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Relatório e Contas 2020

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Academic year: 2021

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1. Mensagem do presidente ... 1

2. Principais indicadores de actividade ... 3

3. Estratégias de Desenvolvimento ... 4

4. Modelo de Governação Corporativa ... 5

4.1. Modelo de Governação e Estrutura accionista do Banco da China (Beijing) ... 5

4.1.1. Conselho de Administração ... 6

4.1.2. Conselho de Supervisão (Fiscal) ... 7

4.1.3. Auditor Externo ... 8

4.1.4. Estrutura Accionista ... 8

4.2. Estrutura de Modelo de Governação (Luanda)... 9

4.2.1. Alta Gestão ... 14

4.2.2. Distribuição de Pelouros ... 17

4.2.3. Estrutura Accionista BOCLB ... 17

4.2.4. Política de Formação ... 17

4.2.5. Política de Remuneração ... 18

4.2.6. Código de Conduta ... 18

4.2.7. Política de Gestão de Conflitos e Interesses ... 20

4.2.8. Política de Gestão de Reclamações ... 20

4.2.9. Política de Transparência e Divulgação de Informação ... 21

5. Enquadramento macroeconómico ... 22

5.1. Conjuntura económica mundial ... 22

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5.2. Conjuntura económica nacional ... 31

5.2.1. Mercado Cambial ... 46

5.3. Regulamentação ... 49

6. Capital Humano ... 59

7. Gestão de Risco ... 62

7.1 A estrutura e responsabilidades da gestão de risco ... 62

7.2 As políticas e procedimentos de gestão de risco ... 64

8. Políticas e Procedimentos de Controlo de Prevenção e Combate do BC/FTP ... 75

8.1. Modelo de Gestão de Risco de BC/FT | Modelo Orgânico e Funcional: ... 75

8.2. Responsabilidades dos Intervenientes na Gestão de Risco de BC/FT: ... 76

8.3. Medidas de Diligências Utilizadas pelo BOCLB para a Identificação do Cliente: ... 76

8.4. Monitorização do Cliente: ... 77

8.5. Monitorização de Transacções de Clientes: ... 79

9. Rácio de Solvabilidade Regulamentar ... 82

10. Proposta de aplicação de resultados ... 83

11. Demonstrações financeiras ... 84

Nota 1 – Nota Introdutória ... 89

Nota 2 - Bases de apresentação e políticas contabilísticas ... 90

2.1 Bases de apresentação ... 90

2.2 Comparabilidade da Informação ... 90

2.3 Alterações das políticas contabilísticas ... 91

Nota 3 - Políticas Contabilísticas ... 95

3.1 Princípio da Especialização ... 95

3.2 Transacção em Moeda estrangeira ... 95

3.3 Instrumentos financeiros ... 96

3.4 Outros activos tangíveis e intangíveis ... 110

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3.6 Benefícios dos empregados ... 117

3.7 Provisões e passivos contingentes ... 117

3.8 Caixa e seus equivalentes ... 118

3.9 Estimativas contabilísticas críticas e aspectos julgamentais mais relevantes na aplicação das políticas contabilísticas ... 118

Nota 4 – Caixa e disponibilidade em Bancos Centrais ... 121

Nota 5 – Disponibilidade em outras instituições de crédito ... 122

Nota 6 – Aplicações em bancos centrais e em outras instituições de Crédito ... 123

Nota 7 – Investimento ao custo amortizado ... 124

Nota 8 – Crédito a clientes | Custo amortizado ... 125

Nota 9 – Outros activos tangíveis e intangíveis ... 130

Nota 10 – Outros activos ... 132

Nota 11 – Recursos de bancos centrais e de outras instituições de crédito ... 133

Nota 12 – Recursos de clientes e outros empréstimos ... 134

Nota 13 – Provisões... 135

Nota 14 – Passivos por impostos correntes ... 136

Nota 15 – Passivos subordinados ... 138

Nota 16 – Outros passivos ... 139

Nota 17 – Capital social ... 140

Nota 18 – Reservas, resultados transitados e outro rendimento integral ... 141

Nota 19 – Margem financeira ... 142

Nota 20 – Rendimento e encargos com serviços e comissões ... 143

Nota 21 – Resultados cambiais ... 144

Nota 22 – Outros resultados de exploração ... 145

Nota 23 – Custo com pessoal ... 146

Nota 24 – Fornecimentos e serviços de terceiros ... 147

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4 Nota 26 – Transacções com partes relacionadas ... 150 Nota 27 – Divulgações relativas a instrumentos financeiros ... 153 Nota 28 – Eventos subsequentes ... 166

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1. Mensagem do presidente

2020 marcou um ano extremamente incomum. Com o espalhamento universal de Covid-19, os mercados internacionais são voláteis enquanto o sector bancário global estava enfrentando enormes desafios. Focando-se no objectivo do grupo de “transformar o BOC em um banco de classe mundial na nova era”, a Sucursal do Banco da China em Luanda tem continuamente melhorado e reforçado o seu mecanismo de controlo interno de acordo com a estratégia estabelecida de “construir boa fundação, mitigar riscos,equilibrar os ganhos e as perdas”, explorando de forma estável o mercado e obtendo grandes progressos nas áreas de governança corporativa, controle de risco e eficiência operacional.

Em 31 de Dezembro de 2020, o total de activos da sucursal era 60.369.917 de milhares de kwanzas, o passivo total era de 53.677.177 milhares de kwanzas, o capital próprio era de 6 .692.740 milhares de kwanzas enquanto o fundo próprio regulamentar total era de 9.414.561 milhares de Kwanzas.

Fortalecemos a construção do regulamento e a gestão de risco geral, garantindo a continuidade de operações seguras. Em 2020, além de continuar a melhorar a construção dos regulamentos internos, os planos de emergência e continuidade do negócio foram formulados e implementados de forma rigorosa, garantindo assim o funcionamento ininterrupto, estável e seguro do BOCLB durante a epidemia.

Focando na cooperação económica e comercial sino-angolano e no desenvolvimento económico local, melhorar continuamente as capacidades de serviço mesmo o nível da lucratividade. Em 2020, com base na avaliação de risco geral, a sucursal lançou novos produtos de negócio, expandiu a base de clientes e concedeu os empréstimos à economia real, obtendo bons benefícios económicos e sociais.

Aderimos continuamente ao princípio da orientação para as pessoas, fortalecendo a construção da equipa do colaborador, melhorando as suas qualidades profissionais e as técnicas dos negócios. Em 2020, a sucursal continuou a enriquecer a equipa de funcionário. Até o final de 2020, atingiu 34 o número total dos colaboradores da sucursal. Por um lado, a sucursal aproveitou os recursos online-educacionais do grupo; por outro lado, a sucursal continuou a

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consolidar a gestão multicultural, aumentando totalmente a coesão e a capacidade de luta dos colaboradores do estado-maior.

Eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para estender os meus agradecimentos às entidades regulamentar como BNA e CMC pelas suas sugestões e guias, à sede pelos seus apoios e suportes ao longo do caminho, aos todos colaboradores da sucursal pelos seus trabalhos e contribuições, aos clientes e amigos dos todos sectores pelas suas assistências e confianças. Olhando para 2021, a ameaça da Covid-19 ainda não foi eliminada. O crescimento da economia mundial continua a desacelerar à medida que as fontes de risco e turbulência ainda estão a existir em todo o mundo enquanto o sector bancário está a enfrentar um ambiente mais severo e complicado. Como os desafios e as oportunidades coexistidos ao mesmo tempo, no ano 2021, a Sucursal de Luanda vai aderir ao tom de desenvolvimento de “progredir de forma estável”, implementando a estratégia de negócio de “consolidar a base, prevenir riscos, melhorar a qualidade e desenvolver-se de forma constante”, esforçando-nos para melhorar os níveis da supervisão, dos clientes, da sociedade e da satisfação dos funcionários, empenhando-nos para alcançar as metas de trabalho conforme programado!

