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RELATÓRIO E PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2011

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO  

 

RELATÓRIO E PARECER SOBRE A CONTA GERAL

Versão Simplificada

DO ESTADO DE 2011

MAPUTO, DEZEMBRO 2013

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CIDADANIA  E  TRANSPARÊNCIA  

O cidadão, quando vota, escolhe aqueles que vão governar e fazer as leis, para o desenvolvimento do País e melhoria das condições de vida das pessoas em sua representação. Ele quer, por isso, saber como é que o Governo usa os recursos que obtém através da cobrança de impostos, bem como de outras fontes de receitas. Para acompanhar as decisões e realizações das instituições do Estado e sobre elas opinar, o cidadão tem que ser informado.

Assim, o sector público deve fornecer informações sobre os planos e actividades que realiza e os seus resultados, em linguagem compreensível para todos.

Anualmente, o Tribunal Administrativo, como órgão de fiscalização das despesas públicas, analisa a Conta Geral do Estado e sobre ela emite um relatório que envia à Assembleia da Republica. Este documento, pela natureza das matérias que trata (contabilidade, direito, finanças públicas, etc) é escrito numa linguagem técnica que pode, por vezes, torná-lo de entendimento não fácil.

No esforço de fazer chegar aos que, sem serem especialistas nas áreas do conhecimento atrás referidas, se interessam pelas informações contidas no relatório sobre a Conta Geral do Estado, o Tribunal Administrativo apresenta a versão simplificada do relatório atinente ao exercício económico de 2011.

É pretensão do Tribunal Administrativo contribuir para a transparência na gestão da coisa pública e participação dos cidadãos no dia-a-dia da sua comunidade e na construção da democracia, no nosso solo pátrio.

Machatine Paulo Marrengane Munguambe Presidente do Tribunal Administrativo

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APRESENTAÇÃO

Todos os anos, o Governo prevê, para o ano seguinte, os impostos e taxas que vai cobrar e as despesas que irá realizar, em documento que é a proposta de Orçamento do Estado que este submete à Assembleia da República (AR), para aprovação.

Assim, o Orçamento do Estado é formado pelas receitas e despesas referentes a um determinado ano.

O Governo, quando cobra os impostos e taxas às pessoas e empresas e paga as despesas, por exemplo, de construção de estradas e pontes, escolas, hospitais, etc. os salários dos professores, enfermeiros, polícias e outros funcionários, a energia, água, combustível, etc., para o funcionamento dos seus serviços, contabiliza esses recebimentos e pagamentos.

Depois, compila todos esses registos e organiza em forma de um documento chamado Conta Geral do Estado (CGE), que remete à AR e ao Tribunal Administrativo (TA). O Tribunal analisa esta Conta e emite o Relatório e Parecer, para a AR.

O Relatório e Parecer do TA sobre a CGE é escrito em termos técnicos de contabilidade, economia, finanças, direito, etc. Para tornar acessíveis a pessoas que não são especialistas naquelas matérias, os aspectos principais do Relatório, o TA preparou a presente versão simplificada daquele documento.

Para mais detalhes e aprofundamento dos assuntos apresentados, o caro leitor poderá consultar a versão completa Relatório e Parecer sobre a Conta Geral da Geral (RPCGE) de 2011, disponível na página do TA, na Internet, no endereço www.ta.gov.mz, no Boletim da República (Suplemento número 38, primeira série, de 13 de Maio 2013) ou, ainda, na sede do TA, em Maputo.  

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ESTRUTURA DO DOCUMENTO

O documento encontra-se estruturado da seguinte forma:

No Capítulo I - Introdução são apresentadas as instituições que estão legalmente obrigadas a prestar contas e os órgãos supremos que fiscalizam as receitas e despesas do Estado, que são a Assembleia da República (AR) e o Tribunal Administrativo (TA).

Quanto ao Capítulo II – Processo Orçamental, faz-se a análise dos valores do Orçamento de 2011, aprovados pela Assembleia da República, os instrumentos de planificação do Governo e os mecanismos de alterações das dotações orçamentais dos órgãos e instituições do Estado.

No que tange ao Capítulo III – Receita, este trata da comparação entre a receita prevista e a efectivamente realizada no exercício e a análise da sua evolução histórica, de 2007 a 2011.

É analisada, no Capítulo IV – Despesa, a execução das despesas de funcionamento e de investimento, nos limites estabelecidos na Lei Orçamental .  

Capítulo V - Operações Financeiras e o Financiamento do Défice Orçamental, são analisadas as operações financeiras e o financiamento do défice orçamental.

No Capítulo VI – Património do Estado – é feita a apreciação do património do Estado com base nos dados contidos no Anexo 7 da Conta Geral do Estado (CGE) e nas informações adi- cionais recolhidas por este Tribunal, na Direcção Nacional do Património do Estado e outras entidades. É, também, analisado o processo de inventariação, avaliação e amortização dos bens do Estado.

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PORQUÊ SE DEVE PRESTAR CONTAS?

Todo o funcionário ou dirigente que tem à sua responsabilidade a guarda ou administração de dinheiros ou bens públicos, tem a obrigação de prestar contas pela utilização daqueles recursos.

O mesmo acontece com o Governo, pois este usa meios adquiridos através da cobrança de impostos e taxas aos cidadãos e empresas tendo, por isso, a obrigação de prestar contas, mostrando à sociedade, como, onde, quando e quanto dinheiro cobrou e gastou.

Segundo a lei, têm a obrigação de prestar contas as seguintes instituições:

QUEM FISCALIZA AS CONTAS DO ESTADO

A fiscalização das contas do Estado é feita pelo cidadão, através dos seus representantes na AR e pelo TA, como órgão supremo de controlo da legalidade e eficiência das receitas e despesas públicas.

O Governo submete a Conta do ano anterior à AR e ao TA, até ao dia 31 de Maio.

A fiscalização feita por estes órgãos tem em vista apurar se:

• O Orçamento do Estado foi executado dentro do prazo previsto, seguindo as normas - Regularidade financeira;

• O Governo agiu de acordo com a lei – Legalidade;

• O Governo gastou o menos possível para atingir cada objectivo – Economicidade;

• Executou da melhor forma – Eficiência;

• Atingiu o objectivo – Eficácia.

O QUE É O TRIBUNAL ADMINISTRATIVO?

O Tribunal Administrativo (TA) é o órgão superior da hierarquia dos tribunais dos tribunais administrativos, fiscais e aduaneiros. O controlo da legalidade dos actos administrativos e a aplicação das normas regulamentares emitidas pela Administratção Pública, bem como a fiscalização da legalidade das despesas públicas e a respectiva efectivação da responsabilidade por infracção financeira cabem ao TA.

Quem presta contas ao TA?

Oes Quem fiscaliza as contas do Estado?

 

Todas as instituições do Estado

 

Entidades que receberem fundos do Estado

 

Empresas

do Estado

 

Conselhos administrativos ou comissões administrativas

 

Exactores, tesoureiros, recebedores

 

Serviços e organismos autónomos

 

Sociedades de capitais exclusiva ou maioritariamente públicos

 

Autarquias locais

 

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ESTRUTURA DO TA

Em relação à fiscalização das receitas e despesas públicas, o TA desempenha, de entre outras, as seguintes tarefas:

• Fiscalização prévia (visto) dos actos e contratos;

• Auditorias a todas entidades públicas;

• Emissão do Relatório e Parecer sobre a Conta Geral Estado;

• Julgamento das contas de entidades públicas;

• Responsabilização financeira dos gestores.

