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RESUMO. Palavras-chave: Ivorá; Patrimônio Histórico Cultural; Turismo. 1. INTRODUÇÃO

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Academic year: 2021

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A VALORIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL

DO MUNICIPIO DE IVORÁ/RS

1

CARGNELUTTI, Janine

2

, COELHO, Eva Regina

3

1 Trabalho de Pesquisa _UNIFRA

2 Curso de Turismo do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil; 3 Curso de Turismo do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil; janycargnelutti@hotmail.com ; evaregina@unifa.br

RESUMO

Este artigo apresenta resultados parciais do Trabalho Final de Graduação do Curso de Turismo/UNIFRA, sob o título “A preservação do patrimônio histórico cultural urbano de Ivorá/RS e o desenvolvimento turístico” tendo como objetivo analisar a valorização e preservação do patrimônio histórico cultural do município de Ivorá/RS. Metodologicamente trata-se de uma pesquisa bibliográfica, descritiva, envolvendo trabalho de campo na cidade de Ivorá e prevendo análise qualitativa dos dados coletados. O que se constata até o momento é que os costumes, as crenças e o modo de vida do imigrante foram preservados e valorizados até os dias de hoje, fazendo desta cidade um cenário típico da cultura italiana, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social. Tal característica poderá servir ainda como atrativo turistico para o local.

Palavras-chave: Ivorá; Patrimônio Histórico Cultural; Turismo.

1. INTRODUÇÃO

O município de Ivorá está localizado, na região central do estado do Rio Grande do Sul, sua sede distancia-se 54 km do município de Júlio de Castilhos, 52 km de Santa Maria, 18 km de Faxinal do Soturno e 360 km da capital do estado, Porto Alegre.

A história da fundação e colonização de Ivorá está ligada ao processo de imigração italiana desenvolvido no Rio Grande do Sul a partir de 1875. Devido a vários fatores de ordem econômica, política e social, grupos de italianos deslocaram-se de seu país e instalando-se no Brasil, principalmente na região do país a convite do governo imperial brasileiro. A intenção do governo brasileiro era, entre outras, povoar o extremo sul do Brasil tendo como base econômica a pequena propriedade e a mão-de-obra livre. (RIGHI; BISOGNIN; TORRI, 2001).

Vários grupos de imigrantes chegaram ao Rio Grande do Sul procedentes das mais diversas regiões italianas e instalaram-se no nordeste gaúcho, criando colônias. A quarta leva de imigrantes italianos a se estabelecer no Rio Grande do Sul chegou em 1876, e se

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Entretanto, a história de Ivorá/RS inicia-se em maio de 1883, quando o Dr. Manuel J. Siqueira Couto, diretor da colônia de Silveira Martins, principiou a medição dos lotes coloniais que seriam destinados aos imigrantes italianos lá acampados. Inicialmente designada como Núcleo Norte, por estar localizado ao norte de Silveira Martins, primeiro núcleo da colônia italiana criado nesta região, a localidade recebeu a denominação “Nova Údine” em homenagem aos primeiros colonizadores, muitos deles naturais de Údine, na

Itália. De acordo com Righi; Bisognin e Torri (2001) “o primeiro colono a se estabelecer lá

com sua família foi Valentin Zancan, seguindo-se poucas semanas depois, outras famílias”. Administrativamente, desde 1899 foi anexado ao então município de São Martinho, tendo sido elevado à categoria de distrito deste município, em 1899 ao qual ficou pertencendo até 1901, quando passou a ser o 2° distrito de Júlio de Castilhos.

Em 1939 foi nomeado Ivorá, nome indígena que significa “Rio da Pedra formosa”, por sugestão do Instituto Histórico e Geográfico do Estado do Rio Grande do Sul.

A luta dos primeiros tempos dos imigrantes na colônia foi difícil devido às grandes distâncias entre os núcleos e falta de estradas e de apoio dos governos. No entanto, os colonos souberam manter sua integridade baseada principalmente na unidade da família, na religiosidade e na preservação da italianidade de seus costumes. Este aspecto nota-se, principalmente, na manutenção de suas construções originais ainda mantidas e valorizadas pelo uso.

