Exerc´ıcios Resolvidos de Teoria Eletromagn´etica
Jason Alfredo Carlson Gallas,
professor titular de f´ısica te´orica, Doutor em F´ısica pela Universidade Ludwig Maximilian de Munique, AlemanhaUniversidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de F´ısica
Mat´eria para a QUARTA prova. Numerac¸˜ao conforme a quarta edic¸˜ao do livro “Fundamentos de F´ısica”, Halliday, Resnick e Walker.
Esta e outras listas encontram-se em: http://www.if.ufrgs.br/ jgallas
Conte ´udo
36 Correntes Alternadas 2
36.1 Quest˜oes . . . 2 36.2 Problemas e Exerc´ıcios: . . . 2
36.2.1 Trˆes circuitos simples – (1/12) . 2 36.2.2 O circuito
s´erie – (13/28) 4 36.2.3 Potˆencia em circuitos de
corren-te alcorren-ternada – (29/43) . . . 7 36.2.4 O transformador – (44/48) . . . 9
Coment´arios/Sugest˜oes e Erros: favor enviar para jgallas @ if.ufrgs.br (lista4.tex)
36
Correntes Alternadas
36.1
Quest˜oes
Q 36-2. De que modo um fasor difere de um vetor?
Sabemos, por exemplo, que fems, diferenc¸as de poten-cial e correntes n˜ao s˜ao grandezas vetoriais. De que modo, ent˜ao, se pode justificar construc¸˜oes como as da Fig. 36-6?
A d.d.p., a fem e a corrente n˜ao s˜ao vetores e, portan-to, n˜ao seguem as regras da soma vetorial. A utilizac¸˜ao de fasores para descrever estas grandezas ´e ´util em vir-tude da possibilidade da existˆencia da diferenc¸a de fase entre a corrente e a tens˜ao, a qual se traduz em efei-tos f´ısicos (lembre-se, por exemplo, de que o fator de
potˆencia ´e dado por , onde ´e a diferenc¸a de fa-se entre a corrente e a fem). A direc¸˜ao do fasor n˜ao corresponde a nenhuma direc¸˜ao no espac¸o. Contudo, a projec¸˜ao do fasor sobre um eixo possui a mesma fase de grandeza f´ısica a ele associada. Um diagrama de
fa-sores ´e muito ´util porque ele indica as relac¸˜oes de fase
entre as grandezas representadas por estes fasores.
Q 36-8. Suponha, como enunciado na Sec¸˜ao 36-4, que
um dado circuito seja “mais indutivo que capacitivo”, isto ´e, que . (a) Isto significa, para uma freq ¨uˆencia angular fixa, que
´e relativamente “grande” e
relativamente “pequeno” ou que e
s˜ao relati-vamente “grandes”? (b) Para valores fixos de
e de
, significa que ´e relativamente “grande” ou relativa-mente “pequeno”?
(a) significa que
. Para um va-lor de fixo, o produto
deve se relativamente gran-de.
(b) Para e
fixos, o valor de ´e que deve ser relati-vamente grande.
36.2
Problemas e Exerc´ıcios:
36.2.1 Trˆes circuitos simples – (1/12)
E 36-1. Suponha que a Eq. 36-1 descreva a fem
efeti-va dispon´ıvel na saida de um gerador de Hz. Qual a freq ¨uˆencia angular correspondente? Como a compa-nhia de energia el´etrica estabelece essa freq ¨uˆencia?
E 36-2. Um capacitor de ! #" F est´a ligado, como na Fig. 36-4a, a um gerador de corrente alternada com $&%('*)
V. Qual ser´a a amplitude da corrente alternada resultante se a freq ¨uˆencia da fem for (a) kHz; (b) + kHz?
(a) Use o fato que, '*$.-/ ' $ . Portanto , ' $&%('(0#132 $&%4' 0 + ) A (b) Se 2
´e+ vezes maior, tamb´em o ´e a corrente:
, ' +6578 0 + )9'40 0 A
E 36-3. Um indutor de : mH est´a ligado, como na Fig. 36-5a, a um gerador de corrente alternada com $&%;'<)
V. Qual ser´a a amplitude da corrente alter-nada resultante se a freq ¨uˆencia da fem for (a) kHz; (b) + kHz?
(a) A amplitude da corrente ´e dada pela Eq. 36-18
com '40:132 , onde 2=' kHz: , ';> ' $?% @0:132 A ' 8B A (b) Para 2C'
+ kHz a reatˆancia indutiva ´e+ vezes maior e, portanto, ,D ' 8BE A + ' 88FB A
Observac¸˜ao: os n´umeros dados no final do livro est˜ao errados.
