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RESÍDUOS URBANOS. Relatório Anual

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Academic year: 2021

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RESÍDUOS URBANOS

Relatório Anual

(2)

FICHA TÉCNICA

Título

Resíduos Urbanos – Relatório Anual, 2011

Aprovação

Eng.ª Inês Diogo, Eng.ª Paula Meireles, Eng.ª Paula Gama, Eng.ª Ana Sofia Vaz

Coordenação

Dr. Francisco Silva, Eng.ª Inês Mateus

Autoria

Dr. Francisco Silva, Eng.ª Inês Mateus; Eng.ª Ana Marçal; Eng.ª Sílvia Ricardo; Eng.ª Susana Pires

(Departamento de Operações de Gestão de Resíduos Departamento de Políticas e Estratégias de Ambiente

Departamento de Fluxos Especiais e Mercados de Resíduos)

Edição

Agência Portuguesa do Ambiente, I.P.

Data

(3)

ÍNDICE

Enquadramento 4

PARTE I - Monitorização do PERSU II - 2011

1. A GESTÃO DE RU EM 2011 7

2. INDICADORES DE CUMPRIMENTO DE METAS E OBJETIVOS 8

2.1PRODUÇÃO DE RU 8

2.2CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RU 9

2.3RESÍDUOS DE EMBALAGEM E PAPEL E CARTÃO NÃO EMBALAGEM RETOMADOS 10

2.4GESTÃO DE RUB 13

2.5GESTÃO DE RU POR OPERAÇÕES 15

3. FLUXOS ESPECÍFICOS E INTERFACE COM OS RU 17

3.1Pilhas e acumuladores 17

3.2 Resíduos de equipamento elétrico e eletrónico 18

3.3 Óleos alimentares usados 19

4. MONITORIZAÇÃO DE LIXEIRAS ENCERRADAS 19

5. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RESÍDUOS URBANOS 20

5.1SEMANA EUROPEIA DA PREVENÇÃO DE RESÍDUOS 22

6. COMBUSTÍVEL DERIVADO DE RESÍDUOS 23

7. COMPOSTO 25

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 27

PARTE II - Acompanhamento da atividade dos Sistemas

1. Sistemas e infraestruturas de gestão de RU 30

2. Análise comparativa do “desempenho” dos Sistemas 35

3. FICHAS DE CARACTERIZAÇÃO INDIVIDUAIS 41

Anexo I – Monitorização do Programa de Prevenção da Produção de Resíduos Anexo II – Metodologia e Pressupostos

(4)

Enquadramento

O Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU), aprovado em 1997, configurou-se como um instrumento de planeamento de referência na área dos resíduos urbanos (RU). O balanço da aplicação do PERSU é claramente positivo, com o encerramento das lixeiras, a criação de sistemas multimunicipais e intermunicipais de gestão de RU, a construção de infraestruturas de valorização e eliminação e a criação de sistemas de recolha seletiva multimaterial. O PERSU forneceu ainda linhas de orientação geral para a criação dos fluxos especiais de gestão, abrindo caminho à criação de legislação específica e à constituição e licenciamento das respetivas entidades gestoras.

A elaboração do PERSU II, instrumento que consubstancia a revisão das estratégias consignadas no PERSU e Estratégia Nacional para a Redução dos Resíduos Biodegradáveis Destinados aos Aterros (ENRRUBDA), para o período de 2007 a 2016, em Portugal continental, constituiu-se como um desafio inadiável, para que o sector pudesse dispor de orientações e objetivos claros, bem como de uma estratégia de investimento que confira coerência, equilíbrio e sustentabilidade à intervenção dos vários agentes envolvidos.

Assim, o PERSU II veio estabelecer as prioridades a observar no domínio dos RU, as metas a atingir e ações a implementar e as regras orientadoras da disciplina a definir pelos planos multimunicipais, intermunicipais e municipais de ação.

A Portaria n.º 187/2007, de 12 de fevereiro, que aprova o PERSU II, prevê mecanismos de avaliação intercalar, bem como de monitorização e acompanhamento da execução anual deste Plano.

Durante o ano de 2010, realizou-se uma primeira avaliação intercalar, no contexto de um grupo de trabalho constituído para o efeito, em que estiveram representados Organismos do à data Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território (MAOT), bem como os Sistemas de Gestão de Resíduos Urbanos (doravante designados por Sistemas) e as Entidades Gestoras de Fluxos Específicos de Resíduos. Para o 4º trimestre de 2012, encontra-se prevista uma nova avaliação intercalar, que, tendo por base a avaliação feita em 2010, permitirá avaliar o grau de cumprimento das metas de desvio de Resíduos Urbanos Biodegradáveis (RUB) de aterro, fixadas para 2013 (as metas relativas a 2009 e 2016 foram recalendarizadas, respetivamente, para 2013 e 2020, fazendo assim uso da derrogação prevista no Artigo 5.º da Diretiva 1999/31/CE – Aterros).

A monitorização anual do PERSU II tem vindo a ser efetuada desde 2008 pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), enquanto Autoridade Nacional de Resíduos (ANR) e pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), enquanto entidade responsável pela regulação económica e da qualidade do serviço de gestão de resíduos.

(5)

Relativamente ao ano de 2011, entendeu a APA elaborar um documento mais abrangente que refletisse a realidade dos RU e sua interface com outros fluxos de resíduos, concentrando um conjunto de informação que se encontrava dispersa por vários outros relatórios. Pretende-se desta forma, obter uma visão global da gestão de RU em Portugal, mas também efetuar uma análise mais pormenorizada, ao nível dos Sistemas, que permita por um lado avaliar a evolução deste setor numa perspetiva global, mas também, analisar e comparar a atuação dos Sistemas, sempre que tal for viável.

Assim, o relatório, que ora se apresenta encontra-se dividido em duas partes, a primeira mais geral, que visa essencialmente apresentar a monitorização do PERSU II, e em que se descrevem os resultados da gestão de RU no ano de 2011 (sem prejuízo de serem considerados outros anos, para efeitos de comparação) e uma segunda parte em que se apresentam fichas de caraterização individuais com alguns resultados por Sistema seguidas por sínteses comparativas dos resultados mais relevantes.

O âmbito territorial de análise, no que diz respeito à monitorização do PERSU II, inclui Portugal Continental e as Regiões Autónomas.

Tendo em conta as atribuições da ERSAR, na regulação económica do setor dos resíduos, caberá a esta entidade a análise dos elementos financeiros fornecidos pelos Sistemas, não sendo, por isso, objeto deste relatório.

(6)

PARTE I

(7)

1. A GESTÃO DE RU EM 2011

Em 2011 foram produzidas em Portugal, 5.159 mil toneladas de RU, menos 305 mil toneladas que em 2010, o que representa um decréscimo de cerca de 6% da produção de RU. Constata-se assim uma inversão da tendência de crescimento da produção de RU em Portugal, situação que apenas se esperava que ocorresse em 2012, de acordo com o Plano. No entanto, tratando-se apenas de um ano de decréscimo, não será para já possível prever se esta será uma tendência a manter.

Em relação às opções de gestão de RU, manteve-se a tendência dos anos anteriores, com 59% de deposição direta em aterro, 21% de incineração com recuperação de energia e a restante fração encaminhada para valorização orgânica ou material. Neste âmbito há a salientar uma ligeira redução da fração depositada diretamente em aterro.

Em função da concretização de projetos de grande relevo em matéria de valorização orgânica, que se começa já a verificar neste ano de 2011, é expectável que se venha a inverter a tendência até aqui registada de preponderância do aterro como destino direto dos RU.

Para além do assegurar o cumprimento da meta comunitária de desvio de RUB de aterro, é igualmente essencial dispor de mecanismos e instrumentos que permitam concretizar as soluções de escoamento dos materiais resultantes das unidades de triagem e de tratamento mecânico e biológico (TMB), através da valorização dos materiais recicláveis e do composto, bem como dos combustíveis derivados de resíduos (CDR) obtidos a partir dos refugos destas unidades.