Controlo externo é aquele que é realizado por um órgão externo, independente da entidade fiscalizada.

Administração Pública é o conjunto de órgãos e serviços do Estado.

Fiscalização Prévia é a verificação da legalidade e existência da dotação orçamental de uma despesa, antes da sua realização.

Julgamento de contas é a apreciação e decisão sobre a legalidade e regularidade das contas prestadas pelos responsáveis dos serviços e órgão do Estado.

Responsabilização financeira é obrigação em que pode incorrer aquele que, em virtude do seu cargo (detenção ou manejo de dinheiros públicos), violar, por acção ou omissão, normas disciplinadoras da actividade financeira pública.

Auditorias são uma forma especial de controlo que consiste no exame das operações e actividades de uma entidade com vista a verificar se são executadas ou funcionam em conformidade com os objectivos, orçamentos, regras e normas.

HORA DE APRENDER

• J ulgar as acções que tenham por objecto problemas emergentes das relações jurídicas administrativas ou seja entre o Estado e o particular;

• Julgar os recursos contenciosos interpostos das decisões dos órgãos do Estado, dos respectivos titulares e agentes;

• Conhecer os recursos interpostos e as decisões proferidas pelos tribunais administrativos, fiscais e aduaneiros;

• Emitir o Relatório e Parecer sobre a Conta Geral do Estado;

• Fiscalizar, previamente, a legalidade e a cobertura orçamental dos actos e contratos sujeitos à sua jurisdição;

• Fiscalizar a aplicação dos dinheiros obtidos no estrangeiro, através de empréstimos, subsídios, avales e donativos.

COMPETÊNCIAS DO TA

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Para a emissão do Relatório e Parecer sobre a Conta, o TA faz o acompanhamento da execução orçamental, realiza auditorias e analisa a Conta.

QUEM APROVA AS CONTAS DO ESTADO?

Compete à AR apreciar e aprovar a CGE, tendo como base a legislação sobre a matéria aplicável e apoiando-se no Relatório e Parecer sobre aquela, emitido pelo TA.

A AR aprecia e aprova a CGE na sessão seguinte à entrega deste pelo TA.

O QUE É A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA?

A AR é o mais alto órgão legislativo do nosso país. Determina as normas que regem o funcionamento do Estado e a vida económica e social através das leis. Ela é constituída, actualmente, por duzentos e cinquenta deputados.

6 COMPETÊNCIAS DA AR

A AR tem, de entre várias atribuições, as seguintes:

• Aprovar as leis constitucionais

• Aprovar a delimitação das fronteiras do nosso país;

• Deliberar sobre a divisão territorial;

• Aprovar a legislação eleitoral e o regime do referendo;

• Deliberar sobre o programa do Governo;

• Aprovar o Orçamento do Estado;

• Definir as bases da política de impostos e o sistema fiscal;

• Deliberar sobre as bases gerais da organização e funcionamento da Administração

Pública.

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Capítulo II: PROCESSO ORÇAMENTAL

Para o caro leitor entender melhor como decorre o processo orçamental poderá consultar a versão simplificada do Relatório e Parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2009 disponível no site do TA (www.ta.gov.mz).

O Presidente República eleito formou o Governo que elaborou o programa de governação para o período de cinco (5) anos, Programa Quinquenal do Governo (2010 a 2014).

No dia 13 de Abril de 2010, o povo, através dos deputados, aceitou o Programa do Governo Para a sua implementação e controlo o Programa Quinquenal

do Governo, é dividido por anos. Para cada um, há um Plano Económico e Social (PES) em que são estabelecidos objectivos, no campo da Saúde, Educação, Agricultura, Obras Públicas, etc.

Uma vez aprovado o PES, o Governo submete à AR, até ao dia 30 de Setembro de cada ano, a proposta do Orçamento do Estado (OE), na qual consta a informação sobre as previsões das receitas, os limites das despesas e o financiamento do défice.

Este documento, uma vez aprovado pela AR, constitui o OE do ano. A lei que aprova o Orçamento é a Lei Orçamental.

A AR fez uma previsão de cobrança de receitas no valor de 73.274,807 milhões de Meticais e fixou em 132.403,142 milhões de Meticais as despesas a realizar.

Posteriormente, alterou aqueles montantes para 79.158,000

milhões de Meticais, de receitas a cobrar, e 141.757,226 milhões de Meticais de despesas a executar.

Os valores iniciais e finais do Orçamento são apresentados no quadro que se segue.

Quadro n.º 1 – Orçamento do Estado

Em milhões de Meticais

  Orçamento Inicial Orçamento Rectificativo

Receitas do Estado 73.274,807 79.158,000 Despesas do Estado 132.403,142 141.757,226

Défice 59.128,335 62.599,226

As receitas efectivas previstas (79.158,000 milhões de Meticais) cobrem apenas 55,8% das despesas orçamentadas (141.757,226 milhões de Meticais), sendo o défice orçamental (62.559,226 mil Meticais) assegurado através de donativos e recurso ao crédito interno e externo.

HORA  DE  APRENDER   Plano Económico e Social é um documento elaborado pelo Governo em que constam os objectivos e prioridades centrais para um determinado ano.

A Lei do Orçamento do Estado autoriza o Governo a cobrar receitas e utilizá- las nos programas.

Se num determinado ano, o valor das despesas for maior que o das receita, diz-se que se está perante um Défice Orçamental  

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DESPESAS DE FUNCIONAMENTO E DE INVESTIMENTO PREVISTAS NO OE DE 2011

As despesas de funcionamento foram fixadas em 77.005,523 milhões de Meticais, (73.290,415 milhões de Meticais respeitam a Despesas Correntes e 3.715,108 milhões de Meticais, a Despesas de Capital). O limite das despesas de investimentos foi fixado em 64.751,702 milhões de Meticais, sendo 20.581,718 milhões de Meticais, de financiamento interno e 44.169,984 milhões de Meticais, de financiamento externo, como se pode verificar no quadro a seguir.

Quadro n.º 2 – Despesas de Funcionamento e de Investimento Previstas no OE 2011  

Em milhões de Meticais   Despesas de Funcionamento

Despesas Correntes Despesas de Capital

73.290,415 3.715,108

77.005,523

Despesas de Investimento Financiamento

Interno

Financiamento Externo 20.581,718 44.169,984

64.751,702

EVOLUÇÃO DAS ESTIMATIVAS ORÇAMENTAIS DA RECEITA NO QUINQUÉNIO

No Gráfico abaixo é apresentada a evolução da receita prevista, relativamente ao quinquénio 2007/2011  

Gráfico nº 1 – Evolução da Previsão da Receita no Quinquénio

Créditos Internos – Empréstimos que o Estado contrai dentro do País.

Créditos Externos – Empréstimos que o Estado contrai fora do País

Donativos – Ofertas que o Estado recebe de organizações ou países.

Despesas de Funcionamento conjunto de gastos que o Estado realiza para executar as suas actividades.

