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RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Licenciatura em Comunicação Multimédia
Roberto Costa dezembro
1
2017Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto Instituto Politécnico da Guarda
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
ROBERTO COSTA
RELATÓRIO PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM COMUNICAÇÃO MULTIMÉDIA
FICHA TÉCNICA
Discente: Roberto Costa Número de Aluno: 5008331
Licenciatura: Comunicação Multimédia
Instituição de Ensino: Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto
Instituto Politécnico da Guarda
Morada: Av. Dr. Francisco Sá Carneiro, 50-6300-559 Guarda Telefone: 271 220 100
E-mail: ipg@ipg.pt
Docente Orientador: Jorge Gonçalves
Entidade de Acolhimento: ViseuNow
Morada: Estrada do Pinhal da Vila, Pedreles, 3530-073 Mangualde, Viseu Contacto Telefónico: 232 617 422
E-mail: info@viseunow.pt Site: http://www.viseunow.pt/
Supervisora: Sónia Raquel da Costa Marques
Grau Académico: Mestrado em Global Media, Westminter, Londres
AGRADECIMENTOS
Agradeço imenso, ao Instituto Politécnico da Guarda, e a Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, pelo contributo a para o desenvolvimento e sucesso da minha formação académica.
A todos os professores pela cooperação e dedicação que tiveram para comigo ao longo dos três anos de formação no curso de Comunicação Multimédia, em especial ao professor Jorge Gonçalves pela disponibilização de ser o meu orientador de estágio.
À ViseuNow, pelo acolhimento dado ao longo dos três meses de estágio curricular, em especial à Sónia Marques pelas oportunidades dadas durante o estágio para o melhoramento das minhas capacidades.
A todos os meus colegas de licenciatura, em especial à Catarina Teixeira e Raquel Gonçalves, que sempre me apoiaram e ajudara neste três anos de licenciatura.
À minha namorada, Daniela Marques, por me ter sempre apoiado e motivado neste fase importantíssima, que me leva para um futuro promissor.
A toda a minha família e, de forma especial aos meus pais, que me apoiaram, financeiramente e emocionalmente, em todos os momentos e que sempre compartilham comigo o desejo de vir a ter um futuro profissional promissor que contribui para a minha realização pessoal.
RESUMO
O presente relatório de estágio visa a obtenção do grau de Licenciatura em Comunicação Multimédia. O estágio foi realizado na empresa ViseuNow, sediada em Mangualde. Neste relatório irei apresentar não só uma componente teórica, de forma a tornar mais fácil a contextualização do relatório, mas também uma segunda fase com a apresentação das atividades realizadas ao longo do estágio curricular.
Na primeira fase do relatório que apresento, podemos encontrar pontos fulcrais para melhor conhecermos esta empresa, tais como, os objetivos da mesma, a visão, a imagem, entre outros pontos. Trata-se de um capítulo importante pois funciona como um ponto de partida para o trabalho desenvolvido durante os seguintes meses.
Em segundo ponto podemos encontrar de forma sucinta a uma descrição das atividades desenvolvidas no estágio, nomeadamente trabalhos realizados, dificuldades encontradas e competências adquiridas no âmbito da captação e edição de vídeo e áudio.
ÍNDICE GERAL
FICHA TÉCNICA ... I AGRADECIMENTOS ... II RESUMO ...III ÍNDICE DE FIGURAS ... VI ÍNDICE DE TABELAS ... VII LISTA DE SIGLAS / ACRÓNIMOS ... VIII
INTRODUÇÃO ... 1 I.VISEUNOW ... 2 1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO ... 3 1.1. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL ... 3 1.1.1. PLANEAMENTO ESTRATÉGICO ... 4 1.1.1.1. MISSÃO ... 5 1.1.1.2. VISÃO ... 5 1.1.1.3. VALORES ... 5 1.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ... 6 1.2.1. ORGANOGRAMA ... 7 1.3. SERVIÇOS ... 9 1.4. IDENTIDADE CORPORATIVA ... 9
1.4.1. COMO DEFINIR A IDENTIDADE CORPORATIVA? ... 10
1.4.2. MARCA ... 10 1.4.3. NOME ... 11 1.4.4. TIPOGRAFIA ... 12 1.4.5. LOGÓTIPO ... 12 1.4.6. CORES ... 15 1.4.7. SLOGAN ... 15 1.5. POLÍTICA COMUNICACIONAL ... 16 1.5.1. INTERNA ... 16 1.5.2. EXTERNA ... 17 1.6. ANÁLISE S.W.O.T. ... 19 II. ESTÁGIO ... 22 2.1. PLANO DE ESTÁGIO ... 23 2.2. TRABALHOS REALIZADOS ... 23
2.3. EXPOMONTEMURO 2017 ... 25 2.3.1. PRÉ-PRODUÇÃO ... 26 2.3.2. PRODUÇÃO ... 27 2.3.3. PÓS-PRODUÇÃO ... 37 2.4. EXPODEMO ... 39 2.4.1. PRÉ-PRODUÇÃO ... 40 2.4.2. PRODUÇÃO ... 40 2.4.3. PÓS-PRODUÇÃO ... 41 REFLEXÃO FINAL ... 43 BIBLIOGRAFIA ... 45 ANEXOS...
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Exemplo de um Organograma Clássico ... 7
Figura 2 - Organograma da Desigm e do ViseuNow ... 8
Figura 3 - Tipografia do ViseuNow ... 12
Figura 4 - Logótipo da marca Nike ... 13
Figura 5 - Logótipo da marca Shell ... 13
Figura 6 - Logótipo de ViseuNow com símbolo e tipografia, com orientação horizontal ... 13
Figura 7 - Logótipo do ViseuNow com símbolo e tipografia, com orientação horizontal (alternativa) ... 14
Figura 8 - Logótipo de ViseuNow com símbolo e tipografia, com orientação vertical ... 14
Figura 9 - Logótipo de ViseuNow apenas com símbolo ... 14
Figura 10 - Cores correspondentes ao logótipo de ViseuNow – Valores em CMYK ... 15
Figura 11 - Análise S.W.O.T... 19
Figura 12 – Enquadramentos... 28
Figura 13 - Exemplo de Enquadramento, Grande Plano (GP) ... 29
Figura 14 – Exemplo de Enquadramento, Plano Próximo (PP) ... 29
Figura 15 - Exemplo de Enquadramento, Plano Médio (PM) ... 30
Figura 16 – Composição ... 30
Figura 17 - Exemplo de Composição ... 31
Figura 18 - Ângulo picado ... 32
Figura 19 - Ângulo contrapicado ... 32
Figura 20 - Ângulo normal ... 33
Figura 21 - Exemplo de um ângulo picado ... 33
Figura 22 – Imagem sem tripé... 35
Figura 23 – Descrição do espaço 1 ... 36
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Vídeos captados ... 24
Tabela 2 - Vídeos editados ... 24
Tabela 3 - Vídeos captados e editados ... 25
Tabela 4 - Vídeos promocionais... 25
LISTA DE SIGLAS / ACRÓNIMOS
CEO | Chief Executive Officer (Diretor Executivo)
CMYC | Cyan, Magenta, Yellow, Black – Sistema de cores
ERC | Entidade Reguladora para a Comunicação Socia
INTRODUÇÃO
Para a finalização da Licenciatura em Comunicação Multimédia da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, os alunos tem a possibilidade de optar pela elaboração de um projeto ou pela realização de um estágio curricular. Dada a opção de escolha, optei pela realização de um estágio curricular, devido ao objetivo de iniciar uma carreira profissional.
Na ViseuNow¸ como entidade acolhedora do estágio, desempenhei várias funções desde a captação de imagem, entrevistas, edição de vídeo e composição de vídeo durante os meses de julho, agosto e setembro, resultante deste presente relatório. Em relação ao plano de estágio (anexo 1), eram apresentadas propostas, ao longo dos três meses de estágio, para a realização de diversos trabalhos, mas sempre na área de captação e edição de vídeo.