As retomas de resíduos de embalagens provenientes do fluxo de RU registaram um aumento de cerca de 3,1% em relação ao ano de 2010 – 380.979 toneladas retomadas em 2010 face às 392.704 toneladas retomadas no ano de 2011. O quantitativo global correspondente à retoma deste tipo de resíduos tem vindo a aumentar, ainda assim não o suficiente para cumprir o estipulado na meta do PERSU II, que previa uma quantidade de 490.881 toneladas retomadas para 2011.

Estes resultados são, no cômputo geral, o reflexo da fase de transição – ainda que algo lenta – que se tem vindo a registar nos últimos anos, dos modelos de gestão baseados na deposição em aterro para os orientados para a valorização orgânica e material. Neste enquadramento, afigura-se recomendável uma análise crítica das medidas/ações adotadas ou a adotar neste domínio, tendo em vista a concretização da estratégia preconizada no PERSU II e cumprimento dos objetivos comunitários.

(8)

2. INDICADORES DE CUMPRIMENTO DE METAS E OBJETIVOS

No presente capítulo, apresenta-se de forma sucinta o balanço do cumprimento dos objetivos e metas delineados no PERSU II, para o ano de 2011, retratado através do sistema de indicadores que tem vindo a ser adotado nos relatórios de monitorização dos anos anteriores. Apresenta-se ainda, sempre que considerado pertinente, alguma informação sobre medidas implementadas que concorram para o cumprimento destes mesmos objetivos e eixos de atuação.

No presente relatório optou-se por considerar apenas os dados respeitantes ao ano de 2011, utilizando-se os resultados de anos anteriores apenas para comparação e análise de tendências, quando necessário.

Os quantitativos referentes ao Continente e Região Autónoma da Madeira tiveram como base os dados registados pelos Sistemas nos formulários MRRU do SIRER/SIRAPA; para a Região Autónoma dos Açores foram utilizados os elementos remetidos pela mesma. Outras informações complementares foram obtidas atendendo à melhor informação disponível e a solicitações diretas aos Sistemas e Entidades Gestoras.

2.1 Produção de RU

Na Tabela 1 e

Tabela 2 apresentam-se, respetivamente, os quantitativos de RU produzidos no ano de 2011 em Portugal Continental e Regiões Autónomas e Tabela 1a comparação entre estes valores e as metas propostas no PERSU II.

Tabela 1 – Quantitativos de RU produzidos (neste valor estão incluídos os quantitativos referentes aos grandes produtores)

Região Quantitativos RU

(103 t)

Portugal Continental 4.888

Região Autónoma da Madeira 124 Região Autónoma dos Açores 147

(9)

Tabela 2 – Quantitativos de RU produzidos e respetiva meta do PERSU II (Portugal Continental e Regiões Autónomas; 2011)

Designação Valor real Meta P1

Produção (103 t) 5.159 5.083 101% Crescimento anual (%)1 -5,58 0,20 -

Em 2011 foram produzidas 5.159 mil toneladas de RU, o que representa um decréscimo de quase 6% face aos quantitativos apurados em 2010. Embora este valor seja ainda superior à meta estabelecida no PERSU II em termos globais, é de salientar o facto de ser o primeiro ano em que se verifica uma inversão na tendência de crescimento deste parâmetro, que de acordo com o Plano só estaria prevista para o ano de 2012.

Possíveis justificações para o decréscimo podem estar relacionadas com a recessão económica que se verificou em Portugal no ano de 2011, com consequentes alterações nos padrões de consumo e por conseguinte na produção de resíduos.

Por outro lado, crê-se que a gestão cada vez mais racional dos recursos existentes e a adoção de políticas assentes nos princípios fundamentais da gestão de resíduos, tem vindo a inverter gradualmente a tendência de crescimento dos resíduos produzidos.

2.2 Caracterização física dos RU

No

Gráfico 1 são apresentados os resultados da caracterização física dos RU produzidos no Continente, elaborada com base nas especificações técnicas da Portaria n.º 851/2009, de 7 de agosto.

(10)

Gráfico 1 - Caracterização física média dos RU produzidos (Portugal Continental; 2011)

Da análise da composição física média dos RU, verifica-se que cerca de 55,2% corresponde a RUB2, valor semelhante ao pressuposto utilizado na elaboração de cenários do PERSU II (56%)3

A destacar ainda destes resultados, a elevada fração de resíduos recicláveis que constituem os RU, e que podem ser alvo de valorização o que justifica a adoção de fortes medidas tendentes à sua recuperação.

2.3 Resíduos de embalagem e papel e cartão não embalagem retomados para reciclagem

Conforme anteriormente referido, foram retomadas 392.704 toneladas de resíduos de embalagens provenientes do fluxo urbano em 2011. Desta quantidade, cerca de 67.000 toneladas (17%) são prevenientes de outras vias que não a recolha seletiva, designadamente triagem prévia à incineração, compostagem e outras recolhas. Uma parte significativa (39.891 toneladas - cerca de 60%) corresponde a retomas de resíduos de embalagens de vidro realizadas pelas vidreiras, contabilizadas no fluxo urbano mas que não se podem associar às retomas executadas pelos Sistemas.

Na

Tabela 3 apresentam-se os resultados dos indicadores relativos a resíduos de embalagens e papel e cartão não embalagem retomados para reciclagem e respetivas metas para 2011.

2

Somatório das categorias bio-resíduos, resíduos verdes (recolhidos em separado) e papel/cartão, conforme pressupostos adotados para monitorização do cumprimento da Diretiva Aterros.

(11)

Tabela 3 - Resultados dos indicadores referentes a resíduos de embalagem e papel/cartão não

embalagem retomados para reciclagem e respetivas metas previstas no PERSU II (Portugal Continental e Regiões Autónomas; 2011)

Código Designação Real

(t)

Meta

(t) ID (%) P2 Reciclagem de resíduos de embalagem 392.704 490.881 80

P3 Reciclagem de vidro de embalagem 210.422 227.060 93

P4 Reciclagem de papel/cartão de embalagem 110.308 173.158 64

P5 Reciclagem de plástico de embalagem 47.933 47.314 101

P6 Reciclagem de aço de embalagem 18.676 34.510 54

P7 Reciclagem de alumínio de embalagem 840 8.628 10

P8 Reciclagem de madeira de embalagem 4.525 211 2.141

P9 Reciclagem de papel/cartão não embalagem 95.078 187.588 51

Analisando as retomas de resíduos de embalagens por material, é possível verificar que os valores que se encontram mais afastados dos objetivos definidos no PERSU II (definidos com base na licença da Sociedade Ponto Verde (SPV), que terminou em Dezembro de 2011) dizem respeito aos metais, aço e alumínio, verificando-se um desvio em relação à meta de 46% e 90%, respetivamente. Por outro lado, verifica-se que as metas das retomas dos resíduos de embalagem de plástico e de madeira foram atingidas, sendo que no último caso a meta foi largamente ultrapassada, por se encontrar subestimada e, simultaneamente, se verificar que a meta decresce ao longo dos anos, situação que contribui para um maior afastamento entre os esforços realizados para aumento das retomas e o preconizado no Plano.

Os restantes resíduos de embalagens (vidro e papel e cartão, onde se inclui ECAL) ficaram aquém das metas propostas para 2011. É importante referir, uma vez mais, que os valores das metas tiveram como base a licença da SPV, que terminou neste ano. Quando se definiram valores para esta licença, pensou-se numa evolução diferente da que se verifica atualmente, sem se enquadrar na mesma a presente crise económica que o país atravessa, que tem como consequência a diminuição do consumo, levando a uma redução da quantidade de embalagens colocada no mercado e, consequentemente, a uma redução das quantidades de resíduos de embalagens que são retomadas.

Relativamente aos resíduos de papel/cartão não embalagem verificou-se que em 2011 o valor ficou também aquém do estipulado pelo Plano, atingindo apenas os 51% (estes resíduos não são abrangidos pela licença da SPV e não têm enquadramento em legislação específica).

(12)

Foi também avaliado o quantitativo de resíduos de embalagens depositados em aterro e encaminhados para valorização energética, por forma a compreender qual o seu impacte e o potencial que não está a ser encaminhado para reciclagem. No total, foram encaminhados para aterro e valorização energética, respetivamente, cerca de 541.653 e 219.346 toneladas de resíduos de embalagens, conforme gráficos abaixo.

