CURSO DE
GRADUAÇÃO EM
CIENCIAS
ECONÔMICAS
GRUPOS
ESTRATEGICOS
No
SETOR
DE
DIAGNÓSTICO
MEDICO
OPOR
IMAGEM
NA
REGIÃO
DE
FLORIANOPOLIS
MONOGRAFIA
SUEMETIDA
AO
DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIASECONÔMICAS PARA
OBTENÇÃO
DE
CARGA
HORÁRIA
NA
DISCIPLINACNM-5420 -
MONOGRAFIA.
Por
CleusaRocha
RodriguesOrientador: Luiz Carlos de Carvalho Júnior
Área
de Pesquisa:Economia
deEmpresas
Palavras - Chaves: 1. Estrutura Industrial
2. Estratégias
3.
Grupos
Estratégicos_
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE
SANTA CATARINA
CURSO DE
GRADUAÇÃO EM
CIÊNCIAS
ECONÔMICAS
A
Banca
Examinadora
resolveu atribuir a nota 5 a aluna CleusaRocha
Rodriguesna
disciplina
CNM
5420
-
Monografia,
pela apresentação deste trabalho.Banca
Examinadora:~x
Prof. Luiz Carlos de Carvalho Júnior
Presidente
Prof. Roberto
Meurer
Membro
/
' ~P..`
,
1'àr¢iaMd‹›
Membro
lAGRADECIMENTOS
Agradeço
aDeus
porme
atenderem
todos osmomentos
em
que pedi sua ajuda.A
meus
pais, Thereza e Francisco(em
memória)
que foramminha
fonte de extração de forças.Aos meus
irmãos, Bertolina, Ana, Antônio, Leopoldina, Zelma, Francisco
(em
memória), Eracy, Marlei, Dorilda e Rogério por acreditaremque eu poderia realizar seus sonhos.
Ao
professor Luiz Carlos de Carvalho Júnior queme
orientoucom
dedicação,além da
compreensão
em
todos osmomentos.
E
aomeu
esposoAndré que
em
todos osmomentos
destacaminhada
esteve aomeu
lado, sendomeu
amigo,meu
professor,meu
companheiro
emeu
grandeLISTA
DE
ANEXOS
vi 1.O
PROBLEIWA
1 1.1. Introdução 1 1.2. Objetivos 4 1.2.1. Geral 4 1.2.2. Específicos 4 1.3. Metodologia 5 2.FUNDAMENTOS
TEÓR1cos
6
2.1. Análise da Estrutura
da
Indústria 62.1.1. As Forças Competitivas 7 2.2. Estratégias Genéricas 15 2.2. 1. Liderança no Custo Total 16
2.2.2. Diferenciação 17
2.2.3. Enfoque 18
2.3.
Grupos
Estratégicos 19¬ 2.3.1. Grupos Estratégicos e as Barreiras de Mobilidade 21
2.3.2. Grupos Estratégicos e Poder de Negociação 23
2.3.3. Grupos Estratégicos e a Ameaça dos Substitutos 23
2.3.4. Grupos Estratégicos e a Rivalidade entre Empresas 24
2.4. Conclusão do Capítulo 25
3.
DIA
GNÓSTICO
MÉDICO
POR
11114GEM
26
3.1. Histórico 26
3.2. Evolução 28
3.3. Histórico Brasileiro 30
4.1. Análise
do
Grupo
EstratégicoI4.1.1.
O
Gmpo
Estratégico Iem
Relação às Cinco Forças Competitivas 4.2. Análisedo
Grupo
Estratégico II4.2.1.
O
Grupo Estratégico Ilem
Relação às Cinco Forças Competitivas4.3. Análise do
Grupo
Estratégico III4.3.1.
O
Grupo Estratégico IIIem
Relação às Forças Competitivas 4.4. Análise doGrupo
EstratégicoIV
4.4.1.
O
Gmpo
Estratégico IVem
Relação às Forças Competitivas 4.5. Análisedo
Grupo
EstratégicoV
4.5.1.
O
Grupo EstratégicoV
em
Relação às Forças Competitivas5.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
GLOSSÁRIO
ANEXO
I Forças queDirigem
a Concorrênciana
IndústriaANEXO
II Outros Requisitos das Estratégias Genéricas1.1.
Introdução
O
presente estudo busca fazeruma
análise das estratégias competitivasadotadas
no
setor de DiagnósticoMédico
porImagem, na
região de Florianópolis (Florianópolis eSão
José), através de pesquisa junto as maiores clínicas.A
cidade deFlorianópolis, capital de Santa Catarina, recebe diariamente pacientes de várias partes
do
Estado, concentrando assim nessa região
um
amplo
serviçona
área da medicina.A
radiologiaou
o diagnósticomédico
porimagem
tem
uma
parcela relevantena
qualidade desses serviços.Em
uma
áreaonde
a qualidade é ponto crucial parapermanência
ereconhecimento
no
mercado, encontra-se a necessidade de mantersempre
ativa eem
estado de
mudanças
as estratégias competitivas das empresas e é pormeio
dessasalterações e coerência nas estratégias adotadas por cada
uma
das empresas que se apresentaa diferenciação entre estas. ,
Para se verificar o grau de diversidade das estratégias competitivas
em
uma
indústria é necessário a identificação dos grupos estratégicos
-
grupo de empresas deuma
mesma
indústria queseguem
estratégias idênticasou
semelhantes.E
para se entender adiferença de rentabilidade entre as empresas dos vários grupos estratégicos se faz necessário
uma
análisedo comportamento
de cada grupo perante as cinco forças competitivas-
ameaça
denovos
entrantes,ameaça
de produtosou
serviços substitutos,rivalidade entre as empresas
da
indústria, poder de negociação dos fornecedores e poder denegociação dos compradores, pois o grau de concorrência
em uma
indústria depende destas cinco forças competitivas básicas.O
serviço de radiologia éum
marco na
medicinacomo
instrumento deinvestigação, tendo destaque por ser
um
serviço de apoio diagnóstico, quetem
por objetivoa
produção
deimagens
que retratam alterações anatômicas decorrentes das afecçõesno
corpohumano.
Desfrutandouma
situação privilegiada dentroda
medicinamodema,
cada vezmais
o diagnóstico porimagem
é decisivona condução
dos casos clínicos-cirúrgicos,no
acompanhamento
ena
avaliação prognóstica.Além
disso teve crescimento signiñcativoem
sua face terapêutica (intervenção),na
pesquisa,no
ensino, etc.Devido
as oscilações econômicas queocorrem
no
Brasil, (fruto de suacaracterística, a indústria brasileira é abalada de diversas maneiras: por valorizações e
desvalorizações cambiais,
amnentos
e quedas nos juros, inflações,aumentos
em
taxas deimportação,
aumento do
número
de taxas a pagar, leis dos mais diversos tipos, portarias,etc.),
há
uma
grande necessidade de buscar novas estratégias paramanter
as empresasajustadas ao seu ambiente competitivo, admitindo-se, inclusive, que
na
maioria das vezesas empresas alteram suas próprias características para
manterem
este ajustamento.A
empresa
pode ou
não ter estratégias explícitas,mas
seguramentetem
um
perfil estratégico,que se baseia nas diversas ações adotadas,
na
forma
como
define
seus propósitos eem
suapostura estratégica perante ao ambiente industrial.
