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IV SIMPÓSIO DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL. Resgatando. o Valor da Escola Bíblica Dominical. Material de apoio

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Resgatando o Valor da

Escola Bíblica Dominical

Material de apoio

IV SIMPÓSIO DA

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

Relacionamento, comunicação, palavra entre:

Educadores cristãos e adolescentes

Pb. Natanael Charamba de Souza

S e t o r - G a r c i a

2 0 0 9 B L U M E N A U

Acesse o Blog ebdgarcia.wordpress.com para baixar o material das outras oficinas

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Simpósio de Escola Dominical

06-08 de Novembro – 2009

Relacionamento, comunicação, palavra entre:

Educadores cristãos e adolescentes

“Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança” Pv 11:14

Palestrante: Pb. Natanael Charamba de Souza

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Pb. Natanael Charamba de Souza

Sumário

INTRODUÇÃO ... 3

Relacionamento/Comunicação: ... 4

A comunicação entre pais e filhos:... 6

Desafios para os educadores da igreja ... 10

Conclusão... 14

Referencias bibliográficas: ... 14

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INTRODUÇÃO

Estamos vivendo dias difíceis, dias em que as transformações do mundo atual estão provocando profundas mudanças na sociedade. Podemos observar muitos aspectos positivos resultante desta transformação, como o avanço científico e tecnológico. O acesso a informação cada vez mais facilitado pela tecnologia tem provocado a renovação do conhecimento numa velocidade tão grande que, enquanto debatemos este assunto ele já esta desatualizado. Tudo isso tem desencadeado a consciência da necessidade de assumir valores universais que venham limitar as ações decorrentes desse crescimento para que se preserve a vida, a liberdade a justiça e a paz.

Simultaneamente, estamos observando o surgimento de divergências e incertezas sobre temas fundamentais, o que estamos vendo é uma crescente tendência de individualismo e de subjetivismo ético. Freqüentemente estamos vendo temas decorrentes desses avanços irem aos tribunais de justiça para serem julgados e definido até onde podemos avançar sem ferir os valores universais. Podemos citar como exemplo: a descoberta da célula tronco, a clonagem e ETC., mas também estamos observando que temas básicos que anteriormente já haviam sido debatidos e solucionados, estão voltando a ser discutidos nos mesmos tribunais e estão sendo novamente julgados porem agora por uma sociedade aviltada pela falência da moral e da ética e pelo crescimento desenfreado do relativismo. Temas como a união homossexual, o aborto, o divórcio ETC., tem sido tratados de forma a satisfazer a interesses da minoria em detrimento de toda a sociedade. Aqui nos cabe uma pergunta, onde vamos parar se nos conformarmos com isso tudo?

Esse desenho da sociedade deveria nos levar a promoção da Educação, baseada na verdade, que são os valores éticos e morais, fundamentais e indispensáveis para que as novas gerações continuem crescendo de forma sólida. É somente desta forma que vamos reverter este estagio de degradação social. Podemos dizer que a sociedade chora desejando uma educação que não se limite a informar ou transmitir conhecimento, mas que possa verdadeiramente formar em nossas crianças e adolescentes um bom caráter e porque não dizer, fazer deles verdadeiras personalidades que influenciarão na busca do verdadeiro sentido da vida.

Diante desta situação só existe uma alternativa, voltar ao primeiro amor, ou seja, voltar a ensinar a única verdade que liberta a palavra de Deus, entretanto temos que fazê-lo de forma clara, consistente e objetiva e dentro de um relacionamento seguro e respeitoso. Clara aqui se refere ao uso de todos os recursos possíveis para uma comunicação eficaz, consistente no sentido de fazermos parte dela, ou seja, vivendo o que ensinamos sendo exemplo que, aliás, é o que está faltando nas famílias nas igrejas e nas escolas, objetiva no sentido de se atingir uma meta que é levar todos ao pleno conhecimento da verdade.

Para atender nossos objetivos no processo educativo precisamos ter um bom relacionamento

com nossos educados e para tal precisamos utilizar a comunicação como meio de fortalecer nossos

relacionamentos.

