes qual é o Seu propósito e o que espera este mundo no futuro. Através da Palavra da revelação que Ele mostrou para João e o fez registrar, nós, também, veremos em breve Suas obras com nossos próprios olhos. Eu agradeço e louvo a Deus pela Sua divina providência que revelou todas as coisas que irão

(23)

Nós Devemos Conhecer as

Sete Eras

< Apocalipse 1:1-20 >

Eu agradeço a Deus que nos dá esperança nesta época obscura. Nossa esperança é que todas as coisas serão reveladas como estão escritas no Livro de Apocalipse, e esperar pela fé que toda a Palavra da profecia será cumprida.

Muito tem sido escrito sobre o Livro de Apocalipse. Enquanto abundam teorias e interpretações de estudiosos, ainda é difícil encontrar uma obra que seja verdadeiramente bíblica em seu método. É só pela graça de Deus que eu, tendo gastado horas estudando e pesquisando sobre o Livro de Apocalipse, estou apto a escrever este livro. Mesmo enquanto eu

falo agora, meu coração está cheio da palavra do Apocalipse. O Espírito Santo também me encheu enquanto eu preparava os meus comentários e sermões para este livro.

É uma pequena surpresa, então, que meu coração esteja abundantemente preenchido pela esperança do Céu e pela glória do Reino Milenar. Eu também percebi quão glorioso será o martírio dos santos para o nosso Senhor. Agora, estou pronto para compartilhar com você a Palavra da sabedoria que Deus me mostrou e para ajudar você a entendê-la.

Enquanto eu escrevo este livro sobre o Apocalipse, a glória de Deus enche meu coração cada vez mais. Com toda franqueza, eu realmente não havia percebido quão grande é a Palavra de Apocalipse.

Deus mostrou para João o mundo de Jesus Cristo. O que significam as palavras de abertura, “a Revelação de Jesus Cristo”? A definição no

(24)

dicionário da palavra revelação é: o ato de revelar ou comunicar a verdade divina. A revelação de Jesus Cristo, portanto, significa a revelação do que aconteceria no futuro em Jesus Cristo. Assim, Deus mostrou a João, um servo de Jesus Cristo, todas as coisas que se passarão no fim dos tempos.

Antes de mergulharmos na Palavra de Apocalipse, há uma coisa da qual precisamos estar certos de antemão – ou seja, nós devemos determinar se a Palavra da profecia escrita em Apocalipse é simbólica ou factual. Tudo o que está escrito no Livro de Apocalipse certamente é factual, pois, através das visões de João, Deus revelou para nós com detalhes o que irá acontecer neste mundo.

É verdade que muitos estudiosos desenvolveram diferentes teorias teológicas e interpretações sobre as profecias do Apocalipse. Também é verdade que os esforços destes

estudiosos têm sido para revelar a verdade do Apocalipse o máximo que podem. Mas tais proposições hipotéticas têm produzido mais danos para o Cristianismo, pois não correspondem com a verdade da Bíblia e apenas trazem confusão. Por exemplo, muitos estudiosos conservadores têm defendido o tão falado “Amilenialismo” – ou seja, eles dizem que não haverá um Reino Milenar. Mas tais opiniões estão longe da verdade bíblica.

O Reino de Mil anos é fato registrado no capítulo 20 de Apocalipse, onde está escrito que os santos irão não apenas dirigir este Reino, mas também viverão com Cristo por Mil anos. O capítulo 21, por outro lado, nos fala que depois do Reino Milenar, os santos herdarão novo Céu e nova Terra e viverão e reinarão com Cristo para toda a eternidade. Tudo isso são fatos. A Bíblia nos fala que todas estas verdades serão percebidas não como um cumprimento simbólico

(25)

nos corações dos crentes, mas como um verdadeiro cumprimento na história.

Mas olhando para os Cristãos de hoje, nós percebemos que muitos deles têm pouca esperança pelo Reino Milenar. Se tais afirmações fossem verdadeiras, isso não significaria que as promessas de Deus para os crentes seriam palavras vazias? Se não houvesse o Reino Milenar esperando pelos crentes, nem um Novo Céu e Terra, então a fé daqueles que foram salvos por crerem em Jesus como seu Salvador seria vã.

Muitos teólogos e pastores de hoje dizem que a marca do 666 profetizada no Apocalipse é apenas simbólica. Mas não há erro: quando o dia do cumprimento dessa profecia chegar, a fé daquelas pobres almas que acreditaram em tais mentiras irá afundar de vez, como uma casa construída na areia.

Aqueles que crêem em Jesus, mas não crêem na Palavra da verdade revelada na Bíblia serão

tratados da mesma forma que os não crentes. Isso só pode significar que eles não apenas não conhecem o evangelho da água e do Espírito dado por Deus, mas que o Espírito santo nem mesmo habita em seus corações. É por isso que seus corações não têm esperança pelo Reino Milenar ou pelo Novo Céu e Terra que Deus nos prometeu. Mesmo se eles cressem em Jesus, não creram segundo a verdade escrita na Palavra de Deus. O que está escrito em Apocalipse é a Palavra de Deus que nos mostra o que irá acontecer neste mundo.

Os capítulos 2 e 3 de Apocalipse registram a Palavra de admoestação para as sete igrejas na Ásia. Neles são encontradas as recomendações e repreensões de Deus para as sete igrejas. Em particular, Deus prometeu que a coroa da vida será dada para aqueles que perseverarem em sua fidelidade e que superarem suas tribulações. Isso significa que certamente haverá martírio

(26)

esperando por todos os crentes no fim dos tempos.

