AN´
ALISE COMPLEXA E EQUAC
¸ ˜
OES DIFERENCIAIS
Aulas te´orico-pr´aticas (Parte 1)
Faculdade de Ciˆ
encias da Universidade de Lisboa, 2014
1
N´
umeros complexos e fun¸c˜
oes elementares
Exerc´ıcio 1.1 Determinar o conjunto dos pontos (x, y) do plano tais que (a) x + iy = |x + iy|
(b) 2|x + iy| ≤ |x + iy − 1|
Exerc´ıcio 1.2 Sejam z, w n´umeros complexos tais que z ¯w 6= 1. Verificar que, se |w| = 1 ou |z| = 1 tem-se |w−z
1− ¯wz| = 1.
Exerc´ıcio 1.3 Calcular as raizes quadradas de i, 1 − i, 2 + 2i.
Exerc´ıcio 1.4 Verificar que as raizes c´ubicas de i s˜ao √3+i
2 , − √
3+i
2 e −i.
Exerc´ıcio 1.5 Verificar que as raizes quartas de i s˜ao eiπ/8, ei5π/8, ei9π/8e ei13π/8
Exerc´ıcio 1.6 Verificar que, se z ´e raiz c´ubica de −1, ent˜ao z2+ ¯z = 0.
Exerc´ıcio 1.7 Quantas solu¸c˜oes tem a equa¸c˜ao z9+ 1 = 0 no segundo quadrante? Exerc´ıcio 1.8 Determinar o conjunto {z ∈ C | z−1= 4¯z}.
Exerc´ıcio 1.9 Alguma das fun¸c˜oes ez, z2+ z ´e injectiva? Exerc´ıcio 1.10 Alguma das fun¸c˜oes ez, z3´e sobrejectiva? Exerc´ıcio 1.11 Alguma das fun¸c˜oes z3+ 1, 1
|z|+1 ´e bijectiva?
Exerc´ıcio 1.12 Dado θ ∈] − π, π[, determinar arg(1 + eiθ).
Exerc´ıcio 1.13 Verificar que a express˜ao
arg(z) = 2 arctan Imz Rez + |z|
define um argumento cont´ınuo no plano privado do semieixo real negativo, C \ {x ∈ R| x ≤ 0}. Este argumento toma valores em ] − π, π[.
Exerc´ıcio 1.14 Quais s˜ao os n´umeros complexos z tais que 2z−1
Exerc´ıcio 1.15 Seja w = cos2π
n + i sin 2π
n onde n ∈ N. Dado um inteiro m, calcular 1 + w m+
w2m+ · · · + w(n−1)m
.
Exerc´ıcio 1.16 Calcular argz−1
z+1, sendo |z| = 1, z 6= ±1.
Exerc´ıcio 1.17 Sejam a 6= b dois n´umeros complexos. Qual ´e o valor m´ınimo da fun¸c˜ao real, definida em C, z 7→ |z − a|2+ |z − b|2? (Pode ser ´util a ”igualdade do paralelogramo”.)
Exerc´ıcio 1.18 A recta vertical x = 1 ´e rodada de π/4 em torno da origem no sentido positivo. Escrever a equa¸c˜ao da sua transformada nas coordenadas z,¯z. Em seguida determinar a imagem desta nova recta pela aplica¸c˜ao z 7→ 1
z.
Exerc´ıcio 1.19 Trˆes pontos do plano complexo a, b, c formam um triˆangulo equil´atero se, e s´o se, a2+ b2+ c2= ab + bc + ca.
Exerc´ıcio 1.20 Verificar as identidades
cos2z + sin2z = 1
cos(z + w) = cos z cos w − sin z sin w sin(z + w) = sin z cos w + cos z sin w
Re(iz) = −Imz; Im(iz) = Rez Exerc´ıcio 1.21 Determinar todas as solu¸c˜oes de: sin z = 0; cos z = 3. Exerc´ıcio 1.22 ´E verdade que
log(zw) = log(z) + log(w), ∀z, w ∈ C?
Exerc´ıcio 1.23 Sejam z ∈ C \ 0 e a ∈ R. Verificar que, qualquer que seja a defini¸c˜ao da potˆencia que utilizarmos, |za| = |z|a.
