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PROCESSO PENAL Professor: Mauro Stürmer e Joerberth Nunes. Súmula 591-STJ

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Academic year: 2021

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PROCESSO PENAL Professor: Mauro Stürmer e Joerberth Nunes

Súmula 591-STJ

• É permitida a "prova emprestada" no processo administrativo disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa.

Monitoramento de e-mail corporativo de servidor público

• As informações obtidas por monitoramento de e-mail corporativo de servidor público não configuram prova ilícita quando relacionadas com aspectos “não pessoais” e de interesse da Administração Pública e da própria coletividade, especialmente quando exista, nas disposições normativas acerca do seu uso, expressa menção da sua destinação somente para assuntos afetos ao serviço, bem como advertência sobre monitoramento e acesso ao conteúdo das comunicações dos usuários para cumprir disposições legais ou instruir procedimento administrativo (STJ. 2a Turma. RMS 48.665-SP).

Requisição pelo MP de informações bancárias de ente da Administração Pública

• Não são nulas as provas obtidas por meio de requisição do Ministério Público de informações bancárias de titularidade de prefeitura municipal para fins de apurar supostos crimes praticados por agentes públicos contra a Administração É lícita a requisição pelo Ministério Público de informações bancárias de contas de titularidade da Prefeitura Municipal, com o fim de proteger o patrimônio público, não se podendo falar em quebra ilegal de sigilo bancário (STJ. 5º Turma. HC 308.493-CE).

Inversão na ordem de apresentação das alegações finais

• Mesmo havendo inversão na ordem de apresentação das alegações finais, não haverá nulidade se não ficou demonstrado que houve prejuízo à defesa. STF. 1a Turma. AP 968/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 22/5/2018 (Info 903).

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Depoimento de policiais pode fundamentar a sentença condenatória

• O depoimento dos policiais prestado em juízo constitui meio de prova idôneo, podendo embasar a condenação do réu. Assim, por ex., as declarações dos policiais militares responsáveis pela efetivação da prisão em flagrante constituem meio válido de prova para condenação, sobretudo quando colhidas no âmbito do devido processo legal e do contraditório. A defesa pode demonstrar que as testemunhas não gozam de parcialidade, sendo, contudo, ônus seu essa prova (STJ. 5a Turma. HC 395.325/SP). Extração sem prévia autorização judicial de dados e de conversas registradas no WhatsApp

• Sem prévia autorização judicial, são nulas as provas obtidas pela polícia por meio da extração de dados e de conversas registradas no WhatsApp presentes no celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que o aparelho seja apreendido no momento da prisão em flagrante (STJ. 6a Turma. RHC 51.531-RO). • Na ocorrência de autuação de crime em flagrante, ainda que seja dispensável ordem judicial para a

apreensão de telefone celular, as mensagens armazenadas no aparelho estão protegidas pelo sigilo telefônico, que compreende igualmente a transmissão, recepção ou emissão de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza, por meio de telefonia fixa ou móvel ou, ainda, por meio de sistemas de informática e telemática (STJ. 5a Turma. RHC 67.379-RN).

Mesmo sem autorização, polícia pode acessar conversas do WhatsApp da vítima morta

• Não há ilegalidade na perícia de aparelho de telefonia celular pela polícia, sem prévia autorização judicial, na hipótese em que seu proprietário - a vítima - foi morto, tendo o referido telefone sido entregue à autoridade policial por sua esposa (STJ. 6a Turma. RHC 86.076-MT).

Não cabe reclamação por uso indevido de algemas se ato ocorreu por ordem de autoridade judicial

• A apresentação do custodiado algemado à imprensa pelas não afronta o Enunciado 11 da Súmula Vinculante. A SV se refere apenas a situações em que o emprego abusivo da algema decorre de decisão judicial, ou seja, no âmbito de um ato processual. Não abrange hipóteses em que seu uso decorreu de ato administrativo da autoridade policial (STF. 1a Turma. Rcl 7116/PE).

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Utilização de dados bancários fornecidos pelo contribuinte para a Administração Tributária.