Yang Haiyong

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2. Principais indicadores de actividade

Os principais indicadores de desempenho da actividade bancária apresentam-se como se segue:

AOA 000 Indicadores 30|12|2020 30|12|2019 Variação Balanço e Resultados Activo Total 60 369 917 14 347 537 321% Crédito a Clientes 38 683 851 170 333 22611% Recursos de Clientes 2 123 898 5 047 761 -58% Capital Próprio 6 692 740 6 829 070 -2% Produto Bancário 2 710 738 -110 248 2559% Custos Administrativos (31 523) (1 454 905) 98% Resultado Líquido (136 330) (1 715 350) 92% Funcionamento Colaboradores 34 36 -6% Clientes 132 113 17%

Agências e Postos de atendimento 1 1 0%

Produtividade|Eficiência

Número de clientes|Colaborador 4 3 24% Número de clientes|Balcão 132 113 17%

Rácio de Rentabilidade

(%) Rendibilidade do Activo (ROA) 0% -12% 97% (%) Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE) -2% -25% 92%

Adequação de capital e liquidez

Rácio de imobilizado 0,4% 2% 79% Fundos Própios Regulamentares 9 414 561 8 739 493 8% Rácio de Solvabilidade

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3. Estratégias de Desenvolvimento

OBJECTIVO ESTRATÉGICO

Missão:

Prestar serviços financeiros ao mundo e melhorar o bem-estar da sociedade

Visão :

Construir um grupo bancário moderno de classe mundial

Valores Fundamentais:

Prestar serviços excelentes, buscar um crescimento constante, criar valor para todas as partes interessadas, cultivar uma cultura aberta e acomodatícias e alcançar benefícios compartilhados por meio de esforços coordenados

O Banco da China Sucursal em Luanda esforçar-se-á por contribuir para o objetivo estratégico do grupo acima mencionado.

POSICIONAMENTO ESTRATÉGICO

Como único banco chinês em Angola, o BOCLB irá focar-se nas áreas como a cooperação e comércio sino-angolanos, dedicada à prestação de serviços financeiros, incluindo liquidação internacional, transações cambiais, depósitos e empréstimos, etc., aos nossos clientes empresariais tais como empresas de comércios bilaterais sino-angolano e empresas angolanas operadas com investimento chinês, procurando as contribuições devidas para a promoção da cooperação económica e comercial sino-angolana.

TÁTICAS OPERACIONAIS

Implementando a estratégia de desenvolvimento do Grupo sobre negócios angolanos, com foco em operações seguras e de conformidade, o BOCLB irá aderir à "consolidar a base, prevenir riscos, melhorar a qualidade, desenvolver de forma constante" para alcançar seguranças de pessoas, capitais e activos.

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4. Modelo de Governação Corporativa

O BOC tem um modelo de Governação Corporativa sólido sendo que adere às regras e regulamentos que regulam as actividades de mercado de capitais, bem como do Banco Nacional de Angola (BNA). Nestes termos, tem havido um esforço constante com o intuito de melhorar a sua estrutura que é centralizada no presidente enquanto representante legal da sucursal, apoiado por um conjunto de comités e directores. A estrutura supra-referida tem sido operacional devido à clara divisão de tarefas e responsabilidades, sendo que os comités de forma eficaz.

O Banco da China cumpre rigorosamente com as leis e regulamentos do país aplicáveis à actividade bancária, e observa as regras e outros normactivos emitidos pelas autoridades reguladoras, tais como o Banco Nacional de Angola, a Comissão de Mercado de Capitais, a Autoridade Geral Tributária, entre outros.

4.1. Modelo de Governação e Estrutura accionista do Banco da China (Beijing) À data, o modelo de Governação do BOC encontra-se desagregado da seguinte forma:

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A sua composição consta da página institucional do Banco na internet. 4.1.1. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é responsável pela assembleia de acionistas, é o órgão de tomada de decisão do BOC. O Conselho de Administração exerce as seguintes funções e atribuições especificadas nos Estatutos do Banco: convocar as assembleias gerais e implementar as deliberações da assembleia geral; decidir sobre as políticas estratégicas do BOC, planos de negócios e planos de investimento de materiais; formular os orçamentos financeiros anuais, contas finais e planos para distribuição de lucros e compensação de perdas do BOC; nomear ou destituir membros de Comités especiais e da alta gestão do BOC; desenvolver e rever as políticas de governação corporativa do BOC; rever e decidir sobre o estabelecimento do sistema administractivo básico do BOC, estrutura de gestão interna e sub-entidades importantes; encarregar-se da avaliação de desempenho e questões de recompensa e punição materiais para membros da alta gestão; e ouvir os relatórios da alta gestão e examinar o trabalho da alta gestão, etc.

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administradores executivos, cinco administradores não executivos e seis administradores não executivos independentes. Os conselheiros do Banco são eleitos em assembleia geral de acionistas, com mandato de três anos a partir da data em que o Banco recebe a aprovação do CBIRC. Um diretor pode servir mandatos consecutivos por reeleição e renomeação, a menos que especificado de outra forma pelas leis, regulamentos e requisitos de supervisão.

Para auxiliar o Conselho de Administração no desempenho das suas funções, foram constituídos os seguintes comités:

• Comité de Desenvolvimento Estratégico: composto por 10 (dez) membros e presidido por um Diretor Executivo;

• Comité de Cultura Corporativa e Protecção do Consumidor: composto por 6 (seis) membros e presidido por um Diretor Executivo;

• Comité de Auditoria: composto por 7 (sete) membros e presidido por um Director Independente;

• Comité de Política de Risco: composto por 6 (seis) membros e presidido por um Conselheiro Independente;

• Comité de Pessoas e Remuneração: composto por 7 (sete) membros e presidido por um Director Independente;

• Comité de Controlo de Transações Conectadas: composto por 5 (cinco) membros e presidido por um Director Independente.

4.1.2. Conselho de Supervisão (Fiscal)

O BOCLB é estabelecido como uma sucursal que não tem Conselho de Administração, e deve estar sob a supervisão e controlo da Sede do BOC da seguinte forma:

1. Autorização de gestão: a Alta Gestão é nomeada pela Casa-mãe e é dada autoridade ao Presidente da Sucursal e este por sua vez, atribui a delegação de autoridade ao outro membro da Alta Gestão da Sucursal.

2. Autorização comercial: de acordo com a demanda de desenvolvimento de negócios e os recursos de gestão de riscos da Sucursal, a Casa-mãe, concede autoridade comercial à Sucursal, entretanto, é necessário a aprovação prévia da Casa-mãe para aprovação de crédito, títulos,

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crédito documentário, cambiais etc.

3. Gestão de Negócios e Política de Relatórios: Os departamentos das funções de controlo da Casa -Mãe dirigem e gerem directamente os departamentos de cada Sucursal. Trimestralmente e sempre que necessário, os Departamentos de Compliance, Auditoria Interna e de Gestão de Riscos devem enviar um relatório à Casa-Mãe, relatando todas as informações comerciais e de gestão.

4. Avaliação de Desempenho: a Casa-mãe formula anualmente os métodos de avaliação do grupo BOC, orienta a gestão das operações das Sucursais por meio de indicadores de avaliação, melhora a rentabilidade e o nível de controlo interno de riscos e conduz incentivos e obrigações para a gestão da Sucursal.

5. Auditoria Interna: a Casa-mãe, supervisiona todas as Sucursais através dos Departamentos de Auditoria Interna, realiza auditorias especiais e auditorias abrangentes das Sucursais de tempos em tempos, detecta problemas existentes e ajuda as Sucursais a reduzir riscos e melhorar o nível de gestão.

4.1.3. Auditor Externo

O Bank of China, Limited, aprovou em Assembleia Geral de Accionistas a empresa "ERNST & Young Hua Ming LLP" como auditora externa. Nesta senda, o BOCLB contratou a "EY Angola Lda” como sua auditora externa para o exercício económico de 2020 e o processo foi devidamente registado no Banco Nacional de Angola.

4.1.4. Estrutura Accionista

O Bank of China Limited (Beijing) é detido maioritariamente pelo accionista estatal Central Hujian Investment Ltd., conforme abaixo ilustrado:

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4.2. Estrutura de Modelo de Governação (Luanda)

O modelo de Governação Corporativa instituído na Sucursal assenta em princípios orientadores que correspondem aos requisitos definidos pelo Banco Nacional de Angola e está alinhado com a Casa-mãe, uma vez que, por integrar o Bank of China Limited (Beijing), a Sucursal está sujeita às regras de supervisão consolidada.

A Sucursal encontra-se organizada conforme disposto no diagrama abaixo:

Comités

O BOCLB estabeleceu 4 (quatro) Comités e 3 (três) sub-Comités para auxiliar a Alta Gestão no desempenho de suas funções. As responsabilidades específicas são definidas pelo estatuto do Comité, sendo que o estabelecimento e o estatuto do referido Comité são aprovados pela reunião da Alta Gestão e os diretores dos Comités são mantidos pela Alta Gestão.

