6.5. Xenólitos Mantélicos
As classificações utilizadas nesta seção seguem o diagrama de rochas ultramáficas (Streckeisen, 1976, gráfico 6.1.), que é utilizado em rochas que contêm mais de 90% de minerais máficos.
Gráfico 6.1. Diagrama de classificação de rochas ultramáficas (Streckeisen, 1976).
6.5.1. Granada-lherzolito
Foram descritos dois xenólitos de granada-lherzolito com 15 e 3 cm de diâmetro, nas profundidades de 92,60 m e 104,15 m respectivamente. Sua aparência é muito similar ao xenólito de granada-lherzolito descrito por Leonardos et al. (1993) no kimberlito diamantífero de Três Ranchos IV, tamb ém na prov íncia magmática Cretácea do Alto Paranaíba, porém no estado de Goiás.
Os xen ólitos possuem aparência similar ( figura 6.27 e 6.28), caracterizados por uma granula ção grossa, com cristais de tamanho 2 -20 mm, formados de granada de colora ção vinho (2 - 12 mm), e cromo d íopsí dio de cor verde-esmeralda (2-4 mm) dispersos em um arranjo xenom órfico com olivina amarelo-esverdeada (amarronzada quando substitu ída por serpentina ou esmectita ,
id9847750 pdfMachine by Broadgun Software - a great PDF writer! - a great PDF creator! - http://www.pdfmachine.com http://www.broadgun.com
Figura 6.27. Xenólito de granada-lherzolito com Cr-diopsídio e fina borda de reação contínua.
Testemunho RDH-02, profundidade 92,60 m.
Figura 6.28. Xenólito de granada-lherzolito com Cr-diopsídio. Testemunho RDH-02, profundidade
104,15 m.
A olivina apresenta-se substituída por serpentina (figuras 6.29 e 6.30), sendo ainda possível delimitar os cristais originais. A granada apresenta-se ovalada e bem preservada (figura 6.29). O clinopiroxênio apresenta-se parcialmente alterado nas clivagens (figura 6.30).
Figura 6.29. Seção delgada de xenólito de granada lherzolito evidenciando a presença de serpentina (altera ção de olivina?), clinopiroxênio e granada (piropo). Apesar da altera ção observa -se uma textura em mosaico entre os cristais serpentinizados. Fotomicrografia com polarizadores paralelos (esquerda) e cruzados (direita), aumento 1,25x.
Um terceiro xen ólito de granada -lherzolito foi encontrado na se ção petrográfica da
profundidade de 91 metros (furo RDH-01). O xen ólito apresenta formato arredondado, com
aproximadamente 8 mm de raio. É composto por o livina, clinopirox ênio (também ortopirox ênio ?) e
granada.
6.5.2. Dunito
Foram descritos dois xenólitos de dunito, um com raio aproximado de 1,5 cm, e outro com aproximadamente 11x4 cm, nas profundidades de 91 (furo RDH-01) e 135 metros (furo RDH-02), respectivamente.
O xen ólito encontra do na profundidade 91 m (furo RDH-01) apresenta formato arredondado, borda de rea ção dada p ela substitui ção de olivina por serpentina nas porções mais externas. É composto por cristais de olivina, com formato elíptico ou tabular, tamanho variando de 1 a 3 mm, em um arranjo granobl ástico, dado por contatos comumente em 120º (figura 6.31 e 6.32).
Apresenta alguns raros cristais de ortopiroxênio, com dimensões menores que 1 mm, em “ilhas”
preservadas na borda de reação (figura 6.31). O xenólito apresenta-se micro-fraturado em direções diversas e preenchido por argilas (esmectita tipicamente).
Figura 6.31. Xen ólito de Dunito (por ção esquerda da imagem limitada pela linha amarela) com borda de reação (linha violeta), caracterizada pela substituição da olivina (Ol) pela serpentina (S).
Ocorre alguns cristais de ortopiroxênio (opx). O arranjo granoblástico dos cristais de olivina está
ressaltado pela linhas verdes. A linha azul destaca o magmaclasto kimberlítico. Amostra Rdh-01,
profundidade 91 metros. Fotomicrografia com polarizadores paralelos (imagem superior) e cruzados
Figura 6.32. Textura granoblástica em xenólito dunítico. Observe o excelente grau de preservação das olivinas. Testemunho RDH-01 profundidade 91 metros. Fotomicrografia com polarizadores paralelos (esquerda) e cruzados (direita), aumento 2,5x.
O xen ólito retirado do testemunho RDH -02, profundidade 135 metros (figura 6.33),
apresenta granula ção fina a grossa com predomínio de granula ção grossa, com cristais de tamanho
2-20 mm, abund ância de cristais de olivina ama relo-esverdeada (mais de 90%), com tamanhos
variando de 5-20 mm, al ém de cristais de cromo diops í dio de cor verde-esmeralda (2-4 mm) e
poss ível enstatita . Possui arranjo xenom órfico ou granoblástico, dado pela presença da textura em
mosaico e alguns contatos entre minerais em 120º (figura 6.33). A olivina encontra-se comumente
substitu ída por serpentina ou esmectita. Em l âmina petrográfica foi encontrado também granada
piropo, ortopiroxênio e clinopiroxênio em baixa quantidade, esta lâmina foi analisada químicamente
(capítulo 7. Química Mineral)
Figura 6.33. Xenólito de Dunito com Cr-diopsídio. Testemunho RDH-02, profundidade 135,00 metros.
