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Redução de estoques em empresa estatal: aperfeiçoamento de modelo de gestão do estoque com demanda incerta

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Academic year: 2021

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(1)1. José Newton Matos de Oliveira. REDUÇÃO DE ESTOQUES EM EMPRESA ESTATAL: APERFEIÇOAMENTO DE MODELO DE GESTÃO DO ESTOQUE COM DEMANDA INCERTA. Dissertação apresentada ao Departamento de Engenharia da Produção da UFSC, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Engenharia da Produção.. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Departamento de Engenharia da Produção FLORIANÓPOLIS/SC 2002.

(2) 2. José Newton Matos de Oliveira. REDUÇÃO DE ESTOQUES EM EMPRESA ESTATAL: APERFEIÇOAMENTO DE MODELO DE GESTÃO DO ESTOQUE COM DEMANDA INCERTA Esta dissertação foi julgada adequada e aprovada para obtenção do título de Mestre em Engenharia de Produção no Programa de PósGraduação em Engenharia de Produção da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 19 de dezembro de 2002. Edson Pacheco Paladini, Dr. Coordenador do Curso. BANCA EXAMINADORA. ___________________________. _____________________________. Prof. João Carlos Souza, Dr.. Prof. Álvaro Gehlen de Leão, M.Sc.. Universidade Federal de Santa Catarina. Orientador. Universidade Federal de Santa Catarina. Co - orientador. ___________________________. _____________________________. Profª Eunice Passaglia, Drª.. Prof. CarlosTaboada Rodriguez,Ph.D. Universidade Federal de Santa Catarina. Universidade Federal de Santa Catarina.

(3) 3. À minha família, Alessandra, Arthur, Renan e Vanessa, pelo carinho e dedicação em estarem sempre ao meu lado transmitindo incentivo e apoio nas horas de pesquisa e nos momentos de ausência..

(4) 4. Agradecimentos. Ao meu gerente imediato, Eng. º João Newton, pela oportunidade, paciência, liberação e incentivo, principalmente nos momentos mais críticos da pesquisa. Ao amigo Eduardo Nunes, pelas doses de motivação e energia..

(5) 5. Resumo. OLIVEIRA, José Newton Matos de. Redução De Estoques Em Empresa Estatal: Aperfeiçoamento de modelo de gestão do estoque com demanda incerta. 2002. 92p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de PósGraduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.. Existem numerosos motivos pelos quais os estoques estão presentes em um canal de suprimentos. Nos últimos anos a manutenção de estoques tem sido muito criticada e estudada como sendo desnecessária e custosa para as empresas globalizadas.. Existem,. porém,. razões. para. manter. estoques,. relacionadas. diretamente com o nível de serviço oferecido ao cliente ou com as economias de custos derivadas indiretamente deste nível de serviço. Os sistemas operacionais em geral não podem ser projetados para responder imediatamente às exigências dos clientes de produtos e serviços sem que isto ocasione um custo adicional de estocagem. Portanto um balanceamento entre estoques e níveis de serviço assume um papel de relevância nas decisões estratégicas das empresas mundiais. A presente dissertação procura desenvolver um modelo de redução de estoques através de um aperfeiçoamento em um modelo vigente de gestão de estoques com demanda incerta. Objetivando situar o trabalho, uma revisão de literatura é efetuada agrupando os aspectos mais importantes referentes à origem e à evolução da logística tradicional, bem como seus principais conceitos voltados para a gestão de suprimentos. Efetua-se, também, uma revisão sobre estoques, conceitos e técnicas de gestão e modelos mais representativos. Estes estudos. permitiram definir o. contorno ideal do problema, fornecendo subsídios necessários para a elaboração da proposta. Como resultados da aplicação inicial do modelo aperfeiçoado, observa-se uma redução no nível de estoques em valor e quantidade de itens, tendo como ganho adicional uma melhoria no nível de serviço ao usuário e aumento na rotatividade deste estoque.. Palavras-chave : 1. Gestão de estoques. 2. Administração de materiais.

(6) 6. Abstract OLIVEIRA, José Newton Matos de. Redução De Estoques Em Empresa Estatal: Aperfeiçoamento de modelo de gestão do estoque com demanda incerta. 2002. 92p. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de PósGraduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.. There are a variety of reasons why inventories are part of a supply chain. In the last years, the inventory maintenance has been criticized and studied under a point of view as being useless and expensive for globalized companies. Nevertheless, there are lots of reasons to keep inventories, either directly related to the level of service offered to the clients or cost savings as an indirect result of this service level. Normally, the operating systems, generally speaking, cannot be designed to immediately respond the products and services clients' necessities unless additional cost be added to the inventory. Therefore, a balance between inventory and service levels has a relevant paper into the strategic decisions of the companies around the world. This thesis presents a proposal for inventory reduction through the change of the current models of inventory management, using probalistic demand. Concerning this matter, a literature revision has been made, grouping together the most important aspects about the origin and evolution of the traditional logistic as well as the main concepts of the supply management. Also, a revision about inventories management, concepts and techniques of management as well as the most representatives models have been made. This way, the key problem has been pointed up, providing the necessary data to make this proposal. As a result of the initial application of the suggested model, a reduction in inventory levels has been observed, not only in quantities but also in items, bringing to the end user an improvement in service levels as well as an increase in inventory turn rates.. Word-key: 1. administration of I inventory. 2. administration of materials.

(7) 7. Sumário. Lista de Figuras Lista de Tabelas. 1.1 Objetivos do trabalho 1.2 Justificativa do trabalho 1.3 Limites do trabalho 1.4 Estrutura do trabalho. 11 12 13 13 14. 2. A LOGISTICA E O GERÊNCIAMENTO DA CADEIA DE. 15. SUPRIMENTOS 2.1 Surgimento e evolução da logística 2.2 Conceitos de logística 2.3 Custos logísticos 2.3.1 Custo total 2.3.2 Custos individuais 2.4 Fluxos logísticos 2.4.1 Fluxo de informações 2.4.2 Fluxo de materiais 2.5 Supply Chain. 15 19 22 24 23 26 27 27 28. 3. ESTOQUES 3.1 Conceitos de estoques 3.2 Custos associados ao estoque 3.2.1 Custo de pedir 3.2.2 Custo de manter o estoque 3.2.3 Custo total 3.3 Gestão de estoque 3.3.1 Políticas de gestão de estoque 3.4 Técnicas de gestão de estoque 3.4.1 Sistema clássico 3.4.2 Sistema JIT. 29 29 31 31 32 32 32 32 34 34 35. 4. DESCRIÇÃO DA FORMAÇÃO DE ESTOQUES NA UNIDADE DE. 37. NEGÓCIOS DO RIO G. NORTE e CEARÁ. 4.1 Descrição do negócio 4.2 Estrutura de Armazenagem na UN-RNCE 4.2.1 Armazenamento de estoques 4.3 Conceituando os estoques da petrobras 4.3.1 Tipos de estoques 4.3.2 Estoque quanto à sua natureza 4.3.3 Estoque quanto à demanda 4.3.4 Estoque quanto ao valor 4.3.5 Estoques quanto à importância operacional. 38 40 40 41 41 42 42 42 43. 1. INTRODUÇÃO.