E 36-4. Um resistor de :G est´a ligado, como na Fig. 36-3a, a um gerador de corrente alternada com $&%;'<)
V. Qual ser´a a amplitude da corrente alter-nada resultante se a freq ¨uˆencia da fem for (a) kHz; (b) + kHz?
As respostas dos itens (a) e (b) s˜ao idˆenticas pois para um resistor a corrente n˜ao depende da freq ¨uˆencia:
, ' $ % ' ) : ' 8 A
E 36-5. (a) Use ' '(0#132 para obter 2=' 0:1 ' ) 65HFI @ 0:1 A @KJ 65HF&L I A ' J 65MN I Hz (b) Use ' @ OA LQP ' @0#132 OA LRP para obter ' 0:132 S ' 0:1 @TJ S5HF I A @ ) 5MN I A ' 0 S5MN LVU F ' 0 8 nF (c) ComoXW 2
enquanto que YW
2
LQP , vemos que os novos valores ser˜ao:
[Z ' 0 '40 65MN I G Z ' -:0O' 65MN G E 36-6. (a) 2=' 0#1 ' 0:1 @ \5HF&LV] A @ 0 A ' + + J 5MN I Hz ' + + J kHz
(b) Dobrando-se a freq ¨uˆencia temos a reatˆancia fica
di-vidida por 0 : Z ' 0 ' EG E 36-7.
(a) Para que as reatˆancias sejam as mesmas devemos
ter ' ou, equivalentemente, ' -@ OA , ou seja ' -^
. Portanto, nesta situac¸˜ao encontramos 2_' 0:1 ' 0#1 ^ ' 0#1a` @ S5HF&L I A @ FS5HF8Lb] A ' : Hz (b) ' '(0 J G e, obviamente ' .
(c) Como a freq ¨uˆencia natural de oscilac¸˜ao ´e
2#cd' 0:1 ^ He
comparando2 com2 c
vemos que ambas s˜ao idˆenticas.
P 36-10. A sa´ıda de um gerador de CA ´e dada por
$'f$?% sen @ agah 1i- J A , onde $&%j'k) V e 'k) rad/s. A corrente ´e dada porl
@ g A ' , sen @ agmh )1i- J A , onde , ' 0
mA. (a) Quando, ap´osg
'
, a fem do gerador atinge pela primeira vez um m´aximo? (b) Quando, ap´osg
'
, a corrente atinge pela primeira vez um m´aximo? (c) O circuito cont´em apenas um elemento al´em do gerador. Ele ´e um capacitor, um indutor ou um resistor? Justifique sua resposta. (d) Qual ´e o valor da capacitˆancia, da indutˆancia ou da resistˆencia, conforme seja o caso?
(a) A fem atinge o m´aximo paraagVh 1i-J '*1i-:0 , ou seja, para g ' )1 J ' 8on ) ms
(b) Analogamente, a corrente m´aximo ocorre quando
ag.h ):1i-J 'p1i-:0 , ou seja, g ' 1 J ' 0 ms
(c) Comparando os itens (a) e (b) vemos que a corrente
est´a atrasada de 1i-:0
radianos em relac¸˜ao `a fem, de mo-do que o elemento no circuito ´e certamente um indutor.
(d) A amplitude , da corrente est´a relacionada com a amplitude> da voltagem atrav´es da relac¸˜ao>
' , , onde '
´e a reatˆancia indutiva. Como a diferenc¸a de fase ´e exatamente
1i-:0
radianos, temos certeza que existe apenas um elemento no circuito que, como deter-minado acima, ´e um indutor. Assim sendo, a diferenc¸a de potencial atrav´es de tal elemento deve coincidir com a amplitude do gerador de fem, ou seja,>8q
'p$ . Portan-to$[' ,: e ' $?% ,: ' ) @ 0 S5HF8L I A @) A ' 8r ) + H P 36-12.