6.5.3. Flogopitito
Um xenólito, possivelmente mantélico, foi encontrado no testemunho RDH-01, na profundidade de 85,44 metros. Este xenólito possui formato arredondado, com um diâmetro aproximado de 2 mm. Apresenta um arranjo granoblástico, e é composto predominantemente por flogopita fina (0,1 a 0,3 mm, figura 6.34). A flogopita é incolor e não demonstra zoneamento.
Figura 6. 34. Possível xenólito mantélico de flogopitito. Testemunho RDH-01, profundidade 85,44
7. QUÍMICA MINERAL
Os trabalhos mais recentes têm se voltado para a classificação de rochas kimberlíticas e rochas não kimberlíticas, com ênfase ao estudo das potencialidades econômicas para exploração de diamantes através da química de minerais indicadores como granada, ilmenita, espinélio e piroxênio.
Estas pesquisas mostram boa correlação entre a presença de diamantes e a composição química daqueles minerais ou associação (e.g. Grütter et al., 2004; Wyatt et al., 2004; Schulze, 2003;
Kopylova et al., 2000).
Granada Cr-piropo
Cr-piropo s ão granadas roxas (ou cor de vinho) que é um dos minerais indicadores mais facilmente de serem reconhecidos. Assim como todas as granadas, o Cr-piropo é quimicamente e mecanicamente resistente à eros ão e transporte.
A composi ção química de Cr -piropo de amostras de sedimentos podem ser usados para confirmar a origem kimberl ítica e ser mais ou menos preditivo ao potencial de diamante da rocha fonte. Cr-piropo é rico em MgO e possui quantidade variáveis de Cr
2O
3, CaO e TiO
2. Dawson e Stephens (1975) dividiram 352 granadas kimberlíticas em 12 grupos baseado na quantidade de cinco óxidos: MgO, FeO, CaO, Cr
2O
3e TiO
2. A maioria destas granadas plotaram no grupo G9 e G10.
Gurney (1984) mostrou que a granada G9 é lherzolítica e a G10 é cálcio depletada (sub-cálcica) e harzburgítica. A maioria das inclusões de granada nos diamantes são G10 em relação a G9, e, portanto a G10 aponta um potencial maior para a ocorrência de diamantes.
Granada eclog ítica
Granadas eclogíticas possuem, geralmente, coloração vermelho-alaranjadas. Podem ser
confundidas com estaurolita, porém por ser isotrópica pode ser facilmente distinguida com o auxílio
de microscópio petrográfico.
em menor quantidade do que G3 (Gráfico 7.1). Granadas eclogíticas muito enriquecidas em CaO são classificadas como G8 derivadas de grosspyditos.
A maioria das inclusões de granadas alaranjadas em diamantes possuem elevado conteúdo de Na
2O (mais de 0,07%, Sobolev et. al. 1973), e por isso granadas em sedimentos com quantidade de Na
2O acima de 0,07% são consideradas importantes. No entanto, granadas alaranjadas de eclogitos diamantíferos podem conter baixa concentração de Na
2O, como no kimberlito Jericho, no Canadá, onde as granadas eclog íticas contém 0,03 -0,06% Na
2O (Cookenboo et al., 1998).
Gráfico 7.1. Classificação de granadas de Grütter et al. (2004). Grupo 3 e grupo 5 correspondem as granadas eclog íticas.
Olivina
Olivina derivada de kimberlito é rica em Mg, geralmente amarelo pálida. Grãos recuperados s ão comumente arredondados e podem conter fraturas superficiais curvas. Olivina é o mineral m ais abundante em magmas kimberl í ticos, embora serpentiniza ção ou alteração posteriores a colocação geralmente destroem os cristais antes da entrada no sistema de transporte sedimentar. Além disso, a olivina é susceptível à alteração química e mecânica durante o transporte. De qualquer forma, em locais onde a olivina sobrevive e entra no sistema de transporte sedimentar, é um dos mais importantes minerais indicadores devido à abundância inicial no kimberlito.
Olivina derivada de kimberlitos incluem um ampla variação na quantidade de Mg, variando
de Fo
82a Fo
96, com os mais magnesianos (Fo
90,2a Fo
96,6) sendo equivalente àqueles inclusos em
diamantes (Fipke et al., 1995). A composição menos magnesiana geralmente está relacionada aos
fenocristais do magma kimberlítico. A variação composicional sobrepõe composições de olivina de
Olivina pode ser muito útil na avaliação da distância da fonte, especialmente de kimberlitos próximos, devido a sua susceptibilidade a alteração. O seu transporte pelo gelo (till) ocorre a apenas 1-3 km da fonte, e muito menos em climas úmidos.
Ortopiroxênio
Ortopirox ênio em kimberlito é verde pálido, rico em Mg (geralmente enstatita), e mostra as mesmas feições de reabsorção que caracterizam a olivina kimberlítica e o cromo-diopsídio. Enstatita pode ser distinguida da olivina pela sua baixa bi-refring ência, clivagem a 90º e uma cor levemente esverdeada. Enstatita é sujeita a quebra na clivagem e, portanto é menos robusta no transporte sedimentar do que a granada. De qualquer maneira, enstatita é menos sujeita à alteração química do que a olivina, e, portanto apresenta-se fresca a grandes distâncias da fonte.