(8) 8. 4.4 Classificação gerencial dos estoques 4.4.1 Classificação contábil 4.4.2 Classificação de estoque 4.5 Formação de estoque na UN-RNCE 4.5.1 Itens de demanda incerta 4.5.2 Itens de demanda programada 4.6 Saneamento de estoque 4.7 Processos utilizados para reversão dos estoques inativos alienáveis. 43 43 43 45 45 47 49 51. 5. MODELO VIGENTE DE GESTÃO DO ESTOQUE COM DEMANDA. 54. INCERTA 5.1 Problemas de estocagem e atendimento aos usuários 5.2 Modelo vigente de gestão de estoques com demanda incerta 5.2.1 Procedimento de gestão 5.2.2 Cálculo de parâmetros 5.2.3 Decisão do gestor 5.2.4 Itens de R.A. zerados. 5.3 Resultados obtidos com o modelo atual. 54 57 58 59 61 61 62. 6. PROPOSTA DE APERFEIÇOAMENTO DO MODELO VIGENTE DE. 64. GESTÃO DO ESTOQUE COM DEMANDA INCERTA 6.1 Definição da abordagem e fonte de dados. 6.2 Proposta de resolução do problema 6.3 Implantação do aperfeiçoamento do modelo de ressuprimento automático 6.3.1 Detalhamento dos Passos do Fluxograma de Implantação do aperfeiçoamento do Modelo de Gestão do Estoque com Itens de Demanda Incerta 6.4 Resultados obtidos com a aplicação do aperfeiçoamento do modelo 6.4.1 Acompanhamento dos resultados. 64 65 69 70. 75 76. 7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES. 81. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS. 84.

(9) 9. Lista de figuras. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21. Compensação de custos para obtenção do custo total. A integração logística Sistema clássico de empurrar estoques Exemplos de enfoques de JIT Produção média diária em 2001 de óleo Estrutura funcional da Un-RNCE Evolução do estoque da UN-RNCE Evolução do estoque inativo desde 1997 Fluxograma do processo de saneamento de estoques na UN-RNCE Fluxograma dos focos de atuação da logística reversa Evolução dos itens e valores de R.A. no ano de 2000 Evolução dos itens e valores de R.A. no ano de 2001 Itens de R. A. zerados Ressuprimento automático Memória de cálculo do indicador de R. A. zerado Produção de óleo da UN-RNCE Fluxograma de implementação do novo modelo Evolução dos itens e valores de R.A. no ano de 2002 Evolução dos itens de R.A. zerados no ano de 2002 Evolução do giro do estoque em R.A. no ano de 2002 Evolução do giro do estique na Petrobras. 23 26 34 36 39 39 48 48 50 51 55 56 56 58 62 63 69 76 77 78 80.

(10) 10. Lista de tabelas. Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela 4 Tabela 5. Leilões realizados na UN-RNCE Itens do R. A. –Extrato da lista de materiais ressupridos automaticamente Extrato da lista de materiais ressupridos automaticamente com criticidade Extrato da lista de materiais ressupridos por usuário Extrato da lista estoques por usuário com respostas da definição das criticidades Tabela 6 Extrato da lista de desvios de estoque.. 52 65 66 67 71 72.

(11) 11. 1. INTRODUÇÃO A gestão da capacidade logística de um sistema prestador de serviços é um dos principais desafios gerenciais das próximas décadas. Para muitos especialistas em temas de serviços e produtos, a forma como a capacidade de gestão de uma empresa é questionada pode determinar se o negócio é rentável ou não. Desde que o homem abandonou a economia extrativista, e deu início às atividades produtivas organizadas, surgiram três das mais importantes funções logísticas, ou seja, estoque, armazenagem e transporte. O excesso de produção não trocado vira estoque. O estoque necessita ser armazenado. Para usar este estoque em futuras negociações, este necessita ser transportado para outro local de consumo. Enfim, a função logística e seu surgimento se confunde com a origem da atividade econômica organizada da humanidade. Pode-se concluir então que a logística, mesmo sendo uma das atividades econômicas mais antigas, é um dos conceitos gerenciais mais modernos (LIMA, 2000). O que vem fazendo da logística um dos conceitos gerenciais mais modernos são dois conjuntos de mudanças: o primeiro de origem econômica, e o segundo com origem no desenvolvimento da tecnologia. A evolução da economia cria nova exigência competitiva, ao passo que as evoluções tecnológicas tornam possível o gerenciamento eficiente e eficaz de operações logísticas mais complexas. Quando as exigências competitivas eram menores, os ciclos dos produtos eram mais longos e a incerteza era mais controlável, fazia sentido uma empresa focar esforços em lucratividade através de uma gestão de atividades isoladas como.

(12) 12. compras, armazenagem, transportes, fabricação e distribuição. Estas funções eram executadas por setores especializados, cujo desempenho era medido por indicadores como compras ao menor preço, custo de transportes mais baixos e menores estoques (FIGUEIREDO, 1998). Com os mercados mais globalizados e mais dinâmicos, os usuários estão cada vez mais exigentes. Para satisfazê-los, proliferam-se cada vez mais, linhas e modelos de produtos com ciclos de vida mais curtos e com locais de consumo os mais diversos. Globalização significa, entre outras coisas, comprar e vender em diversos lugares ao redor do mundo. As implicações desse fenômeno para a logística são várias e importantes: aumentam o número de usuários e os pontos de vendas, crescem o número de fornecedores e os locais de fornecimento, aumentam as distâncias a serem percorridas e a complexidade operacional, envolvendo legislações diversas, culturas, armazenagens e modais de transportes. Esta complexidade logística se transforma em verdadeiro martírio para os gestores navegarem em busca de ótimos serviços versus menores custos totais. A incerteza econômica veio como conseqüência da globalização. A crescente troca de bens e serviços entre nações aumentou substancialmente a interligação e a volatilidade econômica. Mudanças ou crises nacionais tem reflexo regional e imediato, tendendo a se espalhar numa escala mundial. Para a logística, que precisa atuar antecipando-se à demanda, produzindo e colocando o produto certo no local correto, no momento adequado e ao preço justo, o aumento da incerteza econômica cria grandes dificuldades para a previsão de vendas e o planejamento de atividades (LIMA, 2000). Em seu conjunto, esse grupo de mudanças econômicas e tecnológicas vem transformando a visão empresarial sobre logística, que passou a ser vista não mais como uma simples atividade operacional, um centro de custos, mas como uma atividade estratégica, uma ferramenta gerencial, uma fonte potencial de vantagem competitiva.. 1.1 Objetivos do Trabalho Este trabalho tem como objetivo o aperfeiçoamento do modelo de gestão de estoques vigente na unidade de negócios do Rio Grande do Norte e Ceará (UN –.

(13) 13. RNCE), com a finalidade de conseguir redução de estoques e aumento do nível de serviço ao usuário.. 1.2. Justificativa do Trabalho Redução de estoques é uma meta perseguida dentro da unidade de negócios da UN – RNCE. Esta meta está alinhada com a política de alavancar recursos para investir na atividade fim da Petrobras que é a produção de óleo e derivados. Certamente, nesse processo, é perseguida uma taxa de retorno atrativa em face do investimento realizado; logo, a redução de capital empatado na forma de estoques se torna necessária e oportuna. Como parte integrante deste processo, a gerência de armazenagem deve adotar as melhores práticas logísticas de gerenciar o estoque, promovendo um menor custo logístico possível para que este capital imobilizado seja o estritamente necessário ao processo produtivo. Nessa justificativa deve-se lembrar Novaes (2000) onde o mesmo trata de investimento. de. capitais:. “Dessa forma, podemos considerar que há sempre um custo do dinheiro quando investimos em algum bem durável. Este custo do capital é derivado do fato de não se ter o dinheiro disponível para outra aplicação alternativa rentável. Este custo implícito, que deve ser considerado mesmo quanto utilizamos recursos próprios, é denominado de custo de oportunidade do capital”.. 1.3. Limites do Trabalho Devido a uma variedade de fatores que contribuem para a formação de estoques na UN - RNCE, não se tem uma só ferramenta eficaz para combate à formação indevida e indesejável de estoque. Decidiu-se, então, focar os estudos para a redução na formação do estoque de demanda incerta na Unidade de negócios do Rio Grande do Norte (UN-RNCE), que é feito com uso de um cálculo estatístico chamado ressuprimento automático..

