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cartão. Mora gente no país, tem radioamador ativo, mas QSL que é bom nada! Quer um exemplo? Tente confirmar HH, HR, YN, YS, TZ, EP, EZ, dentre

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MANJUBA NO BARBANTE

Eu comecei a fazer rádio no ano passado e já tenho mais de 300 paí-ses, só em 10 metros! Ou ainda: “Eu tenho todos os países exceto alfa cinqüenta e um que eu perdi porque estava viajando”. É comum ouvir na faixa essas e outras bravatas. Será que eles tem mesmo? Ou não passam de rematados mentirosos? Como é a caminhada para chegar ao topo? Quanto tempo demora para chegar lá? E as confirmações? CW ou fonia? Como fazer para melhorar o percentual de recebimento? O número anterior da revista QTC Magazine mostrou que o DXCC ofere-ce selos de endosso em múltiplos de 50, isto é, 150, 200, 250. En-tre 250 e 300 em múltiplos de 25, ou seja 275 e 300. Esses números não são ao acaso, eles representam os diversos patamares da sua su-bida rumo ao topo.

Um operador dedicado, com um mínimo de habilidade e uma estação ra-zoável, algo como uma antena tribanda, de 3 elementos, para 10, 15 e 20 metros, dipolos para 40 e 80 metros, um bom receptor e um li-near de 500 watts efetivos, tem obrigação de fazer os 100 países iniciais num final de semana, por exemplo, operando durante o con-curso CQWW, tanto faz que seja em fonia ou telegrafia.

Com essa mesma estação, esse mesmo operador pode atingir os 250 pa-íses em um ano com relativa facilidade, dependendo apenas da dedi-cação e da disponibilidade de operar no início da noite é entre 6:00 e 7:30 horas (local) da manhã.

Entre os 250 e 275, a subida depende do número de expedições. Um ano com uma boa safra pode trazer 20 ou mesmo 25 países novos, as-sim o selo de 275 só vai ser conseguido, na maioria das vezes, no ano seguinte.

A partir dos 275, é que o radioamador aspirante a DXer passa a me-recer esse título, isto é, quando tem o selo de 275 pregado no seu diploma. Na verdade, o DXCC começa aqui. Se a vida começa aos 40 o DXCC começa nos 275 países.

Entre 275 e 300 a subida complica um pouco, o agora considerado DXer, o iniciado, precisa estar bem informado, assinar boletins, bater papo em fonia com DXers de outros países, enfim, estar por dentro do que acontece nas faixas.

É ainda neste período, ao redor de 290, que, o DXer finalmente con-segue confirmar todos os países trabalhados. Até aqui sempre tinha 2 ou 3, que “encantavam”, ficavam complicados para confirmar. Ele já havia trabalhado algumas estações do mesmo país e ninguém pagava

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cartão. Mora gente no país, tem radioamador ativo, mas QSL que é bom nada! Quer um exemplo? Tente confirmar HH, HR, YN, YS, TZ, EP, EZ, dentre outros. Um conhecido DXer de São Paulo, excelente opera-dor, demorou anos para confirmar Chile!

É aqui também que acontecem as desistências. O tempo passou, outras atividades da sua vida particular passaram a determinar novas prio-ridades, não há mais país fácil de trabalhar, fica 2 ou 3 meses sem um único contato interessante e o desânimo chega.

Para evitar essa parada, mais comum do que você pensa, a solução é começar a operar outras modalidades. Por exemplo, iniciar o DXCC em RTTY, fazer o 5 bandas, iniciar o terrível 5 bandas WAZ. Este di-ploma é tão terrível, tão miseravelmente difícil que será assunto de outro número da revista QTC. Se você estiver interessado nessas ou em outras atividades você não desistirá e a caminhada para o to-po, embora lenta, continuará.

Se você passou essa etapa pode se preparar para o pior, acima dos 300 países os selos são em múltiplo de 5, que é onde realmente o diploma começa a ficar difícil. Aqui é encrenca certa, não basta trabalhar o país, agora cada vez mais raro, é preciso não só firmá-lo, o que não é tão difícil nesta fase pois você só vai con-seguir país novo em expedição e o QSL é certo, mas também que a ex-pedição seja validada pela ARRL e seu cartão possa ser creditado. Não sabia que a coisa funciona assim? Impossível? Veja os exemplos de operações não validadas:

Burma, XZ9A. Quando a operação no país era proibida, um grupo de guerrilheiros operou com o indicativo XZ9A, documentadamente dentro de Burma e o país não valeu.

