• Nenhum resultado encontrado

30/06/2015 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE SERVICOS PÚBLICOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "30/06/2015 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE SERVICOS PÚBLICOS"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

• PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA  • RESPONSABILIDADE

(2)

PODERES DA ADMINISTRAÇÃO 

PÚBLICA

• Os Poderes Administrativos são inerentes à  Administração Pública e possuem caráter  instrumental, ou seja, são instrumentos de  trabalho essenciais para que a Administração  possa desempenhar as suas funções  atendendo o interesse público. Os poderes  são verdadeiros poderes‐deveres, pois a  Administração não apenas pode como tem a  obrigação de exercê‐los.

CLASSIFICAÇÃO DOS PODERES

• Poder Vinculado • Poder Discricionário • Poder Hierárquico • Poder Disciplinar • Poder Regulamentar • Poder de Polícia

(3)

PODER VINCULADO

• É o Poder que tem a Administração Pública de  praticar certos atos "sem qualquer margem  de liberdade". A lei encarrega‐se de  prescrever, com detalhes, se, quando e como  a Administração deve agir, determinando os  elementos e requisitos necessários. • Ex : A prática de ato (portaria) de  aposentadoria de servidor público.

PODER DISCRICIONÁRIO

• É aquele pelo qual a Administração Pública de  modo explícito ou implícito, pratica atos  administrativos com liberdade de escolha de sua  conveniência, oportunidade e conteúdo.   • A discricionariedade é a liberdade de escolha  dentro de limites permitidos em lei, não se  confunde com arbitrariedade que é ação  contrária ou excedente da lei. • Ex : Autorização para porte de arma;  Exoneração de um ocupante de cargo em  comissão.

(4)

PODER HIERÁRQUICO

• É aquele pelo qual a Administração distribui e  escalona as funções de seus órgãos, ordena e  rever a atuação de seus agentes, estabelece a  relação de subordinação entre os servidores  públicos de seu quadro de pessoal. No seu  exercício dão‐se ordens, fiscaliza‐se, delega‐ se e avoca‐se

PODER DISCIPLINAR

É aquele através do qual a lei permite a Administração  Pública aplicar penalidades às infrações funcionais de seus  servidores e demais pessoas  ligadas à disciplina dos órgãos  e serviços da Administração. A aplicação da punição por  parte do superior hierárquico é um poder‐dever, se não o  fizer incorrerá em crime contra Administração Pública  (Código Penal, art. 320).  • Ex : Aplicação de pena de suspensão ao  servidor público. • IPC: Poder disciplinar não se confunde com Poder  Hierárquico. No Poder hierárquico a administração pública  distribui e escalona as funções de seus órgãos e de seus  servidores. No Poder disciplinar ela responsabiliza os seus  servidores pelas faltas cometidas.

(5)

PODER REGULAMENTAR

É aquele inerente aos Chefes dos Poderes Executivos  (Presidente, Governadores e Prefeitos) para expedir  decretos e regulamentos para complementar,  explicitar(detalhar) a lei visando sua fiel execução.  A CF/88  dispõe que : • “ Art. 84 ‐ Compete privativamente ao Presidente da  República: • IV ‐ sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como  expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”;   IPC: O direito brasileiro não admite os chamados "decretos  autônomos", ou seja aqueles que trazem matéria reservada  à lei.     

PODER DE POLÍCIA

• “Considera‐se poder de polícia a atividade da administração  pública que, limitando o disciplinando direito, interesse  ou  liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de  interesse público...” (Código Tributário Nacional, art. 78, primeira  parte) • IPC: através do qual a Administração Pública tem a faculdade de  condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos  individuais, em benefício do interesse público.  • Extensão  do Poder de Polícia ‐ A extensão é bastante ampla,  porque o interesse público é amplo. Segundo o CTN “Interesse  público é aquele concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos  costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de  atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização  do Poder Público, `a tranqüilidade pública ou ao respeito à  propriedade e aos direitos individuais” (Código Tributário Nacional,  art. 78 segunda parte). 