Como órgão de comunicação, o ViseuNow, iniciou a sua atividade profissional em 2015, prestando serviços aos visienses no âmbito da comunicação e divulgação. Este órgão de comunicação é apresentado por uma equipa jovem, capaz de proporcionar a melhor comunicação a todos, principalmente aos visienses.
O presente relatório está dividido em dois capítulos, o primeiro relativo à empresa acolhedora deste estágio, e o segundo relativamente às atividades desenvolvidas durante o estágio. O primeiro capítulo apresenta a contextualização da empresa, a estratégia empresarial, a estrutura organizacional, a entidade corporativa, a política comunicacional e a sua análise S.W.O.T. O segundo capítulo apresenta todas as atividades desenvolvidas, descrevendo dois desses trabalhos, os quais, para mim, foram de maior empenho obtendo maiores resultados.
1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo inicial é feita uma abordagem sobre a empresa ViseuNow – entidade de acolhimento deste estágio curricular – explicitando a estrutura organizacional e política geral deste órgão de comunicação.
A empresa ViseuNow está sediada na cidade de Mangualde, distrito de Viseu, e localiza-se na Estrada do Pinhal da Vila, número 5, Pedreles, código-postal 3530-073, Mangualde. Foi criada há dois anos pelo senhor Rui Marques, que também é proprietário da empresa de design denominada Desigm. Estas duas empresas colaboram entre si e partilham o mesmo espaço, sendo as instalações constituídas por salas de reuniões, edição de imagem, vídeo e produção, armazenamento central de informações e de material, receção de clientes, estúdio de gravação e gabinete do gerente.
1.1. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
O termo estratégia tem origem na Grécia antiga e significa etimologicamente “qualidades e habilidades do general”. O vocábulo é composto pelas palavras gregas strato, que significa exército, e egein, que significa liderar, e tem origem militar.
Uma das primeiras definições de estratégia foi apresentada por Cummings (1993) a Xenophon, um escritor grego que viveu em Atenas no século IV a.C., referindo: “Estratégia significa conhecer a empreitada que quer levar adiante.”. (Mclillan; Tampoe, 2000).
“Estratégia é o padrão de objetivos, propósitos ou metas e principais políticas e planos para os alcançar, expressos de forma a definir em que negócio a empresa está ou deverá estar e o tipo de empresa que é ou deverá ser” Serra, (2012).
É possível observar que existe inúmeras definições sobre estratégia empresarial. Ainda assim, citado por Serra (2012), Porter, (1996) no seu artigo What’s Strategy? refere que ter uma estratégia significa ser diferente, quer dizer escolher um conjunto distinto de atividades que proporcionem uma oferta de valor único. Este autor adianta que “O sucesso
da estratégia depende de se conseguir fazer muitas coisas bem e integrá-las. Se não houver adaptação entre as atividades, não há estratégia distintiva nem sustentabilidade. Mais uma vez, os resultados dependeriam da eficiência operacional”.
1.1.1. PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
Teixeira, e Lúcia, (2014), mencionam que planeamento estratégico significa o ato de pensar e fazer planos de uma maneira estratégica e auxilia na definição dos objetivos e estratégias de uma empresa, para alcançar os seus objetivos.
Teixeira, e Lúcia, (2014) também referem que planear estrategicamente significa usar os recursos disponíveis de forma eficiente, para que a empresa ou indivíduo possam aumentar a sua produtividade. Coloca o enfoque nas medidas positivas que uma empresa pode tomar em relação ao ambiente em que esteja inserida.
Drucker (1977), citado por Mário Andreuzza em Planeamento Estratégico, refere no seu livro Introdução à Administração que uma das grandes dificuldades das empresas é a conceituação fase ao planeamento estratégico, em especial, a sua real amplitude e abrangência. Segundo Drucker:
Planeamento estratégico não é uma caixa de magias nem um amontoado de técnicas – quantificar não é planear;
Não é previsão – a sua necessidade provém da inexistência da capacidade de prever;
Não opera com decisões futuras. É operado com o que há de futuro nas decisões presentes;
Não é uma tentativa de eliminar o risco. É fundamental que os riscos previstos sejam os riscos certos.
Mário Andreuzza cita, Kotler (1992), definindo que o planeamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e produtos da empresa, de modo a que gere lucros e crescimentos satisfatórios. A sua importância é relativamente grande quanto ao planeamento a longo prazo. Este é mais abrangente e tenta estabelecer planos muito antes das necessidades,
empresa a pensar nos objetivos que realmente são importantes ou relativamente importantes para um futuro próximo e não se deixando ultrapassar pela concorrência nos objetivos pretendidos.
Os pontos críticos que o planeamento estratégico são a missão, a visão e os valores de uma empresa. “A missão, a visão e os valores são as bases para estabelecer uma direção e uma orientação para uma organização”. (Daychoum, 2016: 35)
1.1.1.1. MISSÃO
Valadares (2002), refere que a missão de uma empresa é a explicação da sua existência, assim com os seus objetivos e estratégias. Apresenta um compromisso com todos os trabalhadores da empresa e deve ser entendido pelos mesmos, definindo assim o principal objetivo da empresa.
Em conversa com o diretor do ViseuNow, Rui Marques, a missão da empresa é disponibilizar a informação, não apenas aos cidadãos visienses mas também a todos os que pretendem adquirir informação/conhecimento sobre Viseu na atualidade.
1.1.1.2. VISÃO
Após a empresa conhecer a sua missão, Machado (2009) salienta que, a mesma, deve procurar uma visão para que possa responder à empresa quanto ao seu futuro e caminho a traçar. Sendo possível a empresa ter várias visões sobre o seu futuro.
Mais uma vez, Rui Marques, referiu que a visão do ViseuNow é disponibilizar toda a informação possível ao público em geral e essencialmente aos cidadãos visienses. Um importante compromisso da empresa é o de cumprir prazos estabelecidos para continuar a merecer a confiança dos clientes e do público em geral na informação disponibilizada.
1.1.1.3. VALORES
É referido por Machado (2009) que os valores são sempre objetivos que ajudam os procedimentos dos colaboradores, para que assim possam alcançar os objetivos com
menor dificuldade. As empresas ao transmitirem os seus valores tornam-se mais fortes em comparação às que não o fazem.
A empresa ViseuNow, apresenta no próprio site valores aos quais se compromete. Pauta-se pelo rigor, isenção e imparcialidade e, por isso, se compromete a ser independente dos poderes políticos, religiosos e económicos.
Também se compromete a cumprir os princípios éticos e deontológicos do jornalismo bem como a Lei de Imprensa e ainda a separar, de forma inequívoca, informação de opinião, sem prejuízo do dever/direito da interpretação dos factos e da liberdade de expressão dos internautas.
Estes três domínios (missão, visão e valores) servem de base a um bom planeamento estratégico. Porém, não é suficiente estarem definidos pela organização, mas, sim, serem implementados e aferidos ao longo da trajetória empresarial, de forma que sejam devidamente concretizados conforme previsto.
1.2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Vários autores expuseram pontos de vista e também as suas definições a respeito da estrutura organizacional. Seguidamente, apresentam-se algumas definições consideradas pertinentes face à especificidade deste relatório.
Perrotti, (2004) transcreve vários autores na sua dissertação, Estrutura Organizacional e Gestão de Conhecimento, citando, Vasconcellos (1989), referindo que a estrutura de uma organização pode ser definida como resultado de um processo através do qual a autoridade é distribuída, onde são especificadas as atividades desde os níveis mais altos até a alta administração. De facto, é delineado um sistema de comunicação que permite que as pessoas realizem as atividades e exerçam a sua autoridade para atingir os objetivos organizacionais.
Perrotti (2004) também refere, Oliveira (2000), salientando que a estrutura organizacional é um conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das
Maximiano (1986), referido por Perrotti (2004) em Estrutura Organizacional e Gestão do Conhecimento, explica que, para juntar todas as tarefas especializadas, é necessário estabelecer uma rede de relações entre os indivíduos ou grupo de indivíduos, com o objetivo de que os seus trabalhos sejam coordenados e coerentes com a tarefa final. Chama-se estrutura organizacional a esta estrutura de coordenação. A estrutura organizacional é, portanto, o produto de decisões de divisão e coordenação do trabalho e define quer as atribuições específicas quer o modo como devem estar interligados os diversos grupos especializados denominados departamentos.
