A blogosfe r a e scola r por t u gu e sa : con t r ibu t os
pa r a o con h e cim e n t o do e st a do da a r t e
M a r ia Joã o Gom e s
Univer sidade do Minho I nst it ut o de Educação e Psicologia 4710- 057 Braga PORTUGAL Em ail: 1m j gom es@iep. um inho.pt
An a Rit a Silv a
Mest r ado em Educação – Tecnologia Educat iva Univ ersidade do Minho – I nst it ut o de Educação e Psicologia 4710- 057 Braga PORTUGAL Em ail: ana_r it a_m aia@yahoo.pt
Re su m o
De quando em v ez, a I nt er net r einvent a- se com nov os t er m os, novas for m as de com unicar , de t r abalhar , de lazer e de apr ender de for m a m ais significat iv a e colabor at iv a. As ev oluções m ais r ecent es ao nível dos ser viços disponív eis na I nt er net t êm abar cado diver sas ver t ent es, nom eadam ent e no que se r efer e aos ser v iços de com unicação síncr ona e assíncr ona e no que se r efer e às difer ent es m odalidades de publicação de infor m ação em diver sos for m at os e linguagens que, em bor a dist int as, se ent r ecr uzam com fr equência e t or nam o panor am a do uso das TI C na educação cada vez m ais r ico e div er sificado. Um a das for m as de publicação de cont eúdos na I nt er net que t em vindo a encont r ar gr ande r ecept iv idade por par t e dos ciber naut as são os “ w eblogs” , os quais, de for m a m uit o sim plist a, podem ser descr it os com o const it uindo um for m at o de edição e publicação em linha que se car act er iza essencialm ent e pela configur ação cr onológica inv er sa de apr esent ação de infor m ação. Nest e t ext o apr esent ar em os alguns dos aspect os r efer ent es às pr át icas de explor ação pedagógica dos blogues escolar es e algum as r eflexões em t or no dos esfor ços de sist em at ização dos difer ent es t ipos de blogues dir eccionados par a est es cont ext os. Ter m inar em os com a apr esent ação de um pr ot ót ipo do por t al par a r egist o e consult a de blogues escolar es que pr et endem os im plem ent ar .
1 . I n t r od u çã o
r einvent a- se com novos t er m os, novas for m as de com unicar , de t rabalhar, de ocupar os t em pos de lazer e de aprender de form a m ais significat iva e com um a for t e ver t ent e colabor at iva.
As evoluções m ais r ecent es ao nível dos ser viços disponíveis na I nt er net t êm abar cado diver sas ver t ent es, nom eadam ent e no que se r efer e aos ser viços de com unicação síncr ona e assíncr ona e no que se r efer e às difer ent es m odalidades de publicação de infor m ação em diver sos for m at os e linguagens ( vídeo, áudio, hiper m édia) que, em bor a dist int as, se ent r ecr uzam com fr equência e t or nam o panor am a do uso das TI C na educação cada vez m ais r ico e diver sificado.
Um dos novos ser viços de publicação de cont eúdos na I nt er net que t em t ido gr ande r ecept ividade por par t e dos ciber naut as são os “ w eblogs” , ou de for m a abr eviada, os “ blogs” , os quais, de for m a m uit o sim plist a, podem ser descr it os com o const it uindo um for m at o de edição e publicação em linha que se car act er iza essencialm ent e pela configur ação cr onológica inver sa ( cf., por exem plo, Or ihuela e Sant os, 2004) .
É com um encont r ar na bibliogr afia r efer ências que at r ibuem a cr iação do pr im eir o w eblogue a Tim Ber ner s Lee, o cr iador da w eb, sob a for m a de página w eb int it ulada “ What ’s new in’92’” ( cf. Or ihuela e Sant os, 2004) , em bor a o t er m o w eblog não t enha sido cunhado pelo pr ópr io. A aut or ia do t er m o “ w eblog” não é consensual, havendo r efer ências que indicam que o t er m o t enha sido cunhado por
Jor n Bar ger por volt a de 1996 ( cf. ht t p: / / en.w ikipedia.or g/ w iki/ Jor n_Bar ger [ online em 2006- 08- 25] ) e
out r as que at r ibuem a J. Bar ger a pr im eir a ut ilização do m esm o ( Mar t ingdale & Wiley, 2004: 1) .
publicação na I nt er net assum e um nível de facilidade nunca ant es at ingido um a vez que “ … o ut ilizador ( ou ‘blogger ’) não pr ecisa de fazer qualquer pr ogr am ação, ou m esm o for m at ação, par a cr iar um sít io w eb t ecnicam ent e sofist icado e visualm ent e im pr essivo.” ( Mar t indale & Willey, 2004: 2) . O car áct er fr equent em ent e gr at uit o e a gr ande facilidade de ut ilização t or nar am os blogs um a for m a pr ivilegiada de publicação na w eb, encont r ando r apidam ent e adept os num er osos e em núm er o sem pr e cr escent e.