(14) 14. 1.4 Estrutura do Trabalho. O capítulo primeiro apresenta uma visão geral da dissertação, iniciando com uma breve história da logística e apresentando, no final, a estrutura do trabalho.. A revisão de literatura da logística tradicional é abordada no capítulo segundo, com foco nos conceitos teóricos mais pertinentes para os objetivos do trabalho. Observa-se também neste capítulo, toda a evolução da logística desde o seu surgimento até os conceitos mais atuais e relevantes.. O terceiro capítulo apresenta uma abordagem sobre estoques, conceitos e gestão e principais políticas, com foco nos pontos teóricos alinhados com os objetivos do trabalho. Este fundamento teórico auxiliará na tomada de decisão sobre a resolução do problema proposto.. Apresenta-se a ambiência do problema no quarto capítulo, descrevendo o modelo de estocagem vigente na unidade de negócios da UN – RNCE, apresentando dados de evolução de estoques e métodos de saneamento destes estoques. Encerra-se este capítulo com. constatações iniciais sobre o problema,. escolha da solução mais adequada para a resolução do mesmo e os limites de abordagem.. O capítulo cinco apresenta o problema a ser resolvido, iniciando com os problemas que o atual modelo de estocagem dos itens de demanda incerta está acarretando. Em seguida faz-se uma apresentação técnica do modelo vigente e seus resultados, com breve comentário destes.. A aplicação da solução ao problema é a temática do sexto capítulo, onde se aborda o aperfeiçoamento do modelo vigente para a redução de estoques, suas fontes de dados, fluxogramas com os passos da solução e, por final, seus resultados e constatações.. Por fim, o capítulo sete apresenta as conclusões e recomendações do trabalho e sugestões com o objetivo de estimular trabalhos subseqüentes..

(15) 15. 2. A LOGISTICA E O GERÊNCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Neste segundo capítulo, aborda-se, inicialmente, a evolução histórica da logística mundial, desde o início do século vinte até os tempos atuais; em seguida, trata-se da apresentação do conceito de logística sob o foco dos principais estudiosos do assunto e apresenta-se os principais custos logísticos com destaque para os custos totais e seus componentes dentro de uma cadeia de suprimentos voltada para a armazenagem e atendimento ao cliente. Fluxos logísticos são tratados logo após, onde se ressalta a necessidade de conhecimento dos fluxos de materiais e serviços como parte essencial da logística integrada; e, finalmente, como fechamento deste capítulo, tem-se uma síntese preliminar do conceito de Supply chain management e estoques, representando uma visão de integração entre os processos e empresas ao longo de uma cadeia de suprimentos. 2.1 Surgimento e Evolução da Logística. Nos tempos atuais, a logística é considerada uma atividade reconhecidamente agregadora ao desempenho empresarial, e apontada como o fator diferencial na competitividade mundial. Mas este cenário já foi muito diferente à aproximadamente trinta anos atrás quando, antes da década de 1950, não havia um conceito formal de logística ou qualquer outra teoria sobre logística integrada..

(16) 16. Ballou (1993), traça um roteiro de desenvolvimento histórico da logística empresarial desmembrando esta evolução em três épocas: antes de 1950, 19501970, e após 1970.. “Até cerca de 1950, o campo permanecia em estado de dormência. Não existia nenhuma filosofia dominante para guiálo. As empresas fragmentavam a administração de atividadechave em logística. Ou seja, o transporte era encontrado sob o comando. gerencial. da. produção;. os. estoques. eram. responsabilidade de marketing, finanças ou produção; e o processamento de pedidos era controlado por finanças ou vendas”.. Estes modelos geralmente resultavam em conflitos de administração onde não se observavam os sequenciamentos de atividades e otimizações de recursos da companhia. Com o advento da segunda guerra mundial, muitos conceitos logísticos foram utilizados e desenvolvidos pelos exércitos, tendo este exemplo de exercício de logística influenciado as empresas comerciais por volta dos anos 40 onde algumas empresas já adotavam o modelo de agrupamento das atividades de transporte e armazenagem sob o comando de um único gerente. Este período pós-guerra caracterizou-se como um período de rápido crescimento da economia dos EUA que, devido à demanda reprimida dos anos de depressão, e posição dominante no mercado mundial, possibilitava vender com lucros altos e ineficiências no processo logístico não eram relevantes. Continuando sua análise histórica da logística, Ballou (1993) caracterizou o período de 1950-1970 como o período de desenvolvimento, quando, entre os anos 50 e 60, observou-se um ambiente propício para inovações nos campos administrativos onde as empresas comerciais recebiam orientações de marketing oriundas de instituições educacionais. Neste período, a compra e a venda estavam no topo das preferencias gerenciais ficando a distribuição física dos produtos relevados a um segundo plano. Ballou (1993) observa, porém que neste período Peter Drucker (1962), escritor e consultor.

(17) 17. de administração de empresas, chamava as atividades de distribuição como “as áreas de negócios infelizmente mais desprezadas e mais promissoras na América”. Para Bowersox (2001) fez-se necessária à combinação de três fatores para que as empresas adotassem uma posição de logística integrada pós 1950: pressão pelo aumento de lucros, desenvolvimento da tecnologia e estudos mais aprofundados sobre custos de estoques. Para Ballou (1993), houve quatro condições chave para o desenvolvimento da logística empresarial no período de 1950 – 1970:. “As condições econômicas e tecnológicas eram tais que também encorajaram o desenvolvimento da disciplina. Quatro condições-chave foram identificadas: 1. Alterações nos padrões e atitudes da demanda dos consumidores; 2. Pressão por custos nas industrias; 3. Avanços na tecnologia de computadores; 4. Influências do trato com a logística militar “.. A partir de 1970, a logística empresarial já estava inscrita no campo da administração das empresas, seus princípios básicos estavam estabelecidos e as empresas já começavam a colher os primeiros frutos de uma gestão integrada de logística. Segundo Ballou (1993), fatores econômicos foram fundamentais para a maturação da logística pós 70. Destacam-se alguns fatores, como o embargo petrolífero de 1973, e, nos anos seguintes, a súbita elevação nos preços do petróleo praticados pela organização dos países produtores de petróleo (OPEP). Eventos desta natureza provocaram imediato desaquecimento do mercado mundial, tendo com conseqüências imediatas, o aumento da inflação e a queda da produtividade nas industrias. Como reação, as empresas passaram a melhor administrar seus suprimentos, aumentar o controle de custos, produtividade e qualidade dos seus produtos para enfrentar melhor a concorrência dos produtos importados. O aumento nos preços do petróleo, segundo Ballou (1993), afetaram também os custos de transportes com aumentos na faixa de 2 a 4% acima do custo de vida..