(6)

RESPONSABILIDADE 

Responsabilidade civil do Estado • Morte e maus tratos em penitenciárias, acidente envolvendo  crianças na escola, morte de paciente em hospital público... Muitas  são as atribuições do Estado, consequentemente, muitos são os  resultados que podem gerar a obrigação de reparar.A Constituição Federal Brasileira de 1988, art.37 § 6º As pessoas  jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de  serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa  qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. • A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público  baseia‐se no risco administrativo, tornando‐se objetiva.

A responsabilidade objetiva exige a 

concorrência dos seguintes requisitos:

• ‐ Ocorrência do dano; • ‐ Ação ou omissão administrativa; • ‐ Existência de nexo causal entre o dano e a  ação ou omissão administrativa; • ‐ Ausência de causa excludente da  responsabilidade estatal.

(7)

Excludentes e atenuantes da 

responsabilidade do Estado

No âmbito da teoria da risco administrativo, a Causa atenuante de  responsabilidade e expressada através da culpa concorrente de  exemplo: Um acidente de trânsito em que dois veículos colidiram  devido a um defeito do semáforo só que ambos estava em excesso  de velocidade o Estado somente indenizou a metade  dos danos. Causas excludentes são: (a) força maior (acontecimento  imprevisível, inevitável e estranho à vontade. Exemplos:  tempestade, terremoto, raio); (b) culpa exclusiva da vítima e (c)  culpa de terceiros.IPC (NÃO É CAUSA EXCLUDENTE) :Registre‐se que no caso fortuito (ato humano ou falha da Administração. Exemplo: rompimento de  cabo elétrico. Ocorre a responsabilização. Também importa  consignar que a responsabilização é possível nos casos de força  maior conjugados com falha do serviço (Exemplo: enchente e  posterior desídia na manutenção de galerias de escoamento de  águas pluviais).

Responsabilidade por ato comissivo e 

omissivo. 

Ato comissivo (responsabilidade objetiva) sendo  desnecessária a comprovação de culpa exemplo: Adm.  Pub. faz uma obra de contenção de uma barreira, mal  feita, destruindo um determinado bairro. • Ato omissivo (responsabilidade subjetiva) sendo  necessário a comprovação de culpa por parte do  Estado. Exemplo: Adm. Pub. deixa de prestar os  reparos necessários em um viaduto e ele cai, ferindo  pessoas, ou seja, nessa caso tem que excluir a culpa de  terceiro , para assim a Adm. Pub. ter os requisitos para  ser responsabilizada, por isso que ela responde  subjetivamente.

(8)

SERVICOS PÚBLICOS 

• Segundo Hely Lopes Meirelles “serviço  público é todo aquele prestado pela  Administração ou por seus delegados, sob  normas e controles estatais, para satisfazer  necessidades essenciais ou secundárias da  coletividade, ou simples conveniência do  Estado”. São exemplos de serviços públicos: o  ensino público, o de polícia, o de saúde  pública, o de transporte coletivo, o de  telecomunicações, etc.

Classificação

• Os serviços públicos, conforme sua essencialidade,  finalidade, ou seus destinatários podem ser  classificados em: •  públicos; •  de utilidade pública; •  próprios do Estado; •  impróprios do Estado; • administrativos; • industriais; • gerais; •  individuais.

(9)

Públicos

• São os essenciais à sobrevivência da  comunidade e do próprio Estado. São  privativos do Poder Público e não podem ser  delegados. Para serem prestados o Estado  pode socorrer‐se de suas prerrogativas de  supremacia e império, impondo‐os  obrigatoriamente à comunidade, inclusive  com medidas compulsórias. Exs.: serviço de  polícia, de saúde pública, de segurança.

De Utilidade Pública

• São os que são convenientes à comunidade,  mas não essenciais, e o Poder Público pode  prestá‐los diretamente ou por terceiros  (delegados), mediante remuneração. A  regulamentação e o controle é do Poder  Público. Os riscos são dos prestadores de  serviço. Exs.: fornecimento de gás, de energia  elétrica, telefone, de transporte coletivo, etc.  Estes serviços visam a facilitar a vida do  indivíduo na coletividade.

(10)

Próprios do Estado

São os que relacionam intimamente com as  atribuições do Poder Público. Exs.: segurança, política,  higiene e saúde públicas, etc. Estes serviços são  prestados pelas entidades públicas (União, Estado,  Municípios) através de seus órgãos da Administração  direta. Neste caso, diz‐se que os serviços são  centralizados, porque são prestados pelas próprias  repartições públicas da Administração direta. Aqui, o  Estado é o titular e o prestador do serviço, que é  gratuito ou com baixa remuneração. Exs.: serviço de  polícia, de saúde pública. Estes serviços não são  delegados.