Enstatita nos kimberlitos é derivada de peridotitos, e pode fornecer informações sobre a profundidade de amostragem. A maioria dos geobarômetros de duas fases utilizam o conteúdo de Al nos ortopiroxênios, com a concentração de Al decrescendo com o aumento da pressão. Refletindo a alta pressão de origem, a maioria das inclusões de enstatita nos diamantes contém menos de 1,2% de Al
2O
3e alguns com menos de 0,6% de Al
2O
3(dados de Fipke et al. 1995). Alguns grãos isolados com pouco conteúdo de Al podem ser utilizados para estimar a profundidade amostrada pelo magma do kimberlito, assumindo que eles foram formados em equilíbrio com clinopiroxênio e granada.
Clinopiroxênio
Cromo-diopsídio de kimberlito possui cor verde-esmeralda e comumente exibe feições distintas. Geralmente o cromo-diops í dio cont ém diversas inclusõe s, incluindo a presen ça de variedades escuras (tipicamente ilmenita). A cor distintiva e a feições de superfície fazem o cromo- diopsídio um dos indicadores mais fáceis de serem reconhecidos.
Diopsídio com baixo Cr (<0,80% Cr
2O
3) derivado de kimberlito é menos distintivo tanto
visualmente quanto quimicamente, do que clinopiroxênio crustal. O clinopiroxênio verde-pálido
pode conter molécula onfacítica derivada de eclogito, que é empobrecido em Cr e rico em Na.
como uma única fase de geotermobarômetro (Taylor, 1998), que é particularmente útil para conhecer as condições de Pressão e Temperatura mantélicas amostradas. Neste caso elevados valores de K indicam alta pressão, e valores superiores a 0,07% ocorrem comumente em clinopiroxênios associados com diamante e, portanto são importantes para programas de exploração (Fipke et al., 1995).
Cromo-diopsídio é mais susceptível a alteração mecânica e química do que as granadas e sua presen ça em amostras de sedimentos em clima tropical ou subtropical é relacionada à presen ça da rocha fonte em at é 2 -3 km (Fipke et al., 1995).
Gráfico 7.2. Comparação entre Cr-diopsídio crustal e mantélico, respectivamente (Morris et al.
2002).
7.1. Qu ímica Mineral Quantitativa por Microssonda Eletrônica
A mineralogia indicadora aponta pelo menos dois tipos de manto amostrados pelo complexo:
o lherzolito e wehrlito. A granada Cr-piropo plota predominantemente ao longo de um trend lherzol í tico, estendendo-se para uma concentra ção de alto Cr.
7.1.1. Granada
Foi realizado um total de 61 análises em granadas piropo de coloração vinho encontradas nos
xenólitos descritos no capítulo 6.5. Xenólitos Mantélicos. Os resultados químicos obtidos são
apresentados nas tabelas 7.1 a 7.4 e em diagramas de classificação diversos (Gráficos 7.3 a 7.8).
As granadas foram classificadas seguindo o fluxograma proposto por Schulze, 2003 (Gráfico 7.3). As granadas contêm mais de 1% de Cr
2O
3e valores de TiO
2inferiores a 0,50% (com exceção de 3 análises), o que permitiu classificá-las como peridotíticas. Seguindo o fluxograma do Gráfico 7.3, foi realizado uma distinção das possíveis variedades de granada dentro dos grupos de peridotitos. As granadas apresentaram valores de CaO superiores a função 3,42 + 0,27xCr
2O
3(wt%), o que permitiu excluir a presença de granadas pertencentes ao grupo harzburgito. Os valores de CaO, no entanto foram inferiores a fun ção 5,9 + 0,27xCr
2O
3(wt%), permitindo classific á -las como pertencentes ao grupo Lherzolito.
Apenas tr ês análises possuíram teor de TiO
2pouco acima de 0,50% (e teor de Cr
2O
3acima
de 1%). Neste sentido, seguindo-se fidedignamente o fluxograma de Schulze (2003), estas amostras
seriam pertencentes ao grupo “Megacristal” (ou Megacryst). No entanto como estas an álises foram
retiradas nas mesmas amostras que foram analisadas (58 an álises) e caracterizadas como
Lherzolíticas, acredita-se que estas três análises correspondam apenas a pequenos desvios no padrão
lherzol í tico ou trata-se de analises de alguma forma trata-se de imprecis ões analíticas.
A composição das granadas foi plotado no Gráfico 7.4 com o intuito de confrontar a natureza mantélica versus crustal, conforme o campo definido por Schulze (2003). Os resultados evidenciaram uma granada de origem estritamente mantélica.
Gr áfico 7.4 . Composi ção das granadas da intrus ão Régis evidenciando sua origem mant élica, conforme campo de finido por Schulze (2003). O gráfico a direita é uma comparação com mais de 2000 análises de granadas de xenólitos ultramáficos encontrados em kimberlitos (Schulze, 2003).
J á no Gr áfico 7.5 , (Mg/(Mg+Fe) versus Cr
2O
3(%peso), a composi ção das granadas da intrus ão Régis, bem como das inclusões em diamantes do Alto Paranaíba (Kaminsky et al., 2001) indica uma clara correla ção com o trend peridotítico, co mpar áveis às variações composicionais de ocorr ências mundiais (Schulze, 2003).
Gráfico 7.5. Composição das granadas da intrusão Régis (losango azul) e das inclusões em
diamantes do Alto Parana íba (quadrados rosas, Kaminsky et al., 2001) em fun ção do t eor de Cr2O3
(%peso) e da propor ção Mg/(Mg+Fe), demonstrando clara correlação com trend peridotito, como no
gráfico à direita superior (Schulze, 2003) em relação ao trend eclogito.
