• Nenhum resultado encontrado

Uma ponte entre empresas e voluntários no Norte de Minas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Uma ponte entre empresas e voluntários no Norte de Minas"

Copied!
20
0
0

Texto

(1)

Uma ponte entre

empresas e voluntários

no Norte de Minas

Revista da Associação Comercial Industrial e de Serviços de Montes Claros Junho 2020 | Ano XIII | Nº 58 Montes Claros - Minas Gerais

Pág. 04

Campanha motiva empresários a superarem o momento de crise

Pág. 26

Imposto de renda durante a pandemia

Pág. 28

A empatia e o propósito na linha de frente da comunicação com o consumidor

(2)

DIRETORIA DA ACI - 2020/2022 DIRETORIA EXECUTIVA

Presidente: Leonardo Lima de Vasconcelos

Vice-Presidente: Gislayne de Jesus Lopes Pinheiro

Secretário Geral: Mauricio Sérgio Sousa e Silva

2º Secretário: Thiago Diniz Tolentino

1.º Tesoureiro: Edenilson Durães de Oliveira

2.º Tesoureiro: Jairo Marques Lopes Bahia DIRETORIA ESTRATÉGICA

Diretor Comercial: João Paculdino Ferreira

Diretor Industrial: Ricardo Alencar Dias

Diretor de Prestação de Serviços: Roberto Murilo Peres C. Machado

Diretor de Micro e Pequenas Empresas: Ernandes Ferreira da Silva

Diretor de Economia: Marcos Fábio Martins de Oliveira

Diretora Contábil e Jurídico: Anderson Carvalho Barbosa

Diretor de Agronegócio: Ricardo Surerus Pitanguy

Diretor de Assuntos Comunitários: Mônika Pereira de Moura

Diretor de Gestão Ambiental: Dirceu Martins Pereira Júnior

Diretor Administrativo: Leandro Ivan Paixao Guedes

Diretor de Infraestrutura: Osmar Geraldo Rego Cunha

Diretor de Filantropia: Antônio Cezar dos Santos

Diretor Social: Fernando Ferreira Deusdará CONSELHO DIRETOR

Presidente: José Ildeumar Soares Pereira

Vice-Presidente: Esmeraldo Pizarro Agnaldo Leite

Antônio Silvério Paculdino Anderson Souza

Carlos Eustáquio R. de Andrade Cácio Xavier Pereira Dalton Caldeira Rocha Abílio Carnielli Filho Eduardo Barbosa Campolina Leonardo Melo Rosana Pinto Oliveira Wesley Macio Gonçalves Maciel Olímpio Antônio Maia Abreu Jairo Pordeciano Cesar Filho Paulo Sérgio Alves Dourado Paul Bernardina de Miranda Marco Tulio Góes Pimenta Mariela Carneiro Baptista CONSELHO FISCAL

Efetivos:

Dennison Caldeira Rocha Geancarlo Silva Almeida Renato Antônio Silva Tupinambá

Suplentes:

Rosalvo José Caldeira de Barros Leandro Correia de Oliveira Fernando Martins de Carvalho REDE VOLUNTARIADO

Diretor: Edenilson Durães de Oliveira

Diretora Adjunta: Núria Machio Font Souza CONSELHO SUPERIOR

Presidente: Jamil Habib Curi

Vice-presidente: Geraldo Eustáquio Andrade Drumond

Conselheiros:

Adauto Marques Batista Alexandre Pires Ramos David Willian Crosland Guimarães Edilson Carlos Torquato Fernando Ferreira Deusdará Jaime Crusoé Loures de Macedo Meira Newton Carlos Amaral Figueiredo Valdir Veloso Figueiredo Superintendente Executivo

Kelington Mendes Mota

Revista Bimestral Tiragem: 1.000 exemplares Redação e edição Nágila Almeida JPMG 4607102 (38) 99805.0404 Fotos Nágila Almeida Solon Queiroz

Projeto Gráfico e Diagramação

Anderson Clayton (38) 99193.4669/99822.4669 andersonclayton@outlook.com Fale conosco: ascom@acimoc.com.br Publicidade:

ASCOM - Nágila Almeida ascom@acimoc.com.br (38) 2101.3314 / (38) 99128.0404

A Revista ACI é uma publicação bimestral da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montes Claros

Rua Carlos Gomes, 110 - Centro

Fone: (38) 2101-3300 - Fax: (38) 2101-3309 www.acimoc.com.br

O mundo está vivendo uma nova realidade nos últimos meses. Todos nós precisamos nos adaptar para sobreviver ao coronavírus e, especialmente, aos desafios que a pandemia nos impõe como empresários. A ACI tem como missão apoiar e defender o associado em qualquer circunstância. As ações da entidade são realizadas em diversos níveis, a Federaminas atua no Estado com campanhas de estímulo à economia de Minas, pesquisas que visam traçar um panorama da situação das empresas diante da quarentena e através do diálogo com o poder público no que se refere à concessão de benefícios para proteger o empresariado. A ACI, por sua vez, segue esta linha, ainda sob a gestão de Dr Newton Figueiredo, em meados de março, com a força da União das Entidades, conseguimos a prorrogação do vencimento de impostos em nível local. Iniciativas que ajudam os empresários, mas resolvem o problema apenas momentaneamente. Diante desta pandemia, a ACI está ativa no Comitê de Crise, assim como a CDL, o Sindicato dos Comerciários e a Fiemg, representando o setor produtivo, ao lado do poder executivo, instituições de saúde, segurança, entre outras, todas importantes na construção do projeto de flexibilização. Foi feito o alinhamento entre os riscos e os benefícios de reabertura de setores da economia, de acordo com critérios técnicos, com o objetivo de preservar vidas e também evitar um caos econômico insolúvel. A situação atual de Montes Claros em relação a outras cidades do mesmo porte, no estado, é louvável. Entretanto, o desafio maior será reabrir as empresas com um novo olhar, desde as pequenas até as grandes indústrias. Somos diferentes agora, estamos mais humanos, tecnológicos e exigimos mais propósito nas relações de consumo. A ACI está pronta para evoluir também, o cuidado com o social, através da Rede Voluntariado, o fortalecimento do empresário com as parcerias com entidades co-irmãs, a adequação ao novo momento; enfim, um novo olhar sobre o que podemos fazer para mudar para melhor. Se pudermos ser diferentes, criativos, positivos, vamos sobreviver a esta crise e sairmos bem mais fortes.

Leonardo Lima de Vasconcelos

Presidente da ACI

PALAVRA DO

PRESIDENTE

(3)

Revista da ACI | Junho de 2020 5 Revista da ACI | www.acimoc.com.br

4

A Associação Comercial Industrial e de Serviços de Montes Claros, atra-vés da Federaminas, deu início à cam-panha “Abrace a força de Minas”, com o objetivo de mostrar para os empre-endedores norte-mineiros a força que eles têm para enfrentar mais este momento de crise. “Reunimos as principais lideranças do empre-endedorismo no Estado para uma ação única que, além de levar uma mensagem de positivismo para os empresários é também uma forma da Federaminas e suas associa-ções apoiarem institucionalmente toda a classe empresarial mineira”, ressalta o presidente da entidade, Valmir Rodrigues da Silva.

A campanha se baseia em duas palavras: “força” e “abraço”. Por meio delas se percorre um pouco do que é a trajetória empreendedora mineira e se destacam também as características culturais do nosso povo.

“A Federaminas protagoniza mais uma importante ação para a retomada progressiva, com responsabilidade, das atividades empresariais. O fato é que a clas-se empresarial em todos os desa-fios da comunidade mostra a sua união, a sua crença na capacidade das empresas e pessoas em supe-rar os obstáculos, mesmo aqueles de enorme impacto”, afirma Geral-do Drumond, membro da Diretoria Executiva da Federaminas na gestão 2020/2022 e ex-presidente da ACI de Montes Claros.

Para ele, a Federaminas tem sido incansável em manter as suas asso-ciadas informadas, trabalhando a autoestima de todos os atores, além

de trazer exemplos e depoimentos importantes de quem está sabendo conviver com este momento. “Foram feitas importantes pesquisas para ações práticas de minimização das

dificuldades em todo o Estado de Minas Gerais. Esta campanha nos deixa mais convictos de que vamos, juntos, atravessar esta grave crise e sair fortalecidos em seu combate e superação. Vamos todos abraçar as nossas Minas Gerais”, frisa.

Abraçar a força empreendedora Minas Gerais tem 2 milhões de pequenos negócios (destes, 700 mil microempresas e 42 mil pequenas empresas), segundo o Sebrae. Unidas às médias e grandes, elas são a base da atividade econô-mica e, de forma geral, já sentem os impactos da pandemia com queda de lucro e demissões, por exemplo.