Exerc´ıcio 1.24 ´E verdade que a fun¸c˜ao sin z + cos z ´e limitada? Exerc´ıcio 1.25 Se zn = 1 (onde n ∈ N) e z 6= 1, tem-se:
1 + z + z2+ · · · + zn−1= 0. Exerc´ıcio 1.26 Verificar:
sin(2x) + sin(4x) + · · · + sin(2nx) = sin(nx) sin[(n + 1)x] sin x
e
cos(2x) + cos(4x) + · · · + cos(2nx) = sin(nx) cos[(n + 1)x]sin x .
Exerc´ıcio 1.27 Determinar os n´umeros complexos z tais que eiz+ e−iz = e2iz+ e−2iz. SUGEST˜AO: Observar que, se pusermos w = eiz+ e−iz, a equa¸c˜ao proposta equivale a w2− w − 2 = 0.
Exerc´ıcio 1.28 Verificar que, dado um n´umero complexo a + ib, o produto matricial a −b b a x y
2
Fun¸c˜
oes de vari´
avel complexa: continuidade,
diferencia-bilidade (fun¸c˜
oes holomorfas)
Exerc´ıcio 2.1 Onde ´e cont´ınua a fun¸c˜ao (z + 1) log z?
Exerc´ıcio 2.2 Para que valores de a e b ´e u(x, y) a parte real de uma fun¸c˜ao holomorfa em C nos casos seguintes? u(x, y) = ax2+ 2xy + by2, u(x, y) = a3x3− 3axy2, u(x, y) = ax2+ 5xy − by4.
Exerc´ıcio 2.3 Em que conjunto s˜ao holomorfas as fun¸c˜oes seguintes? Calcular as respectivas deriva-das. z +1z, (z3−1)(z1 2+1).
Exerc´ıcio 2.4 Em que conjunto ´e diferenci´avel a fun¸c˜ao f (x + iy) = x2y + ixy2? Exerc´ıcio 2.5 A fun¸c˜ao |z| n˜ao ´e diferenci´avel em nenhum ponto.
Exerc´ıcio 2.6 Determinar a fun¸c˜ao holomorfa f em C tal que Ref (x + iy) = xy ∀(x, y) ∈ R2 e f (0) = i.
Exerc´ıcio 2.7 Verificar que a fun¸c˜ao real de duas vari´aveis reais u(x, y) = xexcos y − yexsin y
satisfaz ∂2
u ∂x2+∂
2
u
∂y2 = 0 e determinar uma fun¸c˜ao v(x, y) tal que f = u + iv seja holomorfa em C. Dar
a express˜ao de f em termos da vari´avel z = x + iy.
Exerc´ıcio 2.8 Uma fun¸c˜ao holomorfa num aberto conexo e que s´o toma valores reais ´e constante. Exerc´ıcio 2.9 Uma fun¸c˜ao holomorfa em C, f = u + iv, tal que ∂u
∂x+ ∂v
∂y = 0 em todos os pontos,
´e necessariamente da forma icz + k, com c ∈ R e k ∈ C.
Exerc´ıcio 2.10 Se as fun¸c˜oes reais de duas vari´aveis reais u(x, y) e v(x, y) s˜ao parte real e imagin´aria, respectivamente, de uma fun¸c˜ao f holomorfa em C, verificar que u(x, y)v(x, y) ´e tamb´em parte real de alguma fun¸c˜ao holomorfa em C.
Exerc´ıcio 2.11 Se f ´e holomorfa no aberto A ⊂ C, verificar que a fun¸c˜ao g definida por g(z) = f (z)
´e holomorfa em A′= {w ∈ C : w ∈ A}, e tem-se g′(z) = f′(z) ∀z ∈ A′.
Exerc´ıcio 2.12 A fun¸c˜ao f (z) = z5/|z|4 para z 6= 0 e f(0) = 0 ´e cont´ınua mas n˜ao existe o limz→0f (z)/z. Sendo u(x, y) = Ref (x + iy) e v(x, y) = Imf (x + iy), u e v satisfazem as condi¸c˜oes de Cauchy-Riemann na origem. NOTA: (x + iy)5= x5− 10x3y2+ 5xy4+ i(5x4y − 10x2y3+ y5).
Exerc´ıcio 2.13 Calcular limz→0ez−1
z . Existe limz→0 sin |z|
z ?
Exerc´ıcio 2.14 Verificar que a fun¸c˜ao z2−1 tem uma raiz quadrada cont´ınua (na verdade holomorfa) definida no exterior do disco unit´ario. SUGEST˜AO: a fun¸c˜ao z−1
z+1 tem uma raiz quadrada cont´ınua (na
verdade holomorfa) definida no exterior do disco unit´ario.