Comités

Descrição

Responsabilidade

Comité de desenvolvime

Formular cientificamente estratégias de desenvolvimento de negócios, integrar

(1) Determinar / aprovar a estratégia e medidas para o desenvolvimento do negócio de acordo com a estratégia de

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nto de negócios

efetivamente os recursos do BOCLB, aproveitar plenamente as vantagens gerais de negócios, promover a inovação de negócios e produtos, aumentar a competitividade central e realizar o desenvolvimento integral, saudável e sustentável de todos os negócios .

desenvolvimento da Sede e plano de desenvolvimento a longo ou médio prazo do BOCLB;

(2) Estudar as questões existentes nos activos e passivos do BOCLB e no desenvolvimento de negócios intermediários e determinar as soluções para os mesmos;

(3) Aperfeiçoar o sistema de vínculo de negócios, coordenando, tomando decisões e implantação geral de produtos importantes, grandes projetos, promoção do cliente-chave e marketing que tem significado global;

(4) Prestar atenção e estudar novas medidas e novos produtos no desenvolvimento de negócios, promover a inovação empresarial e aumentar a competitividade do nosso negócio no mercado.

Comité de Gestão de Activos e Passivos

O Comité de Gestão de Activos e Passivos é a entidade profissional de decisão abaixo do Banco da China sucursal em Luanda, com a responsabilidade pela gestão do balanço patrimonial, incluindo os activos e passivos dentro e fora do balanço, elaborar as medidas e políticas da gestão de activos e passivos, deliberar os grandes problemas nas actividades da gestão de activos e passivos, para realizar a equilibridade razoável entre o risco e a receita e a unificação orgânica da "segurança, liquidez e rentabilidade".

1)Implementar as resoluções e decisões da Sucursal sede e da sucursal sobre a gestão de activos e passivos;

(2)De acordo com a estratégia de desenvolvimento do Banco sede e da sucursal, estudar e deliberar o plano anual de activos e passivos, elaborar as políticas e objetivos da gestão de activos e passivos, avaliar regularmente sobre a situação de implementação do plano de gestão integrado, e analisar a situação de mudanças de risco e lucro da gestão em combinação de activos e passivos, tomando oportunamente as decisões sobre as políticas da gestão de activos e passivos, promovendo o balanço integrado e otimização estrutural dos activos e passivos da Sucursal;

(3)Assegurar as mudanças de situação econômica e financeira internacionais e domésticas e de Luanda, as tendências da polí tica monetária e tendências da taxa de câmbio e juros, analisar profundamente o impacto das mudanças macroeconômicas no neg ó cio de activos e passivos de todo Banco, e elaborar oportunamente as estratégias e medidas de enfrentamento relacionadas;

(4 ) Deliberar e decidir a estrat é gia da definição de preços(incluindo a definição de preços internos e externos) , de acordo com a política da Sede, combinado com a situação do mercado local de Luanda, elaborar e definir a política de gestão

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11 de taxas de juros e o nível de cotação da taxa de juros. Analisar regularmente a situação de implementação da definição de preços sobre o negócio de activos e passivos, e ajustar e melhorar oportunamente a política da definição de preços. Estudar a política de gestão de preço dos fundos internos, guiar a Sucursal para ajustar oportunamente o comportamento comercial de acordo com as alterações na taxa de juros de FTP, garantir o negócio de activos e passivos seja desenvolvido com equilíbrio.

5)Deliberar os métodos de gestão de liquidez e planos de contingência de liquidez, analisar a situação de liquidez das moedas nacionais e estrangeiras, garantir que seja dentro do ní vel razoável, cumprindo com as necessidades de fiscalização e da Sede;

6)Deliberar a situação de implementação do orçamento de capital econômico e a situação da ocupação do capital econômico em cada dimensão, analisar e decidir a estratégia de alocação de capital econômico, garantir que o índice de capital cumpre com as necessidades de fiscalização, da Sede e do crescimento apropriado de activos.

7)Deliberar a forma de gestão do risco de taxa de juros e cambial, os critérios quantitactivos e valor de limite dos riscos, analisar a situação do risco de taxa de juros e a situação de implementação do valor de limite dos riscos, realizar oportunamente a decisão política da gestão do risco de taxa de juros e cambial, garantir que a gestão do risco de taxa de juros e cambial cumpre com as necessidades de fiscalização e da Sede; (8)Deliberar e decidir os procedimentos e sistemas de trabalho da gestão de activos e passivos, elaborar o padrão do sistema de informação da gestão de activos e passivos e os seus procedimentos de gestão;

(9)Deliberar os grandes problemas envolvidos com a gestão de activos e passivos nas actividades comerciais das entidades filiais e o plano de tratamento de emergência;

10)Analisar e deliberar os outros assuntos relactivos a gestão de activos e passivos.

Comité de Grande

Comité é a instituição de revisão e votação das grandes compras do nosso Banco,

( 1 ) Desenvolver o sistema de gestão sobre a revisão de compras da sucursal;

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Compra responsabilizando pelo desenvolvimento de

regulamentos e processos de revisão de compras do nosso Banco, ao mesmo tempo deve orientar e supervisionar as atividades de grandes compras do nosso Banco; Aceitando a orientação e supervisão de negócios do Comité de Revisão de Compras do Banco sede.

(3)Avaliar e rever as opções e resultados de compras dos projetos de compras centralizadas que atinge o limite da revisão do Comité de Revisão de Compras da sucursal;

(4)Supervisionar e inspecionar as actividades de grandes compras da sucursal;

(5)Avaliar a situação de implementação sobre os projetos de compras centralizadas;

( 6 ) Outras funções que forem exigidas pelo nível de administração. Comité de Gestão de Riscos e Controlo Interno

Para aperfeiçoar o Comité de Gestão de Riscos e Controlo Interno (doravante denominado "o Comité"), a responsabilidade do trabalho, a autoridade, a solicitação, o procedimento de tomada de decisão de consumação, a operação diária, a gestão eficaz do risco de promoção e ao nível de controlo interno, o Comité, enquanto Comité profissional sob a Alta Gestão da Sucursal, é responsável pelo exercício das funções de gestão e tomada de decisões no que respeita à gestão de riscos e controlo interno da Sucursal.

(1) Implementar as estratégias, políticas, requisitos e decisões da Sede e da Alta Gestão da Sucursal em relação à gestão de riscos e controlo interno, e fazer uma decomposição e refinamento adicionais a partir da situação real da Sucursal.

(2) Implementar a estratégia de risco e o apetite de risco determinado pela Sede e pela Alta Gestão da Sucursal, estabelecer e melhorar os sistemas de gestão de identificação, medição, monitorização, controlo e reporte dos diversos riscos da Sucursal.

(3) De acordo com a estratégia de gestão da Sede para a implantação de instituições no exterior, estudar e formular o plano de trabalho e as prioridades anuais de trabalho para a gestão de riscos e controlo interno da Sucursal.

(4) Considerar as importantes políticas e sistemas de gestão de risco e controlo interno da tomada de decisão da Sucursal, bem como os processos de negócio e as regras de implementação para a gestão de risco e controlo interno de cada departamento. (5) Estudar as principais reformas de gestão de riscos e controlos

internos e reportar à Alta Gestão para tomada de decisões. (6) Manter a operação geral do sistema de controlo interno da

Sucursal, rever as regras básicas de controlo interno, avaliar a eficácia do sistema e regras de controlo interno, identificar as deficiências e fragilidades do sistema de controlo interno e tomar decisões sobre medidas de melhoria.

(7) Rever os relatórios sobre a gestão de risco geral e controlo interno da Sucursal, apresentar os requisitos de melhoria sobre os problemas junto dos departamentos funcionais relacionados a implementar as medidas de melhoria.

(8) Gerir os incidentes de emergência materiais da Sucursal. (9) Estudar e rever outros itens importantes relactivos à gestão

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13 de riscos e controle interno.

Comité de Revisão de Crédito

O Comité de Revisão de Crédito é um Comité especial subordinado ao Comité de Gestão de Risco e Controlo Interno da Sucursal, responsável pela revisão dos negócios de crédito. O âmbito da reunião de revisão inclui rever as operações de crédito de autoridade da Sucursal e os negócios de crédito de autoridade excessiva iniciados pelo Departamento de Finanças Corporativas.

(1) O princípio do centralismo democrático. O Comité de Revisão de Crédito adota um sistema de "revisão coletiva" para formar opiniões de revisão coletiva.

(2) O princípio da operação independente. O Comité de Revisão de Crédito emitirá pareceres de revisão independentes sobre a concessão de crédito, sem ser afetado por pessoas físicas ou instituições. Ao mesmo tempo, de acordo com o princípio SIM-NÃO, terá um papel de freios e contrapesos.

(3) O princípio da especialização. Os membros do Comité de Revisão de Crédito devem ter rica experiência prática e pesquisa aprofundada em campos profissionais, como indústria, crédito, finanças, direito e gestão de risco, e ter forte identificação de risco, análise e capacidade de julgamento independente. (4) O princípio de objetividade e justiça. Os membros do Comité

de Revisão de Crédito devem ter um forte conceito geral, senso de responsabilidade e profissionalismo, justiça, integridade e autodisciplina.