Gráfico 2 - Resíduos depositados em aterro (resíduos urbanos e ERE) e distribuição dos diferentes tipos

de ERE por material (t)

Gráfico 3 - Resíduos encaminhados para valorização energética (resíduos urbanos e ERE) e distribuição

dos diferentes tipos de ERE por material (t) Restantes RU; 2.162.006; 80% Madeira; 3.853; 0% Metais; 36.829; 1% Papel/Cartão; 155.375; 6% Plástico; 254.804; 10% Vidro; 90.792; 3% R. Embalagens; 541.653 Restantes RU; 707.763; 76% Madeira; 1.315; 0% Metais; 13.934; 2% Papel/Cartão; 59.877; 6% Plástico; 92.509; 10% Vidro; 51.710; 6% R. Embalagem; 219.346; 24%

(13)

Estes quantitativos correspondem a um total de cerca de 760.999 toneladas de resíduos de embalagens que poderiam, pelo menos em parte, ser encaminhados para reciclagem e ajudariam contribuir para o cumprimento das metas PERSU II.

2.4 Gestão de RUB

Apresentam-se na Tabela 4 os resultados dos indicadores referentes a gestão dos RUB em 2011.

Tabela 4 - Resultados dos indicadores referentes a gestão de RUB e respetivas metas previstas no

PERSU II (Portugal Continental e Regiões Autónomas; 2011)

Código Designação Real

(103t)

Meta

(103t) ID (%)

P10 RUB valorizados energeticamente 612 1.037 59

P11 Resíduos compostados e/ou digeridos

anaerobiamente 280 880 32

P12 RUB valorizados 1.098 2.281 48

P13 RUB depositados em aterro 1.700 566 33

Nota: Dados de RU (Código LER 15 e 20) para Portugal Continental, RA dos Açores e da Madeira

Todos os indicadores referentes a gestão de RUB encontram-se aquém da meta estabelecida no PERSU II, verificando-se, relativamente aos anos anteriores, um maior desvio face aos objetivos, situação que se deve ao facto do PERSU II prever metas progressivamente mais ambiciosas ao longo do seu período de vigência.

Uma análise mais minuciosa revela, no entanto, uma ligeira melhoria face a 2010, quando se comparam os valores absolutos e relativos (face à produção total de RU) de RUB valorizados e enviados para aterro (Gráfico 4).

(14)

Gráfico 4 – Gestão dos RUB face à produção total de RU no período de 2010 e 2011 (dados referentes

ao Portugal Continental e Regiões Autónomas)

Os atrasos na construção e início de funcionamento pleno das novas unidades/linhas de valorização orgânica e, consequentemente, o facto de não ter sido ainda iniciada a valorização energética de CDR prevista para 2009, justificam em grande parte o não cumprimento dos objetivos previstos no Plano. É de realçar que, no ano de 2011, apenas um Sistema registou informação referente a uma nova unidade de valorização orgânica nos formulários do MRRU, apesar de algumas outras estarem já finalizadas. O resultado destes indicadores, em particular o P13, com um desvio negativo de quase 70% face à meta, evidencia a necessidade de uma forte aposta em medidas e ações que visem agilizar o desvio da fração biodegradável dos RU da deposição em aterro. A análise destes dados realça também a necessidade e importância de atualização e ajustamento do referencial de gestão de resíduos, com base na melhor informação disponível, o que permitirá definir novas projeções e em consonância adotar políticas que concorram para o cumprimento dos objetivos definidos.

10,3 % 4,9 % 19,0 % 34 ,2 % 11,9 % 5,4 % 21,3 % 33 ,0 % 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

Val. Energética Val. Orgânica Valorização

global

Deposição aterro

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2.5 Gestão de RU por operações

No Gráfico 5 apresenta-se a distribuição relativa dos destinos dos RU em 2011.

Gráfico 5 – Destinos dos RU (Portugal Continental e Regiões Autónomas; 2011)

Em termos globais constata-se que a distribuição dos destinos dos RU em 2011 é semelhante à dos anos anteriores, representando o aterro cerca de 59% da produção total, seguido da valorização energética (21%), e por fim da valorização orgânica (11%) e multimaterial (9%). Destaca-se no entanto, uma redução ainda que pouco significativa da quantidade de resíduos depositados diretamente em aterro e acréscimo do total encaminhado para centrais de incineração.

Realça-se ainda, como ponto fraco a ligeira redução, em termos absolutos e relativos, dos quantitativos de RU recolhidos seletivamente, quer de RUB, quer de outros materiais entrados em unidades de triagem.

A análise dos indicadores referentes à gestão de RU (entradas) (Tabela 5) revela que à semelhança do verificado com os RUB, todos os indicadores de RU (entradas) encontram-se bastante aquém das metas estabelecidas pelo PERSU II verificando-se um maior afastamento face à situação de 2010, que se deve, conforme já realçado, ao facto deste Plano ser mais exigente ao longo dos anos.

Verifica-se, embora de forma ligeira, uma redução dos resíduos entrados em unidades de triagem, não concordante com a tendência crescente registada nos anos anteriores, e com a estratégia adotada no âmbito da gestão de RU, situação que exige um acompanhamento atento da evolução futura

Deposição direta em aterro; 59% Valor.orgânica, proveniente de recolha indiferenciada; 9% Valor. orgânica, proveniente de recolha seletiva; 2% Valor. Energética; 21% Recolha seletiva material ; 9%

(16)

Tabela 5 - Indicadores referentes a gestão de RU (entradas) e respetivas metas previstas no PERSU II

(Portugal Continental e Regiões Autónomas; 2011)

Código Designação Real (103t) Meta (103 t) ID (%)

P14 Resíduos entrados em aterro 3.399 1.118 33

P15 Resíduos depositados diretamente

aterro 3.035 803 26

P16

RU provenientes da recolha indiferenciada que deram entrada

em unidades de Tratamento Mecânico e Biológico (TMB)

441 1.472 30

P17

RUB entrados em unidades de valorização orgânica provenientes

de recolha seletiva

101 233 43

P18 Resíduos entrados em centrais de

incineração 1.093 1.854 59

P19 Resíduos entrados em unidades de

TM 0 0

P20 Recolha seletiva material 457 721 63

Embora os valores indiquem um desvio de 64% do objetivo de deposição de resíduos em aterro, há a destacar, a redução, em termos absolutos, dos quantitativos de resíduos encaminhados para este destino face ao ano anterior. Prevê-se que a entrada em funcionamento das unidades TMB, já referida, contribua de forma significativa para a inversão destes resultados.

No que diz respeito aos fluxos de saída da gestão de RU, os indicadores e respetivas metas encontram-se sistematizados na Tabela 6.

Tabela 6 - Indicadores referentes a gestão de RU (saídas) e respetivas metas previstas no PERSU II

(Portugal Continental e Regiões autónomas; 2011)

Código Designação Real

(103t) Meta (10

3

t) ID 2011 (%)

P21 Reciclagem de resíduos resultantes da

incineração 16 12 131

P22 Reciclagem a partir de unidades TMB 21 62 34

P23 Reciclagem a partir de unidades TM -

P24 Reciclagem a partir da recolha seletiva

multimaterial 400 591 68

P25 Composto produzido a partir de RUB 12 77 15

P26 Composto produzido a partir de RU 55 99 55

P27 CDR resultante da estação de triagem -

P28 Resíduos resultantes da TM

encaminhados para CDR -

(17)

Importa destacar a redução dos quantitativos de reciclagem a partir de recolha seletiva material, com um decréscimo total de cerca de 60 mil toneladas, face a 2010 – valor alinhado, embora de forma mais acentuada, com a quebra nas entradas em unidades de triagem.

Verifica-se a nível do composto, que o quantitativo produzido a partir de matéria orgânica recolhida seletivamente reduziu face a 2010, o que está de acordo com o decréscimo também nas entradas de RUB nestas unidades. Pelo contrário, de salientar o acréscimo significativo (cerca de 34%) do composto produzido a partir de RU indiferenciado, resultado do reforço de capacidade de tratamento. Prevê-se que esta tendência se mantenha crescente nos próximos anos, o que reforça a necessidade de adotar medidas facilitadoras do escoamento deste material. Não obstante, os resultados apresentam-se ainda muito abaixo das metas do PERSU II nesta matéria (indicadores P25 e P26).