A Palavra de Apocalipse é sobre o martírio dos santos, sua ressurreição e arrebatamento, e a promessa do Reino Milenar e o Novo Céu e Terra que Deus fez para eles. Esta Palavra pode ser um grande conforto e benção para aqueles que crêem na certeza de seu martírio, mas existe pouco a ser oferecido para aqueles que não crêem nisso. Nós podemos, portanto, viver em fidelidade guardando a nossa fé na Palavra da promessa escrita em Apocalipse e sua Palavra da verdade no fim dos tempos.

O assunto mais importante tratado na Palavra de Apocalipse é o martírio, a ressurreição e o arrebatamento dos santos, e o Reino dos mil anos e o Novo Céu e Terra. É por isso que o propósito e a vontade de Deus para a igreja primitiva era que os santos defendessem a sua fé até o fim com o seu martírio. É porque Deus planejou todas

estas coisas que Ele falou sobre o martírio para todos os santos. Deus nos falou, em outras palavras, que todos os santos irão vencer o Anticristo por meio do seu martírio no fim dos tempos.

Um entendimento completo dos capítulos 1-6 é essencial para entender o Livro de Apocalipse por inteiro. O capítulo 1 pode ser descrito como introdução, enquanto os capítulos 2 e 3 falam sobre o martírio dos santos da Igreja Primitiva. O capítulo 4 nos fala de Cristo sentado no trono de Deus. O capítulo 5 nos fala de Jesus Cristo abrindo o pergaminho do plano do Pai e seu cumprimento, e o capítulo 6 discute as sete eras que Deus preparou para a humanidade. O entendimento do capítulo 6 é particularmente importante, pois abrirá a porta para o entendimento de todo o Apocalipse para você.

O capítulo 6 pode ser descrito como o plano para as sete eras que Deus Pai planejou para a

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humanidade em Jesus Cristo. Neste plano de Deus é encontrada a divina providência para as sete eras que Deus trará para a raça humana. Quando nós conhecermos e entendermos o que estas sete eras são, poderemos perceber em qual delas estamos vivendo agora. Também poderemos perceber que tipo de fé é necessária para nós vencermos a era do cavalo amarelo, a era em que virá o Anticristo.

Como descrito em Apocalipse 6, quando o primeiro selo foi aberto, surgiu um cavalo branco. Seu cavaleiro usa um arco, ele recebeu uma coroa, e saiu vencendo, para vencer. O cavaleiro no cavalo branco aqui se refere a Jesus Cristo, enquanto o fato de que ele tinha um arco significa que Ele irá continuar a lutar contra Satanás. Em outras palavras, a era do cavalo branco se refere à era da vitória do evangelho da água e do Espírito que Deus deu à terra, e esta era irá continuar até que o propósito de Deus seja

cumprido.

A segunda é a era do cavalo vermelho. Ela se refere ao advento da era de Satanás, na qual ele irá enganar o coração das pessoas para gerar guerras, tirar a paz da terra e perseguir os santos.

Após a era do cavalo vermelho vem a era do cavalo preto, quando a fome irá atingir o corpo e a alma das pessoas. Você e eu estamos vivendo nesta era da fome espiritual e física. Ela é seguida da era do cavalo amarelo em um futuro próximo, onde o Anticristo virá e com sua chegada o mundo irá cair em calamidades mortais.

A era do cavalo amarelo é a quarta era. Nesta era, o mundo será atingido pelas pragas das sete trombetas, onde um terço das florestas serão queimadas, um terço do mar se tornará sangue, um terço da água potável também se tornará em sangue, e um terço do sol e da lua, sendo atingidos, ficarão escuros.

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A quinta era é a da ressurreição e arrebatamento dos santos. Como registrado em Apocalipse 6:9-10, “Quando ele abriu o quinto

selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”.

A sexta era é a destruição do primeiro mundo. Segundo Apocalipse 6:12-17, “Vi quando o

Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os

grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?”

O que, então, irá acontecer na sétima era que Deus preparou para nós? Nesta última era, Deus dará aos santos o Seu Reino Milenar e o Novo Céu e Nova Terra.

Em qual dessas sete eras nós estamos vivendo agora? Tendo passado a era do cavalo vermelho, durante a qual o mundo atravessou muitas guerras, nós estamos vivendo a era do cavalo preto.

Toda a Palavra de Apocalipse está escrita não negativamente, mas com espírito positivo para os crentes. Deus disse que Ele não quer apenas dar

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aos crentes do fim dos tempos esperança para o Seu Reino Milenar, mas também não quer abandoná-los como órfãos no mundo.

Para percebermos a verdade revelada em Apocalipse, contudo, nós devemos primeiro descartar os falsos ensinamentos e teorias de arrebatamento pré-tribulação, amilenialismo e arrebatamento pós-tribulação, e retornar às Escrituras.

Deus preparou sete eras para nós em Jesus Cristo e estas foram todas planejadas por Deus para os santos em Jesus Cristo no início da Sua criação. Mas porque muitos estudiosos, permanecendo ignorantes sobre estas sete eras preparadas por Deus, ofereceram suas próprias interpretações e hipóteses infundadas sobre a Palavra de Apocalipse, as pessoas ficaram ainda mais confusas. Mas nós devemos reconhecê-las com o conhecimento e fé nesta verdade, dar graças e glórias Deus por tudo o que Ele fez por

nós. Todos os planos de Deus para os santos estão preparados e serão cumpridos nestas sete eras.