Despesas de Investimentos – gastos feitos pelo Estado que aumentam o seu património.

Despesas Correntes – as que o Estado faz em bens consumíveis ou que se vão traduzir em bens consumíveis, tais como, vencimentos dos funcionários, subsídios, electricidade, água, etc.

Despesas de Capital – as que o Estado efectua em bens duradouros (escolas, pontes, hospitais, etc.)

Financiamento interno – quando os recursos são internos.

Financiamento externo – quando os recursos são externos.  

HORA DE APRENDER

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Como se pode ver, as previsões orçamentais têm vindo sistemática e sustentadamente a aumentar em todos os anos do quinquénio.

ANÁLISE SECTORIAL DA DOTAÇÃO DA DESPESA No Orçamento do Estado para 2011, a dotação para os sectores que integram o PARP foi de 69.824 milhões de Meticais, o que corresponde a 47,2% da dotação total das despesas (148.088 milhões de Meticais), cabendo aos restantes sectores, 68.068 milhões de Meticais (46%).

Conforme se mostra no gráfico a seguir, as maiores dotações da despesa couberam aos sectores de Infra-estruturas, Educação, Boa Governação e Saúde, com 23.110, 18.243, 10.697 e 9.909 milhões de Meticais, respectivamente, correspondentes aos pesos de 15,6%, 12,3%, 7,2% e 6,7%, na mesma ordem. Dentro destes 4 sectores, destacam-se as Estradas, Ensino Geral, Sistema de Saúde, Águas, Ensino Superior e Segurança/Ordem Pública.

Gráfico n.º2 – Repartição Percentual da Dotação da Despesa por Sectores

Educação;

18,243 Saúde; 9,909

Infraestruturas;

23,110

Programa Contas Desafios do Milénio; 332 Agricultura e Desenvolvimento

Rural; 5,615 Boa Governação;

10,697 Acção Social; 1,588

Trabalho e Emprego;

332

Restantes Sectores;

68,068 Encargos da Dívida;

3,501

Operações Financeiras;

6,694

HORA DE APRENDER O Plano de Acção para Redução da Pobreza (PARP) 2011 – 2014 é a estratégia de médio prazo do Governo de Moçambique que operacionaliza o Programa Quinquenal do Governo (2010-2014), focado no objectivo de combate à pobreza. Este plano tem como meta principal reduzir o índice de incidência da pobreza.

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Quadro n.º 3 – Dotação da Despesa dos Sectores Prioritários do PARP

Em milhões de Meticais OE de 2010 OE de 2011 Sectores /Instituições prioritários

Integrantes do PARP Valor Valor

Educação 22,177 18,243

Saúde 9,894 9,910

Infra-estruturas 18,026 23,110

Programa Contas Desafios do Milénio 348 332 Agricultura e Desenvolvimento Rural 4,662 5,615

Boa Governação 9,310 10,697

Outros Sectores Prioritários 1,415 1,920 Total Sectores Prioritários 65,832 69,824

Restantes Sectores 49,642 68,068

Despesa Total (s/Encargos, O. Financ .e Combust.) 115,474 137,892

Encargos da Dívida 2,673 3,501

Operações Financeiras 4,646 6,694

Total da Despesa 122,793 148,088

Para além dos sectores atrás referidos, couberam aos da Agricultura e Desenvolvimento Rural e ao “Programa Contas Desafios do Milénio” as dotações de 5.615 e 332 milhões de Meticais, correspondentes a 3,8% e 0,2%, respectivamente, da dotação total do Orçamento do Estado.

Aos Outros Sectores Prioritários, de que fazem parte a Acção Social e Trabalho e Emprego, foram destinados 1.920 milhões de Meticais (1,3%).

Em termos de variação, relativamente ao ano transacto, registou-se um crescimento de 6,1%

das dotações dos sectores prioritários.

Aos 4 sectores prioritários integrantes do PARP (Infra-estruturas, Educação, Boa Governação e Saúde) foram destinados recursos financeiros que totalizam 61.960 milhões de Meticais, representando 41,8% do total das despesas do Orçamento.

Os órgãos e instituições de Âmbito Central absorveram 102.313 milhões de Meticais, o equivalente a 69,1% do valor total orçamentado (148.088 milhões de Meticais), cabendo ao Âmbito Provincial 26.427 milhões de Meticais (17,8%). As dotações dos Âmbitos Distrital e Autárquico foram de 17.751 milhões de Meticais e 1.598 milhões de Meticais, correspondentes a 12% e 1,1%, respectivamente, do total orçamentado, como se observar no gráfico abaixo.

Gráfico n.º 3 - Distribuição das Dotações por Âmbito Territorial

 

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F

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0 100,000 200,000 300,000

2007 2008 2009 2010 2011

32,461 38,816 46,216 57,432 79,158

70,897 38,436 50,187 89,003 98,142 51,926 117,977 60,545 141,757 62,599

Défice Orçamental Despesas do Estado Receitas do Estado RECEITAS, DESPESAS E DÉFICE ORÇAMENTAL

PREVISTOS NO QUINQUÉNIO

De acordo com o gráfico a seguir, de 2007 a 2011, houve sempre aumento, tanto das receitas e despesas orçamentadas, como da previsão do défice orçamental.

O défice orçamental cresceu, no período que vai de 2007 a 2011, como se vê no gráfico a seguir.

Gráfico n.º4 - Receitas, Despesas e Défice Orçamental Previstos no Quinquénio Em milhões de Meticais

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Novembro de 2012

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Capítulo III: RECEIT A

As receitas chegam aos cofres do Estado obedecendo aos quatro (4) passos seguintes:

R ECURSOS DO O RÇAMENTO DO E STADO

O total das receitas mobilizadas no Orçamento do Estado, em 2011, foi de 125.932,027 milhões de Meticais, dos quais 81.058,466 milhões de Meticais (64,4%) correspondem à Receita Interna, 2.618,617 milhões de Meticais (2,1% ) a Créditos Internos, 42.254,944 milhões de Meticais (33,5%)

a Créditos Externos repartidos em 14.875,249 milhões de Meticais de Empréstimos Externos e 27.379,695 milhões de Meticais, de Donativos), conforme detalha a tabela que se segue.

Quadro n.º 1 - Recursos do Orçamento do Estado

Seguidamente apresenta-se, no Gráfico n.º 1, a seguir a estrutura dos meios financeiros obtidos pelo Estado, de harmonia com a sua natureza ou fonte.

Indicação de quanto foi

previsto na LOE

para a receita Reconhecimento do direito de o Estado receber a

receita Recebimento de

impostos taxas, e créditos devidos

ao Estado Depósito do dinheiro nos cofres do Estado

COFRES DO ESTADO 1 º.PASSO

2.º PASSO

3.º PASSO

4.º PASSO

HORA D APRENDER Receitas Internas - Impostos e taxas cobrados aos cidadãos e empresas dentro do País.

Creditos Internos - Empréstimos que o Estado contrai dentro do País.

Creditos Externos - Empréstimos que o Estado contrai fora do País.

Donativos - Ofertas que o Estado recebe de organizações ou países.

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5.º PASSO

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Novembro de 2012

2 Gráfico nº 1 - . Receitas do Estado

ANÁLISE DA RECEITA DO ESTADO

A Receita do Estado foi de 81.058.466 milhões de Meticais.

