• Nenhum resultado encontrado

Professor Claiton Natal

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Professor Claiton Natal"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

VERBOS Professor Claiton Natal

1

VERBOS

Conceituando

Verbo é a palavra variável que exprime um

processo, isto é, aquilo que se passa no tempo. Ele expressa, ainda, uma ação, um estado, uma mudança de estado ou fenômeno meteorológico.

Observação: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens.” (João 1:1-4).

Na passagem bíblica acima, o vocábulo Verbo é usado como sinônimo de palavra. Notam-se, então, a importância e a amplitude desta classe gramatical.

Flexões do Verbo

O verbo possui vários tipos de flexões: modo, tempo, pessoa número e voz.

As flexões de modo, tempo e voz são específicas do verbo, servindo de elemento distintivo em relação às outras classes de palavras.

Modo

Entende-se por modo a atitude que o falante assume em relação ao processo verbal (de certeza, de dúvida, de ordem, etc.). Os modos do verbos são os seguintes:

*modo indicativo – apresenta o fato como certo, preciso, seja ele passado, presente ou futuro.

O Claiton fez um lindo gol. (o fato está no plano da certeza, da realidade)

*modo subjuntivo – apresenta o fato como incerto, duvidoso, ou seja, um fato que se situa no campo das possibilidades.

A torcida quer que o Claiton faça o gol. (não há certeza da concretização dessa ação)

*modo imperativo – exprime uma ordem, um pedido ou um conselho.

Faça o gol Claiton. (expressa uma ordem)

Tempo

No conceito de verbo, afirmamos que ele indica um processo devidamente localizado no tempo. Há três tempos verbais básicos: presente, pretérito e futuro.

OS TEMPOS DO MODO INDICATIVO PRESENTE

1º emprego:

Eu leio sempre as obras de Machado de Assis. O verbo ler está empregado no presente do indicativo. Contudo, é fato que essa pessoa não está lendo no momento em que está falando.

O verbo está no presente, mas sua função é indicar um fato que se repete, um hábito, um costume.

2º emprego

Todo homem é mortal.

Todos são iguais perante a lei.

O emprego do presente do indicativo nas duas construções acima expressa algo sempre ou geralmente válido, ou as chamadas verdades universais.

3º emprego

Naquele momento, Caim mata a Abel.

O Verbo matar está no presente, mas isso aconteceu no passado. É fato que Abel não está sendo morto no momento em que o emissor fala.

Esse é o “presente histórico”, utilizado para tornar mais próximo e mais emocionante o que está sendo narrado.

4º emprego

O presente do indicativo é empregado também para designar algo que acontecerá em um futuro próximo. Ele chega daqui a duas horas

Vou amanhã a Goiânia.

PRETÉRITO IMPERFEITO (terminação da 1ª pessoa

do singular: ia / va / nha)

Expressa uma ação passada – ou seja - algo freqüente, continuado, inacabado.

“Renan Calheiros se defendia a todo momento”. Observe que no exemplo acima não é possível definir o início e o término da ação de ‘defender’, não há como saber quando termina o processo. Você pode usar como recurso de memorização a inserção do advérbio antigamente antes do pretérito imperfeito.

(2)

VERBOS Professor Claiton Natal

2

Exemplos:

Antigamente, eu ia muito a Brasília. Antigamente, eu malhava muito. Antigamente, eu tinha muito dinheiro.

Empregos importantes do pretérito imperfeito:

1 – O pretérito imperfeito é usado ainda para exprimir um processo que estava em desenvolvimento quando da interrupção por outro evento.

Ele falava sobre futebol quando o professor interrompeu.

2 – Também se emprega o imperfeito no lugar do presente do indicativo para manifestar cortesia.

Professor, você pode me explicar o assunto? (presente)

Professor, você podia me explicar o assunto? (imperfeito)

PRETÉRITO PERFEITO (Terminação da 1ª pessoa do

singular: i)

Exprime um fato passado e totalmente acabado. “O Roriz explicou a situação”.

PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO (Terminação de

1ª pessoa do singular: ra)

Expressa um fato concluído, anterior a outro fato do passado.

Quando o professor chegou, o João já tinha feito os exercícios.

Nota-se que o João fez os exercícios antes da chegada do professor. A ação de fazer os exercícios é anterior à de chegar.

Como você já sabe, a forma verbal chegou está no pretérito perfeito, Indica ação passada, completamente realizada e de duração definida. Se tinha feito indica ação anterior a chegou, que está no pretérito perfeito, é mais velha que a que está no perfeito. Se esse fato é mais velho que o que está no perfeito, só pode ser mais-que-perfeito.

Observação: Tinha feito é a forma composta do pretérito mais-que-perfeito e equivale à forma simples

fizera.

Agora, observe a abordagem abaixo:

(FCC – 2012)

A) Para que a era se firmasse fora preciso a transfiguração da cidade. (O emprego da forma verbal grifada denota ação passada, anterior a outra, também passada).

FUTURO DO PRESENTE (terminação da 1ª pessoa

do singular: rei)

Indica um fato futuro em relação ao momento em que se fala ou escreve.

Amanhã entrará em campo. Amanhã chegarei na hora exata.

O concurso se realizará no próximo ano.

1 – O futuro do presente pode assumir, dependendo do contexto, valor de imperativo:

“Amarás a Deus sobre todas as coisas...” “Não tomarás seu santo nome em vão..”

2 – O futuro do presente pode ser empregado em construções que dão a idéia de dúvida ou incerteza: Quem será?

Onde estarão os meus familiares nessas turbulências?

FUTURO DO PRETÉRITO (terminação da 1ª pessoa

do singular:ria)

Exprime um fato futuro tomado em relação a um fato passado.

Ele disse que não renunciaria ao mandato.

1 – O futuro do pretérito pode exprimir dúvida ou incerteza em relação a um fato passado:

Quem seria aquele homem que morreu?

Haveria poucos alunos na sala.

Observe a seguinte construção: Se ela for embora, o que você faria?

A frase tem um defeito básico: os tempos verbais não foram corretamente selecionados.

For se correlaciona com fará (futuro do

presente):

Se ela for embora, o que você fará?

Para empregar faria (futuro do pretérito), é necessário usar fosse:

Se ela fosse embora, o que você faria?

(3)

VERBOS Professor Claiton Natal

3

Ao contrário do que se pensa, a carreira de Clarice Lispector não foi uma sucessão de facilidades. Já o seu livro de estreia, Perto do coração selvagem, esbarrou na incompreensão de alguns críticos e foi recusado por mais de uma editora.

A voz nova e solitária em seguida iria encontrar obstáculos na publicação de seus outros livros. O lustre levou anos até aparecer. Clarice se encontrava no exterior e os amigos aqui no Rio tentavam encontrar um editor de boa vontade. Fernando Sabino, que costumava ser invencível nessa matéria, ainda não tinha a experiência que só depois viria a ter, e fazia as vezes de agente literário da amiga, nem sempre bem-sucedido. O nome de Clarice, prejudicado pela sua ausência, tinha aqui pequena repercussão.

10 - (FCC Analista Judiciário TJRJ – 2012)

A voz nova e solitária em seguida iria encontrar obstáculos na publicação de seus outros livros.

O tempo verbal empregado pelo autor na frase acima indica

(A) ação posterior a outra, ambas localizadas no passado.

(B) dúvida sobre a possibilidade de um fato vir a ocorrer.

(C) forma polida de indicar um desejo no presente. (D) fato que depende de certa condição para ocorrer. (E) ação anterior a outra ocorrida no passado.

OS TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO

PRESENTE (terminação da 1ª pessoa do singular: A / E)

É empregado nas orações subordinadas para expressar fatos presentes ou futuros.

É justo que eles fiquem.

Desejo que todos compareçam. Construções espúrias: Você quer que eu compro? Você quer que eu sirvo? Construções escorreitas: Você quer que eu compre? Você quer que eu sirva?