(5) Cumprir a estratégia de desenvolvimento de negócios e os princípios de gestão de crédito. As opiniões do Comité de Revisão de Crédito devem ser consistentes com a estratégia de desenvolvimento de negócios e posicionamento de mercado da Sucursal, e ser consistente com a gestão de crédito e objetivos de desenvolvimento de negócios. A reunião de revisão é parte integrante do mecanismo de tomada de decisão de crédito da Sucursal.

Comité de PBC / FT

• O Comité é o órgão de decisão da gestão da prevenção da Branqueamento dos Capitais e do financiamento do terrorismo da Sucursal, sendo responsável pelo desempenho das funções gerais de gestão dos trabalhos de combate ao Branqueamento dos Capitais

• O Comité deve ser dividido em Comités especiais sob o Comité de Gestão de Risco e Controlo Interno da Sucursal, e o Comité

(1) Rever o programa de AML da Sucursal, decidir os objetivos de AML, planos de trabalho e mecanismo de trabalho, avaliar os resultados relevantes, apresentar requisitos de melhoria e solicitar a implementação.

(2) Estabelecer e melhorar o sistema de trabalho AML, os procedimentos da Sucursal e supervisionar a sua implementação;

(3) Avaliar e verificar o plano anual e o relatório anual do trabalho de AML da Sucursal;

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14 pode reportar diretamente à Alta Gestão sob

o representante autorizado de RMICC.

Sucursal;

(5) Estabelecer um mecanismo de gestão para o trabalho de AML na Sucursal e fornecer os recursos humanos, tecnologia e outros recursos necessários para garantir um trabalho de AML eficaz; (6) Inspecionar e avaliar a implementação das leis e

regulamentos de AML da Sucursal.

Comité de Alienação de Activos

O Comité é o órgão de revisão para a tomada de decisão sobre a alienação e baixa de activos dentro da jurisdição da Sucursal e fornecer opiniões de revisão coletiva para os aprovadores autorizados.

1. Pesquisar as principais questões e políticas do trabalho de eliminação de activos do Banco.

2. Rever os planos de alienação de activos para transferência de crédito, redução da dívida e reembolso de dívidas, vários projetos de verificação de perda de activos de crédito e não crédito e planos de alienação de activos para a alienação de activos retomados e activos fixos ociosos dentro da autoridade da Sucursal.

3. Outras funções relacionadas com a alienação de bens atribuídas por pessoa autorizada.

4.2.1. Alta Gestão

O BOCLB enquanto sucursal não lhe é imposto ter a figura do Conselho de Administração, tendo actualmente nomeados dois gerentes (Alta Gestão) cuja gestão corrente da instituição lhes está atribuída. Compete à Alta Gestão o seguinte:

O BOCLB enquanto sucursal não conta com a figura do Conselho de Administração, tendo actualmente nomeados dois gerentes (Alta Gestão) cuja gestão corrente da instituição lhes está atribuída. Compete à Alta Gestão o seguinte:

1. Gerir as actividades bancárias gerais da Sucursal em Luanda;

2. Gerir e administrar as matérias reguladoras e administrativas da Sucursal em Luanda; 3. Gerir, proteger e tomar as medidas necessárias relativas aos Activos da Sucursal em Luanda; 4. Encarregar-se de gerir recursos humanos e demais responsabilidades da Sucursal;

5. Autenticar por sua assinatura a qualquer momento para fim de dar pleno vigor e para efeitos da sua execução nos termos da legislação em vigor em Angola, ou qualquer outro país, quaisquer documentos escritos assinados por qualquer trabalhador da Sucursal em Luanda,

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além do Representante Legal;

6. Contratar, manter e demitir advogados, auditores externos, contabilistas, instituições avaliadoras de imoveis e outras entidades externas sob contrato de outsourcing;

7. Apresentar para registo oficial cópias autenticadas dos estatutos do Banco e quaisquer outros documentos legais para efeito de registo exigidos de acordo com a Lei Angolana, em que a procuração pode ser registada ou exercida, e executar todos e quaisquer actos exigidos pela Lei Angolana relactivos ao estabelecimento ou manutenção dos negócios com entidades estrangeiras e a abertura de sucursais;

8. Aceitar serviços para efeito de processos legais e avisos/notificações da Sucursal em Luanda, de acordo com as leis e contractos aplicáveis. Representar a Sucursal em Luanda em todos os processos judiciais em Tribunais locais e instituições de arbitragem, sejam elas em território angolano ou fora, com o poder de processar, responder a queixas, cancelar acções judicial ou aceitar compromissos. Transferir os poderes acima mencionados por escrito a advogados e a outros representantes.

9. Execução de Instrumentos;

10. Delegar o poder correspondente por escrito de acordo com a divisão de responsabilidades da Alta Gestão a favor dos outros membros da Alta Gestão.

Perfil dos membros da Alta Gestão

YANG Haiyong Presidente

Participou no Banco da China no Julho do ano 1993. Exerceu função de Assistente de Negócios desde Julho de 1993 até Junho de 1999 na sucursal de Shandong do Banco da China; Exerceu função de Chefe da Seção de Negócios de Exportação desde Junho de 1999 até agosto de 2002 na sucursal de Shandong do Banco da China; Exerceu função de Vice-gerente geral desde agosto de 2002 até Fevereiro de 2009 no Departamento de Serviços Comerciais Globais do Banco da China sucursal de Shandong; Exerceu função do vice-presidente/presidente desde Fevereiro de 2009 até maio de 2014 no

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Banco da China, sucursal em Los Angeles; Exerceu função de Chefe do Gabinete Executivo desde Maio de 2014 até Outubro de 2015 no Banco da China, sucursal em Nova Iorque; Exerceu função de presidente desde Outubro de 2015 até maio de 2018 no Banco da China, sucursal em Munique; Exerceu função de Presidente do Banco da China, sucursal de Dusseldórfia desde maio de 2018 até Junho de 2020; Desde Junho de 2020 até hoje, está a exercer a função do presidente no Banco da China, Sucursal em Luanda. No ano 1993, concluiu o curso em Finanças Internacionais da Faculdade Financeira de Xangai, obtendo certificado de Bacharel em Economia da Universidade de Pequim no ano 1999, possuindo Diploma de Factoring da Factors Chain International e Certificação Internacional em Créditos Documentários (CDCS) de Câmara de Comércio Internacional (ICC).

ZHANG Li

Assistente De Presidente

Participou no Banco da China no ano 1995. Exerceu a função de Caixa desde Julho de 1995 até Dezembro 1995 na Agência Wuhu de Sub-sucursal Qinghu de sucursal Jiangxi de Banco da China; Exerceu a função de Contabilista desde Dezembro 1995 até Julho 1997 no Departamento de Negócio de Sub-sucursal Qinghu de sucursal Jiangxi de Banco da China; Exerceu o cargo de Analista de Crédito desde Julho 1997 até Junho 1999 no Departamento de Finança Corporativa de Sub-sucursal Qinghu de sucursal Jiangxi de Banco da China; Exerceu a função de Vice-Diretor desde Junho 1999 até Abril 2000 na Agência Wuhu de Sub-sucursal Qinghu de sucursal Jiangxi de Banco da China; Exerceu a função de Diretor desde Abril 2000 até Fevereiro 2002 na Agência Wuhu de Sub-sucursal Qinghu de sucursal Jiangxi de Banco da China; Exerceu a função de Diretor desde Fevereiro 2002 até Junho 2003 no Departamento de Finança Corporativa de Sub-sucursal Qinghu de sucursal Jiangxi de Banco da China; Exerceu a função de Vice-Presidente desde Junho 2003 até Novembro 2009 na Sub-sucursal Qinghu de sucursal Jiangxi de Banco da China, responsável por a finança corporativa; Exerceu a função de Presidente desde Novembro 2009 até Novembro 2016 na Sub-sucursal Qinghu de sucursal Jiangxi de Banco da China; Exerceu a função de Vice-Secretário de sub-ramo de Partido Comunista da China desde Novembro 2016 até Fevereiro 2017 no Departamento de Negócio de Sub-sucursal Qinghu de sucursal Jiangxi de Banco da China; Desde Fevereiro 2017 até hoje, sucessivamente,exerceu a função de Vice-Chefe Representante no Banco da China-Escritório de Representação em Luanda e Exerce a

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função de Assistente do Presidente Banco da China-Sucursal em Luanda. No Junho do ano 2008, concluiu o curso de MBA na Universidade Nanchang de China, obtendo o certificado de mestra de MBA, possuindo qualificação de economista de nível intermédio.