• Os dados bancários entregues à autoridade fiscal pela sociedade empresária fiscalizada, após regular intimação e independentemente de prévia autorização judicial, podem ser utilizados para subsidiar a instauração de inquérito policial para apurar suposta prática de crime contra a ordem tributária (STJ. 5a Turma. RHC 66.520-RJ).

Serendipidade

• O fato de elementos indiciários acerca da prática de crime surgirem no decorrer da execução de medida de quebra de sigilo bancário e fiscal determinada para apuração de outros crimes não impede, por si só, que os dados colhidos sejam utilizados para a averiguação da suposta prática daquele delito. Com efeito, pode ocorrer o que se chama de fenômeno da serendipidade, que consiste na descoberta fortuita de delitos que não são objeto da investigação (STJ. 6a Turma. HC 282.096-SP) . Compartilhamento de provas por acordo internacional de cooperação

• Não há ilegalidade na utilização, em processo penal no Brasil, de informações compartilhadas por força de acordo internacional de cooperação em matéria penal e oriundas de quebra de sigilo bancário determinada por autoridade estrangeira, com respaldo no ordenamento jurídico de seu país, para a apuração de outros fatos criminosos lá ocorridos, ainda que não haja prévia autorização de quebra de sigilo pela justiça brasileira. Em outras palavras, o STJ julgou válida a utilização de informações bancárias sigilosas obtidas pela Justiça dos EUA e trazidas para o processo aqui por força do Acordo de Assistência Judiciária em Matéria Penal (MLAT) (STJ. 5a Turma. HC 231.633-PR).

Não há restrição legal ao número de vezes em que se pode renovar interceptação telefônica

• A interceptação telefônica não pode exceder 15 dias. Contudo, pode ser renovada por igual período, não havendo restrição legal ao número de vezes para tal renovação, se comprovada a sua necessidade (STF. 2a Turma. HC 133148/ES).

Tortura cometida contra brasileiro no exterior

• Crime de tortura praticado contra brasileiro no exterior: trata-se de hipótese de extraterritorialidade incondicionada (art. 2o da Lei 9.455⁄97). No Brasil, a competência para julgar será da Justiça Estadual.

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COMPETÊNCIA

Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras (art. 78, CPP):

• No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalece a competência do júri;

• No concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada pena mais grave.

Competência no caso de crimes cometidos contra

agências dos Correios

Agência Própria Competência da Justiça Federal Agência Franqueada Competência da Justiça Estadual Agência Comunitária Competência da Justiça Federal BANCO POSTAL Competência da Justiça Estadual

Mesma regra vale para as lotéricas.

Mesmo que o banco se localize em uma agência dos Correios

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• Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função. Súmula 147, STJ

• O juízo federal competente para processar e julgar acusado de crime de uso de passaporte falso é o do lugar onde o delito se consumou.

Súmula 200, STJ

• Compete à Justiça Federal processar e julgar crime de falso testemunho cometido no processo trabalhista.

Súmula 165, STJ

• Compete à justiça federal processar e julgar prefeito municipal por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal.

Súmula 2018, STJ

• Compete à justiça estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.

Súmula 209, STJ

• Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II,“a”, do Código de Processo Penal.

Súmula 122, STJ

• Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II,“a”, do Código de Processo Penal.

Súmula 528, STJ

• A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.

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Competência da Justiça Federal

Crime de redução à condição análoga à

de escravo

Crime praticado por indígena

Crime praticado contra indígena: será competência da JF quando

o processo versa sobre questões ligadas à cultura, aos direitos sobre suas terras ou na

hipótese de genocídio

Calúnia e difamação praticadas em disputa pela posição de cacique em comunidade indígena

(art. 109, XI, CF/88)

ATENÇÃO! Justiça Federal não julga contravenções

penais.

Usar passaporte estrangeiro falso perante empresa privada: competência da Justiça Estadual.

Utilização de passaporte estrangeiro falso perante a Polícia Federal: competência da Justiça Federal.

Troca, por e-mail, de imagens pornográficas de crianças entre 2 pessoas residentes no Brasil: competência da Justiça Estadual.