De modo a concluir Perrotti, (2004) cita Pinto, (2002), apontando que a estrutura organizacional influencia significativamente a performance da organização.
1.2.1. ORGANOGRAMA
Muitas das vezes a estrutura organizacional é exemplificada partindo de um organograma que identifica a hierarquia e a divisão em departamentos.
“Organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de uma organização.” (Daychoum, 2016). O mesmo autor ainda refere que os organogramas mostram como estão dispostos os órgãos ou setores, a hierarquia e as relações de comunicação existentes entre eles.
Na figura 1 é apresentado um organograma clássico ou funcional.
Figura 1 - Exemplo de um Organograma Clássico Fonte: Composição própria
Na figura 2, apresenta-se o organograma das empresas Desigm e ViseuNow
Figura 2 - Organograma da Desigm e do ViseuNow Fonte: Composição própria
Partindo deste organograma, observa-se que Rui Marques é o diretor executivo (e fundador) tanto da empresa de design Desigm, como do órgão de comunicação ViseuNow.
Como órgão máximo, Rui Marques faz questão de estar presente tanto em reuniões com os designers e membros da produção da Desigm, da qual é diretor, como em reuniões com a diretora e repórteres da empresa ViseuNow. Além disso, procura estar atento e colaborante na gestão financeira da empresa e na gestão de contactos com clientes ou futuros clientes, fazendo diligências para fidelizar e aumentar a carteira.
Na empresa Desigm, Rui Marques é secundado por Bruno Pereira, designer, licenciado em Artes Plásticas e Multimédia pelo Instituto Politécnico de Viseu, que tem a seu cargo a administração da empresa. Carlos Pedro e Dina de Sousa, ambos designers, são licenciados, respetivamente, em Comunicação e Design Multimédia e Tecnologia e Design Multimédia. No setor da produção, o Luís Viegas e o António, têm como principal função implementar, fisicamente, todo o trabalho concebido e realizado, em ambiente virtual, pelos designers.
Sónia Marques é a diretora da empresa ViseuNow e possui grande experiência no ramo do Jornalismo e da Rádio. José Costa e Anabela Carvalho, ambos licenciados em Jornalismo, ocupam as funções de jornalistas e repórteres.
1.3. SERVIÇOS
José Costa, repórter do ViseuNow, refere que a empresa não dispõe de serviços propriamente ditos, realiza um trabalho jornalístico enquanto meio comunicacional credenciado pela ERC.
A ERC, Entidade Reguladora para a Comunicação Social, regula e supervisiona todas as entidades que prossigam atividades de comunicação social em Portugal.
1.4. IDENTIDADE CORPORATIVA
A identidade corporativa é a manifestação física de uma marca e está relacionada com os aspetos da identidade visual de uma empresa ou organização.
Segundo Capriotti (2005: 140) citado por Fascioni (2010), “A identidade corporativa seria o conjunto de características, valores e crenças com as quais a organização se autoidentifica e se autodiferencia das outras organizações concorrentes no mercado”. Refere ainda que a identidade corporativa é a personalidade da empresa e que, por isso mesmo, a definição é ampla e genérica. Assim, apresenta duas perspetivas que podem servir de referência na análise da identidade:
Filosofia corporativa: é a conceção global da organização estabelecida para alcançar metas e objetivos e compreende a missão, os valores e a visão.
Cultura corporativa: é o conjunto de normas, valores e referências de conduta que são compartilhadas pelos colaboradores e refletem o seu comportamento, mesmo que não estejam escritas. Essa cultura sofre as influências da personalidade do fundador, da personalidade das pessoas chave, da evolução e história da empresa, dos êxitos e dos fracassos, da personalidade dos colaboradores e do entorno social.
Citado também por Fascioni (2010), Minguez (1999) afirma que o conceito de identidade corporativa não possui um caráter simplesmente visual (aliás, grande parte da literatura
utiliza identidade corporativa como sinónimo de identidade visual ou identidade gráfica), pois também abarca aspetos culturais, ambientais e de comportamento.
1.4.1. COMO DEFINIR A IDENTIDADE CORPORATIVA?
Apesar da inquestionável importância que a identidade de uma empresa confere a toda a sua gestão, ainda existe um grande desconhecimento sobre este assunto. Mesmo em países do primeiro mundo, a identidade não é tratada com a pertinência devida. Basta ter em conta as principais conclusões resultantes da discussão dos maiores especialistas do mundo no Foro Europeo de Madrid de 2002.
Costa, (2003: 70) citado por Fascioni (2010: ) refere que “Somente as empresas com identidade definida sobreviverão. A identidade é o principal ativo de todas as empresas, já que é o único elemento diferenciador entre os competidores. Mas há coisas mais difíceis para uma empresa do que definir a sua própria personalidade.”. Ainda esclarece que este desconhecimento provoca um problema frequente: a contradição entre a identidade objetiva (o que na empresa é na realidade) e a identidade subjetiva (o que a empresa induz o mercado a pensar).
Em conversa com José Costa, repórter do ViseuNow, a empresa é bem perspicaz no relacionamento entre a identidade objetiva e a identidade subjetiva, o que a empresa induz no mercado a pensar é o que realmente faz a empresa. Sendo questionado, possíveis alterações devido a novos meios de divulgação aos quais possa trazer benefícios para a empresa e seus clientes.
1.4.2. MARCA
A marca é a definição representativa de uma empresa. O nome e o logótipo fazem parte da sua marca, assim como a postura no atendimento. O valor da marca é refletido na maneira como a empresa é percebida pelo público e como é diferenciada no mercado.
A marca não é definida pela empresa, mas pela perceção que o público tem dessa organização partindo da filosofia que a mesma definiu sobre si própria. Sublinhe-se que a credibilidade ajuda a construir uma marca forte e motivadora para os seus clientes.
A prova ao qual poderá mostrar credibilidade perante o ViseuNow é a chegada aos cinquenta mil “likes” no facebook. As redes sociais, na atualidade, apresentam informação excessiva, sendo por vezes difícil de confiar na credibilidade de cada notícia.
1.4.3. NOME
De acordo com Lampreia, J. (2003), existem sete categorias de nomes:
1. Nome individual, que se refere, normalmente, ao fundador da empresa (ex.: J. Pimenta, Benetton) e que pode ser combinado, posteriormente, com os nomes de outras pessoas que herdam ou sucedem no cargo (ex.: Araújo & Sobrinho, João Russo & Filhos, Manuel Severino & Herdeiros);
2. Associação de nomes em função das pessoas que integram a sociedade inicialmente constituída (ex.: Carvalho, Ribeiro & Ferreira);
3. Nome descritivo, cuja atividade da empresa é, de imediato, deduzida (ex.: Air France, Instituto de Aperfeiçoamento técnico Acelarado);
4. Nome abreviado (ex.: Pan Am para Pan American ou Alico para American Life
Insurance Company);
5. Iniciais, tais como International Business Machines ou a Bayerische Motoren
Werke que pouco dirão à maioria das pessoas e que, no entanto, toda a gente
conhece, a exemplo da IBM ou da BMW; 6. Nome fabricado (ex.: Kodak, Nestlé); 7. Nome, por analogia (ex.: Jaguar, Iglo).
O nome de uma empresa é apresentado pela representação verbal. Existem inúmeras empresas das quais não nos esquecemos e uma das razões prende-se com o seu nome, com a fonética que a própria palavra possui na conjunção de consoantes e vogais. Enquanto um nome curto facilita a memorização, um nome comprido não é propício à memorização para certas pessoas. A originalidade é outro fator que proporciona, com facilidade, o conhecimento de uma empresa.
Assim, a facilidade de uma empresa entrar nos ouvidos do público-alvo será maior e mais rápida se tiver um nome com uma fonética melódica e que seja curto e original.