As composições químicas das granadas foram também plotadas nos diagramas Cr
2O
3versus CaO de Schulze, 2003 (gráfico 7.6) e de Grütter et al. 2004 (gráfico 7.7). O gráfico 7.6 confirma a natureza de granadas pertencentes ao grupo Peridotito lherzolítico, conforme caracterizado no fluxograma de Schulze (2003) e discutido acima. Já no diagrama de Grütter et al. 2004 (gráfico 7.7), as composições das granadas caem nos campos G9 e G12. O campo G9 é considerado lherzolítico (Grütter et al. 2004) enquanto o campo G12 equivale a Wehrlito (rocha ultramáfica composta por olivina e clinopirox ênio, com menos de 5% de ortopiroxênio).
Gráfico 7.6. Composição das granadas analisadas (em azul) em gráfico Cr
2O
3versus CaO de
Schulze 2003. Observe que as granadas plotam no campo (trend) lherzol ítico. As análises em preto
correspondem a composições de granadas da America do Norte (Schulze 2003).
Grafico 7.7. Classificação das granadas dos xenólitos mantélicos do kimberlito Régis plotados em gráfico de Grütter et al. 2004.
No diagrama (Gr áfico 7.8. ) com os membros finais Almandina – Grossul á ria – Piropo, os resultados das granadas da intrus ão Régis indicam uma composição restrita e com predomínio da mol écula piropo.
Gráfico 7.8. Análises químicas em granada referenciadas pelos membros moleculares finais
Almandina – Grossulária – Piropo. Observe o predomínio da molécula piropo e grande
homogeneidade.
Tabela 7.1. Composição química de granadas de xenólitos mantélicos do testemunho RDH01
(profundidade 88,20 metros). Abreviações: calc., calculado; tot. cat., total catiônico; Ca-Ti Gt,
granadas de Ca-Ti; n.d., abaixo do limite de detecção.
Tabela 7.2. Composi ção química de granadas de xenólitos mantélicos do testemunho RDH01 (profundidade 92,60 metros).
Abreviações: calc., calculado; tot. cat., total catiônico; Ca-Ti Gt, granadas de Ca-Ti; n.d., abaixo do limite de detecção.
Tabela 7.3. Composição química de granadas de xenólitos mantélicos do testemunho RDH01, profundidade 101,15 (amostra b) e
104,15 metros (amostras A e B) do kimberlito Régis. Abreviações: calc., calculado; tot. cat., total catiônico; Ca-Ti Gt, granadas de Ca-
Ti; n.d., abaixo do limite de detec ção.
Tabela 7.4. Composição química de granadas de xenólitos mantélicos do testemunho RDH01 (profundidade 134,80 metros) do kimberlito Régis. Abreviações:
calc., calculado; tot. cat., total catiônico; Ca-Ti Gt, granadas de Ca-Ti; n.d., abaixo do limite de detecção.
7.1.2. Olivina
A composi ção química de olivina foi determinada em porfiroblastos e porfiroclastos de olivina encontrados em dois xen ólitos: um dunito e um granada lherzolito, ambos na l âmina correspondente à profundidade 91,00 metros do testemunho RDH-01 (tabela 7.5) em um total de 15 an álises.
Destaca-se que nos magmaclastos kimberlíticos foram encontrados apenas pseudomorfos de olivina (microfenocristais, macrocristais e microcristais) compostos por serpentina, esmectita, carbonatos ou outros minerais de alteração. Desta forma, tornou-se impraticável a análise química da olivina primária, e foram realizadas apenas análises nos materiais mantélicos frescos.
As análises demonstram uma composição bastante homogênea, sem zoneamentos, caracterizada pela pouca variação no conteúdo do componente molecular Forsterita, que concentrou- se entre 0,90 e 0,92% (Gráfico 7.9). Os principais constituintes destes cristais foram: Mg, Si e Fe
2+(calculado).
Gr áfico 7.9. Histograma de composi ção química de porfiroblastos e porfiroclastos de olivina de
xenólitos (dunito e granada-lherzolito) encontrados na intrusão Régis, no testemunho RDH01,
profundidade 91 metros.
Tabela 7.5. Composição química de olivina de xenólitos mantélicos do testemunho RDH01 (profundidade 91,00 metros). Abrevia ções: Cr, Crisólita; Fo, forsterita; n.d., abaixo do limite de detec ção.
7.1.3. Ortopirox ênio
A composição química de ortopiroxênio foi determinada em porfiroblastos e porfiroclastos de ortopiroxênios encontrados em quatro xenólitos: um dunito e três granada lherzolito, respectivamente nas lâminas correspondentes às profundidades de 91,00; 58,20; 104,15 e 134,00 metros do testemunho RDH-01 (tabelas 7.6, 7.7 e 7.8).
Foram realizadas um total de 39 análises. Os dados obtidos são apresentados nos diagramas para classificação Q-J e Ca-Mg-Fe (Gráficos 7.10 e 7.11), ambos com campos definidos por Morimoto et al. (1988).
Nos diagramas os porfiroblastos e porfiroclastos de ortopiroxênios destacam-se pela pouca varia ção química e alto teor de Mg, sendo classificados como enstatita ( 26 an álises), enstatitas ricas em cromo (11 an álises) e pigeonita rica em cromo (2 an álises).
N ão foi observado vari a ções químicas nos cristais, quando comparado bordas e núcleos,
sugestivas de zoneamento qu ímico.
Gráfico 7.10. Diagrama de classificação de piroxênios segundo Morimoto (1988), onde Q=Ca+ Mg +Fe
2+e J=2Na.