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Pb. Natanael Charamba de Souza

Relacionamento/Comunicação:

Definição:

Quando falamos de relacionamento, estamos falando das ligações entre pessoas, e aqui destacamos as ligações entre: pais e filhos adolescentes, professores e adolescentes, obreiros e adolescentes.

A convivência entre duas ou mais pessoas pode ser boa ou má, quando estabelecida em princípios como: respeito, confiança, amor e comunhão, dizemos que existe uma boa relação, porem quando estabelecida pela: falta de respeito, desconfiança, ódio, individualismo, dizemos que a relação é má, contudo a base para todo relacionamento é a comunicação. Toda boa relação pode se tornar má, bem como, toda má relação pode se tornar boa.

A comunicação é essencial na edificação de um relacionamento profundo e de qualidade. É a transmissão de palavras e sentimentos. Há várias maneiras práticas de fortalecer este relacionamento, mas também há várias maneiras de destruí-lo. A falta de comunicação é a maneira mais rápida para o falecimento de qualquer relacionamento, todavia uma comunicação eficaz abre caminho para um profundo entendimento mútuo, fortalecendo assim qualquer relacionamento. Como cristãos devemos ter como base a palavra de Deus para balizar nossa comunicação.

Comunicação a base para fortalecer o relacionamento:

COMUNICAÇÃO - Do lat. communicatio de communis = comum, significa a ação de tornar algo comum a muitos. É o estabelecimento de uma corrente de pensamento ou mensagem, dirigida de um indivíduo a outro, com o fim de informar, persuadir, ou divertir. (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo). Significa, também, a troca de informações entre um transmissor e um receptor, e a inferência (percepção) do significado entre os indivíduos envolvidos.

Processo básico de comunicação:

Uma mensagem pode ser transmitida de vários modos:

1. VERBAL- A comunicação verbal é o modo de comunicação mais familiar e mais freqüentemente usado. Divide-se em:

A) ORAL- Refere-se à comunicação através da fala, expressar com a voz aquilo que queremos transmitir para alguém de forma a instruir, exortar, ensinar, dar ciência.

B) ESCRITA- Refere-se à comunicação através de sinais gráficos comum ao transmissor e ao

receptor.

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Pb. Natanael Charamba de Souza

2. SIMBÓLICA- As pessoas cercam-se de vários símbolos, os quais podem comunicar muito a outras pessoas. O lugar que moramos, as roupas que usamos o carro que dirigimos a decoração do escritório e outras coisas mais expressam parte da nossa personalidade.

3. NÃO-VERBAL A comunicação não-verbal, refere-se à transmissão de uma mensagem por algum meio diverso da fala e da escrita, é uma das facetas mais interessantes da comunicação. Incorpora coisas como o modo com que usamos o nosso corpo, os nossos gestos e nossa voz para transmitir certas mensagens.

Usando a comunicação para exercer influencia:

Para que tenhamos uma boa comunicação precisamos verificar o modelo que Deus nos deu ao se comunicar com Moisés. (Ex. 3)

1- Chama a atenção de Moisés para algo de pouca importância uma sarça no meio do deserto.

Você tem dado importância aos pequenos fatos ou pequenas coisas a sua volta, é das pequenas coisas que se constroem as grandes, são dos pequenos detalhes que se corrigem possíveis falhas graves no relacionamento. Há um estudo sobre segurança que diz: a cada 600 incidentes sem lesão teremos 30 com pequenas lesões, 10 com lesões graves porem

reversíveis e 1 com lesão incapacitante. Fazendo um paralelo com a comunicação vamos dizer que a cada 600 palavras mal colocadas, 30 vão arranhar nosso relacionamento, 10 vão provocar desgastes sérios porem contornáveis e uma vai tornar impossível o relacionamento, por isso devemos está atentos aos pequenos detalhes.

2- Estabelece padrão para o dialogo, tira a sandália dos teus pés.

Você tem estabelecido padrões para o seu dialogo educador/educado, ou o dialogo tem acontecido dentro de uma esfera de desrespeito mútuo onde o fim é a frustração e a desconfiança trazendo o afastamento de ambos.

3- Faz uma apresentação preliminar da forma como era conhecido por Moisés

Como você tem se apresentado a seus educados: esta apresentação é muito importante porque se seu educado não compreender a importância de sua presença você dificilmente terá a atenção deles.

