Prof. Marcos Chagas
Termodinâmica é a ciência que trata
• do calor e do trabalho
• das características dos sistemas e
Sadi Carnot 1796 - 1832 James Joule 1818 - 1889 Rudolf Clausius 1822 - 1888 Wiliam Thomson Lord Kelvin 1824 - 1907 Emile Clapeyron 1799 - 1864
Alguns ilustres pesquisadores que construiram a termodinâmica
Nasceu em Salford - Inglaterra
James P. Joule
(1818-1889)
Contribuição de James Joule.
1839 Experimentos:trabalho mecânico, eletricidade e calor. 1840 Efeito Joule : Pot = RI2
1843 Equivalente mecânico do calor ( 1 cal = 4,18 J)
1852 Efeito Joule-Thomson : decréscimo da temperatura de um gás em função da expansão sem realização de trabalho externo.
As contribuições de Joule e outros levaram ao surgimento de uma nova disciplina:
a Termodinâmica Lei da Conservação de Energia 1a Lei da Termodinâmica
O princípio da conservação da
energia aplicado à Termodinâmica
A energia total de um sistema é composta de duas parcelas: a energia externa e a energia interna.
A energia externa do sistema é devida às relações que ele guarda com seu meio exterior – energia cinética e potencial.
A energia interna do sistema relaciona-se com suas condições intrínsecas. Num gás corresponde às parcelas: energia térmica, energia potencial de configuração, energias cinéticas atômico-moleculares.
OBS.: a energia interna U de um sistema não pode ser medida, porém, devemos conhecer a sua variação ∆U
.
Variação da energia interna (∆U)
Situações Possíveis Energia Interna
aumenta diminui não varia
Para entender melhor a
1
aLei de Termodinâmica
é
preciso
compreender
as
características
dos
sistemas
termodinâmicos e os caminhos
“percorridos” pelo calor
...Certa massa delimitada por uma fronteira.
Vizinhança do sistema.
O que fica fora da fronteira
Sistema isolado
Sistema que não troca energia nem massa com a sua vizinhança.
Sistema fechado
Sistema que não troca massa com a vizinhança, mas permite passagem de calor e trabalho por sua fronteira.
Transformação
P1 V1 T1 U1 P2 V2 T2 U2Estado 1 Transformação Estado 2
Variáveis de estado
Variáveis de estado
“Caminho” descrito pelo sistema na transformação .
Processos
P1 V1 T1 U1 P2 V2 T2 U2Processos Durante a transformação
Isotérmico temperatura invariável
Isobárico Pressão invariável
Isovolumétrico volume constante
Transformações
1
aLei da Termodinâmica
ΔU = U2 – U1
Variação Energia Interna
W > 0 → energia que sai do sistema
W< 0 → energia que entra no sistema
Q > 0 → calor que entra no sistema Q < 0 → calor que sai do sistema
1
aLei
∆U = Q - W
Sistema Fechado∆U = Q - W Gás Expansão nula W = 0 Δ U = Q = (mc)gás ΔT Como (mc)gás = ctc
ΔU depende apenas de ΔT. ΔT = 0 → ΔU = 0 ΔT > 0 → ΔU > 0 ΔT < 0 → ΔU < 0 Como U é uma variável de estado, ΔU não
depende do processo.
Variação da Energia Interna
A energia interna de um gás é função apenas da temperatura absoluta T.
O calor Q que passa pelas
fronteiras do sistema depende
do processo.
∆V = V2 -V1 ∆U = Q - W W depende de como a pressão e volume mudam no processo. W = F.d F = p.S W = p.S.d W = p.ΔV . O trabalho que atravessa a fronteira depende do processo?
P
1V
1= nRT
1Estado 1
no de mols
Constante dos gases
R = 8,31 J/mol.K = 2 cal/mol.K Diagramas P x V Gases ideais 1 P1 V1 T1 Como as variáveis de estado se relacionam? Equação de estado
1ª Lei da Termodinâmica
W = 0
Q = n CV (T2-T1)
Calor molar a volume constante
U = Q = n CV (T2-T1) ∆V = 0 Transformação de 1 → 2 Volume invariável Isovolumétrica
Processo isovolumétrico
Transformação a volume constante
U = Q - W
Na transformação
Isovolumétrica a variação da energia interna do gás é igual à quantidade de
Q = + n
C
P(T
B- T
A)
Calor molar a pressão constante W = Po (VB – VA) 1ª Lei da Termodinâmica U = Q - W ∆U = n Cv (TB-TA)Calor molar a volume constante
Transformação a pressão constante
Processo isobárico
Na transformação Isobárica a quantidade
de calor recebida é maior que o trabalho
Êmbolo movimentado lentamente
∆U = 0 → ∆T = 0
Transformação à temperatura constante
0 = Q – W
Processo Isotérmico
Na transformação
Isotérmica, o calor trocado pelo gás com o meio exterior é igual ao trabalho
realizado no mesmo processo.
Movimento rápido do êmbolo. Q = 0
W = - ∆U = - nCv∆T
Primeira Lei da Termodinâmica
∆U = Q - W
Q = 0 → ∆U= - W
Compressão adiabática
Trabalho transforma-se em calor
Q = 0
O processo ocorre tão rapidamente que
o sistema não troca calor com o exterior.
