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Economia Para Concursos

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Academic year: 2021

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Economia para

Concursos

1.000 Questões Comentadas

Microeconomia, Macroeconomia

e Economia Brasileira

• Inclui questões de concursos Cespe!UnB, Esaf, FCC, entre outras.

• Indicado para concursos da área Fiscal, Bancária, Econômica e Administrativa.

(2)

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(3)

QUESTÕES

Amanda Aires · ·.

Economia para

Concursos

1000 Questões

CAMPUS

CONCt!ftSOS

(4)

© 2015, Elscvior Editoro Lido.

Todos os direitos reservados o protegidos pelo Lei n" 9.610, de 19/02/1998.

Nenhuma porto deste livro, som outori:o~ão prévio por escrito do editoro, podoró ser reproduzido ou transmitido sejam quais forem os meios empregados: cletrõnicos, mecânicos, fotogróficos, gravação ou quaisquer outros.

Copidesque: Vania Coutinho Santiago Revisóo: Hugo de limo Corrêa

Editoração Eletrônico: SBNigri Artes o Textos Udo.

Coordenador do Série: Syfvio Motta Elsevier Editoro Lido.

Conhecimento sem Fronteiros Ruo Sete de Setembro, l J 1-16• andor 20050-006 - Centro - Rio do Janeiro - RJ - Brasil Ruo Quintano, 753-a~ andor

04569-011- Brooklin- Sóo Paulo-SP- Brasil Serviço de Atendimento ao Cliente

0800-0265340

atendimento I @elsevier.com iSBN 978-85-352-8006-7

ISBN (versão efetrõnico} 978-85-352-8007-4

Nota: Muito zelo e técnico foram empregados no edição desta obro. No entanto, podem ocorrer erros do digitação, impressão ou dúvida conceitual. Em qualquer dos hipóteses, solicitamos o comunico~ão

ao nosso Serviço do Atendimento ao Cliente, poro que possamos esclarecer ou encaminhar o questão. Nt:!m o editoro nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventuais donos ou perdas o pessoas ou bens, originados do uso desta publico~ôo.

A255e

CIP-Brasil. Cotofogoçõo·no·lonte. Sindicato Nacional dos Editores de livros, RJ

Aires, Amando

Economia poro concursos ; 1000 questões I Amando Aires. · 1. ed. · Rio de Janeiro: Elsevier, 2015

{Que~tócs)

ISBN 978-85-352-8006-7

I. Economia . Problemas, questões, exercícios. 2. ServilõO público · Brasil · Concursos. I. Título.

14-14404 CDD: 330

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'

Agradecimentos

Dedicar um livro é sempre ser injusta e esquecer alguém.

Para evitar esse problema, tentarei, dessa forma, agradecer a todos obede-cendo à ordem' cronológica. r • •• • • •

Minha religiosidade não me permite agradecer a alguém antes de agradecer a Deus. Agradeço sempre pela oportunidade de navegar, novamente, por esse imenso oceano chamado vida. Agradeço pela força que eu tenho certeza ter ori-gem no Seu amparo diário. Agradeço aos meus pais, fontes de inspiração, apoio, amizade. Agradeço por serem a minha fortaleza. Agradeço a minha irmã e ao meu cunhado por terem me dado um dos meus maiores tesouros: o meu Rafael. Agradeço a Vital Bezerra de Melo por ser o meu melhor amigo, por dividir todos os meus sucessos e por escutar todas as minhas bobagens. Agradeço por me deixar fazer parte da sua família.

Agradeço à minha grande família. Aos avós, tios e primos. Agradeço aos meus vizinhos. Sem eles, a vida seria bem menos interessante. Agradeço a João Eduardo. Por ser inspiração. Por deixar em mim a marca da boa leitura, da fo~

tografia e das muitas músicas. Por ter me iniciado em economia.

Agradeço aos meus amigos. Aos mais próximos e aos mais distantes. Agradeço em especial a Adriano Pimentel, Alexandra Torres, Bruno Correia, Eládio Fer-reira, Joebson Maurílio, João Kleber, João Guilherme, Paulo Henrique de Farias.

Agradeço aos homens da minha vida: os meus irmãos do coração Aleks Sou~

za, André Melo, Brenno Almeida, Vitor Cavalcanti. Agradeço a minha melhor amiga, Iansã Melo.

Agradeço a todos os meus professores. Às tias Tereza, Rosinha e Nena. Aos professores inspiração. Como não agradecer ao meu sempre orientador de dou-torado Yony Sampaio? Fonte inigualável de exemplo. Ao meu querido Ricardo Chaves por, nas suas palavras, ser o meu criador. Ao amado e admirável Francisco Cribari. Ao incrível Francisco Ramos. Ao sempre amigo Marcelo Medeiros.

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Aos amigos de profissão. Antônio Pessoa, Flávius Sodré, Igor Ézio, Poema Isis, Synthia Santana. Aos amigos de trabalho: Aldo Vilela, Cara Kõhler, Cami~

la Moura, Celivaldo Lira, Cristiane Andrade, Diego Cunha, Everson Teixeira, Fernandos Alvarenga e Pereira, Jamana Azevedo, Joffre Melo, Jorge Troper, Júlio César Becher, Larissa Melo, Reginaldo Carlini, Roberto Ramos, Sandro Oliveira, Ronaldo Campos, Tiago Barros. O meu obrigada por me fazer ir além do que acredito ser capaz. Agradeço em especial a Heber Carvalho, por ser um amigo de poucos encontros, mas de muitas conversas. A&:rradeço a minha sócia, companheira e comparsa Tatiana Oliveira. Obrigada por ser mais que sócia. Por ser amiga, por ser ombro amigo e por ser, acima de tudo, fiel aos nossos pensa· rnentos. Agradeço aos Cursos para concursos que abriram as portas para mim ao longo desses anos em todo o BrasiL Em especial, ao IGEPP (Brasília), Ímpar (Salvador), Uniequipe (São Paulo) e Espaço Jurídico <Hecife).

Aos meus alunos. Alunos da graduação, alunos da pós·graduação, alunos concurseiros (ou seria concursandos?). Como seria a minha vida sem ter vocês por pçrto? Como é maravilhoso receber um email e saber que, apesar da distância, fiz parte do sucesso de vocês. É algo que sempre renova a força para o trabalho. Agradeço em especial aos alunos que me permitiram ser mais q~ urna pfofes· sora. Alunos que me permitiram ser amiga. AOs q~eridoS Ellen Caroline, Carlos Roberto (Beta Bass), Everson Nascimento, Janaina Castro, Leonardo Venter, Marcelo Wanderley e José Pedro. Como é bom ser testemunha ocular da vitória diária de vocês. Obrigada por me deixar ser parte disso.

Agradeço a Clebson, do www.superprovas.com.br pelo acesso ao inesgotável banco de dados de onde pude tirar, sem problemas, todas estas mil questões.

Como não agradecer ao homem que foi responsável pela minha presença aqui, João Antônio? Esse grande homem que simplesmente divide a luz recebida.

É impossível descrever o prazer gigantesco de tê·lo por perto e de trabalhar com você no www.euvoupassar.com.br~ um dos lugares mais maravilhosos de estar. A sua equipe coesa e maravilhosa (Jônathas, Omero, George, Manoel, Iris, Mário, Mazinho e todo time) reflete, perfeitamente, o seu caráter.

Finalmente, agradeço ao meu Dominiki. Por dividir comigo todos os pen· sarnentos. Por me reger, guardar, governar e sempre me iluminar, todos os dias da minha vida.

A todos os não citados, mas sempre lembrados, o meu mais absoluto obrigada por serem, sempre, eternos professores.

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~~~-Q

A Autora

Amanda Aires

Economista pel~ Universidade Federal de Pernambuco, com extensão uni-versitária pela Universitüt Zürich, na Suíça. ~estra eril Economia, com ênfase no

Sistema Bancário Nacional, e doutorado na mesma área pela UFPE e Université Lavai, no Canadá.

Em 2011, foi premiada pela Febraban- Federação Brasileira de Bancos- no

Prêmio Nacional de Economia Bancária. Além de lecionm· em diversos cursos para não economistas e cursos para graduações e pós-graduações, é professora do Eu Vou Passar das disciplinas de Microeconomia, Macroeconomia, Econometria,

Contabilidade Bancária e Economia Brasileira para concursos.

Entre as atividades profissionais de destaque: é Consultora credenciada pelo SEBRAE, sócia da OSA Consultoria e Gestão Empresarial, possui coluna com apresentação diária sobre economia nas rádios CBN e JC News e desmistifica economia através do podcast periódico no site economiaempauta.corn.br.