Do total da Receita do Estado colectada em 2011, 81.058,466 milhões de Meticais (98,7%), 80.082,500 milhões de Meticais provém da Administração Central e 975,966 milhões de Meticais (1,2%), da Administração Provincial, sendo que esta última inclui as receitas da Administração Distrital.

Em termos globais, a maior parte das receitas proveio das Receitas Fiscais arrecadadas pela Administração Central, representando 84,2% do volume global da receita.

COBRANÇA DO IVA NO QUINQUÉNIO

A cobrança do IVA apresentou, ao longo do quinquénio 2007-2011, em termos nominais, uma tendência de contínuo crescimento, sendo que, em 2011, o montante arrecadado representa um incremento de 22,2%, face ao ano de 2010.

REEMBOLSOS DO IVA

O Governo recebeu 815 pedidos de reembolsos de IVA no montante de 5.773,1 milhões de Meticais, o que equivale a 19,6% do valor arrecadado neste imposto, dos quais foram pagos 546, correspondentes a 813,8 milhões de Meticais.

No quadro seguinte, é apresentado o resumo dos pedidos de reembolso e restituições do IVA de 2011, por contribuintes dos regimes normal e diplomatas, fornecendo-se o detalhe dos diversos estágios do seu tratamento, designadamente, a quantidade e o valor dos processos: i) recebidos, ii) tratados, iii) em análise, iv) autorizados, por pagar e v) em despacho.

HORA DE APRENDER Receitas Fiscais - aquelas que provêm de impostos como o IVA, o IRPC, o IRPS, etc.

IVA é o Imposto sobre o Valor Acrescentado. Este é pago sempre que compramos ou importamos alguns produtos.

HORA DE APRENDER Reembolsos do IVA - Na importação de alguns produtos, o Estado cobra o IVA, porém, no âmbito dos benefícios fiscais, este deve devolver aos importadores o valor correspondente a este imposto

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Novembro de 2012

3 Quadro n.º2 - Tramitação de Reembolsos de IVA, em 2011

Como se pode ver no quadro, foram tratados 77,8% do número de pedidos de reembolso apresentados, em 2011, envolvendo montantes equivalentes a 22,8% do total de reembolsos solicitados no ano.

O tempo médio de tratamento dos processos foi de 81 dias, contra os 30 previstos na lei.

No quadro seguinte, apresentam-se os reembolsos do IVA feitos em 2011, de pedidos de anos anteriores, por sectores de actividade.

Quadro n.º3 - Reembolsos do IVA por Sectores de Actividade

ARRECADAÇÃO DOS IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO NO QUINQUÉNIO Nas receitas fiscais, temos os impostos sobre o rendimento a seguir ao IVA, em termos de grandeza. O quadro e gráfico seguintes mostram os níveis de cobrança de Impostos sobre o Rendimento no período em consideração.

Assim como sucedeu na CGE anterior, os Investidores constituem o grupo que, em termos absolutos, absorveu a maior parte dos reembolsos (1.285,408 milhões de Meticais, representando 58,8% do total). Seguem-se-lhes os Exportadores (651,807 milhões de Meticais, o equivalente a 29,8%).

NOTA

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Novembro de 2012

4 Quadro n.º4 - Evolução do IRPC e IRPS

No Quadro acima, verifica-se que a cobrança dos Impostos sobre o Rendimento (IRPC e IRPS) cresceu, de 2007 a 2011, com aumentos de 26,6%, em 2008, de 17,1%, em 2009, mantendo a taxa de 34,7%, nos dois últimos anos.

A colecta do IRPC, no ano em apreço, teve uma taxa de crescimento de 45,4%, a maior dos 5 anos em apreço. Quanto ao IRPS, depois de, em 2010, ter registado crescimento de 36,1%, em 2011 não ultrapassou a taxa de 22,7%. O IRPC tem vindo a aumentar a sua comparticipação relativamente ao IRPS, representando, em 2011, 57,4% do montante arrecadado nestes dois impostos, quando esta relação era de 47,3 %, em 2007.

RECEITA COBRADA AOS MEGA-PROJECTOS

Os mega-projectos contribuíram, no global, com o valor de 2.764 milhões de Meticais.

Quadro n.º5 - Receita Cobrada por Mega - Projecto

Relativamente ao peso da contribuição dos Mega-Projectos no total da receita gerada com tais projectos, na Receita do Estado, em 2011, destacam-se as empresas Anadarko Moçambique, Areias Pesadas de Moma (Kenmare), Vale Moçambique e Mozal, com 21,7%, 20,6%, 17,6% e 16%, respectivamente.

RECEITAS PRÓPRIAS DE ORGANISMOS E INSTITUIÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

As Receitas Próprias cobradas por organismos e instituições do Estado, resultantes da sua actividade específica, da administração e alienação do seu património ou de quaisquer outras que, por lei ou contrato, lhes devam pertencer, ascenderam a 2.549,013 milhões de Meticais, valor equivalente a 99% da respectiva meta previsional.

HORA DE APRENDER Receitas Próprias – são aquelas que provêm dos serviços ou unidades orgânicas do Estado, resultantes da sua actividade específica, da administração e alienação do seu património ou de quaisquer outras que, por lei ou contrato lhes devem pertencer.

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HORA DE APRENDER

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Novembro de 2012

5 Ressalta, do quadro abaixo, que os Ministérios do Interior, da Educação e Cultura, da Saúde e da Energia foram as que mais cobraram, com os pesos de 28,1%, 20%,13,1% e 11,5%, respectivamente.

Os Ministérios da Juventude e Desportos, da Saúde, dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, das Obras Públicas e Habitação, da Educação e Cultura e do Trabalho, superaram as metas previsionais.

O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental é o único que não arrecadou receitas próprias, apesar de estarem previstas no Orçamento.

Qu adro n.º 6. – Receitas Próprias de Âmbito Central Cobrança Previsão Valor Realização Designação (%)

(1) (2) (3)=(2)/(1)

Ministério da Defesa Nacional 12,000 9,720 81,0

Ministério do Interior 13.66,938 715,040 52,3

Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação 79,257 217,296 274,2

Ministério da Função Pública 6,154 7,362 119,6

Ministério da Planificação e Desenvolvimento 12,740 1,752 13,8

Ministério das Finanças 12,3206 70,668 573,6

Ministério do Trabalho 883 1,412 0,2

Ministério para Coordenação da Acção Ambiental 4,500 0 0

Ministério da Agricultura 26,401 26,657 101,0

Ministério das Pescas 8,025 8,367 104,3

Ministério dos Recursos Minerais 4,646 126 2.712,0

Ministério da Energia 208,124 293,161 140,9

Ministério do Turismo 110,600 40,974 37,0

Ministério dos Transportes e Comunicações 120,241 53,092 44,2 Ministério das Obras Públicas e Habitação 73,117 156,396 213,9 Ministério da Educação e Cultura 306,499 510,325 166,5 Ministério da Juventude e Desportos 20,200 10,3057 51,0

Ministério da Saúde 90,038 33,3607 37,1

Total 88,3 127 14,4

RECEITAS PRÓPRIAS DE ORGANISMOS E INSTITUIÇÕES DE ÂMBITO PROVINCIAL

Relativamente à arrecadação destas receitas, das 11 Províncias do País, 3 (Zambézia, Sofala e Cidade de Maputo) apresentaram níveis de cobrança manifestamente superiores às respectivas estimativas.