Eu espero que a minha discussão até agora tenha dado um entendimento básico da passagem inicial de Apocalipse. Através do Livro de Apocalipse, nós encontramos a criação de Deus marcada pelo início das setes eras que Ele preparou em Jesus Cristo com o evangelho da água e do Espírito. Conhecendo estas eras, nossa fé se tornará mais forte e iremos perceber quais tipos de provações nos esperam enquanto vivemos na era do cavalo preto e, com isso, poderemos viver pela fé.

Os crentes – e isso inclui eu e você – seremos martirizados quando a era do cavalo amarelo chegar como uma das sete eras planejadas por Deus. Quando os crentes perceberem isso, seus corações serão preenchidos pela esperança e seus olhos verão o que eles não podiam ver antes.

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Quando os servos e o santos de Deus perceberem a iminente chegada da era do martírio, suas vidas serão limpas de toda futilidade, pois assim que eles perceberem que se tornarão mártires na era do cavalo amarelo, seus corações estarão preparados mesmo que não percebam isso no momento.

Nós seremos martirizados da mesma forma que os santos da Igreja Primitiva foram martirizados. Você deve perceber que quando a era do cavalo amarelo chegar, o martírio se tornará a realidade inevitável para os verdadeiros crentes, pois imediatamente após o seu martírio será a sua ressurreição.

Após o martírio virá a ressurreição, e com a ressurreição virá o arrebatamento, e com o arrebatamento virá o nosso encontro com o Senhor no céu. Após o martírio dos santos, nosso Senhor ressuscitará os santos da morte e os trará por meio do arrebatamento para o banquete da

noiva no céu.

Quando o arrebatamento dos santos chegar, a terra terá sido tão destruída que estará praticamente inabitável. Um terço das florestas terão sido queimadas; mares, rios e mesmo riachos se tornarão em sangue. Você gostaria de viver em um mundo como esse? Os santos terão mais razões ainda para se unirem ao martírio, pois não haverá mais esperança para o mundo.

Você quer viver em um mundo desolado, tremendo de medo? Claro que não! No fim dos tempos haverá o martírio dos santos e, após isso, sua ressurreição e arrebatamento, e com sua ressurreição e arrebatamento a glória da vida eterna com Deus no Reino Milenar e no Novo Céu e Nova Terra.

A Bíblia nos fala claramente que após a metade da Grande Tribulação – ou seja, três anos e meio do período de sete anos – os santos serão martirizados por permanecerem contra o

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Anticristo com sua fé, e isso será seguido por sua ressurreição e arrebatamento e a segunda vinda de Cristo. Em outras palavras, o retorno de Cristo e a ressurreição e arrebatamento dos santos irão ocorrer após o seu martírio durante a Grande Tribulação. Chegou a hora de você pensar com mais cuidado sobre estes assuntos.

Nós poderemos ser martirizados mesmo antes da era do cavalo amarelo chegar? Claro que não. Mas a “teoria do arrebatamento pré-tribulação” ensina que todos os santos serão arrebatados por Deus antes do início da Grande Tribulação e que, portanto, eles não irão atravessar os sete anos de Tribulação. Esta visão diz que não há martírio e não crê que a era do cavalo amarelo virá para os santos.

Se esta “teoria do arrebatamento pré-tribulação” é verdadeira, o que, então, significa o martírio dos santos de que fala o capítulo 13 de Apocalipse? É dito aqui claramente que os santos

serão martirizados porque eles, cujos nomes estão escritos no Livro da Vida de Deus, não desistirão diante de Satanás.

Aqueles que ensinam a “teoria do arrebatamento pós-tribulação” também não conseguem entender corretamente a era do cavalo amarelo, e o martírio, ressurreição e arrebatamento dos santos. Segundo esta hipótese, os santos permanecerão nessa terra até que a última das sete trombetas das pragas seja soada. Mas Apocalipse nos fala sem dúvida que a ressurreição e o arrebatamento dos santos ocorrerá quando o último anjo soar a trombeta – antes, em outras palavras, as sete taças da ira de Deus são derramadas. É por isso que Apocalipse é a Palavra do grande conforto e bênçãos para aqueles que crêem no evangelho da água e do Espírito.

O “Amilenialismo” trouxe apenas desapontamentos e confusões para as pessoas, e

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não é a verdade. O que o nosso Senhor prometeu para os Seus discípulos – que os santos serão recompensados com a autoridade para reinar sobre cinco ou dez cidades – é o que realmente acontecerá no Reino Milenar.

Você deve lembrar que tais noções hipotéticas como as teorias do arrebatamento pré-tribulação, arrebatamento pós-tribulação e o amilenialismo são alegações sem fundamento que trazem apenas inverdades e confusão para os crentes.

Por que, então, Deus nos deu o Livro de Apocalipse? Ele nos deu a Palavra do Apocalipse para nos mostrar Sua providência através das sete eras e para dar àqueles que se tornaram discípulos de Jesus a verdadeira esperança do Céu.

Mesmo agora, as coisas estão acontecendo como planejado por Deus. A era na qual vivemos é a era do cavalo preto. No futuro próximo, esta era do cavalo preto passará e a era do cavalo

amarelo chegará. E com a era do cavalo amarelo começará o martírio dos santos com a chegada do Anticristo. Esta era é aquela em que o mundo todo será integrado e unido sob a autoridade única do Anticristo. Os discípulos de Jesus devem se preparar agora e estar prontos para encarar com a sua fé a iminente chegada da era do cavalo amarelo. !