Or ihuela e Sant os ( 2004) dest acam t r ês vant agens com par at ivas dos blogues em r elação às páginas w eb convencionais que facilit ar am ( e facilit am ) a sua adopção no âm bit o educat ivo: ( i) ser [ m uit o] m ais fácil apr ender a cr iar e publicar na w eb um blogue, do que criar um a página com um edit or com um de HTML e t er post er ior m ent e que pr oceder ao seu aloj am ent o num ser vidor com r ecur so a um ser viço de FTP ( File Tr ansfer Pr ot ocol) ; ( ii) os ser viços de blogues t er em nor m alm ent e disponíveis t em plat es com design de qualidade o que per m it e que os alunos [ e os pr ofessor es] se cent r em nos aspect os m ais educacionais ( com o sej am os cont eúdos e os pr ocessos de com unicação) sem t er em que invest ir esfor ços sensíveis nos aspect os de desenho do layout do blogue; e ( iii) em m uit os casos exist ir um conj unt o de r ecur sos associados aos blogues que podem ser r elevant es em t er m os da sua explor ação pedagógica ( eg. sist em as de com ent ár ios, sist em as de ar quivo, sist em as de busca e de det ecção aut om át ica de r efer ências, ent r e out r os.) .
per spect ivados quer com o um r ecur so, quer com o um a est r at égia pedagógica ( Gom es, 2005: 311) .
Bar bosa e Gr anado ( 2004: 69) r efer em m esm o que “ [ s] e há um a ár ea onde os w eblogs podem ser ut ilizados com o fer r am ent as de com unicação e de t r oca de exper iências com excelent es r esult ados, essa ár ea é, sem dúvida, a da educação.” A evolução dos usos, for m at os e funções dos blogues t em assegur ado a m anut enção da sua popular idade e est im ulado o crescim ent o cont ínuo do seu núm er o ( Oliveir a, 2006: 334) . Sim ult aneam ent e, a t er m inologia em t or no dos blogues, e daquilo que podem os designar por blogosfer a1, ou sej a o m undo dos blogues e dos seus “ habit ant es” , t em vindo a cr escer e a diver sificar- se em função de fact or es com o sej am os aspect os t ecnológicos e a linguagem m ediát ica ut ilizada – t em os por exem plo os m oblogs, os fot oblogs, os vídeo- blogs – e a nat ur eza das t em át icas abor dadas – t em os os w ar blogs, os cineblogs, os t r avelblogs. Nest e segundo cont ext o, podem os incluir os edublogues ou blogues educacionais, que aqui são consider ados num a per spect iva abr angent e, abar cando quer blogues que se dir igem especificam ent e a act ividades escolar es de car áct er cur r icular e cont eudal ( focando cont eúdos progr am át icos de um det er m inado nível de escolar idade e/ ou de det er m inada disciplina) ou de car áct er ext r acur r icular , quer t odo um conj unt o de blogues que, não t endo sido idealizados t endo em vist a qualquer t ipo de explor ação em cont ext o escolar , são cont udo for t em ent e educat ivos e passíveis de ser em explor ados com o um r ecur so educat ivo adicional. Na sequência dest a linha de pensam ent o, opt ám os por adopt ar a designação de blogues escolar es par a t odas as sit uações em que os blogues são cr iados e m ant idos por pr ofessor es e/ ou alunos, t endo em vist a obj ect ivos e act ividades dir ect am ent e r elacionadas com os cont ext os
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Blogosfera Blogosfera escolar
Figur a 1 – Diagr am a r epr esent at ivo do enquadr am ent o dos blogues escolar es no cont ext o ger al da blogosfer a.
