Universidade Estadual do Oeste do Paraná
CCET
–
Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas
Curso de Engenharia Civil
Disciplina: PLANEJAMENTO E CONTROLE DA CONSTRUÇÃO 4º. Ano de Engenharia Civil
Prof. Ricardo Rocha de Oliveira
UNIDADE 3
–
PLANEJAMENTO DO TEMPO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Cascavel
Unidade 3
–
Planejamento do
Tempo na Construção Civil
•
3. Ferramentas de Planejamento e Controle e a definição de
tempos, etapas, recursos de obras
–
3.1 As diversas ferramentas, origens, usos, vantagens e desvantagens.
–
3.2 Gráficos de Gantt, Cronogramas e suas aplicações na programação das
construções;
–
3.3 Técnicas de Rede (PERT-CPM), suas várias possibilidades de uso e dificuldades
na construção civil;
–
3.4 A técnica da linha de balanço e seu uso em obras repetitivas;
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3.5. A curva de agregação de recursos com instrumento de definição
de prazos e distribuição de recursos;
–
3.6 Outras formas de programação na construção: simulações, redes neurais e
outros;
CONCEITOS GERAIS :
A curva “
S” representa graficamente o resultado da
acumulação das distribuições
percentuais, parciais,
relativas à alocação de determinado fator de produção (mão
de obra, equipamentos e materiais) ao longo do tempo.
A curva S pode ser também denominada de curva de
distribuição ou agregação acumulada.
Basicamente, a curva pode ser empregada como técnica de
planejamento, programação e/ou como técnica de controle.
Início Lento – devido a estar numa fase de reconhecimento do projeto e suas necessidades, pelos executores, assim como pelos poucos recursos envolvidos e a baixa sinergia entre o pessoal envolvido.
Fase de Crescimento Rápido – devido ao quase total conhecimento das
etapas do projeto e suas necessidades pelo maior emprego dos recursos e a alta sinergia entre o pessoal envolvido.
Fase de Término Lenta – devida à utilização de poucos recursos (muitos já desmobilizados), à ausência ou o não cumprimento das listas de verificação (check-lists) de encerramento e ao natural desgaste mútuo entre o pessoal envolvido.
Graficamente, num
sistema de
coordenadas, a
evolução apresenta
a forma de um “S”
CURVA DE AGREGAÇÃO DE RECURSOS / CURVA “S”
A curva “S” é um instrumento de planejamento,
acompanhamento e controle de projeto que, com
extrema facilidade e visualmente, permite comparar
o que foi orçado com o que está sendo realizado
e
também:
•
definir o montante de recursos financeiros necessários,
no tempo programado;
•
definir os limites máximos e mínimos dos orçamentos;
•
verificar o desvio existente entre o realizado e o orçado
e se o orçamento foi realizado com tendência otimista
ou pessimista;
A CURVA “S” COMO TÉCNICA DE PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO
Como técnica de planejamento e programação, a curva “S” permite a
modelagem da alocação dos recursos e do progresso em relação ao tempo.
Neste caso, tem-se como objetivo a criação de modelos de comportamento para o desempenho planejado do projeto por meio de curvas de agregação acumuladas de progresso, recursos e custos.
A CURVA “S” COMO TÉCNICA DE PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO
CURVA “S”
$
Curva em PDI
Curva
Proposta
Curva em UDI
A CURVA “S” COMO TÉCNICA DE PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO
O contrário também é verdadeiro, ou seja, dados a
duração e o nível máximo de recursos disponíveis,
deve-se traçar um programa de obras exeqüível
A CURVA “S” COMO TÉCNICA DE PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO
Nada impede, e inclusive existe a recomendação para, que as curvas
de agregação, estabelecidas a um nível hierárquico de decisões
mais elevado, determinem a programação de obras a ser realizada.
Sendo assim, o desempenho ou progresso representando as
estratégias (tais como redução máxima da fase de construção, maior
ou menor ritmo de execução em certos intervalos de tempo,
mobilização inicial e duração total.) e as restrições, as alocações
otimizadas e os níveis máximos de custos e recursos estabelecidos
no plano mestre podem ser modelados e dispostos por meio de
curvas de agregação simples ou acumulada.
A CURVA “S” COMO TÉCNICA DE PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO
FORMA DE USO DA CURVA S NO PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO
Basicamente, por mais que o projeto tenha caráter inédito, a equipe de
gerenciamento pode, através de experiência adquirida ou de informações
documentadas de outros projetos semelhantes, estimar a duração prevista.
Estimados os custos, as durações totais e traçadas as estratégias, parte-se
para a análise das curvas de agregação simples e acumuladas mais
adequada ao porte, tipo e objetivos do projeto.
Pode-se representar a agregação dos recursos na forma relativa (ou
percentual) quanto absoluta (com unidades métricas ou monetárias). A
A CURVA “S” COMO TÉCNICA DE PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO
MONTAGEM DA CURVA “S” COMO TÉCNICA DE PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO:
Para o planejamento e programação de Projetos, podem-se
montar curvas de mão-de-obra, equipamentos, materiais e
custos.
Porém, a relação progresso físico x tempo é uma das mais (ou
a mais) importantes aplicações da curva.
Desejando-se trabalhar com esta relação, deve-se selecionar
antes do início da montagem da curva o recurso que servirá de
base para a referencia do progresso físico.
Geralmente, opta-se entre financeiro e mão-de-obra : O
primeiro é o padrão mais global de comparação, por
transformar todas as unidades em uma única unidade (unidade
monetária) e o segundo pode ser empregado quando o projeto
envolve moedas diferentes, sendo também importante, avaliar
a força de trabalho ao longo do projeto, visando detectar
O cronograma a seguir exemplifica o método de obtenção da curva S de trabalho, representado por homem-hora (Hh), Na figura são ilustrados o total de Hh mensal (na forma de histograma, com valores lidos no eixo da esquerda) e o Hh acumulado (que é a curva $, com valores lidos no eixo da direita).
CURVA S DE CUSTOS
Para se obter a curva s de custos, o processo é idêntico. A única diferença é que o parâmetro de cálculo agora é o valor monetário de cada atividade, considerando
CURVAS “S” DE REFERÊNCIA:
CURVA S PADRÃO NORMAL / CURVA S CLÁSSICA
Na falta de dados reais de projetos similares, ou quando o planejamento ainda é preliminar, é sempre interessante gerar uma curva S para fins de estimativa de avanço futuro das obras>
Pode-se adotar curvas S com histórico da empresa ou curvas S de referência de outras obras ou reconhecidas como referências.
Entre as referências, há dois tipos considerados com conceitos importantes:
1) Curva S Clássica
Curva S Normal
a) O projeto atinge 50% do avanço (Hh ou custo) em 50% do prazo total,
b) O projeto atinge 40% do avanço (Hh ou custo) em 50% do prazo total. c) O projeto atinge 60% do avanço (Hh ou custo) em 50% do prazo total. d) O projeto atinge 50% do avanço (Hh ou custo) em 40% do prazo total.
e) O projeto atinge 50% do avanço (Hh ou custo) em 60% do prazo total.
Curva S Normal
Curva S Normal
Curva S Normal
Outra situação em que uma curva padrão se faz oportuna é quando o planejador quer comparar a curva do projeto com um parâmetro teórico.
Comparando as duas curvas, ele pode constatar quão distante o avanço previsto para o projeto está em relação a um avanço ideal perfeitamente equilibrado.