Exerc´ıcio 2.15 Verificar que a fun¸c˜ao z2+ i tem uma raiz quadrada cont´ınua (na verdade holomorfa) definida no exterior do disco unit´ario.
Exerc´ıcio 2.16 Verificar que a fun¸c˜ao (z3+1)2tem uma raiz c´ubica cont´ınua (na verdade holomorfa)
3
Integrais de caminho
Exerc´ıcio 3.1 Calcular (a)R
γy dz, sendo γ a uni˜ao dos segmentos que unem 0 a i e depois a i + 2;
(b) R
γsin 2z dz, sendo γ o segmento que une i + 1 a −i; (c)
R
γzez
2
dz, sendo γ a semicircunferˆencia unit´aria superior percorrida no sentido positivo usual.
Exerc´ıcio 3.2 Sendo γR a circunferˆencia de raio R > 1 e centro 0, obter uma estimativa de IR= |
Z
γR
z z3+ 1dz|
e determinar o limite de IR quando R → ∞.
Exerc´ıcio 3.3 Sendo γ a circunferˆencia unit´aria, obter a estimativa
| Z
γ
sin z
z2 dz| ≤ 2πe.
Exerc´ıcio 3.4 CalcularR
γ 1
zdz, sendo γ (a) a circunferˆencia unit´aria; (b) uma curva fechada qualquer
contida no conjunto C \ Oy+.
Exerc´ıcio 3.5 Sendo γ a circunferˆencia unit´aria, obter uma estimativa de
| Z γ 1 z +1 2 dz|. Qual ´e o valor do integral?
Exerc´ıcio 3.6 Calcular R
γ¯z
2dz sendo γ: (i) o segmento que une a origem a (1, 1); (ii) a linha
poligonal que liga a origem a (0, 1) e depois a (1, 1). Que sugere o resultado sobre a primitivabilidade de ¯z2?
Exerc´ıcio 3.7 Seja f uma fun¸c˜ao inteira, istro ´e, holomorfa em C. Calcular Z 2π
0
f (z0+ reiθ)eikθdθ
sendo k um n´umero natural.
Exerc´ıcio 3.8 Mostrar que, se f : C → C ´e cont´ınua e limitada, tem-se
lim r→+∞ Z γr f (z) z2 dz = 0, r→0lim Z γr f (z) z dz = 2πif (0).
Exerc´ıcio 3.9 Seja f uma fun¸c˜ao real cont´ınua tal que |f| ≤ 1 na circunferˆencia unit´aria γ. Mostrar que
| Z
γf (z) dz| ≤ 4.
SUGEST˜AO: h´a um n´umero u de m´odulo 1 tal que |R
γf (z) dz| = u
R
Exerc´ıcio 3.10 CalcularR
γ|z|
2dz, representando γ a fronteira do quadrado de v´ertices (1, 0), (0, 1),
(−1, 0), (0, −1), percorrida uma vez no sentido positivo. Exerc´ıcio 3.11 Calcular (a) R
γ 1 zdz, sendo γ(t) = 3 + eit, t ∈ [0, 2π]; (b) R γe 1 zdz, onde γ ´e a
circunferˆencia de raio 3 com centro 5i + 1. Exerc´ıcio 3.12 Calcular (a) R
γ ez
z2dz sendo γ a circunferˆencia unit´aria; (b)
R
γ z2
−1
z2+1dz sendo γ a
circunferˆencia de raio 2 centrada em 0. Exerc´ıcio 3.13 Mostrar queRπ
0 e
cos tcos(sin t) dt = π, a partir deR
γ ez
z dz, onde γ ´e a circunferˆencia
unit´aria.
Exerc´ıcio 3.14 Seja f holomorfa em A e γ uma curva fechada seccionalmente C1 em A. Mostrar que para todo o z06∈ γ
Z γ f′(z) z − z0 dz = Z γ f (z) (z − z0)2 dz Exerc´ıcio 3.15 Sendo γ a circunferˆencia |z| = 2 calcular (a)R
γ 1 z2−1dz (b) R γ 1 z2+z+1dz (c) R γ 1 z2+2z−3dz (d) R γ 1 z2 −8dz.
Exerc´ıcio 3.16 Que valores pode tomar R
γ 1
z2+1dz, sendo γ um caminho seccionalmente C
1 com
origem 0 e extremidade 1, n˜ao passando pelos pontos ±i?