Não
sendo diferente denenhum
outroramo
da indústria brasileira, a indústriada
medicinano
Brasiltambém
sofrecom
as constantes alteraçõesna
economia do
país, e,no que
diz respeito ao setor de diagnóstico porimagem,
pode-se afin^narque
este éum
dosprimeiros a sofrer qualquer tipo de alteração,
no
tocante as relações internacionais, poiscomo
a tecnologia, quase queem
sua total maioria, é importada, qualquer alteração nastaxas cambiais, nas regulamentações de importação e exportação, etc., altera o preço de equipamentos e materiais e consequentemente altera o custo dos exames, pressionando o
aumento do
preço final.Em
uma
análise sucinta decomo
anda atualmente a indústriada
medicinano
Brasil, pode-se dizer que o que rege a medicina assistencial é a visão capitalista,
onde
opaciente é objeto de lucro. Cita-se para isso o
exemplo
da radiologia: o radiologistamédico
liberal esta preso as grandes corporações; a qualidade é substituída pela quantidade; a pesquisa radiológica sofre pela sua existência quase que absoluta
em
universidadespúblicas, pois poucas entidades privadas investem nesta área; os hospitais universitários,
em
crise financeira permanente,carecem
de recursos para investirem
técnicas de ponta,apenas três
ou
quatro centrosem
todo o paíspodem
realizar pesquisas publicáveisem
pesquisas
na
área de equipamentos e contrastes (medicação a base de iodo usada para impregnar os vasos sanguíneoscom
a finalidade de contrastar as outras estruturas) e, paracomplicar, existem poucas condições de financiamento.
No
entanto o setor radiológicocomo
área de conhecimentomédico
apresentouenormes
evoluções mundiais nos últimos anos.Ao
ladoda
evolução tecnológica dos equipamentoshouve
todauma
proliferação de informações nas diversas subespecialidades,que
acabaram
por segmentar a especialidadeem
sistemas,tomando
impossível para oradiologista conseguir
dominar
todos os sistemas e técnicas, levando auma
atividadeprofissional
em
grupo.Com
a radiologia brasileira não foi diferente: cresceu tanto qualitativamentecomo
quantitativamenteem
todo o território nacional,com
as facilidades de créditos ecom
a redução dos custos de determinados aparelhos, até então impossíveis de
serem
adquiridos pelas clínicas privadas, devido aos seus auto custos, tanto de compra, quanto de manutenção, (mostrando-seum
ambiente favorável aos grandes centros hospitalares, os quais investiam pesadamenteno
setor).A
radiologia se proliferou por todo o país e a preocupaçãoda
classe se voltou para a necessidade dedominar
as novas técnicasintroduzidas, adquirir
novos
conhecimentos e gerenciar financiamentos internacionais,levando as clínicas privadas a
ganharem
espaço, desvirtuando ocaminho
deste setorda
medicina,
que
passou a serdominado
por medicinas de grupo, seguradoras e atémesmo
cooperativas médicas.
Aos
poucos, e de maneira sorrateira_mas
com
extremo
profissionalismo, essas
assumiram
o controle e passaram a ditar todas asnormas do
mercado,impondo
preços e condições para os exames.Em
Santa Catarina a radiologia seguiu osmesmos
passos,com
pouco
incentivo público para pesquisa ecom
os hospitais públicos,na
maioria das vezes, tendoque
funcionar
com
aparelhagem defasada.No
Estado se verificou grandes investimentosno
setor por grupos privados e até grupos internacionais,
mesmo
sendoum
serviçorelativamente novo. Para se ter
uma
idéia a Universidade Federaldo
Estadoformou
suaprimeira
turma
com
especializaçãoem
radiologia a apenas 3 anos,mas
desde o iníciodo
curso de medicina, cuja primeira turma se
formou
em
1965, a universidade já contavacom
as técnicas
do
raiosX
para diagnósticos, sendo este trabalho desenvolvido pela universidade e o Hospital de Caridade, situadono
centro de Florianópolis. Este foi oprimeiro hospital
do
Estado a contarcom
um
aparelho de raiosX
para ajudarno
Devido
ao grande salto ocorrido nos últimos anosno
diagnósticomédico
porimagem,
verifica-se a entrada de novas empresasno
setor,na
região de Florianópolis, ecom
necessidades de altos investimentos.Desde
1974,quando
se instalou a primeiraclínica especializada
na
radiologia, foram diversos os equipamentos radiológicos trazidospara a região.
No
entantonão
foram todas as empresas, e sim somentealgumas que
acompanharam
a evolução tecnológica que levou à radiologiamodema.
E
ao se verificareste fato surgiu a questão central deste trabalho que é a de analisar as estratégias
do
setorde diagnóstico
médico
porimagem
que dão sustentação a permanência e crescimentodestas empresas
no
mercado,bem como
identificar os grupos estratégicos e diagnosticarocomportamento
destes perante as cinco forças competitivas, segundo omodelo
de Porter.1.2.
Objetivos
1.2.1.
Geral
- Identificar os grupos estratégicos
do
setor de diagnósticomédico
porimagem
na
região de Florianópolis e analisar ocomportamento
destesperante as cinco forças competitivas, a partir
do
modelo
de Porter.1.2.2. Específicos
- Descrever a evolução
do
setor de DiagnósticoMédico
porImagem.
- Identificar os grupos estratégicos
do
setor.- Analisar o posicionamento de cada grupo estratégico
em
relação às1.3.
Metodologia
A
principal metodologia utilizada foido
tipo observacional,uma
vezque
seutilizou de
meios
de interrogação,bem
como
documentos
produzidos.Além
destemétodo
também
foi utilizado o comparativo, pois buscou-se investigar as diferenças e similaridades dos gruposem
questão.O
estudo realizadono
presente trabalho, baseou-seem
ampla
literatura, atravésde fontes secundárias de dados, existentes
em
livros, relatórios e outros artigosespecializados,
bem como
na
análise dos questionários realizados.P
Como
fonte teórica a pesquisa tevecomo
referencial os conceitos referentes aanálise
da
estrutura da indústria, as estratégias competitivas genéricas etambém
gruposestratégicos, citando principalmente o autor Michael Porter,
além
de outros relacionados aárea
como
forma
de complemento.Para
melhor
explicar os objetivos propostos foi realizado,além
deuma
pesquisa bibliográfica, Luna pesquisa decampo,
abrangendo as cinco maiores empresassituadas
na
região de,Florianópolis (SC), sendo quatrona
Ilha euma
em
São
José,onde
foram
feitas perguntas sobre estratégias empresariais euma
entrevistacom
o pioneiroda
radiologia
na
região.Quanto
ao trabalho, este está divididoem
três etapas,além do
capítulo deintrodução.