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C

APÍTULO

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Carta à Igreja de Éfeso

< Apocalipse 2:1-7 >

“Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro: Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer. Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu

candeeiro, caso não te arrependas. Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.”

Exegese

Versículo 1: “Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro.”

A Igreja de Éfeso era a igreja de Deus plantada pela fé no evangelho da água e do Espírito que Paulo pregava. Os “sete candeeiros de ouro” nesta passagem se referem às igrejas de Deus, os ajuntamentos daqueles que crêem no

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evangelho da água e do Espírito, e as “sete estrelas” se referem aos servos de Deus ali. A frase “Aquele que conserva na mão direita as sete estrelas” significa, em outras palavras, que o próprio Deus segura e usa os Seus servos.

Nós devemos perceber que o que Deus falou para as sete igrejas na Ásia através do Seu servo João também está endereçado para todas as igrejas dos dias de hoje, que agora estão enfrentando o fim dos tempos. Através das Suas igrejas e Seus servos, Deus fala conosco e nos diz como superar as provações e tribulações que nos esperam. Nós devemos vencer Satanás ouvindo e crendo na Palavra do Apocalipse. Deus fala para todos da Sua igreja.

Versículo 2 “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos

e não são, e os achaste mentirosos;”

O Senhor qualificou a Igreja de Éfeso pelas suas obras, labor, perseverança, pela sua intolerância ao mal e por provar e revelar os falsos apóstolos. Nós podemos perceber nesta passagem como era grande a fé e a dedicação da Igreja de Éfeso. Mas devemos perceber que, mesmo tendo sido bom o início da sua fé, ela decaiu mais tarde e então se tornou inútil. Nossa fé deve ser a verdadeira fé que começa e firme permanece da mesma forma até o fim.

Mas a fé dos servos da Igreja de Éfeso não era assim e, por isso, a Igreja foi duramente advertida por Deus de que Ele moveria Seu candeeiro do lugar. Como a história da igreja revela, as sete igrejas da Ásia Menor estavam fadadas a terem seus candeeiros removidos. Nós devemos aprender com as lições da Igreja de Éfeso e lembrar que nossas igrejas devem ser aprovadas por Deus e fundamentadas na fé do

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evangelho da água e do Espírito, também lembrar que devemos nos tornar servos de Deus que mantêm nossas igrejas por esta fé.

Versículo 3: “e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não te deixaste esmorecer.”

Nosso Senhor olha para todas as Suas igrejas e sabe bem como os Seus santos trabalham pelo Seu nome. Mas os santos da Igreja de Éfeso estavam esquecendo de sua primeira fé e começaram a cair em caminhos errados, misturando o evangelho da água e do Espírito com outras crenças.

Versículo 4: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.”

As obras da fé dos servos e santos da Igreja de Éfeso eram tão grandes que o próprio Senhor elogiou-as por suas obras, labor e perseverança.

Eles testavam e descobriam falsos apóstolos, perseveravam e trabalhavam pelo nome do Senhor e não se deixaram esmorecer. Mas, no meio destas obras, eles perderam o mais importante de tudo: eles deixaram o primeiro amor dado por Jesus Cristo.

O que significa isso? Significa que eles falharam em guardar o evangelho da água e do Espírito que permitiu que eles fossem libertos de uma vez por todas de seus pecados pela fé no Senhor. O seu abandono do evangelho da água e do Espírito, por outro lado, significa que eles aceitaram novos ensinamentos e outros evangelhos em sua igreja.

O que eram, então, estes novos evangelhos e ensinamentos? Eram as filosofias mundanas e ideologias humanistas. Estas coisas ainda permanecem contra a verdade da salvação que Deus deu à humanidade. Elas podem ser benéficas para a carne humana, ou mesmo talvez

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conduzir à unidade e paz entre as pessoas, mas não podem fazer os corações das pessoas se unirem a Deus. Foi assim que os servos e santos da Igreja de Éfeso transformaram sua fé em uma fé apóstata, abominável diante de Deus, e é por isso que foram reprovados pelo Senhor.

Quando olhamos para a história da igreja, podemos ver que o evangelho da água e do Espírito começou a se degenerar desde o tempo da Igreja Primitiva. Aprendemos então que nós devemos guardar com firmeza o evangelho da água e do Espírito, agradar a Deus com nossa fé permanente e superar Satanás e o mundo em nossa luta contra eles.

O que era, então, o “primeiro amor” para os servos e santos da Igreja de Éfeso? O seu primeiro amor não era outro senão o evangelho da água e do Espírito que Deus os deu. O evangelho da água e do Espírito é a Palavra da salvação que tem o poder de libertar a todos dos

pecados do mundo.

Deus revelou a Paulo, João e aos servos das sete igrejas na Ásia o que o evangelho da água e do Espírito era e os permitiu que o compreendessem. Foi assim que eles puderam crer no evangelho e como aqueles que ouviram e creram no evangelho pregado por eles puderam ser salvos de todos os pecados do mundo.

Versículo 5: “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.”

O significado da queda dos servos da Igreja de Éfeso é que a congregação abandonou o evangelho da água e do Espírito. É por isso que o Senhor nos falou para refletirem sobre onde eles podem ter perdido a sua fé, arrepender-se e voltarem à prática das primeiras obras.

