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Município de Estremoz CÂMARA MUNICIPAL ATA N.º 6/2020

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ATA N.º 6/2020

ATA DA REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE ESTREMOZ

REALIZADA NO DIA DEZOITO DE MARÇO DE DOIS MIL E VINTE

No dia 18 do mês de março do ano de 2020, nesta cidade de Estremoz, através de sistema de videoconferência, pelas 10:00 horas, sob a presidência do Presidente da Câmara Municipal, Senhor Francisco João Ameixa Ramos e com a participação dos Senhores Vereadores José Augusto Fernandes Trindade, José Daniel Pena Sádio, Márcia Alexandra Ferreira de Oliveira, Nuno Miguel Ferreira Madruga, Sílvia Tânia Guerra Dias e Sónia Maria Craveiro Gomes Ferro, realizou-se a reunião ordinária desta Câmara Municipal.

Como Secretário à reunião esteve presente, também através de sistema de videoconferência, o Chefe da Divisão Administrativa, Financeira e de Desenvolvimento Social e Cultural, Baptista António Marchante Catita, nomeado pelo Despacho do Presidente da Câmara n.º 17/2019, de 6 de fevereiro de 2019.

PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA

O Presidente da Câmara agradeceu a disponibilidade de todos para que esta reunião se fizesse por videoconferência, acrescentando que as razões por que tem que ser assim são sobejamente conhecidas de todos, mas ainda bem que existem estas tecnologias e que não deixam de fazer aquilo que têm para fazer.

O Vereador José Sádio agradeceu ao Presidente da Câmara a disponibilidade para fazer a reunião desta forma e aos serviços da Câmara pela prontidão com que conseguiram configurar o sistema.

Seguidamente disse reiterar o apoio deles relativamente às medidas tomadas pelo Município no âmbito da contenção do COVID-19, que é um assunto sério e grave, que os une e obviamente nunca será motivo de qualquer querela política, porque o que está em causa é a segurança e a vida das pessoas. Referiu também terem total disponibilidade para estar ao lado do restante Executivo para poderem ajudar a população e que, neste sentido, gostaria que o Presidente da Câmara

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fizesse o ponto da situação, questionando se há mais alguma medida além das que foram divulgadas, porque eles também têm uma série de propostas a fazer de medidas de cariz preventivo e que gostariam de partilhar.

O Presidente da Câmara agradeceu e disse que é para isso que cá estão porque, nesta fase e perante a situação, ninguém está seguro daquelas que são as melhores decisões sobre esta matéria e vão de alguma maneira agindo e reagindo em função da informação que lhes vai chegando através dos meios de comunicação social e da Direção Geral de Saúde (DGS) e em função da situação real do Concelho de Estremoz.

Seguidamente informou que já foi tomado um conjunto de medidas que está no "site" da Câmara, algumas inclusive divulgadas através de meios de comunicação social, nomeadamente da Rádio Despertar e que essas medidas foram as que lhes pareceram mais adequadas no momento. Informou também que vão ver como a situação evolui e que, se evoluir negativamente, têm mais um conjunto que terão que implementar e que já têm mais ou menos desenhadas, indo "apertando ou alargando os furos do cinto" em função da situação. Acrescentou terem compilado num documento, que foi enviado para a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central a seu pedido, todas as medidas que foram tomadas e que irá fazer chegar aos senhores Vereadores, sendo isto o que está em execução e o que perspetivam em termos de futuro depende naturalmente da evolução da situação e também daquilo que vier a ser a decisão do Senhor Presidente da República, do Conselho de Estado, da Assembleia da República e do Governo, que será um conjunto de medidas que virão a ser tomadas eventualmente ainda hoje.

Posteriormente mencionou que, do ponto de vista social, também já têm desenhadas algumas situações, nomeadamente no que diz respeito ao fornecimento de refeições e à contratualização com outras entidades que os possam ajudar na distribuição de bens alimentícios, já estando contactada a delegação de Estremoz da Cruz Vermelha Portuguesa para, se for necessário, pensa que com o

"Intermarché" e com as Juntas de Freguesia, fazer a recolha desses alimentos e a Câmara, com os seus serviços, fazer a distribuição porta a porta às pessoas mais vulneráveis que não têm capacidade de se deslocar aos supermercados. Referiu que também já tem agendada uma situação que virá a ser posta no terreno se vier a ser caso disso, no que diz respeito a refeições confecionadas, sendo a empresa que

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está na Escola do Caldeiro e que fornece as refeições escolares, passar a fazer refeições para famílias carenciadas e que não tenham possibilidade de se deslocar, sendo entregues refeições porta a porta em função das necessidades que lhes chegarem.

Informou que têm perspetivado também, do ponto de vista económico, se houver necessidade, a redução ou até mesmo a isenção do pagamento da fatura da água e de tudo o que a ela está associado, em relação às famílias que vierem a estar mais vulnerabilizadas, o que é expetável. Referiu também não saber qual vai ser a dinâmica do próprio Governo, mas é expetável que ao nível da restauração, além de outros setores, aumente a situação do desemprego, não sabendo se está tudo preparado ao nível da administração central para pagar os subsídios de desemprego atempadamente a essas pessoas e, se isso não vier a acontecer e houver necessidade de fornecer bens alimentícios ou eventualmente refeições confecionadas, fazer chegar a essas pessoas, estando o serviço de ação social da Câmara também já preparado para isso, tendo já feito contactos com as Juntas de Freguesia para o fazerem e pedindo também a colaboração dessas Autarquias para outras coisas se for necessário. Acrescentou que estão a preparar também os serviços da Câmara Municipal para dar uma resposta até onde for possível, se a situação de facto se agravar, houve uma informação oficiosa do caso de uma pessoa infetada em Évora e, até ao momento, todo o Alentejo tem tido o privilégio de não ter casos, mas obviamente não estão livres disso.

Mencionou que, na eventualidade de a situação ir até quase ao fim de abril, têm pela frente ainda quase um mês e meio de evolução desta pandemia e, se isso vier a acontecer, acha que dificilmente algum concelho do país se poderá safar.

Mencionou também que estão a procurar andar para a frente e antecipar cenários, tanto quanto possível, para dar resposta a esta situação e pensar que já estão hoje no terreno a fazer desinfestação de alguns espaços públicos da cidade, que têm maior pressão em termos de pessoas a caminhar, tendo que agradecer ao ADS (Agrupamento de Defesa Sanitária da Região de Estremoz), que disponibilizou um produto que permite fazer essa desinfestação. Acrescentou que, em termos da Câmara, encerraram-se alguns serviços que constam das medidas de contenção, designadamente os que tinham mais acesso de público, como são os casos do Turismo, Biblioteca, museus e Parque Desportivo, para tentar evitar que o contágio

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aconteça, porque quebrar a cadeia parece ser a forma mais eficaz de combater este vírus. Referiu também que, neste momento, as medidas implementadas são as que podem consultar no "site" do Município, as desenhadas são algumas das que avançou em função da necessidade e há outras que ainda não pode divulgar, porque estão a trabalhar de modo a não criar pânico nas pessoas, porque o objetivo também é serem racionais nesta medida, avançarão com ela de um momento para o outro e divulgá-la-ão nessa altura, mas não querem desde já avançar com medidas mais exigentes e mais drásticas, que possam incutir medo nalgumas pessoas, porque isso é de evitar.

Concluiu mencionando que, de memória e de uma forma sintética, é o que têm, mas estão sempre abertos e atentos e vão procurando ver o que outros estão a fazer, tendo visto decisões de outros municípios e pode haver situações que lhes pareçam eficazes e pertinentes adotar porque, para estas situações, todos são poucos para pensar numa forma de combater o problema.