4.2.2. Distribuição de Pelouros

O BOCLB encontra-se a implementar um modelo de Governanção Corporativa alinhado às práticas do Grupo, adequando-as às práticas locais. Nestes termos, tem havido um esforço constante na melhoria da sua estrutura e capacidade de gestão, a referida estrutura tem estado operacional devido à clara divisão de tarefas e responsabilidades.

4.2.3. Estrutura Accionista BOCLB

O capital afecto ao BOCLB é o correspondente em Kwanzas a USD 60.000.000 (sessenta milhões de dólares dos Estados Unidos da América)1, investimento totalmente realizado e à data adequado ao Capital Social Mínimo instituído legalmente.

4.2.4. Política de Formação

Por forma a implementar a estratégia e a promover as habilidades profissionais e qualidade intelectual dos Colaboradores do Banco, fortalecendo a capacitação individual e consequentemente, das equipas de trabalho, o BOC dispõe de um plano de formação aprovado, estando em conformidade com a regulamentação em vigor:

a) Lei n.º 34/11, de 12 de Dezembro - Lei do combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo (BC/FT);

b) Aviso n.º 22/2012, de 25 de Abril, que regulamenta as condições previstas na Lei de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo;

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c) Aviso n.º 01/2013, de 19 de Abril - Governação corporativa, e; d) Aviso n.º 02/2013, de 19 de Abril - Controlo interno.

A organização e implementação das formações no Banco seguem os seguintes princípios: (i) Desenvolvimento estratégico do Banco da China; (ii) Foco nas necessidades reais de desenvolvimento e (iii) Reconhecimento da necessidade de auto-desenvolvimento dos Colaboradores.

4.2.5. Política de Remuneração

O Banco possui uma política de remuneração consistente com os objectivos, valores, interesses e solvabilidade no longo prazo, cujos princípios gerais orientadores são:

i. Servir à estratégia do Grupo e estimular o desenvolvimento do Banco; ii. Gerir de diferentes níveis e classificações e obedecer às leis e regulações iii. Colocar a eficiência na prioridade e combinar com a divisão justa.

De acordo com o conceito da Sede --“definição de remuneração com base do posto, definição de nível com base da capacidade, definição de gratificação com base do desempenho”, o Banco deve distribuir as remunerações com base de valor dos postos, capacidade e desempenho dos colaboradores. As remunerações dos colaboradores do Banco consistem em três partes: salário bruto, gratificação e subsídio:

i. A remuneração bruta constitui a parte fixa do salário mensal, reflectindo o valor básico do posto e capacidade do colaborador;

ii. A gratificação é a parte na remuneração que se relaciona com o contexto actual do Banco e desempenho pessoal, sendo atribuído anualmente;

iii. Os subsídios são atribuídos de acordo com o disposto na Lei Geral do Trabalho de Angola. 4.2.6. Código de Conduta

O Banco dispõe de um Código de conduta que consagra os princípios de actuação e as normas de conduta profissional observados no exercício da sua actividade, sendo estes aplicáveis a todos os colaboradores e membros da Alta Gestão. O Banco defende os valores fundamentais de responsabilidade, integridade, profissionalismo, inovação, prudência e desempenho, estando

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empenhado em intensificar os esforços para construir um banco de classe mundial na nova era, com maior vitalidade, maior capacidade de resposta e maior capacidade de desenvolvimentos. O Banco continua a aumentar a sensibilização dos colaboradores para a eficiência, a qualidade dos serviços, a inovação, o profissionalismo e o foco. Os colaboradores são encorajados a seguir os princípios de compromisso, diligência, primeiro o cliente, credibilidade, inovação, trabalho em equipa e conformidade, como explicado abaixo:

i. Compromisso

É expectável que os colaboradores respeitem e mantenham a reputação e a imagem do Banco, salvaguardando os seus interesses e cumprindo com as normas estabelecidas. Devem trabalhar de forma responsável e diligente e, se for caso disso, assumir responsabilidades, desafios e tarefas, de modo a contribuir para o crescimento do Banco.

ii. Diligência

Os colaboradores devem exercer as suas funções de forma rentável e evitar o desperdício de recursos no trabalho.

iii. Priorizar o cliente

A prioridade do Banco e dos seus colaboradores encontra-se focada no serviço e nos clientes. Espera-se que os funcionários sejam honestos, atenciosos e educados com os clientes, que compreendam as suas necessidades e estabeleçam confiança. Os colaboradores devem envidar esforços para melhorar as competências de serviço e melhorar a proficiência, de modo a proporcionar aos clientes um serviço profissional, eficiente e cuidadoso.

iv. Credibilidade

A credibilidade deve ser a qualidade básica para cada colaborador do Banco. Espera-se que os funcionários tratem os outros com honestidade, honrem suas palavras com actos e mantenham a reputação.

v. Inovação

Os colaboradores devem ter uma visão global e ter uma mente aberta; acompanhar a evolução e as tendências da indústria, estar conscientes das novas tecnologias e apreciar o seu valor na condução do crescimento. Os funcionários são encorajados a explorar novos segmentos, a introduzir novas ideias e a aprender novas competências.

vi. Trabalho em equipa

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colaboradores e impulsionar o crescimento do Banco.

vii. Conformidade com as leis e regulamentos

O respeito pela lei e o cumprimento dos regulamentos é essencial para que os Bancos se protejam eficazmente dos riscos e se destaquem competitivamente no mercado. Os colaboradores deverão sujeitar todas as suas actividades às normas e limites estabelecidos pela legislação e regulamentos e pelas regras do Banco, de modo a contribuir para a boa reputação do BOC.

O Código de conduta é entregue a todos os colaboradores do Banco e encontra-se disponível na intranet.

4.2.7. Política de Gestão de Conflitos e Interesses

A Política de gestão de conflitos de interesses foi elaborada em conformidade com a Lei de Bases das Instituições Financeiras e o Aviso N.º 1/13, de 19 de Abril, do Banco Nacional de Angola.

A Política é aplicável aos membros da Alta Gestão, Directores e ademais colaboradores e a quaisquer terceiros que prestem serviços ao BOC em regime de contratação ou subcontratação. A Política de Conflitos de Interesses encontra-se disponível na página do Banco.

A Direcção de Compliance tem a responsabilidade de acompanhar a aplicação da Política e reportar as situações identificadas aos membros da Alta Gestão.

4.2.8. Política de Gestão de Reclamações

A Política baseia-se na regulamentação em vigor para a actividade bancária, nomeadamente no art.º 19 do Aviso n.º 12/16, de 5 de Setembro – Protecção dos Consumidores de Produtos e Serviços Financeiros.

A presente política permite assegurar que a satisfação do cliente seja posta em primeiro lugar e ainda, garantir que haja controlo, pronunciamento, resposta, reporte no que tange às reclamações recebidas pelos Clientes e que todos os intervenientes no processo tenham conhecimento das suas responsabilidades. A gestão de reclamações, para além de ser um mecanismo de resolução das situações presentadas pelos clientes, serve também para identificar oportunidades de melhoria dos procedimentos, produtos e serviços do Banco.

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Através do canal de denúncias (complaints.ao@bankofchina.com e services.ao@bankofchina.com) as colaboradoras e os clientes do BOC podem relatar directamente quaisquer actos suspeitos de comportamentos antiéticos, fraudes, desvios ou outros actos que violem o código de conduta, tendo como objectivo consolidarmos a cultura de transparência, rigor, responsabilização e melhoria contínua dos seus serviços.

4.2.9. Política de Transparência e Divulgação de Informação

A Política de transparência e de divulgação de informação tem por objectivo garantir a transparência e fácil compreensão do modelo de governação corporativa do BOCLB, de acordo com requisitos do Aviso n.º 1/13, de 19 de Abril. Com referência a 31 de Dezembro de 2020, o Banco encontra-se a elaborar actualizações a algumas Políticas do Banco de modo a garantir com o cumprimento dos requisitos acima mencionados.

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5. Enquadramento macroeconómico

5.1. Conjuntura económica mundial

O ano de 2020 foi marcado pela crise causada por uma pandemia (SARS COV2), declarada internacionalmente em Março pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e que teve enormes consequências para as economias de todos os países, incluindo Angola, resultado, em grande parte, das medidas de confinamento da população que causaram o encerramento de várias actividades económicas.

A consequência mais importante para Angola ao nível da economia foi a descida do preço do petróleo (Brent), que em 2020, foi em média, USD 42 por barril (bbl), comparado com uma média de USD 64 /bbl em 2019 e USD 72/bbl em 2018.