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Apresentação

Este livro possui um grande objetivo: ser o maior e melhor livro de exercícios de economia para concufsos. Sim, ser o maior: são 1000 questões. Sim, também ser o tUelhor: o livro não;Será apenas um depositário-de resoluções curtas. A ideia dele é realizar explicações sobre o conteúdo, fazendo, sempre que possível, rápidas

revisões antes de qualquer questão. Nesse sentido, você observará que algumas

questões têm resoluções que ultrapassam uma página inteira com o objetivo único de esclarecer algum conceito que tenha, por ventura, sido esquecido ao longo das

exaustivas horas de estudos.

De posse dessas características, espero, que o livro atinja o seu propósito.

Além disso, esse livro não tem o objetivo de ser exclusivamente sobre teoria econômica. Ele vai além. São questões de microeconomia, tributação c funções do governo (uma introdução às finanças públicas), macroeconomia e economia brasileira, em uma crOnologia que ajudará você não apenas a resolver os exerci~

cios, mas a consolidar o raciocínio econômico.

No que diz respeito à estruturação do livro, decidi não concentrar em apenas uma única banca. Serão muitas, das mais famosas como CESPE, ESAF, FCC, Cesgranrio às menos conhecidas como a Fumare. No que tange à sua subdivisão por conteúdo, as questões são concentradas Teoria Econômica microcconomía (467 questões) e macroeconomia (346 questões), a parte da disciplina que é mais cobrada nas provas. Finalmente, busquei trazer as questões mais recentes e, nesse sentido, mais de 60% delas está concentrada entre 2010 e 2014, o que torna o livro bastante atualizado. O uso das questões mais antigas serve, exclusivamente, para a construção do raciocínio econômico. Ainda sobre as questões, teremos de todos os tipos: das mais fáceis que se resolvem em poucas frases, às mais complexas, que envolvem a união de diversos conteúdos de um determinado tópico. \ Acredito que nesse formato de estruturação, o livro ajudará você a dar um

passo no seu tão sonhado objetivo: a sua aprovação. E, é com essa responsabili-dade que eu te peço para correr para a primeira questão.

Bons estudos.

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Sumário

PnrNciPios EcoNóMJcos FuNoMtENTArs ···~···~···•· ... ···~··· 1

O que é econorúia? ... :· ... : ...

~

... 1

Custo de oportunidade ... 7

Fluxo circular da riqueza ... 14

Vantagens comparativas ... 18

TEORIA DOS PREÇOS ... 37

A curva de demanda ... 37 Equaçáo de Slutsky ... 59 Equilíbrio de mercado ... 73 Intervenções do governo ... 96 ELASTICIDADES ... 100 Elasticidade-preço da demanda ... 100

Elasticidade·preço da demanda e a função gasto ... l17 Elasticidade·preço da demanda e receita da empresa ... l19 Elasticidade-renda ... 121

Elasticidade-preço cruzada ... 123

Elasticidade-preço da oferta ... 124 Intervenção do governo ... l26

(10)

'fEOHL\ DO CONSU!I-UDOH ... 128

Axiomas das preferências do consumidor ... 128

Curvas de indiferença e taxa marginal de substituição ... 132

Função utilidade ... 139 Restrição orçamentária ... 142 Escolha do consumidor ... 144 Curva de denlanda ... 151 TEORIA DA PRODUÇÃO ... 154 Função de produção ... 154

Produção no curto prazo ... l56 Produção no longo prazo ... 174

TEORIA nos Cusros ... ; ... 186

Produtividade e custos ... : ... H;)~ Custos médios ... : ... .-: ... : ... .' ... 188

Custo marginal ... 196

Ponto de fechamento ... 202

Custos e oferta... . ... 205

Curto prazo us.longo prazo ... 206

'rópicos especiais ... 209

ESTRUTURAS DE MEHCADO-CONCORRENCIA PEHFEITA ... 210

Características gerais ... 210

Curva de oferta ... 213

Maximização de lucros ... 216

Equilíbrio de mercado ... 223

Condição de equilíbrio no longo prazo ... 223

Intervenções do governo no mercado ... 224

Tópicos especiais ... 226

CoNcORRÊNCIA MoNOPOLfSTICA ... 228

Características gerais ... 228

'

(11)

MoNOI'ÓLIO ... 232 Características gerais ... ., ... ., ... 232 Maximização de lucros ... 234 Equilíbrio no mercado ... 235 Discriminação de preços ... 239 Intervenção do governo ... 242 Monopólio natural ... 246 'fópicos especiais ... 247 ÜLIGOI'ÓLIO ···•••••••••••••••••••••••·•·•••·•···•••••••••••••••••••·•···•·••••• 251 Características gerais ... 251 Tipos de oligopólio ... 253 Cartéis ... 257 Intervenção do governo ... ~ ... : ... :·';""'"""""""""'" 259 TEORIA DOS JOGOS···:···'··· 260

'I'ipos de equilíbrio ... 260

Tipos de jogos- Dilema dos Prisioneiros ... 272

Tipos de jogos- Batalha dos s(~XOS... . ... 273

E>..'TERNALIDADES ... 276 Características gerais ... 276 Eficiência de Pareto ... .' ... 285 Teorema de Coase ... 286 Intervenção do governo ... 288 1'ópicos especiais ... 293 BENS PúBUCOS ... 295 Características gerais ... 295 Intervenção do governo ... 305 AssrMt..'TRIA nE INFoiUtlAçÃo ... 306 Características gerais ... 306

Risco moral e seleção adversa ... 307

(12)

TnmUTAÇÁO E FUNÇÕES DO GOVERNO ... 315

Características gerais das finanças públicas ... 315

Funções do governo ... 316

Função estabili1.adora ... 322

Função alocativa ... 323

Função reguladora ... 328

Função distributiva ... 331

Tributação e Sistema Tributário Nacional ... 332

Dívida pública e tipos de déficit público ... 348

CoNCEITOS E IDENTIDADEs MAcnoEcoNóMtcos ... 357

Conceitos e identidades macroeconômicos ... 357

Cálculo do produto ... 370

Sistema de Contas Nacion{lis ... · ... 379

Matriz insumo-produto ... 404 Balanço de pagamentos ... : ... : ... 405 MoDELO KEYNESIANO ... 416 Características gerais ... 416 Função consumo ... 418 Cruz keynesiana ... 420 Multiplicador keynesiano ... 422

Multiplicador dos tributos ... 434

MERCADO MONETÁRIO ... 435

Características gerais ... 435

Funções do Banco Central ... 439

Oferta e demanda por moeda ... 445

Agregados monetários ... 446

Multiplicador monetário ... 451

Teoria quantitativa da moeda ... 457

MoDELO IS-LM DE DETERMmAçÃo DA RENDA E Dos JuRos ... 459

Equilíbrio de curto prazo ... 459

Cálculo do multiplicador ... 472

(13)

EcoNol'tnA AuERTA- MoDELO MUNDELL~FI.El'tWrNG ... 499

Taxa de câmbio e regimes cambiais ... 499

Políticas econômicas ... 50S Integrações regionais ... 516

TEORIAS DE INFLAÇÃO E CURVA DE PHILL!PS ... 518

Características gerais ... 518

Curva de Phillips ... 522

Políticas econômicas ... 526

MODELO DE DEMANDA AGREGADA E ÜFERTA AGREGADA ... 534

Características gerais da curva de demanda ... 534

Características gerais do mercado de trabalho e da curva de oferta ... 537

Políticas econômicas ... ~ ... 542

MonEtos m·: CnESCIMENT9 E DEsENvOLVIMENTO Eca,NÓMrco ... .: ... :::.; .. 5.44 Modelo de Solow ... 544

Outros modelos de crescimento econômico ... 553

Teoria do desenvolvimento econômico ... 556

Indicadores de desenvolvimento econômico ... 566

TEORIA DOS CICLOS ECONÓMICOS REAIS E MODELOS INTERTEMPORAIS ... 570

Teoria dos ciclos econômicos reais ... 570

Teoria da renda permanente ... 572

SÉCULO XIX: EcoNOMIA CAFEEIRA, EscRAVISMo E INfcro DA INDUSTRIALI7.AÇÃO ... ,,,,,,,,, ... ,,.,, ... 574

Economia cafeeira ... 574

Programa de industrialização por substituição de importações ... 577

GOVERNO JK E o PLANO DE METAS ... 582

o

REGIME MILITAR ... 592

Governo Jango ... 592

Paeg ... 593

Milagre Econômico ... 598

(14)

GoVERNO SARNEY 1-: os PLANos EcoNóMrcos DA Df:cADA PERDIDA (1980) ••• 609 Plano Cruzado ... 609 Plano Bresser. ... 612 Plano Verão ... 613 O GoVEUNO Cm.LOu ... 614 PLANO REAL ... 616 Antecedentes ... 616 FHC-primeiro governo .. ., ... 619 FHC- segundo governo ... 621 GOVEHNO LuLA ... 626 CRISE DE 2008 ... 637

·.