PRETÉRITO IMPERFEITO (terminação da 1ª pessoa

do singular: SSE)

Indica uma ação passada, presente ou futura em relação ao verbo da oração principal. Emprega-se com as conjunções quando, que, se.

Se neste momento eu tivesse coragem, contaria a verdade. (presente)

Mesmo que saísse antes, não teria chegado a tempo. (passado)

Ficaria feliz se ele fosse à minha casa. (futuro)

1 – O futuro do subjuntivo é muito utilizado para formar frases que contêm idéia de condição concessão, tempo, finalidade.

Se ela gostasse de mim, eu seria o homem mais feliz do mundo. (condição)

Embora comesse de tudo, a moça não engordava. (concessão)

Viria quando quisesse. (tempo)

Foram chamá-lo a fim de que se estabelecesse a ordem no recinto. (finalidade)

2 – O pretérito imperfeito do subjuntivo pode correlacionar-se com o pretérito perfeito do indicativo e com o pretérito imperfeito do indicativo.

Sugeri a você que não vendesse o carro. Esperava que você fosse atencioso com ele. FUTURO (terminação da 1ª pessoa do singular: R)

Indica fatos prováveis, possíveis, mas ainda não realizados. Emprega-se com as conjunções se e quando.

Quando o Roriz vier, tudo será solucionado.]

Agora, observe os verbos que são mais

cobrados em provas de concursos públicos. VIR e seus derivados (convir, intervir, provir,

advir, sobrevir, desavir-se)

VER e seus derivados (antever, entrever,

prever, rever)

PÔR e seus derivados (antepor, compor,

contrapor, contrapropor, decompor, depor, interpor, transpor, repor, impor, propor, sobrepor, supor)

TER e seus derivados (manter, ater, reter,

deter, entreter, ater-se, suster, obter, conter, abster-se)

Grupo UIR (atribuir, possuir, contribuir, intuir,

afluir)

Grupo IAR (mediar, remediar, ansiar,

incendiar, intermediar, odiar)

(4)

VERBOS Professor Claiton Natal

4

CONSTRUIR IR ESTAR PROVER APRAZER COMPRAZER FAZER APRAZER COMPRAZER COMPETIR FALIR REQUERER IMISCUIR-SE

FORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS

Na língua portuguesa, existem tempos simples que podem ser expressos por meio de uma construção composta (tempo composto), formado pelos verbos “ter” e “haver” mais particípio.

Modo indicativo

1) Pretérito perfeito composto

Formado pelo presente do indicativo mais o particípio do verbo principal, o pretérito perfeito composto é empregado para expressar um fato que se iniciou no passado, mas dura ou vem repetindo-se até o presente.

Exemplos:

Tenho estudo muito desde que comprei os livros. Tenho trabalhado muito ultimamente.

Observação: o pretérito perfeito composto indica um fato que se repete ou se prolonga.

2) Pretérito mais-que-perfeito composto

Formado pelo pretérito imperfeito do indicativo mais o particípio do verbo principal, o pretérito mais-que-perfeito composto é equivalente, em seu emprego, à forma simples, ou seja, expressa um fato concluído, anterior a outro fato do passado.

Exemplo:

Quando o professor chegou à sala, eu já tinha feito os exercícios.

3) Futuro do presente composto

Formado pelo futuro do presente mais o particípio do verbo principal, o futuro do presente composto indica um fato futuro anterior a outro fato futuro.

Exemplo:

Quando o ladrão chegar, eu já terei saído. 4) Futuro do pretérito composto

Formado pelo futuro do pretérito mais o particípio do verbo principal, o futuro do pretérito composto indica um fato posterior a uma época passada.

Exemplo:

Se ele considerasse o meu projeto tão bom, já me

teria indicado para o prêmio. Modo subjuntivo

1) Pretérito perfeito composto

Formado pelo presente do subjuntivo mais o particípio do verbo principal, o pretérito perfeito composto denota desejo ou hipótese em relação a um evento situado no futuro.

Exemplo:

Caso você tenha comprado um computador compatível com o sistema, poderá atualizá-lo para o Lion gratuitamente.