No caso de ViseuNow, repare-se que possui duas palavras, “Viseu” e “Now”. “Viseu” é devido ao facto de este órgão de comunicação se destinar apenas à região de Viseu;
“Now”, significando “agora”, apela ao acontecimento atual e alerta para que o seu público
esteja sempre, constantemente, atualizado. Segundo Lampreia, trata-se, assim, de um nome descritivo.
1.4.4. TIPOGRAFIA
A tipografia de ViseuNow tem como fonte Museo. Na figura 3 é apresentado a tipografia do ViseuNow. Dando destaque, a negrito, à palavra “NOW”.
Figura 3 - Tipografia do ViseuNow Fonte: Composição própria
1.4.5. LOGÓTIPO
Plastika (2017), refere que muitas vezes o logótipo é confundido com a marca, mas é apenas uma das representações de estratégia da marca da empresa. O logótipo é criado ou projetado para propiciar um reconhecimento visual, imediato, pelo público, pode não acompanhar um corpo tipográfico, sendo apenas apresentado o símbolo, mas nem por isso deixa de continuar a ser reconhecido, devido à importância do design. A Nike, figura 4, e a Shell, figura 5, são um bom exemplo.
Figura 4 - Logótipo da marca Nike
Fonte: https://www.plastikastudio.com.br/identidade-corporativa-seis-elementos-para-formar-a-sua/ - acedido a 8/11/17
Figura 5 - Logótipo da marca Shell
Fonte: https://www.plastikastudio.com.br/identidade-corporativa-seis-elementos-para-formar-a-sua/ - acedido a 8/11/17
O Logótipo de ViseuNow tanto pode ser apresentado com símbolo e tipografia, figuras 6, 7 e 8, como apenas com o símbolo, figura 9.
Figura 6 - Logótipo de ViseuNow com símbolo e tipografia, com orientação horizontal Fonte: http://www.viseunow.pt/- acedido a 9/11/17
Figura 7 - Logótipo do ViseuNow com símbolo e tipografia, com orientação horizontal (alternativa) Fonte: http://www.viseunow.pt/ - acedido a 9/11/17
Figura 8 - Logótipo de ViseuNow com símbolo e tipografia, com orientação vertical Fonte: http://www.viseunow.pt/- acedido a 9/11/17
Figura 9 - Logótipo de ViseuNow apenas com símbolo Fonte: http://www.viseunow.pt/- acedido a 9/11/17
Claro que nem sempre os símbolos são percetíveis ao reconhecimento, à primeira vista, mesmo existindo conhecimento sobre a empresa/organização.
1.4.6. CORES
Quando se trabalha com cores numa Identidade Corporativa, os designers devem considerar diversos fatores, nomeadamente os fatores culturais e regionais do público e da empresa. Assim, deve realizar-se um estudo sobre as combinações das cores, os seus significados e os seus aspetos psicológicos, para que possa existir uma ótima representação da filosofia da empresa.
Na figura 10 é apresentado, em valores CMYK, as cores pertencentes ao ViseuNow.
Figura 10 - Cores correspondentes ao logótipo de ViseuNow – Valores em CMYK Fonte: Composição própria
1.4.7. SLOGAN
Lampreia (2003) refere que um slogan aplicado à lei da simplificação tem de conseguir dizer muito em poucas palavras, de forma clara e sugestiva, devendo ser breve, claro, conciso e de fácil memorização e ainda indicar sempre aspetos positivos.
O slogan de ViseuNow é “O nosso centro, és tu.”, transmitindo uma mensagem simples aos visienses que destaca o interesse da empresa na satisfação do seu público-alvo em estar bem informado sobre a atualidade na sua região.
1.5. POLÍTICA COMUNICACIONAL
1.5.1. INTERNA
Legrain e Magain (1992) referem que o objetivo das relações públicas internas é obter de cada membro o orgulho de pertencer a essa empresa. Por isso, é importante implementar um bom clima social, estimular a motivação dos funcionários e aumentar a produtividade.
É a esta cultura de empresa que leva as crianças japonesas a responderem: “Meu pai? Ele
trabalha na Mitsubishi! em vez de dizer Meu pai? Ele é engenheiro.” Legrain e Magain,
(1992: 11). “As relações confiantes adquiridas no interior do grupo permitem igualmente evitar os conflitos sociais prejudiciais ao bom andamento da empresa e à imagem que ela deseja fornecer de si própria.”. (Legrain e Magain, 1992: 11)
Legrain e Magain (1992) referem que todos os funcionários devem estar envolvidos na política de relações públicas internas:
A DIREÇÃO
A direção de uma empresa deve esta absolutamente convencida destas medidas: empregados ou colaboradores satisfeitos geralmente contribuem para tornar os clientes satisfeitos.
OS QUADROS
Por vezes acontece que a Direção desconfia dos seus empregados ou colaboradores mais dinâmicos e ambiciosos.
OS EMPREGADOS E OPERÁRIOS
Os colaboradores de uma empresa ou organização são uma importante mais-valia e representam um capital excecional. Sublinhe-se que cada colaborador deve ser recrutado/contratado para se integrar numa equipa em função das suas qualidades. Por isso, não só se deve permitir que cada um se desenvolva como e sobretudo se deve propiciar o desenvolvimento dos recursos humanos de uma organização, nomeadamente, propiciando a sua formação contínua e o desenvolvimento das suas capacidades e competências em ordem ao aperfeiçoamento e desenvolvimento profissional de cada colaborador.
São eles que confiam na empresa, pois investiram e continuarão a investir nela, se ela continuara a merecer a sua credibilidade e aposta. Por isso, os acionistas devem ser, devidamente, informados. Também devem ter a possibilidade de se sentir responsáveis e parte integrante da organização, pois é decisivo que com eles se possa contar não só no presente mas também no futuro.
O ViseuNow quanto a sua comunicação interna, é realizada entre os funcionários da empresa, em reuniões frequentes, para que possam estar sempre informados quanto a empresa que representam. Caso não seja possível a realização de reuniões com todos os
membros essa comunicação pode ser feita através de e-mails1.
1.5.2. EXTERNA
É a partir da política externa que se desenvolve a imagem da empresa, que é também bastante influenciada pela representação que o markting e a publicidade transmitem acerca da sua imagem de marca.
Legrain e Magain (1992) salientam que a propaganda e a publicidade são direcionadas principalmente para as pessoas envolvidas no processo da compra; as relações públicas externas visam sobretudo o ambiente empresarial em todos os níveis: social, económico e político:
O GRANDE PÚBLICO
A imagem é a expressão da opinião de todos. O grande público está, portanto, envolvido no trabalho das relações públicas e vai formando uma imagem ou representação sobre as empresas ou organizações que conhece ou com as quais lida ou interage. Uma forma privilegiada de dar a conhecer uma organização ao público consiste em convidar para a inauguração de instalações, mas também pode haver convites para eventos sazonais.
OS CLIENTES
A missão da empresa é alcançar os seus objetivos graças à satisfação que ela traz aos clientes, através de uma informação séria, completa e atempada.
OS FORNECEDORES
É extremamente importante que os fornecedores sejam informados a respeito das atividades e dos projetos da empresa. Efetivamente, a expressão “sócios no empreendimento” significa a união, em termos de atendimento e relacionamento, entre a empresa e o fornecedor para atingirem os melhores resultados.
OS DISTRIBUIDORES
Os distribuidores devem merecer da parte da empresa uma especial consideração nos seguintes aspetos: cooperação e assistência constantes; informação sobre o mercado, produção da empresa, política de vendas e inovação; encorajamento na instauração de um clima de confiança.
OS CONSULTORES
Os consultores são pessoas que, pela sua reputação profissional, aconselham as empresas ou os consumidores.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Cabe às relações públicas comunicar aos poderes públicos todos os elementos de apreciação sobre a empresa, o seu setor de atividade e os seus problemas, contribuindo assim para a construção de um clima de compreensão.
A IMPRENSA
A imprensa escrita, falada, filmada ou televisionada ocupa um lugar extremamente importante junto do público externo da empresa. Efetivamente, ela permite que um público numeroso seja atingido. Por isso, o seu papel de formador de opinião e a sua audiência conferem-lhe uma importância decisiva.