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Éfeso a perda do evangelho da água e do Espírito? A fraqueza na fé da Igreja de Éfeso, seguida pelos pensamentos carnais dos seus servos, é o que leva a igreja à instabilidade. O evangelho da água e do Espírito é de Deus, a absoluta verdade que revelou todas as mentiras das falsas doutrinas e ensinamentos de todas as religiões deste mundo. Isso significa que quando a Igreja de Éfeso pregava e divulgava o evangelho da água e do Espírito, o conflito com as pessoas mundanas era inevitável.

Este conflito tornou mais difícil para os crentes da Igreja de Éfeso lidar com as pessoas mundanas, fazendo com que fossem perseguidos pela fé. Para evitar isso e tornar as coisas mais fáceis para as pessoas entrarem na Igreja de Deus, os servos da Igreja de Éfeso se afastaram do evangelho da água e do Espírito e permitiram que outro evangelho filosófico fosse ensinado.

O “evangelho filosófico” aqui é o falso

evangelho derivado de pensamentos humanísticos que buscavam não apenas restaurar o relacionamento entre Deus e o homem, mas também trazer paz no relacionamento entre os homens. Este tipo de fé horizontal e vertical não é o tipo de fé que Deus quer de nós. A fé que Deus quer de nós é a fé que, através da nossa relação obediente com Deus, restaure a nossa paz com Ele.

A razão pela qual os servos da Igreja de Éfeso perderam o evangelho da água e do Espírito é porque eles tentaram aceitar o que não poderia ser aceito na igreja de Deus – ou seja, as pessoas mundanas que não crêem no evangelho da água e do Espírito – e adequaram seus ensinamentos aos seus caprichos. A igreja de Deus só pode ser plantada na fundação da Palavra do evangelho da água e do Espírito.

Mas existem muitas pessoas, nos dias de hoje e na Igreja Primitiva, que pensam que é

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suficiente crer em Jesus de qualquer forma para ser salvas e que não vêem porque devem crer no evangelho da água e do Espírito. Mas crer em Jesus e ignorar o evangelho da água e do Espírito dado por Deus é uma fé errada. Aqueles que crêem no Senhor apenas como uma mera prática religiosa, sem inspiração, se tornarão inimigos de Deus. É por isso que o Senhor repreendeu e admoestou os servos da Igreja de Éfeso para se arrependerem da sua fé errada e retornarem para a fé primeira e verdadeira, a primeira fé que eles tiveram quando ouviram o evangelho da água e do Espírito pela primeira vez.

Há uma importante lição para nós aqui: se uma igreja de Deus cai na sua fé no evangelho da água e do Espírito, Deus não a chamará mais de Sua igreja. É por isso que o Senhor disse que Ele removeria o candeeiro do lugar e o daria para os crentes no evangelho da água e do Espírito.

Uma igreja que abandonou e não prega mais o

evangelho da água e do Espírito não é uma igreja de Deus. É importantíssimo para nós percebermos que crer, defender e pregar o evangelho da água e do Espírito é muito mais importante que qualquer outra obra.

A Ásia Menor, onde as sete igrejas citadas estão localizadas, agora é uma região de Muçulmanos. O Senhor, portanto, removeu o candeeiro, a igreja de Deus, dali e nos fez pregar o evangelho da água e do Espírito por todo o mundo. Na verdadeira igreja de Deus, o evangelho da água e do Espírito é a verdade, ela não pode existir sem esse evangelho. Os doze discípulos de Jesus tinham uma fé consistente no evangelho da água e do Espírito durante a época apostólica (1 Pedro 3:21, Romanos 6, 1 João 5).

O que é mais triste, todavia, é que as igrejas de Deus da Ásia Menor perderam o evangelho da água e do Espírito, desde a época da Igreja Primitiva, e que essa região se tornou

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muçulmana como resultado. Além disso, mesmo a Igreja de Roma foi atingida pela tragédia de perder o evangelho da água e do Espírito com o Edito de Milão publicado pelo Imperador Romano Constantino.

Versículo 6: “Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.”

Os Nicolaítas eram aqueles que usavam o nome de Jesus para perseguir os seus ganhos materiais e mundanos. Mas a Igreja de Éfeso odiava as obras e as doutrinas deles. Para a Igreja de Éfeso, esta era uma coisa que foi grandemente reconhecida por Deus.

Versículo 7: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus.”

Os servos e santos de Deus devem ouvir o que Espírito Santo falar para eles. O que o Espírito Santo os fala é para defender sua fé e espalhar o evangelho da água e do Espírito até o fim. Para isso, eles devem lutar contra aqueles que espalham as mentiras. Perder a luta contra a mentira significa destruição. Os crentes e servos de Deus devem conquistar e vencer seus inimigos com seus braços – ou seja, com a Palavra de Deus e o evangelho da água e do Espírito.

Deus disse, “Ao vencedor, dar-lhe-ei que se

alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus”. Deus dará os frutos da árvore

da vida para “os vencedores”. Mas vencer significa o que? Nós temos que vencer com a nossa fé aqueles que não crêem no evangelho da água e do Espírito. Os crentes devem se empenhar constantemente nas batalhas espirituais com aqueles que pertencem à mentira

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e devem sair como vitoriosos nestas batalhas pela sua fé. Também devem dar toda a glória a Deus e viver uma vida de vitória com sua fé no evangelho da água e do Espírito. Apenas aqueles que, com a sua fé na verdade, vencerem seus inimigos na luta estarão aptos a viver no Novo Céu e Nova Terra dada por Deus.