North Yemen, 4W0PA. Esta operação foi feita pelo Dr. Hans, um médi-co holandês, engajado num programa de auxílio médimédi-co ao país, ope-rando sob licença do governo, junto a oficiais do exército, e não valeu. Ele operava com 100 watts e um dipolo, o pile-up ficava gi-gantesco nas poucas horas que ele podia estar no ar. O QSL veio e... não valeu, a ARRL não aceitou apesar da farta documentação a-presentada.

North Korea, P5RS7. A até então inoperada Córeia do Norte finalmen-te foi colocada no ar por um time russo formado por UB4JDM, UW0MF, UT3UY e 3W3RR. Grande operação, os russos deram um show em telegra-fia, o Romeo Stepanenko, 3W3RR, foi um espetáculo a parte, copiava 3, às vezes 5 indicativos de uma só vez, operando em alta velocida-de e não cometia um único erro. Brilhante! Mais uma vez a ARRL

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re-cusou uma operação, alegando ter sido foi feita de algum ponto da rússia asiática. Mais tarde isso se confirmou, e o Romeo Stepanenko foi expulso do DXCC, incluindo todas suas outras expedições, dentre elas ao Afeganistão, Iran, Burma etc.

Yemen, 7O1A. A operação foi feita com licença do governo, mas a ARRL achou que a autoridade que a assinou não era competente para tanto e não aceitou a operação para crédito.

Acontece ainda alguns casos em que a ARRL decide cancelar algumas operações já aceitas anteriormente para crédito, como é o caso re-cente de Uganda. Ela simplesmente decidiu que não valia mais ale-gando falcatruas nas emissão das licenças expedidas de 1995 para cá e cancelou todos créditos de Uganda de todos os detentores do di-ploma, mantendo apenas aqueles que creditaram o país antes disso. Assim, um DXer só pode dizer que tem o país quando a ARRL realmente valida a operação e torcer para que não a anule.

Só após essas 3 fases: QSO, QSL e crédito e que se pode dizer: “eu tenho o país”. Antes disso, o que existe á apenas expectativa, nada mais.

Qual a modalidade mais difícil? CW ou fonia? Os foneiros dizem que CW é mais fácil e os cedablistas dizem que fonia é muito mais fá-cil. Na minha opinião, mas isto é um ponto de vista muito pessoal, creio que as expedições são mais fáceis de quebrar o pile-up em te-legrafia. Isto porque os operadores de CW são, sem qualquer sombra de dúvida, muito melhores, mais disciplinados e, aqui a grande di-ferença, escutam melhor. Assim, nas mais das vezes, eu trabalho a expedição em CW e depois, com mais calma, em fonia.

Por outro lado os países semi-raros, aqueles que o colocam entre 250 e 300 países, são menos freqüentes em CW e os operadores de fo-nia levam aqui alguma vantagem. Mas no final das contas acho que as facilidades, ou dificuldades, se equiparam. Estes, os semi-raros, aparecem nos famigerados DX-Nets que proliferam ao redor do mundo, promovendo a mediocridade. Net é para operador destituído de qual-quer habilidade, medíocre. DXer que se preza, que honra seu diplo-ma, não faz país em net.

Outro mito é que o operador de CW paga melhor o QSL. Pelas minhas estatísticas as confirmações em CW representam 29,84% ao passo que em fonia as confirmações atingem 30,89%. Isto mesmo, menos do que um terço dos QSOs são confirmados!

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Todo radioamador ao fazer um DX já recebeu um texto mais ou menos assim: “TNX FER FB QSO DR OM ES QSL IS SURE VIA BUREAU...“. Passa um ano, dois e nada do QSL. Como fazer para conseguir o cartão? Este cartão QSL, flexiona-se no masculino, é o alimento do radioa-mador, como dizia o saudoso Rebouças, PT7YS, companheiro de infin-dáveis caçadas. Quem flexiona QSL no feminino, a QSL, é PX, ou os novatos, ainda impregnados do chulo linguajar daqueles. Aqueles mesmos que se referem ao amplificador linear de “a linear”, “bota”, antena direcional de “diretiva” e outros impropérios. Um horror! Até os 275 países é comum, que o número de países trabalhados seja bem maior que o número de países confirmados devido a natural demo-ra em receber um QSL.

Existem algumas regras que ajudam a receber um cartão, e que deve, tanto quanto possível serem observadas, começam pelo QSL, passam pela escolha do envelope, pelo endereço da estação de DX, pelo ma-nager dentre outras. Vamos a elas.