(15)

I

Princípios Econômicos Fundamentais

Quando se instrui alguém numa ciência, começa·se por lhe dar uma introdução geral.

São Tomás de Aqui no

[Tom Sawyer] descobrira sem o sa~er uma grande lei que rege a humani· dade e que é: ''para se conseguir que um h01t1em ou Um rapaz cobice uma coisa, basta tomar essa coisa di{fcil cje obter". Se fosse um grande e sábio filósofo, como o autor deste livrO, te'ria com-preendido então que o trabalho consiste naquilo que se não é obrigado a fazer. Este raciocfnio tê-lo-ia ajudado a entender por que se chama trabalho aos tra-balhos forçados e a fazer flores artificiais, enquanto jogar o berlinde ou escalar

o monte Branco não passa de um divertimento. Há senhores muito ricos, em Inglaterra, capazes de guiar carros de passageiros puxados por quatro cavalos num caminho de vinte ou trinta milhas todos os dias no verão, porque para isso têm de pagar uma quantia razoável, mas que se recusariam a fazê-los se lhes oferecessem um ordenadO, pois isso passaria então a ser trabalho.

Mark'fwain

O geômetra não tem necessidade de supor que exista uma linha infinita em ato.

São 'fomás de Aqui no

Não me digam que um problema é difícil. Se não fosse difícil, não era problema.

General F. Foch

O

que

é

economia?

l. Julgue o item seguinte, relativo a conceitos correntes em microeconomia. A economia é o estudo de como a sociedade toma suas decisões em relação aos recursos escassos, decidindo sobre a produção dos bens e a forma de distribuí-los entre o consumo presente ou futuro.

(16)

QEconomla_para Concursos- 1000 Questões I Amanda A;ros ELSEV!ER

\

2

/ COMENTÁRIOS:

Essa é uma das formas de definir economia:

"Economia é a ciência da escolha quando os recursos são escassos, ou seja, insuficientes para satisfazer necessidades e desejos ilimitados dos indivíduos."

Ou ainda:

Toda vez que se falar em economia, você vai

lem-brar de ESCOLHA!

Essa Informação nos será útil mais à frente!

Logo, Como o enunciado fala sob're o processo de escolha (seja ele qual for), pode ser utilizado para definir economia!

Gabarito: VERDADEIRO.

2. Julgue o item seguinte, relativo a conceitos correntes em microeconomia. O conceito de escassez de recursos indica que a sociedade tem recursos que são limitados e não pode produzir todos os bens que as pessoas desejam, jus~

tificando a não utitização dos recursos do governo com eficiência.

/ COMENTÁRIO:

Essa questão é bem interessante. Veja que o fato de os recursos serem li·

mitados de fato não implica a justificativa da não utilização dos recursos pelo governo. Ainda que se possa afirmar que o governo utiliza os recursos de forma não eficiente, as duas afirmações não estão relacionadas. Dessa forma, a

alter-nativa não pode estar CORRETA.

3.

Gabarito: FALSO.

!Senado Federal - Economia - Agricultura - Consultor Legislativo - 2002) O problema econômico básico, cuja solução depende da forma como as econo-mias estão organizadas, gira em torno do binômio escassez e escolha. A esse respeito, julgue o item a seguir.

Em uma economia descentralizada, a preocupação maior dos diferentes agentes econômicos é gerenciar o funcionamento do sistema de preços para, assim, garantir o bom desempenho das economias de mercado.

(17)

l

l

Principias Econômicos Fundamentais

,.• COMENTÁRIOS:

Você observa que esta pergunta é sobre o funcionamento de uma eco-nomia descentralizada, não é isso? Nesse caso, qual a maior preocupação dos agentes econômicos?

Para responder a essa pergunta, cito uma afirmação que gosto muito, de Adarn Smith, que lí no livro Introdução à Economia do Wonnacott & Woruza-cott, quando cursava o primeiro período em economia: "Não é da bondade do açougueiro ou do padeiro que podemos esperar o nosso jantar, e sim de seu interesse. Nós nos dirigimos não ao seu espírito humanitário, mas ao seu interesse, e nunca lhes falamos de nossas necessidades, e sim de suas vantagens."

Adam Smith, caso você não o conheça, é o pai da economia clássica, uma escola do pensamento econômico que desconsidera, por total, a presença do governo nn ecpnomia. É ele o precursor do sistema econômico que considera

a_economia descentralizada! ·

Analisando esse segmento do texto de Smith, é possíveL observar que os __ ·.interesses dos agentes econôniicos, em uma economia déscéntralilada, não · estão associados ao bom desempenho da economia, mas sim à satisfação dos seus interesses. Ou seja, famílias desejam maximizar sua satisfação em ter~

mos de consumo de bens e serviços, e as empresas buscam maximizar os lucros. Nesse sentido, nós não estamos preocupados em garantir o bom funcionamento da economia, mas em buscar urna forma de satisfazer nossos objetivos. Dessa forma, segundo Srnith, com a busca dos interesses próprios, era possível alcançar o equilíbrio de uma economia.

Considerando todos esses pontos, observa-se que a alternativa está

IN-CORRETA.

Gabarito: FALSO.

4. ICespe- Auditor Federal de Controle Externo- 2011 J Com respeito à Adminis-tração Pública, julgue o item a seguir.

O sistema econômico racional depende de mercados regulados e da presença do Estado para garantir a implementação do bem-estar material coletivo.

r COMENTÁRIOS:

Verdadeiríssimo!

Para entender a veracidade dessa afirmação, basta lembrar da definição de sistema econômico dada por Rossetti:

Segundo o autor:

Sistemas econômicos são arranjos historicamente constituídos, a par-tir dos quais os agentes econômicos são levados a empregar recursos e a interagir via produção, distribuição c uso dos produtos gerados.

(18)

a

Economia para Concursos- 1000 Questões I Amanda Aires ELSEYIER

4

dentro de mecanismos instilucionais de controle e de disciplina. que

envolvem ÔL'Sde o emprego dos fatores produtivos ali> as formas de atuação, as funções e os limites de cada um dos agentes.

Ora, o que a alternativa fala é justamente da noção de instituições. Essas instituições nada mais sáo do que as leis que regulam os mercados e os agen-tes econômicos com o objetivo de prover o grau máximo de bem-estar de urna economia.

Gabarito: VERDADEIRO.

5. (Cespe - lnmetro - Técnico em Meteorologia e Qualidade - 2009) A respeito dos fundamentos da teoria econômica, julgue o item a seguir.

A lei da escassez, definida como a ausência de recursos suficientes para su-prir todas as necessidades e desejos da coletividade, só tem validade quando não se ~onsidera, n'o modeto econômico, a variável de evolução tecnológica.

/ COMENTÁRIOS:

Essa aqui, diferentemente das anteriores, não considera,já de cara, a questão da curva de possibilidade de produção, mas leva em conta a questão da escassez, então vamos respondêwla.

Vamos olhar a questão e resolver por partes. Segue a primeira:

"A lei da escassez, definida como a ausência de recursos suficientes para suprir todas as necessidades e desejos da coletividade",

Até aqui, correto, ok? Veja que escassez é isso mesmo! É quando os recursos não são suficientes para atender a todos os anseios da economia!

"só tem validade quando não se considera, no modelo econômico. a variável de evolução tecnológica."

Eis, aqui, o erro! Na verdade, o conceito de escassez terá sempre vali· dade! Sempre, eu disse sempre, desejaremos ter mais do que possuímos em economia! Ou seja,

ECONOMIA = ESCASSEZ!

Isto é, o estudo da economia não tem sentido se considerarmos que os agen· tes, por alguma razão, estão saciados.

O que acontece no caso do avanço ou evolução da tecnologia é que po· demos reduzir o processo de escassez, mas não o eliminamos, já que isso fará com que haja um deslocamento da curva de possibilidade de produção, o que implicará, finalmente, um, em uma maior produção e, assim, consumo de bens.

