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Aula 1

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícios) Verbos e Pronomes

Professor Albert Iglésia

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(2)

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 2 Como vai, prezado aluno?

Hoje é dia de estudarmos verbos e pronome, duas classes de palavras importantíssimas!

Veja abaixo o conteúdo desta aula.

L

Introdução ... 3

Flexões Verbais ... 4

Voz ... 4

Número e Pessoa ... 6

Modo e Tempo ... 6

Tempos Simples ... 6

Tempos Compostos ... 7

Locução (ou Perífrase) Verbal ... 10

Emprego dos Modos Verbais ... 11

Emprego dos Tempos Verbais ... 12

Formas Nominais do Verbo ... 15

Classificação dos Verbos quanto à Forma ... 18

Correlação Verbal ... 20

Pronomes ... 22

Classificação ... 22

Emprego de Pronomes ... 25

Casos Especiais (empregados como elementos de coesão)... 28

Formas de Tratamento ... 41

Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos ... 42

Lista das Questões Comentadas ... 51

Gabarito das Questões Comentadas ... 64 Sumário

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 3 Introdução

Verbo é a classe de palavras mais rica em flexões: tempo, modo, número, pessoa e voz. Além dessas categorias, há o aspecto verbal, ou seja, o ponto de vista do qual o locutor considera a ação expressa pelo verbo. Pode ele considerá-la concluída (observada no seu término, no seu resultado) ou não concluída (observada na sua duração, na sua repetição).

Começo com uma simples questão (sigo adaptando aquelas que se fazem necessárias) para testá-lo, em seguida exponho alguns conceitos essenciais. À medida que outros exercícios de provas anteriores surgirem, a explicação será ampliada ou confirmada.

A explicação sobre pronomes virá na segunda parte da aula.

1. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Mas ainda não há um programa alternativo maduro que se contraponha à euforia do programa conservador, aplicado por gente que foi de esquerda e aplaudido pela direita.

Quantos verbos há no trecho acima?

(A) seis (B) cinco (C) quatro (D) três (E) dois

Comentário – Que tal? Acertou? Se sim, meus parabéns! Caso contrário, confira quais são os verbos existentes no trecho acima:

1 – “há”;

2 – “se contraponha”;

3 – “aplicado”;

4 – “foi”;

5 – “aplaudido”.

Resposta – B

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 4 Isso foi só um teste. A seguir existem explicações detalhadas sobre o assunto, as quais farão você compreendê-lo melhor.

Flexões Verbais

Voz

1. ATIVA  indica que o processo verbal foi praticado pelo sujeito do verbo.

Ex.: Cabral descobriu o Brasil.

2. PASSIVA  indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito do verbo.

Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral.

ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se AGENTE DA PASSIVA, assim como o OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) torna-se SUJEITO da voz passiva.

2 – Entretanto, quando o SUJEITO da voz ativa for INDETERMINADO, na voz passiva não haverá AGENTE DA PASSIVA.

Ex.: Resolveram as questões. – voz ativa com sujeito indeterminado.

As questões foram resolvidas. (ou Resolveram-se as questões.) – voz passiva sem agente da passiva.

3 – A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e pronominal ou sintética.

Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + verbo principal no particípio = analítica.

Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO DIRETO + pronome SE = sintética.

Agora considere o seguinte trecho: “(...) Pacientes afetados pela síndrome ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’

(...)”. Novamente, vamos treinar a transformação da voz ativa para a passiva.

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(5)

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 5

VOZ ATIVA VOZ PASIVA

Sujeito

Pacientes

afetados pela síndrome

Agente da

passiva

pelos pacientes afetados pela síndrome

Verbo transitivo direto

ultrapassaram (o quê?)

Locução verbal (voz passiva analítica)

foi ultrapassada

Objeto direto

a fronteira da adaptabilidade às demandas

Sujeito paciente

A fronteira da adaptabilidade às demandas

Há ainda alguns cuidados a respeito das vozes passiva e ativa:

a) Ficou-se feliz com o resultado. – verbo de LIGAÇÂO + SE = sujeito indeterminado

b) Vive-se bem neste lugar. – verbo INTRASITIVO + SE = sujeito indeterminado

c) Precisa-se de professores. – verbo TRANSITVO INDIRETO + SE = sujeito indeterminado

d) Ama-se a Deus. Verbo TRANSITIVO DIRETO + SE + OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO = sujeito indeterminado

3. REFLEXIVA  indica que o processo verbal é praticado e sofrido pelo sujeito ao mesmo tempo.

Ex.: Não me considero tão importante.

Reservamo-nos o direito de ficar calado.

Ele se deu um presente.

ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o verbo vem acompanhado de um pronome oblíquo que lhe serve de objeto e representa a mesma pessoa do sujeito.

2 – Na prática, identifica-se a voz reflexiva acrescentando, conforme a pessoa, as expressões a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo etc.

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 6 Ex.: Feri-me a mim mesmo.

Julgai-vos a vós mesmos.

3 – No plural, a voz reflexiva pode indicar reciprocidade.

Ex.: Os amigos se cumprimentaram.

Amavam-se um ao outro.

Número e Pessoa

singular eu tu ele/ela plural nós vós eles/elas Modo e Tempo

Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar. