Capítulo
III
Sobre a refraçãocorpos, mostrarei antes que se pode concebê-la como possível, de mais
do
que uma maneira.Primeiramente, mesmo se a matéria etérea não penetrasse
[27]
d,e forma nenhumaos
corpos transparentes, suæ próprias partículas poderiam comunicar sucessivamente30
Christiaan Huygensprova
essafácil
penetrabilidade,não só
nos corpos transparentes, mas também em todos os outros.Essa
não é uma
pequenadificuldade.
No
entanto
[30]
pode-se resolvê-la dizendo queo
movimento
muito
violento
e rápido da matériasutil
quetorna
a águalíquida,
Trúado
SobreøLuz
3l
agitando as partículas de que ela se compõe, mantém essa
liquidez
apesar da pressÍo que até agora se cuidou de aplicar-lhe.Sendo
os
corpos
transparentestão
rarefeitos quando dissemos, concebe-sefacil-mente que
as ondas possamcontinuar na
matéria etérea que preencheos
interstí-cios das partfculas.
Além
disso, pode-secrer que
o
progresso dessas ondas deve serum
pouco
maislento
dentro
dos corpos,por
car¡sados
pequenos desvios causadospor
essas mesmas partfculæ20. Mostrarei que a causa da rèfràçeo consiste nessa dife-rente velocidade da luz.Indicarei
antes dissoa
terceira
e última
maneirapela qual
sepode
conceber atransparência,
que é
supondoque
o
movimento
das ondas deluz
se transmiteindi-ferentemente pelas partículas
da matéria
etérea, que ocupam
os
interstfcios
doscorpos,
e
pelaspartículas
que o compõem,de modo
que
essemovimento
passa de umas para as outras. Ver-se-á adiante que essa hipótese serve paraexplicar a
dupla refração de certos corpos diáfanos.se
for
objetado
serem as partículasdo
éter
menoresdo
que as dos corpos trans-parentes-
pois
passampor
seus intervalos-
seguindo-sedaí
que não poderiam co-municar-lhes senãouma
pequenaparte de
seumovimento,
pode-se responder que aspartículas
desses corpos são compostaspor
sua vezpor
outraspartículas
meno-res,e
que assim serão essas partículas segundasque
receberÍioo
movimento das do éter.De
resto, se
aquelasdos corpos
transparentes possuemuma
elæticidade menos rápidado
que a das partículas etéreas-
o que nada impede de supor-
seguir-se-á daí queo
progresso dæ ondas dèluz
será maislento no
interior
desse corpo do que fora, na matéria etérea.[31]
Isso
é tudo
o
queencontrei
de mais verossímil sobreo
modo peloqual
æ ondas deluz
pæsam através dos corpos transparentes. Deve-se adicionar a isso em quê essescorpos
diferem
daqueles que são opacos-
mais ainda porque pode parecer que não haveriacorpo
que n¿io fosse transparente,por
causada
fácil
penetraçiÍo dos corpos pela matéria etérea, de quefoi
falado. Pelo mesmo raciocínio da esfera oca, que em-preguei paraprovar
a pequena densidadedo vidro e
suafácil
penetrabilidade àma-téria
etérea, pode-se tambémprovar que
a mesma penetrabilidade convém aosme-tais
e
a
todo outro tipo
de corpo.
Pois sendo essa esferade prata,
por
exemplo, éseguro
que ela contém
a maté¡ia etérea que serve àluz,
pois essa matériaaí
estava,æsim como
o
ar,
quando
sefechou
a
aberturada
esfera.No
entanto,
estando fe-chada,e
colocada sobreum plano horizontal,
elanão
resisteao movimento
que selhe
desejedar
senãode
acordo com a quantidade de prata de que éfeita.
Assim de-ve-seconcluir,
como acima, que a matéria etérea que está encerrada não segueo
mo-vimento da
esfera,e
que portanto
aprata,
comoo
vidro,
émuito
facilmentepene-trada
por
esssamatéria. Ela
se encontraportanto
continuamentee
em
quantidadeentre
as partículasda prata
e
de todos
osoutros
corpos opacos;e
como
ela serye20E-
u-"
teoria corpuscular comoa de Newton, a luz tem maior velocidade nos cotlþs
re-fringentes:
NEwroN,
ßaac. Møthematical principlesof
naturol philonphy, trad. A. Motie, rev.F. Cajori. Çhicago, Encyclopaedia Britannica, 1958. Livro
I,
Seçâo XIV. Tambémnateoriaondu-latória de Hooke a luz se propagava mais rapidamente nos meios refringentes.32
C'hristiaan HuYgensà
propagaçãoda luz,
pareceque
esses corpos deveriam também ser transparentes, como o vidro-
o que no entanto nÍÍo ocorre.De onde se
di¡á
entã'o que provém sua opacidade? Será porque as partículæ que oscompõem
sãomoles,
ou
seja,p
mpostaspor
outras*.nðr.r,
são capazesde
mudar
s partículas etéreas,amortecendo
o
seu movimentoe
as ondas de luz? Talpara a propagação da luz.
-
Passemòs-agora
à
aplicaçio dos efeitos
da
refração, supondo,como
o
fizemos, a passagem de ondas dèluz
através dos corpos transparentes, e a diminuição de velo-cidadA
refraçãoé
a seguinte: seum
raio de
luz,
comoAB,
está
sobfea
superfíciepolida de
um
cofpo
trursparentecomo
FG,
ele sequeb
de modo(com
a
retaDBE
que
larmente)ABD
(rye
fazia
com
no
ar). Eé encont¡ada
descreve
que cortaas perpendiculares
.4D e CE
fiaçadas dospontos
de intersecção sobre a retaDE
(as quais são chamadas s¿nosdos
ângulosABD
e
CBE)
possuementre si uma
certa razão,que
é
semprea
mesmaem
todas as inclinaçõesdo
raio incidente, pala
umTiatado Sobre a
Luz
33D
2lPtolorn.u acreditara que haúa uma
razâo constante ent¡e os ôngulos de incidência e
refra-çÍo.
Ibn al-Haitamfoi o
primeiro a provar, experimentâlrnente, que essa constância nalo existia. No entanto, apenas no séculoXVII
foi possível chegar à relaçÍio corretarefrat''o é at¡ibuída a Snell e Descartes, havendo motivos para supot que
viamente conhecimento dos manuscritos do primei¡o, antes de publicar s
WEG, D.J. Descafes e les
manuscript
et de Morale4:
4g9-506, 1897. Também ThomasHarriot,
RLEY, J.W. An earlydetermination of Snell's law. Ame¡ican 224lei da reciprocidade foi
34
Chrtstiaan HuYgensmente cortarâ
AC
em ângulos retos. Ora, ao mesmo tempo,o
pontoA
teria
chegadoa
G
pela rctaAG,
igual
e
paralelaa
CB, etoda
a parteda
ondaAC
estaria em GB, sea matéria
do
corpo
transparente transmitisseo
moyimento
daonda
[34]
tâ'o de-pressa quantoo
éter. Masmente,
por
exemPlo, deo
ponto
,4.,na matéria
dde
CB, fazendo sua ondaque
é a
mesmaque
do
ponto
B
tangenciaa
circunferência SMR, que consideramos primeiramente.É
pois
fácil
ver
que todas as outras circunferências vãotocar
a mes-ma reta Biy', desdeB
atéo
ponto
de contato tr/, que é o mesmo onde cai,4y'y' perpen'Tmtado Sobre a
Luz
35o
senodo
ânguloDAE
estâ também parao
seno deNAF
comoBC
pan,4-A/. Masa razlo
entre .BC eAN
era a mesma que a das velocidades daluz
na matéria que está paraAE e
na
que estápara,4.F.
Portantoo
senodo
ânguloDAE
está também para o seno do ânguloNAF
como æ referidas velocidades da luz2 3.Para
ver
depoisqual
deve sera
refração quando æ ondas deluz
pæsam para umcorpo
onde
o
movimento
se propaga maÍs depressado
que naquelede
onde saem (coloquemos,por
exemplo,na ruzio
de3
para2)
não é preciso senã'orepetir
ames-ma
construçãoe
demonstração que acabamosde
fazer,substituindo
apenas sempre 312no
lugar de
213. Enconttar-se-á,pelo
mesmoracioclnio,
nestaoutra
figura, que quandoo ponto
C
da
ondaAC
tiver
chegadoà
superfície
Aß
em,B,toda
a parteda
ondaAC
Ierâ
avançado pataBN,
demodo
queBC,
perpendicular aAC,
estejapaft
AN,
perpendicular aBN,
como
2
para3.
E
que essa mesmanzlo
de2
para 3será enfìm a do seno do ângulo
EAD
para o seno do ângulo.Ð4il.
23Co-o já foi citado, houvelatório, mas apenas Huygens foi 611694, vemos
o
comentá¡io: 'explicação das leis da reftação siste no modo que vós utilizaste
uma onda geral com todas essas ondas auxiliares". (LEIBNIZ, M¿thematische Schriften
-
nota 2-v.
2,
cartaL,
p.i82).
Leibniz reconhece aqui que o passo fundamental foi o que hoje denomi'36
Chistiaan HuYgettsDaqui se vé a reciprocidade das refrações do
raio
entrando e saindo de um mesmo[corpo]
diáfano:
seNA,
caindo
sobrea
superflcie exterior
/-8,
é
desviado emAD,
também
o
raioDA
se desviaráemAN,
ao sair do diáfano[37].
Vê-se também
a
razão deum
notável acidente que ocorre nessa refração: após umacerta obliqüidade
do
raio
incidente
DA,
e\e passaa
nlio
poder
penetrarno
outro
diáfano.
Seo
ânguloDAQ ou CBA for tal
queno
triânguloACB,
CB sendo igual a213 de
AB, ou
maior,
entâ'oAN
nlo
pode ser urnlado do triângulo,4ly'B,
pois seriaigual
ou
maio¡
do
queAB.
Assim, a parte da ondaBN
não se encontra em parte ne' nhuma,nem
conseqüentemente ,41y', quelhe
deveria ser perpendicular. Assim,o
raio incidenteDA
não penetra a superfície.4-8.Quando
z
razlo
entre as velocidades das ondas é de dois para três, como em nosso exemplo, que é a que corresponde aovidro
e ao ar,o
ânguloDAQdeve sermaiordo
que
48
grause
11minutos
para queo
raioDA
possa passar e dobræ-se.E
quando arazão dessas velocidades é de 3 para 4, como é aproximadamente para a água e
o
ar,es-se ângulo
DAQ
deve exceder4l
graus e 24minutos. E
isso concorda perfeitamente com d experiência.Nlas pode-se perguntar aqui:
já
queo
encontro da ondaAC
contraasuperfície,43
deve
produzir movimento na
matériaque
estádo outro
lado,por
que não passa luz alguma?A
resposta éfácil
se lembrarmo-nos do quefoi
dito
antes. Embora seja gerada umainfinidade
de ondas particulares na matéria que estádo outro lado
de ,4J1, essasondas nâ'o possuem uma linha tangente comum (seja reta ou curva) em um mesmo
ins-tante,
e
assim não há umalinha
quelimite
a propagação da ondaAC
alémdo
planoAB,
nemonde
o
momento se concentre em quantidade sufìcientemente grande paraproduzir luz.
Ve¡-se.á facilmente a verdade disso-
ou seja, que se CBfor
maior do que os2/3
deAB,
as ondas excitadas alémdo
planoAB nlo
terão tangente comum-
sedos
centrosK
se[38]
traçarem círculos cujos raios sejam iguaisaos3l2
dosZ.8
que lhes correspondem" Pois todos esses clrculos estarão encerrados uns dentro dos outros e passarão todos além do ponto,B.Deve-se
notar
que enquantoo
ânguloDAQ
é menordo
queo
necessário para per'mitir
queo
raioDA
desviado possa passar para ooutro
diáfano, verifica-se que arefle-xão interna, que
sefaz
à superfícieAB,
aumentamuito
em
clareza, como éfácil
de fazer experimentalmentecom
um
prismatriangular.
Pode-seexplicar
issopor
nossateoria.
Quando o ânguloDAQ
é ainda suficientemente grande pa:m fazer que o raio D,4 possa passar,é
claro que
aluz
da
parte da onda .áC se concentra em uma extensãomenor,
quando atinge .BrV. Parece também que aonda,&V
setorna
menor à medida queo
ângulo CBA ouDAQ
setorna
também menor, até que, tendodiminuido
até adeternrinação indicada
pouco
antes, essa onda.Biy' se concentratoda
como em
umponto,
Quer dizer que quandoo
ponto
Cda
ondaACtiver
chegadoaB,
a onda,Btry', que é a propagação deAC,
estarátoda
reduzida ao mesmo ponto.B; da mesma forma,quando
o
ponto
fI
tiver
chegado aK,
a
parteAH
estarátoda
reduzidaao
mesmoponto
K.