36.2.2 O circuito
s´erie – (13/28)
P 36-13. (a) Calcule novamente todas as grandezas
pe-didas no Exemplo 36-3, p´ag. 298, supondo que o capa-citor tenha sido retirado e todos os outros parˆametros tenham sido mantidos. (b) Desenhe em escala um dia-grama de fasores semelhantes ao indicado na Fig. 36-6c para esta nova situac¸˜ao.
(a) Supondo ' e mantendo inalterados e temoss 'ut v ' ` @ F A v @ +?n? A ' F+ 0 G e , ' $ % s ' ) N+ 0 ' wNB+ A ' xzy{ LRP}| hM ~ ' xzy{ LRP | +8onhH F ~ '*0 +8! (b) Diagrama de fasores:
P 36-14. (a) Calcule novamente todas as grandezas
pe-didas no Exemplo 36-3, p´ag. 298, supondo que o indutor tenha sido retirado e todos os outros parˆametros tenham sido mantidos. (b) Desenhe em escala um diagrama de fasores semelhantes ao indicado na Fig. 36-6c para esta nova situac¸˜ao. (a) SupondoS ' e mantendo inalterados e temoss 't v ' ` @ F A v @ #nn A '*0) BdG e , ' $ % s ' ) 0) B ' w & A ' xzy:{ LRP | ChM ~ ' xzy{ LRP | 9hnn F ~ ' h J n&B (b) Diagrama de fasores:
P 36-15. (a) Calcule novamente todas as grandezas
pe-didas no Exemplo 36-3, p´ag. 298, para '
n:O" F, os outros parˆametros sendo mantidos inalterados. (b) De-senhe em escala um diagrama de fasores semelhantes ao indicado na Fig. 36-6c para esta nova situac¸˜ao e compa-re os dois diagramas.
(a) A reatˆancia capacitiva ´e
' ' 0#132 ' 0#1 @ A @ n#65HF8Lb] A ' ) n?BG
A reatˆancia indutiva continua sendo +8onSG , enquanto que a nova impedˆancia passa a sers
' ` v @ hH A ' ` F @) n?BhH+8on A ' F?n G
A amplitude de corrente ´e
, ' $ % s ' ) NEn ' 8 0 F A Finalmente, o novo ˆangulo de fase ´e
' xzy{ LRP | ChM ~ ' xzy{ LRP| +8onh ) n?B F ~ ' n
(b) As amplitudes de voltagem s˜ao
> ' , ' @ 8 0 N A @ F A '*) J V e
> ' , ' @ 8 0 F A @ +8on A ' F+8on V e > ' , ' @ 8 0 N A @ ) n&B A ' +8rFB V Observe que , de modo que
$&%
est´a `a frente de, no diagrama de fasores mostrado aqui:
P 36-17.
Da Fig. 36-11 vemos que as componentes da im-pedˆancia s˜ao sm ' e sm ' hM . Portanto s ' t s v s ' ` v @ HhM A e xzy{ ' h s sa ' ChM e
que coincidem com as Eqs. 36-23 e 36-26.
P 36-18 A amplitude da voltagem atrav´es de um
indu-tor num circuito9
pode ser maior do que a ampli-tude da fem do gerador? Considere um circuito em s´erie com: $&%<'
F V; ' FCG ; ' H e '
}" F. Determine a amplitude da voltagem atrav´es do indutor na ressonˆancia.
A amplitude da voltagem atrav´es do indutor num circuito 9
em s´erie ´e dada por >
' , , com ' . Na ressonˆancia temos ' - ^ e, por-tanto, ' ^ ' ` @ A @ 65HF8Lb] A ' FG Na ressonˆancia temos '
que, de acordo com a Eq. 36-23, nos fornece uma impedˆancia
s ' e, conseq ¨uentemente, , ' $&% s ' $&% ' A Assim, temos > ' , ' @ A @ N A ' N V P 36-19.