(18) 18. Mesmo com o momento econômico global totalmente propício ao florescimento da logística integrada, alguns obstáculos, ainda persistiam como discorre Bowersox (2001):. “A falta de atenção dada à logística durante a evolução do conceito pode ser atribuída a três importantes fatores. Primeiro, antes da grande difusão dos computadores e de técnicas quantitativas, não havia motivo para se acreditar que as funções logísticas pudessem ser integradas ou que essa integração de funções pudesse aprimorar o desempenho total”.. Este obstáculo veio a ser vencido após o desenvolvimento de aplicativos de computador em amparo ao desenvolvimento de funções logísticas específicas, como a automatização do processamento de pedidos, previsões e controle de estoques, maior controle de custos de transporte, entre outras funções. Continuando com os obstáculos apresentados por Bowersox (2001):. “A combinação entre tecnologia e pressão econômica, na década de 50, resultou numa transformação na prática logística que continua até hoje. No entanto, as tentativas no sentido de desenvolver. um. gerenciamento. integrado. da. logística. enfrentaram uma oposição significativa em diversas empresas. Os executivos responsáveis por funções específicas, como transporte. ou. compras,. normalmente. desconfiavam. de. mudanças organizacionais consideradas essenciais para a implementação dos processos mais amplos da logística”.. Observa-se neste obstáculo a eterna resistência à mudança de cultura dentro dos meios empresariais, onde os gerentes eram avaliados por desempenhos individuais com foco somente nas tarefas circunvizinhas ao seu processo, sem a integração de processos para avaliação do resultado global. Exemplificando segundo Bowersox (2001):.

(19) 19. “Os. gerentes. de. transportes,. eram. tradicionalmente. avaliados pelos gastos de transportes na forma de um percentual das vendas. De acordo com a contabilidade tradicional, um gasto mais elevado com transporte podia ser visto como uma deterioração da gerência de transporte”.. E, finalmente, Bowersox (2001) discorre sobre o terceiro obstáculo do desenvolvimento da logística integrada citando a dificuldade eterna de quantificar o retorno para o empresário quando da implementação das práticas de uma logística integrada na empresa pois, muitas vezes, os procedimentos tradicionais de contabilidade não habilitavam o empresário entender o real custo do estoque. Para Bowersox (2001), a logística sofreu um reaquecimento no pós anos 80 para os anos 90 onde ocorreram mudanças significativas:. “Durante a década de 80 e no início dos anos 90, a prática logística passou por um renascimento que envolveu mais mudanças do que aquelas ocorridas em todas as décadas juntas desde a revolução industrial. Os mais importantes mecanismos propulsores dessas mudanças foram: 1. Uma mudança significativa nas regulamentações; 2. A comercialização do microcomputador; 3. A revolução da informação; 4. A adoção, em grande escala, dos movimentos da qualidade; 5. O desenvolvimento de parcerias e alianças estratégicas “.. 2.2 Conceitos de Logística É fato que a logística tornou-se, nas ultimas décadas, uma disciplina obrigatória nos meios acadêmicos, empresariais e governamentais estando, de forma crescente, se revelando como uma das ultimas fronteiras a ser explorada para obtenção de reduções de custos empresariais no mundo globalizado atual..

(20) 20. Siebra (2000), em sua dissertação, apresenta de modo muito claro esta percepção de logística como arma competitiva:. “Na década de 80 a logística foi identificada como elemento de diferenciação, ou a última barreira gerencial a ser explorada, o ponto nevrálgico das empresas na busca de uma vantagem competitiva sustentável. Ou seja, todas as melhorias da produção pareciam implantadas, era a hora de otimizar os custos da logística que ‘envolve a operação da cadeia de suprimento e dos relacionamentos entre as empresas”.. Mas afinal o que se entende quando a palavra logística é mencionada? Qual o conceito geral mais completo para esta ciência inovadora e desafiante, quais os seus desdobramentos em conceitos complementares mais significativos? Ballou (1993), define a logística como um fluxo de produtos e serviços, desde a entrada da matéria prima na empresa produtora até a entrega do produto final ao consumidor: “A logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos a partir do ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos usuários a um custo razoável”.. Ballou (1993), além de conceituar, atribui missões à logística, enfatizando um alto nível de serviço ao usuário adequado a um baixo custo operacional:. “Logística empresarial tem como objetivo prover o usuário com os níveis de serviços desejados. A meta de nível de serviço logístico é providenciar bens ou serviços corretos, no lugar certo, no tempo exato e na condição desejada ao menor custo possível”..

(21) 21. Dornier et al (2000), conceituam logística como gestão de fluxos de produtos expandindo a todas as formas de movimentos com produtos ou informações:. “Logística é a gestão de fluxos entre funções de negócio. Tradicionalmente, as companhias incluíam a simples entrada de matérias–primas ou o fluxo de saída de produtos acabados em sua definição de logística. Hoje, no entanto, essa definição expandiu-se e inclui todas as formas de movimentos de produtos e informações”.. Bowersox (2001) traz uma interessante definição de logística e sua missão, onde enfoca sua constante atuação no mercado, e sua dinâmica em sempre se desenvolver, mutar-se de acordo com os desdobramentos econômicos mundiais, trazendo uma idéia de integração das atividades empresariais:. “A logística é singular: nunca para! Está ocorrendo em todo o mundo, 24 horas por dia, sete dias por semana, durante 52 semanas por ano“. “Logística envolve a integração de informações, transporte, estoque,. armazenamento,. manuseio. de. material. e. embalagem”. “A. responsabilidade. operacional. da. logística. é. a. disponibilização geográfica de matéria-prima, produtos em elaboração e acabados onde requerido, ao menor custo possível”. “Gerenciamento logístico inclui concepção e administração de sistemas para controlar o fluxo de materiais, do processo produtivo, e do estoque de produtos acabados, com o objetivo de suportar a estratégia empresarial”.. Christopher (1999) conceitua a logística com foco na vantagem competitiva que as empresas obtêm sobre sua concorrência através da prática da gerência logística nos seus processos produtivos:.

(22) 22. “A logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura do atendimento dos pedidos a baixo custo”.. Como se pode observar nos conceitos apresentados, todos convergem para pontos comuns onde podemos ressaltar características inerentes da conceituação da logística, tais como: forte preocupação com integração de atividades, fluxo de materiais e informações, disponibilização de materiais no tempo e no local solicitado pelo usuário e níveis de serviços cada vez mais de acordo com as expectativas dos usuários, culminando todas estas ações em um baixo custo operacional total. 2.3. Custos Logísticos Durante a evolução da implementação da logística as empresas depararam-se com dois problemas básicos relativos à magnitude dos custos logísticos: como alocar e como mensurar estes custos. Para se entender melhor o que vem a ser estes custos logísticos, devem ser observados os conceitos de custos mais usados na logística, iniciando com o pensamento do Ballou (1993) do que vêm a ser uma compensação de custos sob a visão da logística:. “O Conceito de compensação de custos reconhece que os modelos de custos das várias atividades da firma por vezes exibem características que colocam essas atividades em conflito econômico entre si”.. Baseado na figura 1 podem ser tiradas algumas conclusões acerca do conceito de compensação de custos: •. A medida em que se aumenta o número de armazéns, o custo. de transporte de produtos diminui, devido a menor distância de entrega dos produtos aos usuários..

