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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE

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Academic year: 2021

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____________________________

TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA – ARTIGOS 300 E 303 DO CPC

FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, estudante, menor impúbere e absolutamente incapaz, nascido em ___/___/___, com __ de idade, neste ato representado por sua genitora FULANA DE TAL, brasileira, convivente em regime de união estável, advogada, portadora da Cédula de Identidade RG n. [...], portadora do CPF/MF n. [...], fulana@e-mail.com.br, residente e domiciliada na Rua [...] n. [...] – apto. [...] – no bairro de [...], CEP [...], nesta Capital, por intermédio de seu advogado e bastante procurador (instrumento de mandato em anexo), vêm, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com supedâneo nos artigos 300 e 303 do Código de Processo Civil requerer TUTELA ANTECIPADA EM CARÁTER ANTECEDENTE em face da EMPRESA TAL, inscrita no CNPJ N. [...], com sede na Avenida [...] n. [...], [...] andar – no bairro [...] – CEP [...], nesta Capital, e BRADESCO SAÚDE S/A, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º 92.693.118/0001-60, com endereço na Av. Paulista, n.º 1415, 10.º andar, Cerqueira César, São Paulo/SP – CEP 01311-925, endereço eletrônico: judicial@bradescoseguros.com.br, pelos motivos de fato e de direito abaixo articulados:

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I – DOS FATOS

1. O autor está com uma enfermidade chamada de [...], por isso estava com consulta médica marcada para iniciar o tratamento, quando a coautora foi informada pela ré que seria dispensada sem justa causa no dia ___/___/___.

2. No entanto, em ___/___/___, o autor teve uma “crise de ausência”, precisando ser levado às pressas ao Hospital Infantil [...]. No pronto-socorro, a médica assistente internou-o imediatamente em razão dos problemas de reflexos que as convulsões ou “crises de ausência” poderiam causar no cérebro dele.

3. O corréu autorizou a internação do autor e iniciaram-se os exames necessários para o tratamento do autor. Foram realizados vários exames de eletroencefalograma, ressonância magnética e tomografias. É importante informar que carteira do plano de saúde é de número [...].

4. Depois de analisar esses exames, o médico Sicrano de Tal, CRM n. [...] transferiu o autor para a UTI, leito [...] do Hospital [...]. Na UTI, o jovem foi induzido ao coma por causas das crises epiléticas, permanecendo neste estado até ___/___/___. Neste mesmo dia, o médico assistente do paciente exigiu exames de [...].

5. Uma vez que a coautora havia sido dispensada do trabalho sem justa causa, embora não tenha a empresa formalizada a sua dispensa, no dia ___/___/___, ela enviou e-mail para a Sra. [...], funcionária do réu, com a finalidade de optar pela manutenção do plano de saúde nos termos do artigo 30 da Lei n. 9.656/98 (Lei dos Planos de Saúde) e pela Resolução Normativa n. 279/2011, da Agência de Saúde Suplementar.

6. No dia ___/___/___, o Sr. [...] respondeu o e-mail somente para a coautora, com cópia para o Sr. [...], informando-a de que não haveria possibilidade de manter o plano de saúde, considerando que a coautora não havia contribuído diretamente para o pagamento do plano.

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7. O coautora enviou um e-mail para o Sr. [...], comunicando-o de que a recusa de manutenção do plano de saúde era ilegal e que autor e coautora tinham o direito de optar pela manutenção do plano, pagando-o integralmente, uma vez que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo já havia decidido a favor de beneficiários dos planos de saúde em situações idênticas. Além de não responder o e-mail da coautora, naquele mesmo dia, ou seja, em ___/___/___, o plano de saúde do autor e da coautora foi cancelado pelo réu e pelo corréu. Além disso, ambos cancelaram todos os tratamentos autorizados anteriormente em benefício da criança.

8. Diante dessa situação, o hospital obrigou a coautora a assinar declaração de dívida da internação e dos procedimentos realizados e daqueles que seriam realizados.

II – DO PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE – ARTIGOS 300 E 303 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

9. Excelência, os fatos e fundamentos jurídicos expostos nesta peça exordial dão conta de que o estado de saúde de [...] exigem cuidados médicos, pois o caso é grave. Além disso, o tratamento médico também não pode ser interrompido. Estão, portanto, caracterizados os requisitos para a concessão da tutela provisória de urgência.

10. O artigo 300 do Código de Processo Civil explicita que “a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.”

11. A probabilidade do direito está fundamentada em três pontos essenciais. O primeiro refere-se ao art. 30 da Lei n. 9.656/98 que dispõe de forma explicita:

Art. 30. Ao consumidor que contribuir para produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, em decorrência de vínculo empregatício, no caso de rescisão ou exoneração do contrato de trabalho sem justa causa, é assegurado o direito de manter sua condição de beneficiário, nas mesmas

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condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assuma o seu pagamento integral.

12. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo explicitou que a expressão “contribuir para produtos” significa que essa contribuição nada mais é do que o salário indireto do empregado, mesmo que a mensalidade do plano seja paga integramente paga pelo empregador. Neste sentido:

“A contribuição paga pela ex-empregtadora nada mais é do que o salário indireto, ainda que a mensalidade do plano seja arcada integralmente pela pessoa jurídica. Não há colidência deste com o disposto no artigo 458, § 2º, inciso IV, da CLT” (Apelação 0001022-12.2013.8.26.0011 da Comarca de São Paulo – Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo).

13. Em segundo lugar, o artigo 11, inciso V, da Resolução 279/2011 da Agência Nacional de Saúde Suplementar explicita que: “A operadora, ao receber a comunicação da exclusão do beneficiário do plano privado de assistência à saúde, deverá solicitar à pessoa jurídica contratante que lhe informe: V – se o ex-empregado optou pela sua manutenção como beneficiário ou se recusou a manter esta condição.”

14. A corré não deveria ter cancelado o plano de saúde, uma vez que havia acabado de autorizar a internação e o tratamento do autor. Cancelou o plano, assumindo inteira responsabilidade cuja responsabilidade entre os requeridos é objetiva e solidária, nos termos dos artigos 7º, parágrafo único, e 14 do Código de Defesa do Consumidor.

15. Há de se ressaltar, por fim, que o Superior Tribunal de Justiça já enfrentou a questão e decidiu a favor do beneficiário:

RECURSO ESPECIAL. CIVIL, PROCESSUAL CIVIL E CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE EM GRUPO. EMPREGADO DEMITIDO SEM JUSTA CAUSA. PERMANÊNCIA NA QUALIDADE DE BENEFICIÁRIO. APLICAÇÃO DO ARTIGO 30, CAPUT, DA LEI N. 9656/98. BOA-FÉ OBJETIVA. INTERPRETAÇÃO DA RESOLUÇÃO

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20/1999 DO CONSU. PRAZO DE 30 DIAS PARA FORMALIZAR A OPÇÃO DE MANUTENÇÃO NO PLANO. NECESSIDADE DE COMUNICAÇÃO INEQUÍVOCA DO EMPREGADOR, CONFERINDO ESSA OPÇÃO AO EX-EMPREGADO. ENTENDIMENTO RESPALDADO NA RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 275/2011 DA ANS. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. Demanda proposta por empregada demitida, pouco mais de trinta dias após sua demissão, buscando manter a sua vinculação ao plano de saúde empresarial, mediante o pagamento das parcelas correspondentes. 2. Decorre do princípio da boa-fé objetiva o dever de comunicação expressa ao ex-empregado do seu direito de optar pela manutenção da condição de beneficiário do plano de saúde, no prazo razoável de 30 dias a partir do seu desligamento da empresa. 3. A contagem desse prazo somente inicia-se a partir da "comunicação inequívoca ao ex-empregado sobre a opção de manutenção da condição de beneficiário de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho" (parágrafo único do art. 10 da RN 275/2011 da ANS). 4. Não comprovação da efetiva comunicação à autora. 5. Recurso especial provido. (STJ – RECURSO ESPECIAL. Resp 1237054 PR 2011/0032003-8. Data da publicação: 19/05/2014).

16. O estado de saúde do autor merece cuidados urgentes sob pena de ficar com graves sequelas ou mesmo vir a falecer. Ele não tem condições de aguardar o deslinde da demanda para usufruir dos efeitos jurídicos da sentença. Por esse motivo, preenche os requisitos de que a demora causara perigo de dano e também risco ao resultado útil do processo. III – DOS PEDIDOS

Isto posto, requerem a Vossa Excelência que se digne de conceder inaudita altera pars e de forma liminar que determine a ré que informe à corré a oferecer-lhe plano de saúde nas mesmas condições, nas mesmas condições anteriores, sem carência, além de cobrir a internação e os gastos com os medicamentos e exames do autor.

Requer que lhe seja deferida a tutela de urgência sem exigir-lhe caução real ou fidejussória, uma vez que é pessoa economicamente hipossuficiente e não pode oferecê-la, nos termos do artigo 300, § 1º, do Código de Processo Civil.

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Ao conceder a tutela antecipada, os autores requerem a Vossa Excelência que torne estável a decisão, nos termos do artigo 304, do Código de Processo Civil, se as rés não recorrerem da decisão.

Requerem também que seja fixada multa cominatória contra as rés, se não cumprirem a determinação da judicial, nos termos do artigo 84, § 3º, do Código de Defesa do Consumidor. Os autores requererm a Vossa Excelência que fixe o valor dessa multa.

Explicita os autores que, com a concessão da tutela, irá aditar a inicial, com a complementação de sua argumentação, pedido de manutenção da tutela, ampliando o pedido para dano moral “in re ipsa”, juntada de documentos, no prazo de 15 (quinze) dias, consoante o artigo 303, § 1º, inciso I, do Código de Processo Civil.