Gráfico 7.11. Diagrama de classificação de piroxênios (Enstatita – Ferrosilita – Wollastonita) segundo Morimoto (1988), onde En= 100Mg/(Ca + Mg + Fe
2++ Fe
3++ Mn+ Na), Fs= 100 (Fe
2++ Fe
3++ Mn)/(Ca + Mg + Fe
2++ Fe
3++ Mn +Na) e Wo = 100 Ca/(Ca + Mg + Fe
2++ Fe
3++ Mn + Na).
Abreviações: En., Enstatita; Fs.; Ferrosilita; Wo., Wollastonita.
Tabela 7.6. Composi ção química de ortopiroxênios de xenólitos mantélicos do kimberlito R égis, testemunho RDH-01 (profundidade
58,20 metros). Abreviações: no., número; n.d., abaixo do limite de detecção.
Tabela 7.7. Composição química de ortopiroxênios de xenólitos mantélicos do testemunho RDH01 (profundidade 91,00 metros).
Abreviações: no., número; n.d., abaixo do limite de detecção.
Tabela 7.8. Composição química de ortopiroxênios de xenólitos mantélicos do kimberlito Régis, testemunho RDH01, profundidades
104,15 (amostra A) e 134,00. Abreviações: no., número; n.d., abaixo do limite de detecção.
7.1.4. Clinopiroxênio
A composi ção química de clinopirox ênio foi determinada em porfiroblastos e porfiroclastos de clinopirox ênios encontrados em cinco xen ólitos de granada lherzolito, nas l âmina s correspondentes à s profundidades de 58,20; 88,20; 92,60; 104,15 (amostras 0, A e B) e 134,80 metros do testemunho de sondagem RDH-01.
Foram realizados um total de 75 análises. Os dados obtidos são apresentados nos diagramas para classifica ção Q -J e Ca-Mg-Fe (Gr áficos 7.12 e 7.13), ambos com campos definidos por Morimoto et al. (1988).
Nos diagramas os porfiroblastos e porfiroclastos de clinopiroxênios destacam-se por uma variação ampla e praticamente contínua de augita a diopsídio, além de variação no conteúdo de Na (Gráfico 7.12) e de Na, Al e Fe
3+(gráfico 7.14). Os clinopiroxênios podem ser classificados como Augita rica em cromo (18 análises), Augita rica em Cr e Na (15 análises), Augita rica em Na, Cr e Al (6 análises), Augita (4 análises), Diopsídio rico em Cr (3 análises), Onfacita rica em Cr (3 análises), diopsídio rico em Al, Cr e Na (2 análises), diopsídio rico em Cr e Na (1 análise), Augita rica em Cr (1 análise) e Aegirina-augita (1 análise).
A presença de onfacita e aegirina-augita, não foi correlacionada a uma suíte eclogítica uma vez que apresentaram altos teores de Cr
2O
3(acima de 2,71 %, com média de 3,8%) ao contrário daquelas encontradas nos eclogitos da mina de Jagersfontein (Dawson & Smith, 1986) que possuem teores de Cr
2O
3inferiores a 0,48%, ou nas inclusões de onfacita em diamantes do Alto Paranaíba (Kaminsky et al. 2001), que possuem teores de 0,02 e 0,1% de Cr
2O
3(2 an áli ses).
N ão foram observadas varia ções químicas nos cristais, quando comparado s bordas e n úcleos,
sugestivas de zoneamento qu ímico. O que tamb ém foi verificado utilizando imagens e análises
qu ímicas EDS, com a utilização de microscópio eletrônico de varredura.
Gr áfi co 7.12. Composi ção química de clinopiroxênios de xenólitos mantélicos do kimberlito Régis, testemunho de sondagem RDH01. Diagrama de classifica ção de piroxênios segundo Morimoto (1988), onde Q=Ca+ Mg +Fe
2+e J=2Na.
Gr áfico 7.13 . Composi ção química de clinopirox ênios de xenólitos mantélicos do kimberlito Régis, testemunho de sondagem RDH01.Diagrama de classificação de piroxênios (Enstatita – Ferrosilita – Wollastonita) segundo Morimoto (1988), onde En= 100Mg/(Ca + Mg + Fe
2++ Fe
3++ Mn+ Na), Fs=
100 (Fe
2++ Fe
3++ Mn)/(Ca + Mg + Fe
2++ Fe
3++ Mn +Na) e Wo = 100 Ca/(Ca + Mg + Fe
2++ Fe
3++ Mn + Na). Abrevia ções: En., Enstatita; Fs.; Ferrosilita; Wo., Wollastonita.
Gr áfico 7.14 . Composi ção química de clinopiroxênios de xenólitos mantélicos do kimberlito R égis, testemunho de sondagem RDH01. Diagrama de classifica ção de clinopiroxênios (Enstatita–
Ferrosilita–Wollastonita e Jadeíta-Aegirina) segundo Morimoto (1988). Abreviações: En, Enstatita;
Fs; Ferrosilita; Wo, Wollastonita.
Tabela 7.9. Composição química de piroxênios de xenólitos mantélicos da intrusão Régis, testemunho RDH-01, profundidade 92,60 metros. Abreviações: No.; número; n.d., abaixo do limite de detecção.
Lamina 92,60
Amostra pto 4 pto 4 repeticao pto 5 pto 7 pto 8 pto 9 pto 10 pto 11 pto 12 pto 13 pto 16 pto 17 pto 18 pto 19 pto 22 pto 23 pto 24 pto 26 pto 28 pto 30 pto 31 pto 32 pto 38 pto 42 pto 45
No.
