DISCIPLINA: Introdução à Micologia
e Virologia
Profª Cíntia Moreira Marciliano da Costa Aula: Estrutura, Taxonomia e
Fisiologia dos Fungos
Sistema de Avaliação
• Relatórios de Aula Prática – 3,0 • Seminário – 5,0
• Presença – 1,0 • Extra Classe – 1,0
• Micologia é o ramo da Biologia que estuda os fungos macro e microscópicos,
microrganismos pertencentes ao reino
Fungi e são agentes de infecções
humanas e animais conhecidas como MICOSES.
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• A micologia médica é a ciência
especializada em estudar os fungos e as enfermidades causadas por estes, tanto no homem como em animais.
• Sabe-se que o número de pacientes susceptíveis aos mais variados tipos de infecções cresce paulatinamente com o passar do tempo, e, com este
crescimento, as infecções fúngicas vêm se tornando a cada dia mais frequentes
• Com o aparecimento dos antibióticos e corticóides para aumentar a sobrevida dos pacientes, estes se tornaram mais
vulneráveis às infecções oportunistas, e, com elas, as infecções fúngicas
começaram a ser prevalentes.
• A melhora nos métodos diagnósticos,
terapias imunosupressoras, HIV, diabetes, etc.
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PAPEL DOS FUNGOS
FUNGOS ANTIBIÓTICOS HORMÔNIOS QUEIJOS ENZIMAS PÃO FERMENTAÇÃO CONTROLE BIOLÓGICO MICOSES DOENÇAS EM PLANTAS ALERGIAS DETERIORAÇÃO MICOTOXINAS
• Whittaker em 1969 – Reino Fungi. • Carl Woese em 1990 propôs o
agrupamento dos cinco reinos
estabelecidos por Whittaker em três
domínios: Archaea, Eubacteria e Eukaria, onde o reino Fungi faz parte do domínio Eukaria, que reúne todos os eucariontes.
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Taxonomia
• Reino Fungi (Whittaker):
-Ausência de pigmento fotossintético e celulose na parede dos fungos;
-Presença de glicogênio como fonte de reserva energética, em vez do amido (nos vegetais superiores).
• Semelhanças com os animais
– Armazenamento de glicogênio
– Presença de quitina na parede celular
• Diferenças com os animais
– Presença de parede celular
– Ausência de colesterol, presença de ergosterol
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• Semelhanças com as plantas
– Apresentam parede celular
• Diferenças com as plantas
– Não sintetizam clorofila – Ausência de celulose – Não armazenam amido
Taxonomia
• Reino Fungi: - Leveduras unicelulares - Bolores multicelulares - Macrofungos (cogumelos) 11Taxonomia
• Reino Fungi – divisão:
-Myxomycota: fungos inferiores, sem PC e não patogênico ao homem e aos animais.
-Eumycota: fungos verdadeiros, apresentam PC, incluem os agentes patogênicos ao homem e aos animais. Subdividido em 5 filos.
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Ascomiceto Septadas Neurospora sp Saccharomyces sp
Áscosporo Solo, matéria vegetal em decomposição Basidiomicetos Septadas Amanita sp
Agaricus sp
Basidiósporo Solo, matéria vegetal em decomposição Zigomicetos Cenocíticas Mucor sp
Rhizopus sp
Zigósporo Solo, matéria vegetal em decomposição
Oomicetos Cenocíticas Allomyces sp Oósporo Aquático
Deuteromicetos Septadas Penicillium sp Aspergillus sp Candida sp Nenhum conhecido Solo, matéria vegetal em decomposição, superfície de corpos de animais
• Os fungos são organismos eucariontes, unicelulares (leveduriformes) ou
multicelulares (filamentosos), haploides (homo ou heterocarióticos), com parede celular contendo quitina e α-glucano. Não apresentam plastos ou pigmentos
• Os fungos são ubíquos, encontrando-se em vegetais, animais, solos, detritos, participando ativamente do ciclo dos elementos na natureza.
• São seres eucarióticos e apresentam espécies unicelulares (leveduras) e multicelulares (bolores e cogumelos).
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• Em sua maioria, aeróbios obrigatórios. • No entanto, certas leveduras
fermentadoras, aeróbias facultativas, se desenvolvem em ambientes com pouco oxigênio ou mesmo na ausência deste elemento.