4- Estabelece sua marca, Eu sou

Depois de ser aceito você então poderá lançar sua marca que é a impressão deixada nos educados através das quais vocês se tornarão mais conhecidos ou lembrados.

5- Explica de quem é essa marca (Eu Sou), Deus de vossos pais Abraão, Isaque e Jacó.

Explicar de quem é essa marca nada mais é do que fazer uma associação da marca com a

apresentação preliminar para que todos possam identificá-lo pela marca, sem esquecer-se dos

conceitos anteriormente fixados que essa marca vem trazendo.

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Pb. Natanael Charamba de Souza

Podemos observar no texto também a presença dos elementos essencial para uma boa

comunicação: Emissor, Receptor, Mensagem, Meio Emissor- Deus

Receptor- Moisés

Mensagem- Moisés tinha sido escolhido para liderar a libertação do povo da escravidão do Egito.

. Meio- Símbolo e a fala direta

Deus nos deu o exemplo, e nós estamos dando exemplo ara nossos filhos?

A comunicação entre pais e filhos:

Agora que já temos o conceito de comunicação, e o modelo bíblico de uma comunicação perfeita, vamos ver como anda nossa comunicação.

Quando observamos o relacionamento da família pós-moderna, vemos que existe uma lacuna muito grande na comunicação provocada pelas grandes mudanças sociais dos últimos tempos como:

o avanço científico e tecnológico, a independência da mulher, as mudanças na grade curricular das escolas e tantas outras que poderíamos mencionar aqui. Vamos ver como elas têm afetado nossos adolescentes.

Fatores que estão afetando a comunicação na família:

1- Avanço científico e tecnológico: Esse avanço tem trazido grandes conquistas para a

sociedade, o trabalho braçal tem sido substituído pelas máquinas, à medicina tem facilitado e melhorado as condições fisiológicas do ser humano, a revolução nos transportes, nossas crianças tem crescido em conhecimento, tem um dito popular que diz: “hoje as crianças já nascem falando”. Esse crescimento tem consumindo o precioso tempo do ser humano, haja vista, que provoca uma corrida desenfreada em busca de informações, afinal “quem tem informação tem o poder,” isso tem contaminado também nossos filhos. O que vemos são crianças e adolescentes bem mais avançados em conhecimento e com um desenvolvimento intelectual muito grande, entretanto esse acesso fácil a informação também tem trazido problemas para a educação deles visto que recebem informações inadequadas e distorcidas para sua maturidade e cresce com desvio de conduta provocando aberrações na sociedade.

2- Independência da mulher: Com sua luta pela independência, a mulher vem ganhando

espaço no mercado de trabalho e tem conquistado direito que até então era exclusividade do

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Pb. Natanael Charamba de Souza

homem. Isso tem transformado a mulher e tem provocado um crescimento cultural muito grande para a ala feminina bem como para a sociedade, e não podemos negar que essa busca tem dado a oportunidade de vermos a mulher de uma forma mais adequada, mas se por um lado isso trouxe um grande avanço no desenvolvimento feminino e da própria sociedade, por outro lado trouxe um problema para o relacionamento familiar, a mulher passou a ter um papel mais atuante na sociedade trabalhista deixando a educação dos filhos para outra pessoa, que em alguns casos, são parentes e em outro são pessoas estranha e sem preparação para tal.

3- Mudança na grade curricular das escolas: As escolas se modernizaram e devido ao relativismo onde é pregado que não existe uma verdade absoluta vemos constantemente a grade curricular das escolas serem mudadas de forma a levar o aluno a se preocupar apenas com o conhecimento funcional, cadeiras como: moral e cívica, estudo sociais, ética e religião foram banidas da maioria das escolas e para agravar mais ainda a situação, a posição

governamental optando pela não reprovação dos alunos quando não atingem a nota mínima nas avaliações, tem tirado o que chamamos de limites para o aluno atual.