SiO2 55,14 55,44 54,90 55,35 54,79 53,47 55,06 55,12 54,53 55,04 54,41 54,96 54,66 55,40 54,74 54,89 54,58 54,61 54,46 54,57 55,04 54,89 55,28 54,95 54,30
TiO2 0,22 0,22 0,26 0,22 0,26 0,23 0,23 0,25 0,27 0,25 0,27 0,23 0,26 0,26 0,22 0,28 0,24 0,24 0,26 0,27 0,23 0,26 0,23 0,29 0,32
Al2O3 2,31 2,48 2,52 2,29 2,43 2,23 2,39 2,37 2,27 2,30 2,22 2,43 2,31 2,38 2,28 2,32 2,20 2,30 2,21 2,32 2,34 2,31 2,21 2,23 2,21
FeO 3,43 3,62 3,58 3,47 3,43 3,33 3,46 3,35 3,45 3,42 3,38 3,24 3,18 3,62 3,71 3,33 3,03 3,44 3,33 3,45 3,40 3,56 3,78 3,69 3,80
MnO 0,09 0,08 0,13 0,12 0,09 0,15 0,15 0,09 0,10 0,10 0,07 0,12 0,12 0,12 0,09 0,12 0,09 0,13 0,09 0,13 0,16 0,11 0,12 0,14 0,10
MgO 18,47 18,67 18,81 18,26 18,03 20,54 18,53 18,28 18,08 17,78 18,10 18,34 17,97 18,34 18,57 18,02 17,64 18,32 18,47 18,18 18,86 18,14 17,98 18,03 18,00
CaO 17,65 17,74 17,48 18,30 18,04 14,57 18,00 18,08 18,31 18,61 18,36 17,82 18,59 17,88 18,12 18,12 19,66 18,00 18,01 18,45 17,64 18,28 17,91 18,46 18,28
K2O 0,08 0,08 0,07 0,07 0,07 0,08 0,07 0,07 0,06 0,09 0,09 0,07 0,09 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08 0,07 0,07 0,08 0,09 0,08 0,09 0,09
Na2O 1,68 1,74 1,74 1,67 1,78 1,49 1,71 1,73 1,72 1,65 1,64 1,73 1,69 1,73 1,67 1,69 1,51 1,72 1,61 1,71 1,66 1,71 1,59 1,60 1,64
NiO 0,05 0,07 0,09 0,02 0,02 0,03 0,09 0,07 0,09 0,01 0,08 0,04 0,11 0,06 0,07 0,04 0,07 0,08 0,08 0,03 0,05 0,09 0,11 0,02 0,10
Cr2O3 1,09 1,29 1,15 1,14 1,29 1,18 1,14 1,10 1,11 1,09 1,05 1,36 1,33 1,24 1,13 1,34 1,39 1,14 1,23 1,00 1,25 1,06 1,22 0,86 1,08
Total 100,21 101,42 100,71 100,91 100,23 97,31 100,82 100,52 99,99 100,33 99,67 100,34 100,32 101,11 100,66 100,23 100,52 100,04 99,81 100,18 100,71 100,50 100,49 100,35 99,91
modelo Fe3+ Lindsley, 1983
Si 1,975 1,962 1,954 1,972 1,964 1,955 1,960 1,969 1,960 1,975 1,962 1,966 1,959 1,970 1,953 1,970 1,957 1,960 1,959 1,956 1,960 1,963 1,982 1,970 1,956
Ti 0,006 0,006 0,007 0,006 0,007 0,006 0,006 0,007 0,007 0,007 0,007 0,006 0,007 0,007 0,006 0,007 0,007 0,006 0,007 0,007 0,006 0,007 0,006 0,008 0,009
Al (T) 0,025 0,038 0,046 0,028 0,036 0,045 0,040 0,031 0,040 0,025 0,038 0,034 0,041 0,030 0,047 0,030 0,043 0,040 0,041 0,044 0,040 0,037 0,018 0,030 0,044
Al (M1) 0,072 0,066 0,060 0,068 0,067 0,052 0,060 0,069 0,056 0,072 0,056 0,069 0,057 0,069 0,048 0,068 0,050 0,057 0,053 0,054 0,058 0,060 0,076 0,064 0,049
Fe3+ (T) 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fe3+ (M1) 0,026 0,044 0,059 0,032 0,042 0,052 0,053 0,038 0,058 0,024 0,052 0,034 0,050 0,031 0,071 0,027 0,045 0,058 0,051 0,066 0,048 0,052 0,005 0,037 0,061
Fe2+ 0,077 0,063 0,047 0,072 0,061 0,050 0,050 0,062 0,045 0,078 0,049 0,062 0,046 0,077 0,040 0,073 0,046 0,046 0,049 0,038 0,053 0,055 0,108 0,074 0,053
Mn 0,003 0,002 0,004 0,004 0,003 0,005 0,004 0,003 0,003 0,003 0,002 0,004 0,004 0,003 0,003 0,004 0,003 0,004 0,003 0,004 0,005 0,003 0,004 0,004 0,003
Mg 0,986 0,985 0,998 0,970 0,964 1,120 0,983 0,973 0,969 0,951 0,972 0,978 0,960 0,972 0,988 0,964 0,943 0,980 0,991 0,971 1,001 0,967 0,961 0,964 0,967
Ca 0,677 0,673 0,667 0,698 0,693 0,571 0,687 0,692 0,705 0,715 0,709 0,683 0,714 0,681 0,693 0,697 0,755 0,692 0,694 0,709 0,673 0,700 0,688 0,709 0,705
K 0,004 0,003 0,003 0,003 0,003 0,004 0,003 0,003 0,003 0,004 0,004 0,003 0,004 0,004 0,004 0,004 0,004 0,003 0,003 0,003 0,003 0,004 0,004 0,004 0,004
Na 0,116 0,120 0,120 0,115 0,124 0,106 0,118 0,120 0,120 0,115 0,115 0,120 0,118 0,119 0,115 0,117 0,105 0,119 0,112 0,119 0,115 0,119 0,110 0,111 0,115
Ni 0,001 0,002 0,003 0,001 0,001 0,001 0,003 0,002 0,003 0,000 0,002 0,001 0,003 0,002 0,002 0,001 0,002 0,002 0,002 0,001 0,001 0,003 0,003 0,001 0,003
