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|x| |y|,∀x, y∈X, e com toda as sequˆencias de Cauchy convergindo

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Academic year: 2022

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Curso: MAT 221- C ´ALCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL IV Professor Oswaldo Rio Branco de Oliveira

Per´ıodo: Segundo Semestre de 2008

S ´ERIES E SOMAS EM ´ALGEBRAS:C([a, b]),Mn×n(R), Mn×n(C), etc.

O PRODUTO DE S ´ERIES ABSOLUTAMENTE CONVERGENTES

Abaixo,X´e umK-espa¸co vetorial normado com produto tal que|xy| ≤ |x| |y|,∀x, y∈X, e com toda as sequˆencias de Cauchy convergindo. Exemplos: o espa¸co de fun¸c˜oes cont´ınuas C([a, b]) com norma do sup, espa¸cos de matrizes quadradas reais ou complexas,R,C, etc.

1. Associatividade para S´eries. Se

+∞

Pxn converge ax, a convergˆencia ´e associativa:

+∞

X

n=1

xn= (x1+...+xn1) +....+ (xnp−1+1+...+xnp) +... .

Uma fam´ılia em X, indexada em I, I um conjunto de ´ındices qualquer, ´e uma fun¸c˜ao x:I→X, denotada por (xi) ou (xi)I. Toda sequˆencia ´e uma fam´ılia.

2. Somabilidade: A fam´ılia (xn) ´esom´avel, com somax∈X, se∀ >0 existeF⊂N, F

finito, tal que para todoF ⊂N, F finito e F ⊃F, (*) |x−P

F

xn|< . Nota¸c˜ao: P

N

xn =x. Ainda, (xn) ´e absolutamente som´avel se existe M >0 tal que P

n∈F

|xn| ≤ M, ∀F ⊂N,F finito. Temos,P

|xn|=sup{P

F

|xn|: F finito}.

O conjunto das sequˆencias som´aveis sobreX ´e um espa¸co vetorial.

3. SeP

N

xn=xe|P

F

xn−z| ≤M, (zeM fixos) ∀F ⊂N,F finito, ent˜ao,|x−z| ≤M. Em particular temos,|P

N

xn| ≤P

|xn|.

4. A fam´ılia (xn) satisfaz a condi¸c˜ao de Cauchyse dado >0 existeF ⊂N, F finito, tal que para todo subconjunto finitoF0⊂N, disjunto deFtemos,

|X

F0

xn|< .

(a) Se (xn) satisfaz a condi¸c˜ao de Cauchy, a sub-fam´ılia (xn)n∈J, J ⊂N,tamb´em.

(b) Toda sequˆencia som´avel satisfaz a condi¸c˜ao de Cauchy.

Prova: O ´ıtem (a) ´e trivial.

(b) Dado >0, sejaxa soma,Fdado pela somabilidade eF⊂I, disjunto deF. Ent˜ao,

|X

F

xn| ≤ | X

F∪F

xn−x| + |x−X

F

xn|< +

Obs: Se (xn) satisfaz a condi¸c˜ao de Cauchy ent˜aoIn={i∈N:|xi|> 1n}´e finito.

(2)

5. (O Crit´erio de Cauchy) (xn) ´e som´avel se, e s´o se, satisfaz a condi¸c˜ao de Cauchy.

Prova: A ’ida’ j´a foi provada quando da defini¸c˜ao da condi¸c˜ao de Cauchy.

(⇐) SejaIncomo na observa¸c˜ao acima eyn=P

In

xi. Dado >0, existeFcontido emN e finito, tal que seF⊂N,F finito eF∩F=∅,

|X

F

xi|< .

ParaN tq. F⊂IN em > n≥N,F⊂IN ⊂In⊂Im,F =Im−In ⊂(F)c e

|ym−yn|=|X

Im

xi−X

In

xi|=|X

F

xi|< .

Logo, ∃ limym = x ∈ X, |x−yn| ≤ ,∀n ≥ N. Provemos P

I

xi = x. Se F ⊃ IN, F0=F−IN ⊂(F)c e portanto,

|x−X

F

xi|=|x−X

IN

xi−X

F0

xi| ≤ |x−yN|+|X

F0

xi|< +

A seguir temos um teorema que, emK, a prova utilizou a ordem emR. Abaixo a prova vale emK-espa¸cos vetoriais normados completos (sequˆencias de Cauchy convergentes).