A
primeira descreveuma
revisão acerca de algumas teorias queabordam
asestratégias competitivas.
Na
segunda etapa apresenta-seum
breve históricodo
setor dediagnóstico
médico
porimagem
em
nível mundial, brasileiro, estadual e local.Na
terceirarealiza-se a análise observacional e comparativa propriamente dita
no que
diz respeito aoque foi proposto
na
pesquisa. Porfim,
no
item 5., estão apresentados os principais2.1.
Análise
da
Estrutura
da
IndústriaA
compreensão
acerca desta teoria devecomeçar
pelo seu conceito,que
pode
ser simplesmente descritocomo:
base fundamental para a formulação de estratégiascompetitivas.
Ou
ainda, éuma
metodologia para acompreensão
das cinco forçasfundamentais
da
concorrênciaem uma
indústria, pois a formulação deuma
estratégiacompetitiva envolve relacionar a
firma
ao seumeio
ambiente,_que por sua vez envolveforças sociais e econômicas.
Segundo
Porter (1996, p.22),A estrutura industrial tem uma forte influência na determinação das regras competitivas do jogo, assim como das estratégias potencialmente disponíveis
para a empresa. Forças externas à indústria são significativas principalmente
em sentido relativo; uma vez que as forças externas em geral afetam todas as
empresas na indústria, o ponto básico encontra-se nas diferentes habilidades
das empresas em lidar com elas.
(..) a concorrência em
uma
indústria tem raízes em sua estrutura econômica. básica e vai bem além do comportamento dos atuais concorrentes.
O
grau daconcorrência em uma indústria depende de cinco forças competitivas básicas (..).
O
conjunto destas forças determina o potencial de lucro final na_ indústria (..).
Desta
forma
verifica-se a necessidade para as empresas que desejam obtermelhores resultados financeiros vasto conhecimento a respeito
da
estruturada
indústriaem
que atuam, a
fim
de permitir a formulação de estratégiasna
busca deum
adequado
posicionamento frente as forças competitivas,ou
seja, paraserem
bem
sucedidas asempresas precisam se preocupar
com
a administração eficiente de suas operações intemas,mas
não
podem
esquecer de analisar omeio
ambiente aos quais estão inseridas. Portanto, épreciso que estas empresas estejam alinhadas
com
omeio
e preparadas pararesponderem
Dentro
do
ambiente mais restrito das empresas deuma
determinada indústria,existem elementos
que influenciam
odesempenho
destas. Esses elementos, videfigura no
ANEXO
I, são: os concorrentes, os fomecedores, os clientes, os produtos substitutos e osentrantes potenciais.
O
relacionamento destes elementoscom
afirma
dãoorigem
ao que Porterdenominou
de forças competitivas e este estudo é a Análiseda
Estruturada
Indústria.2.1.1.
As
Forças Competitivas
2.1.1.1.
Ameaça
de
entrada
de novas
empresas
na
indústriaA
ameaça
de entrada de novas empresasna
indústria resultado aumento da
capacidade de produção.
Novas
empresas visando ganhar parcelas de mercado,podem
fazer
com
que haja Lunaqueda na
rentabilidade, através da redução de preçosou da
elevação dos custos daquelas que já estão atuando.
O
grau deameaça
de entradaem uma
indústria depende das barreiras de entrada, que são as dificuldades impostas aos entrantes
potenciais e sua superação exige gastos elevadíssimos.
Algumas
das principais fontes debarreiras de entrada são:
a)
economias
de escala-
é a produção de bensem
larga escalacom
o objetivo de diminuircustos unitários.
São
resultadosda
racionalização acentuada das atividades produtivasque
por sua vezpodem
ser alcançadascom
novas tecnologias,novos
processos de automação, melhoresmétodos
organizacionais, especializaçãodo
trabalho, etc.Segundo
Porter (1996, p.26), (...)economias
de escaladetêm a
entradaforçando a
'empresa
entrantea
ingressarem
larga escala e arriscar-sea
uma
forte reação dasempresas
existentesou a
ingressarem
pequena
escala e sujeitar-sea
uma
desvantagem
de custo; duas opções indesejáveis.Cabe
ainda salientarque
aseconomias
de escalanão
se restringem apenas a produção, poispodem
estar presentesem
quase todas as funções deum
negócio, a exemplo: nas compras,no
P&D,
no
marketing, nas forças de vendas, inclusive dentro das unidades de empresas
em
muitosnegócios,
quando
estasconseguem
compartilhar operaçõesou
fimções
envolvidas nestenecessidades de capital
-
investir grandesvolumes
de recursos financeiros para competir dentro deum
mercado
criauma
barreira de entrada, aindamais
se o capital aser utilizado for direcionado
em
atividades de riscoou
mesmo
em
publicidade, poiseste
pode
ser necessário para toda e qualquer função, não apenas para a parteda
produção.
Segundo
Porter (1996, p.28), (..)embora
as maiorescompanhias
contemporâneas
possuam
os recursos financeirospara
entrar quaseque
_em qualquerindústria, as exigências imensas de capital
em
campos
como
computadores
e extraçãode minérios limitam o
grupo
de prováveis pretendentesà
entrada.política
govemamental
-
ogovemo
tem
o poder para limitarou
impedir a entradaem
indústrias e isto ocorre
quando
são impostos controlescomo
licenças defuncionamento, limites ao acesso a matérias-primas, regulamentações, restrições
(exemplo: exigências
no
controleda
poluição). Outroexemplo
desta barreira é,segundo
Porter (1996, p.31),padrões
para
testedo
produto (..),podem
importempos
de espera substanciais, o que
não
sóaumenta
o custodo
capitalda
entradacomo
também
dá
às empresas estabelecidas notíciaampla da
entrada iminente e, às vezes,pleno conhecimento
do
produtodo novo
concorrentecom
o quepodem
formular
estratégias de retaliação. '
diferenciação de produtos
-
técnica que visa criar diferenças entreum
produtocom
seus similares e concorrentes a
fim
de que ocomprador
não considere os produtossubstituíveis entre si,
ou
seja, aempresa
busca criarum
produto que não tenhasubstituto e assim
pode
fixar o preço.Também
significa que as empresas estabelecidastêm
suamarca
identificada,buscam
assim a lealdade nos clientes, frutos depublicidade, serviço, qualidade e ate'
mesmo
por terem entrado primeirono
ramo.De
acordo
com
Porter (1996, p.27), estes investimentosna formação
deuma
marca
são particularmente arriscados, poisnão
têmnenhum
valor residual se a tentativa de entrada falhar.Requerendo
assim,do
entrante potencial, elevados gastosem
marketingcom
a finalidade de abalar a fidelidade dos consumidores às empresas já atuantesna
indústria.
acesso aos canais de distribuição
-
anova
entrante necessita assegurar a distribuição de seu produto e encontrauma
barreiraquando
os canais de distribuição já estiveremos canais a aceitarem seu produto e isto
pode
se dar através de descontos nos preços, cooperação, verbas para publicidade, etc., reduzindo assim seus lucros.A
maior
dificuldade nesta questão se
dá quando
a barreira de entrada for elevada a ponto deobrigar a
nova empresa
a criarum
canal de distribuição novo,uma
vez que,conforme
Porter (1996, p.28,29), os concorrentes existentes
podem
ter ligaçõescom
os canais_
com
baseem
relacionamentos duradouros, serviços de alta qualidadeou
mesmo
relacionamentos exclusivos nos quais 0 canal somente se identifica
com
um
determinado fabricante.