Diante destes fatos se percebe que não estamos atendendo a um mandamento que faria toda diferença na educação deles. Dt 11:18-21, As famílias há muito já perderam o habito de sentarem a mesa para comer e aproveitar o momento para ensinar aos filhos, também quando os pais chegam do trabalho ou escola muitas vezes os filhos estão dormindo já não tem o momento do ensino ao deitar, quando o filho acorda os pais já saíram para trabalhar não tem mais o ensino ao levantar, quando caminham juntos, os caminhos agora são bem diferentes e estressantes, com um transito muitas vezes caóticos que tira a paciência de muitos e prende a atenção, tirando a oportunidade do dialogo mais aberto e de qualidade, não conseguimos remir o tempo para meditar na palavra de Deus, como as ataremos em nossas portas? O problema é tão grave, que as pessoas hoje já não têm mais limites, pois os pais cansados demais pela jornada estressante do dia, já não tem paciência para impor limites a seus filhos, muitas vezes desperdiçam o pouco tempo que teriam para educar seus filhos, deixando- os entregues a uma programação diabólica e vazia diante da TV, ou até mesmo aos atrativos da net, os que ainda aproveitam o pouco tempo para estarem com seus filhos, dizem que o tempo que tem com eles é curto demais para estarem colocando limites, assim preferem viver só o lado afetivo deixando o educativo para fontes alheia. Agora eu pergunto que geração virá após a nossa? A bíblia nos responde:

Geração de Amnon e Absalão:

Geração dos filhos de um pai ocupado demais para educar-los.

Amnon- não resiste as suas paixões infame, e não teve limites para um relacionamento sexual santo a ponto de cometer incesto com sua irmã Tammar.

Absalão- Que via o pai ocupado demais com as coisas da cora e que também não foi um

grande exemplo nas relações familiares, estava indignado contra seu irmão e esperava que seu pai o

disciplinasse, mas Davi não tinha tempo para resolver os problemas de sua família então Absalão

assume o papel dele e resolve fazer justiça com suas próprias mãos, mas era imaturo demais para

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Pb. Natanael Charamba de Souza

resolver um problema tão sério como aquele e acaba matando seu irmão.

Pais ocupados demais criam filhos com desajustados. Esta história se repete em milhares de famílias diariamente.

Agora ele está fugindo e distante da família, se já estava ruim agora ficou pior, ele não conhecia seu pai o suficiente para ter certeza que seria perdoado, mas como todo filho, ele sente falta da união familiar, em (2Sm 14) Absalão procura se retratar com seu pai. Quando consegue chegar a presença do Rei ele apenas o beijou. (2Sm 14.33) Aquele momento era o momento de tratar do problema de forma enérgica, pois era um problema muito grave, tanto para a família, como para o reino, já que se tratava da família real, porem pais ocupados demais, quando tem a oportunidade de estarem com seus filhos só querem dar carinho mesmo quando eles estão precisando de correção.

Um dos piores sentimentos que um adolescente pode ter é a culpa causada pela desobediência ou pecado. Isto é produzido pela ação do Espírito Santo (João 16.8). A culpa produz dor na alma, mas a disciplina e o castigo o libertam dela. Por esta razão, o adolescente espera e necessita ser disciplinado quando desobedece. Faz parte da ordem de Deus na formação dos filhos. A disciplina e o castigo educam e reforçam a vontade. Ajudam o jovem a afirmar sua consciência e a atuar com resolução diante das pressões e influências externas.

Isso foi tudo, Davi não conversou com seu filho, não o disciplinou e não resolveu nada com ele. O resultado dessa negligência por parte de Davi é visto em 2Sm15. Quando Absalão conspirou procurando desviar o coração do povo de Israel contra o seu próprio pai.

A rejeição é uma das coisas mais prejudiciais para os adolescentes. Absalão lutava com as suas atitudes, mas, infelizmente, teve um pai ocupado demais. Davi não teve tempo para tratar dos problemas da família. Perdeu a grande oportunidade de se comunicar com seu filho e assim não pode disciplinar, restaurar e ajudar Absalão a resolver seus problemas.

Um bom exemplo em meio às más influências:

Em 2Cr 34. Encontramos a história de um Adolescente bem sucedido. Trata-se de um rei singular na história de Israel, "Antes dele não houve rei que lhe fosse semelhante, que se convertesse ao Senhor de todo o seu coração, e toda a sua alma, e de todas as suas forças, segundo toda a lei de Moisés; e depois dele nunca se levantou outro igual" (2Rs 23.25).