Para que o público, e principalmente os clientes, possam estar atualizados sobre a
atualidade da empresa, a comunicação externa do, ViseuNow, é feita através do site2, das
redes sociais como o facebook e integram ou pelo youtube.
1.6. ANÁLISE S.W.O.T.
Para Kotler e Keller (2006) a análise S.W.O.T. (Strength, Weaknesses, Opportunities e
Threats), figura 11, é a avaliação global das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças,
envolvendo o monitoramento dos ambientes externos e internos, isto é, uma metodologia utilizada para se fazer uma análise da concorrência.
Figura 11 - Análise S.W.O.T. Fonte: Composição própria
Perante o ambiente externo (oportunidades e ameaças), uma empresa de negócios tem de monitorar importantes forças macroambientais (económicas, tecnológicas, político-legais e socioculturais) e significativos agentes microambientais (clientes, concorrentes, distribuidores e fornecedores) que afetam a sua capacidade de obter lucros.
Também deve estabelecer um sistema de inteligência de marketing para acompanhar tendências e mudanças importantes. Necessita ainda de identificar as oportunidades e as ameaças associadas a cada tendência ou acontecimento.
Na avaliação global da análise S.W.O.T., perante o ambiente externo, ViseuNow possui um bom nível de oportunidades, pelo simples facto de ser o único órgão comunicativo existente no distrito de Viseu, ou seja, se, por exemplo, existir apenas uma câmara de filmar/fotografar numa comitiva que faz uma viagem, a quem podemos recorrer para
confirmar que fizemos essa viagem ou nela participámos? Decerto que os viajantes irão recorrer ao único indivíduo, que captou imagens da viagem, para que as possa disponibilizar e então estão em condições de partilhar com os amigos ou familiares aspetos relativos aos locais visitados e com quem se encontraram. Assim ViseuNow tem a oportunidade de explorar esta área de negócio, pois tem essa capacidade.
A empresa ViseuNow tem ainda a oportunidade de realizar não só reportagens, mas também vídeos promocionais e cobertura de diversos eventos, tais como casamentos/batizados.
Uma grande ameaça com que ViseuNow pode e deve contar é com a concorrência, que no presente ainda se não faz sentir mas que poderá surgir a qualquer momento. Como tal, deve ter sempre em atenção a eventual concorrência. E como toda a empresa uma das grandes ameaças é a crise, falta de recursos por parte de outrem.
Perante o ambiente interno (forças e fraquezas), uma empresa precisa de avaliar periodicamente as suas forças e fraquezas internas. Uma questão fundamental na análise do ambiente interno é se o negócio deve se limitar às oportunidades para as quais dispõe dos recursos necessários ou se deve examinar melhores oportunidades, para as quais pode precisar de adquirir ou desenvolver maiores forças.
Quanto ao ambiente interno, as forças que ViseuNow apresenta são as redes sociais. Cada vez mais a sociedade caminha para a procura da diferenciação e individualização. E as redes socias são o meio mais apelativo para demostrar tais ações. A sociedade atual valoriza o presente, ou seja, o que se passa neste momento. Por isso, ViseuNow, para além das redes sociais como o facebook e o instagram, possui canal de youtube, um website e um canal na MEO TV.
A sua especialização é outro forte, pois dedica-se essencialmente a reportagens, devido a sua equipa experiente no ramo, e em consequente a fidelidade é acrescida.
Para finalizar, as fraquezas que ViseuNow enfrenta e continuará a enfrentar, caso não exista alteração, é sobretudo a falta de material especializado, devido ao facto de este tipo
de material ser bastante caro e não existirem recursos financeiros disponíveis para o efeito. A outra fraqueza, está relacionada com a sua localização, sendo de difícil acesso.
Neste capítulo, está apresentado todo o trabalho realizado ao longo do estágio curricular, devidamente explicado, apresentando as dificuldades e facilidades que tive durante o mesmo. É apresentado um pequeno resumo sobre o vídeo e reportagem, vertentes que foram a base do estágio curricular.
2.1. PLANO DE ESTÁGIO
Ao longo dos três meses não foi apresentado um plano de estágio propriamente dito, provinha de acordo com o trabalho que o portal recebia ao longo do tempo. Apenas foi apresentado possíveis tarefas que ao longo dos três meses de estágio podiam ser realizadas por tais como (anexo 1): execução de tarefas de apoio administrativo, comercial e de produção; realização de reportagens, desde a pesquiza, realização de filmagens, escrita de texto, gravação de áudio e edição de vídeo; elaboração de estudos do mercado e sugestão de pautas; gestão de conteúdos no site e nas redes sociais; e criação de material promocional recorrendo a programas como o Adobe Premiere, Audition, After Effects,
Photoshop e Illustrator.
2.2. TRABALHOS REALIZADOS
Foram realizados ao longo de três meses vinte e dois trabalhos, uns mais importantes que outros, outros mais elaborados, mas todos relacionados com captação e edição de vídeo. Todos os trabalhos realizados foram captados por uma camara semiprofissional, Canon AX20 e todas as imagens foram editadas no programa Adobe Premiere ou Adobe After
Efects, sendo o Adobe Premiere o mais utilizado e mais fácil de trabalhar. Quanto ao som,
a gravação da voz off, era editada no próprio programa de edição, Adobe Premiere ou no
Adobe Audition.
Nas tabelas 1, 2, 3, 4 e 5 estão apresentados os trabalhos captados, os editados, os captados e editados, os vídeos promocionais e composições de vídeos.
Tabela 1 - Vídeos captados
TÍTULO DATA PUBLICADA LOCAL
Meu Super em Mangualde 12/07/2017 Mangualde
Festas de Carregal do Sal 22/07/2017 Carregal do Sal
Seven no the Road – Viseu 27/07/2017 Coimbrões
Feira das Atividades Económicas 28/07/2017 Aguiar da Beira
Festas de Penalva do Castelo 2017 03/09/2017 Penalva do Castelo
Fonte: Composição própria
Os vídeos captados ao longo do estágio curricular, muitas vezes eram captados à noite, o que levava a um esforço adicional, mas eram sempre compensados com uma folga de meio-dia, no dia seguinte.
Tabela 2 - Vídeos editados
TÍTULO DATA PUBLICADA LOCAL
Festas em São Pedro do Sul 06/07/2017 São Pedro do Sul
Inaugurações no Quartel dos
Bombeiros de Penalva do Castelo
11/07/2017 Penalva do Castelo
XIV Feira Medieval de Mões 2017 14/07/2017 Castro Daire
Dou Mais Tempo à Vida – Mangualde 20/07/2017 Mangualde
26 de julho: Dia dos Avós 26/07/2017 Viseu
Danças do Mundo – Tarouca 03/08/2017 Tarouca
Live Beach Mangualde (LW e Marés Vivas)
10/08/2017 Mangualde
2º MotoRide – Santa Comba Dão 17/08/2017 Santa Comba Dão
Carnaval de Verão – Cabanas de Viriato
23/08/2017 Cabanas de Viriato
IV Feira do Vinho Dão em Penalva do Castelo
01/09/2017 Penalva do Castelo
III Grande Troféu Ibérico
Bowhunting
07/09/2017 Viseu
Tabela 3 - Vídeos captados e editados
TÍTULO DATA PUBLICADA LOCAL
Palácio do Gelo e a Cruz Vermelha em Campanha Solidária
08/07/2017 Viseu
ExpoMontemuro 2017 abre com Quim Barreiros
14/07/2017 Cinfães
Festival de Jazz 2017 20/07/2017 Viseu
Fonte: Composição própria
Tabela 4 - Vídeos promocionais
TÍTULO DATA PUBLICADA
Festas da Cidade de Mangualde 2017 24/08/2017
Festas da Nª Sr.ª do Castelo 2017 31/08/2017
Expodemo 16/09/2017
Fonte: Composição própria
Tabela 5 - Composição de vídeo
TÍTULO DATA PUBLICADA
Momento Flash (não publicado)
Fonte: Composição própria
Nos anexos 2 e 3 é apresentado o brainstorm do Momento Flash, desde a realização das ideias à elaboração da ideia final anexos 4 e 5.