Requer a intimação do Ministério Público a fim de se manifestar se tem interesse ou não nos presentes autos, visto que há interesse de menor envolvido na lide.

Diante da situação de urgência desta demanda os autores requerem prazo a Vossa Excelência para recolher as custas no prazo de 48h.

Protestam provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pelo depoimento pessoal do réu, sob pena de confissão, oitiva das testemunhas, juntada de novos documentos e outras provas que se fizerem necessárias para o deslinde da demanda.

Dá-se à causa o valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) para efeitos de alçada.

Nestes termos,

pede deferimento. Local e data.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE _________________________ (Competência – endereçar ao juiz de direito da causa)

Autos do Processo n. [...]

FULANO DE TAL e FULANA DE TAL, por intermédio de seu advogado e bastante procurador, vêm, à presença de Vossa Excelência, com arrimo no artigo 303, § 1º, inciso I, do Código de Processo Civil, ADITAR A PETIÇÃO INICIAL contra o GRUPO [...] e BRADESCO SAÚDE S/A, atribuindo à demanda o título de OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM PEDIDO DE DANO MORAL, de acordo com os motivos de fato e de direito abaixo articulados:

1. A inicial registrou que o autor está com uma

enfermidade chamada de “epilepsia gerada por uma encefalite autoimune”. No dia ___/___/___, teve uma “crise de ausência”,

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precisando ser levado às pressas ao Hospital Infantil [...]. No pronto-socorro, a médica internou-o imediatamente em razão dos problemas de reflexos que as convulsões poderiam causar no cérebro dele.

2. O corréu, que é a operadora do plano de

saúde, autorizou a internação do autor e os exames foram realizados. Depois de analisar esses exames, o médico assistente transferiu-o para a UTI, induzindo o autor ao coma em razão das crises epiléticas.

3. Durante a internação e tratamento do autor, a

coatura foi dispensada sem justa causa do trabalho. Diante dessa situação, formalizou pedido para manutenção do plano de saúde, nos termos do artigo 30 da Lei n. 9.656/98.

4. No entanto, o réu informou o corréu sobre a

dispensa sem justa causa da coautora, e o corréu cancelou o plano de saúde, deixando autor e coautor desamparados no período do tratamento e da internação.

5. Diante desse quadro, o autor e a coautora

requereram tutela provisória de urgência de caráter antecedente cujo parecer do membro do Ministério Público foi-lhes favorável. Depois disso, o juiz de direito concedeu a tutela provisória de urgência, conforme requerido pelo autor e pela autora.

6. O autor e a coautora entendem que o réu e o corréu devem responder solidariamente pelos danos morais advindos do ato ilícito, porque estes causaram dor e sofrimento quando cancelaram o plano de saúde daqueles. Nesse caso, o dano é chamado de “in re ipsa”, uma vez que o cancelamento ab-rupto gera por si só indenização. Imagine-se o desespero de uma mãe, com o filho internado, ter o plano de saúde cancelado nessas circunstâncias. Ultrapassa o mero dissabor.

7. O réu tem responsabilidade indenizatória, porque desrespeitou os direitos do autor e da coautora quando cancelou

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indevidamente o plano de saúde. O corréu deve indenizar também porque deveria ter respeitado as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Saliente-se ainda que a coautora teve de assinar termo de responsabilidade de pagamento de todos os gastos referentes ao tratamento e à internação. Só não foi compelida ao pagamento em razão da concessão da tutela de urgência concedida por esse juízo.

8. Uma vez que a responsabilidade é solidária, devem ambas arcar com a condenação dos danos morais no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a título de indenização por danos morais.

Isto posto requer a Vossa Excelência que se digne de manter a tutela provisória concedida em caráter antecedente para determinar aos réus a manutenção do plano de saúde dos autores, a fim de que se faça a costumeira

Justiça!

Requer a condenação das rés no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a título de dano in re ipsa pelo desrespeito à dignidade da pessoa humana.

Requer a Vossa Excelência que se não houver recurso da parte da ré sobre a decisão interlocutória concedida em caráter antecedente que, nos termos do artigo 304 do Código de Processo Civil, que se torne estável a decisão.

Finalmente, requer a Vossa Excelência que se digne de acolher esta emenda à inicial a fim de citar a ré, na pessoa de seu representante legal, pelo correio, nos termos dos artigos 246, inciso I, 247 e 248 todos do Código de Processo Civil, ou por meio do cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, nos termos do artigo 246, § 1º, do Código de Processo Civil, a fim de apresentar a contestação no prazo que lhe faculta a lei sob pena de revelia, uma vez que a requerente não deseja a realização da audiência de conciliação ou mediação, nos termos do artigo 319, inciso IV, do Código de Processo Civil.

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Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pelo depoimento pessoal do réu, sob pena de confissão, oitiva das testemunhas, juntada de novos documentos e outras provas que se fizerem necessárias para o deslinde da demanda.

Nestes termos, pede deferimento. Local e data.

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