2) Pretérito mais-que-perfeito composto

Formado pelo pretérito imperfeito do subjuntivo mais o particípio do verbo principal, o pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo expressa um fato hipotético no passado em relação a outro fato hipotético também situado no passado.

Exemplo;

Se eu não tivesse estudado com muita disciplina, não teria passado em primeiro lugar.

3) Futuro do Subjuntivo composto

Formado pelo futuro do subjuntivo (simples) mais o particípio do verbo principal, o futuro do subjuntivo composto se relaciona a outro fato também no futuro, indica um evento de realização provável, algo hipotético.

Exemplo:

Quando eu tiver passado no concurso, realizarei alguns sonhos

(5)

VERBOS Professor Claiton Natal

5

QUESTÕES D PROVAS

1 - (FGV/2015)

Na frase “Abrace-me, meu filho, antes de eu ir embora!”, se colocada na forma negativa, a opção correta seria:

(A) Não me abraces; (B) Não me abraça; (C) Não me abraças; (D) Não me abrace; (E) Não me abraceis.

2 – (FGV/DPE/Técnico/2015)

“Procure agregar aliados com interesses semelhantes aos seus, invista em parcerias corretas. Mercúrio segue retrógrado em Aquário: você ganha mais se unir forças e trabalhar em equipe. Continue com atenção redobrada ao se comunicar. Bom período para ouvir opiniões diferentes, repensar assuntos e se abrir para novos pontos de vista. Bom, também, para revisar equipamentos eletrônicos”. Assinale a opção que indica a forma verbal sublinhada que não é uma forma de infinitivo. (A) “agregar” (B) “unir” (C) “comunicar” (D) “ouvir” (E) “repensar” 3 - (FGV/2015)

“Quebrado de cansaço pelo excesso de trabalho, o policial tinha adormecido na portaria da revista”. O tempo simples correspondente à forma verbal sublinhada é:

(A) havia adormecido; (B) adormecendo; (C) adormecia; (D) adormeceria; (E) adormecera.

4 - (FGV/2015)

Entre as mensagens abaixo, a única que está de acordo com a norma escrita culta é:

(A) Verifique os dados da conta a pagar. Clica neste botão!

(B) Demonstra que você é esperto. Pague suas contas em dia.

(C) Controla teu dinheiro e viaje tranquilo.

(D) Não despreze as feias. Confira suas qualidades. (E) Em caso de fogo, procure os extintores. Pede o apoio da brigada.

5 - (FGV/2014)

“Quando um empregado de um frigorífico foi inspecionar a câmara frigorífica, a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela. Bateu na porta, gritou por socorro, mas todos haviam ido para suas casas”. Sobre a forma verbal “haviam ido”, pode-se afirmar que:

(A) mostra um momento posterior às ações anteriores;

(B) equivale a “tinham ido” ou “foram”;

(C) indica um momento simultâneo à última ação; (D) representa uma ação que continua no presente; (E) significa uma ação ocorrida em tempo muito distante.

6 - (FGV/2015)

“... a primeira versão do que se tornaria essa famosa rede social”. A forma verbal “tornaria” foi empregada com o seguinte valor:

(A) marcar um fato futuro, mas próximo;

(B) transportarmo-nos a uma época passada e descrevermos o que seria ação futura;

(C) designar fatos passados concebidos como contínuos ou permanentes;

(D) indicar ações posteriores à época em que se fala; (E) exprimir a incerteza sobre fatos passados.

7 - (FGV/2015)

“...Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor...”. Nesse segmento o verbo irregular prever é conjugado de forma correta no pretérito perfeito do indicativo. Assinale a frase em que a forma desse mesmo verbo está conjugada de forma errada.

(A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão.

(B) Elas preveem coisas impossíveis. (C) Espero que elas prevejam boas coisas. (D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar.

(E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente.

8 - (FGV/2014)

“Espero que esse novo passo não leve 50 anos”. A forma verbal sublinhada pertence ao presente do subjuntivo do verbo “levar”. Assinale a opção que indica a forma verbal que está incorretamente conjugada nesse mesmo tempo e pessoa. (A) Requeira (requerer).