• Heterótrofos
– Lançam enzimas no meio – Nutrição por absorção
• Número de espécies fúngicas
– patogênicas: (cerca de 200)
– não-patogênicas: (conhecidas cerca de 70.000)
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• Saprófitas: utilizam substâncias orgânicas inertes, muitas delas em decomposição. • Parasitas: se desenvolvem em outros
organismos vivos, o hospedeiro, e se nutrem de substâncias existentes em suas células • Simbiontes: se associam com outros
organismos, prestando mútua ajuda em suas funções
• Os fungos, como todos os seres vivos, necessitam de água para o seu
desenvolvimento.
• Alguns são halofílicos, crescendo em ambiente com elevada concentração de sal.
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▪ Fatores que influenciam o crescimento dos fungos: ❖ Temperatura: ✓ Termófilos(Temperatura ↑ ) ✓ Mesófilos: ótima: 20 a 30 ºC ✓ Psicrófilos (Temperatura ) ❖ Luz: ✓ Elementos de frutificação ✓ Elementos vegetativos
Propriedades Gerais
❖ pH:
• Ainda que o pH mais favorável ao desenvolvimento dos fungos esteja entre 5 e 7, a maioria dos fungos tolera amplas variações de pH.
• Os fungos filamentosos podem crescer na faixa entre 1,5 e 11, mas as leveduras não toleram pH alcalino. • Muitas vezes, a pigmentação dos fungos está
relacionada com o pH do substrato.
• Os meios com pH entre 5 e 6, com elevadas concentrações de açúcar, alta pressão osmótica, favorecem o desenvolvimento dos fungos nas porções em contato com o ar.
• Ainda que o pH mais favorável ao desenvolvimento dos fungos esteja entre 5 e 7, a maioria dos fungos tolera amplas variações de pH.
• Os fungos filamentosos podem crescer na faixa entre 1,5 e 11, mas as leveduras não toleram pH alcalino. • Muitas vezes, a pigmentação dos fungos está
relacionada com o pH do substrato.
• Os meios com pH entre 5 e 6, com elevadas concentrações de açúcar, alta pressão osmótica, favorecem o desenvolvimento dos fungos nas porções em contato com o ar.
❖ Nutrientes:
✓ Plásticos (protídios, água) ✓ Energéticos (glicídios e lipídios)
✓ Reguladores (vitaminas e sais Minerais) ❖ Disseminação:
✓ Ventos, vegetais, água, animais
Propriedades Gerais
❖ Umidade:
✓ Necessidades hidrícas
✓ Fungos filamentosos > leveduras> bactérias
• O crescimento dos fungos é mais lento que o das bactérias e suas culturas precisam, em média, de 7 a 15 dias, ou mais de incubação.
• Os fungos originam-se de uma única célula ou de um fragmento de hifa • A reprodução pode ser assexuada ou
sexuada
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Conceitos Morfológicos Básicos
• Estruturas constantes na arquitetura da célula fúngica: - Parede celular (PC)
- Membrana plasmática - Citoplasma
Conceitos Morfológicos Básicos
• Parede celular (PC)
- Glicoproteínas da parede:
✓ papel enzimático e estrutural; ✓ indispensáveis nas vias metabólicas, na manutenção da homeostase e nas inter-relações celulares no que diz respeito ao crescimento e reprodução da célula. -Polissacarídeo:quitina - Conteúdo lipídico: ✓ fosfolipídeos, ✓ triglicerídeos, ✓ esteróis. - Melanina (presente em algumas espécies):
✓resistência aos raios UV e a enzimas líticas de outros microrganismos.
FUNGOS DEMÁCIOS
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Conceitos Morfológicos Básicos
• Membrana celular:
- Dupla camada lipídica
- Glicoproteínas (Modelo do mosaico fluido)
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Nutrição e Crescimento dos fungos
•Heterotróficos
saprofitismo parasitismo simbiose
•Obtenção do alimento por absorção
•Acumulam glicogênio como material de reserva
•Versatilidade para utilizar #s substratos e interação com outros organismos
•Fatores ambientais importantes:
Temperatura Umidade Luz pH
• Os fungos se desenvolvem formando colônias de dois tipos:
– Leveduriformes – Filamentosas 31
Leveduriformes
• Apresentam características pastosas ou cremosas• São microrganismos unicelulares • A própria célula cumpre as funções
vegetativas e reprodutivas
• Se reproduzem por brotamento, o a célula filha se desprende da mãe
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Pseudo-hifa de Candida
albicans
Filamentosos
• São organismos constituídos por
elementos multicelulares em forma de tubos – hifas.