A preservação do patrimônio histórico cultural urbano tem importância fundamental para o desenvolvimento e enriquecimento cultural de um povo. O cuidado com sua conservação e valorização deve ser meta de qualquer cidade que pretende mostrar à sua população e visitantes o quão é importante manter a historicidade e a cultura para as gerações futuras, prinpalmente como fator de unidade do grupo.

Por outro, lado a população deve entender a importância da conservação e valorização do seu patrimônio material como condição para manutenção da memória histórica do local responsável pela sua identidade.

O presente trabalho busca discutir a respeito da valorização do patrimônio histórico cultural, no município de Ivorá situado na Região da Quarta Colônia de Imigração Italiana do Rio Grande do Sul.

Assim, preservar e assegurar a conservação de bens com valor cultural deve ser de grande importância para uma localidade e uma meta a ser atingida pela administração, com apoio da comunidade. É necessário formar cidadãos com base cultural, que saibam valorizar e cuidar de seu patrimônio cultural.

Neste sentido o presente trabalho justifica-se em razão de que o município de Ivorá/RS, rico em prédios históricos, em manifestações culturais, além das belezas naturais,

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configura-se como um expressivo valor turístico cultural desde que valorizado e preservado seus bens culturais.

A identidade das construções dos descendentes de italianos atrai visitante e a partir das melhorias de infraestrutura de acesso com o asfaltamento das vias estaduais que ligam o município de Ivorá às demais regiões, que se realiza atualmente, permite vislumbrar um fluxo de visitante maior para os próximos anos, podendo assim desenvolver o município turisticamente.

2. DESENVOLVIMENTO

O patrimônio histórico de uma comunidade pode tornar-se grande motivação para o incremento do turismo cultural e, quando bem administrado, promove o deslocamento de turistas representando um atrativo que pode perdurar indefinidamente. O patrimônio

histórico cultural, segundo observa Dias (2006, p. 47) ”seja ele arqueológicoo, histórico,

industrial, ferroviário etc, - consitui recurso econômico, passivel de ser utilizado como ferramente para o desenvolvimento”, e “trará benefícios para a comunidade local, com aumento de renda e da oferta de trabalho”.

O mesmo autor citado (2006, p.67) fornece o conceito de patrimônio cultural como o “conjunto de bens materiais e não materiais que foram legados pelos nossos antepassados e que em uma perspectiva de sustentabilidade, deverão ser transmitidos aos nossos descendentes”, acrescidos de novos singinfcados. Compreende-se então que este conjunto de bens culturais pode ser caracterizado numa perspectiva de que diferencia os bens materiais dos bens imateriais. O presente estudo remete aos conceitos dos bens materiais ou tangíveis, a partir do momento em que se preocupa com a valorização do patrimônio edificado de Ivorá, formado das edificações criadas pelos imigrantes e seus desencentes e que hoje refletem os valores transmitidos pelas gerações anteriores à comunidade atual. Ao identificar-se com esta herança material, a população poderá usá-la como recurso educacional, consolidando a memória para as gerações futuras.

Com o intuito de analisar a viabilidade do patrimônio construído de Ivorá vir a ser

usadocomo atrativos turísticos foram selecionadas as seguintes edificações, consideradas

como de expressão da identidade local: Museu Alberto Pasqualini, antiga casa onde o Senador Alberto Pasqualini nasceu e viveu sua infância; Conjunto formado pela Igreja Matriz de São José, Torre do Cristo Rei e Casa Paroquial; Prédio da Prefeitura Municipal (Antigo

Seminário Nossa Senhora Aparecida); Escola Estadual de Educação Básica Padre Pedro

Marcelino Copetti (Antigo Colégio de Notre Dame); Hospital Nossa Senhora da Saúde.

Cada uma dessas edificações é considerada um legado histórico, a ser valorizado e conservado para permanecer na memória dos moradores descendentes da imigração

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Assim o conjunto da Igreja Matriz de São José, juntamente com a Torre do Cristo Rei e a Casa Paroquial é um dos principais cartões postal de Ivorá. Possui estilo expressivo das construções da região da religião de colonização italiana. A religião católica foi o sustentáculo a que os colonos se apegaram para salvar sua própria identidade cultural, para conseguir vencer os traumas da imigração, preenchendo o vazio encontrado na nova pátria adotada. (BUSATO, 1944).