A resistˆencia da bobina satifaz xzy{ ' hHS ' h - @ OA e
de onde se tira facilmente que
' xy:{ | h _~ ' xy:{ n: 0#1 @ B ) A @ 8++ A h 0#1 @ B ) A @ 8B J 5MN&Lb] A ' +BG P 36-20.
(a) A voltagem atrav´es do gerador ´e )
Volts, por definic¸˜ao. (b) > ' , ' @ 8rFB A @ F A DE 0 B8 J '(0 n? ) V
(c) Considere o diagrama de fasores abaixo:
deste diagrama vemos facilmente que
> ' , sen ' @ 8rFB A @ nn A sen 0 B8 J ' n? V (d) Analogamente: > ' h}, sen ' h @ 8rFB A @ + !n A sen0 B J ' h}+ ) V (e) > v > v > '40 n? ) v #n?hH+ )'*) 8 V $ % e
P 36-21 Num circuito 9 como o da Fig. 36-2, ' SG , '0 \" F, ' H e $&%') V. (a) Para que freq ¨uˆencia angular
c
a corrente ter´a seu valor m´aximo, como nas curvas de ressonˆancia da Fig. 35-6?
(b) Qual ´e este valor m´aximo? (c) Quais s˜ao as duas
freq ¨uˆencias angulares
P
e
para as quais a amplitude da corrente ´e igual `a metade desse valor m´aximo? (d) Qual ´e a meia-largura fracional ['
@ P h A - c ] da curva de ressoˆancia?
(a) Para uma dada amplitude
$8
do gerador de fem, a amplitude, da corrente ´e
, ' $&% t v @ h P A
Para encontrar o valor m´aximo de , , resolveremos a equac¸˜ao, - ' , ou seja, , : ' h $&% s Iz h C v C '
O ´unico fator que pode anular-se ´e
h -@ OA o que acontece para ' - ^
. Para o circuito dado en-contramos ' c ' ^ '(00 J rad/s
(b) Para tal valor (ressonˆancia!) a impedˆancia ´e
s
'
e o m´aximo da corrente ´e
, ' $?% ' ) ' A
(c) Queremos determinar os valores de para os quais
,
'*$&%9-@
0 OA
, ou seja, para os quais $ % t v @ h P A ' $ % 0 e ou seja, v | h _~ ' J
Desta equac¸˜ao obtemos
| h ~ '4)
que, ap´os extrairmos a raiz quadrada e multiplicarmos por , fornece ^ ) 9 h ' e
onde indica os dois poss´ıveis sinais da raiz quadrada. Como temos duas equac¸˜oes quadr´aticas, em princ´ıpio temos
J
ra´ızes. Entretanto, somente admitimos ra´ızes positivas o que nos fornece ent˜ao duas soluc¸˜oes. A me-nor raiz ´e
' h ^ ) 9 v ^ ) v J 0 '*0 NB rad/s e
enquanto que a maior raiz ´e
P ' v ^ ) 9 v ^ ) v J 0 '*00 + rad/s e
(d) Com isto tudo, a meia-largura fracional pode agora
ser facilmente determinada:
P hM c ' 00 +h 0 FB 00 J ' 8 ) B P 36-23
(a) O ˆangulo de fase ´e
' xzy{ LRP}| > h > > ~ ' xzy{ LRP}| > Ch > -:0 > -:0 ~ ' xzy{ LRP ' J (b) Como$?% D ' , , obtemos ' $ % , ' ) M J ) ' n#8on G P 36-26.
Como a impedˆancia do volt´ımetro ´e elevada, ele n˜ao ir´a afetar a impedˆancia do circuito quando ligado em pa-ralelo em cada um dos casos. Portanto, a leitura ser´aF Volts em todos trˆes casos.
P 36-27. Mostre que a meia-largura fracional de uma
curva de ressonˆancia (veja o Problema 21) ´e dada apro-ximadamente por c 'u ) e
onde ´e a freq ¨uˆencia angular na ressonˆancia e
´e a largura da curva de ressonˆancia na metade da amplitude m´axima. Note que
- c diminui com , como mos-tra a Fig. 35-6. Use esta f´ormula para conferir a resposta do Problema 21d.