“Como se trata de uma variedade enorme de segmen-tos empresariais, trabalhamos com um conceito que representa a todos com o mesmo valor, por isso a palavra “força”! A classe empresarial representa a força produtiva de Minas, a força cria-tiva de Minas. O nosso abraço é uma forma de revigorar essa força. A proposta é que o abra-ço, do qual o mineiro tanto sente falta neste período de isolamento, seja de muitas formas, entregue a este grupo que precisa neste momento desta sensação de pro-teção e de afeto”, ressalta Valmir. Em outra ponta, a campanha quer externar um sentimento de pertença da população com os negócios locais, criando uma rede de cuidado comunitário. A proposta é que a comunidade faça vídeos em locais que fre-quenta explicando porque aquele negócio é tão importante para ela e expressando o carinho que tem por ele e pelas pessoas que o envolvem. O material está sendo divulgado nas redes sociais da ACI de Montes Cla-ros e da Federaminas.

Campanha motiva empresários a

superarem o momento de crise

ABRACE A FORÇA DE MINAS

O empresário

norte-mineiro é criativo e

determinado. A campanha

traz uma mensagem de

otimismo e aproxima o

cliente dos agentes locais,

estimulando a economia na

cidade”

Leonardo Vasconcelos,

(4)

-Recomende um produto ou serviço de sua cidade e conte para seus ami-gos/família através das redes sociais marcando sempre o perfil da empresa. Assim, você divulga a empresa e outros também podem consumir;

- Tire uma foto com mesmo gesto da campanha ABRACE A FORÇA DE MINAS e poste marcando o perfil da ACI de Montes Claros para respostarmos. - Tire uma foto ou grave um Story relatando como outras pessoas podem também comprar o produto ou serviço;

- Siga o mesmo padrão de vídeo; - Comece sempre com “MEU ABRAÇO VAI PARA …nome do(a) empresário(a) da empresa tal”

- Termine com “ABRACE A FORÇA DE MINAS”.

- Se possível, grave com a presença do empresário ou na fachada do negócio; - A gravação deve ter no máximo 30 segundos;

- Marque o perfil da empresa/empre-sário para que mais pessoas o conhe-çam.

ABRACE A FORÇA DE MINAS

A Federaminas iniciou uma etapa importante da campanha Abrace a Força de Minas, com o envolvimento e participação do consumidor. Para a economia ter força, o cliente é fundamental. E é importante reconhecer este trabalho através de ações simples mas que podem fazer toda diferença.

COMO CONSUMIDOR, VOCÊ PODE:

Não se esqueça: Ao fazer qualquer uma destas ações marque também o perfil da ACI de Montes Claros para que seja repostado. #aci #federaminas #abraceaforcademinas

(5)

Revista da ACI | Junho de 2020 9 Revista da ACI | www.acimoc.com.br

8

ACI de Montes Claros ingressa no

núcleo da Federaminas Jovem

A Federaminas, importante entida-de do estado entida-de Minas Gerais, que visa unir e fortalecer política e eco-nomicamente o

empre-sariado do estado, criou a Federaminas Jovem. Com o intuito de estrei-tar ainda mais os laços da federação com as associações empre-sariais, bem como fomentar a indústria e comércio, a atual ges-tão da instituição dividiu o estado em macror-regiões e convidou lideranças jovens para assumir a diretoria dos núcleos jovens de cada região. Um dos convi-dados foi o atual pre-sidente da ACI Jovem

Montes Claros, Adauto Marques Batista Filho, sendo nomeado Diretor Presidente do Núcleo Jovem Norte de Minas - Federaminas Jovem.

“Somos movidos pela crença no associativismo e no poder do empreendedorismo jovem, contri-buindo com ações que promovam o desenvolvimento para o país e para pessoas. Buscamos a inspiração de tantos exemplos de empresários que atuaram nestes 70 anos da ACI de Montes Claros. Em âmbito regional, vamos atuar no espírito associativista em jovens por todo o norte de Minas”, pontua Adauto Marques Filho. “Trabalhamos com afinco, amor e com a certeza de que a doação do nosso tempo, da nossa vontade e da nossa juventude, se somadas com a

sabedoria e o conhecimento de todo o corpo diretor da ACI, trarão excelen-tes frutos para o empresariado local e

para sociedade como um todo”, com-pleta Sarah Dantas, membro da ACI Jovem.

A ACI Jovem

A ACI Jovem é composta por Adauto Marques Batista Filho, Presidente, Andressa Maria Dantas de Morais, Vice-presidente; Anne Dantas Rabelo Mota, Diretora de Eventos e Parcerias; Sarah Dantas Rabelo Mota, Diretora Financeira; Leonardo Gonçalves Pereira, Diretor Comercial; Fernando Henrique Toledo, Diretor de Projetos Especiais e Integração; William Rocha, Diretor de Marketing; e Marcus Thulio Denucci, Conselheiro Administrativo da ACI Jovem.

“Somos, hoje, um pequeno grupo de empreendedores de diversas áreas que mantêm na mente e no coração a livre disposi-ção de servir e ajudar”, afirma Sarah Dantas. Lavelle, em seu livro “O Erro de Narciso”, disse que “a vocação aparece no instante que o indivíduo reco-nhece que não pode ser para si mesmo seu próprio fim, que ele pode ser o instru-mento e o agente de uma obra para qual coopera e na qual o destino do universo inteiro está interessa-do”. Ela completa que “embora ambiciosa, compreendemos essa visão como lema de uma juventude que deseja transformar, melhorar e colaborar para algo maior e relevante; de uma juventude que compreendeu que ela não é para si, e sim para os outros”. A ACI Jovem realizou, ao longo desses anos, diversos eventos de reconhecido sucesso. Especialmente, o Mindset com o empresário Marcelo Miranda, no ano de 2017, evento com um formato inovador que gerou interesse de toda a sociedade mon-tes-clarense, servindo como modelo para outros projetos no mesmo senti-do. Além disso, apoiamos os eventos promovidos pela ACI, como a Fenics e o Café com Elas. “Sabemos que ainda temos muito a fazer e faremos”, pon-tua Sarah.

(6)

capacitada para vários procedimentos. A unidade tem atuado para garantir à população praticidade e qualidade no atendimento, com funcionamento 24h, o que ajuda a desafogar o sis-tema de saúde local e evita os cons-tantes deslocamentos dos pacientes para outras cidades em busca de especialistas. Hoje, o Hospital São Lucas já atende com consultas e procedimentos as especialidades: Neurologia (atendimento de adultos e crianças acima de 2 anos),

Cardiolo-gia, ProctoloCardiolo-gia, Otor-rinolaringologia, Gine-cologia, Ortopedia, Angiologia, Cirurgia Geral, Endocrinologia e Nutrologia, Pediatria e Anestesiologia. “Vimos a necessida-de necessida-de atennecessida-der a uma grande demanda da população regional por um hospital de qualidade, com atendimento huma-nizado e digno. Um sonho realizado. Uma obra feita com muito amor”, destaca Dilson Junior, diretor-presi-dente do Plano de Saúde São Lucas e Hospital São Lucas.

O Hospital São Lucas funciona na Rua Avelino de Almeida, 340, no Centro de Salinas. Consultas e exames podem ser agendados pelos telefones: (38) 3841-3131 / 9 9723-6617 e 9 9181-3923 (What-sApp).

Ergonomia

pode prevenir

doenças durante

home office

Drogaria

Minas-Brasil recebe

testes para

Covid-19

Hospital

São Lucas

A Ergonomia analisa a interação entre o ser huma-no e outros elementos de um sistema com o objetivo de promover o bem-estar humano, a fim de evitar ou reduzir as lesões e doen-ças associadas ao uso da tecnologia e de ambientes artificiais, como o home office.

Algumas escolhas são essenciais para esse bem--estar, como ter um local adequado, com privacidade e sem distrações. Que seja um local com ventilação adequada (natural e artifi-cial), boa iluminação e com pouco barulho. Selecione os móveis e equipamentos adequados para suas ativi-dades diárias. Sua mesa de jantar não é a ideal. Opte por uma mesa ou banca-da que caiba suas pernas embaixo e que lhe

propor-cione espaço suficiente para colocar o teclado, mouse e apoiar os bra-ços. Escolha uma cadeira confortável, com rodízios, ajuste de altura do assento, bom encosto para as cos-tas e apoios para os braços com regulagem de altura. Os cuidados com a pos-tura evitam dores na colu-na, pescoço, ombros ou nos pulsos, pois o esforço excessivo também gera estresse. Desta forma, a prevenção é a melhor forma de combater as doenças ocupacionais. Além des-tes cuidados, lembre-se de praticar uma atividade física, que pode diminuir em até 83% o risco de desenvolver lesões muscu-lares, ósseas e problemas ortopédicos, como afirmam estudos do National Health Service (NHS).

Com uma moderna estrutura e equipe especializada em diversos pro-cedimentos médicos, o Hospital São Lucas de Salinas tem ajudado muitas famílias da região do Alto Rio Pardo no cuidado com a saúde.