No tempo da Igreja Primitiva, aqueles que buscavam crer e defender o evangelho da água e do Espírito tinham que enfrentar o martírio. Da mesma forma, quando chegar o tempo da vinda do Anticristo, virão muitos outros martírios. !

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A Fé que Pode Abraçar

o Martírio

< Apocalipse 2:1-7 >

Para a maioria de nós, martírio não é uma palavra familiar, mas para aqueles que cresceram em uma cultura não cristã é ainda mais estranha. Certamente a palavra “martírio” não é uma palavra que encontramos freqüentemente em nossa vida diária; nos sentimos distantes e separados desta palavra, pois é muito surreal para nós imaginarmos o nosso verdadeiro martírio. Todavia, os capítulos 2 e 3 do Livro de Apocalipse falam sobre este martírio e das suas Palavras nós devemos estabelecer a fé no martírio em nossos corações – ou seja, a fé com a qual nós poderemos ser martirizados.

Os imperadores romanos eram os governantes absolutos do seu povo.Tendo o poder absoluto sob o seu domínio, eles podiam fazer qualquer coisa que seus corações desejassem. Tendo pago e ganho muitas guerras, o Império Romano subjugou muitas nações sob a sua lei, enriquecendo com os tributos pagos pelas nações conquistadas. Não tendo perdido nenhuma guerra, uma pequena nação cresceu para se tornar um dos maiores impérios do mundo. Apenas o céu era o limite do poder que o seu imperador recebeu, esse poder era tão grande que eles eventualmente eram adorados como deuses vivos pelo povo.

Não era incomum para os imperadores, por exemplo, construir estátuas com sua imagem e deixar que as pessoas ajoelhassem diante delas. Para os imperadores que se proclamavam deuses, a proliferação dos crentes em Jesus foi uma séria ameaça ao seu poder absoluto. Proibindo as

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reuniões dos Cristãos, eles recorreram a políticas opressivas para perseguir os crentes, prendendo, encarcerando e, até mesmo, os executando pela sua fé. Para fugir deste cenário histórico que os Cristãos Primitivos desciam a lugares como as Catacumbas para escaparem da perseguição, e é essa perseguição que criou a base para que eles abraçassem o martírio para defenderem sua fé justa.

Foi assim que os mártires surgiram na época da Igreja Primitiva. Os santos daquela época, é claro, não eram martirizados simplesmente por se recusarem a reconhecer a autoridade dos imperadores. Eles reconheciam a sua autoridade terrena, mas não aceitavam mais aquela autoridade quando eram forçados a adorar um homem como deus e abandonar Jesus de seus corações, mesmo pagando o preço com suas próprias vidas. Os imperadores Romanos mandavam os Cristãos negarem a Jesus e a

adorá-los não simplesmente como imperadores, mas também como deuses. Sem poder e sem querer desistir diante dessas situações, os Cristãos Primitivos continuaram a enfrentar a perseguição e a ser martirizados para defenderem a sua fé, até que o Edito de Milão em 313 D.C. finalmente trouxe a eles a liberdade religiosa. Assim como estes pais na fé que viveram antes de nós, também preferiremos a morte justa do que abandonar a nossa fé.

A passagem acima sobre as sete igrejas da Ásia Menor não é apenas uma descrição das circunstâncias e situações daquele tempo, mas também é uma revelação sobre o que acontecerá no mundo. Nela é encontrada a revelação de que os servos de Deus e Seus santos serão martirizados para defender a sua fé. Assim como no tempo do Império Romano, virá um tempo em que um governante absoluto surgirá em uma versão moderna de imperador romano, sujeitando

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a todos sob o seu reino tirânico, fazendo estátuas com a sua imagem, requerendo a todos que se ajoelhem diante delas e pedindo que seja adorado como um deus. Isso não está muito longe do nosso próprio tempo e, quando esta época chegar, muitos santos seguirão os passos dos crentes da Igreja Primitiva rumo ao martírio.

Nós devemos, portanto, guardar em nossos corações a Palavra de admoestação que nosso Senhor deu às sete igrejas na Ásia. Congratulando, encorajando e admoestando as sete igrejas na Ásia, Deus prometeu a elas que “aquele que vencer” irá “comer da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus”, e receber a “coroa da vida”, “o maná escondido”, “a estrela da manhã” e mais! É a promessa fiel de Deus para aqueles que vencerem através do seu martírio, que Ele dará todas as bênçãos eternas do Céu.

Como, então, os santos da Igreja Primitiva

puderam enfrentar o seu martírio? A primeira coisa que precisamos nos lembrar é que aqueles que foram martirizados eram os servos de Deus e Seus santos. Nem todos podem ser martirizados, mas apenas aqueles que crêem em Jesus como seu Salvador, que não desistirem durante a perseguição e que abraçarem a sua fé e confiarem no Senhor, poderão ser martirizados.

O Apóstolo João, a quem nós vemos aqui repreendendo a Igreja de Éfeso no seu exílio na ilha de Patmos, era o último apóstolo vivo entre os doze Apóstolos de Jesus. Todos os outros apóstolos foram martirizados, bem como outros santos. Falando historicamente, os santos das sete igrejas na Ásia eram apenas alguns entre os incontáveis cristãos que foram martirizados até 313 D.C. Fugindo da perseguição das autoridades romanas, eles literalmente foram para baixo, escavando cavernas para escapar do seu alcance e reunindo-se para adorar em

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cemitérios conhecidos como Catacumbas – atravessando tudo isso e muito mais, eles nunca renunciaram a sua fé e abraçaram com vontade o seu martírio.