Conforme Zanini (2006, p.137) “a religião foi um dos elementos mais importantes no processo de enraizamento do imigrado em terras brasileiras”. A tradição religiosa do imigrante, através da religião católica foi transportada e revivida, fator que serviu para amenizar seu isolamento em meio às matas virgens, superar as dificuldades e fugir de uma desintegração social.

Assim começou a história da construção da Igreja Matriz do Município de Ivorá/RS (Fig.1). Na falta de sacerdote, cada chefe de família procurava manter viva no seu lar a fé herdada de seus antepassados. À noite rezava-se em comum o rosário, quando então o pai e a mãe ensinavam a doutrina cristã a seus filhos, suprindo assim a falta do sacerdote.

Na intenção de conseguir um padre que atendesse permanentemente as necessidades espirituais da comunidade, foi enviada uma comissão a Vale Vêneto, sede espiritual da colônia. Nessa ocasião encontrava-se em Vale Vêneto, o Pe. Guilherme Witmee, procurador geral dos Palotinos, o qual se encontrava em viagem de inspeção e atendeu prontamente o pedido. Em maio de 1885 o Pe. Guilherme Witmee celebrou a primeira missa em Ivorá na primeira capelinha construída pelos colonos, em 1883. A rústica capela, em madeira, com 07 metros de comprimento por 04 metros de largura e 03 metros de altura, tinha como padroeiro o patriarca São José. Este foi o primeiro santuário da localidade. (BUSATO, 1944).

Desde 1886, com a vinda definitiva dos palotinos para Vale Vêneto, a capela de Ivorá ficou sendo atendida regularmente, todos os meses, pelos mesmos. Também em 1886, foi

Figura 1: Igreja Matriz de Ivorá/RS; Foto, Prefeitura Municipal de Ivorá.

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construída a Casa Canônica. Em janeiro de 1899, chegaram os sinos, que foram colocados na torre de madeira, permanecendo até 1931 quando passaram para a torre de alvenaria de 44 metros de altura, realização do pároco da época Monsenhor Busato. (CARGNELUTTI, 2012)1.

Com a visita mensal dos padres de Vale Vêneto, que aqui permaneciam regularmente, dois ou três dias, e com o aumento constante da população, tornou-se a pequena capela de madeira insuficiente para conter os fiéis, e mesmo, pouco adequada á grandeza do culto divino. Resolveu-se dar início a uma nova igreja construída em pedra. Foi nomeada uma comissão, composta pelos senhores José Zancan, Luiz Giberti e Ângelo Rosa que, de casa em casa, arrecadavam esmolas e pedindo a subscrição da quantia que cada família pudesse doar para a construção da nova capela. (CARGNELUTTI, 2012).

Houve várias interrupções na construção por falta de meios e por falta de material. Aos 25 de dezembro de 1895 já estava coberta e foi franqueada ao culto.

Já 12 de outubro de 1899, foi concluída a igreja Matriz. O entusiasmo que reinava entre a população ao realizar esta obra, baseava-se na esperança de conseguir um padre estável que presidisse os destinos espirituais do povo católico, de acordo com (BUSATO, 1943).

Outra grande obra construída e de importância para a comunidade, foi o Hospital Nossa Senhora Aparecida (Fig.3). Uma das grandes preocupações da comunidade era a falta de assistência médica em local apropriado. Na sede não existia um hospital e na época grandes dificuldades existiam para construí-lo. Após uma reunião convocada por Mons. Busato formou-se uma “sociedade pró-hospital”.

Figura 2: Torre da Igreja Matriz de Ivorá/RS; Foto: Prefeitura Municipal de Ivorá.

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Alugou-se o sobrado do Sr. Germano Venturini, que, após completamente reformado e adaptado às instalações necessárias, ali foi instalado o Hospital Nossa Senhora Aparecida, o primeiro de Ivorá, inaugurado aos 14 de fevereiro de 1943. Anos depois ali foi instalado o Seminário Nossa Senhora Aparecida e atualmente abriga as instalações da prefeitura Municipal.