(B) Intervenha (intervir). (C) Entretenha (entreter.) (D) Frequente (frequentar). (E) Antepõe (antepor).

(6)

VERBOS Professor Claiton Natal

6

Guardar água em vasilhame de material de limpeza

Não adianta lavar mil vezes. Nunca reutilize galões de material de limpeza ou de qualquer outro produto que tenha substância química para guardar água para consumo. A água pode ser contaminada e causar problemas à saúde.

9 - (FGV/2015)

Sobre as formas destacadas nas frases “Nunca

reutilize (1) galões de material de limpeza” e “outro

produto que tenha (2) substância química para guardar água para consumo”, é correto afirmar que

(A) a forma 1 indica uma posição autoritária. (B) as duas formas pertencem ao imperativo. (C) a forma 1 indica ordem e a forma 2, conselho. (D) a forma 2 indica possibilidade e não fato real. (E) as duas formas interagem com os leitores.

Texto 3 - Sobre esse acontecimento referido no texto 2, o historiador grego Heródoto disse o seguinte: “Até então, não houvera de uma parte e de outra mais do que raptos; depois do acontecido, porém, os Gregos, julgando-se ofendidos em sua honra, fizeram guerra à Ásia, antes que os asiáticos a declarassem à Europa. Ora, conquanto lícito não seja raptar mulheres, dizem os Persas, é loucura vingar-se de um rapto. Manda o bom senso não fazer caso disso, pois sem o próprio consentimento delas decerto não teriam as mulheres sido raptadas.” (Heródoto, História).

10 – (FGV/2015)

A forma verbal “houvera”, no texto 3, corresponde à forma simples do mais-que-perfeito do indicativo do verbo haver; as formas compostas equivalentes a essa forma simples são:

(A) era havido / tinha havido; (B) tinha havido / havia havido; (C) havia havido / seja havido; (D) seja havido / tinha sido havido; (E) tinha sido havido / era havido.

TEXTO

A história da responsabilidade civil entrelaça-se com a história da sanção. O homem primitivo atribuía (e algumas tribos indígenas ainda o fazem) a fenômenos da natureza caráter punitivo, cominado por espíritos ou deuses. Nas relações entre os homens, à ofensa correspondia a vingança privada, brutal e ilimitada, como se esta desfizesse a ofensa praticada.

No período pré-romano da história ocidental, a sanção tinha fundamento religioso e pretensão de satisfação da divindade ofendida pela conduta do ofensor. Nesse período, surgiu a chamada Lei do

Talião, do latim Lex Talionis — Lex significando lei e Talionis, tal qual ou igual. É de onde se extraiu a máxima “Olho por olho, dente por dente”, encontrada, inclusive, na Bíblia.

Embora hoje possa parecer pouco razoável a ideia de sanção baseada na retaliação ou na prática pelo ofendido de ato da mesma espécie da que o ofensor praticou contra ele, a Lex Talionis, em verdade, representou grande avanço, pois, da vingança privada, passou-se a algo que se pode chamar de justiça privada. Com a justiça privada, o tipo de pena ou sanção deixou de ser uma surpresa para seu destinatário, e não mais correspondia a todo e qualquer ato que o ofendido pretendesse; ao contrário, a punição do ofensor passou a sofrer os limites da extensão e da intensidade do dano causado. Obviamente, isso quer dizer que, se o dano fosse físico, a retaliação também o seria; por outro lado, fosse a ofensa apenas moral, não poderia ser de outra natureza o ato do ofendido contra o originário ofensor. Carlos B. I. Silva e Cynthia.

11 - (CESPE/STJ/Técnico/2015)

A substituição das formas verbais “deixou” (linha 24), “correspondia” (linha 25) e “passou” (linha 27) por

deixa, corresponde e passa, respectivamente,

manteria a correção e a coerência do texto. TEXTO

Eu resolvera passar o dia com os trabalhadores da estiva e via-os vir chegando a balançar o corpo, com a comida debaixo do braço, muito modestos. Em pouco, a beira do cais ficou coalhada. Durante a última greve, um delegado0 de polícia dissera-me: — São criaturas ferozes! (...)