Um QSL deve medir 14 cm x 8,8 cm, impresso em papel de 180 gr/m² e deve ser, tanto quanto possível, atraente. Não é preciso gastar muito dinheiro para ter um cartão bonito basta ser original, de bom gosto, bem diagramado, e, se você for gastar um pouco mais, combi-nando bem as cores. Colocar uma caricatura desenhada com bico de pena faz com que o cartão fique muito simpático, peça para alguém que saiba desenhar ajudar a fazer o seu cartão, ou procure na In-ternet algumas sugestões de desenhos, existem milhares de páginas gráficas com motivos apropriados, como por exemplo o site de AC6V no endereço http://www.ac6v.com

O envelope deve ser pardo e não pode conter qualquer indicação que o destinatário é um radioamador. Sua carta deve, tanto quanto pos-sível, parecer com uma correspondência normal de modo a não levan-tar a mínima suspeita que dentro dela possa eslevan-tar uma nota de 1 dó-lar ou IRC.

Este é um erro muito comum, os novatos ficam muito orgulhos de sua condição de radioamador e colocam em letras grandes: “Amateur Radio Station”. É tiro certo, não tem erro, o seu cartão desaparece junto com o dólar, com o IRC, some tudo!

Mande sempre um envelope auto-endereçado para ser usado na volta do cartão. Lembre-se que o operador da estação de DX ou o manager não são seus secretários e não tem a mínima obrigação de passar suas horas de folga preenchendo envelopes com endereços estranhos. Para

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o envelope auto-endereçado use daqueles comuns, aéreo, com a borda verde-amarela.

Coloque pelo menos 1 IRC para garantir o retorno do cartão. País que não tem bureau só paga QSL se você mandar diretamente para o operador, via direta, como se costuma dizer. Você não pode argumen-tar que se você manda direto o outro tem obrigação de pagar via di-reta. Isto não é verdade e não existe. Uma estação de DX operando de um país relativamente raro, faz mais de mil QSOs por mês e você não pode exigir que ele gaste mais de US$ 1.000,00 por mês apenas em selo de correio, só para deixá-lo alegre. Se você quer o cartão pague pelo porte postal, é o mínimo que você pode fazer. Lembre-se ainda que cartão de PY ele tem uma gaveta cheia e o seu lindo QSL não vale absolutamente nada para ele.

No envelope auto-endereçado, coloque os dados do QSO como na figura ao lado. Se o manager ou o DX perder o seu cartão, ele pode confirmar o contato apenas lendo os dados cons-tantes no envelope. Da mesma forma que no envelope para o destinatário, não coloque no envelope auto-endereçado qualquer indicação que você é radioamador, coloque apenas os seu nome e endereço e, de prefe-rência, datilografado ou impresso.

Peça para algum amigo que vai para os USA, ou para algum parente que vai para a Disney, comprar uma cartela com 100 selos americanos no valor de um porte aéreo simples. Este selo paga a volta do seu cartão por via aérea e sai muito mais barato que mandar uma nota de um dólar ou IRC. Obviamente isto só vale para os managers america-nos, que, diga-se de passagem, são a maioria.

Se você usa etiqueta para informar os dados do QSO, não se esqueça de colocar o seu indicativo na etiqueta, por exemplo: 73 DX DE PY2YP. Suponha que seu indicativo está no anverso do cartão e a e-tiqueta no verso, o manager vai ter que virar o QSL para saber para quem ele tem que responder e nessa virada ele pode esquecer o seu indicativo e invalidar o QSL. Isto vale para os QSL que tem o indi-cativo de um lado e os dados atrás, portanto coloque seu indicati-vo, se for o caso, nos 2 lados do cartão. Alguns managers ficam ex-tremamente irritados com esse vira-desvira e deixam o seu QSL por último. Exagero? Experimente pagar 100, apenas 100 QSLs, nesse

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vi-ra-desvira, você vai ficar feliz quando achar um correto! A regra é simples: facilite as coisas e a estatística melhora.

Finalmente, certifique-se que o endereço do DX está correto ou ain-da, no caso de manager, se este é realmente o manager da estação. Em alguns casos, como 3V8BB, pode existir mais de um manager para a mesma estação. Neste caso a data do QSO vai determinar qual o mana-ger. É de todo recomendável comprar um CallBook recente e assinar o boletim de manager GoList, sem dúvida alguma a melhor publicação de managers existente.

Manter o seu endereço atualizado no site QRZ, www.qrz.com ajuda muito a receber um ou outro QSL direto.

O boletim GoList pode ser encontrado em http://www.golist.net onde você pode fazer sua assinatura pagando com seu cartão de crédito. Bons DX e melhores confirmações e lembrando o que diz o veterano PY2OW, grande caçador de figurinhas: “Eu quero ver é manjuba no barbante. O resto é papo furado!”

Referências

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