Usando
P
e
obtidos no Problema 21, determina-mos que c ' P hM c ' 0 ^ ) 9 ^ 0 ' ) ' @ 8 A ) @0 8\5HF8Lb] A ' 8 ) +En48 J
P 36-28*. O gerador de CA na Fig. 36-12 fornece
0
V (rms) a Hz. Com a chave aberta, como no dia-grama, a corrente est´a avanc¸ada de
0
sobre a fem do gerador. Com a chave na posic¸˜ao 1, a corrente est´a atra-sada deN , sobre a fem do gerador. Quando a chave est´a na posic¸˜ao 2 a corrente ´e de0
A (rms). Determine os valores de , e .
S˜ao pedidas trˆes grandezas e s˜ao dadas trˆes situac¸˜oes diferentes. A tarefa, portanto, consiste em usar as trˆes posic¸˜oes da chave para obter um sistema com trˆes equac¸˜oes e resolve-lo.
Chave aberta: Temos um circuito “s´erie” contendo ,
e
, para o qual sabemos que xzy{ '> h > ' h -@ OA 'pxzy:{ @ h 0 E A @ A
Chave na posic¸˜ao 1: Neste caso continuamos a ter um
circuito s´erie, por´em agora contendo um capacitor equi-valente eq '*0 . Portanto xzy{ P ' h -@ 0 OA 'pxzy:{ N @ 0 A
Chave na posic¸˜ao 2: Neste caso o circuito ´e um
osci-lador
, para o qual temos, conforme a Eq. (36-22),
, ' $&% s ' 0 ` @ A v - @ OA '40 @ ) A
Resoluc¸˜ao das trˆes equac¸˜oes: Usando as duas
primei-ras equac¸˜oes, vemos que
xy:{ P h xy:{ ' 0 xzy{ P h 0 xy:{ ' 0
Tais express˜oes nos fornecem
' 0 | xzy{ P h xy:{ b~7* ' 0 | xy:{ P h 0 xzy{ b~ p¡ e
onde introduzimos as abreviac¸˜oes
0Q¢xy:{ P h xzy:{ V£ ' 0 ¢ xy:{ FEh xy:{ @ h 0 A £ ' + :B ¡ 0 ¢ xy:{ P h 0 xzy:{ £ ' 0 ¢ xy:{ F h 0 xy:{ @ h 0 A £ ' 8on?N 0
As express˜oes acima nos mostram que assim que conhe-cermos , conheceremos e tamb´em. Da equac¸˜ao (3) obtemos $ % , ' s ' ¢ v ¡ A e
express˜ao da qual tiramos
facilmente: ' $&% , ^ v ¡ ' J 8 0 n G Tendo o valor
, das express˜oes acima vemos que
' ' @ A '9¤¤¤¤ ' ¡ ' ¡ '9¤¤N¤¤
Falta revisar e terminar o c´alculo dos n´umeros... :-))
36.2.3 Potˆencia em circuitos de corrente alternada – (29/43)
E 36-29. Qual o valor m´aximo de uma voltagem, num
circuito de CA, cujo valor m´edio quadr´atico ´e de F Volts?
Da Eq. (36-30) vemos que
> max ' ^ 0 > rms ' ^ 0 F ' J V
E 36-30. Que corrente cont´ınua produzir´a, num certo
resistor, uma quantidade de calor igual `a produzida por uma corrente alternada cujo valor m´aximo ´e de
0
A potˆencia m´edia dissipada em
por uma corren-te alcorren-ternada ´e dada pela Eq. 36-29: ¥ m´ed
' ,E rms . Co-mo , m´ed ' , - ^ 0
, onde , ´e a amplitude de corren-te, podemos escrever, de acordo com a Eq. 36-30, que ¥ m´ed
'
,E
-:0
A potˆencia dissipada no mesmo resistor por uma corrente cont´ınual ´e¥
'
l¦
e, conseq ¨uente-mente, igualando-se os dois valores da potˆencia e resol-vendo paral obtemos
l ' , ^ 0 ' 0 ^ 0 ' + J A E 36-34.