6. TeoremaToda sequˆencia (xn) absolutamente som´avel ´e som´avel.

Prova Utilizemos o crit´erio de Cauchy. Se Σ|xi|=sup{ΣF|xi|:F ´e finito} =M <∞, dado >0 sejaF finito tal queM− <P

F

|xi| ≤M. Ent˜ao, seF ´e finito eF∩F=∅,

M− < X

F

|xi| ≤ X

F

|xi|+X

F

|xi| ≤M ,

donde,|P

F

xi| ≤ P

F

|xi|= (P

F

|xi|+P

F

|xi|)−P

F

|xi| ≤M−(M −) = Observa¸c˜aoA ’volta’ n˜ao vale, em geral, se o espa¸co n˜ao ´eK.

7. Associatividade da SomabilidadeSeja (xn) som´avel com soma xe (Jλ)λ∈Λ, parti¸c˜ao deN. Ent˜ao, (xi)i∈ ´e som´avel (∀λ∈Λ) e, se P

Jλ

xi =yλ, (yλ) ´e som´avel com somax:

Xxn=X

Λ

(X

Jλ

xi).

ProvaAfirma¸c˜ao 1: Para todo J⊂N, (xn)J ´e som´avel.

Prova: Seja >0 e F⊂Ncomo na condi¸c˜ao de Cauchy para (xn). Ent˜ao, FJ =F∩J

´

e tal que se FJ ⊂J ´e finito e disjunto deFJ ent˜aoFJ∩F=∅e,|P

FJ

xn|< . Logo, a fam´ılia (xn)J satisfaz a condi¸c˜ao de Cauchy e ´e, som´avel.

(3)

Afirma¸c˜ao 2: Se I1eI2 formam uma parti¸c˜ao deN, y1 =P

I1

xn ey2 =P

I2

xn est˜ao bem definidos ey1+y2=x. A prova ´e simples.

Afirma¸c˜ao 3: yλ=P

Jλ

xi´e bem definido, j´a vimos, e (yλ)Λ satisfaz a condi¸c˜ao de Cauchy.

Prova: Dado > 0 seja F como na condi¸c˜ao de Cauchy para (xn)N. Consideremos G={λ1, ..., λn} ⊂Λ tais queF⊂Jλ1∪...∪Jλn. SeG⊂Λ ´e finito eG∩G=∅, temos:

X

G

yλ=X

G

X

Jλ,λ∈G

xi= X

S

GJλ

xi ,

e,∀ G finito emS

GJλ temosG ∩F=∅; logo,|P

G

xi|< e, pelo item 3 acima,

|X

G

yλ|=|X

G

X

Jλ,λ∈G

xi| ≤ .

Pelo crit´erio de Cauchy existe ΣΛyλ=y.

Afirma¸c˜ao 4: y=x.

Prova: Dado >0 sejamF⊂NeG⊂Λ finitos e tq: ∀F e∀Gfinitos,F ⊃F,G⊃G,

|X

F

xi−x|< , |X

G

yλ−y|< .

Sejam λ1, ...., λn tais que F ⊂ Jλ1 ∪....∪Jλn e G = {λ01, ..., λ0m}. Podemos supor {λi}n1 ={λ0j}m1. Pelo item 3, na express˜ao `a esquerda e desenvolvendo a outra temos,

| X

niJλi

xi−x| ≤ , |

n

X

i

X

Jλi

xi−y|<

Pela associatividade para Λ finito (afirma¸c˜ao 2), conclu´ımos queP

niJλixi=Pn i

P

Jλixi. Logo,|x−y| ≤2

8. Teorema (Produto de S´eries) Sejam

Pxn = x e

Pym = y s´eries absolutamente convergentes emK. A fam´ılia{xnym}´e absolutamente som´avel (logo, som´avel) e,

X

N×N

xnym = (

Xxn)(

Xym).

(A) Dada uma ordem arbitr´aria (permuta¸c˜ao) emN×N, a s´erie Σxnym satisfaz : (i) ´e absolutamente e comutativamente convergente axy.

(ii) todo rearranjo, finito ou n˜ao (total associatividade), converge absolutamente axy.

(B) O produto de Cauchy das s´eries dadas ´e a s´erie obtida pela associa¸c˜ao :

X

n=0

Xn

p=0

xpyn−p

=

X

n=0

X

i+j=n

xiyj=

X

N×N

xnym.

Obs: Este produto surge no c´alculo dos coeficientes da multiplica¸c˜ao de s´eries de potˆencias.

(4)

9. A Exponencial de uma Matriz ,

10. SejaMn=Mn(K) a ´algebra das matrizes quadradas de ordemncom coeficientes emK. A exponencial de uma matrizA∈Mn ´e dada por

eA=

X

0

Am m!.

(a) A defini¸c˜ao ´e bem dada.

(b) Se AeB comutam ent˜aoeA+B =eAeB.

(c) Para todaA∈Mn,eA´e invers´ıvel e (eA)−1=e−A;e0=I.