(19)

1

---Principies Econômicos Fundamentais

6. ICespe- OPF- Agente de Polícia Federal- 20041 A questão da escolha em situa-ção de escassez, abordada pela microeconomia, as interações entre governo e mercados privados e os problemas macroeconômicos são temas relevantes para a ciência econômica. A esse respeito, julgue o item a seguir.

O binômio escassez/escolha, que permeia o problema econômico correlato, ocorre somente quando, dentro do processo produtivo, não existe possibili-dade de substituição entre insumos.

/ COMENTÁRIOS:

Veja só o que a questão diz:

Existe escassez/escolha APENAS quando não há possibilidade de

subs-tituiçáo entre os insumos (fatores produtivos)?

Claro que não, né? Sempre, eu disse sempre, existirá a questão da

es-colha no problema de escassez, e isso não implica APENAS a .q.uestão

da substituição ou não de ins~mos. ·

Gitbarito: FALSO.

7. Julgue o item seguinte, relativo a conceitos correntes em microeconomia. A quantidade de bens destinados ao consumo e à alocação de recursos na eco-nomia tem como limitadores a tecnologia disponível e os fatores de produção, no curto prazo.

/ COMENTÁRIOS:

Exatamente! Para ficar mais claro, a ofe~ta de bens (que será destinada ao consUmo das famllias) é limitada, no curto prazo, pela existência de pelo menos um fator produtivo ftxo. Assim, de forma geral, diz-se que os fatores fixos no curto prazo são a tecnologia disponível e algum fator produtivo, como afirmado na questão.

Gabarito: VERDADEIRO.

8. Julgue o item a seguir, a respeito das noções básicas e gerais de economia. Uma análise econômica normativa leva em conta juízo de valor; uma análise positiva está relacionada a explicações e previsões.

r

COMENTÁRIOS:

Opa!

Errado, errado, errado!

Na verdade, as definições estão invertidas! A economia normativa explica a economia como ela é, enquanto a economia positiva leva em consideração os juízos de valor do economista.

Gabarito: FALSO.

(20)

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Economl~

paraConcursos

~

1000 Questões I Amanda A;res ELSEV!ER

6

9. (Cespe-SEGP~AL-2013) A respeito da teoria do consumidor e das estruturas de mercado, julgue o item subsequente.

De acordo com o ótimo de Pareto, nenhum agente pode melhorar sua utilidade sem piorar a utilidade de qualquer outro agente. Esse conceito está associado a um aspecto socialmente benéfico, que deve ser adotado pelos governos.

/ COMENTÁRIO:

Falso. Embora o conceito de ótimo de Pareto esteja correto, esse conceito

pode não ser socialmente benéfico. O grau de aceitação ou não do ótimo de Pare to

dependerá da distribuição da dotação inicial de recursos. Se a distribuição for inicialmente desigual, esse conceito não será adotado pelos governos.

Gabarito: FALSO.

10. {Cespe.- MPOG.- 2010) A respeito dos conceitos e das aplicações da microeco-nomia, julgue o iiem que Se Segue.

Considere que se P.retenda avaliar um programa de distribuição inicial de ca-sas para uma' p-opulação flagelada, aplicando-se o conceitO da eficiência de Pareto ou, simplesmente, de eficiência econômica. Nesse caso, se for pos-sível melhorar a situação de todos os beneficiários ao se promover uma re-distribuição dessas casas, a alocação será eficiente; se for possível melhorar a situação de apenas alguns dos beneficiários, em detrimento de outros, a alocação será Ineficiente.

/ COMENTÁRIO:

Falso. Diz-se que a economia é eficiente no sentido de Pareto quando não é

possível melhorar a situação de um agente sem piorar a situação de outro. Veja que a situação em tela mostra uma alocação ineficiente no sentido de Pareto.

Gabarito: FALSO.

11. (Cespe- MPU- 2013) No que diz respeito à teoria do bem·estar social, julgue o item subsequente.

A divisão igualitária de todos os bens da economia entre os seus agentes é

uma alocação justa no sentido econômico.

/ COMENTÁRIO:

Falso. Veja que para uma situação ser eficiente no sentido econômico (ou no sentido de Pareto) é necessário que não seja possível melhorar a situação de um agente sem piorar a sítuaçáo do outro. Isso não quer dizer que a situação seja socialmente justa.

Gabarito: FALSO.

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I

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I

Princípios Econômicos Fundam(!ntais

12. (Cespe- Pref.lpojuca- 2009) Acerca da contabilidade nacional e da teoria da moeda e da renda, julgue o item subsequente.

Com relação ao nível de renda e investimento, no chamado paradoxo da par~

cimônia, ocorre um deslocamento para baixo da escala de poupança e para cima da escala de consumo.

/ COMENTÁRIO:

Falso. O paradoxo da parcimônia acontece quando há um deslocamento para cima da escala de poupança e um deslocamento para baixo da escala de consumo.

Gabarito: FALSO.

13. (Cespe - lnmetro - 2009) A respeito dos fundamentos da ciência econômica, julgue o item a seguir.

A lei da escassez, definida como a ausência de recursos suficientes para su~

prir todas as necessidades e desejos da coletividade, só tem v~lidade quando não se considera, no niodelo econômico, a variável de evolução tecnológica.

/ COMENTÁRIO:

Falso. A lei da escassez está na raiz dos problemas econômicos. Assim, ha-verá escassez independentemente da evolução tecnológica, já que os desejos são infinitamente ilimitados.

Gabarito: FALSO.

Custo de oportunidade

14. (Cespe- Cearáportos- Economia- Analista de Desenvolvimento Logístico-2004) O binômio referente à escassez e à escolha sintetiza o problema central da ciência econômica. A esse respeito, julgue o ítem a seguir.

Para um determinado estudante, o custo de oportunidade associado à decisão de realizar um curso de pós~graduação, em tempo integral, em uma univer~

sidade americana, inclui as despesas com mensalidade e livros e a totalidade dos custos de moradia e alimentação.

/ COMENTÁ RIOS:

Veja que a questão fala sobre o custo de oportunidade! Mas ... no caso da questão, ele analisa o custo financeiro também! Vamos resolver juntos!

Antes de resolver, contudo, vamos pensar em uma historinha: enquanto você está lendo esse material, eu estou aqui no nada caloroso inverno do Canadá (hoje está menos 15, eu acho), morando em um dormitório nada atraente para poder estudar (coitada de mim!)! Qual o custo de oportunidade de fazer isso? Bem,

(22)

Q

Economia para Concursos- 1000 Quesiões I Amanda A;res ELSEVIER

com o dinheiro que eu gasto no curso de francês (é ... além de estudar economia, tem que estudar francês também!), por exemplo, eu poderia ir a um restaurante no Brasil e tomar um bom vinho. Logo, como eu tenho uma opção além do que estou fazendo hoje com o dinheiro do curso, o custo de oportunidade dele é, por exemplo, deixar de tomar um vinhozinho. Logo, sempre que se falar em custo de

oportunidade, pode~se considerar os benefícios não realizados ou ainda um uso alternativo para determinado recurso financeiro!

Além do gasto com o francês, eu também pago pelo dormitório e pela ali-mentação, certo? O que eu poderia fazer com esse dinheiro, além de pagar essas

despesas? Bem, digamos que no Brasil eu poderia morar melhor e pagar menos (será?!), mas, certamente, uma parte do meu dinheiro iria para o aluguel, não é?

Nesse caso, embora exista um custo de oportunidade em pagar o aluguel aqui, não posso dizer que toooodoo o meu gasto com aluguel será o meu custo de oportunidade, tendo em vista que, inevitavelmente, eu pagaria algum dinheiro nessa despesa no Brasil.

Ok, Você .p10ra com os seus pais? Não tem problema! -0 raciocínio não val_e para o àluguel, mas vale para os seus gastos com alimentação! E não venhà me dizer que você não gasta NADA com alimentação fora de casa, porque eu vou dizer que é mentira, ok? Todos nós gastamos algum dinheiro com alimentação, mesmo que seja naqueles churros deliciosos do meio da rua! Nesse caso, fica a dica: O custo de oportunidade está associado aos gastos alternativos que você poderia ter com determinado recurso financeiro. Isso não quer dizer que a totalidade desses recursos será o seu custo de oportunidade. Uma parte desses poderá estar ligada ao mesmo gasto (em uma outra situação), ficando a ''sobra" como o seu custo de oportunidade.

