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Academic year: 2022

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POLÍTICAS PÚBLICAS DE LEITURA:

A LEITURA COMO PRÁTICA: “PRESCRIÇÕES”

1. “A PALAVRA CONTA”, DOCUMENTÁRIO 2. “COMO INCENTIVAR O HÁBITO DA LEITURA”, RICHARD BAMBERGER 3. “COMO E POR QUE LER OS CLÁSSICOS UNIVERSAIS”, ANA MARIA MACHADO 4. “PONTOS DE COSTURA AO REDOR DO CLÁSSICO”, MARINA COLASANTI 5. “POR QUE LER OS CLÁSSICOS”, ÍTALO CALVINO (SEMINÁRIO) 6. “COMO E POR QUE LER”, HAROLD BLOOM (SEMINÁRIO)

Paulo Verano

31 mar. 2020 07/04/2020 CJE, ECA, USP

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A LEITURA COMO PRÁTICA: “PRESCRIÇÕES”

Referências bibliográficas:

BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. São Paulo: Ática, 2002.

BLOOM, Harold. Prefácio; Prólogo: Por que ler?; Epílogo: Concluindo o trabalho. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001; p. 15-25; p. 269-274.

CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. In: _____. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1993; p. 9-16.

COLASANTI, Marina. Pontos de costura ao redor do clássico. In: PRADES, Dolores e MEDRANO, Sandra. I Seminário Internacional Arte, palavra e leitura na 1ª infância. São Paulo: Instituto Emília, 2018; p. 71-78.

MACHADO, Ana Maria. Clássicos, crianças e jovens; Navegar é impreciso. In: _____. Como e por que ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002; p. 7-15;´p. 129-135.

SPERRY, Duto e GAMBERA, Leo (dir.). A palavra conta. São Paulo: Movimento por um Brasil Leitor/Instituto C&A/Java 2G, 2011. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=TlOwKhIma5s; 28’36”.

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A LEITURA COMO PRÁTICA: “PRESCRIÇÕES”

DIÁLOGO ENTRE TEORIA E PRÁTICA

▪ A leitura misturada à vida

▪ O incentivo à leitura

ENTRE O TEÓRICO E O LEITOR

▪ A atualização dos clássicos

▪ Como e por que ler (os clássicos)

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A LEITURA MISTURADA À VIDA

SPERRY, Duto e GAMBERA, Leo (dir.). A palavra conta. São Paulo:

Movimento por um Brasil Leitor/Instituto C&A/Java 2G, 2011. Disponível

em: https://www.youtube.com/watch?v=TlOwKhIma5s; 28’36”.

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“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

Richard Bamberger, 1911-2007, educador austríaco. Foi diretor do Instituto Internacional de Literatura Infantil e Pesquisa sobre Leitura de Viena. Um dos maiores pesquisadores

internacionais da Literatura Infantil e dos Hábitos de Leitura. Cofundador do IBBY

(International Board on Books for Young People). Como incentivar o hábito de leitura (1977) é seu principal livro. Livro nasce como convite da UNESCO pensado em três chaves:

“O progresso social e econômico de um país depende muito do acesso que o povo tem aos conhecimentos indispensáveis transmitidos pela palavra impressa” (p. 7).

“Leitores iniciantes, independentemente da idade, poderão ficar desencorajados se a leitura não fizer parte do seu ambiente cultural ou não encontrarem ao seu alcance livros afinados com os seus gostos” (p. 7-8).

“Pôr em prática novos métodos para assegurar que a leitura seja, ao mesmo tempo, uma experiência agradável e uma porta para o conhecimento” (p. 8).

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“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

10 capítulos divididos entre teoria, pesquisa, prática, sugestões de novas pesquisas e prescrições

1. A importância da leitura para o indivíduo e para a sociedade

“Todos os professores, pais e pedagogos precisam estar seriamente convencidos da importância da leitura e dos livros para a vida individual, social e cultural, se quiserem contribuir para melhorar a situação” (p. 9).

“O ‘direito de ler’ significa igualmente o de desenvolver as potencialidades intelectuais e espirituais, o de aprender e progredir” (p. 9).

“(...) o ato de ler, em si mesmo, como um processo de vários níveis, que muito contribui para o desenvolvimento do intelecto” (p. 10).