Impróprios do Estado

São os de utilidade pública, que não afetam  substancialmente as necessidades da comunidade, isto  é, não são essenciais. A Administração presta‐los diretamente ou por entidades descentralizadas  (Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de  Economia Mista, Fundações Pública), ou os delega a  terceiros por concessão, permissão ou autorização.  Normalmente são rentáveis e são prestados sem  privilégios, mas sempre sob a regulamentação e  controle do Poder Público. Exs.: serviço de transporte  coletivo, conservação de estradas, de fornecimento de  gás, etc.

(11)

Administrativos

São os executados pela Administração para  atender às suas necessidades internas. Ex.:  datilografia, etc.

Industriais

São os que produzem renda, uma vez que são  prestados mediante remuneração (tarifa).  Pode ser prestado diretamente pelo Poder  Público ou por suas entidades da  Administração indireta ou transferidos a  terceiros, mediante concessão ou permissão.  Exs.: transporte, telefonia, correios e  telégrafos.

(12)

Gerais

São os prestados à coletividade em geral,  sem ter um usuário determinado. Exs.:  polícia, iluminação pública, conservação de  vias públicas, etc. São geralmente mantidos  por impostos.

Individuais

São os que têm usuário determinado. Sua  utilização é mensurável. São remunerados por  tarifa. Exs.: telefone, água e esgotos, etc.

(13)

Formas de Prestação

A prestação do serviço pode ser centralizada ou  descentralizada. Será centralizada quando o  Estado, através de um de seus órgãos, prestar  diretamente o serviço. Será descentralizada  quando o Estado transferir a titularidade ou a  prestação do serviço a outras pessoas.Não se deve confundir descentralização com  desconcentração, que é a prestação dos serviços  da Administração direta pelos seus vários  órgãos.

É possível descentralizar o serviço por 

dois diferentes modos:

• Outorga • Transferindo o serviço à titularidade de uma  pessoa jurídica de direito público criada para  este fim, que passará a desempenhá‐lo em nome  próprio, como responsável e senhor dele,  embora sob controle do Estado. Neste caso, o  serviço é transferido para uma Autarquia,  Fundação Pública, Empresa Pública ou Sociedade  de Economia Mista. É a outorgada. Os serviços  são outorgados. Exs.: Telebrás, Eletrobrás.

(14)

• Delegação • Transferindo o exercício, o mero desempenho do serviço  (e não a titularidade do serviço em si) a uma pessoa  jurídica de direito privado que o exercerá em nome do  Estado (não em nome próprio), mas por sua conta e risco.  Esta técnica de prestação descentralizada de serviço  público se faz através da concessão de serviço público e da  permissão de serviço público. É a delegação. Os serviços  são delegados, sem transferir a titularidade. • Ipc: A concessão e a permissão podem ser feitas a um  particular ou a empresa de cujo capital participe o Estado,  Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

Diz‐se por outro lado que a prestação 

de serviço público é prestado de 

modo:

• concentrado – quando apenas órgãos centrais detêm o poder de decisão e prestação dos serviços.  Ocorre em Estados unitários. Não ocorre no Brasil.• desconcentrado – quando o poder de decisão e os  serviços são distribuídos por vários órgãos distribuídos  por todo o território da Administração centralizada. É  o que ocorre no Brasil que é uma República  Federativa.A concentração ou desconcentração são modos de  prestação de serviços pela Administração centralizada,  União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

(15)

Outorga

Tecemos, agora, algumas considerações sobre os serviços sociais  autônomos, ou Entes de Cooperação.São pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos. Podem  receber dotações orçamentárias.criados ou autorizados por lei, para  prestar serviços de interesse social ou de utilidade pública, geridos  conforme seus estatutos, aprovados por Decretos.  • Geralmente se destinam à realização de atividades técnicas, científicas  educacionais ou assistencial, como o Sesi, Sesc, Senai, Senac. Revestem a  forma de sociedades civis, fundações ou associações. • Estes entes estão sujeitos à supervisão ministerial, nos termos do  Decreto‐Lei nº 200/67, e se sujeitam a uma vinculação ao ministério em  cuja área de competência se enquadrar sua principal atividade. Utilizam‐ se de dinheiros públicos, como são as contribuições parafiscais, e devem  prestar contas do regular emprego deste dinheiro, na conformidade da lei  competente. Seus funcionários são celetistas e são equiparados a  funcionários públicos para fins penais. Sujeitam‐se a exigência de  licitação.