Assim como aconteceu na CGE 2010, a de 2011 não contém toda a informação sobre as previsões de cobrança e/ou sobre os valores arrecadados, no tocante às rubricas de Receitas Próprias e/ou Consignadas, relativamente a algumas entidades.

NOTA

16

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Novembro de 2012

6 NOTA

RECEITAS PRÓPRIAS DE ORGANISMOS E INSTITUIÇÕES DE ÂMBITO DISTRITAL

Conforme se depreende do quadro seguinte, apenas os organismos e instituições dos distritos pertencentes à Província de Gaza registaram cobranças superiores às respectivas previsões, tendo os

distritos das restantes províncias arrecadado valores manifestamente aquém dos previstos.

RECEITAS DE CAPITAL

A realização das Receitas de Capital da Administração Central foi de 90%. No que concerne à Administração Provincial, foram cobrados 16,027 milhões de Meticais, sem previsão.

Contrariando o histórico de declínio na arrecadação deste tipo de receitas do Estado, o ano de 2011 registou, pela primeira vez, um crescimento, relativamente ao ano anterior, com uma variação de 28%.

RECEITA COBRADA ATRAVÉS DAS EXECUÇÕES FISCAIS

Como se pode ver no quadro seguinte, o saldo final das dívidas ao Estado, dos documentos debitados aos Recebedores das áreas fiscais e, posteriormente, enviados à cobrança coerciva, ascendia, em 31/12/2011, a 1.721,666

milhões de Meticais, mais 257,410 milhões de Meticais do que no ano anterior.

Quadro n.º 7 – Movimento dos Conhecimentos de Cobrança do Orçamento Central

Os conhecimentos de cobrança debitados, no exercício, aumentaram de 225,362 milhões de Meticais, em 2010, para 739,561 milhões de Meticais, em 2011, por influência, em grande medida, do facto de as DAF´s, no ano em análise, estarem a cumprir as directrizes da Circular n.º 12/GAB-DGI/2010, de 28 de Dezembro, que orienta todas as unidades fiscais a emitir os conhecimentos de cobrança.

A cobrança passou de 18,570 milhões de Meticais, em 2010, para 129,927 milhões de Meticais, em 2011.

Refira-se que, no global, a arrecadação não alcançou, sequer, a metade da previsão estabelecida nesta rubrica.

Receitas de Capital provenientes de operações de crédito, alienações de bens, amortizações de empréstimos concedidos Execuções Fiscais Quando os contribuintes não pagam voluntariamente impostos, o Estado é obrigado a cobrar coercivamente.

Conecimento de Cobraça – é um certificado de dívida que é emitido pela Direcção da Área Fiscal

HORA DE APRENDER

NOTA

Apesar de as áreas fiscais terem passado a emitir conhecimentos de cobrança, o nível de arrecadação de receitas através de procedimentos coercivos continua baixo, tendo correspondido, neste ano, a apenas

5,9% da dívida. 17

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Novembro de 2012

7 BENEFÍCIOS FISCAIS

Os benefícios fiscais concedidos foram de 7.213 milhões de Meticais, contra 4.666 milhões de Meticais atribuídos no ano de 2010, conforme se ilustra no quadro abaixo.

Quadro n.º8 - Benefícios Fiscais Concedidos

Verifica-se que os benefícios fiscais que incidiram sobre o IVA, IRPC e Direitos Aduaneiros, constituem 98,6% do total dos benefícios concedidos no ano.

Benefícios Fiscais medidas que implicam a isenção ou redução do montante a pagar dos impostos em vigor, com o fim de favorecer as actividades de reconhecido interesse público. São elas:

as deduções à matéria colectável, deduções à colecta, amortizações e reintegrações aceleradas, crédito fiscal por investimento, isenção e redução da taxa de impostos e diferimento do pagamento destes.

HORA DE APRENDER

CONSTATAÇÕES

18 À semelhança dos anos

anteriores, o Governo continua sem observar o prazo do reembolso do IVA;

As receitas provenientes da alienação de imóveis do Estado são depositadas numa conta bancária da Direcção Nacional do Património do Estado (DNPE), sem especificação da natureza de cada movimento, o que dificulta a identificação dos depositantes, bem como os processos de alienação a que respeitam;

Persiste a não canalização

das Receitas Próprias e

Consignadas às Direcções de

Áreas Fiscais, por algumas

instituições do Estado.

(23)

 

(24)

Setembro 2013

1

Capítulo IV: DESPESA

Os passos para a realização das despesas são os seguintes:

As regras atinentes à execução do Orçamento do Estado de 2011 estão

estabelecidas, dentre outros dispositivos na Lei n.º 1/2011, de 5 de Janeiro, que aprova o

Orçamento do Estado daquele ano, bem como na Lei n.º 9/2011, de 13 de Junho, que altera os limites orçamentais da Lei n.º 1/2011, de 5 de Janeiro e na Lei do Sistafe, Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro.

EXECUÇÃO GLOBAL DO ORÇAMENTO SEGUNDO A CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL

No quadro abaixo, mostra-se a Despesa por funções, com destaque para as consideradas prioritárias, no âmbito do PARP.

Quadro n.º 1 – Execução do Orçamento da Despesa, Segundo a Classificação Funcional

Despesa Pública – o dispêndio, pelo Estado, de recursos monetários ou em espécie, seja qual for a sua proveniência ou natureza, com ressalva daquelas em que o beneficiário se encontra obrigado à reposição dos mesmos.

HORA DE APRENDER

Autorização através da lei para o Estado gastar (a chamada dotação orçamental)

FIXAÇÃO

É a reserva da dotação orçamental necessária para a realização de uma despesa.

CABIMENTAÇÃO

Verificar se o serviço foi feito ou se o bem adquirido está em boas condições se estiver

bem feita, diz-se que a

despesa foi liquidada LIQUIDAÇÃO

Pagamento da despesa liquidada

PAGAMENTO

19

20

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Setembro 2013

2 Observa-se que a execução das despesas dos sectores prioritários do PARP, em termos globais, foi de 85,2% e a dos restantes sectores, de 88,2%. A execução da despesa total fixou-se em 90,2%, com as Operações Financeiras a registarem 88,7% e os Encargos da Dívida, 100%.

Quanto ao peso, no total da despesa sem Encargos da Dívida, verifica-se, ainda, no mesmo quadro, que o sector das Infra-estruturas é o que apresenta a maior expressão, com 18,1%, seguido dos da Educação, da Boa Governação e da Saúde, com 12,9%, 8,7% e 7,2%, respectivamente.

EXECUÇÃO GLOBAL DA COMPONENTE FUNCIONAMENTO DO ORÇAMENTO

Nas despesas de funcionamento, foram gastos 70.989,157 milhões de Meticais, dos quais, 38.265,007 milhões de Meticais (53,9%) correspondem às despesas de Âmbito Central, 18.217,313 milhões de Meticais (25,7%), do Provincial, 13.505,213 milhões de Meticais (19%), do Distrital e 1.001.625 milhões de Meticais (1,4%), do Autárquico.