Isso mostraque à
medidaque a
onda CA vem encontrar a superfície ,43, encontra-se grande quantidade de movimento ao longo dessa superfície, e essemovi-mento
deve ter-se espalhadotanlbém para
dentro
do
corpo
transparente e
haver reforçadomuito
as ondas particulares que produzem a reflexãointerior
contra a super-fícieAB,
segundo as leis da reflexão antes explicadas.Tratqdo Sobre a
Luz
37Uma
pequena diminuiçãodo
ângulo de incidênciaDAQ
faz a onda,Brly' reduzi¡-se, de bastante grandeque
era, a nada (pois se esse ângulo fosseno vidro
de 49 graus e11
minutos,
o
ânguloBAN
seúa aindade
1l
grause 21
minutos; e
diminuindo-se apenas de um grauo
mesmo ânglJoDAQ,
o ânguloBAN
se reduz[39]
a nada, e assim a onda .B.ðy' se reduz aum ponto).
Isso faz que a reflexão interna, de obscura, torne-se subitamente clara, desde queo
ângulo de incidência sejatal
que não dê mais passagemà refração.
Quanto à reflexão exterior ordinária, quer dizer, a
queocorre
quandoo
ângulo de incidênciaDAQ
é, ainda sufìcientemente grande para fazer com que o raio desviadopossa penetrar além da superfície
,48,
essa reflexão deve ser feita contra as partículasda matéria que toca os corpos transparentes
por
fora.
Ela seria devida apæentemente às partículas de ar e outras, misturadas à maté¡ia etérea, e mais groseiras do que ela.Por
outro
lado,
a
reflexão exterior
desses corpos sefaz
contra
as partículas que os compõem,e
que
são também maioresdo
que as da matéria etérea, pois esta ocorreem
seus intervalos.E
verdade que aqui resta alguma dificuldade nas experiências em que essa reflexãointema
éfeita
sem que as partículas de ar possamcontribuir,
como em recipientes ou tubos de onde o arfoi
tirado.Ademais,
a
experiência nos ensina que essas duas reflexões são aproximadamente de mesma força, e que nos diferentes corpos transparentes elas são maiores na medidaem
que a refração desses corpos é maior. Vê-se claramente que a reflexão dovidro
émais
forte
do que a da água, e a do diamante maisforte
do que a do vidro.Terminarei esta teoria da refração demonstrando uma notável proposição que dela depende
-
a
saber, queum
raio de
luz,
ao
ir
de
um ponto
a
outro,
quando essespontos
estã'oem
diáfanos diferentes, desvia-se na superfície plana que une esses dois meios de modo que empregue [em seu percurso de um ponto aooutro]
o menor tempo possfvel, assimcomo ocorre também
na
reflexão contra uma superfície
plana2a.O
Sr.
Fermat
foi
o
primeiro
apropor
essa propriedade das refrações2s, mantendo, como nós, e diretamente[40]
contra a opinião do Sr. Des Cartes, que a luz passa mais lentamente atravésdo vidro e
da
águado
que
atravésdo
ar26. Mas, além disso, elesupunha a proporção constante dos senos, que acabamos de provar apenas pelos dife-rentes graus
de
velocidade;ou
entâ'o,o
que dá
na mesma, ele supunha, além dessasvelocidades diferentes, que a
luz
gastavaem
sua passagemo
menortempo
possível,24No
r"*
das reflexões,o
princípio do tempo mínimo havia sido estabelecido por Hero da Alexandria em suz Catoptrica.2sum
estudo histórico recente most¡ou que o princípio de tempo mínimofoi
empregado na deduçlio da lei co¡reta da refraça-o, antes de Fermat, por lVilhelm Boelman-
resultado quenão teve divuþação, na época. Ve¡: ZIGGELAAR, A. The sine law of ¡ef¡action derived ftom the principle
of
Fermat-
priorto
Fe¡mat? The thesesof
Wilhelm Boelman, S.J,, in
1634.Centaurus 24 : 24642, 19 80. 26Nu épo.u em que
Descartcs compôs sua Diópnica, Fermat ainda não havia conseguido
dedu-zi
aLei da refraça-o, mas era considerado como pessoa competente na área, e criticou duramente a demonstração de Desc¿rtes. Ve¡: DESCARTES, R. Correspondance, ed. C. Adams, P. Tannery. Paris, J. Vrin, 1969 (Oeuvres de Descafies,v.