Cabe
ainda salientar que existem outras três propriedades das barreiras deentrada e, para Porter, são cruciais
do
ponto de vista estratégico. Primeiro, as barreiraspodem
mudar
àmedida
que as condições, descritas anteriormente,mudem.
Segundo,mesmo
que as barreirasmudem
por motivos que estão forado
controle das empresas, asdecisões estratégicas de cada
empresa
têm
impactos detenninantes. E, porfim,
algumas
empresas
têm
recursosou
competência próprios para superar as barreirascom
custosmais
baixos
do
que para a maioria das outras.2.1.1.2.
Poder de negociação dos
fornecedores
Este poder reflete-se
na
alta dos preçosou na queda da
qualidade dos produtosfornecidos. Desta
forma
fomecedores poderosospodem
fazercom
que a rentabilidade deuma
indústria caia,quando
esta nãotem
capacidade de repassar oaumento
dos custos paraseu produto final.
Observa-se
que
o poder de negociação dos fomecedores será alto quando:a) é
dominado
por poucas empresas e é mais concentradodo
que o setorcomprador
-
para exercer grande influência nos preços, condições e qualidade de seus produtos, os
fomecedores
devem
participar de grupos mais concentradosdo que
a indústria a qualela atende.
b) não está obrigado a competir
com
outros produtos nas vendas ao setor-
o poder dec) a indústria não for
um
cliente importante-
quando
osfomecedores
vendem
para váriasindústrias e
uma
determinada indústria não éuma
parcela significativa nas vendas.O
contrário acontece
quando
a indústria é importante para o futuro dos fomecedores.d) o produto
ou
volume do
produto for desuma
importância para indústria-
é importante para o sucessodo
processo de fabricaçãoou
para a qualidadedo
produto.Aumenta
ainda
mais
o poder dos fornecedoresquando
o produto é de difícilarmazenagem.
e) produto for diferenciado
-
isto eleva os custos de transferência para outro fomecedor,uma
vez que os produtos não são substituíveis.2.1.1.3.
Ameaça
de
produtos
substitutosAs
empresas sofremquando há
concorrência das indústrias de produtossubstitutos, por conseguinte
têm
seus preços limitados segundo o grau de substitubilidade.Também
se verificaum
nível deameaça
maiorsempre
que a evolução tecnológica reduziro custo e o preço dos substitutos e, ainda,
quando
os setores destes produtos substitutosoperam
com
elevadasmargens
de lucro, o que possibilita diminuição de preço.De
acordocom
Porter (1996, p.39), os substitutosreduzem
os retornos potenciais deuma
indústria, colocandoum
teto nos preços que asempresas
podem
fixarcom
lucro.Uma
maneira de melhorar o posicionamentoem
relação aos produtossubstitutos
pode
se dar pormeio
de ações coletivasda
indústria,um
exemplo
simplespode
ser assim descrito:
mesmo
que a publicidade feita poruma
empresa
isoladanão
sejasuficiente para garantir a posição
da
indústria contraum
substituto,uma
publicidade deforma
constante emaciça
por todos os participantesda
indústriapode
melhorar o posicionamento coletivo desta.Finalizando este item é
bom
sublinhar os produtos substitutosque requerem
maior
atenção.De
acordocom
Porter (1996, p.40), (I) estão sujeitosa
tendências demelhoramento do
seu “trade-off”l depreço-desempenho
com
0 produtoda
indústria,ou
(2) são produzidos
por
indústriascom
lucros altos.No
último caso, muitas vezes os'
Trade-off: é,
em
economia, uma expressão que define uma situação de escolha conflitiva, isto é, quandosubstitutos entram rapidamente
em
cena sealgum
desenvolvimentoaumenta
a
concorrênciaem
suas indústrias e ocasiona redução depreço ou
aperfeiçoamentodo
desempenho.2.1.1.4.
Poder de negociação dos compradores
Os
clientesbuscam
preços mais baixos,bem como
mais serviços acoplados(assistência técnica, entrega, crédito, etc.)
ou melhor
qualidade e, para alcançar tais pontoseles
jogam
os concorrentes uns contra os outros.O
poder de cada clienteou
grupo de compradores dentro deuma
indústriadepende
dealgumas
características referentes a sua situaçãono
mercado
e da importância de suascompras no
que diz respeito seus negócios totais.Algumas
destas características queelevam
o poder de negociação doscompradores
se verifica quando:a) o grau de concentração for maior
do
que oda
indústria vendedoraou
existir grandescompras
-
compradores de grandesvolumes
são por natureza poderosos eaumenta
estaforça
quando
a indústria se caracteriza por custos fixos altos.b) os produtos adquiridos forem significativos nos próprios custos
ou compras
-
destamaneira os compradores buscarão
um
preço favorável e aindauma
maior
seletividade.c) os produtos adquiridos não
forem
diferenciados-
por terem conhecimentode que
haverásempre
fornecedores altemativos os compradoresjogam
uma
empresa
contra as outras.d)
houver
custos demudança
para o fornecedor-
o poder dos compradores éaumentado
quando
ovendedor
se defrontacom
custos demudança.
e) os lucros
forem
baixos- toma
os compradores mais sensíveis a preços, o que leva acriação de incentivos para reduzir os custos das compras.
Í) os produtos fornecidos pela indústria não
infiuenciam na
qualidade dos produtosou
serviçosdo comprador
-
os compradoresem
geral sãomenos
sensíveis aos preços se ag) existem
ameaças
concretas de integração para trás-
de acordocom
Porter (1996, p.41),se- os
compradores
são parcialmente integradosou colocam
uma
ameaça
real deintegração
para
trás, eles estãoem
posição de negociar concessões. (..)O
poder do
comprador
pode
ser parcialmente neutralízadoquando
asempresas
na
indústriaameaçam com
uma
integraçãopara
frentena
indústriado
comprador.h) o
comprador
tem
total informação-
conhece os preços reaisdo
mercado, as condiçõesda demanda,
os custos dos fomecedores etc.,aumentando
seu poderem
relação ainformações deficientes.