Para a realização deste trabalho, foi-me pedido uma composição introdutória em vídeo para a apresentação de um programa do ViseuNow, Momento Flash, ao qual era destacado vários tópicos como por exemplo, o bem-estar, saúde, tecnologia, viagens, bricolage, entre outros. Este programa já tinha sido realizado, mas apenas tinha uma edição. E para reviver o programa, Sónia Marques, diretora do ViseuNow, pediu-me para o realizar, com o objetivo de se destacar do anterior.
Infelizmente, ainda não foi apresentado nenhum episódio deste programa.
2.3. EXPOMONTEMURO 2017
A ExpoMontemuro é realizada em Cinfães, uma feira de gastronomia, artesanato, cultura e animação musical, não só para os cinfanenses como para os seus visitantes.
Para realizarmos esta reportagem sobre a ExpoMontemuro era necessário guiarmo-nos por uma metodologia, que facilitasse a realização desta e para que não existissem erros na reportagem por falta de informação.
Partindo da metodologia de Ribeiro (2012) as operações sobre o vídeo podem se dividir e três categorias que correspondem às três fases de preparação de uma sequência de vídeo:
Pré-produção – escrita do guião (script) e preparação das cenas a filmar; Produção – filmagens do material de vídeo;
Pós-produção – edição do material de vídeo filmado, incluindo por exemplo, o processamento, a composição e a sua alteração.
2.3.1. PRÉ-PRODUÇÃO
Na pré-produção realizou-se em papel, juntamente com o repórter José Costa, uma sequência de possíveis acontecimentos ao qual devíamos de ter em atenção, para que não houvesse perda de ações/informações que pudessem ser enriquecedores para a reportagem final. Foi feito uma cronologia dos acontecimentos que se devia ter em atenção:
Obtenção de imagens do presidente de Cinfães e dos seus afiliados; Entrevista ao presidente de Cinfães;
Obtenção de imagens do espaço da ExpoMontemuro;
Entrevistas ao público para uma opinião sobre a feira e as suas vantagens (imagens diurnas);
Entrevistas a comerciantes, sobre a feira e as suas vantagens; Entrevista ao Quim Barreiros;
Obtenção de imagens sobre o público que assistia ao concerto de Quim Barreiros; Entrevistas ao público para uma opinião sobre a feira e as suas vantagens (imagens
noturnas);
Nesta reportagem foram realizadas várias entrevistas para as quais foi necessária uma pequena preparação do tipo de questões que seriam colocadas tanto ao presidente como ao público. “O repórter é uma testemunha ou um investigador. Assiste aos acontecimentos
previstos e esforça-se por estabelecer a sucessão dos factos dum acontecimento fortuito.” (Gaillard, 1974: 49).
Para uma boa preparação de uma reportagem Gaillard (1974) refere que a procura sistemática das respostas às seis perguntas (quem, o quê, onde, quando, como e porquê) constitui a base universal de qualquer método de reportagem. Apresenta que nem sempre se obtêm as seis respostas no próprio local, acrescenta que o repórter não deve ficar satisfeito consigo mesmo, caso não obtenha as seis respostas no local, deve procurar e utilizar todos os meios possíveis no tempo de que dispõe. Caso a preparação for insuficiente, o repórter corre sérios riscos de deixar escapar o essencial, de se deixar guiar pelas aparências frequentemente enganadoras, de não ver a importância de um pormenor.
Hedgecoe (1992) refere que as entrevistas devem ser encaradas em dois aspetos: a capacidade de poder construir a personalidade do entrevistado, e o conhecimento das técnicas de filmagem que permitem obter o melhor resultado da entrevista.
Deve-se conhecer o entrevistado para que as respostas sejam mais significativas, e pô-lo à vontade, para facilitar o à vontade do entrevistado antecipa-se o tipo de perguntas ao qual o entrevistado terá que responder durante a entrevista, embora se corra o risco de que depois as respostas possam ser dadas talvez de modo mais completo, mais formais e pouco espontâneas.
Evitar as perguntas que originem respostas simples, como um “sim” ou “não”.
Durante uma entrevista, deve-se concentrar nas respostas do entrevistado e não propriamente no rigor das perguntas planeadas, pois dependentemente das respostadas dadas pelo entrevistado, pode originar a novas perguntas que possam enriquecer a entrevista.
2.3.2. PRODUÇÃO
Refere, Hedgecoe (1992) que, embora existam pontos comuns entre a fotografia e a vídeo, as suas diferenças são tão grandes que as suas matérias devem ser consideradas disciplinas profundamente diversas. Alguns conhecimentos que se aprendem na fotografia têm grande utilidade na prática do vídeo, mas é preciso dominar muitas outras técnicas.
Uma das primeiras lições que se deve ter na prática da gravação de vídeo é sobre a consideração de que na gravação de um vídeo consiste uma história, nem que seja apenas um registo de um vídeo mostrando o deslocamento das nuvens e a sua mudança de forma.
É apresentado por Almeida (1990), as designações usadas para definir um “plano”. Quanto ao enquadramento figura 12:
Muito Grande Plano (MGP): parte da cabeça do indivíduo;
Grande Plano (GP): a cabeça inteira incluindo uns centímetros dos ombros; Plano Próximo (PP): a cabeça inteira e o tronco até meio;
Plano Médio (PM): visualização da cabeça até à cintura;
Plano Americano (PA): plano cortado pela coxa do indivíduo ou abaixo do joelho; Plano Geral (PG): o indivíduo inteiro, rodeado de algum espaço;
Plano Muito Geral (PMG): pessoas inteiras com espaço a volta, dando bem a noção da geografia do espaço.
Perante a reportagem da ExpoMontemuro, pode se observar nas figuras 13,14 e 15, alguns desses planos. Planos esses que foram captados por uma Canon XA20 com a ajuda de um suporte para uma melhor estabilidade da imagem captada.
Figura 13 - Exemplo de Enquadramento, Grande Plano (GP)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=DhqMj81LnOo&t=14s – acedido a 10/11/17
Figura 14 – Exemplo de Enquadramento, Plano Próximo (PP)
Figura 15 - Exemplo de Enquadramento, Plano Médio (PM)
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=DhqMj81LnOo&t=14s – acedido a 10/11/17 Quanto à composição figura 16:
Primeiro Plano: o que estiver mais próximo da câmara; Segundo Plano: o que estiver a seguir ao primeiro plano;
Último Plano ou Plano Recuado: o que estiver mais afastado da câmara.
Figura 17 - Exemplo de Composição
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=DhqMj81LnOo&t=14s – acedido a 10/11/17
Neste enquadramento, figura 17, possui uma composição em que o microfone é apresentado como primeiro plano, a entrevistada é apresentada como segundo plano e em último plano ou plano recuado, as estudantes do curso profissional de hotelaria.
Quanto ao ângulo:
Picado: se a câmara estiver a um nível superior ao dos atores, figura 18; Contrapicado: se a câmara está num nível inferior, figura 19;
Normal: se a câmara estiver à altura do ator (será tão normal para um indivíduo com 170 centímetros de altura, como para uma criança com 70 centímetros, figura 20.
Figura 18 - Ângulo picado
Fonte: https://prezi.com/hesv4lmshfql/angulo/ - acedido a 10/11/17
Figura 19 - Ângulo contrapicado
http://www.denofgeek.com/us/movies/inglourious-basterds/251656/inglourious-basterds-tarantino-s-final-Figura 20 - Ângulo normal
Fonte: http://www.primeirofilme.com.br/site/o-livro/enquadramentos-planos-e-angulos/ - acedido a 10/11/17 Numa reportagem a utilização dos ângulos picados e contrapicados são raros, pois o comum é o normal, mas não quer dizer que não os haja. São utilizados para captar multidões, no cado do picado, como apresenta a figura 21.