(23) 23. •. Por outro lado, a medida em que se aumenta o número de. armazéns, os custos com pedidos aumentam, devido a uma maior pulverização de pedidos. •. Outrossim, a medida em que se aumenta o número de. armazéns, os custos com estoques aumentam, porque mais estoque será necessário para manter o nível de disponibilidade dos produtos.. Figura 1: Compensação de custos para obtenção do custo total. Fonte: BALLOU, (1993), p.44.. Lima (2000) na sua visão gerencial do custo total e seus conflitos ressalta as dificuldades para o novo gerente em conseguir o balanceamento dos custos individuais de uma empresa: “Um dos principais desafios da logística moderna é conseguir gerenciar a relação entre custo e nível de serviço (trade-off). O maior obstáculo é que cada vez mais os usuários estão exigindo melhores níveis de serviço, mas ao mesmo tempo não estão dispostos a pagar mais por isto”.. Para decidir o melhor ponto de trabalho para a empresa, o gerente deve administrar todos estes conflitos econômicos mencionados acima, efetuando um balanceamento dos custos individuais do processo, objetivando um menor custo total..

(24) 24. 2.3.1. Custo Total. Segundo Ballou (1993), os conceitos de custos de compensação e custo total representam na essência a mesma coisa, sendo composto pela soma dos custos individuais, cujos comportamentos são conflitantes. A sua análise deve ser feita através do desempenho da curva de custo total em apresentar um ponto ótimo de balanceamento dos custos individuais, conforme mostrado na figura 1. Bowersox. (2001). nos. mostra. claramente. as. diversas. dificuldades. do. entendimento do custo total e sua aplicabilidade: “O Custo total foi conceituado como o custo que inclui todos os gastos necessários para executar as exigências logísticas” “A dificuldade para aplicar o conceito origina-se no fato de que a relação entre o custo logístico e um melhor desempenho não é diretamente proporcional” “A chave para alcançar a excelência logística é dominar a arte. de. combinar. competência. com. expectativas. e. necessidades básicas dos usuários. Esse compromisso com o usuário é a base para a formulação de uma estratégia logística”.. 2.3.2. Custos Individuais. Para entendimento mais amplo sobre a composição do custo total, se faz necessária uma explanação do que vem a ser alguns custos individuais e principais de uma empresa com gerenciamento voltado para a logística. •. Custo de transporte – Bowersox (2001) sintetiza o que vem a ser. este custo logístico: “O custo de transporte é o pagamento pela movimentação entre dois pontos geográficos e as despesas relacionadas com o gerenciamento e a manutenção do estoque em trânsito. Os sistemas logísticos devem ser projetados para utilizar o tipo de transporte que minimize o custo total do sistema”..

(25) 25. •. Custo de processamento de pedidos – Ou como Ching (1999). muito bem enfatiza, custo de pedidos representa todos os valores envolvidos no processo de aquisição da mercadoria: “Incluem os custos fixos administrativos associados ao processo de aquisição das quantidades requeridas para reposição do estoque – custo de preencher pedido de compra, processar o serviço burocrático, na contabilidade e no almoxarifado, e de receber o pedido e verificação contra a nota e a quantidade física”. •. Custo de manutenção de estoque – Recorre-se novamente a. Bowersox (2001) para entendimento deste custo logístico que representa aproximadamente 37% do custo logístico total de uma industria média: “O custo de manutenção de estoque é o custo incorrido para manter o estoque disponível” · Ching (1999) aborda este custo salientando não só os valores necessários para manter os estoques como também os custos de imobilização de capital:. “Estão associados a todos os custos necessários para manter certa quantidade de mercadorias por um período. São geralmente definidos em termos monetários por período. Os custos de manter incluem componentes como custos de armazenagem, seguro, deterioração e obsolescência e custo de oportunidade de empregar dinheiro em estoque (que poderia ser empregado em outros investimentos de igual risco fora da empresa)”. •. Custo de armazenagem – Este custo representa todos os. valores dispendidos com o estoque durante o período que o mesmo ficou preservado em armazenagens..

(26) 26. 2.4. Fluxos Logísticos Para conhecimento pleno sobre fluxos logísticos, inicialmente deve ser entendido o conceito de logística integrada. Segundo Bowersox (2001), a logística integrada funciona como um vínculo entre a empresa, seus usuários e fornecedores, onde todas as informações de necessidades recebidas dos usuários são processadas em diversos segmentos de vendas, compras e pedidos dentro da empresa, gerando um segundo fluxo ou fluxo de bens, que resultará no produto acabado ao usuário. Bowersox (2001) ilustra todo este conceito com a figura 2:. Figura 2: A integração logística Fonte: BOWERSOX et al, D., (2001), p 44.. Conforme se observa na figura 2, Bowersox (2001) caracteriza como fundamentais na logística integrada dois fluxos logísticos: fluxo de materiais e fluxo de informações. Estes fluxos são responsáveis por toda a garantia de atendimento das metas de uma empresa e podem ser perfeitamente adaptados a qualquer tipo de empresa seja ela pública ou privada. Para sedimentar este conceito, os fluxos logísticos mencionados na figura 2 serão detalhados a seguir:.

(27) 27. 2.4.1 Fluxo de Informações Segundo Bowersox (2001), o fluxo de informações age diretamente dentro do processamento logístico da empresa, tendo como objetivo principal a especificação das necessidades dos usuários, iniciando um planejamento e execução das operações logísticas integradas. Este fluxo de informação desdobra-se em dois tipos de subfluxos: •. Fluxo de planejamento e coordenação que se subdivide em: objetivos estratégicos, limitações de capacidade, necessidades logísticas, posicionamento de estoque, necessidades de fabricação, necessidade de suprimento e projeções;. •. Fluxo operacional que se subdivide em: gerenciamento de pedidos, processamento de pedidos, operações de distribuição, transporte e expedição e suprimento.. Juntos estes fluxos fornecem informações relacionadas com o planejamento de todas as atividades logísticas da empresa, levando as necessidades dos usuários e iniciando o fluxo de materiais.. 2.4.2 Fluxo de Materiais As operações logísticas têm início com a expedição inicial de materiais ou componentes por um fornecedor, e terminam quando um produto fabricado ou processado é entregue ao usuário. Logo, o gerenciamento operacional da logística abrange a movimentação, armazenagem e entrega dos produtos aos usuários. Segundo Bowersox (2001), pode-se dizer que o fluxo de materiais de uma empresa está diretamente relacionado a três áreas distintas: Distribuição física, Apoio à manufatura e suprimento. A combinação destas três áreas propicia o gerenciamento integrado da movimentação de materiais e produtos entre as instalações, a partir das fontes de suprimento, para o atendimento final aos usuários. Como conclusão ao processo de logística integrada e atendimento às necessidades dos usuários, deve-se recorrer à síntese de Bowersox (2001) sobre a cadeia logística onde o mesmo conceitua que a cadeia de suprimento fornece a estrutura necessária para a empresa e seus fornecedores, juntos, levarem bens, serviços e informação de forma eficiente ao consumidor final..

(28) 28. 2.5 Supply Chain Management Em uma síntese rápida e preliminar, o conceito de Supply Chain Management representa uma visão de integração entre funções e entre empresas ao longo da cadeia. Analisando com mais profundidade, o conceito de Supply Chain Management surgiu em face da necessidade de os fabricantes gerenciarem e acompanharem o movimento de produtos, serviços e informações do ponto de início de lançamento dos produtos até o consumidor final. Empresas que trabalhavam de forma extremamente burocratizadas perceberam que firmas especializadas poderiam desenvolver melhor certas atividades, em qualidade e custo, do que elas próprias. A estratégia mudou da auto-suficiência, com controle total sobre todas as atividades, para a coordenação das firmas envolvidas na cadeia de suprimentos.. Enquanto a Logística Integrada representa uma integração interna de atividades, o Supply Chain Management representa sua integração externa, pois suas atividades abrangem os fornecedores e o usuário final. Porém, este conceito é ainda muito mais abrangente, não se limitando à simples extensão da logística integrada, uma vez que trata do fluxo de materiais e informações dentro (integração das diferentes funções) e fora (estabelecimento de alianças estratégicas) das empresas. Bowersox (2001) estabelece que um arranjo diferenciado da cadeia de suprimento envolve participantes de duas ordens: primários e especializados. Os participantes primários são as empresas que detêm a maior parte dos ativos do negócio e assumem outros aspectos significativos do risco financeiro como, por exemplo, fabricantes, atacadistas e varejistas. Por outro lado, os participantes ditos especializados remuneração,. desenvolvem limitando,. serviços. portanto,. seu. essenciais risco. no. para. os. negócio. primários a. contra. exemplo. de. transportadores, armazenadores, montadores, seguradores e consultores. A cadeia de suprimento fornece a estrutura necessária para a empresa e seus fornecedores, juntos, levarem bens, serviços e informação de forma eficiente ao consumidor final..