O Vereador José Sádio agradeceu a explicação e disse concordar que este assunto requer muita atenção e muito cuidado, que têm que tomar medidas sem criar pânico, que ao nível do Partido Socialista (PS) também têm olhado para a realidade local, regional e nacional e perceber o que está a ser bem feito em muitos municípios. Disse também que a medida referida pelo Presidente da Câmara, de cariz social, é uma das medidas que eles vão propor, em conjunto com Instituições Particulares de Solidariedade Social, a Guarda Nacional Republicana, a Polícia de Segurança Pública, as Juntas de Freguesia e a ação social do Município, devendo ser colocado em prática rapidamente um mecanismo de apoio a pessoas idosas e em condições de risco por viverem sozinhas. Acrescentou que também nas Freguesias há pessoas em montes isolados, há um levantamento da rede dessas situações e devem agir de forma a que as pessoas possam ter rapidamente refeições e avios de necessidades básicas e de medicamentos. Referiu que, se conseguissem, devia ser criada uma rede de apoio coordenada pelo Município, para que nada falte, porque seguramente estão conscientes de que não serão apenas uma, duas, três ou quatro semanas, mas sim muitas semanas, que oxalá se consiga resolver rapidamente, mas o rapidamente serão meses.

Referiu também que pensaram uma série de medidas para empresas e para munícipes e que gostariam de as partilhar com todo o Executivo, sendo as

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seguintes:

"Medidas de contenção e prevenção do Covid – 19 Medidas de cariz social:

- Em conjunto com as IPSS's, PSP, GNR, Juntas de Freguesia e Acção Social do Município, garantir que se coloca em prática rapidamente mecanismos de apoio a idosos e pessoas em condições de risco que vivam sozinhos e/ou isolados, de forma a que estes tenham acesso a refeições ao domicílio, não precisem sair de casa para compras ou outros assuntos que precisem tratar;

Medidas de apoio às empresas e munícipes:

- Isenção de rendas e conceções por um período de 90 dias, para as empresas que tenham de suspender a sua atividade, em virtude desta situação;

- Suspensão do pagamento de taxas e tarifas devidas ao município, por um período de 90 dias, por empresas sediadas no Concelho que suspendam a sua atividade, com a possibilidade de serem faseados os valores em dívida por um prazo de 18 meses;

- Isenção de pagamento das taxas devidas por ocupação do terrado, até ao final do ano de 2020, a todos os Feirantes e Comerciantes que tiveram de interromper a sua atividade nos Mercados de Estremoz;

- Criação de uma sala de Vídeo Conferência, para dar atendimento em vídeo chamada, para todas as situações urgentes que não possam ser resolvidas por contacto telefónico ou email;

- Criar as condições para que todos os pagamentos ao Município sejam feitos através de Multibanco, MB Way ou Transferência Bancária;

- Prorrogação em 90 dias dos prazos limite para pagamentos de taxas e tarifas ao Município;

Medidas de apoio aos Funcionários do Município:

- Realização de teletrabalho a partir de casa para todos os funcionários cujas funções o permitam, dando prioridade, em caso de necessidade de assegurar serviços mínimos, a todos aqueles que se insiram em grupos de risco (grávidas, doentes crónicos, etc), tenham crianças a seu cargo (até aos 12 anos) ou pessoas idosas no seu agregado familiar;

- Criação de equipas, por turnos, de forma a garantir os serviços mínimos nos sectores operacionais;

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- Criação de um único Ponto de Atendimento;

- Reforço das medidas de higiene e limpeza em todas as instalações municipais;

- Limitar a permanência no Bar dos Serviços Sociais e no Bar do Estaleiro, a um máximo de 5 pessoas em simultâneo, pelo mais curto espaço de tempo possível;

- Disponibilização de material de protecção individual (luvas e máscara) a todos os funcionários municipais que desenvolvam atividade no exterior;

Posteriormente, o Vereador José Sádio referiu que são estas as medidas que têm para propor e para partilhar, todas na lógica das que têm sido tomadas para prevenir, porque é preferível ser excessivo nestas situações do que virem a lamentar que algum deles ou algum funcionário da Câmara possa ter o problema de um contágio e poder ser uma correia de transmissão do vírus, que é aquilo que todos não querem, porque todos querem ganhar a batalha, não contagiando ninguém nem sendo contagiado.

O Presidente da Câmara agradeceu o contributo, solicitou que as medidas enunciadas lhe fossem envidas e disse não ter sido exaustivo na sua intervenção, porque muitas das medidas já estão implementadas ou equacionadas, havendo pormenores que não referiu, como é o caso dos bares, o distanciamento entre as pessoas, a existência de desinfetantes em todos os espaços, as maçanetas das portas que são permanentemente desinfetadas e o espaçamento entre as pessoas nos locais de atendimento ao público no edifício dos Paços do Concelho, estando definidos no chão espaços onde as pessoas têm que ficar, só chegando uma pessoa de cada vez junto ao balcão e tudo isso são pormenores que já estão implementados. Acrescentou que os funcionários com filhos menores de doze anos já estão em casa, que está a ser feito um levantamento das pessoas com problemas de saúde e que vão ver como a situação vai evoluir.

Seguidamente referiu que poderiam estar muito mais tempo a falar deste tema, mas há outros meios, todos têm os contactos dos outros e está sempre disponível para receber contributos e saber de situações que achem que deveriam ser tratadas, percebendo sempre que a Câmara não tem recursos ilimitados, nem tem funcionários que consigam responder a tudo. A título de exemplo referiu ter recebido um pedido, pouco antes desta reunião, para limpeza do espaço de um serviço público que está com dificuldades de resposta em matéria de limpeza, indo

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ver se conseguem ajudar.

Informou que depois de amanhã terão uma reunião no âmbito da proteção civil, onde vai estar representada a generalidade das instituições do Concelho, para perceber quais as disponibilidades e as capacidades que cada um tem para reagir e como conseguem interagir em termos de pormenor, se for caso disso. Informou também que será essa Sub-Comissão de Saúde Pública criada de entre a Comissão Municipal de Proteção Civil que tem mais entidades, que vão estar aquelas que lhes parecem ser o "núcleo duro" e irão reunir para tentar articular mais algum pormenor que seja necessário, designadamente a questão de famílias isoladas em montes, tendo a abertura de todos os Presidentes da Juntas de Freguesia para colaborar nesse sentido. Acrescentou que, cada vez que houver necessidade de "muscular"

quaisquer intervenções, têm já o circuito montado e com capacidade de resposta até determinado limite, como é natural.

Seguidamente referiu que, para já, é isto que sabe, porque aquilo que lhe chega da DGS é o que é imediatamente veiculado através dos meios de comunicação social e que está ao alcance de todos, não tendo qualquer informação privilegiada nem tendo que ter, estando tudo a ser feito de forma transparente pela DGS e estando tudo a ser publicado em aplicações que mostram os vários dados.

Referiu também que têm tentado antecipar os problemas e agir em conformidade com aquilo que lhes parecem ser as decisões mais certas, apesar de saber que nunca estão livres de críticas por uma ou outra decisão e também já percebeu que há toda a abertura por parte dos Vereadores do PS para apoiar porque, obviamente, prefere ser criticado por agir por excesso, do que ser criticado por agir por defeito;

prefere, se amanhã os problemas não se verificarem e disserem que se fez e não valia a pena, do que dizerem que se devia ter feito e não fizeram e que a coisa se agravou. Acrescentou que, nesta matéria, o que interessa é estarem todos "no mesmo barco", é tentarem todos sintonizarem-se, todas as opiniões são importantes, embora umas possam ser acolhidas e outras não, por várias razões, mas todas as ideias são importantes, inclusive de outros, porque estão atentos ao que outros municípios estão a fazer, não tendo problemas em copiar quando há necessidade disso, em relação a alguma coisa que não tenham antecipado.