Em 2011 foi ainda calculado pela primeira vez um indicador relativo à produção de CDR, cujo valor embora muito reduzido representa o início da valorização deste material em Portugal.

3. FLUXOS ESPECÍFICOS E INTERFACE COM OS RU

3.1 Pilhas e acumuladores

De acordo com a legislação nacional, os produtores de pilhas e acumuladores têm a obrigação de assegurar a recolha seletiva, o tratamento, a reciclagem e a eliminação dos resíduos de pilhas e acumuladores que colocam no mercado, suportando os custos líquidos destas operações e das operações intermédias de transporte, armazenagem e triagem.

Incluem-se, neste fluxo, as pilhas ou acumuladores portáteis, as baterias ou acumuladores industriais e as baterias ou acumuladores para veículos automóveis. Destas três categorias, as pilhas ou acumuladores portáteis são aquelas que, dada a sua dimensão e tipo de utilizador (maioritariamente o consumidor individual), poderão, quando não encaminhadas corretamente por este, surgir juntamente com os resíduos urbanos indiferenciados. Os resíduos de pilhas portáteis são, na sua maioria, classificados como resíduos perigosos, contribuindo deste modo, para a fração de “Pequenas Quantidades de Resíduos Perigosos” (PQRP) presente nos resíduos urbanos.

Sendo um resíduo gerado na sua grande maioria pelo cidadão na habitação, a rede de recolha de resíduos de pilhas e acumuladores portáteis, assegurada pelas entidades gestoras, encontra-se na malha urbana e é estruturada a partir da conjugação de:

(18)

- Sistemas municipais, intermunicipais e multimunicipais, criados no âmbito das atribuições autárquicas de recolha de resíduos urbanos, sendo neste contexto criados pontos de recolha junto de Ecopontos;

- Distribuidores, aos quais é conferida a obrigação de retoma destes resíduos entregues pelo consumidor final;

- Outros pontos de recolha, criados designadamente em unidades de saúde e escolas.

À data, estão licenciadas 5 entidades gestoras de sistemas integrados de gestão de resíduos de pilhas e acumuladores (ECOPILHAS, Amb3E, VALORCAR, ERP e GVB) e encontra-se autorizado um sistema individual (Autosil). Das 5 entidades gestoras apenas 3 têm recolha por via dos sistemas (ECOPILHAS, VALORCAR e ERP).

Em 2011, foram recolhidas, no âmbito das entidades gestoras 454,63 toneladas de pilhas e acumuladores, das quais 41% através dos canais de recolha dos sistemas. De referir que ainda existem muitas pilhas e acumuladores portáteis mal encaminhadas pelo consumidor final (o cidadão comum) acabando por surgir misturadas nos resíduos urbanos indiferenciados, contribuindo para a percentagem de pequenas quantidades de resíduos perigosos.

3.2 Resíduos de equipamento elétrico e eletrónico

Ao longo da vigência do primeiro ciclo de licenciamento dos sistemas integrados de gestão de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), que teve início em 2006, verificou-se uma evolução bastante positiva do seu desempenho, superando-se a meta de recolha nacional e comunitária de 4 kg por habitante e por ano, assim como as metas de valorização e reutilização/reciclagem. Particularmente em 2011, as entidades gestoras do sistema integrado foram responsáveis pela recolha de um quantitativo de REEE correspondente a 5,3 kg por habitante, tendo a Amb3E contribuído para esse resultado nacional em 78% e a ERP Portugal em 22%.

Em termos globais foram recolhidos 55.779 kg de REEE, dos quais 7,2% foram recolhidos através dos canais dos sistemas. Concomitantemente, foram ultrapassados todos os objetivos nacionais e comunitários de valorização e de reutilização/ reciclagem, que atingiram valores superiores a 80% para todas as categorias.

Existem hoje, mais de 2000 locais onde os utilizadores podem entregar os seus REEE sem encargos, com uma abrangência integral do território nacional.

(19)

3.3 Óleos alimentares usados

No âmbito da gestão dos óleos alimentares usados (OAU) e, não obstante a crescente intervenção dos Municípios relativamente à disponibilização de redes de recolha seletiva municipal, importa referir dois aspetos suscetíveis de melhoria e intervenção:

Aumento do número de Municípios/SMAUT, ou entidades às quais estes tenham transmitido a responsabilidade de gestão dos OAU, a serem reconhecidos pela DGEG Direção Geral de Energia e Geologia, como Pequenos Produtores Dedicados (PPD) de biocombustível (biodiesel), assegurando por esta via, a valorização dos OAU recolhidos na rede seletiva municipal.

Nota: apenas um dos trinta e um PPD reconhecidos pela DGEG, reporta a empresa multimunicipal do Baixo Cávado (BRAVAL), e outro à Agência Municipal de Energia do Seixal.

Controlo da aplicação da Lei da Concorrência (Lei nº 18/2003, de 11 de junho), relativamente às práticas de recolha de OAU verificadas junto a empresas privadas (ex: estabelecimentos HORECA), por parte de entidades que operam nas redes de recolha seletiva municipal.

4. MONITORIZAÇÃO DE LIXEIRAS ENCERRADAS

O Decreto-Lei n.º 73/2011 de 17 de junho, no seu artigo 75-A, vem clarificar a responsabilidade pela manutenção e monitorização das antigas lixeiras municipais encerradas, cabendo a mesma às entidades gestoras responsáveis pelo tratamento de resíduos urbanos da área onde essas antigas lixeiras se localizam. A referida manutenção e monitorização ambiental deverá ser efetuada de acordo com um plano de manutenção e monitorização ambiental estabelecido pela APA, na qualidade de ANR, em articulação com as Autoridades Regionais dos Resíduos, as Administrações de Região Hidrográfica e a Inspeção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e Ordenamento do Território, o qual identifica os parâmetros a controlar, a periodicidade do controlo e os requisitos de manutenção.

Em sequência iniciaram-se já interações entre os Sistemas e as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional para a definição das lixeiras a monitorizar e respetivos planos, tendo em conta as especificidades hidrogeológicas locais e históricas.

(20)

5. PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RESÍDUOS URBANOS

Em 2011, prosseguiram as ações tendentes à implementação do Programa de Prevenção de Resíduos Urbanos (PPRU), tendo sido realizadas duas reuniões da Subcomissão de Acompanhamento do PPRU (CAPPRU) em abril e setembro, onde foram debatidas e apresentadas as ações desenvolvidas no âmbito da prevenção de resíduos por parte dos seus membros, enquanto agentes de atuação estratégica para a prevenção de RU. Apresentam-se na Tabela 8 as ações efetivadas pelos membros da CAPPRU durante o ano em análise, agrupadas de acordo com os objetivos qualitativos estabelecidos no PPRU (Erro! A origem da referência não foi encontrada.), para as quais se dirigem.

Tabela 7 - Objetivos qualitativos do PPRU

Objetivo

Qualitativo Descrição

1 Transmitir de forma clara, aos diferentes quadrantes da sociedade, a mensagem de

sensibilização da prevenção de RU e do consumo responsável.

2 Criar uma estrutura de implementação, a conjugar com a abordagem da prevenção de

resíduos industriais (PNAPRI), de modo a promover uma abordagem integrada e associada à estratégia de desperdício zero na sociedade e à utilização sustentável dos recursos naturais.

3 Garantir capacidade de execução do Programa a nível municipal.

4 Incorporar nas atitudes do quotidiano, hábitos de consumo responsável e

desmaterialização.

5 Garantir o compromisso dos agentes económicos para a progressão da prevenção.

6 Prevenir a produção de resíduos: biodegradáveis (desviando os RUB dos aterros), de

embalagem, de papel, e das denominadas "outras" frações.

7 Promover e reativar as possibilidades de reutilização e de reparação perdidas

gradualmente com a emergência do paradigma de consumo em massa.

8 Evitar a produção de produtos cujos resíduos tenham efeitos prejudiciais para o

Ambiente e para a saúde humana.

9 Evitar a produção de produtos cujos resíduos tenham uma difícil reintrodução nos ciclos

produtivos.

