• Nenhum resultado encontrado

Introdução ao estudo da moeda Aula 1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Introdução ao estudo da moeda Aula 1"

Copied!
69
0
0

Texto

(1)
(2)

Origens e conceito de moeda

Conceito

 “A moeda pode ser conceituada como um bem

econômico qualquer que desempenha as funções básicas de intermediação de trocas, que serve como medida de valor e que tem aceitação geral....Além disso, como a moeda representa um poder de aquisição, desde o momento em que é recebida até o momento em que é dada em pagamento de outra transação, ela também se caracteriza como uma reversa de valor.”

(3)

Nota-se que um produto apenas

é aceito como ativo monetário

quando existe uma aceitação

geral pelos membros do grupo

(sociedade) em aceitar esse

ativo como pagamento das

transações efetuadas.

(4)

Os primeiros agrupamentos humanos, em

geral nômades, viveram sobre padrões

simples de atividade econômica.

Não conheceram a moeda e suas transações

eram realizadas diretamente em espécie,

(5)

As bases sobre as quais desenvolviam suas

atividades econômicas eram:

 Necessidades vitais: os grupos apresentavam

necessidades apenas vitais, como os

relacionados a alimentação e a proteção em

relação ao meio ambiente. O grupo não ia além dessas atividade rudimentares e para satisfazê-las justificava-se o nomadismo, pois fixar em uma única região deixaria o grupo em

(6)

 Os membros do grupo tendiam a desenvolver instrumentos primitivos de conservação dos alimentos extraídos da natureza, acumulando

excedentes e garantindo o suprimento do grupo e as trocas entre membros do grupo e trocas com

membros de outros grupos.

 Neste estágio de desenvolvimento, era relativamente fácil o encontro de indivíduos com excedentes de

certos produtos que não eram coincidentes.  O indivíduo (grupo) A disponha de excedente

desejado por B. Por sua vez, o indivíduo (grupo) B dispunha de excedente desejado por A.

(7)

 Essa dupla coincidência levava a uma operação

rudimentar de troca (escambo) que

realizavam-se diretamente em espécie sem a intervenção de instrumentos monetários.

(8)

 Dentro do grupo, novas funções e

especializações foram definidas: guerreiros, agricultores, pastores, artesão e sacerdotes.

 Ocorre o aparecimento do excedente

impulsionando novas trocas. Que tornam-se mais freqüentes devido a elevação da

produtividade e a sua diversificação oriundas da divisão de trabalho, especialização e o

surgimento de novos conhecimentos e técnicas de produção e manejo das culturas e rebanho.

(9)

 Conseqüências:

 A atividade econômica tornou-se mais complexa.

 O caráter sedentário da vida criou a necessidade de

novos bens e serviços.

 A dupla coincidência de desejos torna-se menos

comum devido a maior diversificação de bens e serviços disponíveis. Assim, a auto-suficiência dá lugar a interdependência.

 A troca de produtos considerada antes como

acessória pelos grupos primitivos torna-se fundamental para o desenvolvimento e

(10)

Primeira revolução agrícola

Quando ocorre a fixação de certos grupos em

determinadas áreas (como os deltas do Nilo, Tigre e Eufrades) as formas rudimentares de

relacionamento econômico são profundamente alteradas.

 Os grupos começam a desenvolver nestas regiões

práticas agrícolas organizadas e a domesticação de animais, deixando o nomadismo.

A vida social começou a ser mais complexa e a

produção diversificou pelo uso de novos instrumentos e técnicas.

(11)
(12)

As trocas diretas, antes comuns, começam a ceder

espaço a processos indiretos de pagamento.

As trocas são mais intensas e alguns produtos são

aceitos de forma mais generalizada nas trocas, configurando o surgimento da moeda.

Esses produtos são eleitos pelo(s) grupo(s) como

intermediário de trocas e mesmo quando não são úteis e/ou desejados, eles são aceitos sem

grandes restrições, pois todos sabem que eles

serão aceitos pelos demais indivíduos em futuras transações.

(13)

Resultado:

 As trocas já não são mais diretas.

Os produtos aceitos como intermediários passam a

desempenhar a função de intermediários de troca.

 O valor de todos os bens e serviços passa a ser

medido em relação a esses produtos-padrão. Estabelecem, assim, medidas de valor.