Posteriormente mencionou que há abertura total e transparência, porque são coisas que estão acima de tudo neste momento e, enquanto tiverem capacidade de

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raciocínio e sanidade mental, o que também é muito importante, porque há pessoas mais frágeis nesta matéria e que não conseguem ter a racionalidade e a frieza que estas coisas têm que ter, têm que agir mas não podem passar qualquer imagem de pânico, porque isso é o pior que pode acontecer em qualquer sociedade, também achando que ainda não há razões para pânico, havendo questões e decisões racionais que têm que ser tomadas, umas para antecipar cenários mais catastróficos e outras para antecipar cenários que esperam não tenham esse efeito perverso que poderão vir a ter.

Concluiu mencionando que estão preparados, até determinado limite, para poder implementar no terreno e dar resposta àquelas que são as necessidades primárias dos seus concidadãos naquele que é o papel da Câmara Municipal.

A Vereadora Sónia Ferro disse que gostaria de perceber se existe alguma coisa mais concreta em termos de implementação do teletrabalho, por achar que, quantas menos pessoas houver a circular e designadamente pelas instalações municipais, mais seguro será trabalhar nelas e será também para os munícipes, ou seja, quanto mais circularem, mais possibilidades há de espalharem o vírus; não percebeu se já está a ser implementado o teletrabalho ou se os funcionários se continuam a deslocar às instalações e se já há alguma organização em termos de turnos, indo os trabalhadores em dias alternados para haver menos pessoas nos serviços, porque essa também é uma medida que outros municípios têm estado a adotar, havendo acesso remoto às aplicações informáticas a partir de casa, bastando a pessoa ter computador e o seu próprio telemóvel, podendo a partir daí aceder; julga que seria uma mais-valia e evitar uma maior circulação, protegendo os trabalhadores e isso acabar por ter reflexos para os munícipes. Disse também que outra hipótese, garantindo os atendimentos presenciais que se possam julgar imprescindíveis, como o acesso à tesouraria nos casos em que as pessoas não consigam fazer pagamentos de outra forma ou para pessoas mais idosas que não têm tanta facilidade em utilizar as novas tecnologias, será fazer os atendimentos com marcações prévias, podendo as pessoas telefonar para marcar e não se encontrarem em filas, espaçar os atendimentos que sejam imprescindíveis e inadiáveis, de maneira a evitar os aglomerados, garantindo que os munícipes não se juntem e isso também seria mais seguro para quem fizesse os atendimentos.

O Presidente da Câmara disse que o teletrabalho está equacionado mas

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ainda não está implementado, sendo certo que há muita gente ausente por ter filhos até doze anos.

A Vereadora Sónia Ferro disse que essas pessoas, em vez de estarem no regime de apoio aos filhos com redução no vencimento, poderão optar pelo teletrabalho se essa for uma possibilidade.

O Presidente da Câmara disse que na generalidade não é possível implementar teletrabalho que seja eficaz em relação a muitas dessas pessoas, porque o que fazem não se compadece com teletrabalho. Em relação às questões de atendimento, referiu que só já estão a ser feitos atendimentos, urgentes e inadiáveis, por marcação no caso do urbanismo e o atendimento do Presidente da Câmara e das Vereadoras também está reduzido ao mínimo, sendo muitos assuntos resolvidos através de contacto telefónico e não se encontrando quase ninguém no edifício dos Paços do Concelho, porque as pessoas acabaram de facto por se

"acomodar" àquelas que são estas exigências e às precauções que têm que ser tomadas.

A Vereadora Sónia Ferro referiu que os trabalhadores ainda estão nas instalações.

O Presidente da Câmara disse que sim, mas que há setores onde não está ninguém e estão todos afastados conforme as instruções que foram dadas, Disse também que os horários do bar-refeitório do Estaleiro Municipal foram alargados para ser frequentado por um número limitado de pessoas de cada vez e devidamente afastadas e a mesma coisa no bar-refeitório do edifício dos Paços do Concelho, estando essas situações acauteladas e interiorizadas e ninguém se tem cansado de transmitir essa regra, porque o distanciamento social é a "regra de ouro"

nesta situação, de acordo com aquilo que é conhecido hoje em dia, porque é esse o grande elo de transmissão deste vírus, devendo haver sempre mais de um metro de distância entre as pessoas. Acrescentou que tudo o resto é importante, como o uso de luvas e máscaras, mas todos têm que ter cuidado com o distanciamento social e é essa ideia que todos devem passar, para que toda a gente a consiga interiorizar.

Seguidamente referiu que, além do Despacho que consta para conhecimento no ponto dois da ordem do dia desta reunião, fará chegar uma compilação dos quatro despachos relativos a este assunto e que estão no "site" da Câmara.

Posteriormente mencionou julgar que as reuniões devem continuar a ser

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efetuadas por videoconferência enquanto a atual situação se mantiver, devendo ser analisada a questão do esclarecimento ao público.

O Vereador José Sádio propôs que, ou os munícipes coloquem previamente as questões para serem analisadas nas reuniões da Câmara ou, se for possível e se houver uma pessoa que queira colocar uma questão a todos, mediante requerimento prévio, os serviços convidem a pessoa a entrar na reunião nesse momento, também com uma câmara, tal como os membros do Executivo.

O Presidente da Câmara mencionou preferir a primeira hipótese, podendo os interessados enviar as questões para serem respondidas durante a reunião para, nesta fase, não envolver os serviços com mais questões, porque é uma situação de contingência e agora têm que se focar em questões mais importantes. Mencionou também que, se houver uma situação urgente, certamente que os interessados se dirigem logo ao Presidente ou a uma Vereadora, sem esperarem pela realização de uma reunião e assim não serão dispersados recursos dos serviços. Acrescentou esperar que seja uma situação transitória e que daqui a um ou dois meses estejam em condições de voltar à normalidade.

O Vereador José Sádio referiu parecer-lhe bem, por ser um meio excecional e salvaguardar a questão.

A Vereadora Sónia Ferro disse perceber que estão num momento de contingência muito específico, mas também entender que não devem entrar em pânico e as coisas devem ser feitas de uma forma racional e com menos atropelos possíveis ao que é a democracia e os direitos e liberdades de cada um. Disse também que se devem limitar a atropelar naquilo que seja justificado e em que não haja alternativas, julgando que neste caso há alternativas simples por demais, não sendo preciso exigir nada de muito especial aos serviços porque, assim como eles conseguem estar em videoconferência, é puro e simplesmente acrescentar mais uma pessoa à conversa num momento específico, não sendo preciso criar mais uma reunião, bastando uma como a que está a acontecer e aquela pessoa ter hipótese de intervir no momento específico para intervenção do público, bastando requerer isso com antecedência. Acrescentou não achar que seja algo de transcendente nem que envolva um esforço para além do que foi feito para agora estarem todos em reunião e que, desde que seja alguma coisa que não tenha uma complexidade acrescida, devem evitar esses atropelos, achando que é viável manter o direito das

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pessoas a participarem nas reuniões. Seguidamente sugeriu que, enquanto se verificar a situação de as reuniões serem por videoconferência e como são gravadas, as públicas sejam disponibilizadas no "site" da Câmara para que as pessoas que queriam assistir presencialmente e não o podendo fazer o façam dessa forma e assim também se evitaria atropelar o que são os direitos dos munícipes.

O Presidente da Câmara disse ser o último a querer atropelar direitos dos munícipes, mas é raro terem alguém a assistir às reuniões da Câmara e prefere a sugestão do Vereador José Sádio, porque esta última obriga as pessoas a virem à Câmara e teria que ter um local de onde as pessoas interviessem.

A Vereadora Sónia Ferro disse que as pessoas estariam em casa e teriam que ter elas os meios necessários para intervir na reunião.

O Presidente da Câmara afirmou achar que não se devem dispersar em mais questões, que prefere a primeira hipótese referida pelo Vereador José Sádio e que irá ver se é tecnicamente possível em relação à segunda sugestão. Afirmou também julgar que as reuniões devem continuar a ser todas públicas, realizadas quinzenalmente e que se irá estudar a operacionalização relativamente à participação do público nas mesmas.