As ações referidas na Erro! A origem da referência não foi encontrada. apresentam-se descritas detalhadamente no Anexo I.3. Ações efetuadas no âmbito dos objetivos qualitativos do PPRU pelos membros da CAPPRU.

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Tabela 8 - Objetivos qualitativos do PPRU sobre os quais versaram as ações dos membros da CAPPRU

Membro CAPPRU Objetivos Qualitativos do PPRU

1 2 3 4 5 6 7 8 9 VALORMINHO x x RESULIMA x x x BRAVAL x x x x RESINORTE x Lipor x x x x x x Ambisousa x x x x x SULDOURO x x Resíduos do Nordeste x x x x x x VALORLIS x x x x ERSUC x x

Associação de Municípios do Planalto Beirão x x x x

RESIESTRELA x x x x x VALNOR x x x VALORSUL x x x Resitejo x Tratolixo x x x x x x x AMARSUL x x x Ambilital x ALGAR x x x Sogilub x SPV x x x Amb3E x x x x x x Ecopilhas x x Valormed x APED x x x x x DECO x x DGAE x x x x

No que diz respeito aos resultados quantitativos alcançados a nível nacional, concretamente quanto à capitação diária de RU em Portugal Continental em 2011, verifica-se uma média de 1,325 kg/hab.dia, variando entre 1,005 e 2,298 kg/hab.dia. Este intervalo de variação alargado poderá justificar-se não só por diferentes estratégias de sensibilização para a prevenção de RU pelos diferentes Sistemas mas também devido a fatores socioeconómicos e geográficos (consumo privado, população flutuante, zonas metropolitanas, etc.).

As previsões do cenário moderado do PERSU II, apontavam para que a inversão do crescimento da produção de RU, já verificada em 2011, se daria apenas em 2012, situação que poderá ser devida à conjuntura económica do País. De acordo com as projeções para a economia portuguesa em 2012-2013, apresentadas pelo Banco de Portugal (Boletim económico de 2012), “a atividade económica deverá apresentar uma nova contração em 2013 (1,6 %), embora menos significativa do que a projetada para 2012 (3%) ” sendo que “esta acentuada contração da atividade reflete a evolução da procura interna, destacando-se a redução do consumo privado (…)”. Por conseguinte, em 2012 prevê-se uma redução significativa da produção de RU devido à recessão económica. Tendo em conta que se espera que em 2013 a economia inicie um processo de recuperação fará sentido apostar fortemente em estratégias de prevenção de RU, nomeadamente a partir deste ano, com vista à prossecução da meta nacional quantitativa de prevenção, estabelecida na redução de 10% da capitação diária de RU até 2016, face aos valores de 2007.

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No que se refere à caraterização física dos RU em Portugal, para o ano em análise (apresentada no ponto 2.2 deste relatório), os resultados alcançados indicam a necessidade de adoção de estratégias que permitam nomeadamente a diminuição do peso de RUB no total de RU no global e nos RU indiferenciados em particular, como por exemplo:

- A sensibilização e educação ambiental com vista à redução da produção de resíduos biodegradáveis;

- A compostagem/ vermicompostagem caseira ou comunitária de RUB, no sentido de evitar a produção de resíduos a montante da recolha; e

- A aposta na recolha seletiva de RUB, inicialmente prevista em vários Sistemas, não tendo sido amplamente implementada por razões económicas.

Importa ainda referir a importância da atuação ao nível da correta separação com o duplo objetivo da redução das Pequenas Quantidades de Resíduos Perigosos nos RU mas também o aproveitamento de todo o potencial de reciclagem dos fluxos específicos de resíduos.

5.1 Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (SEPR)

No âmbito do projeto europeu Semana Europeia da Prevenção de Resíduos (SEPR), em 2011, a APA assumiu pelo terceiro ano consecutivo a organização nacional deste evento, garantindo a coordenação do registo e validação das ações dos proponentes, bem como a promoção de iniciativas que visam o desenvolvimento da consciencialização sobre a estratégia de prevenção de resíduos e a promoção de boas práticas.

Os resultados obtidos foram bastante positivos, tendo-se registado 7.035 ações na Europa através de 34 organizadores nacionais e regionais, das quais 106 foram registadas pela APA.

A par dos trabalhos desenvolvidos enquanto organizador nacional da SEPR 2011, a APA realizou as seguintes ações:

1) O Simulador “Simula Menos Resíduos” foi instalado num quiosque multimédia para utilização pelo público em geral, tendo percorrido vários espaços comerciais de todo o país, estando igualmente disponível na página de entrada do portal institucional desta APA, acessível a todos os que pretendem testar os seus hábitos e comportamentos neste contexto, tendo obtido resultados muito positivos, com grande adesão inclusive a nível internacional, fato que motivou a disponibilização da simulação também em inglês. Esteve também presente na Alameda da Universidade de Lisboa, no evento “AmbientAll”, realizado pela UL para assinalar o Dia Mundial do Ambiente.

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2) A sessão Pública de balanço da SEPR 2011, em 25 de novembro, teve lugar no Auditório da APA, tendo-se efetuado o balanço provisório da realização dessa Semana. O evento pretendeu também ser um espaço de reflexão no âmbito da prevenção de RU, contando com a presença de oradores da Lipor, ViaTecla, Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN), Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) e da APA.

3) A ação interna “Operação Cantina - Desperdício Zero”, tendo como inspiração a proposta de realização de ações comuns no âmbito da redução do desperdício alimentar, o grupo de trabalho da Prevenção da APA em conjunto com a empresa concessionária que gere o bar/refeitório nas suas instalações, efetivaram uma ação que teve um balanço muito positivo, pois permitiu chamar a atenção para a necessidade de alteração dos hábitos de confeção e consumo de refeições, e a posteriori, da alteração dos métodos de recolha e gestão dos resíduos alimentares.

6. COMBUSTÍVEL DERIVADO DE RESÍDUOS (CDR)

A Estratégia para os Combustíveis Derivados de Resíduos, surge na sequência e em complemento do PERSU II, tendo sido aprovada através do Despacho nº 21295/2009, de 22 de setembro dos Ministros do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Economia e da Inovação.

Esta Estratégia assume-se como um instrumento da política de ambiente e energia, enquadrando-se como um importante contributo para a gestão sustentada de resíduos e recursos, designadamente, através da diversificação das fontes de energia e do aproveitamento dos recursos endógenos.

Em Portugal Continental, o potencial de RU para produção de CDR é estimado entre 950 mil e 1,2 milhões de toneladas, para 2013, ano em que se prevê que se encontrem em pleno funcionamento as diversas unidades de TMB previstas no PERSU II. Estes CDR poderão ser valorizados energeticamente em unidades centralizadas/dedicadas, promovidas pelo próprio sector de gestão de resíduos (numa perspetiva de autossuficiência), como também poderão ser encaminhados para outros sectores de atividade económica – designadamente, o sector industrial (em regime de coincineração p. ex. nas indústrias do cimento, cerâmica e pasta de papel) e o sector de produção de energia (centrais de biomassa).

Para o efeito foram já desenvolvidas ou em estão curso diversas ações diretamente relacionadas com a produção/gestão de CDR, destacando-se o lançamento de concursos e construção de unidades de CDR, acordos envolvendo a indústria cimenteira e a realização de estudos piloto para aferir as propriedades relevantes para a qualidade dos CDR.

Os atrasos que se têm vindo a registar na construção das unidades de TMB e valorização orgânica, tem condicionado a plena implementação desta Estratégia.

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No que respeita a financiamento comunitário, aguarda-se a publicação de Aviso de abertura de candidaturas, no âmbito do QREN (que se encontra em reprogramação), mais concretamente no Programa Operacional de Valorização do Território, que permita o acesso a cofinanciamento de unidades de produção de CDR, facto que não ocorreu nos Avisos anteriores.

Atualmente apenas se encontra em funcionamento (em fase de testes) uma unidade na VALNOR dimensionada para um fluxo de 20 t/h de produção CDR. A matéria-prima é composta, maioritariamente, por materiais provenientes do processo de tratamento mecânico da unidade de TMB de RU localizada em Avis.

Face ao exposto, os indicadores P27, P28 e P29, relativos a estas infraestruturas e referidos no ponto 2.4, apresentam ainda dados que não têm especial relevância para análise.