(a) Da Eq. 36-23 obtemoss
' ` v @ hM A ' 0 rG
(b) Das Eqs. 36-31 e 36-32, temos:
¥ m´ed ' $ rms s DE e
que, usando relac¸˜oes da Sec¸˜ao 36-5, fornece
DE ' s ' 0 0 r ' BB8n& Portanto, ¥ m´ed ' 0 0 r @ 8BB8#n A ' wN+ kW E 36-35. , rms ' $ rms s ' $ rms ` v ' J 0 ` @TJ A v @ )E0 A ' n?8 A
P 36-36. Mostre matematicamente, em vez de
grafi-camente como na Fig. 36-8b, que o valor m´edio de sen
@
agVh
A
sobre um n´umero inteiro de ciclos ´e igual a
-:0 .
O valor m´edio pedido ´e
§ sen ¨R© -09ª«F¬ c sen @ ag®h¯ A g ' 0 ¨R© ªu«N¬ c hDE @ 0 ag.h 0 A 0 g ' 0 ¨R© g 0 h J sen @ 0 agih 0 A «N¬ c ' 0 h sen @ ¨ © h 0 A v sen @ 0 A 0 ¨ © Como¨ © ' ¨ @ 0#1i- A '40 ¨ 1
, ´e f´acil ver que sen @ ¨ © h 0 A ' sen @0 ¨ 1 h 0 A ' h sen @0 A e
e que, portanto, sen
@ ¨ © h 0 A v sen @ 0 A ' , o que fornece, finalmente, § sen ' 0
P 36-39. Na Fig. 36-13 mostre que a taxa m´edia com
que a energia ´e dissipada na resistˆencia
´e m´axima quando '*° , onde °
´e a resistˆencia interna do gerador de CA. At´e o momento, t´ınhamos considerado tacita-mente que°±' . Como ¥ ' l ' | $&% ° v _~ e para minimizar¥ precisamos igualar E¥ - a zero, ou seja, E¥ ' $ %² @ ° v OA h 0 @ ° v OA³´ @ ° v OA¶µ ' $ % @ ° h OA @° v OA I ' e o que fornece '*° . Nota: certifique-se que
'(°
realmente maximiza¥ , verificando queEF¥
- § .
P 36-40. A figura abaixo mostra um gerador de
ligado a uma “caixa-preta” atrav´es de dois terminais. A caixa-preta cont´em um circuito9
, possivelmente at´e mesmo um circuito com muitas malhas, cujos elemen-tos e ligac¸˜oes n˜ao conhecemos. Medidas realizadas pela parte externa da caixa revelam o seguinte resultado:
$ @ g A ' @ n V A senag l @ g A ' @ 0 AA sen @ ag v J 0 A
(a)Calcule o fator de potˆencia do circuito. (b) A
circuito da caixa-preta a predominˆancia ´e indutiva ou capacitiva? (d) O circuito da caixa est´a em ressonˆancia?
(e) Deve haver um capacitor na caixa? um indutor? um
resistor? (f) Qual ´e a potˆencia que o gerador fornece pa-ra a caixa-preta? (g) Por que n˜ao se precisa saber o valor de para responder a todas estas quest˜oes?
(a) ' h J 0 , o que d´a ' !n J ) ; (b) Como §
, temos queag®h·Mag e, portanto, a corrente est´a na frente da fem;
(c) tg ' @ [h A - ' tg J 0 ' h} J B . Por-tantoSYk , sendo o circuito predominantemente
CAPACITIVO. (d) Em ressonˆancia ter´ıamos ' , implicando que tg ' , ou seja, que ' . ComoX¸ ' , n˜ao existe ressonˆancia;
(e) Como o valor da tangente de ´e negativo e finito, temos ¸ ' bem como ¸ ' , o valor de n˜ao precisa ser zero. Por´em ele pode eventualmente ser zero. Se existir
¸
'
ent˜ao ´e necess´ario que
§ !! (f) ¥ m´ed ' 0 $?% , ' $ rms, rmsDE ' $ % ^ 0 , ^ 0 ' 0 n 65 @ 0 A 5 @ 8on J ) A®¹ )) J W
(g) ´E que as grandezas dependem de apenas atrav´es de , que ´e DADO. Se tivessem sido dados valores para
, ,
ent˜ao sim ir´ıamos precisar ter para calcular o fator de potˆencia.