Acerca de outro assunto, o Vereador Nuno Madruga disse que, aquando das apresentações públicas do Plano de Urbanização de Estremoz e do Projeto de Requalificação do Rossio Marquês de Pombal, foi referido que esses projetos iriam estar para consulta pública mas que até à data ainda não estão disponíveis no "site"

do Município, questionando se vão estar ou não para consulta pública. Disse também que a sua pergunta tem um pouco a ver com uma notícia que surgiu nos meios de comunicação e em que o Presidente da Câmara referiu que o projeto do Rossio estava a avançar mas não foi feita uma consulta pública apenas uma apresentação em que os munícipes presentes tiveram oportunidade de consultar mais pormenorizadamente o projeto e porventura apresentar ideias.

O Presidente da Câmara respondeu que a ideia não foi haver uma consulta pública, foi haver uma apresentação de um anteprojeto em que foi apontado um conjunto de sugestões. Referiu também que neste momento a equipa projetista está a trabalhar nas sugestões que foram apresentadas nessa sessão pública e está a ultimar o projeto, não sendo a ideia voltar a fazer uma consulta pública em relação

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aos projetos.

O Vereador Nuno Madruga afirmou que, sendo assim, houve um equívoco porque aquilo que entendeu é que iria haver um tempo de consulta pública e não apenas e só aquela apresentação pública onde foram colhidas as opiniões dos presentes, até porque foi mencionado que os projetos iriam estar disponíveis no

"site" do Município e até à data não os conseguiu encontrar.

O Presidente da Câmara mencionou que o projeto não está disponível porque ainda está em elaboração. Mencionou ainda que na altura foi dito também que, quem quisesse, podia fazer outras sugestões para além daquelas que foram logo apresentadas naquela sessão, porque aquilo era de facto um anteprojeto e, sendo assim, obviamente iriam ser trabalhados todos os pormenores, porque aquilo eram as linhas gerais do que se pretendia e iriam pormenorizar com as sugestões feitas e com outras que porventura lhes chegassem. Acrescentou que, possivelmente, irá estar depois disponível quando o projeto estiver concluído e, naturalmente, virá a uma reunião da Câmara.

O Vereador Nuno Madruga mencionou que aquilo que tinha entendido era que iria haver esse período de disponibilização do que foi apresentado.

O Presidente da Câmara disse que as pessoas se aperceberam das linhas gerais, quem quis interveio naquele momento com sugestões e, quem entendesse, poderia fazê-las chegar por escrito para serem analisadas pela equipa projetista para fazerem o projeto final, que é no que estão a trabalhar neste momento.

A Vereadora Sílvia Dias disse que, em relação ao projeto de Requalificação do Rossio Marquês de Pombal, tiveram reunião na primeira semana do corrente mês na Direção Regional de Cultura que, apesar de já ter emitido parecer favorável, havia algumas questões que queriam ver com eles relativamente ao mobiliário urbano e, por esse mesmo motivo, não faz sentido que essas peças sejam colocadas à disposição até estarem afinados todos os pormenores, que é isso que neste momento a equipa está a fazer. Disse também que a mesma coisa acontece com o Plano de Urbanização, em que também foi feita uma apresentação, há algumas coisas a afinar e tinham inclusivamente uma reunião marcada para esta semana que, pelos motivos que todos conhecem, acabou por ser desmarcada e, assim que essas peças estiverem concluídas, obviamente será disponibilizado no

"site" do Município para que as pessoas possam consultar. Em relação a haver

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consulta prévia, referiu parecer-lhe que deve ter havido algum mal-entendido.

O Vereador Nuno Madruga disse que efetivamente pode ter sido um mal- entendido, mas a sensação com que ficou nas duas apresentações era que iria ficar disponível o que tinha sido apresentado, porque deve ter havido munícipes que queriam estar presentes e não o puderam fazer.

A propósito de outra questão, o Vereador José Sádio perguntou se a Câmara já respondeu às questões que foram colocadas pela inspeção ao olival de Veiros e que gostaria de perceber como está a situação.

O Presidente da Câmara respondeu não ter memória de terem sido colocadas questões pela inspeção, tendo feito umas asserções mas não tendo colocado nenhuma questão à Câmara. Referiu também que não teve mais nenhum "feedback"

em relação a este assunto, podendo até ser por sua culpa, por andarem distraídos com outras coisas, mas confessar que sendo o problema extremamente importante, neste momento está seguramente em segundo plano nas suas prioridades.

O Vereador José Sádio disse que, na altura, os moradores lhe enviaram cópia da notificação da inspeção e que havia lá questões em que a Câmara era convidada a responder, solicitando que lhes dê conhecimento da resposta quando for efetuada.

O Presidente da Câmara afirmou não saber se responderão, porque uma das asserções de que se lembra era o princípio da desresponsabilização dessa entidade, as inspeções servem precisamente para inspecionar e invocava mais uma vez o diploma que está revogado, o que desde logo o deixou um pouco apreensivo em relação à posição da inspeção, mas poderão discutir isso noutra altura.

No que diz respeito a outra matéria, o Vereador José Sádio disse ter recebido, julgando que todos os membros do Executivo receberam, uma carta com um abaixo- assinado de vários munícipes que residem no Largo de S. José, em Estremoz e que aquilo que lá é relatado deixa-os muito preocupados e alarmados com o estado da situação. Disse também que quem não passa com frequência não se apercebe, o que é relatado naquele abaixo-assinado é demasiado grave e gostaria de perguntar o que tem sido feito relativamente a esta situação e em que ponto está.

A Vereadora Sílvia Dias informou que a situação já dura há algum tempo e que, quando ainda era Presidente da Câmara o Sr. Luís Mourinha, atenderam as

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pessoas, foi colocada a questão de que se aqueles estabelecimentos teriam licença de utilização para estabelecimento de bebidas, isso foi informado, houve queixas para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e para outras entidades, julgando que também para o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, questionaram a Câmara, foi respondido e o processo depois foi encaminhado para o Dr. Emídio Madeira para ter o respetivo tratamento, quer em relação à hipótese de redução do horário, quer à competência do Presidente da Câmara, quer ainda para tomar outras medidas que julga não serem da competência da Câmara. Informou também que aquilo que é alegado é o uso do espaço e essas questões têm que ser fiscalizadas, quer pela Polícia de Segurança Pública (PSP), quer pela ASAE.

Seguidamente referiu que também questionaram, de acordo com o regulamento, a Junta de Freguesia e a PSP relativamente a queixas que poderiam ter tido daquele local e a resposta que obtiveram da Junta foi que não tinham nenhuma queixa, da PSP a resposta foi que tinham apenas os desacatos comuns a um estabelecimento de bebidas e julga que por esse motivo o processo não andou.

Referiu também que, de qualquer forma, recentemente tiveram novamente um dos munícipes que subscreve esse abaixo-assinado, que se veio queixar e com bastantes preocupações que são legítimas, de mais situações semelhantes, inclusivamente na rua, pelos utilizadores do estabelecimento e pelos desacatos que têm acontecido do espaço público. Concluiu mencionando que remeteu o abaixo- assinado para o Gabinete Jurídico e esperam pelo auto da PSP, para perceber realmente quem são as entidades competentes que vão ter que agir e o que poderão fazer da parte da Câmara.

O Vereador José Sádio agradeceu a explicação e acrescentou que aquilo que é relatado é de facto grave, há competências de várias entidades e apelam para que a Câmara mantenha o contacto estreito com as entidades e em concreto as policiais, para que haja vigilância, porque é uma situação que nada prestigia, por um lado a cidade e sobretudo retira às pessoas a segurança e a normalidade que deveriam ter no espaço urbano.

O Presidente da Câmara disse que não é caso único, porque têm outra situação complicada que vão tentar resolver e que tem a ver com um bar com outras caraterísticas.