Cr 0,031 0,036 0,032 0,032 0,037 0,034 0,032 0,031 0,032 0,031 0,030 0,038 0,038 0,035 0,032 0,038 0,039 0,032 0,035 0,028 0,035 0,030 0,035 0,024 0,031
Total 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000
grupo Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad
adjetivo chromian sodian
aluminian chromian
sodian aluminian chromian
sodian chromian
sodian aluminian chromian
sodian chromian
sodian aluminian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian aluminian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian chromian
sodian
piroxênio augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita
enstatita 55,74 55,75 56,23 54,62 54,70 62,30 55,32 55,05 54,42 53,67 54,46 55,52 54,15 55,10 55,07 54,65 52,62 55,08 55,41 54,35 56,24 54,41 54,43 53,91 54,01
ferrosillita 5,97 6,20 6,23 6,03 5,98 5,93 6,05 5,82 5,98 5,96 5,82 5,71 5,59 6,30 6,31 5,87 5,23 6,02 5,76 6,00 5,96 6,19 6,62 6,43 6,57
wollastonita 38,28 38,05 37,55 39,34 39,32 31,77 38,63 39,13 39,60 40,37 39,72 38,77 40,27 38,59 38,62 39,49 42,15 38,90 38,84 39,65 37,80 39,41 38,95 39,66 39,42
jadeita --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- aegirina --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quad --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- ---
Tabela 7.10. Composi çã o qu ímica de piroxênios de xenólitos mantélicos da intrusão Régis, testemunho RDH -01, profundidades 104,15 (amostra 0 e A) e 58,20 metros. Abreviações: No.; número; n.d.; abaixo do limite de detecção.
Lam 104,15a lam. 104,15 lam. 58,20
amostra pto 10 pto 12 pto 13 pto 25 pto 27 pto 28 pto 32 pto 1 borda ponto 2 borda pto 3 nucleo pto 4 núcleo pto 5 borda pto 6 borda pto 7 borda pto 5 nucleo pto 4 borda pto 6 borda pto 7 nucleo pto 8 bordfa pto 9 borda pto 10 borda pto 11 pto 14 nucleo pto 15 pto 16 No.
SiO2 55,95 55,01 54,84 55,31 55,30 55,57 55,32 54,85 54,70 54,75 55,06 55,03 54,86 54,92 54,85 54,58 54,95 54,36 54,64 54,32 54,71 54,71 55,13 54,62 54,79
TiO2 0,05 0,05 0,02 0,05 0,01 0,03 0,03 0,12 0,11 0,15 n.d. 0,01 0,03 0,02 0,38 0,42 0,45 0,40 0,51 0,42 0,43 0,47 0,42 0,37 0,38
Al2O3 1,77 1,57 1,60 2,16 1,30 1,47 2,10 1,79 2,31 2,13 1,31 1,30 1,32 1,75 2,36 2,47 2,47 2,49 2,45 2,47 2,52 2,46 2,55 2,49 2,43
FeO 3,21 2,52 2,76 2,82 2,27 2,59 3,03 3,00 2,75 2,83 2,47 2,65 2,50 2,89 5,16 4,52 4,53 4,72 4,77 4,70 4,69 4,77 4,80 4,90 5,08
MnO 0,12 0,08 0,06 0,13 0,10 0,06 0,10 0,13 0,06 0,06 0,08 0,08 0,05 0,08 0,19 0,15 0,15 0,13 0,17 0,15 0,15 0,15 0,12 0,19 0,13
MgO 18,59 18,40 18,29 18,46 17,50 18,02 18,76 14,26 13,79 13,97 17,51 17,65 17,55 18,63 20,00 18,82 18,95 18,91 18,82 19,00 18,84 19,08 19,40 19,79 19,88
CaO 19,13 20,09 20,26 18,64 22,08 20,79 18,82 18,55 18,31 18,30 20,97 20,96 20,44 18,81 14,79 16,52 16,07 16,55 16,44 16,04 16,42 15,71 15,32 18,43 17,62
K2O 0,10 0,10 0,10 0,09 0,07 0,13 0,11 0,00 0,01 0,00 0,10 0,09 0,11 0,10 0,04 0,06 0,06 0,09 0,07 0,05 0,05 0,07 0,07 0,05 0,05
Na2O 1,15 1,26 1,23 1,20 1,14 1,12 1,26 3,61 3,49 3,66 1,13 1,16 1,15 1,13 1,36 1,39 1,34 1,43 1,42 1,38 1,40 1,33 1,41 1,40 1,38
NiO 0,11 0,06 0,05 0,07 0,00 0,11 0,06 0,00 0,04 0,07 0,08 0,06 0,05 0,04 0,07 0,06 0,08 0,05 0,05 0,05 0,09 0,07 0,07 0,03 0,05
Cr2O3 1,02 1,71 1,71 1,16 1,39 1,38 1,35 3,89 3,93 4,20 1,55 1,68 1,64 1,36 0,86 0,98 0,92 0,91 1,11 1,01 0,93 0,93 0,85 0,93 0,86
Total 101,18 100,85 100,91 100,08 101,15 101,26 100,95 100,19 99,48 100,12 100,24 100,67 99,70 99,73 100,06 99,96 99,98 100,03 100,44 99,58 100,22 99,75 100,15 103,19 102,64
modelo Fe3+ Lindsley, 1983