Então, só para deixar ainda mais claro, nem todo gasto financeiro que temos faz parte do nosso custo de oportunidade. Em alguns casos, inevitavelmente, teremos determinados tipos de gasto (saúde, alimentação, moradia etc). Assim, apenas a parte excedente desses gastos é que pode ser incluída como nosso custo de oportunidade. Depois dessa historinha toda, vamos resolver a questão?

Agora, sim, vamos à questão:

Para um determinado estudante, o custo de oportunidade associado

à decisão de realizar um curso de pós-graduação, em tempo integral, em uma universidade americana, inclui as despesas com mensalidades e livros e a totalidade dos custos de moradia e alimentação.

Primeira parte: Para um determinado estudante, o custo de opor-tunidade associado à decisão de realizar um curso de pós-graduação, em tempo integral, em uma universidade americana •••

·., Até aqui, nenhum problema, apenas a parte da "historinha", que eu havia

8

falado.

Segunda parte: inclui as despesas com mensalidades e livros e a totalidade dos custos de moradia e alimentação.

(23)

Princípios Econômicos Fundamentais

Aqui vamos analisar com mais calma. De fato, as despesas com mensalidades e livros fazem parte do custo de oportunidade, como o meu curso de francês, ok? Então, por hora, a questão está correta. O erro da questão está justamente na última parte: a totalidade dos custos de moradia e alimentação. É

exatamente o que eu conversei com você anteriormente! O erro estú na palavra TOTALIDADE! Não podemos incluir a totalidade dos gastos com moradia e alimentação por causa dos churros que eu falei acimal Assim, a questão é FALSA! Veja que todo o resto da questão está correto! Aliás, o único erro está no fato de se considerar a TOTALIDADE. Se essa palavra fosse suprimida do texto da questão, ela estaria correta!

Gabarito: FALSO.

15. (Cespe- Basa- Técnico Científico- 2004) Utilizando os conceitos básicos da teoria econômica, julgue o item subsequente.

O custo de oportunidade de determinada atividade, por ser independente doS. usos alternativos do tempo necessário para desenvolvê~la, é, usualmente •. o mesmo para todas as pessoas nela envolvidas.

/ COMENTÁRIOS:

Nessa questão, o texto diz que o cuslo de oportunidade não depende dos usos alternativos. Como assim?

Deixa eu fazer uma pergunta: O custo de oportunidade de ler esse texto é o mesmo na sexta às 22h50 e na terça, no mesmo horário? Claro que não, né? Sexta bombando e todo mundo na rual O cUsto de oportunidade nesse caso é mais alto, porque você está abrindo mão de sair com o(a) namorado(a), conversar com os amigos etc. Já na gloriosa terça-feira à noite, o que você pode-ria estar fazendo? Bem, digamos que não assistir o paredão BBB não traga um grande custo de oportunidade, ok?

Nesse sentido, a questão é FALSA, porque dependendo do que você pode fazer, o custo de oportunidade é diferente! Assim, ele não será igual não apenas para cada pessoa (cada um de nós tem um custo de oportunidade diferente), mas também para uma mesma pessoa em momentos diferentes do dia!

Gabarito: FALSO.

16. (Cespe- Basa- Técnico Científico- 2004) Quando há escassez, a escolha e as diferentes formas de organização das economias são questões relevantes para a análise econômica. A esse respeito f julgue o item subsequente.

O custo de oportunidade da decisão de assumir um novo emprego, cujo salário

é superior àquele que é pago na ocupação anterior, inclui tanto o valor dare-muneração atual como o aumento do tempo de transporte necessário para se chegar ao novo local de trabalho.

(24)

Q

Economia para Concursos- 1000 Questões I Amanda A;res ELSEVIER

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/ COMENTÁRIOS:

Veja só. Quando nós consideramos a possibilidade de trocar de emprego, pensamos na diferença de remuneração, certo? Esse é, na maior parte dos casos, o vetor que nos faz querer trocar de emprego. Mas não é apenas esse fator que nos faz pensar se vale ou não a pena trocar de emprego. Imagine o seguinte: você é convidado a ir para uma empresa que fica a 200km da sua atual moradia, ganhando, digamos, 50% a mais. Nesse caso, não é apenas o salário que conta, mas também toda a parte de deslocamento entre a sua casa e o seu novo trabalho.

No caso acima, por exemplo, pode ser que não seja vantajoso pegar esse novo emprego, uma vez que você terá aumento de salário, mas também terá aumento de despesas como, digamos1 um valor maior a ser pago de aluguel1

um gasto adicional com combustível para visitar a famqia. Todo esse montante financeiro pode ser considerado 'COmo seu~ cu.stos de oportunidade, certo? Já que você poderia utilizar esse dinheiro de outra forma se o novo emprego fosse mais perto de sua cas.a. ·.

Vamos adiante. Digamos agora que você não quer morar no lugar do novo trabalho. Você prefere ir e vir todos os dias. Digamos ainda que a empresa onde você trabalha sabe disso e paga um motorista para levar e trazer você diaria~

mente (que empresa boazinha, hein?). Nesse caso1 não teríamos mais custo de

oportunidade? Serfl?

E o tempo que você passa dentro do carro? Por hipótese, duas horas e meia para ir e vir. Será que não tem nenhum custo de oportunidade nisso? CLARO QUE SIM! Nesse caso, você poderia utilizar esse tempo para, por exemplo, ficar com seus filhos ou pais. Ou ainda, você poderia passar esse tempo assistindo TV ou estudando para um concurso melhor!

Nesse caso, a questão apresentada está CORRETA1 uma vez que1 na

mudan-ça de emprego, você considera não apenas a diferenmudan-ça salarial, mas também a distância entre a sua residência e o novo local de trabalho.

17.

Gabarito: VERDADEIRO.

(Fumare- Prefeitura de Governador Valadares- Economista- 2010 e Cemig -Analista de Planejamento Econômico Financeiro- 2010) Sabendo-se que os recursos são escassos, o conceito econômico de custo relevante é o custo: aJ contábil;

b) oportunidade; c) ambiental; d) histórico.

(25)

Princípios Econômicos Fundamentais

/ COMENTÁRIOS:

Toda vez que falarmos em recursos escassos, vamos lembrar de dois pontos. Vamos ver:

L Conceito de economia.

2. Conceito de custo de oportunidade.

Dessa forma, toda vez que se falar em escassez ou em recursos escassos, vamos fazer uma conexão direta com esses dois conceitos. Nesse sentido, não precisamos nem dizer qual a alternativa correta.

A alternativa correta é a letra b, que traz o custo de oportunidade. Na verdade, é custo de oportunidade por uma questão simples. Como há escassez, precisamos escolher! E como temos que fazer essa escolha, temos que ver o cus~

to dela. O custo de uma escolha está diretamente ligado ao custo de oportunidade,

já que ele renete tudo que abrimos mão quando optamos por determinada ação!· De toda forma, .não nos custa analisar as demais alternativa~:

A altêrQ.atiVa a fala sobre o custO contábil. O custo contábil nada mais é

do que a soma de todos os custos envolvidos em um processo produtivo, tanto os fixos (que não variam com a alteração do nível de produção) quanto os variá~

veis (que são alterados à medida que a produção varia). Nesse caso, não existe nenhuma relação com o conceito de escassez! O custo contábil apenas soma os custos fixo e variável. Dessa forma, a alternativa a é falsa.

A letra c fala sobre o custo ambiental. Esse, por sua vez, está ligado, como o próprio nome diz, aos prejuízos causados ao meio ambiente. Ou seja, quando determinada empresa lança poluentes nos rios, temos um caso de custo ambientaL Normalmente, os custos ambientais.sáo vistos na parte de externalidades como uma falha de mercado. Como o conceito de custo ambiental não tem ligações com escassez, logo, a alternativa é falsa.

Por fim, a assertiva d fala sobre o custo histórico. Bem, para ser sincera, nunca ouvi falar nesse tipo de custo. Procurei também na literatura básica de economia, e até na mais avançada, e ninguém falou sobre esse danado desse custo histórico. Então, acredito que ele nem exista! A banca colocou na prova apenas para apresentar uma "pegadinha" e deixar você com dúvidas.

Finalmente, a alternativa CORRETA é a letra h. Gabarito: Letra h.

18. (Cespe- STM- Economia- Analista Judiciário-20111 A respeito dos conceitos básicos da teoria econômica, julgue o item subsequente.