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ORDEM DO DIA

1 - Aprovação da ata da reunião anterior;

2 - Despacho nº 1580/2020, de 11/03/2020 – Medidas de contenção do COVID- 19 no Município de Estremoz / Eventos de Massas;

3 - Delegação de competências;

4 - Pedido sessão extraordinária Assembleia Municipal – pedido de autorização para contratação de um empréstimo de médio e longo prazos (12 anos) até ao montante de 2.377.969,12€ destinado a diversos investimentos;

5 - Protocolo de Cooperação entre a Direção-Geral do Território e o Município de Estremoz;

6 - Tarifa de disponibilidade de resíduos urbanos para 2020 – alteração;

7 - Plano de Transportes Escolares – ano letivo de 2020/2021;

8 - 1º Adicional ao Contrato nº 33/2019 - Empreitada de "Requalificação da sede da Sociedade Filarmónica Veirense"

- Adjudicação;

- Aprovação da Minuta do Contrato nº 11/2020 – 1º Adicional ao Contrato nº 33/2019;

9 - Empreitada de reparação, manutenção e pavimentação de arruamentos no Concelho – abertura do procedimento;

10 - Empreitada de recuperação do espaço público envolvente às Muralhas – Eixo 6.5 PEDU - abertura do procedimento;

11 - Prestação de serviços de Seguros – Ramos Não Vida - Adjudicação do Procedimento;

- Aprovação da Minuta do Contrato nº 13/2020;

12 - Zona Industrial de Arcos – atribuição do lote de terreno nº 10, a José João Esturrica Crispim;

13 - Zona Industrial de Arcos – atribuição do lote de terreno nº 42, a Paulo José Morgado Borges Rocha;

14 - Zona Industrial de Arcos - lote de terreno nº 39 – prorrogação de prazos para início e conclusão das obras de construção;

15 - Zona Industrial de Arcos - lote de terreno nº 40 – prorrogação de prazos para início e conclusão das obras de construção.

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1 - APROVAÇÃO DA ATA DA REUNIÃO ANTERIOR

Tendo o texto da ata indicada em epígrafe sido previamente distribuído a todos os elementos da Câmara, foi dispensada a sua leitura de harmonia com o disposto no n.º 1 do Art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.

E, não havendo retificações a fazer, foi a mesma aprovada por unanimidade.

2 - DESPACHO Nº 1580/2020, DE 11/03/2020 – MEDIDAS DE CONTENÇÃO DO COVID-19 NO MUNICÍPIO DE ESTREMOZ / EVENTOS DE MASSAS Foi presente o Despacho n.º 1580/2020, que o Presidente da Câmara proferiu em 11/03/2020 e que a seguir se transcreve:

"De acordo com a informação disponibilizada pela Direção-Geral de Saúde, Portugal permanece numa situação de introdução múltipla e transmissão local limitada relativamente à infeção por novo coronavírus, na qual o cancelamento de eventos de massas é apenas justificado em situações excecionais.

Ainda assim, em certas áreas geográficas do País temos vindo a assistir a uma dinâmica da evolução epidemiológica que sugere um cenário mais complexo e eventualmente uma rápida evolução da infeção por COVID-19, aconselhando a Direção-Geral de Saúde a que sejam tomadas algumas medidas de prevenção relativamente à realização de eventos de massas, na medida em que se considera que os mesmos podem contribuir para aumentar a propagação da infeção.

Assim, face ao exposto e tendo em conta o Despacho n.º 2836-A/2020, de 2 de março, proferido pelos Gabinetes das Ministras da Modernização e da Administração Pública, Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e Saúde, bem como as orientações emanadas pela Direção-Geral de Saúde, nomeadamente a Orientação n.º 007/2020, de 10/03/2020, determino que o Município de Estremoz, tendo como prioridade a proteção da saúde pública, adote as seguintes medidas de prevenção, previstas no seu Plano de Contingência para o COVID-19, na área territorial do Concelho de Estremoz:

1. Cancelar a realização da 34.ª edição da FIAPE - Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz, a qual estava previsto realizar-se de 29 de abril a 3 de maio de 2020, no Parque de Feiras e Exposições da cidade, e na qual se previa que viessem a concentrar-se mais de 1.000 pessoas em

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espaço fechado e mais de 5.000 pessoas em espaço aberto.

Apesar das orientações da Direção-Geral de Saúde se aplicarem, de momento, apenas até ao dia 3 de abril de 2020, o Município de Estremoz não consegue garantir a organização e planeamento de um evento como a FIAPE em menos de um mês, pelo que se decidiu que o mesmo será cancelado, não se colocando a hipótese da feira ser adiada e realizada em data posterior.

O cancelamento da 34.ª FIAPE implica ainda o cancelamento da 38.ª Feira de Artesanato de Estremoz, a 25.ª edição do Concurso de Cozinha Alentejana, a 8.ª edição do Concurso Regional de Azeites - Prémio FIAPE e a 6.ª edição do Concurso de Vinhos FIAPE, bem como de todos os eventos que estavam previstos no seu programa de animação cultural e desportiva.

2. Suspender todos os eventos e iniciativas culturais a realizar no Teatro Bernardim Ribeiro e outras infraestruturas culturais municipais, organizados e/ou apoiados pelo Município, até ao dia 3 de abril de 2020, adiando para data posterior a sua realização e em função da evolução epidemiológica da situação local, regional e nacional.

3. Encerrar todas as infraestruturas desportivas municipais e cancelar as atividades que nelas estejam previstas até ao dia 3 de abril de 2020, quer se tratem de iniciativas municipais quer as organizadas pelas coletividades, com apoio do Município. A abertura das instalações desportivas após o dia 3 de abril fica condicionada à evolução epidemiológica da situação.

4. Suspender e adiar as atividades desportivas municipais e/ou com apoio do Município, que se realizem em espaço aberto, até ao dia 3 de abril de 2020. A realização de atividades após esta data fica sujeita à avaliação da evolução epidemiológica da situação.

5. Manter em funcionamento os mercados semanais de levante, o Mercado Tradicional e a Feira de Antiguidades e Velharias, equacionando a sua eventual suspensão em data posterior a este comunicado, caso tal seja expressamente necessário, em função da evolução epidemiológica da situação.

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6. Manter em funcionamento, até nova avaliação da evolução epidemiológica da situação, os Museus, Posto de Turismo e Biblioteca Municipal, equacionando a sua eventual suspensão em data posterior a este comunicado, caso tal seja expressamente necessário.

7. Suspender temporariamente as atividades letivas e lúdicas da Academia Sénior de Estremoz, até ao dia 3 de abril de 2020. A manutenção desta suspensão para além desta data será avaliada conforme a evolução epidemiológica da situação.

8. Recomendar a todas as instituições e coletividades do concelho a avaliação criteriosa da necessidade de realização de iniciativas que envolvam a aglomeração de pessoas em recintos fechados e abertos."

O Presidente da Câmara informou que irão enviar, aos senhores Vereadores, os quatro despachos relativos a este assunto e que estão disponibilizados no "site"

da Câmara.

Tomado conhecimento.

3 - DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS

Foi presente uma relação da Divisão de Ordenamento do Território, Obras Municipais e Desenvolvimento Desportivo / Setor Administrativo de Obras Particulares, com os despachos proferidos pela Vereadora Sílvia Dias em delegação de competências no período compreendido entre os dias 27 de fevereiro e 11 de março de 2020.

Tomado conhecimento.

Foi presente uma relação da Divisão de Ordenamento do Território, Obras Municipais e Desenvolvimento Desportivo / Setor Administrativo de Obras Particulares, com os despachos proferidos pela Vereadora Sílvia Dias em subdelegação de competências no período compreendido entre os dias 27 de fevereiro e 11 de março de 2020.

Tomado conhecimento.