(29) 29. 3. ESTOQUES A temática deste terceiro capítulo são os estoques. Inicialmente trata-se de apresentar. os. diversos. conceitos. de. estoques. extraídos. de. literaturas. especializadas, para, em seqüência, apresentar seus custos, suas políticas e os tipos de gestão mais comuns na literatura. Finalizando o capítulo, apresenta-se técnicas de gestão de estoque tradicionais e uma visão diferente através de seu contraponto. 3.1. Conceitos de Estoques. A armazenagem de mercadorias prevendo uso futuro exige sempre investimento por parte da empresa. O ideal seria uma perfeita sincronização entre a produção e a saída do produto, tipo produção por encomenda, de maneira a tornar a manutenção de estoque desnecessária. Segundo Ballou (1993), estoques funcionam como agentes amortecedores entre o suprimento e as necessidades de produção. São benéficos ao sistema produtivo porque garantem maior disponibilidade de componentes para a linha de produção, diminuem a administração sobre esta disponibilidade e podem reduzir tempos de transporte. Quando estes amortecedores são utilizados no processo produtivo, critérios de controle de estoque são determinantes para a manutenção do menor custo total. Estes critérios devem ser calculados de maneira que as necessidades de produção sejam atendidas no lugar certo e no instante certo, providenciando o movimento de materiais ao custo mínimo relativo ao nível de serviço pretendido. O.

(30) 30. suprimento deve ser administrado através da escolha correta da localização das fontes de abastecimento, dos modais de transporte utilizados, do nível de estoque mantido e dos meios pelos quais as ordens de compra são processadas e transmitidas considerando sempre o valor investido em conjunto com outros recursos logísticos para obtenção do menor custo total.. Os estoques podem ser identificados dentro de um processo produtivo pelas suas funções e os seus tipos. Segundo Bowersox (2001), pode-se identificar quatro funções básicas do estoque em uma empresa: •. Especialização geográfica. Agrega valor para uma empresa formar estoques quando este é produzido em menor custo em uma determinada região devido a especialidades inerentes a esta.. •. Estoques intermediários. Quando o processo produtivo exige amortecedores de produtos não acabados entre setores de produção, os estoques intermediários agem no sentido de possibilitar a produção do produto final de forma contínua.. •. Equilíbrio entre Suprimento e Demanda. Quando o consumo do produto final difere em tempo da produção deste produto, as empresas são obrigadas a formar estoques. Um exemplo deste estoque seria os produtos de consumo sazonal.. •. Estoques de segurança. Estes estoques agem como diluidores de incertezas, quer na demanda, quer no suprimento. Planejamentos mais eficazes diminuem este estoque.. Segundo Dias (1996), os principais tipos de estoques encontrados dentro de uma empresa são: •. Estoques de matérias primas. Toda empresa tem estoque de matéria prima de algum tipo; seu volume depende do tempo de reposição que a empresa leva para receber seus pedidos.. •. Estoque de produtos em processo. São os estoques em estágios intermediários de um processo contínuo..

(31) 31. •. Estoques de produtos acabados. Produtos finalizados, mas que ainda não foram vendidos. O nível deste estoque depende diretamente do tipo de produto e demanda.. •. Estoques de peças de manutenção. Segue-se com o mesmo raciocínio do estoque de matérias-primas; as peças de manutenção são importantes para evitar a parada operacional dos equipamentos.. Outro conceito referente a. estoques que será utilizado nesta dissertação é o. conceito de rotatividade de estoque em uma empresa. Para entendimento deste conceito referenda-se Dias (1996) onde o mesmo explana o seguinte:. “A rotatividade ou giro do estoque é uma relação existente entre o consumo anual e o estoque médio do produto. A rotatividade é expressa no inverso de unidades de tempo ou em vezes, isto é, vezes por dia, ou por mês, ou por ano”.. Exemplificando tem-se que: em um estoque médio de 100 unidades, com um consumo de 800 unidades ao ano, o giro seria de 8 vezes ao ano. Rotatividade=800/100 = 8. 3.2. Custos associados estoques. Segundo Ching (2001), os custos associados aos investimentos em estoques podem ser divididos em três categorias: • Custo de pedir • Custos de manter estoque • Custo total 3.2.1. Custo de pedir Representa os custos fixos administrativos associados ao processo de aquisição do estoque. Incluem-se os custos de pedidos de compra, inspeções de recebimento, e demais custos burocráticos de um armazém..

(32) 32. 3.2.2. Custos de manter o estoque Representa os custos de armazenagem, seguros, preservação e obsolescência do material estocado e o custo de oportunidade de se empregar o dinheiro gasto em estoque em outros investimentos.. 3.2.3. Custo total Representa o somatório dos custos de pedir e manter o estoque ao longo de um período.. 3.3. Gestão do Estoque. A gestão de estoques é considerada por muitos como a base para o gerenciamento da cadeia de suprimentos. Esta gestão, vista sob uma perspectiva integrada com outras atividades do processo logístico, ainda é um tema pouco explorado na literatura mundial. Segundo Wanke (2000), a definição de uma política de estoques em uma empresa depende de definições claras para quatro questões fundamentais: (1) quanto pedir, (2) quando pedir, (3) quanto manter em estoques de segurança e (4) onde localizar. Logo, um bom planejamento de gestão de estoques consistirá na determinação dos valores que o estoque terá com o correr do tempo, bem como na determinação dos pontos de pedidos de material, associado a um bom controle dos registros de dados correspondentes aos planejados, aliado com uma perfeita retroalimentação dos dados obtidos, afim de constatar desvios de planejamento para determinar suas causas fundamentais.. 3.3.1 Políticas de Gestão de Estoque. Segundo Bowersox (2001), o gerenciamento de estoques é um processo integrado onde são obedecidas políticas da empresa e da cadeia de valor em relação aos estoques. Estas políticas podem ser divididas em três tipos de abordagens..