De
posseda
informação total, ocomprador
estáem
melhores condições para assegurar o recebimento dos preços mais favoráveis oferecidos a outrose
pode
contestar as queixas dos fomecedores de que sua viabilidade está ameaçada.As
fontes de poderacima
descritasem
sua maioriapodem
ser atribuídas aconsumidores
bem como
a compradores industriais e comerciais,muda-se
apenas o quadrode referência, exemplo: consumidores
tendem
a ser mais sensíveis aos preçosquando
osprodutos não
forem
diferenciados,quando
representamuma
despesa altaou
ainda se aqualidade
não
é muito importante.E,
também
o poder decompra
de atacadistas e varejistas é determinado pelasmesmas
regras,porém
com
um
adendo: varejistaspodem
ter grande poderem
relação aosfabricantes
quando
puderem
influenciar nas decisões decompra
dos consumidores.A
mesma
regra vale para os atacadistasquando
estes influenciarem nascompras
dosvarejistas.
2.1.1.5. Rivalidade entre
as
firmas existentesEsta rivalidade esta relacionada
com
o desejo dealgumas
firrnasem
melhorarou
manter suas posições, para tantousam
de táticas,como
por exemplo: guerras de preços, publicidades, lançamento de novos produtos. Esta competiçãodepende
do
número
etamanho
dos concorrentes,da
taxa de crescimentoda
indústria, dos custos fixos,do
grau de diferenciaçãodo
produto, etc. Trata-se literalmente deuma
competição pois osmovimentos
deuma
empresa
têm
efeitos diretos sobre seus concorrentes levando estes aprática de retaliações. Verifica-se assim que elas são,
conforme
Porter (1996, p.34),O
resultado destas ações e reações équando
cria-seum
processoem
escala acentuada, pois todas as empresaspodem
sofrer as consequências e ao final a situaçãopode
ficar piorem
relação aomarco
inicial. AAlgumas
das concorrências, principalmente a de preços, são bastante instáveise
podem
levar todoum
setorou
uma
indústria a perdas de rentabilidade,uma
vezque
ocorte de preços é facilmente seguido pelos concorrentes.
No
entanto pode-se verificar ooposto nas batalhas de publicidade por permitirem
aumento na demanda,
bem
como
no
nível de diferenciação, beneficiando assim todas as empresas.
De
acordocom
Porter (1996, p.35),a
rivalidadeem
algumas
indústriascaracteriza-se
por
expressõescomo
“belicosas“amarga”
ou
“impiedosa enquantoem
outras indústrias
pode
ser ditacomo
“polida”ou
“cavalheiresca Portanto a rivalidade éfruto
da
interação de vários fatores estruturais (ntunero etamanho
dos concorrentes, taxade crescimento
do
setor, custos fixos, grau de diferenciação dos bensou
serviços, etc.).Alguns
destes fatorespodem
ser descritoscomo
segue: _a) concorrentes
numerosos
ou
bem
equilibrados-
quando há
inúmeras empresas aschances de divergências são grandes e algumas empresas
podem
até acharque
seusmovimentos
não seriam notados.Do
mesmo modo
se evidencia a instabilidadequando
existirem poucas empresas e emequilíbrio, posto que elas
podem
estar inclinadas a lutarem entre si epossuemrecursos
e forças para tal. Jáem uma
indústriacom
elevada concentração,dominada
poruma
ou
poucas empresas, sãopoucos
os enganos quanto àforça.
b) taxa de crescimento
da
indústria-
taxas baixasou
lentasinduzem
as empresas aaumentarem
seus esforçosem
busca deuma
maior fatia de mercado, enquanto que altastaxas de crescimento
permitem
a realização dos objetivos das empresas.c) custos
fixos ou
dearmazenamento
altos-
custosfixos
elevados pressionam asempresas a evitarem a ocorrência de capacidade ociosa,
na
maioria das vezes pormeio
de reduções nos preços.Um
exemplo
de custosfixos
altos sedá
quando
um
produto acabado for muito difícilou
dispendioso para ser mantidoem
estoque e isso leva asempresas a reduzirem os preços
com
o intuito de assegurar as vendas.d) ausência de diferenciação
ou
custos demudança -
se o produtoou
serviço for decompra
com
baseno
preço, o que leva a indústria a concorrências de preços ecomo
visto estas são muito instáveis. Por outro lado a diferenciação de produto protege a
empresa
dos concorrentes devido a preferência e lealdade dos compradores.concorrentes divergentes
-
como
os objetivos e estratégias são diferentesno
tocante a competição as empresas concorrentespassam
a ter dificuldadesem
descobrir asverdadeiras intenções uns dos outros e
também
frente aum
acordo sobre as regrasdo
jogo
para a indústria. Destaforma
certas estratégiaspodem
ser eficientes contraum
concorrente,
mas
erradas para outros.grandes interesses estratégicos
-
se os interesses de certas empresas visando o sucessona
indústria for elevado, maior e mais instável será a rivalidade dentro desta indústria.Por exemplo: se
uma
empresa
diversificada considerar importantíssimo o sucessoem
determinada indústria a
fim
de alcançar sua estratégia empresarial total elapode
sacrificar sua lucratividade para atingir tais objetivos.
barreiras de saídas elevadas
-
são fatores econômicos, estratégicos e emocionaisque
seguram
as empresas competindoem
atividadesmesmo
que a sua rentabilidade sejabaixa.
Segundo
Porter (1996, p.3 7) as principais fontes de barreiras' são:0 Ativos especializados: ativos altamente especializados para
uma
determinada atividade ou localização têm valores baixos de liquidação ou
altos custos de transferência ou conversão.
0 Custos fixos de saída: estes incluem acordos trabalhistas, custos de
restabelecimento, capacidade de manutenção para componentes
sobressalentes etc.
0 Inter-relações estratégicas: inter-relações entre as unidades da companhia
em termos de imagem, capacidade de marketing, acesso aos mercados
financeiros, instalações compartilhadas etc. Isto faz com que a empresa
entenda como de grande importância estratégica o fato de estar no negócio.
0 Barreiras emocionais: a relutância da administração em justificar
economicamente as decisões de saída é causada pela identificação com a
atividade em particular, pela lealdade com os empregados, pelo receio
quanto às suas próprias carreiras, por orgulho e por outras razões.
0 Restrições de ordem governamental e social: incluem negativa ou
desencorajamento por parte do governo quanto à saída do negócio
em
virtude do desemprego causado e dos efeitos econômicos regionais; isto é particularmente comum fora dos Estados Unidos.
Agrega-se a isso o fato de que a evolução da indústria é estrategicamente importante, porque
com
elavem
asmudanças
nas fontes estruturais da concorrência.Um
exemplo
simplespode
ser verificadoquando
uma
indústria alcança sua maturidade e,de
uma
indústria induz aum
estadoonde
o índice de crescimento passa a ser declinante,que por sua vez intensifica a concorrência e por
fim
leva auma
redução nos lucros.Da
mesma
forma
a inovação tecnológicapode
aumentar o nível dos custos fixos, fazendocom
que se intensifique a instabilidade
da
rivalidade.Contudo,
mesmo
que as empresastenham
que convivercom
muitos fatoresque
determinam
a intensidadeda
rivalidadena
indústria,pode
haver melhorasna
situação pormeio
demudanças
estratégicas.2.2.