O mais novo empreendimento do Plano de Saúde São Lucas, inaugu-rado em março deste ano, conta com mais de 900 m² de área construída e funciona com atendimentos em diver-sas áreas, contando com espaço para realização de exames e sala cirúrgica

Salinas e Alto Rio

Pardo ganham reforço

no cuidado com a

saúde

SAÚDE

A Drogaria Minas-Brasil, com sua missão de fornecer produtos e serviços farmacêuti-cos à população, realiza os testes de Covid-19. Inicialmente, seis lojas oferecerão os testes: Avenida dos Militares, Vila Atlântida, Monte Carmelo, Major Prates, Sumaré e Plazza, entran-do agora nas cidades de Janaúba e Porteirinha. “O nosso intuito é de expandir os testes para as demais lojas, incluindo 43 unidades na região”, assegura o diretor executivo, Leandro Ivan Paixão Guedes, destacando que o material está disponí-vel desde o dia 15 de maio.

Os testes rápidos em farmácia para a detecção da Covid-19 foram regulamentados pela ANVISA, através da RESOLUÇÃO Nº 377, de 28 de abril de 2020 e serão realizados por farmacêuticos capa-citados e os resultados são gerados por meio de laudos laboratoriais.

O diretor ressalta que, os estabelecimentos farmacêuticos estarão ao alcance de toda popu-lação e, neste momento de pandemia, têm um papel fundamental de esclarecer dúvidas, orientar a população e auxiliar na detecção da doença, contribuir para desafogar o sistema de saúde a fim de que as informações auxiliem o médico na definição do diagnóstico. Agendamentos e

infor-mações pelo tele-fone: (38) 3221-2011.

(7)

Homenageia Montes Claros pelos

163 Anos

e agradece ao povo montes-clarense

pela oportunidade de servir à

metrópole norte-mineira.

Laboratório Santa Clara

Revista da ACI | Junho de 2020 13

Acredito que já há algum tempo, mesmo antes desta pande-mia, muitos que convivem em ambientes corporativos sentiam a necessidade de repensar e de viver novos ares nas empresas e organizações.

As estruturas hierarquizadas, por mais que possam existir exceções com bons exemplos, carecem de novos ânimos, de novos ares, de um modus operandi que seja mais estimulante, que respeite, valorize e tenha e também dê o melhor das e para as pessoas em suas várias dimensões.

Aqui, quero chamar atenção para uma primeira premissa, que deveria ser óbvia, de que as organizações existem para atender as pessoas e não ao contrário. São as pessoas o objetivo final de tudo que se faz, de tudo que se movimenta, de todos os recursos, de todos os processos, de todos os resultados e entendo que não devíamos precisar de uma pan-demia global para nos evidenciar isto. Uma segunda premissa, esta relacio-nada com o enorme desafio que é o de gerir esta rede, é a necessidade de líderes e organizações humaniza-das, de seres que nos conduzam ao melhor de nós mesmos, na vida, no trabalho, na família, que nos inspirem com propósitos maiores do que nós mesmos, que façam aquilo que faz sentido, que pratiquem e estimulem

muito a cooperação, a confiança, a crença de que podemos sim ter um arranjo econômico e social que nos permita ter o básico e ainda assim, termos uma contrapartida da nature-za e do tamanho da contribuição de cada um a este arranjo, privilegian-do mais aqueles que contribuem mais, mas preservando o mínimo para todos. Assim penso, damos um passo decisivo para abraçar a todos que acreditam que precisamos estar divididos para reafirmar nossa condi-ção de vida.

Todas as organizações deveriam se repensar à luz destas duas premis-sas, privilegiando as pessoas e permi-tindo o acesso a cargos de liderança a pessoas com interesse legítimo nas outras pessoas, em suas aspirações, em suas capacidades de trabalhar, de

Um novo modelo de

gestão e a necessidade

de novos ares nas

organizações

por Geraldo Eustáquio Andrade Drumond

ESTRATÉGIA DE GESTÃO

Consultor de organizações, com ênfase em liderança, estratégia e gestão de pessoas, com MBA em Administração Estratégica pela UNA, especialização pela FDC em Gestão de Executivos e Diretor da Drumond Soluções Empresariais. www.drumondconsultoria.com.br

contribuir, de cooperar, com um objetivo maior que nos una a todos no grande

pro-pósito de nos tornarmos seres humanos melhores num planeta maravilhoso chamado Terra.

Será que temos inteligência, recursos, vontade, para empre-ender nesta direção? O que nos falta, o que nos prende ainda a interesses particulares, pequenos, com uma visão tão pequena da grande opor-tunidade que nos é dada de viver? Pode ser ingenuidade, pode ser utopia, pode ser o que for, mais acre-dito que podemos ser um novo huma-no numa huma-nova terra, por mais árduo, distante e desafiador que possa ser este longo caminho que temos a empreender. Vamos começar aqui e agora, cada um fazendo a sua parte? Repense seus objetivos, como se relaciona com os outros, como doa, como recebe, como espera o melhor de cada um, como vai contribuir para este enorme desafio de sermos gente num planeta feito de gente e para gente.

E, o que é melhor, só depende de você!

(8)

A Associação Comercial

Industrial e de Serviços de Montes Claros criou um laço importante para todas as empresas que desenvolvem ações de responsabilidade social. A partir da criação da Rede Voluntariado, em 2010, construiu mais que uma ponte entre voluntários e entidades filantrópicas, a ACI deu visibi-lidade e capacitação para ins-tituições que até então eram “inexistentes” para a sociedade organizada. A proposta era incorpo-rar efetivamente, de maneira cotidiana e transformadora, o tema responsa-bilidade social na pauta da diretoria estratégica. Atualmente, estão cadas-tradas 60 instituições filantrópicas e 862 voluntários. Todas as ações estão relacionadas no portal redevo-luntariado.org.

A ideia surgiu na gestão de Adauto Marques, presidente da ACI entre 2010 e 2011, durante as comemo-rações pelos 60 anos de atuação da ACI. Como entidade representante da classe empresarial, sua história de protagonismo no desenvolvimento social e econômica do Norte de Minas precisava de algo mais pontual para mudar a realidade social do Norte de Minas. O lançamento da Diretoria de Filantropia aconteceu em setembro de 2010, durante a 15ª FENICS. O número emblemático inspirou a

quantidade de instituições que fariam parte da Rede naquele momento, 15 apenas. Os diretores vigentes que participaram da elaboração e implementação do projeto Rede Voluntariado foram: Rita Bichara, Newton Figueiredo, Alexandre Ramos, Julius Denucci (in memorian), Robson Garcia e Maria Conceição Rocha, esta última como a Assistente Social, voluntária. Os voluntários sociais que aderiram ao trabalho desde o seu iní-cio, foram Núria Font Souza, Maria da Conceição Rocha e Nágila Almeida. Sendo Núria Font Souza designada como diretora de filantropia do projeto Rede Voluntariado.

Muito mais que um propósito, uma missão

Após estabelecer os propósitos e ações, foi construído o planejamen-to estratégico, sob a coordenação

de Rita Bichara, que criou e elaborou a ideia e mapa para produção da plataforma Rede Voluntariado. Aqui um detalhe interessante, todas as logo-marcas e identidade da marca Rede Voluntários de Coração e do Selo de Qualidade Rede Voluntariado foram criados pelo voluntário Sr. Pedro Font Savall (in memorian), aos 78 anos, pai de Núria. O espanhol chegou ao Brasil na sua juventude para trabalhar no departamento de pro-paganda da GM - General Motors/ Chevrolet.

O processo de escolha das 15 enti-dades seguiu os critérios de menor acesso a assistência de governan-tes, pouca organização e gestão e baixa popularidade na sociedade. “Fizemos o levantamento das neces-sidades de 15 instituições sem fins lucrativos, com menor assistência, organização e popularidade”, conta Núria. “Promovemos a ajuda a estas instituições, localizando voluntários com os talentos pertinentes as suas necessidades específicas e vice-ver-sa”.

Além do cadastramento de cada uma, após visita no local, as institui-ções tiveram apoio jurídico para regu-larizar a documentação e se tornarem aptas a participarem de projetos e recursos públicos. Algumas entida-des ainda não eram constituídas como

ACI foi a primeira entidade de classe a adotar uma diretoria de

Filantropia com ações efetivas junto à comunidade

REDE VOLUNTARIADO 10 ANOS

A Rede Voluntariado é a maior ponte

entre empresas e instituições filantrópicas

no Norte de Minas

pessoa jurídica. A ajuda veio de volun-tários como a FASA - Faculdades Santo Agostinho -, representada pela voluntária, professora e coorde-nadora do NPJ - Núcleo de Praticas Jurídicas, Silvana Carvalho Mendes. Ela contribuiu na regularização das organizações que atuavam na ajuda gratuita às pessoas, mas, não possu-íam direitos legais em função de não serem regularizadas perante a lei. A FIPMoc, através do seu Diretor Institucional Dalton Caldeira, também diretor da ACI, elaborou o termo do voluntariado utilizado no cadastra-mento. As instituições recebem um Selo de Qualidade Rede Voluntariado quando cumprem todas as exigências de documentação e validação de seu trabalho.