 Quem detém a posse desses produtos-padrão passa

a ter uma reversa de valor, uma vez que estes

(14)

A evolução histórica da moeda

O aparecimento da moeda decorreu da

necessidade de superar obstáculos para o

desenvolvimento do sistema de trocas em

economias não primitivas.

Devido a divisão do trabalho e a

especialização, nessas primeiras economias

não primitivas, a moeda foi fundamental para

a circulação dos produtos (excedente) entre

indivíduos do mesmo grupo e entre grupos.

(15)

O crescente número de produtos disponíveis

nos mercados primitivos passou a prejudicar

as trocas diretas (escambo) e o surgimento de

um sistema monetário era inevitável.

O encontro de indivíduos com desejos e

disponibilidade duplamente coincidente era

cada fez mais raro e as relações justas mais

difíceis e custosas (tempo).

(16)

Suponha a seguinte situação:

 O indivíduo A: produz sandálias

demanda ovos

O indivíduo B: produz ovos

demanda sandálias

 Resultado: existe uma dupla coincidência entre

(17)

Suponha agora a seguinte situação:

 O indivíduo A: produz sandálias

demanda ovos

O indivíduo B: produz ovos

demanda roupas

O indivíduo C: produz roupas

demanda sandálias

 Resultado: não há uma dupla coincidência entre os

desejos e a troca é indireta. O processo de trocas, de satisfação dos desejos dos indivíduos, demandará mais tempo. O indivíduo A deveria encontrar um novo

(18)

Processo de negociação:

 O indivíduo A para conseguir os ovos deverá

ter roupas. Então ele deverá trocar suas sandálias por roupas com o indivíduo C e depois, com a posse das roupas, trocar as roupas por ovos com o indivíduo B.

 Resultado: o processo demandará mais tempo,

o qual poderia estar sendo usado na produção de novos bens.

(19)

O tempo perdido poderia ser também usado como lazer.

O processo seria facilitado se houvesse um sistema monetário com moedas servindo como intermediário nas trocas.

Todos ganhariam em termos de mais produtos e lazer, seriam mais felizes.

(20)

As moedas-mercadorias

As primeiras moedas foram mercadorias e

estas deveriam ser raras (para ter valor) e

atender uma necessidade comum e geral

(para serem aceitas sem restrição nas

operações de trocas indiretas).

Assim, a moeda para ter aceitação geral

deveria ter valor de uso (poder ser utilizada e

atender a uma necessidade comum e geral,

para satisfação direta de determinadas

(21)

Deveriam também ter valor de troca (tendo o

valor de uso comum e geral passava a ter também valor de troca).

Assim, o valor de uso servia de garantia para o

valor de troca e, na realidade, eles se

confundiam (estavam altamente relacionados).

Garantia:

Para que as pessoas aceitassem a moeda, essa

deveria ter uma garantia que era, assim,

(22)

De acordo com o uso e costumes as

moedas-mercadorias variaram amplamente de

comunidade para comunidade e de época

para época.

(23)

Principais mercadorias utilizadas como moeda,

em diferentes épocas e regiões

Épocas e regiões Principais moedas-mercadorias

Antiguidade Egito Babilônia e Assíria Lídia Pérsia Bretanha Índia China

Cobre, anéis de cobre. Cobre, prata e cevada.

Peças metálicas cunhadas. Gado (bovinos e ovinos)

Barras e espadas de ferro, escravos.

Animais domésticos, arroz, metais (ouro e cobre).

Conchas, seda e metais. Instrumentos agrícolas. Cereais. Sal . Idade média Ilhas Britânicas Alemanha Islândia ... ...

Gado, ouro e prata.

Gado, cereais (aveia e centeio), mel, moedas (ouro e prata).

Gado, tecidos, peixes secos (notadamente bacalhau).

... ...

(24)

Épocas e regiões Principais moedas-mercadorias Idade média ... ... Noruega Rússia China Japão ... ...

Gado bovino, escravos, tecidos, manteiga, peles curtidas.

Gado bovino, peles, prata.

Arroz, chá, sal, peças de ferro, estanho e prata. Anéis de cobre, cobertos por ouro e prata.

Pérolas, ágata. Arroz. Idade Moderna Estados Unidos Austrália Canadá França Alemanha e Áustria Japão

Época colonial: fumo, cereais, carnes-secas, madeira e gado.

Rum, trigo e carne. Peles e cereais.

Metais preciosos e cereais. Gado.

(25)

Nota-se que as mercadorias aceitas são, de

forma geral, as de expressivo valor de uso

(tecidos, cereais, sal e gado).