Foro por prerrogativa de função não se estende a magistrado aposentado, ainda que o delito tenha ocorrido antes da aposentadoria.

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PRISÃO PREVENTIVA

PRISÃO TEMPORÁRIA

Caberá prisão temporária quando:

1. For imprescindível para as investigações do Inquérito Policial;

2. O indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos para esclarecer sua identidade; 3. Quando houver fundadas razões de autoria ou participação nos seguintes crimes:

Prisão Preventiva Garantia da ordem pública Garantia da ordem econômica Conveniência da instrução criminal Assegurar aplicação da lei penal

Quando houver prova da existência de crime ou indício de autoria

Em caso de descumprimento de obrigações impostas por força de outras medidas cautelares Homicídio Doloso Sequestro ou Cárcere Privado Crimes contra o Sistema Financeiro

Rapto Violento Estupro

Extorsão Mediante Sequestro

Extorsão

Roubo Atentado Violento ao Pudor

Epidemia com Resultado Morte

Quadrilha ou Bando

Genocídio Crimes previstos na Lei de Terrorismo Envenenamento de água

potável/substância alimentícia/medicinal qualificado pela morte

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PRISÃO DOMICILIAR

Recolhimento do indiciado/acusado em sua residência, só podendo ausentar-se com autorização judicial. Caberá quando o agente for:

PRISÃO EM FLAGRANTE Prisão Domiciliar Maior de 80 anos Debilitado por motivo de doença grave

Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 anos

incompletos Imprescindível aos cuidados de pessoa menor de 6 anos ou com deficiência Gestante Mulher com filho de até 12 anos incompletos • A pessoa é flagrada cometendo o crime ou após cometer o crime (nos dois casos, ela se encontra no local dos fatos).

Flagrante próprio ou real

• A pessoa é flagrada após cometer o crime, não estando mais no local dos fatos, mas é perseguida de forma ininterrupta e presa.

Flagrante impróprio ou quase flagrante

• Pessoa é flagrada após cometer o crime, não estando mais no local. Não é perseguida, mas é encontrada com os objetos do crime.

Flagrante presumido ou ficto

ATENÇÃO!

Em crimes permanentes, a situação de flagrância se prolonga pelo tempo

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FIANÇA

• Súm. 145, STF: não há crime (crime impossível) quando a autoridade prepara o flagrante.

Flagrante preparado

• É um flagrante armado (crime impossível). Por exemplo: policial planta drogas no carro do indivíduo.

Flagrante forjado

• Ação lícita, crime possível. Autoridade sabe que o crime vai acontecer e espera o flagrante.

Flagrante esperado

Fiança

Não será concedida

Nos crimes de racismo

Nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes, terrorismo e hediondos

Nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o

Estado Democrático.

Será concedida

Por autoridade policial: caso de infrações com pena privativa de liberdade máxima não superior a 4 anos. Requerida ao juiz: nos demais casos.

O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder, nos seguintes limites:

a) de 1 a 100 salários mínimos, quando for infração com pena privativa de liberdade máxima não superior a 4 anos;

b) de 10 a 200 salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade for superior a 4 anos.

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HABEAS CORPUS

Não é recurso, é ação autônoma de impugnação (tem natureza jurídica de ação, com rito especial). Será concedido sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.

DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

Os crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, cujo processo e julgamento competirão aos juízes de direito, a queixa ou a denúncia será instruída com documentos ou justificação que façam presumir a existência do delito ou com declaração fundamentada da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas.

Espécies de Habeas Corpus

Liberatório/Repressivo

Serve para quando a pessoa já foi privada da liberdade. Há

ordem judicial de reaver o direito de ir e vir.

Preventivo

Serve para quando a pessoa ainda não foi privada de liberdade. Há ordem judicial

de salvo conduto.

SÚMULA 330, do STJ:

É desnecessária a resposta preliminar de que trata o artigo 514 do Código de Processo Penal, na ação penal instruída por inquérito policial.

ART. 514, CPP:

Nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, no prazo de 15 dias.

Referências

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