Em 1951 iniciou-se a construção do novo prédio do hospital, hoje denominado de Hospital Nossa Senhora da Saúde. Sua inauguração deu-se a 15 de março de 1953, hoje completamente reformado, com equipamentos mais sofisticados para atender os moradores do município. Outra obra do Mons. Busato foi a criação do Pré-Seminário Nossa Senhora Aparecida que iniciou suas atividades provisoriamente no prédio do Hospital Nossa Senhora Aparecida, por isso levou o mesmo nome, Seminário Nossa Senhora Aparecida, inaugurado em 20 de abril de 1947. Foi o primeiro Pré-Seminário da Diocese de Santa Maria tendo como objetivo a preparação intelectual e moral dos alunos.

Também com o empenho de Mons. Busato, concluiu-se o internato/externato São José no Colégio das Irmãs de Notre Dame, inaugurado em 1° de março de 1959, que ficou aos cuidados das Irmãs de Notre Dame, que também administraram o Pré-seminário Nossa Senhora Aparecida e o Hospital Nossa Senhora da Saúde. De acordo com Busato (1944), Alberto Pasqualini, natural de Ivorá, nasceu em setembro de 1901, filho de Alexandre Pasqualini e Paulina Bortoluzzi.

Cursou quase todo o ginásio no Seminário Menor de São Leopoldo. Após, foi professor do Ginásio Anchieta em Porto Alegre. Matriculou-se na faculdade de Direito concluindo o curso acadêmico com raro brilhantismo. Doutorou-se em Direito em 1929, e ocupou o cargo de vereador da câmera municipal de Porto Alegre sendo depois escolhido como membro do conselho administrativo do Estado, no qual se distinguiu entre os demais pelos seus brilhantes trabalhos como jurista, ideólogo, doutrinador trabalhista e Senador da República, eleito em 1950. (BUSATO, 1943).

Faleceu no Rio de Janeiro em 02 de junho de 1962. Ivorá reconhece o filho ilustre Figura 3: Hospital Nossa Senhora da Saúde de Ivorá/RS;

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políticas que contribuíram para desenvolvimento do Brasil. Atualmente a casa onde Alberto Pasqualini nasceu tornou-se a Casa Museu Alberto Pasqualini.

Cada um desses prédios destacados possui um grande valor cultural e histórico para a comunidade ivorense. O patrimônio cultural caracteriza a memória e a identidade de uma sociedade, e se configura como histórico quando de acordo com Rodrigues (2001) permite fortalecer um intercâmbio de crenças, valores e modos de pensar e agir de diversos povos, pois permite geração de conhecimento, externa aspectos artísticos e promove intercâmbio entre residentes e visitantes.

Em Ivorá é visivel a marca da colonização italiana, mediante as características culturais como: arquitetura, gastronomia, festas, modo de vida, costumes e no simbolismo religioso. Ou nos aspectos econômicos como ocupação do meio rural, agricultura e pela incorporação do turismo.

O município possui um grande potencial para o desenvolvimento de atividades turísticas. Sua cultura estabelece um atrativo e incentiva a comercialização e o consumo cultural, por isso ao ser utilizado a estética de sua paisagem natural aliada à arquitetura e patrimônio cultural histórico, deve valorizar e preservar seus bens materiais e imateriais.

Ao longo dos anos, a atividade turística vem ganhando forças com a valorização de aspectos culturais e históricos configurando-se como uma importante atividade econômica em todo o mundo, no entanto, não se pode resumir o turismo como puramente econômico, mas também como um resgate histórico em defesa da valorização dos elementos da cultura local como atrativo turístico, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da comunidade.

O turismo cultural compreende atividades turísticas relacionadas às manifestações culturais, ao conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural de um determinado local. Para Funari, Pinsky (2001) o turismo tende a considerar o turismo cultural como aquele que se volta para certos tipos de atividades mais propriamente “culturais”, como as visitas a museus, cidades históricas, roteiros temáticos, por exemplo. Nesta linha de pensamento pode-se entrever Ivorá através da sua história da imigração italiana: seus costumes, a sua gastronomia, sua devoção religiosa, expressão do seu patrimônio cultural, onde pode ser explorado turisticamente pela comunidade e visitantes.