Ainda na sequência do previsto na Estratégia, e com a publicação do Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho, a APA e as CCDR acordaram na simplificação do processo de licenciamento das operações de produção de CDR a partir de resíduos não perigosos numa ótica de agilização do licenciamento destas unidades.

A eventual isenção de licenciamento não afasta outras obrigações dos operadores, nomeadamente em matéria de registo e transporte de resíduos, nos termos da legislação aplicável, nem deve originar um descuro na observância dos princípios que norteiam a gestão de resíduos, em especial do Princípio da proteção da saúde humana e do ambiente.

Importa ainda referir que a APA acompanha os desenvolvimentos em curso a nível comunitário com relevância nesta matéria, designadamente, os relativos à aplicação do fim do estatuto de resíduo para os CDR.

No atual regime geral de resíduos – DL 73/2001, de 17 de junho, está previsto o fim de estatuto de resíduo para determinados resíduos que tenham sido submetidos a uma operação de valorização, incluindo a reciclagem, e satisfaçam critérios específicos. Caso não exista definição de critérios a nível comunitário, pode ser decidido, relativamente a determinado resíduo, o fim de estatuto de resíduo a nível nacional, mediante a apresentação de critérios determinados em Portaria.

No entanto realça-se que a prioridade da Comissão Europeia no âmbito da desclassificação de resíduos incide sobre agregados, papel, vidro, metal, pneus e têxteis e que, no que diz respeito ao CDR, Portugal não tem ainda experiência e dados concretos para poder adotar uma posição firme nesta matéria.

(25)

7. COMPOSTO

Conforme já referido, para o cumprimento das metas de desvio de RUB de aterro previstas na Diretiva Aterros, e enquadrado nas linhas orientadoras estabelecidas no PERSU II, verificou-se um forte investimento dos Sistemas em novas unidades/linhas de valorização orgânica. Com o aumento da capacidade instalada de valorização orgânica verifica-se um acréscimo da produção de composto, principal fluxo de saída destas unidades que será ainda mais acentuado com a entrada em pleno funcionamento dos novos equipamentos.

Entre 2010 e 2011 verificou-se um aumento de cerca de 26% de composto produzido por estas instalações atingindo um total de 66.535 mil toneladas. Deste quantitativo, apenas 18% resulta de matéria orgânica recolhida seletivamente, o que constitui um desvio face aos objetivos definidos no PERSU II que estimava que em 2011, mais 40% do composto produzido resultasse de matéria-prima recolhida seletivamente

Embora o Plano refira que a recolha seletiva de orgânicos “permite a obtenção de um composto de melhor qualidade com maior facilidade”, os resultados de estudos desenvolvidos pelos Sistemas mostram que este tipo de operação não será economicamente sustentável atendendo à forte dispersão geográfica dos grandes produtores de resíduos e aos quantitativos necessários para alimentação das instalações. Neste contexto, verificaram-se algumas alterações a nível de infraestruturas e processos de tratamento face aos cenários vertidos no PERSU II encontrando-se em construção diversas unidades de TMB que irão funcionar com recolha de RU indiferenciados e não com recolha seletiva conforme previsto.

Neste enquadramento, importará refletir e reequacionar os objetivos do PERSU sobre esta matéria.

A nível comunitário, ainda em 2010, na Comunicação ao Conselho e ao Parlamento Europeu relativa às futuras etapas na gestão de bio-resíduos na União Europeia4, a Comissão rejeitou a ideia de elaborar legislação específica sobre esta matéria. Em sequência, foi publicado o documento, Working Document Sludge and Biowaste, onde se avalia a possibilidade de alargamento do âmbito da nova diretiva relativa a lamas por forma a abranger os bio-resíduos, perspectivando-se nesse caso a classificação em 3 classes de qualidade, definidas de acordo com a “matéria-prima” utilizada, e para as quais se definiria as utilizações possíveis, a monitorização e a legislação a aplicar. Paralelamente, prosseguiram em 2011 os trabalhos promovidos pela Comissão Europeia, de preparação de propostas de critérios para o fim de estatuto de resíduo de fluxos específicos, incluindo o composto, segundo a metodologia proposta no relatório “End-of-waste criteria report”, de 2008. Como contributo para este trabalho o Joint

Research Centre's Institute for Prospective Technological Studies (JRC-IPTS)

encontra-se a reunir informação técnica de suporte que garanta o cumprimento das condições definidas na DQR, tendo sido publicada já em 2012 uma versão de trabalho

4

COM(2010)235 final, 18.05.2010. Communication from the Commission to the Council and the European Parliament on future steps in bio-waste management in the European Union.

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deste documento5. Discute-se neste documento as condições para que se possa aplicar ao composto o fim de estatuto de fim de resíduo, nomeadamente os requisitos de qualidade do produto, de matérias-primas, processos de tratamento, procedimentos de garantia de qualidade, entre outros.

A nível nacional, a APA iniciou em 2011 os trabalhos com vista à elaboração da Estratégia do Composto tendo sido constituído um grupo de trabalho que integrava os principais intervenientes nesta matéria. Os trabalhos desenvolvidos encontraram obstáculo na falta de definição legislativa sobre a classificação e colocação no mercado deste material, tendo sido suspensos.

Se por um lado, decorreu a revisão do Projeto de Diploma Matérias Fertilizantes da responsabilidade da Direcção-Geral das Atividades Económicas, que visa cumprir as obrigações do Estado Português no que toca à adaptação da legislação nacional respeitante às matérias fertilizantes, por outro lado, foi publicado o Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho que estabelece no seu artigo 22º-B, que o composto pode ser colocado no mercado como corretivo orgânico desde que sejam observados os requisitos constantes de portaria a aprovar pelos membros do Governo responsáveis pelo ambiente e agricultura.

Em sequência, a APA preparou uma proposta de portaria que incluía as condições estabelecidas no documento “Especificações Técnicas sobre a qualidade e utilizações do Composto”6 , que foi colocada à consideração do Governo, aguardando orientações sobre o assunto. Nesta proposta, foram definidos os resíduos que podem ser utilizados para a produção do composto, estabelecidas classes de qualidade para o mesmo em função de alguns parâmetros e fixados os critérios e restrições na sua utilização7. No que diz respeito ao escoamento do composto, verifica-se que os Sistemas o colocam no mercado como fertilizante, sendo que em 2011, foi vendido mais de 70% do composto produzido (parte deste valor correspondia a composto armazenado do ano anterior), menos que em 2010 (94% do composto vendido).

Com o acréscimo de produção esperado por via da entrada em funcionamento pleno das unidades de TMB, o escoamento do composto poderá constituir um constrangimento importante à execução da política definida no PERSU II e estabelecida a nível comunitário, pelo que urge investir no desenvolvimento de medidas que assegurem este escoamento, nomeadamente a adoção de critérios de qualidade/especificações técnicas que contribuam para estabelecer a confiança dos potenciais utilizadores neste material.

5

End-of-waste criteria on Biodegradable waste subject to biological treatment - Third Working Document. August 2012

6

Documento já existente à data e resultante de grupo de trabalho constituído pelo Laboratório Químico Agrícola Rebelo da Silva, Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica, Direcção-Geral das Florestas e, posteriormente, Direcção-Geral da Empresa

7

Já em 2012, e portanto fora do âmbito temporal do presente trabalho, importa referir que os últimos desenvolvimentos nesta matéria apontam para a integração num único Diploma dos aspetos referentes à colocação no mercado das matérias fertilizantes e de definição das especificações técnicas que o

(27)

Espera-se que após publicação dos resultados da avaliação intercalar do PERSU II e da legislação nacional anteriormente mencionada, seja dada relevância a este assunto tendo em consideração, por um lado, a situação atual de Portugal em termos de gestão de RUB, que se baseia maioritariamente em recolha indiferenciada, mas também as perspetivas relativas à gestão de bio-resíduos, a nível comunitário. Salienta-se a este respeito que, no seu artigo 22º, a Diretiva Quadro Resíduos refere que os Estados Membros incentivam a recolha seletiva de bio-resíduos, tendo em vista a sua compostagem e digestão anaeróbia.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Da análise dos resultados apresentados, verifica-se que em 2011 se mantiveram as tendências dos anos anteriores quanto às opções de gestão de RU e, em particular, de RUB.