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“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

1. A importância da leitura para o indivíduo e para a sociedade

“A leitura é uma forma exemplar de aprendizagem. (...) O aprimoramento da capacidade de ler também redunda no da capacidade de aprender como um todo, indo muito além da mera recepção” (p. 10).

“A boa leitura é uma confrontação crítica com o texto e as ideias do autor. (...) Quando se estabelece a relação entre o novo texto e as concepções já existentes, a leitura crítica tende a evoluir para a criativa, e a síntese conduzirá a resultados completamente novos” (p. 10).

1977: a aptidão das crianças vienenses para a linguagem diminuiu, enquanto aumentou seu talento técnico. “As realizações tecnológicas do presente (...) pouco contribuem para a solução dos problemas da coexistência” (p. 10-11).

(8)

“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

1. A importância da leitura para o indivíduo e para a sociedade

“A leitura favorece a remoção das barreiras educacionais de que tanto se fala,

concedendo oportunidades mais justas de educação principalmente através da promoção do desenvolvimento da linguagem e do exercício intelectual” (p. 11).

“Os livros não têm importância menor hoje do que tiveram no passado” (p. 11).

“Para os jovens leitores, os bons livros correspondem às suas necessidades internas de modelos e ideais, de amor, segurança e convicção” (p. 11).

“A tarefa do futuro é a educação permanente ou, melhor ainda, a autoeducação permanente” (p. 12).

“Todo bom leitor é bom aprendiz” (p. 13).

(9)

“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

2. Um apanhado da situação da leitura em todo o mundo

“Muitas crianças e adultos não leem porque acham a leitura demasiado difícil e o acesso aos livros demasiado complicado” (p. 19).

“Se quisermos inculcar o hábito da leitura precisamos ir além das necessidades e interesses das várias fases de desenvolvimento e motivar a criança a ir ajustando o conteúdo das suas leituras à medida que suas necessidades intelectuais e condições ambientais forem mudando.

É preciso fazer da leitura um hábito determinado por motivos permanentes, e não por inclinações mutáveis” (p. 20).

As crianças que leem mais têm (1) relacionamento muito bom com professores; (2)

frequentaram aulas de professores bem-informados e interessados (3) foram “induzidos” à leitura por um contínuo contato com livros e métodos de leitura.

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“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

3. O ensino eficaz da leitura

“A simples seleção dos livros não justifica o fato de as pessoas lerem pouco ou não lerem nada. (...) muitas crianças não leem livros porque não sabem ler direito” (p. 22)

Testes de compreensão x testes de velocidade. “A maioria dos leitores mais velozes também compreende melhor” (p. 27).

“É fundamental que se ofereça grande quantidade de material de leitura capaz de

interessar e divertir os alunos, não só aumentando a sua capacidade de leitura, como também induzindo a um permanente hábito de leitura” (p. 18).

“Mais importante do que toda a leitura feita na escola é a influência do professor sobre os hábitos particulares de leitura” (p. 28).

(11)

“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

4. Resultados da pesquisa sobre motivação para a leitura e interesse de leitura

“O que leva o jovem leitor a ler não é o reconhecimento da importância da leitura, e sim várias motivações e interesses que correspondem à sua personalidade e ao seu

desenvolvimento intelectual” (p. 31)

“A principal motivação para ler é simplesmente a alegria de praticar habilidades recém- adquiridas” (p. 32).

“Um bom leitor gosta de ler” (p. 32).

“A leitura impulsiona o uso e o treino de aptidões intelectuais e espirituais, como a fantasia, o pensamento, a vontade, a simpatia, a capacidade de identificar-se etc. Resultado:

desenvolvimento de aptidões, expansão do ‘eu’” (p. 32).

(12)

“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

4. Resultados da pesquisa sobre motivação para a leitura e interesse de leitura

“A leitura suscita a necessidade de familiarizar-se com o mundo, enriquecer as próprias ideias e ter experiências intelectuais. Resultado: formação de uma filosofia de vida, compreensão do mundo que nos rodeia” (p. 32).

“A orientação no uso correto da informação, a compreensão, a interpretação e a análise do conteúdo são um elemento importante no desenvolvimento da motivação para ler” (p.

41).

“As crianças encontram pouco prazer na leitura quando esta lhes é difícil” (p. 46).

“O interesse geral pela leitura diminui à proporção que os anos se adiantam e que os

interesses de leitura quase sempre se relacionam com a educação e com as oportunidades de ler” (p. 48).