Assim, o turismo cultural relaciona-se com a motivação do turista em vivenciar os bens culturais de forma a preservar a sua integridade. Se o turista se mostra motivado a conhecer um bem cultural, isso se torna uma forma de admiração e respeito, resultando na prática do turismo cultural. O turismo cultural em Ivorá tem uma riqueza de bens a serem explorados e admirados pela sua comunidade e os visitantes.

De acordo com esta visão, o turismo cultural em Ivorá apresenta consideráveis perspectivas para seu desenvolvimento se for direcionado, além do que já vem sendo feito,

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para a exploração da cultura popular, também para uso turístico de suas edificações históricas.

3. CONSIDERAÇOES FINAIS:

O lugar vivido é o que desperta as novas atividades econômicas, especialmente o turismo. Assim como a cultura e hábitos italianos tornam-se uma marca econômica e social, especifica da região e dos municípios colonizados pelos italianos.

Esta marca caracteriza a Quarta Colônia, assim como, no município de Ivorá, onde suas antigas edificações e dos seus costumes herdados de seus antepassados faz dela um ponto turístico que deve ser conservado e explorado.

Refletir sobre a construção da memória de um lugar por meio da valorização de seus aspectos históricos que formam entre outros o seu patrimônio cultural parece ser uma tarefa que requer muito trabalho e dedicação. Todos os edifícios e monumentos descritos no texto possuem características marcantes na memória local. Alguns dos antigos moradores de Ivorá possivelmente se lembram com saudosismo de como era o Conjunto da Igreja, Prédio da Prefeitura Municipal (Antigo Seminário Nossa Senhora Aparecida) entre outros, nos seus primeiros tempos.

No contexto atual faz-se necessário discutir a importância do patrimônio como expressão de cultura e de identidade. O conhecimento e a valorização dos bens culturais contribuem para despertar da cidadania que expressam a história e a tradição local e regional, por isso, acredita-se que o patrimônio aguça o sentimento de pertencimento. Sua manutenção é uma alternativa para o desenvolvimento que viabiliza a inserção social da comunidade. Representa, ainda, um caminho para a dinamização do turismo.

Dessa maneira afirma-se que a valorização do patrimônio histórico cultural na cidade de Ivorá será alcançada se houver uma plena conscientização por parte de toda a sociedade e dos órgãos públicos do seu significado na construção da identidade local e da importância da conservação e divulgação dos bens culturais.

Acredita-se que através do reconhecimento do patrimônio e das tradições culturais será possível desenvolver a atividade turística cultural na região, gerando uma diversidade de benefícios sociais e econômicos para todos os agentes envolvidos em um mesmo intuito. A idéia deste trabalho é exatamente de estimular o conhecimento dos moradores de Ivorá sobre o patrimônio histórico cultural local, para assim poder valorizá-lo e divulgá-lo de forma positiva para os visitantes. Essa pesquisa poderá ajudar o município a se conscientizar sobre a necessidade de preservar o patrimônio cultural, em incentivar a sua diversidade e acima de tudo, a melhor compreender a importância de sua participação nesse processo e usufruto de seus resultados.

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REFERÊNCIAS

BELLINASO, Diác. Severino Tranquilo. Ivorá 100 anos de História 1883-1983. Santa Maria/RS, Ed. PALLOTTI, 1983.

BUSATO, Mons. Humberto. A Paróquia Ivorá no seu Jubileu de Prata. Santa Maria/RS: Escola Tip. “S. Antonio”; 1944.

DIAS, Reinaldo. Turismo e Patrimônio Cultural: recursos que acompanham o crescimento das cidades. São Paulo:Editora Saraiva, 2006.

FUNARI, Pedro, Paulo; PINSKY, Jaime (org.). Turismo e Patrimônio Cultural. São Paulo: Contexto, 2001.

RIGHI, José Vicente; BISOGNIN, Edir Lucia; TORRI, Valmor. Povoadores da Quarta Colônia. Porto Alegre/RS, 2001.

RODRIGUES, Adyr Balastreri. Turismo e espaço: rumo a um conhecimento transdisciplinar. 3. ed. São Paulo, SP: Hucitec, 2001.

ZANINI, Maria Catarina Chitolina. Italianidade no Brasil Meridional: a construção da identidade étnica na região de Santa Maria- RS, UFSM, 2006.

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