1), cartasLXXI,
XCI e XCVI. Ver t¿mbém v. 2,I
38
Christiøan HuYgenspara
daí
concluir
a
proporção constante dos senos. Sua demonstração, que pode servista
nas obras impressase no livro de
correspondênciado
Sr._Des Cartes, é muito longa; é por issoqui fotn.ço
aqui esta outra mais simples e fáctJ,21 .Seja a superfície plana
KF, o
ponto/
estandono
diáfano que a luz atravessa maisfacilmente, como
o
ar,
e
o
ponto
C
estando emum outro
maisdifícil
de penetrÍu'-BC, tomados em
conjunto,
são os mais curtos que podemexistir.
Suponhamos que ela viessepor
outras linhas, e primeiramente porAF,
FC,
demodo
que o ponto de refra-ção -F fosse mais distante do queB
do pontoA,
e sejaAO
perpendicular al4liAB,
FO
paralela aAB,
BH perpendicular aFO
e FG a BC.Como
o
ânguloHBF
é
igual aPBA,
eo
ânguloBFG
igual a QBC,segue-se que o senodo
ânguloHBF
estará, também para o seno de BFG na mesma r¿Lzão que a veloci'2Tlnfelizmente, na edição de Adams e Tannery da correspondência de Descartes, a dedu$o de Fermat é omitida (basicamente porque nâo aparece em uma ca¡ta a Desca¡tes, e sim em uma carta a de la Chambre, de
I
de janeiro de 1662-
posterior à morte de Descartes. Essa carta pode ser enconttada em edições antþas da correspondência de Desca¡tes ou em: FERMAT, Pier¡e de. Oeuvres, ed. P. Tarmery e Cha¡les Henry. Paris, Gauthier-Villa¡s, 1891, Y. 2, cafia. CXII, pp. 457 43 ;Tiatodo Sobre a
Luz
39 dade da luzno
diáfano ,4
gstá
para sua
velocidadeno
diáfano
c.
Mas
esses senos são as retasHF
eBG,
tomandoBF
por semi-diâmetro deum cfrculo.
Portanto essaslinhas
I/F
eBG
possuem entre si a citada razão das velocidades. Portanto o tempo daluz
p91/1F,
supondo queo raio
fosseoF,
seria igual aotempo
parBG no inierior
do diáfano
c.
Maso
tempo
porAB
é igual aotempo
poroH;
portanto
o
tempo poroF
é igual aotempo
porAB
eBG.Daí,o
ternpo porFCé
maiJlongo do que po,cc,
portanto
o
ternpo poroFC
será mais longodo
que porABC.
Mas,4F c máis longo do que OF, portanto o ternpo porAFC
excederá ainda rnais otempo
por ABC.Suponhamos agora que
o
raio
tivessevindo
deA
atéc
porAK
eKC,
estando o¡n1t9
de refraçãoK
uraispróxirno
deI
do
queo
pontoB;
e sejacM
perpendicular aBC,
KN
paralela a BC, BM perpendicular aKN
eKL
a BA.Aql¡i,
BL
eKM
são os senosdos
ângulosBKL
eKBM,
querdizer,
dos ângulosPBf ,
QBC;portanto
eles estâ'o entre si como a velocidade daiuz
no diáfanoA
{ara a velocidadeno
diáfanoc.
Entretanto
o
tempo
porLB
é igual ao tempo porKM.Eco-moo
tempo
por BC é igual aotempo
por IVIN,o
tempo
porLBCseú,igualaotempo
pot
KMN.
Maso
tempo
porAK
é mais longodo
que porAL;
portanto, o tempo porAKN é
maíslongo
doque
porABC. E
comoKCé
mais rongodo
queKN,
oi.-po
p'.o1