Exerc´ıcio 3.17 A primeira figura (ver ficheiro Exerc´ıcios 3.17-18) representa um caminho fechado C1no plano complexo, passando pelos pontos indicados. Calcular 1
2πi
R
γ 1
zdz sendo γ: (i) a totalidade
do percurso indicado, iniciado e terminado no ponto 3, percorrido uma vez; (ii) a parte do percurso indicado com origem 3 e extremidade 2i; (ii) a parte do percurso indicado com origem√2 e extremidade 3.
Exerc´ıcio 3.18 A segunda figura (ver ficheiro Exerc´ıcios 3.17-18) representa um caminho fechado C1 no plano complexo, γ, e trˆes pontos do plano. Calcular 2πi1 R
γ 1
4
Sucess˜
oes e s´
eries
Exerc´ıcio 4.1 S˜ao convergentes ou n˜ao as s´eries seguintes? P∞
n=1e 3ni n2 ; P∞ n=1 cos(in) en .
Exerc´ıcio 4.2 Se a s´erie num´ericaP∞
n=1an´e absolutamente convergente, tamb´em P∞n=1a2n o ´e.
Exerc´ıcio 4.3 Seja z um n´umero complexo de m´odulo 1. Determinar todos os n´umeros que s˜ao limites de subsucess˜oes de zn.
Exerc´ıcio 4.4 A sucess˜ao de fun¸c˜oes (1 + x)1/nconverge no intervalo [0, +∞)? Converge uniforme-mente?
Exerc´ıcio 4.5 Que h´a a dizer sobre convergˆencia ou convergˆencia absoluta das s´eries P∞
n=1 in log n? P∞ n=1i n n?
Exerc´ıcio 4.6 A s´erie de fun¸c˜oesP∞
n=1 z
n
1+z2n converge tanto no interior como no exterior da
circun-ferˆencia unit´aria.
Exerc´ıcio 4.7 A s´erieP∞
n=1 1
nz converge uniformemente em cada disco fechado contido no semiplano
{z| Re z > 1}.
Exerc´ıcio 4.8 Que se pode dizer sobre convergˆencia ou convergˆencia uniforme nos seguintes casos?
P∞
n=1(−1)nz+n1 em que z ´e um complexo dado, que n˜ao ´e inteiro negativo;
P∞
n=1n1(2z−i2+iz)n, com
6= 2i;P∞
n=1(z−n)1 2 em que z n˜ao ´e um n´umero natural.
Exerc´ıcio 4.9 A s´erieP∞
n=1e−inz converge uniformemente em {z| Imz < −3}. A s´erie
P∞
n=1nzn
converge uniformemente em {z| |z| < 1/3}.
Exerc´ıcio 4.10 Desenvolver em s´erie de potˆencias centrada em 0, indicando o raio de convergˆencia: (a) 1
1+z2; (b) 1
(1−z)2; (c) cos(z3).
Exerc´ıcio 4.11 Desenvolver em s´erie de potˆencias, indicando o raio de convergˆencia: (a) centrada em 3 para 1
z; (b) centrada em 2 para 1
(z−1)(z−3); centrada em 1 para z 3.
Exerc´ıcio 4.12 Em que dom´ınio definem as seguintes s´eries fun¸c˜oes holomorfas? (a)P∞
n=1(nz) n; (b) P∞ n=1(nz)n; (c) P∞ n=1(z−i) n n5+2 .
Exerc´ıcio 4.13 Calcular alguns dos primeiros termos da s´erie de potˆencias de z que representa: (a)
ez
1−z; (b) ezsin z; (c)
√ z2− 1.
Exerc´ıcio 4.14 Qual ´e a fun¸c˜ao soma deP∞
n=1(n!z1n)?
Exerc´ıcio 4.15 Obter as s´eries de potˆencias de z que representam 1
(1+z)2 e
1 (1+z)3.
Exerc´ıcio 4.16 Seja f (z) =P∞
n=1anznna bola |z| < R. Mostrar que, se z = reiαcom 0 < r < R,
tem-se f (z) =P∞
n=1anrneinα e an= 2πr1n
R2π
0 f (re
iθ)e−inθdθ.
Exerc´ıcio 4.17 Verificar que xn
n! = 1 2πi R γ exz
zn+1dz onde γ ´e a circunferˆencia unit´aria percorrida uma
vez no sentido positivo, e calcularP∞
n=0(x
n
n!) 2.