36.2.4 O transformador – (44/48)
E 36-44. Um gerador fornece F V ao enrolamen-to prim´ario, com espiras, de um transformador. Sabendo-se que o enrolamento secund´ario possui : espiras, qual a voltagem no secund´ario?
Use>bº»9¼
'
>&¼:»6º para obter
>bº ' >&¼ | » º » ¼ ~ ' F | : : ~ ' F Volts
E 36-45. Um transformador possui : espiras no prim´ario eF espiras no secund´ario. (a) Sabendo-se que >&¼ ´e
0
V (mrs), qual ´e o valors de
>º , supondo o cir-cuito aberto? (b) Ligando-se o secund´ario a uma carga
resistiva deN G , quais ser˜ao as correntes no prim´ario e no secund´ario? (a) >º ' >?¼ | » º »9¼ ~ ' 0 | F : ~ '40 J V (b) , º ' >bº º ' 0 J V N dG ' 8rF A e , ¼ ' , º | »\º »9¼ ~ ' 8rF | N ~ 'p) 0 5HF L I A
E 36-46. A Fig. 36-17 mostra um
“autotransforma-dor”. Ele ´e formado por uma ´unica bobina (com um n´ucleo de ferro). Trˆes “derivac¸˜oes” s˜ao estabelecidas. Entre as derivac¸˜oes © P e© existem 0 espiras e en-tre as derivac¸˜oes © e © I
existem + espiras. Duas derivac¸˜oes quaisquer podem ser consideradas os “ter-minais do prim´ario” e duas derivac¸˜oes quaisquer podem ser consideradas os “terminais do secund´ario”. Escreva todas as relac¸˜oes pelas quais a voltagem prim´aria pode ser transformada numa voltagem secund´aria.
Conex˜oes que aumentam a voltagem: (1) Usando © P © como prim´ario e © P © I como se-cund´ario: > P I > P ' + v 0 0 ' . (2) Usando © P © como prim´ario e © © I como se-cund´ario: > zI > P ' + 0 ' J . (3) Usando © © I como prim´ario e © P © I como se-cund´ario: > P I > zI ' + v 0 + ' 0 .
Conex˜oes que diminuem a voltagem:
Intercambiamdo-se o prim´ario e o secund´ario para ca-da um dos casos acima obtemos os seguintes fatores de transformac¸˜ao: (1) - ' 0 ; (2) -J ' 8 0 ; e (3) - 0 ' 8+ .
P 36-47. Um gerador de CA fornece energia para
uma carga resistiva numa f´abrica long´ınqua atrav´es de uma linha de transmiss˜ao com dois cabos. Na f´abrica, um transformador que reduz tens˜ao diminui a voltagem (rms) da linha de transmiss˜ao do valor> ½ para um valor menor, seguro e conveniente para ser usado na f´abrica. A resistˆencia da linha de transmiss˜ao vale
)
G /cabo e a potˆencia ´e0
: kW. Calcular a queda de voltagem ao longo da linha de transmiss˜ao e a taxa em que a energia ´e dissipada na linha como energia t´ermica quando (a) > ½ ' + kV, (b)>8½ ' + kV e (c)> ½ ' 8+ kV. Comente a aceitabilidade de cada escolha.