Com a ajuda de voluntários, o grupo levantou as necessidades destas ins-tituições, como o que faltava para que elas tivessem visibilidade e pudessem

ser socorridas. O site redevolunta-riado.org se tornou uma das prin-cipais ferramentas de comunicação entre voluntários e instituições. Nestes dez anos, ele fortaleceu a marca ao divulgar a presença da Rede junto às instituições, mostrando campanhas com demandas de todo o tipo. Núria frisa que, “nem sempre a quantidade das doações é expres-siva, porém, o importante é atender à necessidade urgente do momen-to! Nesta Páscoa, em plena pande-mia, tivemos um empresário doando ovos de Páscoa para três instituições cadastradas conosco. A nossa essên-cia é ser ponte entre a vontade de doar e o desejo de receber”.

A relação instituições x voluntários A ponte entre empresas/voluntá-rios e as instituições filantrópicas se dá a partir do instante que a entidade

envia a solicitação de ajuda para o email contato@redevoluntariado.org. Daí, todos os voluntários indicados pela plataforma receberão simulta-neamente o pedido. A indicação de trabalho voluntário, por sua vez, é de acordo com a análise e cruzamento dos perfis voluntários x instituições. Os voluntários podem cadastrar seus currículos no Banco de Talentos, a fim de atender às empresas que conside-rem este diferencial no momento da contratação.

Rita Bichara conta que a primeira campanha de divulgação, intitulada “Você só fica junto de quem conhece”, resultou num vídeo sobre cada insti-tuição cadastrada e foi um sucesso. As imagens com depoimentos foram produzidas e doadas pelo canal 20, do empresário Roberto Machado e hospedados no site. “Como voluntá-ria da Rede, atuei até a gestão 2013-2017, do Presidente da ACI, Edilson

A marca Voluntários de Coração foi criada para divulgar ações com o apoio da Rede de Voluntariado

Ação da equipe da Rede durante a Campanha Natal do Correios

Nuria Mach Font, durante a campanha das cartinhas de Papai Noel dos

Correios

Rita Bichara na apresentação da Rede Voluntariado como

case de sucesso Edilson e Mônica Torquato, Adauto Marques eRosângela Silveira no Dia D Home do site www.redevoluntariado.org.br

(9)

Revista da ACI | Junho de 2020 17 Revista da ACI | www.acimoc.com.br

16

Torquato, um grande incenti-vador do projeto, responsável pela estrutura atual. Seu lega-do se estende à adesão da sua esposa Mônica Torquato como voluntária permanente e atuan-te”, comenta.

Mônica Torquato foi diretora da Rede Voluntariado de 2018 a 2020 e ainda faz parte da equipe. Para ela, estar à frente do braço social da entidade foi um orgulho. “Nestes tempos modernos, onde o desenvolvi-mento econômico está ligado ao desenvolvimento social, as empresas ou entidades que não comungarem com esta premis-sa estarão fadadas ao fracas-so. Portanto, o gestor moderno e que almeja o sucesso, deve valorizar e trazer para o seio da empresa ou entidade que repre-senta, toda forma que permita a integração entre si e o meio ao qual esteja inserido. A Rede Voluntariado só se torna possível porque existem pessoas abne-gadas de recompensa pessoal, que visam exclusivamente o bem comum. Estes são os voluntários, pessoas valiosas que traduzem o sentido de humanidade, caridade e fraternidade”.

Assistente Social, Mércia Lucas acumula muitas histórias na Rede Voluntariado. “Muitas

vezes as grandes ideias vêm de pequenos gestos e das pesso-as mais inesperadpesso-as. Por isso, é essencial sempre estar atento ao que acontece à sua volta e a valo-rizar a opinião de todas as pesso-as, não importa a idade, história de vida ou classe social delas. Mais do que simplesmente estar disponível para as pessoas que são próximas a você é essencial fazer algo de bom por aqueles que não próximos e que precisam de ajuda. Hoje em dia, existem muitas opções de instituições e ações sociais que você pode par-ticipar. E a sua participação pode ser por meio da sua presença ou por meio de doações. Comece a pesquisar por comunidades próxi-mas de onde você mora”, pontua. A solidariedade é um dos atos mais nobres e humanos no mundo em que vivemos. Pequenos ges-tos são capazes de transformar as pessoas e circunstâncias. Ser solidário com uma pessoa é aju-dá-la da maneira que ela precisa, da forma que puder. “Pode ser que existam adultos que preci-sam ser alfabetizados; adoles-centes que precisam aprender o básico de inglês; crianças que precisam de reforço escolar em matérias que você tem facilidade; uma mulher que sofreu violência doméstica e que precisa de

abri-go por algumas semanas; um asilo que precisa de alguém para cantar e tocar e fazer um show bacana; entre tan-tas outras opções. Qualquer iniciativa mostra como é possível fazer uma grande diferença agindo

localmen-te. A Rede Voluntariado da ACI me ensinou muito, sou grata e privilegiada por fazer parte desse projeto”.

Edenilson Durães, o atual diretor, destaca que “a Rede Voluntariado em seus mais de 10 anos de atuação, contribuiu com diversas ações em várias Organizações da Sociedade Civil local. Sua atuação foi reconhe-cida como “Case de Sucesso” no V Fórum Internacional: Voluntariado e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, evento com a chancela ONU que foi realizado em 2017”.

Preocupados com a situa-ção de pandemia mundial e suas consequências para a comunidade, o presidente da ACI, Leonardo Vasconcelos, e Edenilson Durães, definiram a campanha que foi lançada logo no primeiro dia de manda-to desta gestão. “O objetivo é apoiar ações nas cinco cidades polo da região: Montes Claros, Janaúba, Januária, Pirapora e Salinas. As ações têm foco nas áreas mais afetadas: alimenta-ção e higiene para as pessoas economicamente mais vulnerá-veis, apoio aos profissionais da saúde e defesa das empresas e do trabalho”.

Leonardo Vasconcelos com-pleta que, “a ACI, em mais de

70 anos de história, sempre se destacou pela sua atuação vol-tada para o desenvolvimento de Montes Claros e região. Por isso, a sua nova diretoria assumiu o mandato com a responsabilida-de responsabilida-de contribuir para minimizar os efeitos da crise. E coube à Rede Voluntariado conduzir boa parte das ações neste sentido”.

A Agência de Desenvolvimento do Norte de Minas, ADENOR, sempre foi uma grande incen-tivadora e parceira da Rede Voluntariado, através de cursos de liderança e qualificação dos gestores das instituições, a fim de criar projetos de captação de recursos até divulgar as enti-dades com o marketing digital. Alexandre Pires Ramos, presiden-te, ressalta que “o momento de pandemia é o cenário adequado para reflexão sobre a importân-cia da solidariedade, tantas são as pessoas precisando de apoio material, quanto orientação para prosseguir em suas missões. A Rede do Voluntariado passa a ser ainda mais necessária, imprescin-dível mesmo. Abençoados os ide-alizadores e continuadores desta Rede, à frente a ACI de Montes Claros, que consigam, cada vez mais, expandir a mística do equi-líbrio e justiça social. A ADENOR quer continuar nesta aliança do bem”.

Núria Font, Mércia Lucas e Mônika Souto

Dr Newton Figueiredo, com a equipe da Rede e entidades na 24ª Fenics

Evento Sou do Bem, em parceria com o Montes Claros Shopping

Promoções como o ingresso solidário, com a doação de leite pelo Conselho Regional de

Farmácia

Reunião da Rede Voluntariado com colaboradores para fomentar a cultura do voluntariado em

Montes ClarosShopping

Todas as últimas dez edições da Fenics tiveram estandes especiais para a Rede Voluntariado

expor produtos e apresentar as entidades

Visita às obras do Asilo Sagrado Coração, em 2013

O apoio da imprensa na divulgação das campanhas A ADENOR no curso de Capacitação de Recursos

para as instituições da Rede Voluntariado Curso de governança e estratégia para o Terceiro

Setor, em 2019

A Rommanel é um agrande parceira da Rede Voluntariado, sempre associa as doações aos

seus eventos

(10)

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Com ações intermediadas pelo agora presidente licenciado da FIEMG Regional Norte, Adauto Marques Batista - que também é vice-prefeito de Montes Claros -, indústrias insta-ladas na cidade vêm fazendo doa-ções, como o Grupo Coteminas que doou lençóis e fronhas a hospitais por meio da Secretaria Municipal de Saúde. A Santanense, indústria do Grupo Coteminas, doou tecidos para confecção de roupas e máscaras a serem usadas pelos profissionais de saúde que atuam na assistên-cia aos pacientes com provável diagnostico com o vírus. Força que vem da equipe

A Novo Nordisk e seus

colaboradores vêm contribuin-do com diversas iniciativas no combate à pandemia do novo coronavírus no Brasil. Até o momento, já foram doados cerca de R$ 1,2 milhão, além de insumos e outros itens que aju-dam no combate à covid-19. A fábrica da empresa em Montes Claros, maior unidade de pro-dução de insulina da América Latina, por exemplo, direcionou R$ 1 milhão para o setor de saúde do Norte de Minas. Entre as doações está um equipamento de RT-PCR e kits de testes para o Laboratório de Pesquisa da Unimontes diagnosticar a Covid 19,

o que traz agilidade para o diagnósti-co da doença. Foram doados ainda diversos equipamentos de proteção individual para profissionais da saúde por meio da Secretaria Municipal de Saúde, além de 134 itens de informá-tica para a Santa Casa, entre diversas outras doações.