Quando pessoas altamente qualificadas e bem-pagas se dispõem a pagar mais caro por bens e serviços entregues em domicftio, para evitar filas em lojas e supermercados. observa-se um comportamento que reflete o fato de que esses indivíduos se confrontam com um custo de oportunidade do tempo mais baixo.

(26)

aEconomla paro Concursos- .1000 Questões I Amanda Aices ELSEVIER

12

,,. COMENTÁRIOS:

Para responder a essa pergunta, ou, ainda, antes de responder a essa ques. tão, fazemos outra pergunta:

Você acha que a Madonna faz faxina na casa dela? Você possivelmente respondeu: Não, porque ela é rica!

De fato, ela é rica (acredito que ninguém duvida disso), mas náo é essa a justificativa econômica que estamos procurando.

Veja, o que explica a razão de a Madonna não fazer faxina ou quaisquer serviços do lar não é o fato de ser rica ou não, mas, apenas, o custo de oportunidade! Ora, o tempo que ela gasta fazendo faxina, ela poderia, por exemplo, usar para dar uma entrevista e ganhar muito mais do que ela economizaria não pagando a diarista.

Vamos a um exemplo:

Imagine que ela pague, por uma hora de limpeza doméstica, aproximada. mente US$ 50,00. Imagine ainda que com essa mesina hora ela possa dar uma Cntrevista e faturar US$ 50 mil. Nesse caso, o custo de oportunidade da Madon· na Qua11do ela decide organizar a casa é deUS$ 50.mil! Ou seja,.~la d~ixou de ganhar 50 mil pilas (já diriam os amigos gaúchos), para economizar tJS$:50,00!

Não parece nada razoável, não é?

Nesse caso, quanto maior for o valor da hora de uma determinada pessoa quando ela faz aquilo que tem mais conhecimento, maior é o custo de oportuni. dude dessa pessoa quando ela opta por fazer outras atividades!

Vamos conversar ainda um pouco mais sobre o mundo das celebridades: Recentemente, fizeram uma pesquisa para saber se, caso Bill Gates en. centrasse uma nota de US$ 100,00 no chão, valeria ou não a pena pegar esse dinheiro! Sabe o que se observou com essa pesquisa? Que se o Bill Gates se abaixar e pegar essa grana, ele vai deixar de ganhar muito mais do que o que ele acabou de recolher na rua! Ou seja, para o Bill, é preferível que ele continue caminhando a pegar o dinheiro!

Custo de oportunidade, meus queridos! Depois dessas historinhas ficou fácil responder à questão, não é?

Para responder a essa questão, é simples: Quanto mais qualificada for a pessoa, maior será o seu custo de oportunidade. Na questão, é afirmado exatamente o contrário! Então, pode marcar aí, ela é FALSA!

Gabarito: FALSO.

19. (Cespe- Basa- STM- Economista- 2010) Considere que o estado do Pará pode produzir, em um ano, 200 milhões de sacas de castanha-do-pará ou 600 milhões de sacas de açai, ou uma combinação desses dois produtos. O estado do Maranhão pode produzir 200 milhões de sacas de castanha-do-pará ou 200 milhões de sacas de açai, ou uma combinação desses dois produtos. A partir dessas informações, julgue o item que se segue.

Os custos de oportunidade da produção de uma saca de castanha-do-pará para os estados do Pará e Maranhão serão, respectivamente, iguais a 1/3 de saca de açaí.

(27)

Princípios Econômicos Fundamentais

r COMENTÁRIOS:

Essa questão é, possivelmente, a mais complicada. Mas não criemos pâni~

co! Vamos por partes. Primeiro vamos compreender os custos de oportunidade marcados acima, através de uma tabela, para facilitar a nossa vida.

Produto Quantidade (milhões de sacas)

Pará Maranhão

Castanha-do-Pará 200 200

Açal 600 200

Compreendidas as informações, vamos à assertiva:

Ela pede os custos de oportunidade para os dois estados quando da produção da castanha-do-pará!

Vam'os ver, primeiro, para o estado do Pará. Para essa UF, ·cada veZ que se produz uma saca de castanha-do-pará, deíxam de ser produzidas três sac"as de

.

. açaí. Assim, fazendo uma razão, temos o seguinte:

I saca de castanha/3 sacas de açaí. Nesse caso, de fato, a razão é de 1/3.

Pura o caso do Maranhão, contudo, podemos ver que essa razão não é válida, já que para cada saca produzida de castanha, deixa-se de produzir uma saca de

açaí. Nesse caso, a razão é de 11

Ou seja, a alternativa está INCORRETA! Na verdade, como acabamos de ver, as razões que medem o custo de oportunidade serão de 1/~~ e 1 para os estados do Pará e Maranhão, respectivamente.

Gabarito: FALSO.

20. !Senado Federal- Economia- Agricultura- 2002) O problema econômico básico, cuja solução depende da forma como as economias estão organizadas, gira em torno do binômio escassez e escolha. A esse respeito, julgue o item a seguir. Na guerra contra o terrorismo liderada pelos Estados Unidos da América IEUAI, o custo de oportunidade da produção de material bélico equivale ao valor dos bens e serviços a que se deve renunciar para produzir esse tipo de material.

••. •· COMENTÁRIOS:

Antes de mais nada, a alternativa está CORRETA. Lembre-se o seguinte: o ponto, ao longo da Curva de Possibilidade de Produção em que a economia estará dependerá dos seus objetivos políticos. E cada vez que a economia decide produzir mais de qualquer bem, estará decidindo, também, necessaria· mente, produzir menos de outros!

(28)

a

Eco"nomla para Concursos- 1000 Questões I Amanda A;res ELSEV!ER

'

14

É exatamente o que diz a questão acima! Quando os EUA optam por pro~ duzir material bélico, estão deixando de produzir outros bens. Logo, o custo de oportunidade de produzir esse material bélico é justamente o que ele deixou de

produzir em termos de outros bens e serviços!

Gabarito: VERDADEIRO.

21. (Cespe- Ministério da Justiça- 20131 O Ministério da Justiça (MJI tem um mon-tante fixo para gastar na aquisição de dois bens: mesas e computadores. Ainda, o MJ planeja ocupar um prédio de sua propriedade, atualmente alugado para

profissionais liberais. Com base nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.

O aluguel representa um custo de oportunidade da ocupação do prédio.

-"' COMENTÁRIO:

'

Verdadeiro: Veja qt1e·para que o MJ possa utilizar o prédio, precisará deixar de receber o aluguel. Nessé caso, o aluguel representará o custo de oportunidade

da alocação. ·.

Gabarito: VERDADEIRO.

22. (Cespe- CPRM- 20131 Acerca das variáveis que afetam o custo e a produção de fertilizantes e de detergentes, julgue o item a seguir.

Caso um fabricante de fertilizante pague pelo aluguel de um equipamento, esse valor é um custo de oportunidade para o fabricante.

/ COMENTÁRIO:

Falso. O custo de oportunidade existiria se o empresário utilizasse uma máquina própria. Nesse caso, ele consideraria o valor que poderia receber caso alugasse sua máquina.

Gabarito: FALSO.

Fluxo circular da riqueza

23. (STM- Economia- Analista Judiciário- 201 O) A respeito dos conceitos básicos da teoria econômica, julgue o item subse quente.

No fluxo circular de bens e serviços, as firmas demandam fatores de produção que são ofertados pelas famílias e, nesse processo, os fluxos monetários vão das empresas para as famílias.

-"' COMENTÁRIOS:

Para responder à questáo, basta dar uma olhada no fluxo circular da riqueza originaL

(29)

Da~pesas Demanda de bons e serviços Oferta dalawos de produção -Trabalho -Capital -Terra

Renda das famílias

- - - · Fluxos Monetários - - - · Fluxo Reais

Princípios Econômicos Fundamentais

Receitas Demanda de fatores de produç~o Pagamenlo dos falares do produção

Agora, vamos analisar ponto a ponto o que a questão afirma: primeiro ela chama de fluxo circular de bens e serviços, o que chamamos previamente de fluxo circular da riqueza. Embora a nomenclatura seja dife~ente, elas dizem respeito à mesma coisa.

Continuando, a questão afirma que as firmas demandam fatores de produção que são ofertados pelas famílias. Pelo gráfico acima, podemos perceber que isso é verdade.

Oferta de fatores de produção

-TrabalhO -Capital -Terra

Renda das famílias

Demanda de

fatores de produção

Paga monto dos

fatores de produção

Pelo corte feito no fluxo, é possível ver que existem as setas cinzas, que repre-sentam o fluxo real de fatores, saindo das famílias e entrando nas empresas. Ou seja, as famílias estão ofertando esses fatores e as empresas estão demandando

(30)

j

O.