(a) A corrente rms no cabo ´e
, rms ' ¥ > ½ ' 0 65MN L I +S5MN I '*) r 0 A
A queda rms de voltagem ´e
> ' , rms ' @ ) w 0 A @ 0 A @ 8 ) A ' B V e
enquanto que a taxa de dissipac¸˜ao ´e
¥®¾ ' , rms ' @ ) w 0 A @ 0 A @ 8 ) A ' &+ W
(b) Neste caso a corrente rms no cabo ´e
, rms 'O' 0 :65HF L I +S5HF I '*) 0 A de modo qe a queda rms de voltagem ´e
> ' @) 0 A @0 A @ ) A ' NB V e
e a taxa de dissipac¸˜ao ´e
¥ ¾ ' @ ) 0 A @ 0 A @ 8 ) A ' 8! :+E kW
(c) Agora a corrente rms no cabo ´e
, rms 'O' 0 :65HF L I 8+\5HF I '*) 0 A de modo qe a queda rms de voltagem ´e
> ' @) 0 A @0 A @ 8 ) A ' 8rFB kV e
e a taxa de dissipac¸˜ao ´e
¥ ¾ ' @) 0 A @0 A @ 8 ) A ' :+ kW
Deste n´umeros fica claro que tanto a taxa de dissipac¸˜ao de energia quanto a queda de voltagem aumentam a me-dida que > ½ decresce. Portanto, para minimizar estes efeitos, a melhor escolha dentre as trˆes oferecidas ´e usar-se> ½
'
+ kV.
P 36-48. Casamento de Imped ˆancias. Na Fig. 36-13,
suponha que a caixa retangular da esquerda represente a sa´ıda de um amplificador de ´audio (alta impedˆancia) com
°S'
F9G . Suponha que '
N9G represente a bobina de um alto-falante (baixa impedˆancia). Sabemos que que a transferˆencia m´axima de energia para a carga
ocorre quando '*°
, mas isto n˜ao ´e verdadeiro neste caso. Entretanto, um transformador pode ser usado para “transformar” resistˆencias, fazendo com que se compor-tem eletricamente como se fossem maiores ou menores do que realmente s˜ao. Projete as bobinas prim´aria e se-cund´aria de um transformador que deve ser introduzido entre o “amplificador” e o “alto-falante”, na Fig. 36-13, para que haja o “casamento das impedˆancias”. Qual de-ve ser a raz˜ao entre os n´umeros de espiras?
Temos que o amplificador ´e conectado no prim´ario do transformador enquanto que o resitor
´e conectado no secund´ario. Sendo, º a corrente rms no secund´ario, temos que a potˆencia m´edia fornecida ao resistor
´e ¥ med ' ,Eº . Sabemos que, º ' @ »O¼ -»\º A , ¼ , onde»O¼ e »6º representam o n´umero de voltas do prim´ario e do se-cund´ario, respectivamente., ¼ representa a corrente rms no prim´ario. Portanto ¥ med ' | , ¼ » ¼ »6º ~
Agora desejamos determinar a corrente no prim´ario, que consiste de um gerador com duas resistˆencias em s´erie. Uma das resistˆencias ´e a resitˆencia °
do amplificador, enquanto que a outra a resistˆencia equivalente
eqque representa o efeito do circuito secund´ario no circuito prim´ario. Portanto, , ¼ '¿$.- @° v eq A , onde $ ´e a fem rms do amplificador. De acordo com a Eq. 36-38,
eq ' @ »O¼ -»\º A , de modo que , ¼ ' $ ° v @ »O¼ -»\º A e ¥ med ' $ @ » ¼ -» º A ² ° v @ »O¼ -»\º A d´
Desejamos encontrar o valor de »O¼
-»\º para o qual ¥ med seja m´ınimo. Introduzindo uma vari´avel auxiliar
À ' @ » ¼ -» º A , temos ¥ med ' $ À @ ° v À OA de modo que ¥ med À ' $ @ ° h À OA @ ° v À OA I e
que ´e zero paraÀ 'Y°- ' F -F ' F . Obser-ve que paraÀ
pequeno,¥ medcresce linearmente com
À
e que paraÀ
grande¥ meddecresce proporcionalmente a
-À
. PortantoÀ 'f°-
´e de fato um m´aximo, n˜ao um m´ınimo. ComoÀ ' @ »9¼ -»\º A
, vemos que a potˆencia m´axima ´e alcanc¸ada para @ »9¼ -»\º A ' F , ou seja, quando »9¼ » º ' N8