Esta crise levou o BNA a implementar medidas temporárias para aliviar o seu impacto no mercado financeiro, que se traduziram numa flexibilização do acesso à liquidez. Entretanto, devido aos potenciais impactos destas medidas na inflação e na depreciação da moeda nacional, o BNA retomou, logo que possível, a trajectória traçada no final de 2017 em termos do controlo da liquidez.

O comportamento do mercado financeiro durante a pandemia veio confirmar que a estratégia definida no final de 2017 foi de facto a mais acertada, tendo contribuído para atenuar o impacto da crise e permitido que o mercado cambial continuasse a funcionar normalmente.

Os temores do surgimento de um novo surto de COVID-19 ganharam corpo, diante dos alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS) relativamente ao aumento do ritmo de novas infecções na Europa, com o registo de mais 872 408 novos casos no mês de Agosto e 1 457 167 novos casos em Setembro, tendo no último mês observado um crescimento muito próximo do valor acumulado no período de pico da pandemia (meses de Março e Abril onde o número de casos confirmados foi de 1 461 404). Estes dados levaram ao aumento da volatilidade do índice VIX1 ao longo do mês, um indicador conhecido como o “termómetro do medo de Wall Street”.

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Todavia, o clima de tensão registado entre os investidores ao longo do mês de Setembro, justificou-se não apenas pelas preocupações com a situação epidemiológica na Europa, mas também pelas expectativas de que a recuperação económica dos EUA viesse a ocorrer de forma lenta, numa altura em que não existe acordo relativamente aos estímulos fiscais neste país e que se aproximava o período pré-eleitoral, o que retardaria a aprovação de novos pacotes de estímulos fiscais. A preocupação dos investidores influenciou, igualmente, a procura por activos considerados seguros nomeadamente, a moeda dos EUA, tendo o dólar apreciado frente a algumas das suas congéneres europeias (euro e libra), a brasileira e a russa, em termos mensais. Contudo, em relação às moedas asiáticas, o dólar dos EUA depreciou-se.

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O fortalecimento da moeda chinesa, segundo alguns analistas, foi associado ao desempenho positivo da economia em 2020 e à bem-sucedida administração da pandemia de COVID-19, comparativamente à maioria dos países ocidentais, além do facto do Banco Popular da China (PBoC) não ter realizado intervenções para alterar o curso da sua moeda. Quanto à moeda japonesa, manteve-se como activo de refúgio, apesar da demissão do primeiro-ministro Shinzo Abe, que deixou o cargo por questões de saúde, sendo o mesmo substituído por Yoshihide Suga. O novo primeiro-ministro foi assessor do primeiro-ministro cessante e prometeu manter a estratégia do seu antecessor, incluindo a sua estratégia económica, as reformas estruturais, a desregulação e a redução de barreiras burocráticas, além de ter mantido vários membros da equipa do seu antecessor. Ainda em Setembro, notícias revelaram que cerca de USD 2 biliões em recursos ilícitos foram movimentados através do sistema financeiro dos EUA ao longo de duas décadas, segundo o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, o que terá contribuído também para apreciação das moedas asiáticas em relação ao dólar dos EUA. O avanço da pandemia levou os investidores a acreditar que a retoma do crescimento das economias da Zona Euro seja retardada, tendo a presidente do Banco Central Europeu (BCE) referido que a recuperação da região está altamente dependente da evolução da pandemia de COVID-19 e do sucesso das políticas de contenção. Para a presidente do BCE, é apenas no final 2022 que o Produto Interno Bruto (PIB) da Zona Euro deverá retomar os níveis de crescimento anteriores à crise, mas o cenário de deflação foi descartado, pese embora os preços estejam a registar variações negativas durante vários meses.

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Nos Estados Unidos da América, a taxa de inflação homóloga aumentou em Setembro, pelo terceiro mês consecutivo, situando-se em 1,4%, após registar 1,3% em Agosto. Todavia, segundo o presidente da Reserva Federal Norte americana (FED), Jerome Powell, existe um longo caminho a percorrer para que o vírus esteja sob controlo e a recuperação da economia acontecerá apenas quando as pessoas estiverem confiantes de que é seguro retomar às actividades. Importa referir que o actual cenário imposto pela crise relacionada com a pandemia de COVID-19 apenas veio ampliar os desafios que os bancos centrais (da Zona Euro e dos EUA) vêm enfrentando para alcançar o objectivo de estabilidade de preços, uma vez que as taxas de inflação já estavam baixas no período pré-pandemia, apesar da intensidade e duração dos programas de estímulos monetários convencionais e não convencionais e do facto das taxas de juro directoras estarem nulas e/ou próximo de zero.

Face a esses desafios, os bancos centrais têm procurado novos caminhos para a política monetária que envolvem não necessariamente o uso de um leque maior ou diferente de instrumentos de política monetária, mas alterações em outros aspectos. Essas são nomeadamente, o aumento e melhoria da comunicação com os mercados e a população, a combinação/coordenação de políticas (fiscais e monetárias) e medidas de política monetária e de supervisão macro prudenciais. Quanto à coordenação entre as políticas fiscal e monetária, ao contrário do que acontecia anteriormente em que actuavam em sentido oposto, esta

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se estando ambas a ser feitas no sentido expansionista, o que tem conduzido à aprovação de mais e frequentes estímulos fiscais tanto nas economias avançadas como nas emergentes, suscitando diversos debates e preocupações em torno dos défices fiscais. No que toca à combinação dos instrumentos de política monetária com as medidas macro prudenciais, refere-se o facto de que estas últimas ao contrário das crirefere-ses económicas e financeiras anteriores, estão a ser aplicadas no sentido de ampliar o acesso aos recursos financeiros e não têm em vista a mitigação do risco de incumprimentos de crédito ou sistémicos. Dentre estas medidas, destacam-se as seguintes:

• A possibilidade dos bancos operar com almofadas financeiras menores;

• Os bancos centrais passaram a ser menos rígidos quanto à exigência da quantidade de fundos, ou “capital” dos bancos que operam nas suas economias;

• Alterações das ponderações de riscos de alguns empréstimos, de forma a reduzir o risco de concessão de crédito;

• Incentivos dos bancos no sentido de tolerarem os atrasos dos pagamentos dos créditos de hipotecários e isentar os pagamentos de algumas taxas atrasadas relacionadas com créditos.

No período em análise, os bancos centrais dos EUA e da Zona Euro reuniram-se em comités de política monetária, tendo os mesmos mantido inalterados, tanto os programas de estímulos, como as taxas directoras. Na Zona Euro, o BCE decidiu manter a taxa de juro aplicável às principais operações de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permaneceram em 0,00%, 0,25% e −0,50%, respectivamente, bem como o programa de compras mensais de activos no valor de 1,35 bilião de euros até Junho de 2021. Quanto à Reserva Federal (FED), resolveu conservar a sua taxa de fundos federais no intervalo de 0-0,25%, e sinalizou que iria mantê-la neste nível até a melhoria dos indicadores do mercado de trabalho, o que grande parte dos membros do comité de política monetária da FED acredita que deverá ocorrer apenas em 2023. Na conferência de imprensa que sucede a realização do comité de política monetária, o presidente da FED abordou sobre a nova estratégia da Instituição que preconiza uma meta de taxa de inflação média de 2% e o máximo emprego, tolerando taxas de inflação acima dos 2% temporariamente para compensar os períodos em que a mesma estiver abaixo dos 2%. Segundo alguns analistas, algumas questões ficaram por clarificar, como por exemplo, o período durante

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o qual baseará a sua meta para a taxa de inflação média e qual será a sua actuação se a taxa de inflação se afastar repentinamente dos 2%. Estas imprecisões poderão conduzir a incertezas e aumento da volatilidade nos mercados. Não obstante a manutenção da política monetária, o BCE e a FED actualizaram as projecções económicas da Zona Euro e dos EUA, projectando actualmente contracções menos acentuadas em 2020 e crescimento menores nos anos de 2021 e 2022 em relação às projecções anteriores conforme tabela abaixo.