“Salvar vidas está no nosso DNA, e quando vemos uma situação com essa não podemos deixar de agir. Estamos buscando contribuir de diver-sas formas com nossos parceiros para minimizar o impacto da pandemia na

sociedade. E quando juntamos for-ças com a Novo Nordisk Brasil, nos-sas ações vão ainda mais longe”, diz Reinaldo Costa, vice-presidente cor-porativo da Novo Nordisk Site Montes Claros.

Internamente, os colaboradores da Novo Nordisk Brasil também doaram mais de R$ 38 mil para a com-pra de cestas básicas para a ONG Horas de Vida e mais de R$ 11 mil para a produção de barras de sabonete do Instituto Triângulo. O valor foi dobrado integralmente pela empresa, chegando a quase R$ 100 mil. O grupo de voluntários da fábrica da Novo Nordisk em Montes Claros também se organizou para arrecadação de cestas básicas para a Rede Solidária e matérias-primas para a montagem de EPI´s para o grupo Ser Tão Solidário. O objetivo foi arrecadar 400 cestas e 5 mil reais para as matérias-primas. Várias ações foram realizadas e culminou com uma live transmitida pela plataforma de voluntariado da empresa TakeActionLive. Com apresentação da PS Band, for-mada por empregados da companhia, o grupo de voluntários atingiu o obje-tivo. Com isto a Novo Nordisk dobrou as doações, totalizando 1200 cestas e 10 mil reais em matérias-primas. Além disso, a empresa vem

reali-Com o objetivo de contribuir no atendimento adequado nos hospitais

e assistir famílias carentes afetadas pelo confinamento por contada

Covid-19, a FIEMG Regional Norte une forças com empresas

instaladas em Montes Claros e o poder público.

Todos juntos no combate à pandemia do

novo coronavírus

zado uma série de webinars em sua plataforma digital NovoNordiskLive, abertos ao público, com o objetivo de disseminar informações impor-tantes de cuidado e saúde com diversos especialistas, considerando este momento crítico de isolamen-to social. A programação pode ser conferida nas redes sociais da Novo Nordisk no Instagram e Facebook. Por meio da parceria com o deputado estadual Gil Pereira, o Supermercado Villefort doou kits de higiene que foram distribuídos, com intermediação de entidades religiosas, às comunidades caren-tes. A Eurofarma, maior laboratório de medicamentos do país, que está instalando uma unidade no Distrito Industrial II de Montes Claros, assiste mil famílias carentes com a doação de cestas básicas, durante três meses ou enquanto durar o confinamento por conta do novo coronavírus. A empresa

também disponibilizou mais de 800 tipos de medicamentos para os hos-pitais da cidade.

Outras indústrias, por iniciativa própria, também estão participando dessa força tarefa. Como é o caso da Alpargatas que por meio da Rede do Bem, do seu Instituto Alpargatas, doou 100 mil pares de sandálias

para alunos de escolas públicas e seus familiares nos estados de Minas Gerais, PB e PE, além de 10 mil para os profissionais da área da saúde de Montes Claros usarem em casa ao retornarem do trabalho em hospitais, evitando assim levarem o vírus para suas residências.

(11)

Revista da ACI | Junho de 2020 21 Revista da ACI | www.acimoc.com.br

20

RESPONSABILIDADE SOCIAL Bem da Alpargatas ofereceram 10mil testes para Covid-19 à Secretaria Municipal de Saúde da

cidade. O Laboratório Santa Clara, inclusive, ofereceu como cortesia “as contraprovas” que necessárias por meto-dologia quantitativa. A M i n a s p u m a , empresa do grupo Americanflex, dou col-chões e travesseiros hos-pitalares para a prefeitu-ra de Montes Claros que serão usados na UPA Chiquinho Guimarães onde foi montado um hospital de campanha.

“Entendemos a importância das indústrias em apoiar as ações da administração municipal de Montes

Claros, tão bem comandada pelo pre-feito Humberto Souto, pois sabemos

que não há quantidade necessária de produtos de limpeza e equipa-mentos de proteção para os

profis-sionais de saúde no tratamento dos casos que poderão vir a acontecer. E muitas famílias carentes também começam a ter problemas com a falta de dinheiro e alimentos, esclarece o presiden-te inpresiden-terino da Regional Norte da FIEMG, Ricardo Alencar Dias.

Ele disse ainda que FIEMG e as indústrias vão atuar no sentido de apoiar o município, para minimizar os efeitos da pandemia. “Em nome da FIEMG, agradecemos a todas as empresas que participam deste ver-dadeiro mutirão solidário pela nossa sociedade”, concluiu Alencar.

No dia 01 de abril, a Rede Voluntariado lançou o projeto Rede Solidária. O projeto tem a missão de ajudar no combate aos efeitos da pandemia de Covid-19 no Norte de Minas, nas cidades de Montes Claros, Janaúba, Januária, Pirapora e Salinas. Fabiana Ramalho, voluntária da Rede Solidária, afirma que são muitas as ações, alguns grandes projetos estão em andamento e graças à Rede Voluntariado serão concluídos. “Mais de 10 toneladas de alimentos e material de limpeza

e higiene pessoal foram doados, beneficiando mais de 1500 famílias.

Ela conta que a rede de solidariedade só aumenta. Na campanha do agasalho, através da Rede, foram doados 30 cobertores e roupas para moradores em situação de rua e famílias carentes da região. Para o projeto Mamãe coruja, conseguimos doações de fraldas e roupinhas a partir das postagens no grupo de Voluntários da Rede.

Doações enviadas para o Galpão Amor e Vida e para o Mesa Brasil

Rede Solidária

O Gerente Industrial do Instituto Alpargatas, Leonardo Melo, Dulce Pimenta, Secretária de Saúde e Dr. Newton Figueiredo, diretor do

(12)

INFORME FIEMG

No rastro dos dramáticos efeitos sociais e econômicos causados pela Covid-19, com grave e inquestioná-vel ameaça a milhões de empregos, emerge cristalina uma certeza irrefu-tável: passado este momento, teremos pela frente o indeclinável desafio de reconstruir o país. Precisamos, desde já, nos conscientizar e nos preparar - todos nós - para esta gigantesca mis-são para a qual nos convoca a socie-dade brasileira. Esse, em essência, é um consenso que nasce da convicção de que, infelizmente, a crise sanitária em curso traz fortíssimos impactos recessivos sobre a economia, em escala talvez nunca vista antes. Para seguirmos adiante, precisamos de união entre todos os setores sociais e de previsibilidade, o que virá com medidas de incentivo ao emprego e à retomada do desenvolvimento. Estudos realizados pela FIEMG, em sintonia com incontáveis diagnósticos produzidos por outras instituições, no Brasil e no exterior, entre eles o FMI e o Banco Mundial, apontam cenários fortemente recessivos, com evidentes e fortes repercussões nos níveis de emprego e até mesmo nas taxas de sobrevivência das empresas, variando segundo o período pelo qual se pro-longar o distanciamento social. Os indicadores dos primeiros 45 dias de isolamento corroboram com a nossa projeção de contração de 5,7% do PIB no Brasil e de 7% em Minas Gerais. O faturamento do setor de serviços registrou queda de quase 60% entre março e abril deste ano. A produção industrial nacional de março caiu 3,8% e a estadual, 4,2% em rela-ção ao mesmo mês de 2019.

A piora do mercado de trabalho é evidente: 1,2 milhão de pessoas per-deram o emprego no Brasil - sendo 212 mil delas em Minas Gerais - somente no primeiro trimestre deste

ano. Um novo contingente de pesso-as sem trabalho e sem perspectivpesso-as soma-se, portanto, aos 12 milhões de desempregados no país. Como agravante, aproximadamente 40% da força de trabalho nacional é informal. Assim, se as medidas de proteção ao emprego e à renda não forem efi-cazes, o número de desempregados pode dobrar, colocando o país na rota de um desastre social sem preceden-tes.