Mesmo assim, dado o expressivo valor de uso,

estas moedas-mercadorias foram deixando de

ser usadas e foram progressivamente

(26)

Principais razões do descarte das

moedas-mercadorias:

 Muitas mercadorias eram não homogêneas

(gado: pequeno, grande, magro, gordo,...).

 Muitas mercadorias tinham o valor alterado ao

longo do tempo (bezerro, boi).

 Muitas mercadorias não eram facilmente

divisíveis ou transferíveis (diferentes partes do boi).

 A maior parte era de manuseio e/ou transporte

(27)

A origem e a evolução do metalismo

Como visto, grande parte das mercadorias

não desempenham as funções monetárias.

O intermediário de trocas deveria ser de fácil

transporte, manuseio, aceitação e

homogêneo.

Os metais mostraram-se mais ajustáveis as

funções monetárias.

 Possibilitaram o processo de cunhagem, pelo

qual certificava-se seu peso e garantia sua circulação.

(28)

Embora existem dúvidas históricas, os lídios

(sec. XVII a.C.) teriam sido o primeiro povo a

cunhar moeda, atestando seu peso e título.

No Império Romano os imperadores usavam a

moeda cunhada como meio de integração das

regiões conquistadas.

 Eram usadas como veículo de propaganda pela

cunhagem da própria efígie e de frases de efeito externo frente as populações conquistadas.

(29)
(30)
(31)
(32)

https://colnect.com/br/coins/coin/58304-1_Stater-388~380BC_-_Satrap_Tiribazos-Lidia

(33)

Na Idade Média os senhores feudais com o

poder de cunhagem de moedas podiam: a)

 apropriar de substancias parcelas da base

monetária

 A moeda possibilitava a cobrança de tributos.

 Maior facilidade na arrecadação e transporte.  Cada vez que os senhores impunham valores

nominais mais altos para iguais quantidades de metal ou reduziam essas quantidades em relação à unidade expressa de valor nominal elevava-se a sua

apropriação (caracterizada como uma cobrança de tributo) denominada como senhoriagem.

(34)

Os primeiros metais a serem cunhados e usados

como instrumentos monetários foram o cobre, o bronze e, especialmente, o ferro.

Porém, a abundância desses metais na natureza

comprometia o uso, em especial a função de reserva de valor (o metal deveria ser escasso para ter valor) e sua aceitação geral.

Nesse sentido, esses metais não nobres foram

progressivamente substituídos pelo ouro e prata (denominados como metais monetários por

(35)

As razões que fortaleceram as

substituições foram:

Os metais preciosos (ouro e prata)

foram muito procurados em todos os

países e épocas, sendo, assim,

altamente desejados.

Motivos: em razão de seus usos

materiais, caráter simbólicos e meio

de expressão de poder e riqueza.

(36)

 O ouro e a prata eram suficientemente escassos e as

novas descobertas eram relativamente insignificantes em relação ao estoque existente.

 Embora em alguns momentos da história fossem

verificados escassez destes metais e de suprimentos monetários, o crescimento da produção destes metais acompanhou o crescimento dos negócios.

 Assim, seu valor era relativamente estável ao longo do

tempo, confirmando a confiança das pessoas no metal como reserva de valor e favorecendo sua aceitação.

 O risco de elevação na oferta e queda no valor do ouro e da

(37)

O aparecimento da moeda-papel

Com o crescimento das trocas entre regiões

diferentes manifestaram-se alguns

inconvenientes do uso da moeda metálica

como forma de pagamento.

Entre eles:

 O transporte dos metais a longas distâncias era

difícil (devido ao peso dos metais e a

precariedade das estradas) e sujeito a riscos (possíveis roubos).

(38)

Assim, dadas essas dificuldades e riscos,

desenvolveram-se novos instrumentos

monetários mais flexíveis.

Os judeus, cambistas, ourives, abadias e as

casas bancárias italianas passaram custodiar

o ouro e a prata fornecendo aos depositantes

certificados de depósitos, que devido a

comodidade e segurança, começaram a

circular no lugar dos metais monetários.

(39)

Com a circulação desses depósitos como forma

de pagamento surgiu uma nova modalidade de moeda, a moeda representativa ou

moeda-papel.

A moeda-papel, com lastro de 100%, podia ser

convertida em metal em qualquer momento.