Estratégias
Genéricas
A
intensidadeda
concorrênciaem uma
indústriatem
raízesem
sua estruturaeconômica
básica,onde
o grau dessa concorrênciadepende
das cinco forças competitivas-
entrantes potenciais, poder de negociação dos fomecedores,
ameaça
de produtossubstitutos, poder de negociação dos compradores e rivalidade entre empresas existentes.
Desta maneira a
meta
das estratégias competitivas parauma
empresa
éencontrar ações para que esta possa
melhor
se defender das cinco forças citadas acima,ou
ainda, influencia-las a seu favor.
Sendo
que, para a formulação deuma
estratégiacompetitiva é necessário que se faça
uma
análise estrutural, que significa, segundo Porter (1996, p.25), identificação das características básicas deuma
indústria, enraizadasem
suaeconomia
e tecnologia, e quemodelam
a
arenana
quala
estratégia competitiva deveser estabelecida.
O
conjunto das cinco forças competitivasdeterminam
a intensidadeda
concorrência e a rentabilidade
na
indústria e, ainda, as forças competitivasmais
predominantes
tomam-se
decisivasna
formulação de estratégias. Assim,uma
vezque
sefaz a análise estrutural tem-se o conhecimento das áreas
em
que
aempresa
pode
enfrentar aconcorrência,
bem
como
aquelasem
que deve evitar.Uma
vez descrito que as estratégias competitivas são as açõesque
posicionamuma
finna
dentro de sua indústria,com
o objetivo de enfrentar as cinco forças competitivase, deste
modo,
alcançaruma
maior rentabilidade sobre o investimento, é naturalque
asempresas
descubram
várias altemativas para atingir estefim.
Segundo
Porter (1996, p.49),a melhor
estratégiapara
uma
dada empresa
é,em
última análise,uma
solução únicaque
encontrar três estratégicas genéricas para
uma
empresa
enfrentar as cinco forças competitivas e superar os concorrentes dentro deuma
indústria.2.2.1.
Liderança
no Custo
TotalSignifica buscar a liderança
no
custo total dentro deuma
indústria pormeio
depolíticas voltadas para este objetivo.
Baixo
custo para enfrentar os concorrentes é a questãoprincipal
da
estratégia,embora
a qualidade e outros aspectos nãopossam
ser ignorados.De
acordo
com
Porter (1996, p.50),A
liderança no custo exige a construçao agressiva de instalaçoes em escala eficiente,uma
perseguição vigorosa de reduções de custo pela experiência,um
controle rígido do custo e das despesas gerais, que não seja permitida aformação de contas marginais dos clientes, e a minimização do custo
em
áreascomo
P
&
D, assistência, força de vendas, publicidade, etc. Intensa atençãoadministrativa ao controle dos custos é necessária para atingir estas metas.
Nesta estratégia
uma
empresa
alcança seu objetivo de liderançano
custo totalproduzindo retomos para a
empresa acima da
média
em
sua indústria,mesmo
com
forças competitivas intensas. Tal posição defende aempresa
contra fortes compradores, pois estessó poderão pressionar os preços
em
níveldo
concorrentecom
maior
eficiência. Contra osfomecedores
o baixo custo traz maior flexibilidade paracom
osaumentos
dos insumos.Além
de que essa estratégia cria barreiras de entrada,no
sentido deeconomias
de escala evantagens de custos e ganhos de eficiência
em
termos de experiência.O
resultado éuma
enonne vantagem
sobre os concorrentesmenos
eficientes.Adotando
essa estratégia,mesmo
que deforma
isolada das demais, aempresa
pode
competir via preço, pois a competição exigeaumento
de produtividade maiorque
ados concorrentes. Desta forma, a produtividade se
toma
fundamentalna
busca por baixoscustos,
uma
vez que a alta produtividade requer instalações enxutas e eficientes.No
entanto, são desuma
importância outros elementosda
competição,como
por exemplo: a qualidade
no
processo, a tecnologia,um
estoque reduzido,um
pessoal capacitado, etc.A
qualidadeno
processo diminui custos porque reduz amargem
de erro,leva a
uma
melhora no
uso das máquinas; resultandonum
produtomelhor
com
menor
preço.
Da mesma
forma
é importante a tecnologia, pois traz vantagens competitivas, pormeio da
redução dos custos eno
aumento
da diferenciação.De modo
geral é necessário, para as empresas que se utilizamda
estratégia decomo
no
treinamentodo
pessoal.Porém,
de acordocom
Porter (1996, p.50),a
colocaçãoem
práticada
estratégia de baixo custopode
exigirum
investimentopesado
de capitalem
equipamento
atualizado, fixação depreço
agressiva e prejuízos iniciaispara
consolidara
parcela de mercado.2.2.2. Diferenciação
Esta estratégia consiste
em
diferenciar o produtoou
serviço ofertado pelaempresa,
tomando-o
“único” dentro deuma
indústria.O
objetivo é oferecer aos clientesalgo
que
eles precisam e por isso sedispõem
a pagar mais. Essa estratégia é muito ampla,uma
vezque
as empresaspodem
ser diferentes de inúmeras maneiras, por exemplo: pode-se diferenciar
um
produtoou
serviçocom
base nas capacidadesda
empresa,no
desempenho,
nas embalagens,na
distribuição, etc., abrindo, assim,um
leque decaminhos
para o êxito. Contudo, esta estratégia de diferenciação
depende
fundamentalmentedo
bom
relacionamento dafinna com
seus clientes, é preciso conhecê-losbem,
para descobrir quais as característicasdo
produto que lhes atraem.A
qualidadedo
produtoou
serviço é desuma
importânciana
busca pela diferenciaçãono mercado
e o é porque são várias as dimensõesda
qualidade, por exemplo:desempenho,
consistência, durabilidade, confiabilidade, aparência,nome
de marca,capacidade, integridade, atenção, etc..
Da mesma
maneira aembalagem
é fator de decisão dos clientes,segundo
Tiffany e Peterson (1998, p.272),
(..) é possível desenvolver
uma
estratégia de diferenciação eficaz com base naembalagem do produto - como ele e' divulgado, quando recebe assistência
técnica e onde e' vendido.
(__) com publicidade criativa, serviço atencioso e distribuição sofisticada, e'
possível diferenciar, de uma forma ou de outra, praticamente qualquer coisa.