O importante é constatar que existe luz no fim do túnel sombrio que esta-mos atravessando - e constatar que a reconstrução do país é possível e só depende de nós, que, no cole-tivo, somos a sociedade brasileira. Precisamos, fundamentalmente, de líderes verdadeiros, que nos conduzam no pós-pandemia e se disponham, também verdadeiramente, a colocar os interesses do país e da socieda-de acima socieda-de seus próprios socieda-desígnios corporativistas e focados sempre nas próximas eleições. Precisamos de líderes que se guiem pelo diálogo e, em um grande pacto, conduzam o país nos tempos de reconstrução que devemos viver desde agora.

As empresas brasileiras têm sido exemplares nesta direção. Com atos e fatos concretos, demonstram ter

atin-gido a sua maturidade plena, enten-dendo e compreenenten-dendo que são parte integrante e ativa da sociedade na qual estão incluídas, das comunida-des do entorno de suas fábricas. Tem sido muito gratificante acompanhar, na FIEMG, a disposição de empresas de todos os portes - dos micro aos grandes conglomerados - em parti-cipar de ações fundamentais para o atendimento às vítimas da Covid-19. Vai da produção e doação de álcool em gel à aquisição de respiradores mecânicos, incluindo a efetiva par-ticipação na construção de grandes hospitais de campanha.

Há exemplos notáveis e emblemáti-cos do desejo, da vontade e da disposi-ção em dialogar e buscar o consenso. Há poucos dias, em ato realizado em nossa sede, a FIEMG e as três maiores centrais sindicais do Brasil - Central Única dos Trabalhadores (FEM/CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (FITMETAL/CTB) e FEMETAL/Força Sindical - chegaram a um acordo histórico, que vai preservar, no setor metalúrgico, o emprego de 180 mil trabalhadores, em 4 mil empresas, espalhados por 150 municípios minei-ros. Somados a acordos estabeleci-dos com outros segmentos, alcança-mos 300 mil empregos preservados em Minas Gerais.

Só depende de nós, de todos nós, de cada um de nós. Há um futuro pela frente e é nossa responsabi-lidade e dever construí-lo. Somos capazes, juntos, de cuidar das víti-mas do coronavírus e recolocar o país no rumo do crescimento eco-nômico, com as tão aguardadas e fundamentais reformas, em especial a tributária e a do Estado. Este é o caminho para fazer do crescimento efetivo um instrumento de inclusão e transformação social. Sem falsos dilemas.

Atendendo exigências da

Legislação Eleitoral, o vice-prefeito de Montes Claros, Adauto Marques Batista, pediu licença do cargo de vice-presidente da Regional Norte da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). Assume o cargo, interinamen-te, nomeado pelo presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, o empre-sário Ricardo Dias Alencar, do Grupo Center Pão, que é presi-dente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias da Panificação e de Massas Alimentícias do Norte de

Minas (SINDPAN-Norte). A nome-ação dele tem a apoio dos presi-dentes dos outros cinco sindicatos patronais ligados à FIEMG Regional Norte.

Para Alencar, “dar continuidade ao excelente trabalho que vinha sendo realizado por Adauto, será o nosso foco, fortalecendo a indústria e os empresários, principalmente neste difícil momento de enfrenta-mento de uma pandemia que, alem de vida humanas ceifadas, impacta significativamente e negativamente as indústrias e a economia”.

A FIEMG comprou

testes rápidos que iden-tificam a Covid-19 para realizar a testagem em massa de funcionários do setor industrial minei-ro. O investimento, para o empresário, é de R$ 99,00 por trabalhador. O objetivo é auxiliar o setor para que as

ati-vidades possam ser retomadas sem colocar em risco a saúde dos colabo-radores. Inicialmente, serão testados os funcionários de indústrias ligadas

à produção de insumos na área da saúde e alimentação.

Em Montes Claros, os testes estarão disponíveis em duas

moda-lidades: atendimento na unidade Sesi de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) que fica na Avenida Armênio Veloso, 46, centro, ou atendimento diretamen-te dentro das indústrias. As empresas interessa-das em adquirir os tes-tes devem ligar para o número (38) 3221-4637 e falar com a equipe de medicina do trabalho da SST. Por enquanto, não há data limi-te para os pedidos.

Tempos de reconstrução

Adauto Marques Batista se licencia da

presidência da FIEMG Regional Norte

Fiemg viabiliza testes rápidos de

Covid-19 para indústrias

Presidente do SINDPAN-Norte assume o

cargo interinamente

Investimento auxilia o setor na retomada das atividades econômicas

diante da pandemia

FLÁVIO ROSCOE - Presidente da FIEMG

Ricardo Alencar Dias assume interinamente a presidência da

(13)

Revista da ACI | Junho de 2020 25 Revista da ACI | www.acimoc.com.br

24

Imposto de renda

durante a pandemia

Com crise provocada pela

pande-mia do COVID-19 o prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, que seria no dia 30 de abril foi prorrogado para 30 de junho, através de comunicado feito pelo secretário da Receita Federal, José Tostes Neto.

O vencimento das cotas também foi prorrogado. A primeira ou única cota vence no dia 30 de junho de 2020, enquanto as demais cotas vencem no último dia útil dos meses subsequentes, sendo o vencimento da última e oitava cota em 29 de janeiro de 2021.

Restituição do imposto de renda Outra medida tomada pelo governo é sobre a manutenção do prazo de restituições, que tinha sido uma das mudanças para esse ano, o primei-ro lote foi pago dia 29 de maio, os demais serão nas seguintes datas: 2º lote, dia 30/06, 3º lote, dia 31/07, 4º lote dia 28/08 e 5º dia 30/09. Os contribuintes que ao longo do ano tiveram imposto de renda retido na fonte, no caso de recebimento de salários, por exemplo, acontece de acordo com os limites da tabela da Receita Federal. Ou seja, para quem recebeu no mês mais de R$ 1.903,98 mensais (após as devidas deduções) teve IR retido no seu contracheque, principalmente naquele mês em que o trabalhador recebeu o salário do mês mais as férias. Portanto, agora na hora de fazer a declaração, será apurado o valor devido do imposto e deste será

FINANÇAS

Contador, especialista em Direito Tributário

por Jairo Bahia*

• Recebeu mais de R$ 28.559,70 de renda tributável no ano (salá-rio, aposentadoria ou aluguéis, por exemplo);

• Ganhou mais de R$ 40 mil isentos, não tributáveis ou tribu-tados na fonte no ano (como inde-nização trabalhista ou rendimento de poupança);

• Teve ganho com a venda de bens (casa, por exemplo); • Comprou ou vendeu ações na Bolsa;

• Recebeu mais de R$

142.798,50 em atividade rural (agricultura, por exemplo) ou tem prejuízo rural a ser compensado no ano-calendário de 2019 ou nos próximos anos;

• Era dono de bens de mais de R$ 300 mil;

• Passou a morar no Brasil em qualquer mês de 2019 e ficou aqui até 31 de dezembro;

• Vendeu um imóvel e com-prou outro num prazo de 180 dias usando a isenção do IR no momento da venda.

Já estamos na reta final para o prazo de entrega das declarações, que encerra dia 30 de junho às 23h59min. Então, vamos relembrar quais são os principais critérios que obrigam uma pessoa a declarar:

completo, o governo permite que seja desti-nado, agora em junho, até 3% do imposto de renda devido, ao FIA - Fundo da Infância e adoles-cência. O FIA tem por objetivo cap-tar e aplicar recursos destinados às ações de atendimento à criança e ao adolescente. As ações destinam-se a Programas de Proteção Especial à criança e ao adolescente expostos à situação de risco pessoal e social. Para que as instituições, que cui-dam das crianças e dos adolescen-tes, possam receber estes recursos, elas devem estar cadastradas no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente.

A forma de destinar é muito sim-ples, o próprio programa do imposto de renda já calcula quanto o contri-buinte poderá doar, depois é só gerar o DARF. Ao fazer a opção, o contri-buinte terá deduzido do seu valor de imposto a pagar o valor que ele optou por doar. Para aqueles que têm valor a ser restituído, o valor doado será acrescido à restituição. Ou seja, o con-tribuinte não paga nada a mais, ele apenas destina parte do seu imposto para o financiamento de projetos de atendimento à população infanto juve-nil.

deduzido o que já foi retido, e neste momento apura se o contribuinte terá que pagar algum valor a mais de imposto ou terá restituição.