(d) Se W ∈Mn´e invers´ıvel ent˜ao,eW−1AW =W−1eAW,∀A∈Mn. (e) ´E de classeC a aplica¸c˜ao exp :Mn(K)→Mn(K) definida por,

exp(X) =

X

0

Xm m! .

(f) A fun¸c˜aoR3t7→f(t) =etA∈Mn ´e deriv´avel ef0(t) =AetA.

(g) Para todaX ∈Mn, det(eX) =e(T rX), sendoT r(X) o tra¸co da matrizX

Observa¸c˜ao: Preferindo, resolva apenas em R. Utilize, ou n˜ao, a equivalˆencia entre a norma||.||2 emRn

2 e a norma operador||.||op, identificandoMn comL(Kn):

dadosT eS em∈L(Kn), T S=T◦S ∈L(Kn) e ||T S|| ≤ ||T|| ||S||.

Nota¸c˜ao: ||X||2 ≤ α||X||op e ||X||op ≤ β||X||2 ,αeβ positivos.

Sugest˜ao: Direto em C, utilizando a norma operador.

Resolu¸c˜ao:

(a) ParaA∈Mn(Cn), com a norma operador ´e claro que a s´eriePAn

n! ´e uniformemente absolutamente convergente sobre os compactos.

(e) As derivadas deXN,X ∈Mn(C) s˜ao uniformemente limitadas em|X| ≤M. ParaA(t) eB(t) fun¸c˜oes deRemMn(C) temos dtdA(t)B(t) =A0(t)B(t) +A(t)B0(t).

ParaErs= [δrs]∈Mn(R), ErseiErs, 1 ≤r, s≤n, formam uma base de Mn(C).

Chamemo-as Ej,1 ≤ j ≤ 2n2. Temos XN = X...X, ´e fun¸c˜ao de 2n2 vari´aveis, cada entrada um polinˆomio. Derivando na dire¸c˜aoEj, obtemos

∂ Ej

(XN) =

p=N−1

X

p=0

XpEjXN−p−1.

(A indu¸c˜ao) Se f(x) =f1(X)...fN(X) ´e um produto matricial, tal quefi(X) ´eX ou uma matriz constante. A derivada parcial na dire¸c˜aoEij ´e dada por

∂Ej

f(X) =

r=N

X

r=1

f1(X)...d

dtfr(X+tEj)|t=0....fN(X).

(5)

Ent˜ao, uma derivada parcial de ordem 1 ´e soma deN parcelas de representa¸c˜ao igual af e assim, uma de ordem 2 tˆemN2 parcelas na soma e a de ordemk,Nk parcelas nas quais|Ej| ≤1 e, para o fatorX,|X| ≤M. Logo, para a derivada ∂Xkα,|α|=k,

X

N=0

k

∂Xα(XN N!)

X

N=0

NkMN N! .

A s´erie num´erica acima ´e convergente (teste da raz˜ao), a das derivadas converge uniformemente e absolutamente sobre os compactos. Logo, a exponencial ´eC. (f) Temos,

e(t+h)A−etA h =etA

ehA−I h

=etA

A+hA2

2! +....+hN−1AN N! +....

.

A s´erie na express˜ao acima converge aA, parah→0.

(g) Definindo parat∈R,f(t) = det(etX) temos

f(t+s) = det(etX+sX) = det(etXesX) = det(etX) det(esX) =f(t)f(s). As fun¸c˜oes C tais queϕ(t+s) =ϕ(t)ϕ(s),∀t, s,s˜ao dadas por ϕ(t) =eλt. Logo, f(t) = det(etX) =eλt,λ=f0(0). Por outro lado,

etX =I+tX+t2X2

2! +...=I+tX+t2FX(t), ondeFX =Fij(t) ´e uma fun¸c˜aoC deRemMn. Assim,

det(etX) = det[δij+txij+t2Fij].

O determinante ´e multilinear e o desenvolvimento de det[δij+txij+t2Fij] pelas col- unas (todas soma de trˆes ’sub-colunas’) ´e um polinˆomio emte, termo independente det[δij] = 1. Pondo t2 em evidˆencia, temos a parcela t2g(t), g um polinˆomio. O termo de grau um s´o surge se na expans˜ao h´a uma ´unica ’sub-coluna’ multiplicada por t, e as demais, colunas de I. H´a n possibilidades. Se a primeira coluna est´a multiplicada port, as demais s˜ao as segunda, terceira,... colunas de I. O determi- nante desta primeira matriz ´e, expandindo pela primeira linha,tx11. Para as demais a argumenta¸c˜ao ´e an´aloga e obtemostx22, ...txnn

Logo,f(t) = det(etX) = 1 +T r(X)t+t2g(t) e portanto,λ=f0(0) =T r(X)

Referências

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