'
Segundo
Porter (1992, p.12),uma
empresa que
pode
obter e sustentaruma
diferenciação seráum
competidoracima
da média
em
sua indústria (..). Contudo,não
sepode
ignorar as posições de custo,ou
seja, é preciso ter custospróximos
aos dos seus concorrentes, reduzindo o custoem
todas as 'áreas quenão
afetam a diferenciação.Porter
também
explica a questãodo
maior retornoquando
uma
empresa
adotaaestratégia
da
diferenciação porque criauma
posição defensável para enfrentar as cincoforças competitivas,
uma
vez que esta estratégia pennite o afastamento contra a rivalidadepreço.
Também,
a diferenciação, produzmargens mais
altas e isso permite lidarcom
opoder dos fornecedores e dos compradores, principalmente para estes últimos, porque lhes
faltam altemativas compatíveis
com
seus desejos.Da mesma
forma
a lealdade permiteuma
maior defesaem
relação aos produtos substitutos.Contudo, alcançar a diferenciação e consequentemente
uma
boa
parcelado
mercado, requer altos dispêndios das atividades necessárias,como
por exemplo: pesquisaextensiva, projetos de produtos, materiais de alta qualidade, etc. e,
mesmo
assimnem
todosos consumidores poderão ter condições de pagar
um
preço mais alto.2.2.3.
Enfoque
Esta estratégia, a de enfoque,
pode
se dar por diversas formas, a questão éenfocar
um
determinado grupo comprador,um
segmento
de produto,um
espaçogeográfico do
mercado, etc., pois a finalidade é atenderda melhor forma
possívelum
determinado segmento.
Conforme
Porter (1996, p.52), (...)a
estratégia repousana
premissa
de quea empresa
é capaz de atender seu alvo estratégico estreitomais
efetivaou
eficientemente
do que
os concorrentes que estão competindo deforma
mais
ampla. Destaforma
aempresa pode
atingir a diferenciação por atender muitobem
as necessidades deseu
segmento
escolhido e/ou custos mais baixosna
conquista de tal segmento.Verifica-se que as duas estratégias, anteriormente descritas, estão de
um
ladoou
de outrona
equação de valor para o cliente, pois a estratégiada
liderança de custo volta- se para o preço e a estratégia de diferenciaçãotem
como
base os benefícios singulares dos produtosou
serviços oferecidos. Já esta última estratégia-
enfoque-
usa as duasanteriores e seu sucesso se dá porque a firrna se concentra
em
um
grupo específico decliente, cujo resultado é: suprir as necessidades específicas dos clientes de
forma melhor do
que os concorrentes. -
Portanto,
uma
firma
que desenvolve deforma
brilhante a estratégicade
enfoque
pode
obter retomosacima da média
dentro de sua indústria,uma
vezque
istosignifica baixos custos e/ou grande diferenciação;
além
de que tais posiçõespodem
serusadas
como
barreiras de defesa contra as forças competitivas.Uma
boa
descrição a este respeitopode
ser resumido porTweed
(1998, p.l8),o
foco
estratégico temuma
dimensão
a longo prazo.(..)não
temcomo
objetivomeramente
mercado
estabelecidonum
determinado dia,embora
issotambém
faça
parte.O
objetivo écriar sistemas,
abordagens
emétodos
quevençam
consistentemente batalha após batalhade
uma
longa guerra. `As
estratégias genéricas, descritas até agora, são distintasem
outras dimensões,pois o sucesso das estratégias
depende
de diferentes recursos e habilidades,bem
como
dediferentes arranjos organizacionais.
O
ANEXO
II trás -umresumo
destas diferenças.Por fim é
bom
frisar que estas três estratégias são bastante amplas e sãotraduzidas,
na
maioria das vezes,em
estratégiasmais
específicas,conforme
asparticularidades e situações de cada indústria. Deste
modo
são maisamplas
ainda asalternativas estratégicas
que
cadafirma
pode
adotar,como
por exemplo: especialização,integração vertical (para trás, para frente, terceirização, desinvestimento), identificação de marcas, canais de distribuição (seleção
do
canal e política de canal), qualidadedo
produto,tecnologia, atendimento, política de preço, alavancagem.
Enfim,
há
uma
gama
dealternativas para que as
firmas possam
competir e ganhar espaçono
mercado.2.3.
Grupos
Estratégicos
Para
melhor compreensão
quanto às forças competitivas(ameaça
denovos
entrantes,
ameaça
de produtosou
serviços substitutos, rivalidade entre as empresasda
indústria, poder de negociação dos fomecedores e poder de negociação dos compradores) e
às estratégias competitivas (especialização, marca, canal de distribuição, qualidade,
tecnologia, integração vertical, custos, atendimento, preço) Porter propõe o uso
do
conceitogrupos estratégicos, a
fim
de explicar porque algumas empresas são seguidamentemais
lucrativas
do
que outras ecomo
esta questãotem
vínculoscom
as posturas estratégicas.De
acordocom
Porter (1996, p.l33),um
grupo
estratégico e' ogrupo
deempresas
em uma
indústria que estão seguindouma
estratégia idênticaou
semelhanteao
longo das dimensões estratégicas.Uma
indústria poderia terapenas
um
grupo
estratégico se todas as empresas seguissem essencialmentea
mesma
estratégia.No
outro extremo,cada empresa
poderia constituirum
grupo
estratégico diferente.Desta
forma
a análiseda
concorrência deuma
indústriapode
demonstrarque
indústria, isto é, a
empresa
concorrerácom
maior intensidadecom
aquelasque
estiveremdentro
do
seu grupo estratégico.É
importante frisar que grupos estratégicos não são equivalentes a segmentos demercado
ou
a estratégias de segmentação eque
os grupos existem por diversos motivos,como
por exemplo: pontos fortes e fracos iniciais divergentes das empresas, épocasdiferentes de entrada
no
ramo
e até questões históricas. Porém,uma
vez quehajam
gruposdiferentes, as empresas de
um
grupo específicocomportam-se
de maneira semelhante,segundo
as dimensões estratégicas, e assim são afetadas erespondem
de maneira similaraos acontecimentos externos e intemos ao grupo. E, são essas estratégias semelhantes
que
permitem
a classificação de grupos estratégicos.As
estratégias usadasem uma
indústriapodem
ser diferenciadas de diversasmaneiras,
mas
em
geral existem algumas dimensões estratégicasque
demonstram
as diferenças possíveis dentro das opções estratégicas empresarias deuma
indústria,podendo
serem
assim resumidas:a) epecialização
-
conforme
a concentração dos esforçosem
termos de amplitude delinha, clientes-alvo e
mercados
geográficos.b) identificação de
marcas
-
busca evitar a competição baseadasomente
em
preçosou
outras variáveis. Esta estratégiapode
ser alcançada atravésda
publicidade, da força devendas, etc.
c) política de canal
-
busca pela identificação demarca
com
oconsumidor
finalcomo
forma
de ter o apoio dos canais de distribuiçãona venda
de seu produto.d) canais de distribuição
-
ampliação destes canais;do
próprio, especializadosem
um
dado
produto, até canais que distribuem amplas linhas de produtos.e) qualidade
do
produto~
seu nívelem
termos de matérias-primas, especificações,características, etc.