Reinou 31 anos em Jerusalém. Ele fez o que era reto perante o Senhor. Com 16 anos de idade começou a buscar o Deus de Davi de todo o seu coração e com 20 anos purificou Judá e Jerusalém dos altos, dos postes ídolos, derrubando os altares, com 26 anos ele reparou a casa do Senhor seu Deus, encontrou o livro da lei do Senhor e fez o seu povo obedecer tudo o que nele estava escrito.

Mas como este jovem, pode ser luz em meio às densas trevas que vivia o povo de Israel

naquela época? O seu avô Manassés foi o pior rei de Israel. Ele fez o que era mau perante o Senhor,

segundo as abominações dos gentios. O seu pai, Amon, também fez o que era mau perante o Senhor

e após dois anos de reinado, foi assassinado em sua própria casa.

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Pb. Natanael Charamba de Souza

Pois então, o que houve na vida de Josias para reverter essa tendência pecaminosa do pai e do avô a ponto de ser admirado como Rei?

Examinando (2Reis 22.1) com diligencia podemos descobrir que sua mãe, cujo nome Jedida significa "amada de Jeová", o havia instruído no caminho em que deve andar. “ensina a criança no caminho em que deve andar, e quando crescer não se desviará dele” (Pv 22:6).

Chegamos a esta conclusão porque na genealogia dos hebreus, principalmente dos Reis o nome da mãe não é mencionado, mas neste caso, o escritor inspirado pelo Espírito Santo colocou o nome dela, só pode ter sido pela influência dela na vida do filho. Ele testemunhou o que acontece quando negligenciamos a lei de Deus, seu pai reinou apenas dois anos e foi morto tragicamente.

Mas o que fazer para não ter o mesmo fim? Certamente ele comparou o caminho e destino de seu pai, com os ensinos de sua mãe, ensinos esses com promessa de longevidade. Ele decidiu

respeitar as autoridades que estavam sobre ele e Deus abençoou a sua vida grandemente.

O problema não é só o pouco tempo que temos ao lado de nossos filhos, mas como estamos usando este tempo. Muitas vezes enchemos nossos filhos de presentes quando o que ele queria mesmo era só a nossa presença em confiança para se sentirem mais seguros na tomada de suas decisões. Muitas vezes eles não são entendidos, nem poderia ser sem comunicação como poderemos entendê-los? Precisamos criar um ambiente seguro e agradável, porem esse ambiente só pode ser criado através do dialogo aberto e sincero, sendo exemplo em tudo para que nossos filhos nos tenham como modelo.

Deveres principais dos pais

Ensinar a Palavra – (Dt 6.7) “Tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”. (Dt 6.20-25)

Treinar – (Pv 22.6) “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Is 38.19; Lm 2.19)

Prover – (2Co 12.14) “... Não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os filhos.”

Criar – (Ef 6.4) “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor.” (Cl 3.21)

Controlar – (1Tm 3.4,12) “E que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito”

Entendendo os adolescentes

Dos 12 aos 17 anos, o adolescente começa a descobrir a sua própria identidade. Adquire uma

consciência de si mesmo e do sexo oposto. Tem noção das diferenças sociais. As amizades são mais

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Pb. Natanael Charamba de Souza

duradouras. Valorizam a lealdade e a confiabilidade. Há um maior desenvolvimento da

independência. Os filhos desta idade precisam estabilidade em seu lar e muita paciência e compreensão por parte de seus pais.

É indispensável, nessa fase, haver uma boa comunicação entre pais e filhos. É um tempo de idealismo, ilusões, vivem no mundo de sonhos e fantasias. Nesse momento o adolescente necessita de modelos dignos, alvos definidos para a vida. Fixe metas, estabeleça relações agora pautadas no diálogo, e determinar o nível de compromisso para desenvolver sua vida.

É neste momento que precisamos reforçar o ensino da palavra de Deus, eles precisam

aprender o temor do senhor para se tornarem sábios. "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria"

(Sl 11:10).

"Produzir um filho prudente e sábio vale mil vezes mais que um filho simplesmente dócil por estar subjugado pela força paterna" (Keith Bentson).