O nome e a honradez das casas de custódia

acabou em transformar o moeda-papel na

forma preferível de troca e reserva de valor ao longo do tempo.

(40)

A criação da moeda fiduciária

O uso generalizado da moeda-papel levou ao

desenvolvimento de uma nova modalidade de moeda, a moeda não integralmente lastreada ou moeda

fiduciária (fidúcia=confiança).

A moeda fiduciária ou papel-moeda é o tipo de moeda

usada hoje, é o dinheiro que não tem valor intrínseco.

A moeda fiduciária não tem valor intrínseco, sendo

baseada na confiança de que o dinheiro será aceito nas transações por todos.

“O dinheiro que não tem valor intrínseco é chamado

de moeda fiduciária, porque é instituído como dinheiro por determinação do governo”. (Mankiw, 2004).

(41)

Antes, a moeda-mercadoria e moeda-papel possuíam

valor intrínseco (que existe por si mesmo), pois poderiam ser usadas para vários propósitos além das transações.

“A quantidade de moeda disponível é chamada de oferta

monetária. Em uma economia que utiliza moeda-mercadoria, a oferta de moeda é a quantidade dessa mercadoria. Em uma economia que utiliza moeda fiduciária, como as economias atuais, o governo controla a oferta de moeda: restrições legais concedem ao governo o monopólio de impressão da moeda.... o controle sobre a oferta monetária é chamado de política monetária”. (Mankiw, 2004).

(42)

Como surgiu a moeda fiduciária?

A experiência mostrou que a conversão da

moeda-papel em metais preciosos não era

solicitada por todos os seus detentores ao

mesmo tempo.

Além disso, enquanto um agente requisitava a

conversão da moeda-papel em metais

preciosos (sacavam) outros requisitavam

novas emissões (realizam depósitos).

(43)

Isso levou as casas de custódia a emitirem

progressivamente, ainda que cautelosamente,

certificados não lastreados.

Dada a confiança da comunidade nos

honrados depositários (casas de custódia)

criou, assim, a moeda fiduciária, isto é, a

moeda sem lastro em ouro e prata.

A qual é baseada na confiança, segurança e

certeza.

(44)

Características da moeda fiduciária (papel-moeda):

 Lastro inferior a 100%.

 Menor garantia de conversibilidade, uma vez que

todos não podiam ao mesmo tempo converter papéis em moeda.

 Se isso ocorria, teria a quebra “geral do sistema”, como

ocorreu na França (nos anos imediatamente seguintes a morte de Luiz XIV) e na Inglaterra (Pânico de 1793) e nos EUA (corrida bancária, 1929).

 Só então após a quebra dos bancos e do sistema é que o Estado passou a controlar o mecanismo das emissões e a exercer seu monopólio.

(45)

O Estado passou a regulamentar as emissões,

estabelecendo três sistemas básicos:

 Sistema de cobertura integral: tornou as

emissões iguais ao montante do encaixe metálico.

 Sistema de reserva proporcional: foi

estabelecida uma relação legal entre a emissão e o encaixe metálico (mais ou menos entre 30 e 40%).

 Sistema de teto máximo: foi estabelecido um

(46)

Porém, a inflexibilidade do sistema levou as

instituições emitirem notas inconversíveis.

No entanto, após a Primeira Guerra Mundial, a

maior parte dos países procurou manter a conversibilidade das notas.

Porém, com a crise de 1929-33 (Grande

Depressão) os esforços mostraram-se inúteis e a idéia de conversibilidade foi abandonada e as

moedas nacionais (exceção do dólar que manteve a garantia de lastro metálico proporcional até

(47)

Assim , os lastros dos papéis em metais

preciosos ficaram no passado.

Hoje o sistema monetário é fiduciário e as

características que prevalecem, são:

Inexistência de lastro metálico.  Inconversibilidade.

(48)

A moeda bancária

Juntamente com a moeda fiduciária, a moeda

bancária, são as duas formas convencionais

de moeda hoje usadas.

Também conhecida como moeda escritural,

por corresponder a lançamentos à débito e a

crédito nas contas correntes dos bancos.

(49)

O desenvolvimento da moeda bancária ocorreu

quando os bancos notaram, por uma questão de cálculo de probabilidade, ser possível emprestar parte dos depósitos recebidos à vista, pois era improvável que todos os depositantes sacassem seus fundos ao mesmo tempo.

Começou, assim, a surgir o fenômeno

multiplicativo, pois as pessoas que recebem os empréstimos realizam novos pagamentos que acabam sendo depositados nos bancos e, assim, novamente emprestados.