Os servos e santos das sete igrejas na Ásia, incluindo a Igreja de Éfeso, apesar de serem repreendidos por Deus aqui, também foram todos martirizados. O que os capacitou para serem martirizados foi a sua fé no Senhor. Todos eles criam que o Senhor era Deus, que Ele levou todos os seus pecados e que era o Pastor que os guiaria para o Reino Milenar e para o Novo Céu e Nova Terra. É essa fé e a convicção da esperança que permitiu que eles vencessem todo o seu medo e temor da morte pelo seu martírio.

Nós estamos vivendo agora no fim dos tempos. Não está muito longe o tempo em que o mundo será unido sob uma única autoridade e que um governante que terá poder absoluto surgirá. Este governante absoluto, como está escrito em

Apocalipse 13, irá ameaçar as vidas dos santos e pedirá que eles renunciem à sua fé. Mas nós, os santos do fim dos tempos, poderemos vencer suas ameaças e coerções e defender a nossa fé através do nosso martírio, porque nós temos a mesma fé que os santos da Igreja Primitiva tinham.

Nos versos 4-5, Deus repreendeu a Igreja de Éfeso,dizendo, “Tenho, porém, contra ti que

abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” O que isso significa? Significa

que a Igreja de Éfeso tinha abandonado o evangelho da água e do Espírito. Todos os santos da Igreja Primitiva, incluindo aqueles da Igreja de Éfeso, criam no evangelho da água e do Espírito. É por isso que os discípulos de Jesus divulgavam e pregavam o evangelho da água e

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do Espírito. Portanto, o evangelho que os santos receberam dos Apóstolos foi o evangelho completo, não o falso, criado por homens que só crê no sangue da Cruz.

Mas está dito aqui que os servos da Igreja de Éfeso abandonaram o seu primeiro amor, isso significa que eles tinham abandonado o evangelho da água e do Espírito em seu ministério da igreja. É por isso que o Senhor disse que removeria o candeeiro do seu lugar ao menos que a igreja se arrependesse. Remover o candeeiro de seu lugar significava remover a igreja, que, por conseguinte, significava que o Espírito Santo não poderia mais trabalhar na Igreja de Éfeso.

Para os servos da Igreja de Éfeso, retornar para o evangelho da água e do Espírito não era realmente algo difícil para se fazer, mas este era o menor dos seus problemas. O que os levou a ter problemas foi que, enquanto criam no evangelho

da água e do Espírito em seus corações, eles falharam explicitamente em pregar no que eles criam. Eles aceitaram em sua igreja todos aqueles que meramente confessavam Jesus como seu Senhor, mesmo se que não cressem no evangelho da água e do Espírito, quando na verdade confessar a fé no evangelho da água e do Espírito significava para os crentes estar preparado para o martírio.

Dessa forma, eles recebiam, em outras palavras, todos aqueles que vinham para a igreja, independentemente se aquela pessoa tinha ou não a fé em Deus e no Seu evangelho da água e do Espírito. Porque a entrada na igreja de Deus requeria muito sacrifício e porque os servos da Igreja de Éfeso estavam com medo que estes sacrifícios evitassem que pessoas entrassem na igreja, eles falharam em pregar a verdade absoluta em seus precisos termos.

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onde não está a verdade, Deus disse que Ele removeria o candeeiro. Não por causa da falta de obras dos servos e santos da Igreja de Éfeso que Deus disse que removeria a igreja; pelo contrário, disse que não poderia continuar habitando na Igreja porque a verdade não podia mais ser encontrada ali.

É um requisito absoluto que a igreja de Deus siga o evangelho da água e do Espírito. Os servos e santos de Deus devem não somente crer no evangelho, mas também pregá-lo e ensiná-lo nos seus termos precisos e absolutos, pois apenas neste evangelho nós podemos encontrar o amor de Deus, Sua graça e todas as Suas benção para nós.

Em vez de pregar o evangelho, os servos da Igreja de Éfeso aceitaram em sua congregação aqueles que só criam no sangue na Cruz. Mas mesmo para um servo nascido de novo, para um santo ou para a igreja, crer mas não pregar o

evangelho da água e do Espírito, que levou todos os nossos pecados com o batismo de Jesus e Seu sangue na Cruz, tornará todas as obras do nosso Senhor inúteis.

Apesar de podermos faltar diante dos olhos de Deus, se crermos e pregarmos este evangelho, o Senhor poderá habitar e trabalhar em nós com o Espírito Santo. Mesmo se os servos de Deus ou os santos estiverem cheios de deficiências, o Senhor poderá ensiná-los e guiá-los através da Sua Palavra. Na igreja do evangelho da água e do Espírito o Espírito Santo é encontrado e a presença dEle significa que esta é santa.

Não pode haver santidade para os servos de Deus ou santos se eles não pregarem o evangelho da água e do Espírito. Eles podem dizer que não tem mais pecados, mas a santidade não pode ser encontrada onde o evangelho da água e do Espírito não é pregado.

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Primitiva criam, o evangelho que proclama que o Senhor veio a terra para salvar a humanidade, tomando sobre si todos os pecados do mundo com o Seu batismo e levando todos eles com a Sua morte na Cruz. Ele levou todas as nossas fraquezas e deficiências com o Seu batismo. Deus levou todos os pecados das nossas fraquezas e deficiências, e se tornou o nosso eterno Pastor.