Economia para Concursos- 1000 Questões I Amanda Aires ELSEVIER

16

(procurando) esses mesmos fatores. A explicação para isso, como já vimos, é que

as ernpr~sas precisam desses fatores para que seja possível realizar a pmdução

dos bens e serviços que seráo ofertados às famílias. As famílias, por sua vez, precisam ofertar esses fatores para que seja possível adquirir os bens e serviços que serão oferecidos pelas empresas.

Concluindo, a questão finalmente afirma que, nesse processo, os fluxos

monetários vão das empresas para as famílias. Como você pode perceber,

a questão está toda CORRETA. Para notar isso, basta ver o sentido das setas

pretas, saindo das empresas e entrando nas famílias! Gabarito: VERDADEIRO.

24. (IJSN~ES-Economia e Estatística- 2010) O modelo do fluxo circular de renda

possibilita mensurar o produto da economia pelas despesas ou peta renda. Na visão.das famili~s ~ considera~do o fluxo circular da renda, a despesa para a aquisição de bens e serviços é equivalente ao valor recebido pela venda ~os

ben~ e serviç.Os. Assim, produto = renda =despesa .

...- COMENTÁRIOS:

A as'"'ertiva afirma que o modelo do fluxo circular de renda possibilita mensurar o produto da economia pelas despesas ou pela renda.

Até aqui, é verdade. Só para que você compreenda, podemos medir o PIB - Produto Interno Bruto de uma economia, utilizando três óticas diferentes: a produção propriamente dita, a despesa agregada e os rendimentos. Ou seja, de acordo com essa identidade, tudo que é produzido será comprado pelos agentes econômicos (as famílias realizam consumo, as empresas fazem investimentos, o governo faz compras ou gastos governamentais e o resto do mundo compra as nossas exportações) e, para que seja possível existir o processo de compras, é pre. ciso que os agentes econômicos possuam renda, seja ela proveniente de trabalho (salário), do fator terra (aluguéis) ou ainda do fator capital (juros). Considerando ísso, podemos dizer que toda produção será igual ao somatório das despesas que, por sua vez, será igual aos rendimentos. Então, aqui, tanto faz, por onde você vai medir o PIB. Nesse caso, todos os caminhos levam a Roma!

Dessa forma, ATÉ AQUI, nada errado! Mas a questão continua ... Na visão das famílias e considerando o fluxo circular da renda, a despesa para a aquisição de bens e serviços é equivalente ao valor recebido pela venda dos bens e serviços. E eis que achamos o erro! Vamos ler, novamente, com cuidado?

(31)

Princípios Econômicos Fundamentais

Veja que a alternativa diz que, para as famílias, a despesa para aquisição de bens (o consumo das famílias) será equivalente ao valor recebido pela venda de bens c serviços. Mas as famílias não vendem bens e serviços. Aliás, é im-portante que você note que quem vende bens e serviços é o agente econômico empresas, não família. Nesse caso, a alternativa é FALSA, já que as famílias vendem (ou ofertam, como queiram) fatores produtivos! E aí, por causa desse detalhe que passaria perfeitamente despercebido, a questão está INCORRETAt Finalmente, para terminar, a assertiva, diz que: Assim, produto = renda

=

despesa. O que é VERDADEIRO, conforme vimos anteriormente. Gabarito: FALSO.

25. (Cespe- Antaq- 2009) Em relação aos conceitos básicos de macroeconomia, julgue o item a seguir.

No sistema de contas nacionais para uma economia fechada com governo, a destinação da renda das unidades familiares restringe~se ao consumo e à poupança.

/ COMENTÁRIO:

Veja que com a presença do governo nessa economia, parte do recurso das famílias também será destinada ao governo. Isso é mostrado no gráfico abaixo.

Compras governamentais de bens e serviços Impostos Gastos de consumo

(

Mercados de bens e serviços Produto interno bruto Gastos de investimento Gabarito: FALSO. Governo

t~

Famílias Firmas Transferências governamentais Satãrios, lucros juros, aluguéis

I

Mercado de fatores 17

(32)

~

C.

Economia para Concursos- 1000 Questões I Amanda Aires ELSEVIER

18

Vantagens comparativas

26. (Cespe- Auditor do Tribunal de Contas da União- 20071 Em um mundo onde o comércio entre países é cada vez mais intenso, o estudo da economia interna-cional é crucial para o entendimento das questões econômicas. Com relação a esse assunto, julgue o item.

A idela de que uma indústria deva ser protegida até que o seu processo de aprendizagem na fabricação do produto que ela comercializa seja suficiente para competir no mercado externo é compatível com a tese das vantagens comparativas.

/ COMENTÁRIOS:

A teoria das vantagens comparativas afirma que determinado agente eco· nômico deve se especializar naquilo que ele faz de melhor.

Nesse caso, se eu sei muitO de português e pouco de matemática, vou me dedicar a estudar ainda mais porturi'uês E;! não vou me preOcupar com matemática.

Veja que quando precisamos pi-otegcr a nossa indústria para que elá seja mais competitiva, isso indica que hoje, por hora, ela não é. Logo, segundo a teo-ria, não seria interessante proteger essa indústteo-ria, mas, sim, buscar investir no setor que o país possua mais vantagens comparativas.

Gabarito: FALSO~

27. Julgue o Item a seguir, a respeito das noções básicas e gerais de economia. Países que apresentam, em relação a outros, menores custos de oportuni-dade de produção de um bem possuem vantagens comparativas e, por terem diferentes produtividades, todos os países podem beneficiar-se com a pro-moção do comércio internacional.

/ COMENTÁRIO:

Sim, essa é urna das leis fundamentais de economia: com a especialização todos os agentes ganham na existência do comércio.

Gabarito: VERDADEIRO.

28. (Cespe- SEGP-AL- 20131 A respeito da teoria do consumidor e das estruturas de mercado, julgue o item subsequente.

A teoria das vantagens comparativas não se aplica quando determinado país

é mais produtivo na fabricação de todos os bens, pois estabelece que o país deva especializar-se na produção daquele produto em que possui vantagem em comparação a outros países.

(33)

Princípios Econômicos Fundamentais

/ COMENTÁRIO:

Embora um determinado país possua vantagens absolutas na produção de todos os bens, fará a sua especialização na produção que ele possuí vantagem comparativa.

Gabarito: FALSO.

29. (Cespe- Anatel- 2009J O entendimento dos agregados econômicos interna-cionais é de importância crescente às economias domésticas. Para isso, entre outros pontos, são necessários conhecimentos sobre comércio Internacional, taxa de câmbio, sistema financeiro nacional e Balanço de Pagamentos, bem como de seus reflexos sobre as economias locais. Em relação a esses tópicos, julgue o item que se segue.

Para os economistas da escola clássica, as vantagens comparativas relativas entre os países são o substrato teórico da especialização econômica, poten~

cializada com o comércio internaclonât.

/ COMENTÁRIO:

De acordo com David Ricardo, caso os países optassem por se especializar, isso os levaria a obter vantagens comparativas que seriam potencializadas quando fosse estabelecido o comércio entre os países.

Gabarito: VERDADEIRO.

Curva de possibilidade de produção

30. (Cespe-TC~DF -Auditor de Controle Externo- 2012) Acerca de microeconomia,. julgue o item a seguir.

A forma não linear de uma fronteira de possibilidades de produção está as~

saciada à adaptabilidade perfeita dos recursos na produção de dois bens.

; COMENT ÁRI.O: ..

A afirmação é INCORRETA, pois a forma não linear da CPP é justamente explicada pela adaptabilidade imperfeita dos recursos na produção dos bens, já que determinados bens são mais intensivos em um recurso produtivo que outros. Logo, como eu não posso os adaptar completamente, a curva terá o formato não linearl

Gabarito: FALSO.

31. (Cespe- Auditor do Tribunal de Contas da União- 2007) Considerando-se que o problema da escolha em um ambiente de escassez constitui o cerne da análise econômica, julgue o item subsequente.

Uma redução substancial das taxas de desemprego, por aumentar a eficiência na utilização do fator trabalho, desloca a fronteira de possibilidades da eco~

no mia para cima e para a direita.

(34)

·.