(33) 33. •. Abordagem reativa – O sistema reativo de estoque responde às necessidades de controle de estoques de uma empresa ao longo do canal de distribuição. Os pedidos de ressuprimento são emitidos quando o estoque disponível cai abaixo de um mínimo predeterminado. A quantidade pedida é geralmente baseada em algum cálculo de lote, embora possa ser uma quantidade variável, em função dos níveis de estoques do momento e de um nível mínimo predeterminado.. •. Abordagem de planejamento – Os métodos de planejamento de estoques usam bases de dados comuns para coordenar necessidades de estoques nos diversos locais ou elos da cadeia de agregação de valor. O planejamento pode ocorrer no depósito da fábrica para coordenar a vinculação e a entrega dos estoques em diversos centros de distribuição, ou para coordenar as necessidades de estoques entre diversas empresas de um canal de distribuição. Dois métodos de planejamento de estoque são destacados: Rateio de estoque onde mediante as regras de rateio, o encarregado do planejamento dos estoques determina a quantidade de produtos que pode ser destinada a cada centro de distribuição, com base nos estoques disponíveis na fábrica. O outro método seria o planejamento das necessidades que leva em conta os diversos estágios de distribuição e as características de cada estágio. Este método é baseado na demanda dos clientes, a qual não é controlada pela empresa. Estas incertezas das demandas dos clientes determina os níveis necessários de estoque.. •. Abordagem híbrida – Um sistema combinado de gerenciamento de estoques pode ser usado para contornar alguns dos problemas inerentes a qualquer método, de planejamento ou reativo. Este sistema adaptado de gerenciamento híbrido combina os princípios reativos e de planejamento de estoques. O princípio de um sistema adaptável reside no fato de que a demanda dos clientes deve ser tratada geralmente como independentes. No entanto, há algumas situações de canais de distribuição em que essa demanda pode ser tratada como dependente. A característica principal de um sistema adaptável de gerenciamento de estoque é o fato de que ele muda à medida em que as condições se alteram. Um sistema adaptável.

(34) 34. de gerenciamento de estoques deve ajustar-se aos locais e às datas, alterando-se em conformidade com os locais e as épocas do ano. 3.4. Técnicas de Gestão do Estoque. Após leitura de Bowersox (2001) e Ching (2001) verificou-se a preponderância de duas técnicas de gestão de estoques utilizadas nas empresas atuais a este sistema. •. Sistema clássico de empurrar o estoque. •. Sistema JIT (Just in time ) de puxar o estoque. 3.4.1 Sistema clássico. Conforme demonstrado na figura 3 abaixo, este é o sistema clássico de estocagem, comumente conhecido como método de empurrar estoque. O fluxo de material é empurrado ao longo do processo pela fábrica até a distribuição, para suprir clientes. A medida que os pedidos dos clientes chegam, eles são atendidos com os produtos acabados estocados nos depósitos. Para repor os estoques nos depósitos, a fábrica produz contra a previsão de vendas (necessidades esperadas) e não contra a demanda atual ou do depósito. Este enfoque é vantajoso quando os lotes econômicos de produção ou compra são superiores aos necessários a curto prazo, o que nem sempre ocorre.. Figura 3: Sistema clássico de empurrar estoques Fonte: Ching, H. Y., Gestão de Estoques na cadeia de logística ,2001..

(35) 35. A seguir serão mostrados alguns usos e métodos de empurrar estoque. •. Estoque para a demanda – É um dos métodos de empurrar estoques mais simples. e. comum.. Baseia-se em manter os níveis de estoques. proporcionais a sua demanda apoiado na verificação do tempo de ressuprimento, previsão de demanda e determinação do período de segurança ao ressuprimento. •. Ponto de reposição -. Conhecido também como método do estoque. mínimo, objetiva otimizar os investimentos em estoque. Cuida de balancear a relação entre estoque elevado (maior custo de manutenção) e o estoque baixo (risco de perda de vendas e/ou paradas na produção. A finalidade do ponto de reposição é dar início ao processo de ressuprimento com tempo suficiente para não ocorrer falta de material.. 3.4.2 Sistema JIT (Just in time). Este método visa atender a demanda instantaneamente, com qualidade e sem desperdícios. Ele possibilita a produção eficaz em termos de custo, assim como o fornecimento da quantidade necessária de componentes, no momento e em locais corretos, utilizando o mínimo de recursos. Para sua perfeita implementação, o método JIT requer os seguintes princípios: •. Qualidade – Erros de qualidade reduzirão o fluxo de materiais;. •. Velocidade – Essencial para atender os clientes no tempo de suas necessidades;. •. Confiabilidade – Pré-requisito para um bom fluxo da produção;. •. Flexibilidade – Importante para se conseguir produções em lotes pequenos, com fluxo rápido e tempos curtos.. •. Compromisso – Essencial comprometimento entre fornecedor e comprador de modo que o cliente receba sua mercadoria no prazo e local determinado..

(36) 36. Em resumo, no JIT, o produto é solicitado quando necessário, e o material é movimentado para a produção quando e onde é necessário. É um sistema de produção sob encomenda. O planejamento é agora realizado para trás e puxado pelo cliente e não realizado para frente e empurrado para o estoque. Na figura 4, são mostrados exemplos de enfoques JIT para alguns problemas fundamentais em estocagem.. Figura 4: Exemplos de enfoques de JIT Fonte: Ching, H. Y., Gestão de Estoques na cadeia de logística ,2001..

(37) 37. 4. DESCRIÇÃO DA FORMAÇÃO DE ESTOQUES NA UNIDADE DE NEGÓCIOS DO RIO G. NORTE e CEARÁ. Neste quarto capítulo apresenta-se a ambiência onde o problema acontece, descreve-se o estoque e o modelo de estocagem vigente na unidade de negócios da UN – RNCE, destacam-se dados de evolução de estoques e métodos de saneamento destes estoques. Inicialmente, descreve-se brevemente sobre a missão da Petrobras, apresenta-se dados de produção e organograma funcional da UNRNCE; aborda-se a estrutura física de armazenagem da UN – RNCE; na seqüência, aborda-se temas mais técnicos onde, após consulta ao manual de suprimento de material da Petrobras, conceitua-se todos materiais colocados em estoques quanto ao tipo, natureza, demanda, valor, importância operacional e gerencial. Após estes detalhes técnicos, trata-se da forma em que o estoque é constituído na UN-RNCE e apresentam-se gráficos de tendência com dados anuais de estoque, concluindo esta seção com o processo de saneamento de estoque vigente na unidade de negócios do RNCE. Descrevem-se então os processos atualmente utilizados pela Petrobras para a disposição do estoque inativo e alienável alimentando o canal inicial da logística reversa. Finalizando o capítulo, aborda-se o problema a ser resolvido, apresentando duas soluções com escolha de uma delas, e limites de abordagem da solução escolhida..

(38) 38. 4.1 Descrição do Negócio. A Petrobras tem como missão atuar de forma rentável nas atividades da industria de óleo, gás e energia, tanto no mercado nacional quanto no internacional, com grande foco em serviços e liberdade de atuação de uma corporação internacional. Para operacionalizar esta atuação a Petrobras divide-se em três áreas de negócios: • Exploração e produção de óleo e gás; • Refino, comercialização, transporte e petroquímica; • Distribuição de derivados. A área de negócio que trata de exploração e produção de óleo e gás divide-se em oito Unidades de Negocio situadas nos seguintes estados: • Amazonas – unidade de negócio da bacia do Solimões (UN – BSOL); • Ceará e Rio G. Norte – unidade de negócio do RN e CE (UN – RNCE); • Sergipe e Alagoas – unidade de negócios de SE e AL (UN – SEAL); • Bahia – unidade de negócios da Bahia (UN – BA); • Espírito Santo – unidade de negócios do ES (UN – ES); • Rio de Janeiro – unidades de negócios de Bacia de campos e Rio respectivamente (UN – BC e UN – RIO); • Paraná, São Paulo e Santa Catarina – unidade de negócio sul (UN – SUL). A unidade de Negocio onde será focado o trabalho será a UN - RNCE responsável pela exploração e perfuração de hidrocarbonetos nos estados do RN e CE. O objetivo de uma unidade de negócios de exploração e produção de petróleo é identificar o potencial geológico da região, explorar e avaliar os reservatórios, implantar projetos de desenvolvimento da produção e produzir hidrocarbonetos. Certamente, nesse processo, é perseguida uma taxa de retorno atrativa em face do investimento realizado..