Nos EUA, o banco central apresentou projecções da taxa de desemprego que deverá aumentar para 7,6% este ano (num patamar inferior ao previsto anteriormente 9,3%) e cair para 5,5% em 2021 (6,5% previsto anteriormente). Na região da Comunidade de Desenvolvimento dos Países da África Austral (SADC), os mercados foram agitados pelo aumento das taxas de juro das eurobonds. Tal comportamento foi reflexo dos receios de um default por parte da Zâmbia, após o pedido de suspensão dos pagamentos do serviço da dívida externa (eurobonds) até Abril de 2021 feito pelo Governo da Zâmbia, no entanto rejeitado pelos credores do país, o que deu lugar ao início de um processo de negociação. O movimento de aumento das taxas de juro dos eurobonds ocorreu simultaneamente em outros países da SADC, pelo facto das economias da região estarem a atravessar um momento particular de aumento da dependência de recursos externos para o financiamento das suas economias, numa altura que existe uma grande volatilidade dos preços das commodities. Assim, os investidores (actuais e potenciais) e as agências de rating estão a avaliar as economias da região não apenas pela sua capacidade de gerar receitas em moeda externa, mas também pelo comportamento daquelas que são consideradas como seus pares.

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Neste sentido, a agência Fitch após cortar o rating da Zâmbia de ‘C’ para ‘CC’, reduziu o rating de outros países e advertiu que pode ser o início de uma série de incumprimentos de pagamentos das dívidas associadas aos títulos soberanas de países da região. No entanto, a taxa de inflação deu um alento, tendo os preços na SADC observado aumentos de pequena magnitude na maior parte dos países no mês de Setembro, (excepto Ilhas Maurícias com mais 1,1 p.p. ), uma diminuição das taxas de inflação em quatro países (Malawi, Tanzânia, Africa do Sul e Zimbabwe) e a manutenção no caso da Namíbia. Angola, Malawi, Zâmbia e Zimbabwe continuam a apresentar valores acima da meta da SADC (6%), contudo destaca-se o facto da taxa de inflação homóloga do Zimbabwe ter diminuído de 761% no mês anterior para 659,4% em Setembro de 2020, assumindo o valor mais baixo desde Fevereiro deste ano, com a recente relativa estabilidade cambial, decorrente da melhoria do acesso à moeda estrangeira nos mercados formais.

5.1.1. Mercados dos Commodities

De acordo com os dados do Banco Mundial, os preços das commodities não energéticas (excluindo os metais preciosos) mantiveram a tendência de aumento ao registar um acréscimo de 2,42%, enquanto os preços dos metais preciosos reduziram em 2,77%, com destaque para a redução ocorrida nos preços da prata (4,67%) e da platina (3,48%). No que se refere às commodities não energéticas excluindo os metais preciosos, verificou-se um aumento dos preços das bebidas2 (1,84%), dos produtos alimentares (3,52%), dos metais não precisos (1,96%) e dos fertilizantes (1,18%).

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De acordo com os dados do Banco Mundial, em Setembro, os preços das commodities não energéticas (excluindo os metais preciosos) mantiveram a tendência de aumento ao registar um acréscimo de 2,42%, enquanto os preços dos metais preciosos reduziram em 2,77%, com destaque para a redução ocorrida nos preços da prata (4,67%) e da platina (3,48%). No que se refere às commodities não energéticas excluindo os metais preciosos, verificou-se um aumento dos preços das bebidas2 (1,84%), dos produtos alimentares (3,52%), dos metais não precisos (1,96%) e dos fertilizantes (1,18%).

O aumento de preços dos produtos alimentares ocorreu, essencialmente, por causa do incremento dos preços dos óleos vegetais em 6,90% (com maior incidência para o óleo de soja), seguido do preço dos cereais que teve uma variação positiva de 4,32% (sobretudo no preço do amido de milho), enquanto nas bebidas, destaca-se o aumento do cacau e do café arábica em 4,6% e 2,03%, respectivamente. Quanto às commodities energéticas, o declínio dos preços do Gás natural dos EUA e do petróleo alimentou a redução dos preços em 5,15% em termos mensais, sendo a primeira vez, após quatro meses consecutivos de aumento. De notar que o preço do Brent recuou 6,89% para 41,90 USD/barril e o do WTI 10,85% para os 37,80 USD/barril, de acordo com os dados da Bloomberg.

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O comportamento dos preços das commodities está ligado, por um lado, às preocupações em relação à procura mundial, justificadas pelos sinais de aumento da propagação da COVID-19, o que confere maior fragilidade às economias da Zona Euro e dos EUA e, por outro lado, à divulgação de uma redução das importações chinesas de petróleo bruto, em Agosto. A estes factos, acrescentam-se o aumento dos stocks semanais de petróleo dos EUA e o anúncio da retoma das exportações líbias. Apesar da retoma das exportações da Líbia, a produção de petróleo bruto dos países da OPEP caiu 0,23% em termos mensais (47 mil barris diários) para 24,11 milhões de barris diários e 17,75% em termos homólogos, com os cortes realizados nos Emirados Árabes Unidos em 8,65% (país com o maior corte) além dos cortes da Argélia, da Nigéria, da Guiné Equatorial e do Gabão. Contudo, a participação do cartel na oferta mundial manteve-se em 26,6%. Fora dos países da OPEP, a queda da produção foi de 10 mil barris diários para uma média de 66,60 milhões de barris diários. Esta queda é justificada, em particular, pela diminuição da produção dos Estados Unidos da América, da Rússia, do Cazaquistão, de Omã, do Canadá, do Azerbaijão, da Noruega e do México, mantendo a participação dos países fora da OPEP em 73,40%, o que levou a oferta mundial para o valor médio de 90,71 milhões de barris diários, menos 57 mil barris diários comparativamente ao mês anterior.

Os dados da OPEP mostram que no terceiro trimestre de 2020, a oferta reduziu 1,12 milhões de barris diários comparativamente ao trimestre anterior, com apenas quatro países do Cartel a reduzirem a sua produção em Setembro, bem como uma queda da produção pouco expressiva fora da OPEP, o que evidencia que a capacidade de redução da oferta de petróleo está muito próxima do limite. Entretanto, a procura aumentou em 8,41 milhões de barris diários.

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O panorama mais recente que aponta para um aumento da propagação da COVID-19 levou a OPEP a rever as projecções da procura mundial e da oferta dos países fora da OPEP para o ano de 2020, tendo como pressuposto uma redução do consumo de combustível de transporte nos EUA e em alguns países da Europa. Assim sendo, em 2020, projectou uma diminuição em 9,5 milhões de barris diários, relativamente inalterada em relação ao mês passado, atingindo um nível de 90,3 milhões de barris diários, mas abaixo dos valores registados nos três últimos anos. Para 2021, embora o cartel preveja uma procura maior que a de 2020, continua abaixo dos níveis observados no período de 2017 a 2019. Quanto à previsão da oferta dos países fora da OPEP, em 2020, esta foi revista em alta de 62,47 milhões de barris diários para a média de 62,79 milhões de barris diários, devido principalmente às revisões para cima das previsões de produção dos EUA, da Rússia, da China e do México, não obstante os pequenos ajustes para baixo feitos nas previsões do Canadá, Brasil e Tailândia. Mesmo assim, este número revela uma queda da oferta de 2,37 milhões de barris diários relativamente ao ano passado.

5.2. Conjuntura económica nacional Angola Outlook

Desempenho de Angola em 2020

Como uma economia subdesenvolvida que é altamente dependente de recursos de petróleo e gás, a economia impulsionada pelo petróleo de Angola está em recessão desde 2016, levando a um aumento no seu rácio dívida / PIB de 57,1% em 2015 para uma estimativa de 120,3% em

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2020. Para promover a estabilidade macroeconómica, o investimento privado e uma economia mais diversificada, grandes reformas foram introduzidas nos últimos dois anos, incluindo um imposto sobre o valor agregado, uma lei de responsabilidade fiscal, uma liberalização do regime de taxa de câmbio e um investimento privado e lei de privatizações. No entanto, a pandemia COVID-19 desviou alguns ganhos dessas medidas. O PIB real foi estimado em uma contracção de 4,5% em 2020, em comparação com as estimativas pré-COVID-19 para 2020, que indicavam o fim de uma longa recessão com um crescimento do PIB de 1,2. A epidemia de COVID-19 reduziu as receitas das exportações de petróleo em 2020, a principal fonte de receitas de Angola que representa cerca de 95% das exportações do país, fez com que o défice fiscal aumentasse para cerca de 4,5% do PIB. A inflação, de 25,19% em 2020, foi impulsionada por uma desvalorização acumulada de 36% da moeda durante este ano.

Como sabemos, a pandemia de COVID-19 e o choque com a queda do preço do petróleo exerceram forte pressão sobre Angola em 2020. A queda dos preços do petróleo pressionou ainda mais a economia, que depende fortemente das exportações de petróleo. A crise económica e o distanciamento social para conter a disseminação do vírus têm sido prejudiciais.