5
Problemas suplementares
Exerc´ıcio 5.1 Obter a s´erie de potˆencias de z − 1 que representa 1
z2
(z−1) num aberto que contenha
2i (s´o surgem potˆencias de expoente negativo). SUGEST˜AO: Come¸car com 1
z, depois passar a 1 z2...
Exerc´ıcio 5.2 Seja C a circunferˆencia de centro 1 que passa em 2i, percorrida uma vez no sentido positivo do plano. Calcular
Z
C
dz z2(z − 1)3.
Exerc´ıcio 5.3 Seja S o segmento de recta de origem1 − i e extremidade ie. Calcular Z
S
(log z + 1 z) dz.
Exerc´ıcio 5.4 Seja G o gr´afico de uma fun¸c˜ao positiva ϕ de classe C1 definida em [a, b], e tal
que ϕ(a) = ϕ(b) = 0, percorrido da direita para a esquerda, isto ´e, no sentido que habitualmente consideramos positivo no plano. Calcular e interpretar geometricamente:
Z
G
x dz.
Exerc´ıcio 5.5 Seja C+a semicircunferˆencia unit´aria de centro na origem percorrida no sentido posi-tivo. Dar um sentido ao integral
Z
C+
√
z + 2 dz e calcul´a-lo.
Exerc´ıcio 5.6 Seja C1 a circunferˆencia de centro na origem e raio 1, percorrida uma vez no sentido directo. Calcular o integral
Z
C1
dz z(2 + z2)
e em seguida utiliz´a-lo para obterR2π
0
2+cos 2t 5+4 cos 2tdt.
Exerc´ıcio 5.7 Sejam f e g fun¸c˜oes holomorfas em A e γ um caminho em A com origem z1 e extremidade z2. Mostrar que
Z γ f′(z)g(z) dz = f (z2)g(z2) − f(z1)g(z1) − Z γ f (z)g′(z) dz. CalcularR
γz cos z dz sendo γ a semicircunferˆencia unit´aria situada no semiplano Im z ≥ 0.
Exerc´ıcio 5.8 Se P∞
n=1anzn tem raio de convergˆencia R, qual ´e o raio de convergˆencia das s´eries
P∞
n=1n3anzn,P∞n=1anz3n eP∞n=1a3nzn?
Exerc´ıcio 5.9 SejaP∞
n=0Fnzn a representa¸c˜ao de 1
1−z−z2 num disco centrado em 0. Qual ´e o raio
do disco? Verificar que F0= F1= 0 e Fn = Fn−1+ Fn−2∀n ≥ 2. Por conseguinte, Fn ´e a sucess˜ao
de Fibonacci.
Exerc´ıcio 5.10 Seja f uma fun¸c˜ao holomorfa em C tal que lim|z|→∞|f(z)| = +∞. Mostrar que f ´e um polin´omio.
Exerc´ıcio 5.11 Seja f uma fun¸c˜ao holomorfa em D \ a, onde D ´e um disco aberto D centrado em 0, e a ∈ D \ 0. Supomos que a ´e p´olo de primeira ordem de f. SejaP∞
n=0cnzn a representa¸c˜ao de
f (z) no disco centrado em 0 com raio |a|. Mostrar que limn→∞cn+1cn = a.
Exerc´ıcio 5.12 Seja f uma fun¸c˜ao holomorfa em C, n˜ao constante, tal que |f(z)| = 1 para todo o z tal que |z| = 1. Mostrar que f(z) = kzn para certo k com |k| = 1 e certo n ∈ N.
6
S´
erie de Laurent, singularidades e res´ıduos
Exerc´ıcio 6.1 Determinar a s´erie de Laurent de 1
z2
−4, v´alida numa vizinhan¸ca de 2 privada de 2. O
mesmo ´e pedir o desenvolvimento em s´erie de potˆencias de z − 2 e (z − 2)−1. Identificar o anel de convergˆencia.
Exerc´ıcio 6.2 Determinar a s´erie de Laurent de 1
z(z−4) (a) que converge para |z| > 4; (b) que
converge para 0 < |z| < 4.
Exerc´ıcio 6.3 Determinar a ordem da origem como polo de (a) cos z
z2 ; (b)
ez
−1 z2 .