Foi presente uma relação do Setor de Contabilidade com os despachos proferidos pelo Presidente da Câmara em delegação de competências no dia

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05/03/2020, correspondentes à 6.ª Alteração ao Orçamento do ano de 2020 e à 4.ª Alteração às Grandes Opções do Plano de 2020 e no dia 10/03/2020, correspondentes à 7.ª Alteração ao Orçamento do ano de 2020 e à 5.ª Alteração às Grandes Opções do Plano de 2020.

Tomado conhecimento.

4 - PEDIDO SESSÃO EXTRAORDINÁRIA ASSEMBLEIA MUNICIPAL – PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PARA CONTRATAÇÃO DE UM EMPRÉSTIMO DE MÉDIO E LONGO PRAZOS (12 ANOS) ATÉ AO MONTANTE DE 2.377.969,12€ DESTINADO A DIVERSOS INVESTIMENTOS

O Presidente da Câmara apresentou a seguinte proposta:

"Considerando que a Câmara Municipal na reunião ordinária de 5 de fevereiro de 2020 deliberou, nos termos do disposto na alínea ccc) do nº 1 do artigo 33º articulado com a alínea f) do nº 1 e nº 4 do artigo 25º da Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, em conjugação com o estabelecido nos nºs 5 e 6 do artigo 49º da Lei nº 73/2013, de 3 de setembro, propor à Assembleia Municipal autorização para a

“contratação de um empréstimo de médio e longo prazos (12 anos) até ao montante de 2.377.969,12€ destinado a diversos investimentos” ao concorrente “Caixa Geral de Depósitos” com a taxa de juro indexada à Euribor a 6 meses, acrescida de um spread de 0,54%;

Para efeitos e ao abrigo do disposto na alínea a) do nº 1 do artigo 28º da Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, proponho que seja requerida a realização de uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal e que a deliberação seja tomada em minuta."

O Vereador José Sádio apelou para ser disponibilizada, junto da Assembleia Municipal, a possibilidade de também se promover a sessão em videoconferência.

O Presidente da Câmara respondeu ter pensado nisso, mas que a Assembleia Municipal é soberana e que, se a sessão for realizada como é habitual, poderão ocupar todo o espaço do Salão Nobre, para que as pessoas fiquem todas afastadas, mas essa questão tem que ser decidida pelo Presidente da Assembleia Municipal.

A Vereadora Sónia Ferro disse que essa questão está na esfera de

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competências do Presidente e da Mesa da Assembleia Municipal, mas talvez o que se adequasse mais fosse esta possibilidade da videoconferência, apesar de saber que são muito mais membros, mas julga que não será inviável e estão a falar de uma sessão apenas com um ponto e sem público.

O Presidente da Câmara afirmou que poderá sugerir isso.

Deliberação:

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta apresentada.

Aprovado em minuta.

5 - PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO ENTRE A DIREÇÃO-GERAL DO TERRITÓRIO E O MUNICÍPIO DE ESTREMOZ

A Vereadora Sílvia Dias apresentou a minuta do Protocolo em título e a Informação Interna n.º 1171, que a seguir se transcreve e que foi elaborada pela Divisão de Ordenamento do Território, Obras Municipais e Desenvolvimento Desportivo:

"Relativamente ao assunto mencionado em epígrafe, cumpre informar o seguinte:

1 - O n.º 2 do artigo 199.º do Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio (que aprova o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial) determina a obrigatoriedade de os planos municipais de ordenamento do Território incorporarem as novas regras de classificação e qualificação do solo num prazo máximo de 5 anos, cominando o incumprimento desse prazo com a suspensão das normas do plano territorial que deveriam ter sido alteradas, não podendo, na área abrangida e enquanto durar a suspensão daquelas normas, haver lugar à prática de quaisquer atos ou operações que impliquem a ocupação, uso e transformação do solo;

2 - Por sua vez, o Decreto-Lei n.º 130/2019, de 30 de agosto, que altera os princípios e normas a que deve obedecer a produção cartográfica no território nacional estabelece, no seu artigo 15.º-A, que a cartografia a utilizar na elaboração, alteração ou revisão de planos territoriais (. . .) é obrigatoriamente cartografia de base oficial ou homologada (. . .), determinando igualmente que a cartografia de base deve estar atualizada, sendo o prazo máximo de 5 anos no que respeita aos Planos Diretores Municipais;

3 - Ainda de acordo com o n.º 2 do mesmo artigo, os planos diretores

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municipais podem utilizar cartografia topográfica de imagem desde que a mesma seja completada por informação vetorial oro-hidrográfica tridimensional, redes rodoviária e ferroviária e informação toponímica consistente com a imagem do ponto de vista espacial e temporal;

4 - Para dar cumprimento a este preceito legal, o Município de Estremoz deverá encetar um procedimento de produção dos quatro grupos temáticos destacados no ponto anterior, à escala 1: 10.000, tendo em vista a sua utilização, juntamente com os ortofotomapas, como cartografia de base no processo de alteração do Plano Diretor Municipal aludido no ponto 1;

5 - A Direção-Geral do Território (DGT), entidade responsável pela execução das políticas públicas em matéria de produção cartográfica de base, possui as imagens aéreas obtidas a partir da cobertura aerofotográfica digital adquirida pelo Instituto de Agricultura e Pescas, IP (IFAP) no ano 2018, e financiada pelo Fundo Florestal Permanente;

6 - As fotografias aéreas supra mencionadas podem ser cedidas, a título gratuito, aos municípios para produção de cartografia topográfica através da celebração de um Protocolo de Cooperação com a DGT, conforme minuta anexa à presente informação.

Assim, sugere-se remeter a minuta do Protocolo de Cooperação entre o Município de Estremoz e a Direção-Geral do Território à Câmara Municipal para apreciação e aprovação, nos termos do disposto nas alínea r) do n.º 1 do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro."

Seguidamente, a Vereadora Sílvia Dias propôs a aprovação da minuta do Protocolo acima referido, nos termos do disposto na alínea r) do n.º 1 do artigo 33.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro.

Deliberação:

A Câmara deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta apresentada.

Aprovado em minuta.

6 - TARIFA DE DISPONIBILIDADE DE RESÍDUOS URBANOS PARA 2020 – ALTERAÇÃO

O Presidente da Câmara apresentou a Informação Interna n.º 1538, que a

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seguir se transcreve, proveniente da Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos:

"No seguimento da minha Informação Interna nº 29/2020, anexa, de alteração ao Tarifário dos Serviços de Abastecimento, Saneamento e Resíduos para 2020 e Proposta nº 32/2020, também anexa, aprovada na reunião da Câmara Municipal realizada no dia 08/01/2020, não é feita referência à tipologia de consumidores a aplicar o novo tarifário, aprovado na referida reunião do Órgão Executivo.

Assim, e para que a deliberação fique completa e mais objectiva, proponho que seja aprovado a seguinte alteração à deliberação tomada na reunião de 08/01/2020, que se transcreve: “Tarifa de disponibilidade de resíduos urbanos em 1,0€/mês. O Valor final da tarifa passará a ser 0,1139€/dia”.

Nova proposta para decisão:

A tarifa de disponibilidade de resíduos urbanos em 1,0€/mês unicamente para consumidores domésticos. O valor final da tarifa de disponibilidade de resíduos urbanos passará a ser de 0,1139€/dia para os consumidores domésticos."

Seguidamente apresentou a seguinte proposta:

"Atendendo ao exposto na Informação Interna nº 1538 de 10/03/2020 do Técnico Superior, Rui Miguel Tavares Nobre Franco, da Divisão de Ambiente e Serviços Urbanos, em anexo, nos termos do disposto na alínea e) do nº 1 do artigo 33º da Lei nº 75/2013, de 12 de setembro, proponho que seja aprovado o seguinte:

“Aumento da tarifa de disponibilidade de resíduos urbanos em 1,0€/mês unicamente para consumidores domésticos. O valor final da tarifa de disponibilidade de resíduos urbanos passará a ser de 0,1139€/dia para os consumidores domésticos”."

A Vereadora Sónia Ferro perguntou se esta deliberação implicará a revogação e substituição da deliberação anterior.