(13)

“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

5. Fatores que exercem influência sobre interesses de leitura

“Nos países em que se dedica mais tempo à leitura na escola, as crianças também leem mais em casa” (p. 52).

“Normalmente, não é que o livro não seja interessante o suficiente, e sim que ele é muito difícil e exige demais das habilidades de leitura da criança. A seleção de livros de acordo com o seu nível de dificuldade, por conseguinte, é importantíssima, mormente quando se trata de crianças que têm problemas de leitura” (p. 53).

“Somente o professor que encara a leitura do aluno como um todo é realmente capaz de formas leitores” (p. 55).

“Só se atinge o objetivo do ensino da leitura o desenvolvimento do gosto literário e da capacidade crítica — quando se começa com os interesses existentes, tentando

constantemente expandir-lhes o horizonte” (p. 58).

(14)

“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

6. Métodos para determinar interesses individuais de leitura

“O interesse do mestre por seus alunos ainda é o elemento mais importante. Ele precisa aprender a compreender a criança, seus antecedentes sociais e culturais e, acima de tudo, mostrar interesse pela leitura pessoal de cada uma, animando-a a continuar por seus

próprios esforços” (p. 62).

(15)

“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

7. Promoção do desenvolvimento dos interesses e motivação da leitura e do hábito de ler

“Quanto mais cedo se influenciarem as crianças, tanto mais eficaz será a influência” (p. 63).

“Os hábitos só se formam através da atividade regular” (p. 70).

“A ajuda dos pais continua a ser necessária mesmo depois que a criança tenha aprendido a ler. A criança deve ser capaz de sentir o interesse dos pais pelo que está lendo, mas nunca em forma de interrogatórios e testes a respeito daquilo que leram” (p. 71).

“Se os pais gostarem de ler, induzirão facilmente os filhos a ler regularmente” (p. 72).

8. Tarefas para a pesquisa

Recomendações objetivas para pesquisadores.

(16)

“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

9. Resumo

“Autores, editores, professores, bibliotecários, pais e os ‘amigos dos livros’ devem unir-se em grupos de trabalho para descobrir maneiras novas e melhores de fazer a promoção dos livros” (p. 93).

“Não é prudente enfatizar a oposição entre os livros e os outros meios de comunicação de massa; é preferível estabelecer uma relação entre ambos” (p. 95).

(17)

“COMO INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA”, RICHARD BAMBERGER

10. Pronunciamento final

“A leitura desprovida de crítica pode levar à simples aceitação mecânica de argumentos e situações. Por isso é que é tão importante desenvolver as capacidades críticas juntamente com as capacidades de leitura” (p. 97).

“A leitura é talvez o melhor meio de impedir o perigoso raciocínio ‘preto-e-branco’ (o bem contra o mal) e de contrabalançar os instrumentos de persuasão e manipulação

subconscientes” (p. 99).

(18)

“COMO E POR QUE LER OS CLÁSSICOS UNIVERSAIS”, ANA MARIA MACHADO

Clássicos, crianças e jovens

“O que interessa mesmo a esses jovens leitores que se aproximam da grande tradição literária é ficar conhecendo as histórias empolgantes de que somos feitos” (p. 12).

“Não é necessário que essa primeira leitura seja um mergulho nos textos originais (...) Mas creio que o que se deve procurar propiciar é a oportunidade de um primeiro encontro. Na esperança de que possa ser sedutor, atraente, tentador. E que possa redundar na construção de uma lembrança que fique por toda a vida” (p. 12-13).

“Se o leitor travar conhecimento com um bom número de narrativas clássicas desde pequeno, esses eventuais encontros com nossos mestres da língua portuguesa terão boas probabilidades de vir a acontecer quase naturalmente depois, no final da

adolescência” (p. 13).

(19)

“COMO E POR QUE LER OS CLÁSSICOS UNIVERSAIS”, ANA MARIA MACHADO

Clássicos, crianças e jovens

“Monteiro Lobato, por exemplo, dizia que obrigar alguém a ler um livro, mesmo que seja pelas melhores razões do mundo, só serve para vacinar o sujeito para sempre contra a leitura” (p. 14).

“Ninguém tem que ser obrigado a ler nada. Ler é um direito de cada cidadão, não é um dever” (p. 15).