Para aqueles contribuintes que já entregaram as suas declarações, algumas categorias têm prioridade legal no recebimento da restituição e devem ter sido contemplados no primeiro lote, são eles: aqueles com 60 anos ou mais, sendo assegurada prioridade especial aos maiores de 80 anos, os portadores de deficiência física ou moléstia grave e contribuin-tes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Doações ao FIA

Outra informação de extrema relevância social, e neste momento se faz ainda mais necessário, são as doações de incentivo. Para os con-tribuintes que declaram no modelo

(14)

O cenário de

instabilidade jurídica

pós-crise nas relações

de trabalho

O mundo vive um momento nunca antes imaginado para a era moderna, com a propagação descontrolada do coronavírus (Covid-19), o qual trouxe consigo restrições de toda ordem, com a suspensão de atividades de diversos setores da economia, virando o mundo e o Brasil de ponta cabeça. Os reflexos negativos desta inter-rupção abrupta das atividades eco-nômicas no país trouxeram grave impacto negativo para as relações de trabalho - mola propulsora e peça fun-damental na engrenagem que move a sociedade.

No Brasil, já tão comprometido pela escassez de emprego, com milhões de pessoas trabalhando na informa-lidade, os impactos negativos não poderiam ser piores, tudo isso aliado à grave crise política, social e financeira instalada, deixam patrões e emprega-dos à deriva.

As medidas provisórias

relacio-nadas ao assunto, editadas em abril pelo Governo Federal - MPs 927 e 936, ainda vêm sendo alvo de intenso debate entre juristas, empregadores e trabalhadores. Inclusive já foram questionadas no Supremo Tribunal Federal e devem causar profundas mudanças em direitos trabalhistas, conforme especulam especialistas. As citadas Medidas Provisórias foram editadas com objetivo manter a estabilidade dos empregados, e ao mesmo tempo reduzir e/ou prorrogar as despesas dos empregadores. A redução de salário e da jornada de trabalho estão atreladas à garantia de estabilidade no emprego por um período de tempo.

Porém, o futuro aponta para ques-tionamentos de toda ordem, já que as medidas autorizadas pelo Governo Federal viraram alvo de críticas fun-damentadas, por suposta ofensa às normas constitucionais, de modo DIREITO EMPRESARIAL

que as demandas supervenientes e amplas discussões serão inevitáveis, especialmente no âmbito da Justiça do Trabalho.

Apesar da possibilidade de imple-mentação de acordos individuais tra-zida pela MP 936 ser positiva para a preservação dos empregos no Brasil, por reduzir a burocracia e dar mais celeridade a implementação de mecanismos para redução dos cus-tos fixos e gestão da ociosidade, as medidas autorizadas estariam ofen-dendo princípios basilares do Direito do Trabalho e da Constituição federal que é a impossibilidade de redução de jornada, de salário ou suspensão do contrato de trabalho, sem a presen-ça do ente sindical por meio de uma negociação coletiva.

Com base neste entendimento, no dia 06 de abril de 2020, o STF concedeu liminar em ação direta de inconstitucionalidade que tem por

*Especialista em Direito Processual Civil e do Trabalho pela Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES. Advogada graduada pela Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES. Sócia do Escritório de Advocacia “Lopes, Aquino & Cambuí Sociedade de Advogados”. Membro do Comitê Jurídico Estadual da Federaminas E-mail:gislayne@lcpwadvogados.com

por Drª. Gislayne Pinheiro

objeto a Medida Provisória 936, que instituiu o “Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda” para tentar combater os efeitos da crise deflagrada pela epidemia do coronavírus (Covid-19), ocasião em que o ministro Ricardo Lewandowski estabeleceu a obrigatoriedade de comunicação prévia aos sindicatos acerca das eventuais alterações na jornada de trabalho, realizadas por meio de acordos individuais.

Ato contínuo, no dia 6 de abril de 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) cassou a referida decisão limi-nar do ministro Ricardo Lewandowski e deu validade imediata aos acordos individuais firmado entre patrões e empregados durante a crise do novo coronavírus (Sars-CoV-2) para redu-ção de jornada de trabalho e salá-rios, defendendo argumentos outros afetos à situação atípica trazida pela pandemia, bem como ao fato de que

a necessidade de prestar informa-ções aos sindicatos inviabilizaria a implementação das medidas emer-genciais.

Com esse entendimento da Corte, restaram validados os acordos indi-viduais firmados entre patrões e empregados, sem assistência dos sindicatos, de acordo com a MP edi-tada pelo Governo Federal.

No entanto, ainda que a liminar tenha sido cassada por maioria de votos, restou clara a divergência entre interpretações dos poderes Executivo e Judiciário, na sua mais alta corte, que é o Supremo Tribunal Federal, trazendo insegurança jurí-dica para aqueles empresários que buscam mecanismos e proteção para preservar postos de trabalho em suas empresas em meio à crise.

Para a ministra Carmen Lúcia, a imprescindibilidade do sindicato no modelo capitalista é clara, mas neste

momento levaria ao maior desem-prego. “O ato jurídico que se tem no acordo individual prescinde de uma necessária atuação do sindicato neste caso”, disse.

Este cenário tem levado muitos a optar por demissões seguras ao invés da manutenção do emprego em condições de incerteza, o que resulta em mais desemprego, vulnerabilida-de social e econômica para o país. Sabemos que serão necessários investimentos de toda ordem para restabelecer o país, sendo premen-te a necessidade de trabalhadores, empresários e governo iniciarem um trabalho conjunto visando a estabili-dade e crescimento do país como um todo. O mesmo sentimento patriótico de momentos como os atuais deve ser trazido para a realidade diária da nação, não importando onde esta-mos na engrenagem citada no início deste texto.

(15)

Revista da ACI | Junho de 2020 29 Revista da ACI | www.acimoc.com.br

28

EMPATIA

A pandemia abriu os olhos de muita gente para a importância da comunicação, interna e externa. Claro que o mundo já passava por uma ten-dência de mudança muito forte, na qual a sociedade cobra um padrão de comportamento das instituições. O nada a declarar não é mais acei-to. A democratização, o acesso às informações, as redes sociais, tor-nam a transparência um item básico nas relações, seja na política ou no ambiente de consumo. O tema foi inspirado no webinar promovido pela Fundação Dom Cabral, com Flávio Castro e Alexandre Loures, sócios--diretores da FSB Comunicação. A geração Y, dos millenials (jovens nascidos na era da internet – entre 1981/1996) é diferente das outras gerações em relação a marcas e ser-viços. As questões clássicas, como qualidade, preço, entrega, etc são

pre-teridas se não houver propósito, trans-parência, responsabilidade ambiental e social, enfim valores éticos. As pes-soas esperam engajamento e que as empresas sejam claras em relação a essas causas, sejam verdadeiras. Existirão mudanças com impactos relevantes nas questões humanas, pois a Covid-19 lida com morte, iso-lamento, doença, fragilidades. Por outro lado, puxa respostas como vida, saúde, solidariedade e força de supe-ração. A sociedade está mais sensível e vai cobrar isso das marcas.

A adaptação na comunicação começa com iniciativas que mostram o lado humano, através de doações e atitudes de engajamento. A palavra--chave do momento é empatia. Em contrapartida, algumas empresas estão focadas no impacto da econo-mia em seus negócios, como demis-sões e espaços fechados. O impacto

da pandemia na vida das pessoas vai além da questão econômica e o dis-curso precisa trazer um entendimen-to sobre a questão humana. Estamos vivendo um momento novo, desafiador e que exige o diálogo entre as empre-sas e o cliente pautado na boa gover-nança e na cidadania.

Especialistas em reputação de marcas já vislumbravam essa ten-dência no dia a dia das corporações. Deve-se valorizar a mensagem dentro da comunicação, pensando que deve ser algo integrado com todos os seto-res da empseto-resa. Aqui, a estratégia de comunicação é unir o discurso com a ação. Quem pode melhor falar de sua marca que sua própria equipe? As atitudes que alguém demonstra vestindo a sua camisa? O veículo de comunicação pode ser a sua página nas redes sociais, uma newsletter e, por que não, a sua própria revista ele-COMUNICAÇÃO E NEGÓCIOS

Marcas

devem vender

atitude em vez

de produtos

Nágila Almeida é Jornalista, especialista em Gestão de Negócios e Marketing; graduada ainda em Publicidade e Propaganda; Letras; Assessora de Comunicação. Email: nagilaalmeida@yahoo.com.br

trônica? O dono do conteúdo é você, como especialista no seu negócio. Nesta pandemia, tivemos a fase dos memes, do medo, da empatia, do conteúdo e agora é a fase de olhar para o futuro. Momento

de encarar o que vem por aí, como vamos retomar ao “novo normal”? Os meios de comunicação aumentaram sua audi-ência, porém, a partir de agora as empresas passarão a ser meios de comunicação também. As organizações que conseguirem divulgar conteúdo de qualidade se destacarão pelo posi-cionamento e propósito.

São as marcas que se preocupam com o social e fortalecem sua estra-tégia de comunicação de forma efi-ciente, prestando serviço, cumprindo

seu papel social.