·.

a

Economia paca Concu"os- 1000 Questões I Amanda Mcos ELSEVIER

20

/ COMENTÁRIOS:

Questão sobre fronteira de possibilidade de produção. Para resolver essa questão, veja que ela fala que, inicialmente, havia desemprego. Nesse caso, o

que acontece? Nós estamos em um ponto no interior da Curva de Possibilidade de Produção, como mostrado pela letra E na figura abaixo. Por que estamos na letra (E)? Porque, para estarmos no limite da FPP (letras A, B e C), é preciso ter o emprego efetivo de todos os fatores de produção.

Em sequência, a questão afirma que houve uma redução dessa taxa, e é aí que

vem o raciocínio. A redução da taxa de desemprego vai levar a um movimento do ponto E para qualquer ponto situado sobre a curva de possibilidade de produção. Logo, contrariamente ao que afirma a questão, não haverá um deslocamento da curva, mas um reposicionamento do ponto em algum lugar da fronteira.

Computadores 3000 2200 2000 1000 A

:ç···?

·-···:·

:

: : i i

~

i

···r

B 300 6007001000 Gabarito: FALSO.

A fronteira ou curva de possibilidade de produção é um ·modelo bastante simples que permito analisar se uma determinada economia Dou nio ofitienta (lf!l te'rmos do utilizaçiio·dt~

todos os fatores-üe produçfto disponiveis. To dos os pontos que estão sobre a curva são eliciontes, o que determina o ponto AO longo da curva em que estarão os objetivos politicos e sociais da economia.

Automóveis

32. (Esaf- Analista de Comércio Exterior- 20121 A tabela abaixo descreve alguns pontos da fronteira de possibilidades de produção, também conhecida como curva de possibilidades de produção, de um país hipotético que produz e con· some apenas dois bens, denominados "bem A" e .. bem 8".

Quantidade produzida em milhões de unidades ao ano

Bem A Bem B

o

100 20 96 40 84 60 64 80 36 100

o

(35)

~

El.SEVlElt Princfpios Econômicos Fundamentais Suponha que a economia desse país seja pequena em relação ao resto do mun~

do, de tal sorte que seu comércio com outros países não afete os preços in4

ternacíonais. Suponha também que não haja fluxos internacionais de capitais, de modo que a única forma de um país financiar suas importações é através de suas receitas de exportações. Considere uma situação inicial na qual o país encontra-se fechado ao comércio internacional, produzindo anualmente óO milhões de unidades do bem A e 64 milhões de unidades do bem 8, o preço internacional do bem A é igual a US$ 8 por unidade e o preço internacional do bem B é igual a US$10 por unidade. Nessas condições, pode-se afirmar que:

a) para aumentar seu consumo dos dois bens. o país deve especializar~se na produção do bem de maior valor agregado por unidade produzida, exportar parte de sua produção desse bem e importar seu consumo do bem com menor valor agregado por unidade produzida;

b) em relação à situação inicial. caso reduza a produção do bem 8 e aumente a produção do bem A, i:!sse país pode aumentãr-o consumo dos dois bens, exportando uma pa_rte do que produz do bem A e iinportando uma parte de

seu consumo do bem 8; ·

c) em relação à situação inicial. esse país pode aumentar o consumo dos dois bens. especiatizando~se na produção do bem A, exportando parte dessa produção e importando todo seu consumo do bem 8;

d) em relação ,j situação inicial, esse pais pode aumentar o consumo dos dois bens, especializando·se na produção do bem 8, exportando parte dessa produção e importando todo seu consumo do bem A;

e I em relação à situação inicial. caso reduza a produção do bem A e aumente a produção do bem-s. esse país pode aumentar o consumo dos dois bens. exportando uma parte do que produz do bem 8 e importando uma parte de seu consumo do bem A.

.~ COMENTÁRIOS:

Como é possível observar, a questão fala sobre as noções mais básicas de vantagem comparativa.

A letra a afirma que o país deve se especializar na produção do bem de maior valor agregado por unidade produzida, o que não é verdade. Veja que o país deverá se especializar no bem que ele possui maior vantagem comparativa, nesse caso, o bem B. Logo, essa alternativa não está correta.

A alternativa h afirma que o país deverá, para aumentar o consumo dos dois bens, reduzir a produção do bem B e aumentar a produção do bem A. Veja que essa não é a resposta correta. Esse país deverá aumentar a produção de B e reduzir a produção de A.

(36)

Q,_E_co_ll_O_I!11a

~ara

Concursos_: ___ IOO_O_Questõ_esiAma n da Aires ELSEVIER

22

Veja ainda que a questão continua afirmando que a economia deverá exportar uma parte do que produz do bem A e deverá importar parte do seu consumo do bem B. Na verdade, essa economia deverá fazer justamente o contrário: deverá exportar parte da produção do bem B e importar parte da

produção do bem A_

Em seguida, a assertiva c indica, assim como a alternativa b, que o país

deverá se especializar na produção do bem A, o que, como vimos, não é verdade. A letra d indica que a economia deverá importar todo o seu consumo do bem A, o que também não é verdade. Veja que essa economia deverá produzir um valor mínimo do bem A e importar o resto do seu consumo.

Finalmente, a alternativa CORRETA é a letra e, que afirma que o país deverá aumentar a produção do bem B, aumentando, com a receita das exportações do bem B, o consumo dos dois bens.

Gabarito: Letra e_

33. - iFCC- Sefaz-SP- Agente FIScal de Rendas- 2006) Considere a seguinte curva de possibilidades de produção para uma determinada economia fictícia, onde Y e X são os únicos bens produzidos na economia.

y

•C

8

X

É CORRETO afirmar queo

a) os pontos A, 8 e O representam combinações de produção de Y e X em que todos os recursos produtivos disponíveis estão sendo utilizados;

b) a economia poderá atingir o ponto C se houver um aumento na

disponibilida-de de seus recursos produtivos e/ou por meio de inovações tecnológicas; c) só é possível atingir os pontos A e 8, a partir do ponto O. se houver um

aumento na disponibilidade de recursos produtivos na economia;

d) somente o ponto A representa o pleno emprego dos fatores produtivos, pois é o ponto mais alto da curva;

e) os pontos A e 8, no curto prazo, representam maiores potenciais de cresci-mento econômico [elevação do Produto Interno Bruto) em relação ao ponto O.

(37)

Principias Econômicos Fundamentais

-' COMENTÁRIOS:

Para falar sobre Curva de Possibilidade de Produção, precisamos lembrar do seguinte gráfico: Computadores 3000 2200 2000 1000 A ... ,Ç ...

p

···:·

:

1::: l,

... 1E

B 300 600 700 1 000

A fronteira ou curva do possibilidade da produção ó um modelo bastante simples que permite analisar se uma detarminada economia 6 ou nio eficiente om termos de utilização de todos os fatores de produção disponíveis. Todos os pontos que esUo sobre a curva do eliciontos, o quo determina o ponto AO longo da curva em que estarão os objetivos politicos e sociais da economia.

Automóveis

. ·. Ora, por esse gráfico, é posSível saber que os pontos sobre a curva de possibi-lidade serão considerados, necessariamente, pontos eficientes. A razão para isso

é que, independentemente das quantidades dos bens que você está produzindo, você estará utilizando todos os seus fatores (terra, capital e trabalho) disponí-veis. Vale ainda lembrar que pontos no interior serão considerados ineficientes e pontos fora da curva serão considerados tecnologicamente inviáveis.

Vamos ver item a item.

Veja que a letra a não pode ser correta, urna vez que, a partir do que foi visto acima, pontos dentro da curva de possibilidade de produção não são considerados eficientes já que não utilizam todos os recursos disponíveis na economia. Veja ainda que o ponto D está no interior da curva, e não sobre a curva.

A letra b, por sua vez, é a letra CORRETA. Veja que para que seja possível alcançar um ponto fora da curva de possibilidade de produção é preciso que exista um avanço tecnológico ou ainda um aumento em algum dos fatores produtivos. Em seguida, a letra c é falsa, por afirmar que os pontos A e B só serão atingíveis, a partir de D, se houver um aumento dos recursos. Na verdade, esses pontos serão alcançáveis caso exista uma maior eficiência no uso dos fatores, o que não implicará aumento do volume dos fatores disponível.

A letra d é falsa, porque tanto o ponto A quanto o ponto B são eficientes no que diz respeito à utilização plena dos fatores produtivos.

Finalmente, a letra e é falsa, uma vez que os pontos eficientes da curva de possibilidade de produção (no caso, A e B) não mostram possibilidade de cres~

cimento. Apenas pontos fora da curva que são alcançados através de avanços tecnológicos apresentam possibilidades de crescimento para a economia.

Gabarito: Letra b.

Referências

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