Delegação

É o ato pelo qual o Poder Público transfere a  particulares a execução de serviços públicos,  mediante regulamentação e controle pelo  Poder Público delegante. A delegação pode ser feita por: • concessão; • permissão; • autorização.

(16)

Concessão 

CONCESSÃO é a delegação contratual da execução do  serviço, na forma autorizada e regulamentada pelo  Executivo. O contrato de Concessão é ajuste de Direito  Administrativo, bilateral, oneroso, comutativo e  realizado intuito personaeContrato de Concessão: • Contratar terceiros ‐ Atividades acessórias ou  complementares  • Sub‐concessão ‐ Mediante autorização  • Transferência de concessão e Controle societário ‐ Só com anuência 

PERMISSÃO

• É tradicionalmente considerada pela doutrina  como ato unilateral, discricionário, precário,  intuito personae, podendo ser gratuito ou  oneroso. O termo contrato, no que diz respeito à  Permissão de serviço público, tem o sentido de  instrumento de delegação, abrangendo, também,  os atos administrativos.  • Doutrina ‐ Ato Administrativo  • Lei ‐ Contrato Administrativo (contrato de  Adesão); 

(17)

Autorização

A Administração autoriza o exercício de  atividade que, por sua utilidade pública, está  sujeita ao poder de policia do Estado. É realizada  por ato administrativo, discricionário e precário  (ato negocial). É a transferência ao particular, de  serviço público de fácil execução, sendo de regra  sem remuneração ou remunerado através de  tarifas. Ex.: Despachantes; a manutenção de  canteiros e jardins em troca de placas de  publicidade, porte de arma. Licitação: • Concessão ‐ Exige Licitação modalidade  Concorrência  • Permissão ‐ Exige Licitação 

(18)

Ou seja 

Ipc:  • A concessão era um contrato para prestação de serviços  públicos que garantia a empresa concessionária uma série  de direitos (p. ex., o Poder Público não ia poder revogar a  concessão sem indenizar a empresa). Ex: As empresas de  luz, água, telefonia, em regra, são concessionáriasA permissão também se destinava a prestação de serviços  públicos, mas a título precário (a qualquer tempo o Poder  Público poderia revogar a permissão sem indenização). Ex:  As empresas de ônibus muitas vezes são permissionárias.A autorização se dá no interesse do particular para ele  explorar determinada atividade, que tenha algum  impacto social, em benefício próprio. Ex: porte de arma.

Referências

Documentos relacionados

Desta forma, se até mesmo os serviços públicos prestados por órgãos da administração pública indireta estão submetidos ao CDC, conforme o precedente acima

“Desta forma, se até mesmo os serviços públicos prestados por órgãos da administração pública indireta estão submetidos ao CDC, conforme o precedente acima citado, quanto mais

O Laboratório de Aprendizagem de Serviços Públicos – LASP como um dos projetos vinculados ao Programa Incubadora de Administração de Serviços Públicos, propõem-se a

A fórmula utilizada como referência para avaliar os municípios nos limites da LRF é a Despesa Total com Pessoal dividida pela Receita Corrente Líquida

Descrição sucinta do objeto do contrato: Aquisição de uma empreitada de obras públicas, para substituição do telhado e pintura das fachadas do edifício nº 23 da Rua António Nobre

A Escola Nacional da Magistratura e a Academia Internacional de Direito e Economia realizam, com a colaboração da ABCR, este seminário em parceria, seguindo modelo muito

1. Os órgãos da administração pública central e lo- cal, dos institutos públicos que revistam a natureza de serviços personalizados e de fundos públicos e as

Nesse prisma, é de ser reconhecida a solidariedade passiva dos entes públicos no que se refere à responsabilidade pelas ações da Administração Pública visando à