Na maioria dos indicadores, por comparação aos anos anteriores, verifica-se um maior desvio quantitativo face aos objetivos traçados pelo Plano, situação que se deve ao facto das metas serem progressivamente mais ambiciosas ao longo do período de vigência do mesmo. Importa, no entanto, referir que do ponto de vista estratégico, se regista a tendência de evolução expectável, embora a um ritmo mais lento do que o previsto, pelo que os resultados apenas serão visíveis quando muitos dos equipamentos já instalados iniciarem a sua plena laboração.

Há a destacar, como ponto positivo da análise efetuada, o decréscimo de quase 6% da produção total de RU, face aos quantitativos registados em 2010, valor que embora ainda exceda o objetivo definido pelo PERSU II, representa o primeiro ano em que se verifica a inversão da tendência crescente de quantitativos totais de RU gerados. Esta “inversão” deve ser encarada com cautela, uma vez que terá certamente forte relação com a situação económica que o país atravessa.

De fato, a crise económica a que assistimos atualmente implica necessariamente na diminuição do consumo privado e, por conseguinte, na produção de RU. Face ao exposto, e muito embora se verifique uma tendência positiva na implementação do PPRU, as estratégias de sensibilização e educação ambiental na ótica da prevenção de RU deverão ser reforçadas no sentido de garantir que num futuro próximo a tendência de redução da produção de resíduos se mantém.

Ao contrário das tendências dos anos anteriores, registou-se uma quebra de cerca de 7% na recolha seletiva de resíduos de embalagem face a 2010, o que acrescendo ao facto da meta ser progressivamente mais exigente, conduziu a um afastamento de 28 pontos percentuais face à meta (o dobro que em 2010). Analisando as retomas destes resíduos por material verifica-se que apenas para o plástico e para a madeira foram atingidas as metas do PERSUII, sendo também os únicos materiais, em conjunto com o papel/cartão não embalagem em que se verificou um acréscimo dos quantitativos retomados. Considera-se que a conjetura económica do País terá também contributo significativo para estes resultados.

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Quanto ao CDR e composto, prosseguiram em 2011 os estudos promovidos pela Comissão Europeia no âmbito da atribuição do fim de estatuto de resíduo.

Em Portugal, destaca-se o início da fase de testes de uma unidade de produção de CDR (na VALNOR). Aguardam-se novos desenvolvimentos ao nível do QREN/POVT, na expectativa de que um novo Aviso para a apresentação de candidaturas possibilite que os Sistemas avancem com novos investimentos em unidades de preparação de CDR Tiveram também continuidade os trabalhos com vista à classificação do Composto e utilizações possíveis.

Com a entrada em laboração das unidades de TMB previstas, impõe-se a agilização dos procedimentos e revisão das estratégias para escoamento destes materiais.

Destaca-se ainda o início dos trabalhos entre Sistemas e CCDR para definição dos planos de manutenção e monitorização das antigas lixeiras municipais encerradas, na sequência da publicação do Decreto-Lei nº. 73/2011, de 17 de junho.

Finalmente consideram-se de particular relevância as conclusões a extrair da Avaliação Intercalar a realizar no final de 2012, que deverão apontar para a necessidade de clarificação e reformulação de alguns dos principais objetivos e metas do PERSU II, na sequência das análises anuais que têm vindo a ser feitas desde a publicação do Plano.

(29)

PARTE II

Acompanhamento da atividade dos Sistemas de

Gestão de Resíduos

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1. SISTEMAS E INFRAESTRUTURAS DE GESTÃO DE RU

Em 2011, existiam em Portugal Continental 23 sistemas de gestão de RU, 12 multimunicipais e 11 intermunicipais distribuídos no País conforme Figura 1. Verifica-se uma acentuada discrepância entre os diversos sistemas, no que respeita ao número de municípios que integra, área e população abrangida e também nas condições socioeconómicas, o que se reflete em muitos casos nas opções adotadas em termos de recolha e tratamento dos seus RU e também a rede de equipamentos e infraestruturas de gestão de resíduos e fluxos de resíduos (Figuras 2, 3 e 4).

Da análise dos mapas seguintes é de salientar a concentração de infraestruturas no litoral, preferencialmente Norte, situação que reflete a baixa densidade populacional da restante área do País, e as grandes distâncias percorridas nestes concelhos.

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Figura 1Sistemas de Gestão de RU (Portugal Continental, 2011) 1 - VALORMINHO 2 - RESULIMA 3 - BRAVAL 4 - RESINORTE 5 - Lipor 6 - Ambisousa 7 - SULDOURO 8 - Resíduos do Nordeste 9 - VALORLIS 10 - ERSUC 11 - Planalto Beirão 12 - RESIESTRELA 13 - VALNOR 14 - VALORSUL 15 – Ecolezíria 16 - Resitejo 17 - Tratolixo 18 - AMARSUL 19 - Gesamb 20 - Ambilital 21 - Amcal 22 - Resialentejo 23 - ALGAR

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Figura 2 -Aterros de RU em exploração (Portugal Continental, 2011)

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Figura 3 – Agrupamentos de Sistemas e ponto de situação das unidades de valorização orgânica (Portugal Continental, 2011)

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Figura 4 –

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2. ANÁLISE COMPARATIVA DO “DESEMPENHO” DOS SISTEMAS

Nas Tabelas 1 e 2 apresenta-se uma comparação “geral” do desempenho dos diferentes sistemas, em 2011, no que respeita a 2 dos indicadores “macro” mais relevantes na gestão de RU, tendo em conta os objetivos nacionais e comunitários espelhados na respetiva legislação: (1) destino dado aos RU e (2) desvio de RUB de aterro. Os critérios adotados para classificação dos sistemas baseiam-se no cumprimento da hierarquia de gestão de resíduos (no caso da Tabela 1) e na percentagem de desvio de RUB de aterro alcançada (Tabela 2)

Na Tabela 3 é representado na forma gráfica, por sistema, o cumprimento ou não das objetivações previsionais de retoma definidas por material, pelo Despacho n.º 10287/2009.

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Tabela 1 – Classificação dos Sistemas de acordo com o destino dado aos RU

(1) Critérios de classificação (1º critério: deposição direta em aterro; 2º critério: reciclagem):

*** < 50% para aterro e >= 8,0% reciclagem; ** 50%-80% para aterro e/ou >= 8,0% reciclagem ou valorização orgânica; * restantes casos.

Sistema Produção RU (t) Capitação RU (Kg/hab. dia) Destino RU (%) Classificação (1) A te rr o ( d ir e to ) V al . e n e rg é ti ca (i n ci n e raç ão ) V al . o rg ân ic a - re co lh a in d if e re n ci a d a V al . o rg ân ic a - re co lh a se le ti va R e ci cl ag e m VALORMINHO 36.369 1,3 92,2 - - - 7,8 * RESULIMA 133.144 1,1 90,4 - - 0,6 9,0 ** BRAVAL 106.498 1,0 85,3 - - - 14,7 ** RESINORTE 366.235 1,0 73,5 - 17,4 - 9,2 ** Lipor 503.148 1,4 4,2 77,8 - 8,0 9,9 *** Ambisousa 131.619 1,1 93,2 - - - 6,8 * SULDOURO 198.032 1,2 84,9 - 6,4 - 8,7 ** Resíduos do Nordeste 61.005 1,2 94,4 - - - 5,6 * VALORLIS 123.579 1,1 79,3 - 11,0 - 9,7 ** ERSUC 411.579 1,2 91,7 - - - 8,3 ** Planalto Beirão 129.788 1,0 93,3 - - - 6,7 * RESIESTRELA 76.642 1,0 70,3 - 23,5 0,5 5,7 ** VALORSUL 829.948 1,4 22,5 62,5 1,8 3,6 9,6 *** Ecolezíria 64.005 1,4 95,5 - - - 4,5 * Resitejo 93.786 1,2 91,7 - - - 8,3 ** Tratolixo 455.153 1,5 26,6 14,7 46,4 0,4 11,8 *** AMARSUL 445.513 1,6 84,7 - 9,0 - 6,4 ** VALNOR 123.498 1,2 35,4 - 53,3 - 11,3 *** GESAMB 84.897 1,5 91,6 - - - 8,4 ** AMBILITAL 70.367 1,7 90,7 - - - 9,3 ** AMCAL 14.579 1,6 85,5 - - - 14,5 ** RESIALENTEJO 51.293 1,5 92,0 - - - 8,0 ** ALGAR 377.808 2,3 83,9 - - 7,5 8,6 **