• Conjunto de hifas = micélio
– Micélio vegetativo – Micélio reprodutivo
Diferentes estruturas
Profa. Denise Esteves Moritz
Macroconídeos
CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA
• Têm hifas não septadas • Esporos assexuados são de
vários tipos, dos quais os
esporangiosporos
• contidos em sacos
(esporângios) formados na ponta dos talos especializados • (esporangióforos) são
específicos desta classe. Diferentes espécies
• apresentam diferentes ciclos sexuados e as que vivem em ambientes aquáticos possuem gametas flagelados.
• Apresenta micélio contínuo, sem esporos móveis. Reprodução sexuada com • formação de zigosporos.
Profa. Denise Esteves Moritz
ASCOMICETOS
• São diferenciadas dos outros fungos pelo asco, umas estruturas em forma de saco contendo esporos sexuais (ascosporos). • São o produto final do acasalamento, fusão
do núcleo masculino e feminino, duas divisões meióticas e geralmente, uma mitótica no final.
• Portanto há em geral oito ascosporos em um asco.
• ALGUMAS leveduras são ascomicetos, apesar de comumente não crescerem como filamentos.
BASIDEOMICETOS
• São diferenciados por seus esporos sexuados, chamados
basidiósporos,
• que se formam na superfície de uma estrutura especializada,
basídio. Os conídeos estão
presentes na eproduçãoassexuada. • Incluem cogumelos comestíveis. • Os basidiomicetos causam uma variedade de doenças graves nas plantas, mas não causam doenças infecciosas no homem.
• Algumas espécies sintetizam alcalóides tóxicos, que podem ser letais para
• o homem, e são freqüentemente de grande interesse farmacológico.
Deuteromycetes
• São particularmente importantes na medicina, pois incluem a grande maioria dos patógenos humanos. • Não foi observada nenhuma fase sexuada por isso
-fungos imperfeitos.
• São fungos unicelulares ou filamentosos com micélio
septado.
• Hifas septadas e as formas dos conídeos são muito semelhantes aos ascomicetos.
• Suspeita-se que sejam ascomicetos especiais, pois a fase sexual é extremamente rara ou desapareceu na evolução.
• Sugere-se que os fungos imperfeitos são mutantes em genes que especificam o desenvolvimento sexual.
(Fungos imperfeitos = não se conhece a reprodução
sexuada em nenhum estágio evolutivo).
Crescimento
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Micélio reprodutivo/ aéreo
Micélio vegetativo
Micélio vegetativo substrato (elemento de sustentação e de absorção)
Micélio aéreo superfície (cresce acima do meio)
Micélio aéreo se diferencia para sustentar os corpos de frutificação ou propágulos micélio reprodutivo
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• Os aspecto macro das colônias filamentosas podem ser:
• Fungos cenocíticos são constituídos por células multinucleares que se conectam por poros existentes em septos, formando uma massa continua de protoplasma.
Dimorfismo fúngico
• Poucas espécies
• Possuem formato inicialmente filamentoso e se transformam em leveduras –
geralmente patogênicos.
• A mudança de temperatura influencia este dimorfismo.
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• Este fenômeno de variação morfológica mais importância em micologia, que se expressa por um crescimento micelial entre 22° e 28°C e leveduriforme entre 35°C e 37°C. Em geral, essas formas são reversíveis.
• Este fenômeno é conhecido como
dimorfismo fúngico ocorre entre fungos de importância médica, como Histoplasma
capsulatum, Blastomyces dermatitidis, Paracoccidioides brasiliensis, Sporothrix schenckii e Criptococcus neoformans.
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Histoplasma capsulatum
• A fase micelial ou saprofítica é a forma infectante e está presente no solo, nas plantas
• A fase leveduriforme ou parasitaria é encontrada nos tecidos
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Associações entre fungos e outros
organismos
• Micorriza
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