O Presidente da Câmara respondeu que sim, que é esse o objetivo.

O Vereador José Sádio disse não estarem de acordo, como não estavam na altura e que votarão contra.

Deliberação:

A Câmara deliberou, por maioria, com quatro votos a favor do Presidente da Câmara e dos Vereadores José Trindade, Márcia Oliveira e Sílvia Dias e com três votos contra dos Vereadores José Sádio, Nuno Madruga e Sónia Ferro, aprovar a

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proposta apresentada.

Aprovado em minuta.

7 - PLANO DE TRANSPORTES ESCOLARES – ANO LETIVO DE 2020/2021 Foi presente a Informação Interna n.º 1552, que a seguir se transcreve, efetuada pelo Setor de Apoio ao Desenvolvimento Educativo:

"Compete à Câmara Municipal, ao abrigo do disposto na alínea gg) do nº1 do artigo 33º, da lei 75/2013, de 12 de Setembro, "Assegurar, organizar e gerir o Plano de Transportes Escolares".

De acordo com os elementos fornecidos pelos estabelecimentos de ensino do concelho, o Setor Educação elaborou o Plano de Transportes Escolares 2020/2021, que se anexa e se deixa à consideração do Sr. Presidente.

O Plano de Transportes Escolares poderá vir a ser monitorizado no decorrer do ano letivo devido a novas matrículas, transferência de alunos entre estabelecimentos de ensino e mudança de residência.

O Plano de Transportes Escolares 2020/2021 é composto por 14 circuitos especiais e 6 circuitos em carreiras públicas, para o qual se prevê um custo de, aproximadamente, 200 000,00€.

Os horários dos transportes públicos estão ajustados aos tempos letivos dos estabelecimentos de ensino, não sendo necessária qualquer proposta de alteração sobre os mesmos.

Em relação aos Circuitos Especiais de Transportes Escolares, a experiência dos últimos anos demonstra que o sistema está adequado às necessidades e funciona eficazmente.

No ano letivo 2020/2021 os Circuitos Especiais de Transportes Escolares, pela vigência de contratos de delegação de competências estabelecidos, serão da responsabilidade das seguintes Juntas de Freguesia: Glória, União de Freguesias de S. Bento do Cortiço e de Santo Estevão, União de Freguesias do Ameixial (São Bento e Santa Vitória), Evoramonte, Arcos e S. Domingos de Ana Loura. A execução dos restantes circuitos é da responsabilidade da Câmara Municipal."

Seguidamente, o Presidente da Câmara apresentou a seguinte proposta:

"Considerando o exposto na informação interna nº 1552 de 11/03/2020, do

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Setor de Apoio ao Desenvolvimento Educativo e ao abrigo do disposto na alínea gg) do nº 1 do artigo 33º, da lei 75/2013, de 12 de Setembro, em relação aos transportes Escolares, para o ano letivo 2020/2021, proponho que:

1. Seja aprovado o Plano de Transportes Escolares – Circuitos Especiais e Carreiras Públicas, em anexo;

2. A Câmara Municipal continue a assegurar a gestão dos Circuitos Especiais, contratando alguns destes serviços às juntas de Freguesia que manifestem interesse e capacidade para os executar;

3. Seja efetuado pela Câmara Municipal o pagamento da emissão da primeira via, do passe dos alunos que ingressam pela primeira vez no 5º ano de escolaridade;

4. Seja efetuado pela Câmara Municipal o pagamento mensal da totalidade do valor dos passes dos alunos, do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico, dos alunos do Ensino Secundário com Necessidades de Saúde Especiais (DL nº 54/2018, de 06 de julho), bem como aos alunos do Ensino Secundário, abrangidos pelo 1º escalão (A) do Abono de Família.

5. Seja efetuado pela Câmara Municipal o pagamento mensal, correspondente a 75% do valor do passe, aos alunos do Ensino Secundário abrangidos pelo 2º escalão (B) do Abono de Família.

6. Seja efetuado pela Câmara Municipal o pagamento mensal, correspondente a 50% do valor do passe aos alunos do Ensino Secundário, que não se encontrem abrangidos pelos 1º (A) e 2º (B) escalões do Abono de Família."

O Vereador José Sádio disse terem lido e voltar a lançar uma questão que lhes parece de todo justa porque, num orçamento de dezoito milhões de euros, deve haver uma verba mais do que suficiente para, de alguma forma, disponibilizar o transporte gratuito a todas as crianças do ensino básico e secundário de Estremoz.

Disse também que, para além do mais, a proposta apresentada continua a discriminar os alunos e as famílias que residem nas Freguesias, que são do mesmo Concelho e que a Câmara deveria, a exemplo do que se faz em centenas de municípios do país, assegurar esse transporte de forma totalmente gratuita.

Seguidamente apresentou uma proposta alternativa à que foi apresentada pelo Presidente da Câmara, da qual seriam suprimidos os pontos 5 e 6 e em que o

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ponto 4 passaria a ter a seguinte redação: "Seja efetuado pela Câmara Municipal o pagamento mensal da totalidade do valor dos passes dos alunos do 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e dos alunos do Ensino Secundário".

Acrescentou que, no fundo, reiteram o que fizeram desde o início e a Câmara deve, numa lógica de equidade e de coesão ao nível daquilo que os alunos das Freguesias usufruem, fazer com que os transportes sejam gratuitos.

O Presidente da Câmara disse que essa posição já vem de há alguns anos a esta parte, mas que eles continuam a ter a mesma opinião e que mantém a proposta.

Deliberação:

A Câmara deliberou o seguinte:

- Por unanimidade, aprovar na generalidade a proposta apresentada pelo Presidente da Câmara;

- Por maioria, com quatro votos contra do Presidente da Câmara e dos Vereadores José Trindade, Márcia Oliveira e Sílvia Dias e com três votos a favor dos Vereadores José Sádio, Nuno Madruga e Sónia Ferro, rejeitar a proposta apresentada pelo Vereador José Sádio;

- Por maioria, com quatro votos a favor do Presidente da Câmara e dos Vereadores José Trindade, Márcia Oliveira e Sílvia Dias e com três votos contra dos Vereadores José Sádio, Nuno Madruga e Sónia Ferro, aprovar os n.os 4, 5 e 6 da proposta apresentada pelo Presidente da Câmara.

Aprovado em minuta.

8 - 1º ADICIONAL AO CONTRATO Nº 33/2019 - EMPREITADA DE

“REQUALIFICAÇÃO DA SEDE DA SOCIEDADE FILARMÓNICA VEIRENSE”

- ADJUDICAÇÃO

O Presidente da Câmara apresentou o processo referente à Empreitada em título e propôs a aprovação da proposta que a seguir se transcreve e que lhe foi dirigida pelo Gestor do Contrato:

"A empreitada em epígrafe consiste na recuperação e ampliação do edifício conhecido como “Palácio dos Coutinhos”, situado na Praça Marquês da Praia e

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Monforte, Fração C, n.º 16 em Veiros, concelho de Estremoz, e aí instalar a sede da Sociedade Filarmónica Veirense, dotando-o de espaços para ensino e ensaios de música, administração, convívio e auditório, cujo o promotor do projeto referente à empreitada em apreço foi a Sociedade Filarmónica Veirense.

O projeto de arquitetura define dois pontos-chave de intervenção: a criação de condições no atual edifício para ensaios da banda filarmónica, e a sua ampliação com a construção de um pequeno auditório destinado a ensaios e apresentações públicas, no espaço do logradouro existente, bem como garantir a preservação e valorização das características arquitetónicas do edifício e a conservação de espaços interiores, mas com uma perspetiva de modernização e adaptação à evolução tecnológica.