Figura 21 - Exemplo de um ângulo picado
Quanto as filmagens de grupo, Hedgecoe (1992) refere que, compor uma imagem de grupo é mais difícil do que filmar apenas uma pessoa. Pela própria natureza os grupos são mais ou menos desordenados. Neste típico de casos não se deve cometer o erro de tomar como referência um indivíduo em particular, pois obriga o operador a contínuos movimentos da câmara.
Geralmente o melhor enquadramento para filmar as multidões é o plano longo, visto que permite ao mesmo tempo registar as características de um contexto e da ação que nele se desenvolve. Para uma melhor obtenção de imagem, se possível, deve-se colocar a câmara num tripé e deve-se explorar com panorâmicas lentas para a obtenção do espaço ao qual a cena é desenrolada, identificando sempre os pontos mais interessantes da cena.
Como o ViseuNow trabalha com muitas reportagens, a divulgação das multidões está sempre presente, e como Hedgecoe (1992) refere acima, ao tomar apenas um indivíduo em particular durante uma filmagem no meio da multidão, torna-se difícil, pois obriga o operador de camara a estar sempre em movimento para captar as imagens pretendidas. Na ExpoMontemuro aconteceu o mesmo, como havia muito público não foi possível utilizar o tripé o que resultou na captação de imagens tremidas, pois não existe muita estabilidade quando se filma apenas com as próprias mãos. Devido a este tipo de situações, os enquadramentos e ângulos de camara, muitas das vezes, não proporcionam a imagem final desejada, devido ao constante movimento da multidão e pela não repetição da ação. A figura 22 apresenta um exemplo dessa situação.
Figura 22 – Imagem sem tripé
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=DhqMj81LnOo&t=14s – acedido a 10/11/17
Como podemos reparar, quanto ao ângulo, este encontra-se picado, o que não devia ser, este ângulo deveria ser normal. Quanto ao enquadramento, não deveria apresentar espaço sobre o primeiro plano, para corrigir isso ter-se-ia aplicado um ligeiro zoom para corrigir o enquadramento.
Hedgecoe (1992) refere que qualquer tipo ação decorre num espaço bem definido que, geralmente é descrito no início de cada cena, designado de “descrição do espaço”. Assim como qualquer reportagem, na ExpoMontemuro foi captado e apresentado a descrição do espaço ao qual se desenrolava a ação da reportagem. As figuras 23 e 24 apresentam dois enquadramentos da descrição de espaço da ExpoMontemuro.
Figura 23 – Descrição do espaço 1
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=DhqMj81LnOo&t=14s – acedido a 10/11/17
Figura 24 - Descrição do espaço 2
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=DhqMj81LnOo&t=14s – acedido a 10/11/17
Muitas das vezes quando se filmam multidões é difícil percebermos o público pois nem sempre este deseja ser filmado. Em situações dessas, devem ser bem observadas antes de começarmos a filmar. Para facilitar esse processo aprendi, por experiencia própria, que
quando a chegada de um espaço, é necessário mostrar ao que realmente vai ser feito naquele espaço e naquele momento, isto é, quando se é apresentado à multidão com um tripé e uma camara, automaticamente o público sabe que mais cedo ou mais tarde aquela camara começara a gravar, se for demostrada essa ação antecipadamente da gravação, o público ao qual se sente desconfortável em estar presente na gravação, tem tendência a ir embora. Assim no memento da gravação, o público já se habituou a camara demonstrando assim uma maior tranquilidade perante esta, deixando a imagem mais apelativa e descontraída.
2.3.3. PÓS-PRODUÇÃO
Uma das maiores dificuldades na pós-produção é o prazo de entrega da reportagem final, muitas das vezes era necessário ficar após da hora de saída para permitir finalizar a reportagem.
Após a captação das imagens necessárias para a realização da reportagem, deve existir a seleção de imagens, pois nem sempre as captações ficam de acordo como queremos. Despois da seleção das melhores imagens, deve-se ter em atenção as entrevistas, devem ser cortadas de modo a retirar informações desnecessárias e em muitas das vezes não apresentam informação suficiente para a reportagem, faltando essa informação, deve ser acrescentada na voz off.
A voz off, pode ser feita antes ou depois do “corte do bruto”, seleção das imagens, deve ser feito um texto ao qual apresente toda a informação necessária para uma boa reportagem, deve ser coerente e formal. Nos anexos 6, 7 e 8, estão apresentados algumas vozes off de alguns trabalhos realizados.
Depois do “corte do bruto”, é necessário fazer uma pesquisa sobre a música de fundo mais adequada para a reportagem. Era usado a biblioteca de áudio do creator studio do
youtube, tendo em atenção sempre aos direitos de autor. Após a seleção da música, era
inserida na timeline do premiere. Muita das vezes as músicas possuem um menor tempo em relação a reportagem final, neste tipo de casos, a música deve-se repetir, tendo o
cuidado de não se notar a transição. Para casos mais complicados usa-se o Adobe
Audition, para se poder trabalhar ou pormenor.
Como toda a história tem uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão, é desta forma que apresentava as reportagens, obrigava-as a apresentar uma história visual com uma música de fundo.
Na parte da introdução são selecionadas as melhores imagens e as mais representativas em termos de espaço e de público apelativo, entrando de seguida, o intro do ViseuNow com música a dar enfase na parte introdutória. No tempo da introdução são apresentadas na maioria das vezes quatro a seis imagens, oito em casos mais raros, pois geralmente, todas as músicas possuem compassos de quatro tempos, e para que a reportagem possua uma dinâmica mais apelativa, cada tempo do mesmo compasso deve possuir uma imagem, entrando o sentido da audição e visão em sincronia. Se a música for muito rápida, deve-se ter uma imagem em dois tempos, mas ter dois compassos, para que a introdução não seja demasiado curta, ou as imagens serem demasiado rápidas.
De seguida, já na parte do desenvolvimento, entra a voz off seguida de uma redução drástica da música de fundo, mas sem deixar de estar presente, pois já não é de interesse para a reportagem, pois o que se pretende mostrar é a informação. A medida que a voz apresenta a informação, as imagens devem ir ao encontro dessa informação, ou seja, se a voz off refere, por exemplo, gastronomia, artesanato e cultura, é apresentado uma imagem que represente a gastronomia, de seguida que represente o artesanato e outra que apresente a cultura. Nem sempre é fácil obter um timing certo pois, as transições de imagens não devem ser muito rápidas, pois leva o visualizador a perder informação ou até ficar baralhado, mas muitas das vezes a voz off esta ligeiramente rápida. É na parte do desenvolvimento onde entram as entrevistas. Deve-se cobrir os cortes nas entrevistas com imagens aos quias o entrevistado refere, caso não seja possível, deve-se apresentar imagens do espaço onde ocorreu a entrevista, pois a entrevista nunca pode ser muito monótona, deve ser dinâmica, e nem deve ser muito longa, pois em ambas estas situações podem afetar o visualizador no desinteresse da reportagem. Nunca deixar uma imagem, numa entrevista, em que o microfone se mexa, deve-se sempre cobrir com outra imagem.
Ao longo do desenvolvimento, a voz off e as entrevistas devem estar entrelaçadas, para proporcionar um melhor dinamismo a reportagem.
Após a o desenvolvimento, deve-se ter e atenção ao tempo a que a reportagem possui, isto é, se apresentar um elevado tempo deve-se terminar logo a reportagem com a apresentação final do ViseuNow elevando o som da música para acompanhar, caso contrário e seja possível, deve-se acrescentar imagens aos quais possam enriquecer a reportagem.
Depois da conclusão da reportagem, é apresentada a todos os membros do ViseuNow para uma avaliação geral da mesma, para que a reportagem não seja apresentada ao público com erros ou por falta de informação.
Após a avaliação, exporta-se a reportagem em formato youtube 720p. É escolhida uma imagem que seja de maior interesse pro público, para o cativar. É feito uma pequena descrição ao qual se insere a reportagem. De seguida é feito o seu upload no facebook e
youtube 3.