Desafios para os educadores da igreja

Diante da situação vivida pela sociedade o desafio se torna muito grande para os Professores da EBD e Obreiros que trabalham com adolescentes dentro das igrejas.

Temos que levar nossos adolescentes ao pleno conhecimento da verdade que é a única esperança para as futuras gerações. Para obter êxito, precisamos entender como se desenvolve o conhecimento desde a infância até a adolescência.

O processo de aprendizagem

“Nos últimos 20 anos, a neurociência avançou muito nas descobertas sobre o funcionamento do cérebro. Hoje se sabe o que acontece quando ele está captando, analisando e transformando estímulos em conhecimento e o que ocorre nas células nervosas quando elas são requisitadas a se lembrar do que já foi aprendido. "Com isso o professor pode aprimorar suas estratégias de ensino", diz o neuropsiquiatra Everton Sougey, coordenador do curso de pós-graduação em Neuropsicologia da Universidade Federal de Pernambuco. Estão provadas, por exemplo, as vantagens de

estabelecer ligações com o conhecimento prévio do aluno ao introduzir um novo assunto e de trabalhar também a emoção em sala de aula. O cérebro responde positivamente a essas situações, ajudando a fixar não somente fatos, mas também conceitos e procedimentos.

Quando assiste a uma aula, o estudante recebe informações de todo tipo, tanto visuais como

auditivas. Elas se transformam em estímulos para o cérebro e circulam pelo córtex cerebral antes de

serem arquivadas ou descartadas. Sempre que encontram um arquivo já formado (o tal conhecimento

prévio), arrumam um "gancho" para o seu armazenamento, fazendo com que, no futuro, ela seja

resgatada mais facilmente. "É como se o recém-chegado fosse morar em uma nova casa, mas em rua

conhecida", ilustra Elvira Lima. Quando essa informação é resgatada da memória, trilha os mais

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Pb. Natanael Charamba de Souza

variados caminhos. Se eles já tiverem sido percorridos anteriormente, a recuperação de

conhecimentos será simples e rápida”.

"Se o estudante não aprende um conteúdo é porque não encontrou nenhuma referência nos arquivos já formados para abrigar a nova informação e, com isso, a aprendizagem não ocorreu. Não adianta insistir no mesmo tipo de explicação", ressalta a neuropsicóloga Leila Vasconcelos, da Universidade Federal de Pernambuco. Cabe ao professor oferecer outras conexões. Como? Usando abordagens diferentes e estimulando outros sentidos. Daí a importância de investigar os

conhecimentos prévios da turma e recordar conteúdos de aulas anteriores, para formar os "ganchos" e dispor de diferentes estratégias de ensino.

Nem todo mundo se desenvolve exatamente do mesmo jeito, mas pode-se dizer que, em geral, até os 7 anos a memória visual é mais dinâmica – daí por que o desenho deve ser bastante utilizado nessa fase. Se for bem estimulada, por volta dos 9 ou 10 anos a criança começa a usar o raciocínio abstrato – e o material pedagógico deixa de ser tão útil na ativação da memória. Segundo Mel Levine, pediatra e professor da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, é nessa idade que se constroem os padrões e as regras que permitirão reconhecer dados semelhantes.

Depois dos 12 ou 14 anos, é hora de aprimorar as habilidades matemáticas e de leitura e escrita, pois elas podem ser resgatadas da memória automaticamente. Nos adolescentes, a

informação circula em altíssima velocidade no cérebro – cada hemisfério sabe o que o outro guarda e faz. A maioria dos estudantes é capaz de criar estratégias próprias para armazenar dados,

estabelecendo relações com sua vida, suas fantasias e seus conhecimentos prévios.

Acredita-se existirem tantas memórias quantas forem as experiências acumuladas e, com isso, a capacidade de armazenamento de informações seria imensa. Aqui vamos falar apenas da

capacidade geral do homem de captar, armazenar e se lembrar de informações. Por isso, grosso modo, a memória pode ser classificada da seguinte maneira:

1- Pela duração

Memória de curto prazo: Dura apenas até a informação ser utilizada. Ex: qualquer conteúdo que é decorado para uma prova permanece no cérebro até o aluno entregar o documento ao professor. Se ele tiver boa nota, talvez nunca mais se lembre do que estudou. Não forma arquivos. Só vira

memória de longo prazo se encontrar vínculo com outra informação já armazenada ou pela repetição.

