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Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 06/08/2010.

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Academic year: 2021

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SALÁRIO-FAMÍLIA - Considerações Gerais

Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 06/08/2010. Sumário: 1 - Introdução 2 - Beneficiários 2.1 - Verificação da Invalidez 2.2 - Pai e Mãe 3 - Início do Benefício 4 - Momento do Pagamento 5 - Valor da Cota 6 - Pagamento Proporcional

6.1 - Afastamento do Trabalhador por Benefício de Incapacidade 6.2 - Afastamento da Trabalhadora por Salário-Maternidade 7 - Cartão da Criança e Comprovante de Freqüência Escolar 7.1 - Suspensão do Salário-Família

8 - Cessação do Direito

9 - Divórcio - Separação Judicial 10 - Reembolso do Salário-Família 11 - Não Incorporação

12 - Termo de Responsabilidade do Salário-Família 13 - Penalidades

1 - INTRODUÇÃO

Nesse comentário, trataremos sobre o benefício previdenciário de salário-família, as regras e os requisitos para o percebimento.

O salário-família é um benefício previdenciário que corresponde a uma cota de valor fixado na legislação e atualizado periodicamente pelo INSS, de acordo com a faixa de remuneração mensal do segurado, pago pela empresa com o correspondente reembolso pelo INSS, nos termos dos artigos 65 a 70 da Lei nº 8.213/1991.

2 - BENEFICIÁRIOS

O salário-família é devido aos segurados empregados, exceto o doméstico, e trabalhadores avulsos, independentemente de período de carência, que se encontrem em atividade, aposentado ou em gozo de benefício, por filho de qualquer condição ou a ele equiparado, até 14 anos, ou inválido com qualquer idade.

A condição de filho deve ser provada mediante apresentação, ao empregador ou ao INSS, da Certidão de Registro Civil de Nascimento ou, nos casos especiais de filiação, por outra prova admitida pela legislação civil.

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A invalidez do filho maior de 14 anos deve ser verificada através do exame médico-pericial, a cargo da Previdência Social (Art. 85 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99).

2.2 - PAI E MÃE

Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família, inclusive se trabalharem na mesma empresa (§ 3º do artigo 82 do RPS).

3 - INÍCIO DO BENEFÍCIO

O salário-família será devido a partir do mês em que for apresentada à empresa ou ao órgão gestor mão-de-obra ou ao sindicato dos trabalhadores avulsos ou ao INSS, a documentação abaixo (Artigo 233 da Instrução Normativa/INSS nº 20/2007):

I - CP ou CTPS;

II - certidão de nascimento do filho (original e cópia);

III - caderneta de vacinação ou equivalente, quando dependente menor de 7 (sete) anos, sendo obrigatória nos meses de novembro, contados a partir de 2000;

IV - comprovação de invalidez, a cargo da Perícia Médica do INSS, quando dependente maior de 14 (quatorze) anos;

V - comprovante de freqüência à escola, quando dependente a partir de 7 (sete) anos, nos meses de maio e novembro, contados a partir de 2000.

4 - MOMENTO DO PAGAMENTO

O pagamento do salário-família é devido a partir do momento em que é feita a prova da filiação, sendo efetuado o pagamento pela empresa, mensalmente, junto com o respectivo salário. Quando o salário for pago de forma diferente da mensal, o salário-família será pago juntamente com o último pagamento relativo ao mês.

NOTA ITC: O empregado deve dar quitação à empresa, sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra de cada recebimento mensal do salário-família, na própria folha de pagamento ou por outra forma admitida, de modo que a quitação fique plena e claramente caracterizada.

5 - VALOR DA COTA

O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até quatorze anos de idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 2010, é de (Portaria MPS/MF nº 333/2010):

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I - R$ 27,64 (vinte e sete reais e sessenta e quatro centavos) para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 539,03 (quinhentos e trinta e nove reais e três centavos);

II - R$ 19,48 (dezenove reais e quarenta e oito centavos) para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 539,03 (quinhentos e trinta e nove reais e três centavos) e igual ou inferior a R$ 810,18 (oitocentos e dez reais e dezoito centavos). Para os fins acima, considera-se remuneração mensal do segurado o valor total do respectivo salário-de-contribuição, ainda que resultante da soma dos salários-de-contribuição correspondentes a atividades simultâneas.

O direito à cota do salário-família é definido em razão da remuneração que seria devida ao empregado no mês, independentemente do número de dias efetivamente trabalhados. Todas as importâncias que integram o salário-de-contribuição serão consideradas como parte integrante da remuneração do mês, exceto o 13º salário e o adicional de férias previsto no inciso XVII do art. 7º da Constituição, para efeito de definição do direito à cota do salário-família.

6 - PAGAMENTO PROPORCIONAL

Quando o empregado for admitido ou demitido no decurso do mês, o salário-família deverá ser pago na proporção dos dias trabalhados, considerando-se, nesses casos, o valor da cota pela remuneração que seria devida no mês.

O fato de o empregado não ter cumprido toda a sua jornada mensal de trabalho não resulta em pagamento proporcional do salário-família em relação aos dias trabalhados. Neste caso, a cota de salário-família deve ser paga integralmente, considerando a remuneração que seria devida no mês.