Do total executado nesta componente, 99,7% foi em Despesas Correntes e 0,3%, nas de Capital.

FUNDO DE COMPENSAÇÃO AUTÁRQUICA

A dotação orçamental do Fundo de Compensação Autárquica, na Componente Funcionamento, fixada pela Lei n.º 9/2011, de 13 de Junho, foi de 1.001,625 milhões de Meticais, executados na totalidade.

EXECUÇÃO GLOBAL DA COMPONENTE INVESTIMENTO DO ORÇAMENTO POR ÂMBITO E TIPO DE FINANCIAMENTO

Em 2011, na Componente Investimento foram gastos 51.011,504 milhões de Meticais. Deste valor, 42.304,499 milhões de Meticais (82,9%) correspondem às despesas de Âmbito Central, 5.752,316 milhões de Meticais (11,3%), de Provincial, 2.358,715 milhões de Meticais (4,6%), de Distrital e 595,974 milhões de Meticais (1,2%), de Autárquico. Quanto à execução das despesas por tipo de Financiamento, 30.600.482 mil Meticais (60%) correspondem ao financiamento externo, dos quais 26.896.472 mil Meticais foram gastos no Âmbito Central e o remanescente no Provincial e Distrital.

O Fundo de Compensação Autárquica é destinado a complementar os recursos orçamentais das autarquias. É constituído por 1,5% das receitas fiscais previstas no respectivo ano económico.

HORA DE APRENDER

20

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Setembro 2013

3 CONSTATAÇÕES

21 Na celebração dos contratos de pessoal,

fornecimento de bens, prestação de serviços, empreitada, consultoria e arrendamento, nem sempre se obedeceu às normas e procedimentos legalmente instituídos sobre esta matéria.

Nas secretarias distritais auditadas, não existe um adequado acompanhamento e monitoria dos projectos financiados pelo FDD.

Algumas instituições

auditadas não

preenchem os Livros Obrigatórios.

Os salários e remunerações, de parte dos funcionários de algumas instituições auditadas, continuam a ser pagos fora da folha electrónica de salários.

Verificou-se, igualmente, a falta de relatórios de actividades

desenvolvidas e guias de marcha nos processos de pagamento de ajudas de custo

Houve registo, em algumas entidades auditadas, de pagamentos de despesas de anos anteriores (2009 e 2010)

Assistiu-se, ainda, ao desembolso tardio dos financiamentos externos com o consequente impacto na baixa execução.

Continuam a ser executados projectos sem inscrição no OE

Foram executadas despesas em verbas inapropriadas, nuns casos e não elegíveis nos projectos em que foram contabilizados.

Os arquivos dos processos de despesa continuam sem estar devidamente

organizados, o que dificulta a disponibilização

de justificativos das transacções

(27)

               

         

   

 

 

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1    

Capítulo V: OPERAÇÕES FINANCEIRAS E O FINANCIAMENTO DO DÉFICE ORÇAMENTAL

No presente capítulo, são avaliadas as Operações Financeiras, que compreendem os empréstimos contraídos, os créditos concedidos, as respectivas amortizações, assim como as participações do Estado no capital social de empresas e o saneamento financeiro de unidades económicas do Estado.

OPERAÇÕES FINANCEIRAS ACTIVAS

A Dotação actualizada das Operações Activas, foi de 4.455,843 milhões de Meticais. Deste montante foram gastos 4.371,074 milhões de Meticais correspondentes a uma realização de 98,1%.Do total gasto, 4.261,423 milhões de Meticais (97,5%) foram desembolsados a favor de entidades públicas a título de Empréstimos com Acordos de Retrocessão e os remanescentes 109,651 milhões de Meticais, em outras operações activas.

SOCIEDADES POR QUOTAS

Em 2011, a participação do Estado em sociedades registou, em termos nominais, um decréscimo de 1,2%, comparativamente ao exercício de 2010, tendo passado de 52,088 milhões de Meticais, para 51,459 milhões de Meticais. Este cenário é consequência da retirada, da carteira do Estado em algumas sociedades.

SOCIEDADES ANÓNIMAS

No ano de 2011, o Estado participava no capital social de 102 sociedades, sendo que em 15 sociedade era representado pelo Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), e nas restantes 87 sociedades, através de outras entidades do Estado.

A participação do Estado nas referidas empresas, em 2011, era de 36.441,077 milhões de Meticais, o que significou uma redução de 28,760 milhões de Meticais, comparativamente ao ano de 2010, em que a mesma situou-se em 36.469,837 milhões de Meticais. À semelhança do que sucedeu-se nas sociedades por quotas, nestas, verificou-se uma redução de sociedades com

Operações Financeiras Activas – compreendem a concessão de empréstimos e adiantamentos, aquisição de títulos de crédito, incluindo obrigações, acções, quotas e outras formas de

participação do Estado   Sociedades por Quotas são aquelas em que o capital está dividido em parcelas e os sócios são solidariamente responsáveis pela realização do capital social  

Sociedades Anónimas (SA) são aquelas em que o capital é dividido em acções e cada sócio limita a sua responsabilidade ao valor das acções que detém.

Acordos de Retrocessão – empréstimos concedidos pelos diferentes parceiros, para os quais o Estado é co- garante da sua devolução.

HORA DE APRENDER

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(29)

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2    

participação do Estado tendo passado de 106 sociedades, em 2010, para 102, em 2011, sendo que das sociedades alienadas, 2 sob gestão do IGEPE e as restantes 2 de outras entidades do Estado.

SANEAMENTO FINANCEIRO ATRAVÉS DO IGEPE Em 2011, foram gastos, através do IGEPE, 148,653 milhões de Meticais, no saneamento financeiro de 6 empresas. Do montante gasto, 82,810 milhões de Meticais provêm do Orçamento do Estado (OE) e 65,843 milhões de Meticais do IGEPE (Receitas Próprias).

O montante total disponibilizado através do OE foi de 87,395 milhões de Meticais, havendo um saldo não utilizado de 4,585 milhões de Meticais nas contas bancárias deste instituto.

RECEITAS DE ALIENAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO ESTADO EM EMPRESAS ATRAVÉS DO IGEPE

A alienação das participações do Estado nas empresas é realizada através de duas vias: i) para o público, em geral e ii) para os Gestores, Técnicos e Trabalhadores (GTT’s) da empresa.

O comportamento destas receitas é apresentado no gráfico que se segue.

Gráfico n.º1 – Evolução das receitas de alienação

Em 2011, as receitas atingiram 58,477 milhões Meticais. Deste montante, 6,191 milhões de Meticais (10,6%), foram pela venda das participações ao público e 52,286 milhões Meticais (89,4%), pela alienação aos GTT’s.

Saneamento Financeiro – é o processo que visa ajustar a situação financeira de uma

empresa para evitar o seu colapso, permitindo um funcionamento normal da mesma. É a

implementação de um conjunto de medidas com o objectivo de melhorar o seu desempenho.