Memória de longo prazo: Fica mais tempo no cérebro e é aquela que todo professor gostaria de fomentar em seus alunos. Quando duram anos, vira memória remota. Uma informação permanece no cérebro porque, quando foi apreendida, seus estímulos geraram novas sinapses, desencadearam síntese de proteínas, ativaram genes e provocou a sua consolidação como conhecimento apreendido.

2- Pelo conteúdo

Memória declarativa: A autobiográfica guarda os fatos vividos pelo indivíduo, como o primeiro

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Pb. Natanael Charamba de Souza

encontro com a pessoa amada ou uma aula especial, em que algo inusitado tenha acontecido (um teatrinho, show ou uma situação que despertou algum tipo de emoção no aluno). A semântica – a mais importante durante o aprendizado – arquiva os conhecimentos gerais, como o significado de palavras e conceitos.

Memória de procedimentos: É composta pelas habilidades motoras ou sensoriais. Como andar de bicicleta ou a maneira de proceder diante de determinadas experiências realizadas na escola. Muitas vezes, pela observação e pelo treinamento, esses conhecimentos são arquivados de maneira implícita, sem que haja consciência do aprendizado.

A memória de trabalho ou ativa: Não se encaixa em nenhuma das categorias anteriores. É assim chamada por analogia com a memória dos computadores. Iván Izquierdo define-a como

“gerenciadora da realidade”: ela conecta as informações da memória de curto prazo com as já arquivadas para comparar, analisar, decidir ou não abrir um novo arquivo. Ele dá o exemplo:

conservamos na consciência algumas palavras utilizadas no início desta frase somente para compreender o significado da sentença. Depois esquecemos o termo exato, mas conservamos na memória a idéia principal. É também aquela que o aluno usa ao receber suas instruções antes de realizar uma atividade, ao recordar as orientações no momento da execução. Essa memória usa as capacidades do córtex pré-frontal do cérebro, lugar das chamadas funções cerebrais superiores, como a tomada de decisão, a análise crítica, o julgamento.

A necessidade de conhecer o processo de aprendizagem

Talvez você esteja se perguntando, por que devo saber isto? Ora diante da situação vivida pela sociedade não é de se estranhar que as pessoas não estão tendo mais interesse em estudar a palavra de Deus, eles tem pouco ou quase nada armazenado na memória sobre o assunto e quando tentamos comunicar lhe algo novo seu cérebro não encontra associação na memória por isso repudiam o ensinamento ou perdem o interesse por eles.

Precisamos então conhecer nossos alunos a ponto de identificar uma rejeição ao assunto a fim de mudarmos a estratégia de ensino, sempre que for necessário, procurando associar com algo já conhecido deles, assim a assimilação e aceitação será melhor. Precisamos usar todos os recursos de que dispõe a comunicação para transmitir a palavra de Deus. Costumo dizer que não podemos mudar a palavra sob pena de sofre o castigo eterno (Ap 22:19), contudo podemos mudar os métodos de transmissão da mesma segundo a necessidade do público alvo.

Para isto os educadores precisam se dedicar ao ensino, ou seja, ter um bom relacionamento

com a turma, conhecer os mais variados métodos de ensino, e acima de tudo conhecer a palavra de

Deus. Isso não é uma tarefa fácil, desprende muito tempo em pesquisa, em fazer parte do grupo, em

usar a criatividade ETC. tempo é tudo que não dispomos, alem do mais tem que ter vocação e ai

encontramos o maior problema das igrejas. Nem sempre os que estão na condição de educadores

estão capacitados para tal, até porque são poucos os que se disponibilizam para isto, e quando

encontramos esse alguém damos atividades demais para ele.

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Pb. Natanael Charamba de Souza

Um desafio para os Obreiros

Precisamos repensar nossa estratégia de ensino e mudar nossa visão, colocando em prática a preocupação que demonstramos com o ensino na teoria, só assim teremos uma igreja mais

fortalecida.