Si 1,993 1,965 1,959 1,988 1,976 1,981 1,971 1,979 1,990 1,978 1,986 1,977 1,989 1,982 1,968 1,966 1,979 1,955 1,961 1,963 1,966 1,975 1,978 1,902 1,918
Ti 0,001 0,001 0,001 0,001 0,000 0,001 0,001 0,003 0,003 0,004 0,000 0,000 0,001 0,001 0,010 0,011 0,012 0,011 0,014 0,011 0,012 0,013 0,011 0,010 0,010
Al (T) 0,007 0,035 0,041 0,012 0,024 0,019 0,029 0,021 0,010 0,022 0,014 0,023 0,011 0,018 0,032 0,034 0,021 0,045 0,039 0,037 0,034 0,025 0,022 0,098 0,082
Al (M1) 0,067 0,031 0,026 0,080 0,030 0,043 0,059 0,055 0,089 0,069 0,042 0,032 0,045 0,057 0,068 0,071 0,084 0,061 0,064 0,068 0,073 0,079 0,087 0,004 0,018
Fe3+ (T) 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fe3+ (M1) 0,000 0,041 0,050 0,000 0,033 0,014 0,017 0,091 0,047 0,080 0,007 0,024 0,000 0,000 0,014 0,010 0,000 0,036 0,015 0,013 0,009 0,000 0,000 0,143 0,114
Fe2+ 0,096 0,035 0,032 0,085 0,035 0,064 0,073 0,000 0,036 0,005 0,067 0,055 0,076 0,087 0,141 0,126 0,137 0,106 0,128 0,129 0,132 0,144 0,144 0,000 0,035
Mn 0,004 0,002 0,002 0,004 0,003 0,002 0,003 0,004 0,002 0,002 0,002 0,002 0,001 0,002 0,006 0,004 0,005 0,004 0,005 0,005 0,005 0,004 0,004 0,006 0,004
Mg 0,987 0,980 0,974 0,989 0,932 0,958 0,997 0,767 0,748 0,753 0,941 0,945 0,949 1,002 1,070 1,010 1,017 1,014 1,007 1,024 1,009 1,027 1,038 1,027 1,037
Ca 0,730 0,769 0,775 0,718 0,845 0,794 0,718 0,717 0,714 0,709 0,810 0,807 0,794 0,727 0,569 0,637 0,620 0,638 0,632 0,621 0,632 0,608 0,589 0,687 0,661
K 0,004 0,005 0,005 0,004 0,003 0,006 0,005 0,000 0,000 0,000 0,005 0,004 0,005 0,005 0,002 0,003 0,003 0,004 0,003 0,002 0,002 0,003 0,003 0,002 0,002
Na 0,079 0,087 0,085 0,084 0,079 0,078 0,087 0,252 0,246 0,256 0,079 0,081 0,081 0,079 0,094 0,097 0,094 0,100 0,099 0,096 0,097 0,093 0,098 0,094 0,094
Ni 0,003 0,002 0,001 0,002 0,000 0,003 0,002 0,000 0,001 0,002 0,002 0,002 0,001 0,001 0,002 0,002 0,002 0,001 0,002 0,002 0,003 0,002 0,002 0,001 0,001
Cr 0,029 0,048 0,048 0,033 0,039 0,039 0,038 0,111 0,113 0,120 0,044 0,048 0,047 0,039 0,024 0,028 0,026 0,026 0,031 0,029 0,026 0,027 0,024 0,026 0,024
Total 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,001 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,000 4,001 4,000
grupo Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Ca-Na Ca-Na Ca-Na Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad Quad
adjetivo chromian
chromian chromian chromian chromian chromian chromian chromian chromian chromian chromian chromian chromian chromian chromian aluminian chromian
aluminian chromian
aluminian chromian
aluminian chromian
aluminian chromian
aluminian chromian
aluminian chromian
aluminian chromian
aluminian chromian ferrian
aluminian chromian ferrian piroxênio augita augita augita augita diopsidio augita augita aegirine-
augita onfacita aegirine-
augita
augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita augita
enstatita 54,35 53,64 53,12 55,08 50,43 52,31 55,11 --- --- --- 51,48 51,54 52,13 55,09 59,47 56,50 57,20 56,41 56,33 57,15 56,48 57,59 58,48 55,12 56,06
ferrosillita 5,46 4,26 4,60 4,95 3,84 4,31 5,16 --- --- --- 4,20 4,46 4,25 4,93 8,93 7,86 7,94 8,11 8,30 8,19 8,14 8,33 8,33 8,00 8,24
wollastonita 40,19 42,10 42,28 39,97 45,73 43,38 39,73 --- --- --- 44,32 43,99 43,62 39,97 31,60 35,64 34,87 35,47 35,36 34,67 35,38 34,08 33,19 36,88 35,70
jadeita --- --- --- --- --- --- --- 9,56 16,15 11,99 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- aegirina --- --- --- --- --- --- --- 15,82 8,58 13,91 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- Quad --- --- --- --- --- --- --- 74,62 75,27 74,10 --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- --- ---