Blogosfera educacional
escolar es, do ensino pr é- escolar ao ensino super ior . Na figura 1 r epr esent a- se o m odelo pr opost o de enquadr am ent o dos blogues escolar es no conj unt o dos blogues educacionais e cont ext o ger al da blogosfer a. Not e- se que nest e t ext o, ut ilizam os a designação de blogues escolar es num sent ido abr angent e, ao pont o de incluir m os nest a designação blogues associados a escolas, pr ofessor es e alunos de t odos os nív eis de ensino, do j ar dim de infância ao ensino super ior , em bor a r econhecendo que par a est e últ im o nív el de ensino a designação de “ blogues académ icos” t alvez fosse m ais adequada.
gr ande im por t ância e salient a que “ o seu uso t em sido difundido cada vez m ais com o obj ect o de apr endizagem , encar nando, com gr ande ent usiasm o, ser um v et or de um m odelo de ensino- aprendizagem no qual a const r ução colet iva de significados r epr esent a um novo fazer educat ivo”2 ( Oliveir a, 2006: 337) . A m esm a aut or a defende que a explor ação educat iva dos blogues incor por a m uit as das ideias defendidas por educador es com o Paulo Fr eir e e Vygot sky, nom eadam ent e na dim ensão da im por t ância da int er acção e da linguagem no desenvolvim ent o e na apr endizagem ( Oliveir a, 2006: 340- 341) .
Tam bém Fer ding & Tr am m el ( 2004) fazem r efer ência à im por t ância da int er acção social nos pr ocessos de ensino-apr endizagem , r ealçando o pensam ent o de Vygot sky no que se r efer e à im por t ância da linguagem enquant o pr ocesso social que supor t a a const r ução do conhecim ent o e a at r ibuição de significados. Fer ding & Tr am m el ( 2004) r efer em que do pensam ent o de Vygot sky decor r e que a “ const r ução do conhecim ent o é por nat ur eza discur siva, r elacional e conver sacional” pelo que “ par a que os est udant es se apr opr iem e t r anfor m em o conhecim ent o pr ecisam de t er opor t unidades aut ênt icas de publicação do conhecim ent o” . Dest as ideias r essalt a o papel que os blogues podem desem penhar enquant o fer r am ent a de cr iação de espaços de r eflexão e publicação dos pensam ent os dos est udant es bem com o enquant o espaço de obt enção de feedback ( at r avés dos sist em as de com ent ár ios) e “ ancor agem ” de novas ideias ( Fer ding & Tr am m el, 2004) . Est es m esm os aut or es ident ificam quat r o benefícios par a os alunos decor r ent es da ut ilização dos blogues em cont ext os escolar es: 1) o uso dos blogues aj uda os alunos a t or nar em - se ‘per it os’ nas t em át icas cont eudais do blogues; 2) os blogues aum ent am o int er esse dos alunos e o seu sent im ent o de ow ner ship em t er m os de
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apr endizagem ; 3) o uso de blogues dá aos alunos opor t unidades legít im as de par t icipar em em com unidades de pr át ica; 4) o uso de blogs cr ia opor t unidades par a os alunos cont act ar em com um a m aior diver sidade de perspect ivas, quer ao nível do int er ior quer ao nível do ext er ior da sala de aula.
Am par o Tor al ( 2004: s/ pág.) , por sua vez, r efer e que os blogues podem act uar com o um a fer r am ent a de apoio à apr endizagem de acor do com “ um a filosofia de apr endizagem significat iva, desenvolvim ent o do espír it o cr ít ico e de ensino per sonalizado” , afir m ando m esm o que é pr ovável que “ num fut ur o im ediat o se ident ifique o seu uso com os nom es das inst it uições educat ivas de m aior qualidade” .
No que r efer e à blogosfer a escolar por t uguesa, r egist a- se um cont ínuo cr escim ent o e int er esse por par t e dos pr ofessor es e dos invest igador es educacionais ( cf. Gom es, 2005) que se m anifest a não só no aum ent o do núm er o de blogues que se enquadr am nest a “ cat egor ia” m as t am bém na diver sidade das abor dagens, dos cont ext os de explor ação e da m odalidade de aut or ia:
Há blogs cr iados e dinam izados por pr ofessor es ou alunos individuais, há blogs de aut or ia colect iv a, de professor es e alunos, há blogs focalizados em t em át icas de disciplinas específicas e out r os que pr ocur am alcançar um a dim ensão t ransdisciplinar . Há blogs que se const it uem com o por t efólios digit ais do t r abalho escolar r ealizado e blogs que funcionam com o espaço de r epr esent ação e pr esença na Web de escolas, depar t am ent os ou associações de est udant es. O leque de explor ações e o núm er o de pr ofessor es e alunos envolvidos não pár a de aum ent ar . ( Gom es, 2005: 311)
qual foi cr iado em Abr il de 2002. A est e blogue m uit os out r os se suceder am nest a inst it uição, associados a pr át icas pedagógicas e de avaliação, no cont ext o de diver sos cur sos de gr aduação e pós-gr aduação3. Gom es ( 2006) , por exem plo, r elat a a ut ilização dos blogues com o espaço de const r ução de por t efólios digit ais de apr endizagem e avaliação no cont ext o de um cur so de Mest r ado em Educação da Univer sidade do Minho.