Desde minha mocidade escuto dizer que nossas igrejas são a que mais ganha almas para cristo, entretanto é a que mais perde almas também, observando o comportamento podemos ver que o que tem levado a essa triste realidade é na sua grande maioria a falta de ensino. “O meu povo foi destruído porque lhe faltou o conhecimento” (Os 4:6). Infelizmente são poucos os pastores que dão a importância devida ao ministério do ensino e isso tem contagiado toda nossa geração isso precisa ser mudado se quisermos permanecer crescendo.

Talvez você esteja discordando, mas se olharmos para dentro de nossas igrejas verá que são poucos os obreiros que são dedicados exclusivamente ao ensino, não se integra obreiro para que sejam uns verdadeiros Mestres, para estarem apenas procurando desenvolver técnicas e métodos de ensino, que possam capacitar nossos educadores para que tenhamos um ensino mais fortalecido em nosso meio. Na teoria vemos uma preocupação geral com o ensino da palavra de Deus, mas na pratica estamos deixando a desejar, se observarmos em muitas igrejas já foram até abolido os cultos de doutrinas em outras cidades nem existe EBD, Eu fico me perguntando, será que a falha está no povo que não tem interesse em aprender, ou em nós professores, que não estamos despertando o desejo neles, talvez esteja em Deus.

Amados, a falta não está em Deus e nem poderia está, ele é a fonte de todo conhecimento, também não diria que esteja nos alunos, não que também não tenham sua parcela de colaboração, na verdade a falha está em nós os educadores que não estamos despertando o desejo de aprendizagem em nossos alunos, devido a um método às vezes inadequado, a falta de preparação, a falta de compromisso e a falta de pessoas vocacionadas para tal. Quando se separa um obreiro por sua

capacidade de ensinar, entregamos uma congregação para ele tomar conta. Agora seu precioso tempo que deveria ser dedicado ao ensino é dividido com a administração da igreja, o cuidado com o

rebanho e tantas outras atividades, os problemas são atividades demais.

A ordem de Jesus foi ide e fazei discípulos (Mt28:19,20) custa-me entender como poderemos fazer discípulos sem que haja ensinamento. Louvo a deus pela iniciativa de muitos pastores que estão sendo despertados por Deus para levar o povo a buscar uma preparação maior nesta área, com

iniciativas como esta, de promover capacitação para os educadores. Esse é o caminho para que se

tenha uma igreja consciente do seu papel e formadora de verdadeiras personalidades que serão o

espelho para essa sociedade que clama por socorro.

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Pb. Natanael Charamba de Souza

Conclusão

A única verdade absoluta neste mundo onde impera o relativismo é a palavra de Deus, precisamos sentir prazer em meditar nela dia e noite (Sl 1:2) buscando iluminação no Espírito santo, para que nosso ensino tenha a graça de Deus, isto só se consegue com oração. Aliado a isso temos que buscar métodos e estratégias para atrair a atenção de nossos educados levando-os a formação do caráter de cristo em suas vidas, só assim poderemos obter êxito em nosso trabalho como educadores.

Temos que buscar a sábia direção do Senhor, tornando-se conselheiros para que nossos adolescentes não se conforme com as coisas desta vida e venham a perecer com este mundo.

Pais que educam têm filhos sadios. Igrejas que educam têm membros fiéis.

Como estímulo: Dn 12:3

Referencias bibliográficas:

Bíblia de Estudo Pentecostal, Revista e corrigida edição 1995 (CPAD) Bíblia de Estudo de Genebra, (Editora cultura Cristã)

Kemp, James. Adolescência: Anos de mudanças e desafios, 2005 Tiba, Içami. Quem Ama, Educa! (Editora Gente)

Kemp, Judith. Revista Evangélica Lar Cristão publicação 2009

Referências

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(DELIBERAÇÃO: A Câmara Municipal deliberou, por unanimidade, aprovar a proposta supra. Proceda-se em conformidade com o teor da mesma. --- Mais deliberou, o Executivo

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➢➢Recomenda-se a utilização de fonte tamanho 12 para o texto e tamanho menor para citações de mais de três linhas , notas de rodapé, paginação e legendas das ilustrações

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