f) tecnologia
-
busca pela liderança tecnológicaem
contra partida aum
comportamento
imitativo,
no
entanto esta liderança não garanteum
produtoda mais
alta qualidadedo
mercado,
uma
vez que qualidade e liderança tecnológica nãoandam
obrigatoriamenteg) integração vertical
-
valor agregado de acordocom
o nível de integração para frente epara trás, incluindo o fato da
empresa
ter canal de distribuição, lojas exclusivas,assistência técnica, e outros fatos.
h) posição de custo
-
baixos custosna
fabricação ena
distribuição pormeio
deinvestimentos
em
instalaçõesou
equipamentos para minimizá-los.i) atendimento
-
o graucom
que
ela presta serviços auxiliares, este ponto poderia servisto
como
parteda
integração vertical,mas
é considerado à parte por força deforma
para análise.
j) política de preços
-
éuma
variável estratégica distinta,mas
queem
geral estarelacionada a outras variáveis
como
custos e qualidadedo
produto.k)
alavancagem
-
capacidade dealavancagem
financeira e operacional disponível.l) relacionamento
com
a matriz-
aempresa pode
fazer parte deum
grupo diversificadoou
aum
grupoque
centra suas açõesem
um
setor.As
relaçõescom
a matrizpodem
influenciar os objetivos
da empresa
etambém
com
a disponibilidade de recursos.m)
relaçõescom
os poderes públicos-
esta relacionadocom
a obtenção de subsídiosou na
submissãoda empresa
a regulamentações.As
dimensões estratégicasacima
descritaspodem
ser identificadas parauma
empresa
em
diferentes níveis de detalhes,bem como
outras dimensõespodem
seradicionadas para melhorar a análise, contudo o importância está
no
fato de que estasfornecem
um
quadro global da posiçãoda
empresa.2.3.1.
Grupos
Estratégicose as
Barreirasde
Mobilidade
Os
grupos estratégicos são “protegidos” por barreiras que desestimulam aentrada de
novos
ofertantes e isso influenciana
rentabilidade eno
crescimento das 'Já as forças competitivas que
definem
o grau de concorrênciaem uma
indústriaparticularizam-se
em
nível de grupo fazendocom
que haja distinção entre os gruposem
termos de atratividade.As
barreiras queprotegem
a indústriacomo
um
todo e que dificultam a entradade outros ofertantes, atribuem qualidades próprias nos níveis de grupo e são chamadas:
barreiras
de
mobilidade. Essas barreirasprotegem
as empresasdo
mesmo
grupoestratégico
da
entrada de outras empresas de fora da indústria,como também
dificultam asmudanças
de posições estratégicas deum
grupo para outro.Segundo
Porter (1996, p.l35),As principais fontes de barreiras identificadas sao economias de escala, diferenciação do produto, custos de mudança, vantagens no custo, acesso aos
canais de distribuição, necessidades de capital e política governamental.
Entretanto, embora algumas das fontes de barreiras de entrada protejam todas
as empresas na indústria, é claro que barreiras de entrada globais dependem do
grupo estratégico em particular ao qual o iniciante pretende se ligar. (...). As diferenças na estratégia podem implicar distinções na diferenciação do produto, diferenças na obtenção de economias de escala, diferenças nas necessidades de
capital e possíveis diferenças em todas as outras fontes de barreiras de entrada.
Desta
forma
o nível de diferenciação entre as estratégias adotadasem
uma
indústria, quanto a proteger-se contra possíveis entrantes
em
potencial (barreiras àentrada),
fomece
elementos quepermitem
classificar cadasegmento
industrial,relativamente a sua inclusão dentro de determinado grupo estratégico.
Disto verifica-se que,
uma
análise sob a ótica dos grupos estratégicos deuma
mesma
indústria, é possível identificarmos a existência de barreiras de mobilidade entreseus setores diversos, as quais caracterizam-se pelo grau de dificuldade encontrada por determinado setor, caso ele tenha intenções de
mudar
sua posição estratégica, saindo deum
grupo estratégico para outro.As
barreiras de mobilidade apresentam-seem
níveis diferentes, para gruposestratégicos diferentes, o que explica a existência de empresas
que possuem
persistentesvantagens sobre as outras.
As
empresasem
grupos estratégicoscom
barreiras demobilidade altas terão maior potencial de lucro
do
que aquelas situadasem
gruposcom
barreiras de mobilidade mais baixas.
Sem
as barreiras de mobilidade, as empresascom
estratégias
bem
sucedidas seriam rapidamente imitadas pelas outras, e a sua rentabilidadetenderia a igualdade, salvo pelas diferenças
em
suas habilidadesem
executar amelhor
Da
mesma
forma
que as barreiras de entrada, as barreiras de mobilidadepodem
mudar,
equando
isso acontece, as empresas frequentementeabandonam
alguns gruposestratégicos e
passam
paranovos
grupos, alterando o padrão destes grupos.Com
relação a estasmudanças
e a fonnação de grupos pode-se finalizarzuando
Porter (1996, p.137-138),Os grupos estratégicos são formados e modificam-se em uma indústria
por diversas razões. Primeira, as empresas em geral iniciam ou desenvolvem
mais tarde diferenças em recursos e potencialidades, selecionando, assim,
estratégias diferentes. As empresas bem situadas distanciam-se das outras na
corrida em direção aos grupos estratégicos protegidos por barreiras de
mobilidade altas à medida que a indústria vai se desenvolvendo. Segunda, as
empresas são diferentes quanto às suas metas e ao seu posicionamento
em
relação ao risco. Algumas empresas podem estar mais ínclinadas para
investimentos arriscados na construção de barreiras de mobilidade do que
outras.
A
consequência então é que o conjunto de grupos estratégicos e a distribuiçãodas taxas de lucros das empresas de
uma
indústriamudem
ao longodo
tempo.2.3.2.
Grupos
Estratégicose Poder
de Negociação
Os
grupos estratégicospossuem
diferentes poderes de negociaçãocom
clientes e fornecedores,uma
vez quedetém
diferentes barreiras de mobilidade, as quais são,explicadas geralmente pelas estratégias adotadas pelas empresas de
um
grupo.Os
grupos estratégicospossuem
diferentes níveis de poder de negociação pordois motivos. Primeiro, suas estratégias
podem
lhes conferir níveis diferentes devulnerabilidade a compradores
ou
fomecedores comuns. Segundo, suas estratégiaspodem
envolver
um
relacionamentocom
fomecedoresou
compradores diferentescom
níveistambém
diferentes de poder de negociação.2.3.3.
Grupos
Estratégicose
a
Ameaça
dos
SubstitutosO
grau de exposição dos grupos estratégicos à concorrência de produtossubstitutos depende
do
risco deuma
concorrência pelos produtos de substituição caso elesbusquem
diferentes partesda
linha de produtos,tenham
clientes diferentes,operem
em
diferentes níveis de qualidade