(39) 39. A unidade de negócios do RN/CE produziu no ano de 2001, uma média diária de 99.244 barris de óleo correspondentes, respectivamente, a 8% da produção nacional realizada pela Petrobras naquele ano (figura 5).. Figura 5: Produção média diária em 2001 de óleo. Fonte: Arquivos da Petrobras, 2001.. Para realização desses objetivos, está a UN-RNCE estruturada em gerências funcionais, dentre as quais a de Suporte Operacional responsável por todo o apoio nas atividades de contratação de serviços, aquisição de bens, serviços gerais, oficina de manutenção armazenamento de materiais e equipamentos. UN-RNCE GERÊNCIA GERAL. ATIVO DE EXPLORAÇÃO. ATIVO DE PRODUÇÃO DE MOSSORO. ATIVO DE PRODUÇÃO DO ALTO DO RODRIGUES. ATIVO DE PRODUÇÃO DO MAR. SERVIÇOS DE SONDAGENS -. GERÊNCIA DE SUPORTE OPERACIONAL Contratação Aquisição Armazenagem. Serviços Gerais Oficina. Figura 6: Estrutura funcional do segmento UN-RNCE, com indicação da Gerência de Suporte Operacional, na qual encontra-se a atividade de Armazenamento..

(40) 40. 4.2 Estrutura de Armazenagem na UN-RNCE. As atividades de exploração e produção de óleo e gás da UN-RNCE demandam intensa aquisição de equipamentos e materiais, sendo função básica do suporte operacional garantir o suprimento destes materiais e sobressalentes necessários a estas atividades. Devido a não existência de fornecedores nacionais e internacionais localizados geograficamente próximos à necessidade da demanda, necessita-se desenvolver estoques reguladores e estratégicos para garantir a continuidade das operações. O suporte operacional necessita, portanto, efetuar uma gestão de estoques através de compras no mercado nacional e internacional, para atendimento das necessidades demandadas pelas atividades das unidades de produção. Esta gestão de estoque consiste em um conjunto de atividades responsáveis pelo planejamento e controle da formação, manutenção e da destinação de estoques, com objetivo na otimização do nível de atendimento e custos logísticos.. 4.2.1 Armazenamento de Estoques. Após a aquisição destes bens, o suporte operacional exerce a função de armazenagem através de um conjunto de atividades desde o recebimento, movimentação física, guarda, preservação, embalagem e distribuição destes materiais nas condições técnicas e econômicas adequadas. Este processo de armazenagem está sob o comando de uma gerência setorial de armazenagem, subordinada ao suporte operacional que dispõe de completa estrutura logística localizada junto ao setor produtivo na cidade de Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte. Este centro de distribuição compõe-se de um conjunto de galpões com as seguintes características: •. Área de armazenagem total: 120.934 m2. •. Área coberta: 7.780 m2. •. Área descoberta: 113.154 m2. •. Itens estocados: 11.172 (fevereiro/2001). •. Valor do estoque: U$ 40.000.000,00 (fevereiro/2001).

(41) 41. •. Recursos Humanos: 165 pessoas (fevereiro/2001). •. Frota contratada de distribuição física.. As atribuições fins da armazenagem, as quais definem a razão de ser da mesma são: •. Receber, conferir, estocar, preservar e expedir;. •. Identificar, cadastrar e codificar materiais e equipamentos;. •. Alienar materiais e equipamentos;. •. Efetuar pequenas compras no mercado local para atendimentos imediatos;. •. Inspecionar, preservar e estocar tubos e acessórios de colunas de perfuração em Alto do Rodrigues;. •. Entregar materiais de estoque e compras originadas em Mossoró;. •. Entregar equipamentos reparados na oficina de Mossoró. Seus principais usuários internos são todos os ativos de produção, perfuração e exploração da UN - RNCE que necessitem das atividades acima discriminadas. 4.3 Conceituando os Estoques da Petrobras Após consulta ao manual de suprimento de material da Petrobras (MSM ano 2001), conceitua-se nesta seção todos materiais colocados em estoques na UN – RNCE. quanto ao tipo, natureza, demanda, valor, importância operacional e. gerencial. 4.3.1 Tipos de Estoques •. Estoque Ativo - é todo estoque resultante de planejamento prévio e destinado a uma utilização conhecida, e subdivide-se em:. •. •. Estoque ativo geral e comum a todos os usuários;. •. Estoque ativo específico de cada usuário;. Estoque Inativo - é todo estoque sem perspectivas de utilização no órgão detentor, e subdivide-se em: •. Estoque Disponível - estoque de material em perfeito estado de conservação, sem perspectiva de utilização no órgão.

(42) 42. detentor,. disponível. para. uso. de. outros. órgãos. da. companhia; •. Estoque Alienável - estoque de materiais inservíveis, em perfeito estado de conservação, porém obsoletos para a companhia, ou sucatas destinadas à alienação.. 4.3.2 Estoque Quanto a Sua Natureza •. Estoque permanente - formado por itens com demanda incerta, itens pertencentes à programação de rotina operacional da unidade, itens adquiridos. mediante. planejamentos. da. atividade-fim. (demanda. programada contínua de poço) e itens estratégicos. •. Estoque Temporário - Demais estoques.. 4.3.3 Estoque Quanto ao Tipo de Demanda •. Demandas Programadas - demandas planejadas quanto à quantidade e prazos de utilização, vinculadas a programas específicos de operação, investimentos aprovados ou programas de manutenção;. •. Demandas Incertas - demandas decorrentes da operação normal dos órgãos, de difícil previsão sento. estimados através de modelos. estatísticos; •. Demandas. Eventuais. -. demandas. decorrentes. de. necessidades. específicas (basicamente as de uso imediato).. 4.3.4 Estoque Quanto ao Valor • Categoria A - todos os itens compreendidos entre o maior valor e aqueles cujos valores acumulados correspondem a 75% do valor total do consumo anual; • Categoria B - todos os itens situados na faixa compreendida entre o item subsequente ao último da Categoria A e aqueles cujos valores acumulados correspondem a 95% do valor total do consumo anual;.

(43) 43. • Categoria C - demais itens. 4.3.5 Estoques Quanto à Importância Operacional •. Nível 1 - materiais destinados à produção ou manutenção do órgão, cuja falta ocasiona a paralisação das atividades e custos adicionais. Incluemse, neste nível, os materiais destinados a manutenção da segurança operacional da unidade, meio ambiente e saúde ocupacional;. •. Nível 2 - materiais destinados à produção ou manutenção operacional do órgão, cuja falta pode ocasionar ônus, embora compensado pela manutenção de menores níveis de estoque;. •. Nível 3 - outros materiais utilizados pelo órgão.. 4.4 Classificação Gerencial dos Estoques. Segundo o manual de suprimento de material da Petrobras (MSM), a classificação gerencial dos estoques é formada pela classificação contábil e pela classificação de estoque e subdivide-se em:. 4.4.1 Classificação Contábil É a subdivisão dos estoques sob enfoque contábil: • Investimento • Operação • Insumos da Produção 4.4.2 Classificação de Estoque É a subdivisão dos estoques em função da associação da classificação quanto à natureza e ao tipo de demanda, com a finalidade de contribuir para a eficácia do seu gerenciamento. Subdivide-se em: •. Consumo - estoque ativo com demanda incerta;.

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