MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
À vista desse fato a interessada cursou novamente o 2º grau, agora em colégio idôneo, tendo concluído
t d 1990
"A interessada não colou grau ao conclu-ir os estudos do 3º grau, por ter sido verificada a improcedência do documento comprobatório de Conclusão dos estudos do 2º grau, quando da montagem do processo de registro do Diploma de Bacharel em Di_ reito."
Concluiu o curso em 1982, ocasião em que a Universidade verificou que seu diploma de 2º grau fora expedi-do por instituição irregular. A IFE certificou, na ocasião:
A interessada matriculou-se no curso de Direito da Universidade Federal de Uberlândia, no ano de 1977 , após prestação de concurso vestibular.
I - RELATÓRIO
RELATOR: SR. CONS. FÁBIO PRADO
Convalidação de estudos de 2º grau. ELCI GARCIA VIEIRA
ASSUNTO
INTERESSADO/MANTENEDORA
MG UF
P A R E C E R
A exigência de curso secundário para in gresso em curso superior e tradição de nosso direito educacional.
Veja-se, a respeito, exemplificando, o texto original da Lei 4.024, de 20 de dezembro de 1961:
"Artigo 69 - Nos estabelecimentos de en sino superior podem ser ministrados os seguintes cursos:
a) de graduação , abertos à matricula de candidatos que hajam concluído ciclo colegial ou equivalente, e obtido clas-sificação em concurso de habilitação". Redação análoga consta no artigo 17 , alínea "a", da Lei 5.540, de 28 de novembro de 1968:
"Artigo 17 - Nas universidades e nos es tabelecimentos isolados de ensino supe rior poderão ser ministradas as seguin-tes modalidades de curso: a) de graduacão, abertos a matricula de candidatos que hajam concluído o ciclo colegial ou equivalente e tenham si-do classificados em concurso vestibular". Na mesma linha a Lei 5.566, de 19 de no-vembro de 1969, assegurou aos graduados em escolas normais o direito de se inscrever nos concursos vestibulares.
0 artigo 1º do Decreto 68.908, de 13 de julho de 1971 :
"Artigo lº - A admissão aos cursos supe riores de graduação será feita mediante classificação, em Concurso Vestibular dos candidatos que tenham escolarização completa de nível colegial, ou equiva - lente".
(NOTA: o Decreto 68.908/71 foi revogado pelo Decreto 99.490/90).
O artigo lº da Resoluçao 9/78, que repe_ te o artigo 17 da Lei 5.540, acima citada.
E o artigo 43 da Portaria 107, de 28 de janeiro de 1981.
Finalmente, o artigo 1º da Portaria 837, de 31 de agosto de 1990:
"Artigo lº -A inscrição no concurso ves tibular será concedida à vista da pro va de conclusão do ensino de segundo grau ou equivalente, podendo, a juizo da instituição responsável, ser apre -sentada atá a data final de matrícula, considerando-se nula a classificação quando assim não ocorrer."
Obviamente, o curso colegial concluído deve se revestir de legitimidade. Cursos ministrados em estabeleci -mentos não conhecidos são inoperantes para a finalidade exigida na le-gislação.
Apenas em face de circunstâncias excepcionais, já conhecidas em alguns casos por este Conselho Federal, po -der-se-á considerar "a posteriori" a exigência.
Em tais casos deve ficar evidenciada a boa-fé do estudante, bem como a inexistência de ardil ou meio escuso pa-ra a obtenção do certificado de 2º gpa-rau.
Tal é, a nosso ver, a hipótese dos autos. Todavia, para o integral cumprimento da legislação acima citada, torna-se necessário que a interessada submeta -se a novo concurso vestibular. Se lograr aprovação, deverá se matri_ cular na 1º serie do curso universitário e requerer o aproveitamento dos créditos anteriormente obtidos.
Apenas com a observância desses proce-dimentos, e desde que aproveitados os créditos, poderá ser expedido o respectivo diploma.
DECISÃO DA CÂMARA: A Câmara de Legisla-ção e Normas acompanha o voto do Relator.
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CONSELHO FEDERAL OE EDUCAÇÃO - CFE
FOLHA DE PRESENÇA REFERENTE À SESSÃO PLENÁRIA DO DIA 02/12/1992, REALIZADA ÀS 15 HORAS.
REUNIÃO ORDINÁRIA DE_________________________/ 1992.
ENCARREGADO DOS TRABALHOS DO PLENÁRIO-CFE BRASÍLIA, DE
24. YUGO OKIDA
23. VIRGÍNIO CÂNDIDO COSTA DE SOUZA 22. SYDNEI DOS SANTOS
21. SILVINO JOAQUIM LOPES NETO 20. RAULINO TRAMONTIN
19. PAULO ALCÂNTARA GOMES
18. MARGARIDA MARIA DE R. S. P. LEAL 17. LÊDA MARIA C. NAPOLEÃO DO REGO 16. LAYRTON BORGES DE MIRANDA VIEIRA 15. LAURO FRANCO LEITÃO
14. LAÉRCIO DIAS DE MOURA (PE)
13 - JOSÉ LUITGARD MOURA DE FIGUEIREDO
12. JOSÉ FRANCISCO SANCHOTENE FELICE 11.JORGE NAGLE
10.IB GATTO FALCÃO 9. GENARO DE OLIVEIRA 8- FABIO PRADO
7. EDSON MACHADO DE SOUSA
6. DALVA ASSUMPÇÃO SOUTTO MAYOR 5. CÍCERO ADOLPHO DA SILVA
4. CÁSSIO MESQUITA BARROS
3. ADIB DOMINGOS JATENE 2. ERNANI BAYER
1. MANOEL GONÇALVES FERREIRA FILHO NOME DO CONSELHEIRO