Definido bem, os objetivos, a facilidade em concretiza-los é muito maior, quando nos referimos a uma reportagem, mas nem sempre podemos nos guiar fixamente nos objetivos, pois na hora de captar nunca sabemos o que pode acontecer, o que se deve ter em atenção.
2.4. EXPODEMO
A Expodemo trata-se de uma feira de negócios e de cultura na região de Moimenta da Beira, em que teve início no dia vinte e dois até dia vinte e quatro de setembro.
Foi pedido pelo município de Moimenta da Beira para a realização de um vídeo promocional ao qual apresenta-se todos os elementos a que a feira iria proporcionar para a obtenção de um maior público, na Expodemo.
Para a sua realização, foi-me encarregue de proporcionar o vídeo promocional, tendo a liberdade de começar de raiz, ou seja, não ter de usar um template.
2.4.1. PRÉ-PRODUÇÃO
Antes de qualquer ideia que possa aplica-la, foi-me entregue toda a informação que o vídeo promocional devia conter:
Dia 22 de setembro – Banda Cock Robin e provas da maça e vinho. Dia 23 de setembro – Dj Rita Mendes e coro Mozart
Dia 24 de setembro – Somos Portugal (programa da TVI) Espetáculos de rua
Entrevista do presidente da camara municipal de Moimenta da Beira
Obtida a informação necessária para o conteúdo do vídeo promocional, foi necessário fazer um brainstorm, expondo as melhores ideias, para uma melhor apresentação visual do vídeo promocional. No anexo 9 constam algumas das ideias referidas.
2.4.2. PRODUÇÃO
Como na reportagem, num vídeo promocional deve apresentar uma introdução um desenvolvimento e uma conclusão/reflecção final em relação à imagem, e deve também apresentar uma voz off.
Assim, para a parte introdutória foi escolhida uma animação para o logotipo da
Expodemo. Na parte do desenvolvimento foi selecionado o melhor modo de apresentar a
informação, anexo 10, juntamente com a entrevista do presidente da camara de Moimenta da Beira. E a sua finalização foi decidida com uma repetição da animação do logotipo da
Expodemo com informação adicional, apresentando o logotipo do município de
Feita a seleção da melhor ideia representativa, para o vídeo promocional é iniciado o processo de composição utilizando o programa Adobe After Effects. Sendo este um dos melhores programas a nível de composição e efeitos de vídeos.
2.4.3. PÓS-PRODUÇÃO
Para iniciar a introdução, foi necessário contactar a camara municipal de Moimenta da Beira para obtenção do logo da Expodemo num formato editável, para a sua possível animação. Após a receção do logotipo editável, foi feita uma animação de acordo com a música tendo cada elemento do logotipo uma animação. Música que teve de ser estudada para que se sobressai-se sobre as imagens e para que pode-se ser representativa.
Na parte do desenvolvimento, e partindo da ideia, anexo 10, foram criados seis retângulos com pequenos espaços entre si e postos na diagonal, inicialmente postos no canto inferior esquerdo, animados com movimentos descontínuos na diagonal, dando um efeito de um equalizador digital, apresentado pelo anexo 11. Em primeiro é apresentado a banda Cock Robin, a pedido do cliente, desejando ser este a primeira informação de conteúdo a ser exibida para destaque no dia vinte e dois de setembro. Foi perdido algum tempo na procura das imagens certas para a apresentação da banda Cock Robin. Houve um estudo sobre quais as músicas mais conhecidas e se era possível usar o vídeo clip dessas músicas. Foram usadas duas músicas diferentes de Cock Robin, as mais conhecidas. Mesmo antes da apresentação da banda, na música de fundo escolhida, era aplicado um fade out seguido de um fade in da música da banda.
Na transição de informação, os seis retângulos arrastam-se para o canto superior direito, anexo 12. Apresentando a informação sobre as provas da maça e do vinho. Tem, também, uma animação semelhante e descontínua dos retângulos durante a apresentação das imagens referentes as provas da maça e do vinho. Estas imagens representativas da maça foram obtidas através de uma gravação feita por mim, enquanto as imagens referentes ao vinho, foram retiradas de peças anteriores, mas escolhidas com planos muito próximos, muito grande plano (MGP), para que os espaços não fossem reconhecidos por outrem. Para esta apresentação de informação foi feito um fade out da música anteriormente apresentada, seguido de um fade in da música de fundo.
A próxima informação já é aderente ao dia vinte e três de setembro onde, pela mesma forma de apresentação das imagens, é apresentada a Dj Rita Mendes seguido do Coro Mozart. Sendo o som alterado com fade in e fade out, nas transições de cada informação. Na reflecção final, é apresentado mais uma vez a animação do logotipo da Expodemo.
A voz off apenas serve para apresentar informação adicional, para não que não fosse necessário adicionar informação, para que o vídeo promocional não tornar-se muito maçador.
Após o envio do vídeo promocional, tive problemas, pois não foi aceite pelo cliente, informando que a música, a voz off e o dinamismo da apresentação do vídeo estava demasiado simples. Neste momento reparei que, quando não se tem contacto direto com os clientes torna-se difícil perceber o que é pretendido. No meu entender houve uma falha de comunicação perante a empresa e o cliente, pois quando trata-se de apresentar algo visual, deve-se ter em atenção ao que realmente o cliente quer. Como o vídeo promocional não foi aprovado, era necessário reformular as ideais num curto espaço de tempo.
Primeiramente pesquisou-se sobre a música mais adequada. De seguida foi utilizado o programa Adobe Premiere para um acréscimo de efeitos para dinamizar o vídeo promocional, exemplo no anexo 13 mostra ligeiramente esse efeito. E também foi preciso uma reformulação da informação da voz off.
Após os acréscimos e as alterações necessárias, o vídeo promocional 4 foi enviado de novo para o cliente, obtendo assim uma resposta positiva por parte deste.
Por vezes a liberdade leva-nos a apresentar algo mais, mas nem sempre é de agrado para o cliente.
REFLEXÃO FINAL
O estágio curricular é uma fase final no percurso académico da formação da licenciatura em Comunicação Multimédia, pois é através dele que conseguimos por em prática os nossos conhecimentos adquiridos ao longo da licenciatura. O curso de Comunicação Multimédia permite-nos, durante a fase de estágio curricular, que nos posicionemos no mercado de trabalho, pois atualmente é exigida experiência profissional por parte das empresas.
Escolhi o ViseuNow para a realização do estágio, devido a aprofundar os meus conhecimentos em captação e edição de vídeo, assim com a sua localização geográfica. Desde início tinha intenções em entrar no mundo do design, devido a sua enorme importância nos dias de hoje. Só depois de um estudo aprofundado, vi a possibilidade de aprofundar os meus conhecimentos na área de vídeo quando conheci o órgão de comunicação, ViseuNow, devido a esta área ser de maior interesse para mim.
Durante o estágio curricular desempenhei várias funções, desde a captação de vídeo, a edição de vídeo e som, como a composição de vídeo. Ao longo destes três meses tive a possibilidade de aplicar os meus conhecimentos, permitindo assim encontrar as minhas fraquezas e avaliar meus fortes.
Obtive grande liberdade para a aplicação da minha criatividade, do mesmo modo um acréscimo de responsabilidade, que muita das vezes era necessário abdicar algumas horas, fora do horário de trabalho, para que o resultado final fosse o pretendido pelo cliente, uns desses trabalhos é o da Expodemo.
Observei que ao longo do estágio, as unidades curriculares pertencentes à licenciatura de Comunicação Multimédia foram em geral, uma grande ajuda para a realização das atividades desenvolvidas, mesmo a parte do design foi necessária para que as reportagens e os vídeos promocionais se tornassem mais apelativos.
Desta forma, os três meses de estágio foram importantíssimos para a minha formação e experiência pessoal, uma vez que apliquei os meus conhecimentos adquiridos durante a
licenciatura de Comunicação multimédia, tendo assim a possibilidade de fazer, mais uma vez, parte da empresa através de um estágio profissional. Contudo, esta oportunidade ira-me trazer uma maior experiência a nível profissional, tanto como posso exercer e evoluir na área de maior interesse para mim.