Constatámos que as autoridades angolanas adoptaram atempadamente medidas para fazer face aos desafios decorrentes do choque COVID-19. As medidas para proteger a saúde pública incluíram quarentena, distanciamento social, fechamento de fronteiras com excepções limitadas, fechamento de escolas, restaurantes e eventos públicos e transporte limitado. Além disso, o governo aprovou um orçamento suplementar prudente para 2020 usando um preço de referência do petróleo conservador. Também introduziu um conjunto abrangente de medidas fiscais e monetárias para apoiar as actividades económicas, incluindo algumas medidas fiscais para limitar os gastos do governo e alívio para ajudar as pessoas vulneráveis, algumas medidas monetárias de apoio adicional de liquidez aos bancos e suspensão temporária do pagamento do serviço da dívida. Estas medidas tomadas pelo governo angolano foram apreciadas pelo FMI, tendo Angola contado com o apoio financeiro no âmbito do Extended Fund Facility do FMI em 2020.

Outlook para 2021

Presentemente, a pandemia COVID-19 ainda está a alastrar em Angola. Devido ao fornecimento global limitado de novas vacinas para pneumonia coronária, será difícil para os países africanos representados por Angola serem amplamente vacinados por um curto período. No entanto, graças a uma série de medidas de reforma implementadas pelo governo angolano

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antes da epidemia e o preço do petróleo bruto começou a recuperar no final de 2020. Acreditamos que a recuperação em forma de V da economia de Angola poderá surgir em 2021, principalmente com base nas seguintes factores determinantes:

• A taxa de câmbio flexível está aumentando a capacidade dos buffers externos de Angola. A mudança para um regime de taxa de câmbio flexível em 2019 ajudou a mitigar o impacto da queda dos preços do petróleo nas reservas internacionais.

• As grandes e contínuas medidas de reforma podem estar gradualmente a mostrar o seu contributo para a economia angolana no período pós-epidémico. Como sabemos, o governo angolano tomou algumas medidas de reforma a partir de 2018 desde que a nova administração governamental foi estabelecida, incluindo contenção de gastos do governo, reforma do IVA, reforma da taxa de câmbio, privatização, melhoria na governança nas empresas estatais e fortalecimento dos quadros jurídicos, e assim por diante. Essas reformas ajudarão a melhorar o ambiente de negócios e abrirão caminho para o investimento estrangeiro directo e a diversificação económica que promova o crescimento.

• O desempenho recente do preço do petróleo bruto no final de 2020 é conducente à recuperação da economia angolana. Notamos que a recuperação do preço do petróleo Brent de cerca de $ 30 por barril em Março de 2020 para mais de $ 60 por barril em Abril de 2021 aumentará as receitas fiscais do governo de Angola, se a recuperação do preço do petróleo persistir, o déficit orçamentário pode diminuir além do esperado na anterior. Além disso, notamos que a China se tornou o maior importador das exportações de petróleo bruto angolano há vários anos, a economia da China recuperou depois de chegar ao fundo do poço, no mínimo, quando foi atingida pela pandemia de COVID-19. Acresce que o forte desenvolvimento da economia chinesa é conducente ao aumento da procura de petróleo bruto angolano de forma a criar condições favoráveis à recuperação da economia angolana.

• O orçamento governamental prudente contribui para a estabilidade das receitas e despesas fiscais do país. O orçamento de 2021 de Angola apresenta planos de despesas prudentes, com base na redução da despesa actual alcançada em 2020 e constrangendo os planos de investimento público (semelhantes aos níveis em 2019). Como resultado, o déficit fiscal primário não petrolífero (NOPFD) se estabilizará em cerca de 4,4 por cento do PIB em 2021, garantindo o desempenho superior alcançado em 2020. A contenção contínua de despesas juntamente com as receitas não petrolíferas amplamente estáveis ajudarão a preservar o aperto fiscal posição alcançada em 2020.A manutenção da disciplina fiscal nos anos subsequentes

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ajudará a assegurar melhorias graduais contínuas no saldo primário não petrolífero para cerca de 3 por cento do PIB a médio prazo e uma redução da dependência estrutural das receitas do petróleo.

• A dívida pública de Angola mantém-se sustentável, embora sujeita a riscos muito elevados. O rácio dívida / PIB de Angola deverá atingir um pico de mais de 130 por cento do PIB no final de 2020, com o aumento devido principalmente à grande depreciação da taxa de câmbio. Prevê-se que o rácio comece a diminuir de forma constante a partir de 2021, devido a uma política orçamental restritiva e a uma recuperação do crescimento. Prevê-se que atinja a meta de longo prazo das autoridades de 60 por cento do PIB até 2028, graças ao seu compromisso com uma política fiscal conservadora e uma gestão prudente da dívida. No entanto, a dinâmica da dívida continua altamente vulnerável a novos choques, especialmente preços mais baixos do petróleo e depreciação acelerada da taxa de câmbio. Notamos que a China, como o maior credor de Angola, concordou recentemente em reduzir ou isentar o reembolso da dívida de três anos de Angola. Esta medida irá reduzir significativamente a pressão sobre o reembolso da dívida externa de Angola e é favorável à sustentabilidade da sua dívida.

No entanto, como uma economia frágil em transição económica, a economia e a sociedade de Angola enfrentam muitas incertezas, tanto factores externos quanto internos, sob o impacto contínuo da epidemia COVID-19. Em particular, o principal risco associado à economia angolana são os baixos preços do petróleo em 2021. Tendo em consideração a recuperação gradual da economia global e mais vacinas disponíveis, prevê-se que o preço do petróleo se estabilize entre $ 50 por barril e $ 70 por barril em 2021 Além disso, os preços do petróleo bruto Brent foram em média $ 65 por barril (/ b) em Março de 2021, um aumento de $ 3 / b em relação à média de Fevereiro. Eles estão projectados para uma média de US $ 65 / b durante o segundo trimestre de 2021 e, em seguida, uma média de US $ 61 / b no segundo semestre de 2021, de acordo com o Panorama de Energia de Curto Prazo da Administração de Informações de Energia dos EUA (EIA) divulgado em 6 de Abril de 2021.

Assim, acreditamos que o risco soberano de Angola se encontra dentro de um intervalo aceitável a curto e médio prazo.

Comércio Externo

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interrupção da tendência crescente no mês de Agosto, em Setembro, o saldo da conta de bens retomou a trajectória ascendente, registando um crescimento de 52,98% em relação ao mês anterior, passando de USD 641,42 milhões para USD 981,23 milhões.

O comportamento desta conta foi influenciado pela evolução positiva do valor das exportações e pela diminuição do valor das importações. O aumento do valor das exportações angolanas foi de 14,80% para USD 1,65 mil milhões, influenciado, essencialmente, pelo aumento da quantidade exportada do petróleo, principal bem de exportação do País. Quanto ao valor das importações, este reduziu em 16,00% para USD 667,89 milhões. Os dados preliminares indicam que o valor das exportações petrolíferas se situou em USD 1,59 mil milhões, mais 13,00% em relação ao mês anterior, impulsionado pelo aumento das quantidades exportadas em 26,22% relativamente ao mês anterior para 36,92 milhões de barris, sendo que o preço das ramas angolanas caiu em cerca de 10,24% para 40,69 USD/barril.

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O valor das exportações não petrolíferas também aumentou, em 96,95%, passando de USD 30,74 milhões em Agosto para USD 60,54 milhões em Setembro de 2020. Concretamente, o valor das exportações de diamantes aumentou em 101,13% em termos mensais passando de USD 21,62 milhões em Agosto para USD 43,49 milhões em Setembro (com o aumento do preço em 97,48%). Por outro lado, o valor das exportações dos outros produtos não petrolíferos registou um incremento de 87,03%, atingindo o montante de USD 17,1 milhões, dos quais destaca-se o aumento do pescado e da madeira em 340,53% e 167,82%, respectivamente. Em termos acumulados, o valor das exportações reduziu 43,87% face a 2019, em resultado do efeito combinado do declínio da quantidade de petróleo exportada em 7,90% e do preço das ramas angolanas em 38,64% e do valor das exportações de diamantes que reduziu 39,47%, devido à queda da quantidade exportada em 36,60%.

Quanto ao valor das importações, estas continuaram a reduzir em termos mensais, devido à queda do valor da importação dos combustíveis em 44,08% para USD 54,02 milhões, dos alimentos em 22,64% para USD 134,34 milhões e do valor da importação dos outros produtos em 8,64%, registando o valor de USD 479,52 milhões. No mês em análise, o peso das importações dos outros produtos foi de 71,80%, de alimentos de 20,11% e dos combustíveis de 8,09%.

Em termos acumulados face a 2019, o valor das importações reduziu em 39,40%, tendo a importação de combustíveis reduzido em 59,86%, dos outros produtos importados em 40,32% e dos alimentos em 18,72%.

Referências

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