O propósito ganhou um lugar de destaque no ambiente de consumo. O que sua empresa está fazendo como legado para o mundo? A linguagem

na mídia deixou de ser meramen-te publicitária, para ser comunitária. Saiu do comercial para o humano, num momento em que a ligação com

o público se transformou em gênero de primeira necessidade.

A comunicação ganhou uma rele-vância maior à medida que as empre-sas terão de repactuar suas relações

com todos os públicos. É preciso entender aonde esta jornada vai nos levar, tendo a internet como protagonista, e os novos canais como instrumen-tos para mostrar empatia. É preciso pensar agora: descobrir o seu papel no mundo, produ-tos devem extrapolar o atendimento de neces-sidades apenas. O con-sumidor está ávido por conteúdo relevante, que envolva o entendimento de uma nova cultura, na qual a comunicação preci-sa ser perene, um elo de conexão que promova a esperança nas pessoas.

A empatia e o propósito na linha de frente da

comunicação com o consumidor

(16)

rompidas. Serão retoma-das? Algum consenso virá? Todos concordam com reformas, mas há sérias divergências sobre qual deve ser feita e priorizada. Retornando ao cenário do setor privado, as pers-pectivas são otimistas. A bolsa subiu e o dólar caiu. Essas perspectivas são mais confiáveis do que projeções baseadas em pesquisas, pois são feitas com aplicação de dinheiro vivo. Ou seja, as pessoas não estão apenas dando opinião, estão colocando sua poupança, renda e patrimônio nesta aposta. Se assim o fazem é por-que têm convicção desta retomada.

Alguns setores foram menos atingidos pela crise. O agronegócio, por exem-plo, conseguiu se expandir em meio à pandemia e aju-dar o Brasil. No Norte de Minas, ele segue a mesma trajetória, ajudado, inclusi-ve, por um melhor índice pluviométrico, além de uma melhor distribuição.

Alguns setores seguem em expansão, como a construção civil. E, espe-cificamente no Norte de Minas, o setor de energias renováveis se expande, prometendo ser uma ala-vanca para o progresso e retomada do crescimento econômico, com geração de emprego, renda e qua-lidade de vida do povo da região.

Em todo caso, o maior ou menor dinamismo que virá vai depender das

expectativas e ações de cada empresa e consu-midor. O governo poderá ajudar, criando os marcos regulatórios que estimulem e destravem a economia. Mudanças virão ou já estão em andamento. As novas tecnologias ace-lerarão a economia e a tornará mais eficiente e eficaz. O trabalho remoto, por exemplo, já é uma rea-lidade em Montes Claros, não só nos Call Centers em crescimento, mas em todas as empresas e ativi-dades. Aqueles que toma-rem a frente nas inovações serão menos afetados pela crise e poderão se expandir durante e após a pande-mia.

A aceleração da eco-nomia, a maior eficácia, eficiência e aumento da produtividade que sempre ocorrem após uma crise não é conflitante com as esperanças de um mundo melhor, mais verde, huma-no e social. É justamente na eficiência da economia que ela deve se assentar, produzir com mais eficiên-cia significa usar menos recursos naturais e menos horas de trabalho, assim o ser humano poderá se dedicar mais à família, ami-gos e atividades criativas. Assim, a solução da crise depende das expectativas de cada um. Depende, sobretudo, das atitudes e ações de cada um. Aos empresários e a toda a sociedade só resta um caminho. Trabalhar e construir o futuro.

ECONOMIA

Muito se fala e se projeta sobre a economia pós pandemia (Covid-19). Em termos agregados, projetava-se, inicialmente, uma queda de 2% do PIB. A previsão de hoje é por volta de -4%, chegando até mesmo a -6% do PIB.

Efetivamente, ninguém sabe o que acontecerá. Para que sejam feitas projeções consistentes, seria neces-sário um histórico similar à da crise atual, o que não é possível, dadas as características peculiares que esta crise apresenta.

De maneira simplificada, as crises econômicas do passado, sobretudo nas economias capitalistas, de livre mercado, têm como característica a superprodução (seja estrutural ou erros de planejamento por excesso de investimentos). Não é isto que temos hoje; a produção foi freada à força pelas ações de contenção à pandemia e o consumo continuou (ou foi adiado em alguns casos), enquanto os esto-ques diminuíam.

Assim, temos capacidade instalada disponível; o parque produtivo, indus-trial e de serviços está apto a voltar à produção, já que estoques não estão tão altos como em uma crise tradicio-nal. Os consumidores estão ávidos por consumo, com muitos itens reprimidos durante a pandemia.

Assim, temos condições de ter uma retomada rápida das atividades econômicas. Mas isto acontecerá e teremos crescimento ou a crise con-tinuará? Isto depende das expectati-vas, teoria debatida pelas escolas de economia há séculos. E os empresá-rios? Têm desejo de retomar as suas atividades e voltar a crescer. Os fatos que virão dependem destas expecta-tivas, do mercado (que é a sociedade e o governo e suas ações).

Se a maioria acreditar que a reto-mada acontecerá e agir de acordo com essas perspectivas, a geração de novos investimentos, emprego e renda se concretizará. O empresaria-do aprendeu, ao longo empresaria-dos anos, que

esse é o único caminho possível; tem que investir, melhorar a qualidade, a eficiência e reduzir custos. Tem que se tornar competitivo e continuar a lutar e se aprimorar se quiser permanecer “estável” no mercado. Muitos perece-rão nesse processo, mas a lógica é que os recursos ociosos (espaço físico, máquinas e equipamentos em geral) que serão deixados por eles, pode-rão ser utilizados por outros, a preços menores, para acelerar investimentos. Surgirão, dessa forma, empregos para aqueles que os perderam na crise. O Governo é uma incógnita neste processo. Ajudará a retomada? As formas são diversas, desde as mais populistas, como estímulo ao con-sumo imediato, até formas mais consistentes, como a aceleração de investimentos (que geram emprego e renda, e, simultaneamente, aumentam a capacidade instalada da infraestru-tura nacional, reduzindo o custo Brasil e ajudando a competividade nacional). As reformas são o caminho, hoje

inter-A economia pós

pandemia, uma

perspectiva local

por Marcos Fábio Martins de Oliveira Diretor Estratégico Econômico

da ACI/MOC Professor da Unimontes e Sócio da Ser-tão Solar

A JJ CURSOS E TREINAMENTOS LTDA, surge para

desenvolver as novas competências vinculadas às estratégias empresariais. A realidade pressiona as empresas a se desenvolverem com agilidade para se manterem competitivas. Atentos a este cenário, oferecemos produtos diferenciados em métodos, abordagens e aplicabilidade que:

„ valoriza a experiência;

„ são elaborados para segmentos específicos do

mercado de atuação;

„ permitem a vivência prática aos profissionais

recém-formados;

„ trazem, em tempo hábil, a informação

significativa e de impacto para o negócio;

„ dispõem preços acessíveis em condições

diferenciadas.

Somos uma empresa que acredita no futuro. E sabemos, que para crescer, é preciso conhecimento. Nós da JJ CURSOS E TREINAMENTOS LTDA,

estamos sempre em busca de desenvolver novas competências, melhorar pessoas e empresas. Por isso, queremos oferecer um produto diferenciado, com novas abordagens, elaboradas para as áreas de contabilidade empresarial, gestão estratégica e desenvolvimento de pessoas.

Convidamos você, a fazer parte desse novo futuro. Invista no seu desenvolvimento e faça parte de uma geração que está mudando o mundo através do conhecimento.

Tel.: (38) 4009-1425 Whatsapp: (38) 9 9986-8824 atendimento@jjcursos.com.br

Rua Tupinambás, 13, Sala 812, Bairro Melo, Cond. Absoluto, Montes Claros/MG

Referências

Documentos relacionados

Sendo assim, o presente estudo visa quantificar a atividade das proteases alcalinas totais do trato digestório do neon gobi Elacatinus figaro em diferentes idades e dietas que compõem

2 - OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é avaliar o tratamento biológico anaeróbio de substrato sintético contendo feno!, sob condições mesofilicas, em um Reator

Quando os Cristais são colocados a menos de 20 cm do nosso corpo, com uma intenção real, eles começam a detectar o que está a mais no físico, no emocional, no mental e no

Para tanto, no Laboratório de Análise Experimental de Estruturas (LAEES), da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (EE/UFMG), foram realizados ensaios

•   O  material  a  seguir  consiste  de  adaptações  e  extensões  dos  originais  gentilmente  cedidos  pelo 

A turma deverá formar uma comissão de formatura e elaborar uma ata, com a data da eleição, o nome do curso, turnos e a matrícula dos componentes com seus devidos cargos, além

Alves (2001) ressalta que a variável custos da qualidade ambiental decorrente de gastos para manter o padrão de emissão dos resíduos, em conformidade com as leis que regulamentam