O r ecur so aos blogues com o est r at égia e com o r ecur so pedagógico não é cont udo apanágio do ensino super ior , sendo cada vez m ais com um a sua ut ilização ao nível de escolas de t odos os níveis de escolar idade. Est a const at ação t em const it uído um for t e est ím ulo par a o desenvolvim ent o de um pr oj ect o que t em os em cur so no sent ido de:
( 1) invent ar iar e car act er izar a blogosfer a escolar ( e académ ica) por t uguesa,
( 2) ident ificar as m ot ivações e obj ect ivos dos aut or es/ escr it or es de blogues escolar es,
( 3) ident ificar as pr incipais prát icas associadas à explor ação pedagógica dos blogues escolar es,
( 4) pr opor um a t ipologia de sist em at ização dos difer ent es t ipos de blogues escolar es.
O obj ect ivo ger al dest e pr oj ect o visa a ident ificação de “ boas pr át icas” nest e dom ínio de m odo a cont r ibuir par a o conhecim ent o e enr iquecim ent o da blogosfer a escolar por t uguesa bem com o ser v ir de fundam ent ação e supor t e ao desenvolvim ent o de um por t al de blogues escolar es ( e académ icos) que se possa const it uir com o um espaço de divulgação, encont r o e debat e de pr oblem át icas associadas aos usos educacionais dos blogues. Nest e t ext o apr esent ar em os
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alguns dos aspect os r efer ent es às pr át icas de explor ação pedagógica dos blogues escolar es e algum as r eflexões em t or no dos esfor ços de sist em at ização dos difer ent es t ipos de blogues dir eccionados par a est es cont ext os. Ter m inar em os com a apr esent ação de um pr ot ót ipo do por t al par a r egist o e consult a de blogues escolar es que t em os em desenvolvim ent o.
2 . Con t r ibu t os pa r a a sist e m a t iza çã o da u t iliz a çã o dos blogu e s
e m con t e x t os e du ca cion a is
São j á m uit os os aut or es que se debr uçam sobr e as ut ilizações educacionais dos blogues, per m it indo ident ificar abor dagens com difer ent es focos. Fer dig e Tr am m el ( 2004; r efer enciados em Or ihuela e Sant os, 2004) pr ocur ando est abelecer as vant agens pr incipais do uso dos blogues em cont ext o educat ivo r efer em que est es “ aj udam os alunos a conver t er em - se em per it os” ; “ aum ent am o int er esse dos est udant es pela apr endizagem ” ; “ abr em [ aos est udant es] canais efect ivos de par t icipação” e “ ofer ece- lhes nov as per spect ivas dent r o e for a da aula” . Fiedler ( 2004) e Wr ede ( 2004) , t am bém refer enciados em Or ihuela e Sant os ( 2004) , dest acam o pot encial dos w eblogues com o fer r am ent a par a facilit ar o diálogo e o discur so académ ico.
sobr e est udos r ealizados é j á bast ant e com um , podendo r efer ir - se com o exem plo os est udos de Or ihuela e Sant os ( 2004) , Mar t indale e Wiley ( 2004) e Gom es ( 2006) .
Figur a 2 – Mat r iz “ Som e Uses of Blogs in Educat ion” de Scot t Leslie ( 2003)
[ disponív el online]
Da leit ur a que fazem os da m esm a, a m at r ix pr opost a por Leslie abar ca essencialm ent e o t ipo de explor ação educacional dos blogues que designám os por “ blogues escolar es” e ilust r a a diver sidade de obj ect ivos e abor dagens que podem pr esidir aos m esm os e a dificuldade em pr oceder a um a sist em at ização clar a dos difer ent es t ipos de blogues que poder ão ser incluídos nest a designação.