W
Área sob o grafico
Processo adiabático
3.- Wciclo = W = área 12341
Wciclo > 0 → Qciclo 0
Ciclo em sentido horário: conversão de calor em trabalho (Q→W) Ciclo em sentido anti-horário: conversão de trabalho em calor (W →Q)
1a Lei da Termodinâmica
∆Uciclo = Qciclo - Wciclo Qciclo = Wciclo
1.- ∆Uciclo = ∆U = 0 pois Tfinal = Tinicial
2.- Qciclo = Q
“Trabalham” em ciclos.
Máquinas Térmicas
Fonte quente Fonte fria Trabalho Ciclo De onde a máquina retira calor QHot. Para onde a máquina rejeita calor QCold
A máquina de Denis Papin 1647 - 1712
Em cada ciclo
W = Q1 - Q2
∆U = 0
Princípio de Carnot
"Nenhuma máquina térmica real, operando entre 2 reservatórios térmicos T1 e T2 , pode
ser mais eficiente que a "máquina de Carnot" operando entre os mesmos reservatórios"
BC e DA = adiabáticas
Ciclo reversível
Refrigerador
Bomba de calor
12: compressão adiabática em um compressor
23: processo de rejeição de calor a pressão constante
34: estrangulamento em uma válvula de expansão (com a respectiva queda de pressão) 41: absorção de calor a pressão constante, no evaporador
1a Lei da
Termodinâmica
A energia total do Universo, com ou sem transformações, permanece constante.
2a Lei da
Termodinâmica
A disponibilidade de energia para realização de trabalho diminui após cada transformação
2
aLei da Termodinâmica
Refrigerador ou Bomba de Calor
Segunda Lei
Formulação de Clausius
É impossível existir transferência espontânea de calor de uma fonte fria
para outra quente.
É impossível construir um dispositivo que, operando em ciclo termodinâmico, não produza outros efeitos além da passagem de calor de um corpo frio para outro quente.
COPRefrigerador = Q2/W
Máquinas Térmicas
W = W2 – W1
2a Lei da Termodinâmica
Formulação de Kelvin-Planck
É impossível construir uma máquina térmica com
eficiência 100%.
Ou seja uma máquina que retira uma quantidade de calor Q de uma fonte quente e a transforme totalmente em
Formulação de Clausius
É impossível existir transferência espontânea de calor de uma fonte fria para outra quente.
Formulação Kelvin-Planck
É impossível construir uma máquina térmica com eficiência 100%.
Segunda Lei Termodinâmica
Ambas são afirmações negativas. Não podem ser demonstradas.
Baseiam-se em evidências experimentais.
A 2a Lei
Enuncia a impossibilidade de construção de moto perpétuo de 2a
espécie.
Moto Perpétuo
1a Espécie: criaria trabalho do nada. Viola a 1a Lei.
2a Espécie: viola a 2a Lei
3a Espécie: inexistencia de atrito produziria movimento
Qual o limite do rendimento de uma máquina térmica? Q1 → 0 É possível construir esta máquina?
Máquinas Térmicas
100% de rendimento ?
Impossível!
Qual o máximo rendimento de uma Máquina Térmica?
A construção de uma máquina ideal
Definição de um processo ideal. Processo reversível.
Aquele que tendo ocorrido, pode ser invertido de sentido e retornar ao estado original, sem
deixar vestígios no sistema e no meio circundante.
Processo reversível:
desvio do equilíbrio é infinitesimal e ocorre numa velocidade infinitesimal.
Causas que tornam um processo irreversível.
Atrito
Expansão não resistida.
Troca de calor com diferença finita de temperatura.
Mistura de 2 substâncias diferentes.
Outros fatores: Efeito Joule, Combustão, Histerese etc.
O processo de troca de calor pode ser reversível se for feita mediante diferença infinitesimal de temperatura, mas que exige tempo infinito ou área infinita.
Conclusão: todos os processos reais de troca de calor são irreversíveis.
Rudolf Clausius
Nasceu em Koslin (Polônia) e morreu em Bonn (Alemanha)
Físico Teórico - Termodinâmica
1.- A energia do Universo é constante.
2.- A entropia do Universo tende a uma valor máximo.
Entropia
A quantificação da 2a Lei
Apresentou em 1865 a sua versão para as
Quando um corpo recebe calor a sua entropia aumenta.
∆S = QT 0
Aumenta a EC e/ou agitação molecular
Aumenta a “desordem”
Entropia é a medida da desordem
Entropia e a desordem
Ordem e Energia - Sistemas Biológicos
Entropia 2ª Lei
Evolução
natural Ordem → Desordem
Como os sistemas biológicos se desenvolvem e mantém alto grau de ordem?
É uma violação da 2ª Lei?
Ordem pode ser obtida as
custas de energia energia potencial nas moléculas de glucose A fotosíntese converte energia solar em
com de alta ordem de organização.
Nos animais Células – Mitocôndria
armazenam moléculas de açúcar para formar moléculas altamente