“Clássico não é livro antigo e fora de moda. É livro eterno que não sai de moda” (p. 15).

“Tentar criar gosto pela leitura, nos outros, por meio de um sistema de forçar a ler só para fazer prova? É uma maneira infalível de inocular o horror a livro em qualquer um” (p. 15).

“O primeiro contato com um clássico, na infância e adolescência, não precisa ser com o original. O ideal mesmo é uma adaptação bem-feita e atraente” (p. 15).

(20)

“COMO E POR QUE LER OS CLÁSSICOS UNIVERSAIS”, ANA MARIA MACHADO

Navegar é impreciso

“Navegar pelos clássicos da literatura é preciso, mas é impreciso. É necessário, mas é inexato. (...) Um livro leva a outro, uma leitura é abandonada por outra, uma

descoberta provoca uma releitura” (p. 130).

“Não consigo deixar de ver no cânone também uma extensão da alfabetização” (p.

133).

“Do mesmo jeito que a gente tem que saber ler para não ficar à margem da civilização, tem de conhecer minimamente o cânone” (p. 133).

“O clássico infantojuvenil é aquele cuja primeira leitura pode ser feita na infância”

(C.S. Lewis) (p. 135)

“Uma navegação imprecisa. Mas uma experiência inigualável” (p. 135).

(21)

“PONTOS DE COSTURA AO REDOR DO CLÁSSICO”, MARINA COLASANTI

▪ “A modernidade de um livro (...) é sua capacidade de sintonizar, em qualquer época, com os sentimentos profundos dos seres humanos” (p. 71).

▪ “A voz de um clássico é aquela que, falando de um tempo passado, nos ajuda a entender o presente” (p. 71).

▪ “Um clássico é aquele livro que diz até o que não sabe estar dizendo” (p. 73).

▪ “Um clássico é também aquele livro que se renova a cada leitura, a cada leitura sendo outro” (p. 73).

▪ “Um clássico é aquele livro que dialoga com outros livros e que, nesse diálogo, transita em diferentes tempos” (p. 73).

▪ “Um clássico é aquele livro que nos dá lições de vida” (p. 74).

(22)

“PONTOS DE COSTURA AO REDOR DO CLÁSSICO”, MARINA COLASANTI

▪ “Um clássico é aquele livro que dispensa passaporte e torna familiares as diferenças” (p. 74).

▪ “Um clássico é aquele livro que, dizendo coisas que o leitor intui, ajuda a organizar seu pensamento” (p. 75).

▪ “Um clássico é aquele livro que lança âncoras” (p. 76).

(23)

“POR QUE LER OS CLÁSSICOS”, ITALO CALVINO

▪ “1. Os clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: ‘Estou relendo...’ e nunca ‘Estou lendo...’” (p. 9).

▪ “2. Dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado; mas constituem uma riqueza não menor para quem se reserva a sorte de tê-los pela primeira vez nas melhores condições para apreciá-los” (p. 10).

▪ “3. Os clássicos são livros que exercem uma influência particular quando se impõem como inesquecíveis e também quando se ocultam nas dobras da memória,

mimetizando-se como inconsciente coletivo ou individual” (p. 11).

▪ “4. Toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a primeira” (p.

11).

(24)

“POR QUE LER OS CLÁSSICOS”, ITALO CALVINO

▪ “5. Toda primeira leitura de um clássico é na realidade uma releitura” (p. 11).

▪ “6. Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer” (p. 11).

▪ “7. Os clássicos são aqueles livros que chegam até nós trazendo consigo as marcas das leituras que precederam a nossa e atrás de si os traços que deixaram na cultura ou nas culturas que atravessaram (ou mais simplesmente na linguagem ou nos

costumes” (p. 11).

▪ “8. Um clássico é uma obra que provoca incessantemente uma nuvem de discursos críticos sobre si, mas continuamente as repele para longe” (p. 12).

▪ “9. Os clássicos são livros que, quanto mais pensamos conhecer por ouvir dizer, quando são lidos de fato mais se revelam novos, inesperados, inéditos” (p. 12).

(25)

“POR QUE LER OS CLÁSSICOS”, ITALO CALVINO

▪ “10. Chama-se de clássico um livro que se configura como equivalente do universo, à semelhança dos antigos talismãs” (p. 13).