(50)

Sua movimentação é realizada por cheques,

que são instrumentos de transferência e

movimentação.

Pelo fato de não ter existência física, a moeda

bancária também é conhecida como moeda

invisível.

(51)

Funções da moeda e sua importância

Função de intermediária de troca

 A moeda estabelece o padrão de troca (medida)

das transações.

 Exemplo: o valor de um automóvel é dado em

dinheiro, exemplo: R$50.000,00, e não igual a 15 computadores.

 É a razão principal de sua origem.

 Permitiu a passagem do escambo (trocas

(52)

 Os benefícios dessa função:

 Reduziu o tempo empregado nas transações diretas,

elevando o tempo disponível para lazer e produção, e, assim, elevando o bem estar social.

 Permitiu, assim, a maior produção.

 Ao eliminar os inconvenientes da dupla coincidência

aumentou a liberdade de escolha. Qual produto irei demandar, produzido por A ou B?

 Criou, assim, condições para a competitividade e

racionalidade dos sistema econômico.

 Permitiu a seu detentor a liberdade de escolha em

relação ao tempo. Quando realizar a decisão de consumo?

(53)

 Ao ser usada como meio de troca a moeda torna

possível a divisão do trabalho, a especialização e a elevação da produção.

 A especialização eleva a produção por unidade de

tempo e fator, aumentando o bem estar da coletividade.

 Nota-se que isso só é viável em economias

monetárias (a moeda permite transações de

volumosos e diversificados produtos em tempos reduzidos).

(54)

Função medida de valor:

 A utilização generalizada da moeda leva a

criação de uma unidade-padrão de medida à qual são convertidos os valores de todos os bens e serviços.

 Em sua ausência, os valores de cada bem ou

serviço são expressos em relação aos valores dos demais bens e serviços com os quais

(55)

Benefícios dessa função:

 Permite a contabilização da atividade econômica e a administração racional das unidades de produção, fator indispensável ao desenvolvimento econômico e ao bem-estar.

 Permite a construção de sistemas de contabilidade social (cálculo dos valores de produção,

investimentos, consumo, poupança) de grande

importância para a programação e administração da economia de um país.

 Aumenta o volume de informações econômicas, via preço, tornando mais racional a produção e consumo.

(56)

Função reserva de valor:

 Desde que a moeda é recebida até o instante que é

gasta por seu detentor, a moeda é uma reserva de valor.

 A moeda é assim uma alternativa de guardar riqueza.  A moeda transfere o poder de compra do presente

para o futuro, podendo o seu possuidor troca-lá futuramente por bens e serviços.

 Dada a sua aceitação e possibilidades futuras de

conversão em outros ativos, produtos e bens, a moeda é caracterizada por ser o ativo mais líquido.

(57)

 A moeda possui, assim, a liquidez por excelência.  Até a Teoria Geral de Keynes (1936) essa

característica da moeda, embora já reconhecida, era desprezada.

Porém, Keynes ao enfatizar a incerteza em

economias monetárias trouxe essa função para o primeiro plano.

 Quanto maior as incertezas sobre o futuro, maior a

proporção de moeda retida. Isso ocorre porque enquanto os outros ativos possuem liquidez

altamente variável, a moeda é um reservatório por excelência de poder de compra.

(58)

 Benefícios da utilização da moeda como

reserva de valor:

 Pronta e imediata aceitação da moeda em

convertê-la em outros ativos.

 A imprevisibilidade do valor futuro de outros ativos.

 Há bens duráveis que perdem praticamente seu

valor imediatamente quando adquiridos (máquinas, automóveis,...) e não são mais reversíveis ao valor que foram adquiridos.

(59)

Função liberatória:

A moeda possui o poder de saldar

dívidas, de liquidar débitos, de

livrar seu detentor de uma situação

passiva.

A moeda tem, assim, um poder

liberatório.

(60)

Função de padrão de pagamentos diferidos:

 A moeda facilita a distribuição de pagamentos ao

longo do tempo, quer para concessão de crédito ou de diferentes formas de adiantamentos.

 Facilita, assim, o crédito e viabiliza os processos

de investimento, de produção e consumo, através de pagamentos diferidos (distribuídos ao longo do tempo).

 Exemplo: Permite que se antecipe a compra de bens

com promessas futuras de pagamento.