Logo que o saveiro atracou, eles treparam pelas escadas, rápidos; oito homens desapareceram na face aberta do porão, despiram-se, enquanto os outros rodeavam o guincho e as correntes de ferro Começavam a ir e vir do porão para o saveiro, do saveiro para o porão, carregadas de sacas de café. Era regular, matemático, a oscilação de um lento e formidável relógio.

12 - (CESPE TJDFT – 2013)

O emprego da forma verbal “resolvera” (linha 1), no pretérito mais-que-perfeito, indica que o narrador tomou a decisão de “passar o dia com os trabalhadores da estiva” (linhas1-2) antes da ocorrência do evento narrativo principal do texto.

(7)

VERBOS Professor Claiton Natal

7

Recentemente, a Defensoria Pública em Foz do Iguaçu, por exemplo, obteve três decisões liminares garantindo o direito à saúde a três pessoas por ela assistidas. Em todos os casos, a Defensoria Pública fez intervenção judicial para suprir a negativa ou a má prestação do serviço público de saúde na localidade.

13. (CESPE/DPU/Analista/2016)

Sem prejuízo para a correção gramatical do texto nem para seu sentido original, o trecho “a Defensoria Pública fez intervenção judicial” (R. 11 e 12) poderia ser reescrito da seguinte forma: a Defensoria Pública

interviu judicialmente.

14 – (FCC/2007/Câmara - Técnico)

É bem verdade que essa visão pessimista em relação ao homem e à natureza, que lhe propicia ocasiões de pecado ou de esquecimento da necessidade de salvação, encontra seu reverso, na própria Idade Média...

Considerando o contexto, o uso da forma destacada no período acima exemplifica o emprego desse tempo e modo verbais para

(A) marcar um fato futuro, mas próximo, como em “Amanhã mesmo trago de volta seu livro”.

(B) enunciar um fato atual, isto é, que ocorre no momento em que se fala, como em “Agora o piso está limpo”.

(C) indicar ação considerada duradoura, convicção obtida pela observação da realidade, como “A Terra gira em torno do próprio eixo”.

(D) expressar uma ação habitual ou uma faculdade do sujeito, ainda que não estejam sendo exercidas no momento em que se fala, como em “Tomo pouco café”. (E) Dar vivacidade a fatos ocorridos no

passado, como em “É em 1856 que Machado de Assis entra para a Imprensa Nacional, como aprendiz de tipógrafo”.

Referências

Documentos relacionados

8- Bruno não percebeu (verbo perceber, no Pretérito Perfeito do Indicativo) o que ela queria (verbo querer, no Pretérito Imperfeito do Indicativo) dizer e, por isso, fez

5- Um outro escritor tinha sido (verbo ser, no Pretérito mais-que-perfeito composto do Indicativo) físico nuclear, mas não encontrara (verbo encontrar, no Pretérito

Bruno não percebeu (verbo perceber, no Pretérito Perfeito do Indicativo) o que ela queria (verbo querer, no Pretérito Imperfeito do Indicativo) dizer e, por isso, fez

O burrito do menino _______________ (verbo demorar, no Pretérito Perfeito Simples do Indicativo) a aparecer, porque a morada _______________ (verbo estar, no Pretérito Imperfeito

5- Bruno não percebeu (verbo perceber, no Pretérito Perfeito do Indicativo) o que ela queria (verbo querer, no Pretérito Imperfeito do Indicativo) dizer e, por isso, fez

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pretérito imperfeito do indicativo não transmite ação pontual, isso é um emprego do pretérito perfeito do indicativo..

Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pretérito imperfeito do indicativo não transmite ação pontual, isso é um emprego do pretérito perfeito do indicativo..

a) Pretérito perfeito do indicativo - pretérito perfeito do indicativo - pretérito perfeito do indicativo. b) Pretérito perfeito do indicativo - futuro do presente do indicativo -