▪ “11. O ‘seu’ clássico é aquele que não pode ser-lhe indiferente e que serve para definir a você próprio em relação e talvez em contraste com ele” (p. 13).

▪ “12. Um clássico é um livro que vem antes de outros clássicos, mas quem leu antes os outros e depois lê aquele, reconhece logo o seu lugar na genealogia” (p. 14).

▪ “13. É clássico aquilo que tende a relegar as atualidades à posição de barulho de fundo, mas ao mesmo tempo não pode prescindir desse barulho de fundo” (p. 15).

▪ “14. É clássico aquilo que persiste como rumor mesmo onde predomina a atualidade mais incompreensível” (p. 15).

(26)

“COMO E POR QUE LER”, HAROLD BLOOM

▪ “Ler bem é um dos grandes prazer da solidão (...) Ler nos conduz à alteridade, seja à nossa própria ou à de nossos amigos, presentes ou futuros” (p. 15).

▪ “(...) ‘Na verdade, o único conselho que se pode dar a alguém como respeito à leitura é não aceitar conselho algum’ (...)” (p. 16). (Cit. Virginia Woolf)

▪ “Para chegar ao máximo do prazer de leitura, ‘não devemos desperdiçar nossas forças de modo errático e desavisado’. Portanto, enquanto não amadurecemos como leitores, algum aconselhamento sobre leitura pode ser-nos útil, talvez, até mesmo

essencial” (p. 16). (Cit. Virginia Woolf)

▪ “Uma das funções da leitura é nos preparar para uma transformação, e a transformação final tem caráter universal” (p. 17).

(27)

“COMO E POR QUE LER”, HAROLD BLOOM

▪ “(...) ‘Não leia com o intuito de contradizer ou refutar, nem para acreditar ou concordar, tampouco para ter o que conversar, mas para refletir e avaliar’ (...)”

(p. 18) (Cit. Francis Bacon)

▪ “Encontrar algo que nos diga respeito, que possa ser utilizado como base para avaliar, refletir, que pareça ser fruto de uma natureza semelhante à nossa, e que seja livre da tirania do tempo” (p. 18).

▪ “O prazer da leitura é pessoal, não social Não se consegue melhorar —

diretamente — as condições de vida de alguém apenas tornando-o leitor mais competente” (p. 18).

▪ “Não tentar melhorar o caráter do vizinho, nem da vizinhança, através do que lemos ou de como o fazemos” (p. 20).

(28)

“COMO E POR QUE LER”, HAROLD BLOOM

▪ “Lemos em busca de mentes mais originais do que a nossa” (p. 21).

▪ “A morte da ironia é a morte da leitura, e do que havia de civilizado em nossa natureza” (p. 22).

▪ “Cada pessoa caminha à sua maneira” (p. 22).

▪ “Uma vez destituída da ironia, a leitura perde, a um só tempo, o propósito e a capacidade de surpreender” (p. 23).

▪ “Lemos, intensamente, por várias razões, a maioria das quais conhecidas:

porque, na vida real, não temos condições de ‘conhecer’ tantas pessoas, com tanta intimidade; porque precisamos nos conhecer melhor; porque necessitamos de conhecimento, não apenas de terceiros e de nós mesmos, mas das coisas da vida” (p. 25).

(29)

“COMO E POR QUE LER”, HAROLD BLOOM

▪ “Leia plenamente, não para acreditar, nem para concordar, tampouco para refutar, mas para buscar empatia com a natureza que escreve e lê” (p. 25).

▪ “O leitor deve comportar-se com serenidade, pois, ao longo da vida, haverá de se deparar com pessoas com as quais jamais marcou encontro” (p. 273).

▪ “Embora decisões de ordem moral não possam ser tomadas apenas com base na boa leitura, as questão como e por que ler são, mais do que nunca, essenciais para nos ajudar a decidir a obra de quem realizar” (p. 274).

(30)

PRÓXIMA AULA

14 de abril:

O direito à leitura.

CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: ______. Vários escritos. São Paulo/Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2004; p. 169-191.

O livro e a leitura como questão pública: O papel da UNESCO.

28 de abril:

As políticas de livro e leitura no Brasil. Percurso histórico.

PINHEIRO, Ricardo Queiroz. Política pública de leitura e participação social: o

processo de construção do PMLLLB de São Paulo. Dissertação de mestrado. São

Paulo: ECA/USP, 2016; 209 p.

Referências

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