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Tabela 2 – Classificação dos Sistemas de acordo com a percentagem de desvio de RUB de aterro alcançada. Sistema Produção RU (t) Produção RUB (t) Desvio de RUB aterro (t) Desvio de RUB aterro (%) Classificação (1) VALORMINHO 36.369 20.367 798 3,9 * RESULIMA 133.144 74.561 6.828 9,2 * BRAVAL 106.498 59.639 5.051 8,5 * RESINORTE 366.235 205.092 33.869 16,5 * Lipor 503.148 281.763 289.499 100,0 *** Ambisousa 131.619 73.707 2.975 4,0 * SULDOURO 198.032 110.898 11.625 10,5 * Resíduos do Nordeste 61.005 34.163 1.262 3,7 * VALORLIS 123.579 69.204 8.778 12,7 * ERSUC 411.579 230.484 11.458 5,0 * Planalto Beirão 129.788 72.681 2.879 4,0 * RESIESTRELA 76.642 42.920 9.781 22,8 * VALORSUL 829.948 464.771 378.846 81,5 *** Ecolezíria 64.005 35.843 731 2,0 * Resitejo 93.786 52.520 1.048 2,0 * Tratolixo 455.153 254.886 152.600 59,9 *** AMARSUL 445.514 249.488 22.176 8,9 * VALNOR 123.498 69.159 33.537 48,5 ** GESAMB 84.897 47.542 2.963 6,2 * AMBILITAL 70.367 39.406 1.875 4,8 * AMCAL 14.579 8.164 489 6,0 * RESIALENTEJO 51.293 28.724 2.900 10,1 * ALGAR 377.808 211.572 40.955 19,4 * (1) Critério de classificação - % de desvio de RUB de aterro: *** > 50%; ** 35-50%; * >35%.

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Tabela 3 – Cumprimento dos objetivos por material Sistema Material Objectivações previsionais SMAUT 2011 (Desp. n.º 10287/2009) (t) Quantidades Retomadas (t) Cumprimento de objectivos Vi dro 1.739 1.368 Pl á s ti co 177 302 Pa pel Ca rtã o 472 453 ECAL 29 24 Aço 20 43 Al umíni o 2 0

Ma dei ra n.a . 46 n.a .

Tota l 2.440 2.236 Vi dro 7.725 5.803 Pl á s ti co 791 1.106 Pa pel Ca rtã o 2.078 2.250 ECAL 156 169 Aço 134 179 Al umíni o 13 18

Ma dei ra n.a . 0 n.a .

Tota l 10.898 9.524 Vi dro 7.471 6.530 Pl á s ti co 1.067 1.265 Pa pel Ca rtã o 2.222 2.890 ECAL 137 233 Aço 238 255 Al umíni o 14 9

Ma dei ra n.a . 47 n.a .

Tota l 11.150 11.229 Vi dro 23.430 17.385 Pl á s ti co 3.438 2.943 Pa pel Ca rtã o 6.503 6.908 ECAL 537 435 Aço 1.155 412 Al umíni o 39 17

Ma dei ra n.a . 30 n.a .

Tota l 35.102 28.130 Vi dro 28.348 19.277 Pl á s ti co 4.458 4.532 Pa pel Ca rtã o 8.169 10.511 ECAL 752 630 Aço 1.887 4.864 Al umíni o 48 53

Ma dei ra n.a . 51 n.a .

Tota l 43.660 39.919 Vi dro 4.555 3.586 Pl á s ti co 1.278 1.022 Pa pel Ca rtã o 2.734 2.901 ECAL 117 74 Aço 175 105 Al umíni o 11 11

Ma dei ra n.a . 0 n.a .

Tota l 8.870 7.699 Vi dro 10.875 7.117 Pl á s ti co 1.416 1.861 Pa pel Ca rtã o 3.592 3.352 ECAL 313 285 Aço 366 331 Al umíni o 23 14 A m b is o u s a VA L O R MI N H O R ESU L IMA B R A VA L R ESI N O R T E Lipor SU L D O U R O

(39)

Vi dro 1.742 824 Pl á s ti co 530 659 Pa pel Ca rtã o 1.044 1.165 ECAL 39 97 Aço 161 105 Al umíni o 5 0

Ma dei ra n.a . 0 n.a .

Tota l 3.521 2.849 Vi dro 6.951 4.395 Pl á s ti co 844 1.480 Pa pel Ca rtã o 2.672 3.084 ECAL 98 218 Aço 175 287 Al umíni o 21 28

Ma dei ra n.a . 14 n.a .

Tota l 10.761 9.507 Vi dro 22.479 16.363 Pl á s ti co 2.317 2.730 Pa pel Ca rtã o 5.922 6.107 ECAL 625 481 Aço 458 398 Al umíni o 34 29

Ma dei ra n.a . 51 n.a .

Tota l 31.834 26.158 Vi dro 4.976 3.534 Pl á s ti co 1.832 681 Pa pel Ca rtã o 195 1.667 ECAL 1.364 95 Aço 192 143 Al umíni o 18 7

Ma dei ra n.a . 104 n.a .

Tota l 8.576 6.230 Vi dro 2.481 1.426 Pl á s ti co 287 891 Pa pel Ca rtã o 1.126 2.078 ECAL 39 118 Aço 38 196 Al umíni o 4 5

Ma dei ra n.a . 58 n.a .

Tota l 3.975 4.772 Vi dro 4.857 4.014 Pl á s ti co 828 6.774 Pa pel Ca rtã o 3.540 6.542 ECAL 98 653 Aço 160 1.381 Al umíni o 12 54

Ma dei ra n.a . 0 n.a .

Tota l 9.496 19.417 VA L O R L IS ER SU C Pl a n a lto B e ir ã o R e s íd u o s d o N o rd e s te R ESI EST R EL A VA L N O R

(40)

Vi dro 37.513 25.353 Pl á s ti co 3.226 7.222 Pa pel Ca rtã o 21.427 16.320 ECAL 1.230 1.023 Aço 674 6.229 Al umíni o 69 451

Ma dei ra n.a . 796 n.a .

Tota l 64.140 57.394 Vi dro 1.679 1.282 Pl á s ti co 1.006 156 Pa pel Ca rtã o 39 731 ECAL 460 0 Aço 65 0 Al umíni o 4 0

Ma dei ra n.a . 0 n.a .

Tota l 3.253 2.169 Vi dro 6.332 1.970 Pl á s ti co 1.030 641 Pa pel Ca rtã o 1.688 897 ECAL 137 151 Aço 113 60 Al umíni o 7 0

Ma dei ra n.a . 211 n.a .

Tota l 9.307 3.930 Vi dro 24.803 10.639 Pl á s ti co 4.084 5.328 Pa pel Ca rtã o 8.832 10.821 ECAL 527 507 Aço 1.651 1.630 Al umíni o 42 62

Ma dei ra n.a . 1.045 n.a .

Tota l 39.939 30.033 Vi dro 17.050 10.019 Pl á s ti co 1.485 2.275 Pa pel Ca rtã o 6.516 5.813 ECAL 625 384 Aço 378 848 Al umíni o 46 24

Ma dei ra n.a . 26 n.a .

Tota l 26.100 19.388 Vi dro 3.962 2.294 Pl á s ti co 757 744 Pa pel Ca rtã o 1.753 1.866 ECAL 78 90 Aço 128 108 Al umíni o 8 12

Ma dei ra n.a . 442 n.a .

Tota l 6.686 5.557 Vi dro 2.529 1.960 Pl á s ti co 402 438 Pa pel Ca rtã o 1.317 1.372 ECAL 39 46 Aço 60 82 Al umíni o 2 5

Ma dei ra n.a . 68 n.a .

Tota l 4.348 3.970 VA L O R SU L Ec o le ri a R e s ite jo T ra to li x o A MA R SU L G ESA MB A MB IL IT A L

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