HORA DE APRENDER

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(30)

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3    

SANEAMENTO FINANCEIRO ATRAVÉS DA DNPE

Em 2011, o Governo gastou, através da Direcção Nacional do Património do Estado (DNPE), 1,620 milhões de Meticais no saneamento financeiro de entidades. Neste processo, foram despendidos 0,883 milhões de Meticais coma a Unidade Técnica de Reestruturação Empresarial (UTRE) e 0,256 milhões de Meticais com a ROMOS.

RECEITAS DE ALIENAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DO ESTADO EM EMPRESAS ATRAVÉS DA DNPE

No que se refere ao cumprimento dos contratos de alienação por parte dos adjudicatários, de 102,020 milhões de Meticais de alienação das empresas, a DNPE recebeu 33.132 mil Meticais, o que corresponde a 32,5% da dívida, sendo que de um conjunto de 12 adjudicatários, 2 pagaram todas as suas dívidas.

EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS COM FUNDOS DO TESOURO

Relativamente a estes empréstimos, o Governo está a realizar diversas acções com vista à recuperação dos valores em dívida e, de forma complementar, contratou uma empresa, em 2011, com o mesmo propósito. Assim, o Tribunal Administrativo, no exercício das suas competências, está a acompanhar o processo e, nos próximos relatórios, irá reportar os resultados desse acompanhamento.

EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS ATRAVÉS DE ACORDOS DE RETROCESSÃO

No final de 2011, a dívida de 11 instituições beneficiárias dos empréstimos em referência era de 20,720 milhões de Meticais. Neste ano, foram concedidos empréstimos à Electricidade de Moçambique (EDM), Aeroportos de Moçambique (ADM), Fundo de Investimento do Património de Abastecimento de Água (FIPAG), Fundo de Apoio à Reabilitação Económica (FARE) e Administração Nacional de Estradas (ANE), 4.261,423 milhões de Meticais, tendo, no mesmo período, sido amortizada, no mesmo período a dívida no valor de 461,697 milhões de Meticais. Resulta, assim a dívida de 24.520,180 milhões de Meticais no final de 2011.

A DNPE é a entidade que procede ao saneamento das empresas detidas pelo Estado, com dificuldades financeiras. As saídas de fundos respeitam, de entre outras, ao pagamento de salários em atraso, indemnizações aos trabalhadores e outras despesas administrativas. As entradas de fundos provêm dos pagamentos efectuados pelos adjudicatários das empresas privatizadas, sendo, na sua maioria, realizados em prestações Adjudicatário – pessoa escolhida após concurso por ter apresentado a proposta mais favorável para adquirir uma empresa ou bem do Estado.  

HORA DE APRENDER

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4    

OPERAÇÕES FINANCEIRAS PASSIVAS

Em 2011, foram orçados 2.238,488 milhões de Meticais, para reembolso de Empréstimos Externos e Internos, tendo sido gastos, efectivamente, 1.563,508 milhões de Meticais, que representam um nível global de execução de 69,8%.

DÍVIDA PÚBLICA

A Dívida Pública, em 2011, foi de 149.907,066 milhões de Meticais, conforme se apresenta no gráfico seguinte.

Gráfica n.º 2 – Evolução da dívida pública

Em milhões de Meticais

Contribuiu para este cenário o crescimento registado na dívida interna de 177,7% e 61,9% na dívida externa.

PAGAMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA

Em 2012, os pagamentos de amortizações da dívida atingiram 26.486,474 milhões de Meticais, dos quais 24.370,600 milhões de Meticais (92%) respeitam à Dívida Interna e 2.115,874 milhões de Meticais (8%) a Dívida Externa. Os juros totalizaram 3.449,273 milhões de Meticais, dos quais 2.459.135 mil Meticais da Dívida Interna e os restantes 990.138 mil Meticais da Dívida Externa.

Operações Financeiras Passivas Respeitam ao pagamento de empréstimos contraídos pelo Estado, devolução de adiantamentos recebidos entre outras operações da mesma natureza.

Dívida Pública – São as obrigações financeiras assumidas pelo Estado, respeitantes à mobilização de fundos externos e internos para cobrir o défice do orçamento.

.  

HORA APRENDER

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5    

DÍVIDA EXTERNA

No exercício de 2011, a Dívida Multilateral atingiu 2.679,8 milhões de Dólares, o que representa um aumento de 10%, em relação ao exercício anterior, em que a dívida foi de 2.436,5 milhões de Dólares. Este crescimento foi influenciado, em grande medida, pelo incremento da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que passou de 9,7 milhões de Dólares em 2010, para 174,4 milhões de Dólares, em 2011.

Por seu turno, a Dívida Bilateral situou-se em 1.709,5 milhões de Dólares, correspondente a um aumento de 30,8%, em comparação com o exercício de 2010, em que foi de 1.307 milhões de Dólares. O gráfico que se segue mostra o peso que assume, na Dívida Pública Externa, cada um dos grupos de créditos atrás referidos.

Gráfico n.º 3 –Peso da dívida Pública

Em termos de peso no valor global da Dívida Multilateral, as dívidas com o FMI, IDA e FAD, no seu conjunto, têm um peso de 82,2%, enquanto na Dívida Bilateral, o destaque vai para Portugal, com um peso de 19,5%, seguido da China, Iraque e Líbia com 13,6%, 13,5% e 13%, respectivamente.

26 Dívida Externa – é aquela que é

contraída pelo Estado junto de outros Estados, organismos

internacionais, ou outras entidades de direito público ou privado, com residência ou domicílio fora do País, e cujo pagamento é exigível fora do território nacional.

Dívida Multilateral – É constituída pelos contraídos com organismos internacionais ou outras entidades de direito público ou privado;

Dívida Bilateral – Créditos obtidos junto dos Estados.

HORA DE APRENDER

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6    

DÍVIDA INTERNA

A Dívida Interna contraída com o Banco Central e outras instituições financeiras e resultante da emissão de Obrigações de Tesouro e outros créditos totalizou 25.981,387 milhões de Meticais.

SUSTENTABILIDADE DA DÍVIDA

A iniciativa HIPC (Programa de Alívio à Pobreza dos Países Altamente Endividados) estabeleceu os seguintes limites:

 A Dívida em relação ao PIB não deve ultrapassar 200%;

 As receitas correntes devem correspondera 17%

ou 18% do BIP e;

 O Serviço da Dívida relativamente às Receitas Correntes não deve exceder 25%.

Quadro n.º 1 – Indicadores de Sustentabilidade da Dívida

Dívida Interna é a que é contraída pelo Estado junto de entidades de direito público ou privado, com residência ou domiciliadas no País e cujo pagamento é exigível dentro do território nacional

Sustentabilidade da Dívida é a capacidade de um país honrar as suas responsabilidades relativas ao serviço da dívida, sem prejuízo dos seus objectivos de desenvolvimento económico e social

Produto Interno Bruto é a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços finais produzidos numa determinada região, durante um certo período, sendo um dos indicadores mais utilizados para mensurar a actividade económica de uma região.

 

HORA  DE  APRENDER  

Do quadro, nota-se que os indicadores situaram-se dentro dos parâmetros estabelecidos, demonstrando o crescimento da capacidade da economia para fazer face ao Serviço da Dívida, nomeadamente, através de uma crescente arrecadação de receitas correntes e de um crescimento económico sustentável do Produto Interno Bruto  

NOTA  

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Página7  |      

7    

 

FINANCIAMENTO DO DÉFICE ORÇAMENTAL

O financiamento do Défice Orçamental, em Moçambique, é feito com recurso a Donativos e Empréstimos Internos e Externos. Em 2011, o Governo recorreu a empréstimos no mercado interno de capitais, através de Obrigações do Tesouro e contraiu empréstimos externos.