Permite que o empresário pague o salário do trabalhador antes que se venda o produto.

(61)

Função instrumento de poder:

 A moeda pode servir como instrumento de

(62)

Representação esquemática dos fluxos monetário e reais: a moeda viabiliza esses fluxos ligando as unidades as famílias e empresas.

Fonte: Pinheiro (2007)

(63)

Características essenciais da

moeda

Para o bom desempenho das funções mencionadas da moeda, esta deve reunir uma série de características essências. São elas:

Indestrutibilidade e inalterabilidade

 A moeda deve ser suficientemente durável para que

não se deteriore e destrua-se durante das trocas ao longo do tempo.

 A impressão de cédulas em papel de qualidade inferior

levaria a sua destruição em poucas transações (ficariam irreconhecíveis), em prejuízo de seu último detentor.

Além disso, a indestrutibilidade e inalterabilidade

(64)

Características essenciais da

moeda

Indestrutibilidade e inalterabilidade

 Ex.: O indivíduo A possui camisas e quer trocar

por sapatos.

O indivíduo B possui sapatos.

O arroz é a mercadoria usada como moeda. Então A troca camisas por arroz e troca o

arroz por sapatos com B.

Porém, o arroz pode “estragar” devido ao tempo de armazenamento e aos erros no armazenamento, dificultando a troca.

(65)

Homogeneidade

É necessário que unidades monetárias de mesmo valor sejam rigorosamente iguais.

Ex.: O indivíduo A possui camisas e quer trocar por sapatos. O indivíduo B possui sapatos.

O arroz é a mercadoria usada como moeda.

Então A troca camisas por arroz e troca o arroz por sapatos com B.

Porém, B poderá estar esperando arroz de grãos graúdos e inteiros e A poderá estar com arroz miúdos e quebrados, dificultando a troca.

(66)

Divisibilidade

 A moeda deve possuir múltiplos e submúltiplos em

quantidade e variedade possibilitando tanto as transações de pequeno quanto de grande porte.

 Ex.: A utilização do gado e de peles como moedas

são inviáveis, pois o fracionamento é impossível e/ou inviável.

O valor de um boi e/ou do couro é diferente de suas partes. Mesmo que se junte os pedaços do couro, o valor total da soma é diferente do couro original.

(67)

Transferibilidade

 A moeda deve ser facilmente transferida nas

trocas.

O endosso das cédulas e, marcas em

mercadorias como no gado, identificando seu possuidor seria inviável no decorrer das

transações por falta de espaço nas cédulas e na mercadoria.

A facilidade na transferência da moeda facilita

(68)

Facilidade de manuseio e transporte

 A moeda deve ser facilmente manuseada e

transportada.

O ouro e a prata eram moedas de fácil

manuseio e transporte, pois pequenas

quantidades possuíam altos valores de troca.

 As mercadorias usadas como moeda eram de

difícil manuseio e transporte.

 Ex.: O gado usado como moeda era de difícil

manuseio e transporte, especialmente quando usado em transações entre regiões distantes.

(69)

BIBLIOGRAFIA

 LOPES, J. C.; ROSSETTI, J. P. Economia

monetária. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 1998.

MANKIW, N. G. Macroeconomia. 5ª ed. Rio de

Referências

Documentos relacionados

Se o examinando montar a figura corretamente dentro do limite de tempo, não aplicar a segunda tentativa, passar para a primeira tentativa do item 6. Se o examinando montar a

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

Dica: Use um arquivo de dados exclusivo para seu bloco de controle PID (N9:0, por exemplo). Isso evita reutilização acidental dos endereços do bloco de controle PID por

Comproporcionamento: Ocorre quando duas espécies químicas que contém o mesmo elemento tem sua variação dirigida para apenas uma outra espécie.. Exemplo: 5KBr + KBrO 3 + 3H 2 O 3Br 2

Para assegurar a protecção final do conjunto de condutores.. que formam o cabo, ou para constituir a camada

Este Contrato tem por objeto aquisição e fornecimento parcelado de material médico/hospitalar para ' atender as necessidades da secretaria municipal de saúde de Itabaiana, estado

Para enviar a mensagem, depois de seleccionar esta opção, introduza o número de telefone desejado ou seleccione o contacto da lista telefónica desejada premindo o botão direito

Esta locução, já escrita sem hífen antes do Novo Acordo Ortográfico, é muito utilizada para indicar uma pessoa que está não está fazendo nada, que não tem nada