Tendo sido tão ricamente abençoado, como alguém pode trocar o Senhor por um imperador Romano e adorar um mero mortal como seu deus? Porque a graça de Deus foi tão grande e abundante, nem as promessas, nem as ameaças de um imperador Romano puderam fazer os santos negarem o amor de Deus e eles abraçaram com vontade e alegria o martírio para defenderem a sua fé. Eles desafiaram ambas as ameaças que buscavam coagi-los a renunciar a sua fé e os esforços para indicá-los a cargos

públicos a fim de convencê-los a abandonar sua fé por benefícios materiais. Nada podia fazê-los renunciar a sua fé e abandonar o seu Deus, e esta fé imortal foi o que permitiu que eles fossem martirizados.

Os corações dos mártires estavam cheios de agradecimentos pela graça e amor de Deus que havia libertado todos eles de seus pecados através do evangelho da água e do Espírito. Aqueles cuja fé não podia negar o amor de Deus, que tinha libertado para sempre todos eles de seus pecados, abraçaram o martírio sobre a apostasia. O tempo virá quando, assim como os imperadores romanos exigiram que os santos da Igreja Primitiva reconhecessem a sua santidade e os adorassem como deuses, nós também seremos coagidos a renunciar a nossa fé. Quando isso acontecer, devemos seguir os passos dos nossos ancestrais na fé e defender nossa fé com o martírio.

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Apesar de sermos cheios de deficiências, Deus nos amou tanto que Ele levou todas as nossas deficiências e pecados sobre si. Inobstante sermos tão pequenos diante da Sua glória, ele nos aceitou em Seus braços. Ele não apenas nos abraçou, mas também resolveu todos os problemas do pecado e da destruição e nos tornou Seus filhos e Suas noivas para sempre. É por isso que nunca podemos negar a nossa fé Nele e devemos abraçar o martírio com vontade e alegria pelo Seu nome. O martírio é para defender o primeiro amor que Deus deu para nós. Não é um produto de emoções humanas, pelo contrário, vem da fé no fato de que Deus deu a todos as Suas bênçãos, não obstante as nossas deficiências e fraquezas. Não é pela nossa força de vontade que nós seremos martirizados, mas pela nossa fé na grandeza de Deus.

Existem, é claro, pessoas que morrem mártires pelo seu país ou ideologia. Estas pessoas têm

uma convicção inabalável que o que eles crêem é o certo e estão dispostos a perder a vida pelas suas causas. Mas e nós? Como podem os filhos de Deus que nasceram de novo da água e do Espírito através da fé em Jesus Cristo serem martirizados? Nós podemos ser martirizados porque estamos muito agradecidos pelo evangelho com o qual nosso Senhor nos amou e nos salvou. Porque Deus nos aceitou apesar de nossas inúmeras deficiências, porque Ele nos deu o Espírito Santo e porque Ele nos tornou Seu povo e nos abençoou para viver eternamente na Sua presença, nós nunca podemos abandoná-Lo.

Deus também nos prometeu o Novo Céu e a Nova Terra e por esta esperança nós não podemos abandonar a nossa fé. Não importa o que aconteça – mesmo se o Anticristo nos ameaçar e nos perseguir até a morte no fim dos tempos – nós nunca podemos negar nosso Senhor e Seu evangelho da água e do Espírito. Mesmo se

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formos carregados aos pés do Anticristo para a morte, nunca poderemos renunciar a graça e amor de Deus que nos salvou. Como diz o ditado, “nem por cima dos nossos cadáveres” iremos negar o Senhor. Nós podemos ser coagidos a fazer outras coisas, mas há uma coisa que nunca iremos sucumbir: não deixaremos, nem renunciaremos o amor de Cristo que nos salvou.

Você pensa que o Anticristo teria misericórdia de nós porque temos deficiências? É claro que não! Ele não se importaria! Mas, nosso Senhor nos fez completos, levando sobre ele todos os nossos problemas e sendo julgado em nosso lugar, apesar de sermos tão fracos e deficientes. É por isso que não podemos deixar o amor da salvação de Deus, que nos libertou através do evangelho da água e do Espírito, nem abandonar a nossa fé no primeiro amor. Nada pode ser abandonado, ao menos que nós façamos isso em nossos corações.

Da mesma forma, se nós mantermos a nossa fé

em nossos corações, poderemos defender a nossa fé até o fim, não importa quantas ameaças, promessas ou coerção sejam usadas contra nós. Se reconhecermos em nosso coração o precioso amor de Deus por nós e se nos prendermos a esse amor até o fim, nós poderemos defender o evangelho até o fim dos dias. Para aqueles que andam na fé, o martírio não é difícil de abraçar.

Devemos pensar seriamente sobre a possibilidade do nosso próprio martírio. Ele não é apenas dor e sofrimento permanentes. Nossa carne é de tal forma que até mesmo o menor furo de uma agulha pode trazer dores insuportáveis. O martírio não é resistir a tais dores na carne. Pelo contrário, o martírio é desistir da nossa própria vida. Martírio não é sofrer meramente dores físicas, mas realmente perder a vida. Quando o Anticristo pedir que o adoremos como deus, nós iremos resistir até a nossa própria morte. Porque apenas o Senhor é o nosso Deus e só Ele merece

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