Défice Orçamental é a diferença entre as receitas e despesas de um dado período de tempo, originando a necessidade de financiamento. Para cobrir o défice, o Governo contraiu empréstimos internos através da emissão de Obrigações e Bilhetes do Tesouro e empréstimos externos e recebeu donativos Obrigação – é um título de crédito que confere ao seu titular o direito de receber periodicamente juros, e numa determinada data, o reembolso do capital mutuado. Tem como elemento principal a taxa de juro, o valor nominal, o preço de emissão, o valor do reembolso e o método de amortização.

HORA DE APRENDER

CONSTATAÇÕES

28 Nas Operações Activas, há uma

diferença de 3.337,544 milhões de Meticais, entre o valor de

1.118,299 milhões de Meticais da dotação apresentada na Lei n.º 9/2011, de 13 de Junho, Lei Rectificativa do Orçamento do Estado, e o do Mapa V da CGE de 2011, de 4.455,843 milhões de Meticais  

De uma amostra de 12 adjudicatários, da auditoria realizada à DNPE, sobre o exercício económico de 2011, apenas 2 pagaram, integralmente, o valor da alienação.

 

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kl  

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Setembro 2013

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1

Capítulo VI: PATRIMÓNIO DO ESTADO

DINHEIRO DESPENDIDOS NA AQUISIÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS AO LONGO DO QUINQUÉNIO (2007-2011)

Os organismos do Estado têm investido na aquisição de bens patrimoniais, com vista a obter ganhos de eficiência no desempenho das suas actividades.

No exercício económico de 2011, o investimento realizado foi de 31.671,925 milhões de Meticais.

EVOLUÇÃO DO PATRIMÓNIO LÍQUIDO DO ESTADO

De acordo com o Anexo Informativo 7.3, o valor líquido do Património do Estado, inventariado a 31 de Dezembro de 2011, é de 95.893,858 milhões de Meticais.

O gráfico abaixo ilustra a evolução do peso de cada um dos tipos de bens do Património Líquido do Estado, de 2008 a 2011.

Gráfico n.º1 - Evolução do Peso do Património Líquido do Estado

Quanto à participação no total líquido, os imóveis evidenciam-se ao longo do período de 2008 a 2011. Os veículos, apesar da sua baixa participação, registaram ligeiros aumentos.

Contrariamente aos veículos, os bens móveis decresceram.

Património do Estado é o

“conjunto de bens de domínio público e privado, e dos direitos e obrigações de que o Estado é titular, independentemente da sua forma de aquisição”. o inventário do Património do Estado abrange todos os bens de uso especial ou indisponível, do domínio privado do Estado, do domínio público e património cultural, de utilização permanente, com vida útil superior a um ano, cujo valor de aquisição seja igual ou superior a 350 Meticais, e que não se destinem à venda, nomeadamente, móveis, animais, veículos e imóveis.

HORA DE APRENDER

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Setembro 2013

___________________________________________________________________________________________________

2 ANÁLISE DO PROCESSO DE INVENTARIAÇÃO

Como anteriormente se afirmou, o valor total líquido do Património do Estado inventariado foi de 95.893,858 milhões de Meticais.

Em relação a 2011, o crescimento do Património Final Bruto foi de 60.330,150 milhões de Meticais (50,7%). As amortizações reduziram 8,3% (7.551,922 milhões de Meticais) e, consequentemente, determinaram uma variação positiva do Património Líquido, de 67.882,072 milhões de Meticais, como se observa no Quadro n.º 1.

Quadro n.º1 – Património do Estado Inventariado até 31/12/2011

No quadro acima, observa-se que os valores totais do Património Bruto e do Património Líquido cresceram, de 2010 a 2011, ao contrário dos das Amortizações Acumuladas que, no mesmo período, decresceram.

Em 2011, as aquisões representam 26,3%, no Património Inicial Bruto e 20,8%, no Final Bruto, o que demonstra um incremento de 18,9 pontos percentuais do total de acréscimos.

CONSTATAÇÕES

No Anexo 7.3, da CGE de 2011, é indicado, apenas, o valor do património dos organismos e instituições do Estado (Património Orgânico), não se reflectindo, nele, os bens das Empresas Públicas e das Autarquias, como estipula a lei.

O valor do património líquido, mencionado no Relatório Analítico sobre o Inventário Consolidado do Património do Estado, é de 71.376,7 milhões de Meticais, quando o mesmo, incluindo o das Empresas Públicas e das Autarquias, seria de 95.893,6 milhões de Meticais.

Há um preenchimento incorrecto das Fichas de Inventário e classificação inapropriada de bens, assim como a falta de etiquetas nos bens, contratos de seguro e de regularização dos títulos de propriedade dos imóveis e veículos.

No Mapa Consolidado do Inventário do Património do Estado, não foram incorporados os dados dos “abates”,

“reavaliações ou outras alterações” e “obras ou reparações”.

Existem divergências entre os dados respeitantes ao inventário das entidades auditadas e

os constantes do Mapa Consolidado do Património do Estado; Há divergências entre os

valores das aquisições registados nos mapas do inventário e os das despesas efectivamente

realizadas pelos sectores, na compra de bens inventariáveis.

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PARECER SOBRE A CONTA GERAL DO ESTADO DE 2011

I. ENQUADRAMENTO LEGAL Competência e Prazos

Nos termos do plasmado na alínea a) do n.º 2 do artigo 230 da Constituição da República, compete ao Tribunal Administrativo emitir o Relatório e o Parecer sobre a Conta Geral do Estado. O presente Parecer é relativo à Conta Geral do Estado do exercício económico de 2011.

Em conformidade com o preceituado no n.º 1 do artigo 50 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado, a Conta deve ser apresentada pelo Governo à Assembleia da República e ao Tribunal Administrativo, até 31 de Maio do ano seguinte àquele a que a mesma respeite. O Relatório e o Parecer do Tribunal Administrativo sobre a Conta Geral do Estado devem ser enviados à Assembleia da República até ao dia 30 de Novembro do ano seguinte àquele a que a Conta Geral do Estado seja concernente, de acordo com o número 2 do mesmo artigo.

É na observância dos comandos normativos acima citados e do disposto no n.º 3 do artigo 50 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que o Tribunal Administrativo, reunido em Plenário, emite o presente Parecer sobre a Conta Geral do Estado relativa ao exercício económico de 2011.

Âmbito do Parecer

De acordo com o estabelecido no n.º 2 do artigo 14 da Lei n.º 26/2009, de 29 de Setembro, atinente à organização, funcionamento e processo da Secção de Fiscalização das Receitas e Despesas Públicas e do Visto do Tribunal Administrativo, este órgão, em sede do Parecer, aprecia, designadamente:

a) A actividade financeira do Estado, no ano a que a Conta se reporta, nos domínios patrimonial e das receitas e despesas;

b) O cumprimento da Lei do Orçamento e legislação complementar;

c) O inventário do património do Estado;

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Referências

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