O projeto previu a intervenção/programação para o edifício do seguinte modo:

Piso 0 – Fará entrada pelo hall que distribui para o auditório, instalações sanitárias, logradouro e piso superior, as instalações sanitárias estão separadas por sexo e mais uma destinada a pessoas com mobilidade condicionada, a área a ampliar será destinada a auditório de ensaios gerais que terá uma zona para palco (que será amovível), arrumos e uma capacidade máxima de 157 pessoas sentadas e o auditório terá uma entrada independente do restante edifício, onde serão garantidos os acessos a pessoas com mobilidade reduzida;

Piso 1 - Este piso destina-se principalmente ao ensaio individual dos constituintes da Filarmónica Veirense, onde serão criadas pequenas salas de ensaio para o efeito, sendo uma das salas destinada para a exposição do espólio da Sociedade Filarmónica, um gabinete da direção, um espaço destinado a bar com mesas para convívio e socialização, serão criadas instalações sanitárias para homens e para mulheres, sendo que esta última servirá também pessoas com mobilidade condicionada e na área a ampliar, auditório, será criado uma zona de balcão sobre o auditório (com capacidade para 40 pessoas sentadas) que ligará com o piso 1 do edifício existente e o acesso ao elevador;

Piso 2 (sótão) - Este piso servirá apenas para arrumos, tendo somente 2 divisões, uma de acesso com as escadas retrateis e a sala de arrumos.

Na sequência da análise do ofício com referência 681, de 24 de janeiro do 2020, referente aos trabalhos complementares da Empreitada de Requalificação da Sede da Sociedade Filarmónica Veirense, remetido pela Entidade Executante, EE, e

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após envio para pronúncia da empresa responsável pela fiscalização da obra, cabe informar/esclarecer, enquanto Gestor do contrato, nos termos do art.º 290.º- A do Código dos Contratos Públicos, CCP, na sua atual redação, em articulação com a cláusula 48.ª do contrato n.º 33/2019, o seguinte:

- A empreitada foi consignada na sua totalidade no dia 05 de Setembro de 2019, de acordo com o preconizado nos artigos 356.º e 359.º do CCP, pelo encargo total de 638.100,00€, ao qual acresce o valor do IVA, à taxa legal em vigor, nos termos da cláusula 2.ª do contrato n.º 33/2019 (contrato de empreitada de Requalificação da Sede da Sociedade Filarmónica Veirense);

- De acordo com a cláusula 15.ª do respetivo contrato, a empreitada terá um prazo de 365 dias, a contar da data da consignação, estando previsto o seu término no dia 04 de setembro de 2020;

- O dono de obra, Município de Estremoz, facultou nos termos do art.º 356.º do CCP, no ato da consignação da empreitada de Requalificação da Sede da Sociedade Filarmónica Veirense ao empreiteiro/entidade executante, a baixo designada por EE, António Saraiva & Filhos, Lda, o acesso ao prédio denominado “Palácio dos Coutinhos” onde os trabalhos previstos no contrato de empreitada se encontram a ser executados, bem como forneceu os elementos necessários para o inicio dos trabalhos de acordo com o preconizado na cláusula 11.ª do respetivo contrato de empreitada, nomeadamente o respetivo projeto de execução;

- O projeto da empreitada em epígrafe foi sujeito a parecer prévio vinculativo da Direção Regional da Cultura do Alentejo nos termos do art.º 13.º do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, devido ao edifício a intervir estar inserido em Zona Geral de Proteção, uma vez que se encontra localizado a uma distância inferior a 50m do Pelourinho de Veiros;

- O projeto alusivo à empreitada de Requalificação da Sede da Sociedade Filarmónica Veirense foi contratualizado pela Direção da Sociedade Filarmónica Veirense, enquanto legítimos proprietários do edifício a intervir, à data de elaboração do projeto, à empresa JERFI, – Projetos e Consultoria, Lda. com sede em Santarém;

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- O município de Estremoz adquiriu o edifício denominado “Palácio dos Coutinhos”, à Sociedade Filarmónica Veirense, no dia 22 de julho de 2019, sendo legítimo proprietário deste, a partir desta data;

- Com o desenvolvimento dos trabalhos contratualmente estabelecidos, nomeadamente com os trabalhos de escavação para implantação da área a ampliar/construir referente ao auditório e a picagem de paredes e tetos do edifício pré-existente, foram detetados/identificados pela EE e confirmadas pela empresa de fiscalização, trabalhos complementares, nos termos do art.º 370.º do CCP, que resultam de circunstâncias não previstas referentes ao projeto que integra o respetivo contrato, bem como trabalhos complementares que resultam de circunstâncias imprevisíveis que o dono de obra não podia ter detetado em fase pré-contratual, uma vez que só eram detetáveis com a picagem integral das paredes e tetos do edifício pré-existente e com a escavação integral do auditório a construir, na zona confinante ao prédio adjacente, com auxilio de uma estrutura de contenção autónoma;

- O empreiteiro/EE no dia 4 de novembro reclamou sobre a existência de erros e omissões ao caderno de encargos, com a apresentação de uma lista de erros e omissões, de acordo com o preconizado no n.º 3 do art.º 378.º do CCP;

- Os trabalhos complementares que resultam de circunstâncias não previstas, constam na lista de erros e omissões entregues pela EE, anexa ao ofício dos trabalhos complementares e de um modo geral reportam uma incompleta compatibilização dos diversos projetos de especialidade por parte da equipa projetista, como por exemplo, a compatibilização do projeto de arquitetura com o projeto de estrutura metálica onde existe um desfasamento de 0,36m na interligação do edifício a construir com o edifício existente ao nível do piso 1, conforme esclarecimento solicitado ao projetista (anexo 9, ao parecer da empresa responsável pela fiscalização da empreitada em apreço), bem como de espécies e quantidades que não foram previstas no projeto anexo ao contrato de empreitada, como por exemplo, as janelas dos vãos exteriores em que o projetista efetuou um aditamento ao projeto de arquitetura em consonância com o parecer da

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DRCA, todavia não refletiu na compilação final do projeto a alteração do perfil em PVC por perfis em madeira, originado trabalhos a suprimir e a acrescer;

- Os trabalhos complementares que resultam de circunstâncias imprevisíveis dizem respeito a três ocorrências detetadas “in loco” durante a execução da respetiva empreitada, nomeadamente:

a) A falta de resistência de todas as paredes estruturais, interiores e exteriores que constituem o edifico pré-existente, ás cargas que estas estão sujeitas - durante a execução dos trabalhos de picagem integral dos revestimentos das paredes interiores, códigos A.7 da Lista de Preços Unitários, verificou-se que o edifício ao longo da sua existência foi alvo de diversas intervenções no que concerne ao reforço desadequado do revestimento das paredes interiores onde apoiam as lajes aligeiradas do piso 1 e as abóbadas do piso 0, tal constatação foi visível “in loco”, após os trabalhos de picagens das respetivas paredes e pode-se comprovar através do levantamento fotográfico efetuado pela empresa de fiscalização, anexo 2 e anexo 3 ao parecer da empresa de fiscalização, onde é notório que as paredes existentes da sua génese 1 (constituídas por mistura de alvenaria de pedra, cal e taipa apresentavam fissuras verticais, horizontais e obliquas, presumivelmente originadas pelos diversos sismos que ocorreram durante o período do século XVIII ao século XXI, dando-se principal relevância ao sismo que ocorreu a 1 de novembro de 1755 que foi sentido na Vila de Veiros, durante 8 minutos, conforme se pode verificar no inquérito «Pombalino» respondido a 28 de fevereiro de 1756 2 pelo arcebispo de Évora) foram revestidas por uma construção espúria, formada por restos de materiais cerâmicos (telhas e tijoleiras) e materiais pétreos, indevidamente ligados entre si numa espessura de aproximadamente 0,15m de espessura, que ao serem picados colapsaram instantaneamente;

b) A escassez consolidação de algumas abóbadas existentes - com o

1 A construção foi erguida no início do séc. XVIII 2 IAN-TT. Ministério do Reino, Mç 638, cx 743.

Referências

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