Exerc´ıcio 6.4 Determinar a s´erie de Laurent que representa as fun¸c˜oes seguintes numa bola centro 0 privada de 0: (a) z sin1z; (b) z(z+1)1 . (c) ez1
−1 (neste caso identificar apenas a parte com expoentes
negativos do desenvolvimento e os primeiros termos da parte com expoentes positivos. Come¸car por observar que a fun¸c˜ao tem um polo de ordem 1 na origem.)
Exerc´ıcio 6.5 Dar o desenvolvimento de Laurent de 1
z(z−1)(z−2) que converge em: (a) 0 < |z| < 1.
(b) 1 < |z| < 2.
Exerc´ıcio 6.6 Dar o desenvolvimento de Laurent de sin z
z2 em C \ 0.
Exerc´ıcio 6.7 Determinar limz→0 para as fun¸c˜oes: e2z−1
z ; e2z
−e−z
z ; log(1−z)z .
Exerc´ıcio 6.8 Seja f holomorfa num aberto contendo uma circunferˆencia γ e a sua parte interna. Suponhamos que f tem um ´unico zero a de ordem 1 em γ ou na sua parte interna. Mostrar que
a = 1 2πi Z γ zf′(z) f (z) dz.
SUGEST˜AO: Considerar f (z) = (z − a)g(z) e aplicar a f´ormula integral de Cauchy. Exerc´ıcio 6.9 Que tipo de singularidade tˆem as seguintes fun¸c˜oes na origem? (a) 1
z− 1 sin z (b) 1 z−sin z (c) sin zz2
Exerc´ıcio 6.10 De que tipo s˜ao as singularidades de z
(ez
−1)2? Calcular o integral desta fun¸c˜ao na
circunferˆencia |z| = 2 percorrida uma vez no sentido positivo. Exerc´ıcio 6.11 Determinar os termos em 1
z e 1
z2 da s´erie de Laurent de z2+sinz 3z em torno de 0.
Exerc´ıcio 6.12 CalcularR2π
0 1
3+2 cos tdt. SUGEST˜AO: Integrar 1
z2+3z+1 na circunferˆencia unit´aria.
Exerc´ıcio 6.13 Seja f holomorfa num aberto A, a ∈ A, f′(a) 6= 0. Mostrar que, se γ(t) = a + reit,
t ∈ [0, 2π], ent˜ao, se r > 0 ´e suficientemente pequeno, 2πi f′(a)= Z γ dz f (z) − f(a) . SUGEST˜AO: estudar a fun¸c˜ao f (z)−f(a)z−a .
Exerc´ıcio 6.14 Calcular: (a)R
γ dz
(z+1)3 onde γ ´e a circunferˆencia de centro 0 e raio 2; (b)
R
γ dz ez
−1
Exerc´ıcio 6.15 Seja f uma fun¸c˜ao holomorfa no disco |z| < R. Mostrar que, se |a| < r < R f (a) = 1 2πi Z γ r2− a¯a (z − a)(r2− z¯a)f (z) dz
onde γ ´e a circunferˆencia de centro 0 e raio r percorrida uma vez no sentido directo. Deduzir a f´ormula de Poisson: se 0 < s < r f (seiθ) = 1 2π Z 2π o r2− s2 r2− 2rs cos(θ − t) + s2f (re it) dt
Exerc´ıcio 6.16 Utilizar o m´etodo dos res´ıduos para calcular o integral impr´oprioR+∞
−∞ x2
−x+2 x4+10x2+9dx.
(Integrar numa semicircunferˆencia com diˆametro no intervalo [−n, n] e tomar limite quando n → ∞...) Exerc´ıcio 6.17 Mostrar que, se b > 0, R+∞
0
cos x x2+b2 dx =
πe−b
2b . (Partir dos res´ıduos de eiz
z2+b2 no
semiplano superior.)
Exerc´ıcio 6.18 Verificar que podemos definir uma fun¸c˜ao holomorfa f (z) = √z2− 1 (isto ´e: tal
que f (z)2 = z2− 1) cujo dom´ınio ´e C privado do intervalo real [−1, 1], convencionando f(2) =√3.
Determinar alguns (poucos) termos do desenvolvimento de Laurent no exterior do disco unit´ario de centro 0.
Exerc´ıcio 6.19 CalcularR
γ dz
(z8+1)2 onde γ ´e a circunferˆencia de centro 0 e raio 2.
Exerc´ıcio 6.20 CalcularR
γ e 1 z2dz (z2+1) e R γ e 1 z2dz