3 . Um a p r opost a e m con st r u çã o
No início dest e t ext o fizem os r efer ência à dist inção que fazem os ent r e blogues educacionais e blogues escolar es incluindo na pr im eir a dest as designações t odos os blogues passíveis de explor ação em cont ext os escolar es ( e académ icos) m esm o t odos aqueles que não for am cr iados com esse fim específico e lim it ando o uso da designação de “ blogues escolar es” apenas aos blogues passíveis de explor ações educacionais m as que for am especificam ent e criados com o obj ect ivo de ser em explor ados em cont ext os escolar es, sej am est es de nat ur eza est r it am ent e cur r icular ou não. Tem os consciência de que est a cat egor ização cont ém em si própria um a com ponent e de algum a ar bit r ar iedade e subj ect ividade. Tr at a- se de um a pr opost a que visa apenas facilit ar a discussão do uso dos blogues por pr ofessor es e alunos, nos seus cont ext os m ais r elacionados com o m eio escolar , novam ent e aqui r efer ido num sent ido abr angent e de cont ext os de educação for m al ao nível dos m ais diver sos gr aus de ensino t or nando clar o aquilo a que nos est am os a r efer ir quando ut ilizam os a expr essão de blogues escolar es.
Figur a 2 – Blogue da Escola EB 1/ J1 de Navar ra
Um a sist em at ização em função de aspect os t ecnológicos com o o ser viço de cr iação ut ilizado ( por exem plo blogger .com ou blogs.sapo.pt ) ou a nat ur eza da linguagem de m ediat ização da infor m ação adopt ada ( por exem plo: videoblogs ou fot oblogs) é bast ant e obj ect iva m as t alvez pouco r elevant e par a os obj ect ivos de apr esent ação, discussão e pr om oção de difer ent es m odalidades de ut ilização educat iva dos blogues. A r ealidade efect iva é cont udo bast ant e m ais com plexa, sendo que são m últ iplos os aspect os a consider ar e com plexas as possibilidades de cruzam ent o ent r e eles, t or nando im possível conceber um sist em a ou t ipologia fechada de classificação ou sist em at ização dos blogues escolar es. A r ealidade apont a não par a um a est r ut ur a hierár quica, em ár vor e, m as algo que se apr ox im a m ais de um a est r ut ura que se or ganiza com o um a r ede com plexa e int r incada com gr ande var iabilidade de abor dagens. A figur a 4 pr et ende de algum m odo r epr esent ar essa diver sidade de abor dagens e de int er - r elações sendo cont udo apenas um a r epr esent ação m uit o sim plificada, em que num er osos fact or es, com o por exem plo a r esponsabilidade da aut or ia dos blogues ou a nat ur eza das linguagens de m ediat ização ut ilizadas não se encont r am r epr esent adas.
Figur a 4 – Repr esent ação esquem át ica dos difer ent es t ipos de explor ações
educat ivas dos blogues
4 . O por t a l “Blog u e du ca ”
A pr im eir a r efer ência pública à cr iação do por t al “ Blogueduca” foi feit a pela pr im eir a aut or a dest e t ext o dur ant e a apr esent ação or al de um a com unicação int it ulada “ Blogs: um r ecur so e um a est r at égia pedagógica” dur ant e o VI I Sim pósio I nt er nacional de I nfor m át ica Educat iva o qual t eve lugar em Leir ia- Por t ugal nos dias 18 a 19 de Novem br o de 2005. À dat a da r edacção dest e t ext o, o por t al “ Blogueduca” encont r a- se ainda na fase de im plem ent ação, na sequência de um pr ocesso de ident ificação das funcionalidades e ser viços que se nos afigur am m ais r elevant es par a um a espaço dest a nat ur eza e com os obj ect ivos que at r ás ident ificam os. Na figur a 5 apr esent am os um a im agem cor r espondent e ao pr ot ót ipo do por t al em desenvolvim ent o. Not e- se que nest e pr ot ót ipo apenas se pr et endeu ident ificar as pr incipais funcionalidades e ser viços a disponibilizar a par t ir do ecr ã de ent r ada, não cor r espondendo ainda ao aspect o gr áfico final do por t al que se pr et ende im plem ent ar .
Figur a 5 – Pr ot ót ipo do por t al em desenvolvim ent o “ Blogueduca”
5 . Con side r a çõe s fin a is
Re fe r ê n cia s:
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