6.1 - AFASTAMENTO DO TRABALHADOR POR BENEFÍCIO DE

INCAPACIDADE

O salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho, por auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, será pago integralmente pela empresa, pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, e o do mês da cessação de benefício pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, independentemente do número de dias trabalhados ou em benefício, observado o disposto no inciso II do art. 82, do RPS. 6.2 - AFASTAMENTO DA TRABALHADORA POR SALÁRIO-MATERNIDADE O pagamento do família, ainda que a empregada esteja em gozo de salário-maternidade, é de responsabilidade da empresa, condicionado à apresentação pela segurada empregada da documentação relacionada na presente matéria.

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O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até 6 (seis) anos de idade, e de comprovação semestral de freqüência à escola do filho ou equiparado, a partir dos 7 (sete) anos de idade, nos termos do artigo 84 do RPS.

NOTA ITC: A empresa deverá conservar, durante 5 (cinco) anos, os comprovantes dos pagamentos e as cópias das certidões correspondentes, para exame pela fiscalização. Desde o ano 2000, o atestado de vacinação ou documento equivalente passou a ser apresentado no mês de Novembro. E os trabalhadores que possuem filhos ou equiparados acima de 7 (sete) anos deverão apresentar o comprovante de freqüência à escola nos meses de Maio e Novembro de cada ano.

7.1 - SUSPENSÃO DO SALÁRIO-FAMÍLIA

Nos termos do § 2º do artigo 233 da IN/INSS nº 20/2007, a empresa, o órgão gestor de mão-de-obra ou o sindicato de trabalhadores avulsos ou o INSS suspenderá o pagamento do salário-família se o segurado não apresentar o atestado de vacinação obrigatória e a comprovação de freqüência escolar do filho ou equiparado, nas épocas acima citadas até que a documentação seja apresentada, sendo observado que:

I - não é devido o salário-família no período entre a suspensão da quota motivada pela falta de comprovação da freqüência escolar e sua reativação, salvo se provada a freqüência escolar no período;

II - se após a suspensão do pagamento do salário-família, o segurado comprovar a vacinação do filho, ainda que fora de prazo, caberá o pagamento das cotas relativas ao período suspenso.

Quando o salário-família for pago pela Previdência Social, caso o segurado não apresente os documentos referenciados nos prazos determinados, o INSS o cientificará da suspensão do pagamento até que a documentação seja apresentada.

8 - CESSAÇÃO DO DIREITO

O direito ao salário-família cessa automaticamente:

a) Pela morte do filho ou equiparado a partir do mês seguinte ao do óbito;

b) Quando o filho ou o equiparado, completam 14 anos de idade, salvo se inválido, a partir do mês seguinte ao da data do aniversário;

c) Quando cessa a invalidez do filho ou equiparado, a partir do mês seguinte ao da cessação da incapacidade;

d) Ao cessar a relação de emprego, a partir da data da cessação.

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Tendo havido divórcio, separação judicial ou de fato dos pais, ou em caso de abandono legalmente caracterizado ou perda do pátrio-poder, o salário-família passará a ser pago diretamente àquele a cujo cargo ficar o sustento do menor, ou a outra pessoa, se houver determinação judicial nesse sentido.

10 - REEMBOLSO DO VALOR PAGO

O empregador poderá reembolsar, mensalmente, o valor correspondente às cotas de salário-família pago aos seus empregados, por ocasião do recolhimento das contribuições devidas à Previdência Social, mediante dedução do respectivo valor no campo 6 da Guia da Previdência Social - GPS ou poderá fazer a solicitação de reembolso à Receita Federal do Brasil através do programa PER/DCOMP, observando as regras previstas nos artigos 30 a 33 da Instrução Normativa/RFB nº 900, de 30/12/2008.

11 - NÃO INCORPORAÇÃO

As cotas do salário-família não serão incorporadas, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício, nos termos do artigo 92 do RPS.

12 - TERMO DE RESPONSABILIDADE DO SALÁRIO-FAMÍLIA

Para efeito de concessão e manutenção do salário-família, o segurado deve firmar Termo de Responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar à empresa ou ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS qualquer fato ou circunstância que determine a perda do direito ao benefício, ficando sujeito, em caso do não cumprimento, às sanções penais e trabalhistas, consoante o artigo 89 do RPS.

A seguir, apresentamos modelo de Termo de Responsabilidade de Salário-Família, aprovada pela Portaria/MPS nº 3.040/1982.

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13 - PENALIDADES

A falta de comunicação oportuna de fato que implique cessação do salário-família, bem como a prática, pelo empregado, de fraude de qualquer natureza para o seu recebimento, autoriza a empresa, o Instituto Nacional do Seguro Social, o sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, a descontar dos pagamentos de cotas devidas com relação a outros filhos ou, na falta delas, do próprio salário do empregado ou da renda mensal do seu benefício, o valor das cotas indevidamente recebidas, sem prejuízo das

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sanções penais cabíveis, observado o disposto no § 2º do art. 154 do RPS, onde disciplina que a restituição deverá ser feita de uma só vez.

Referências

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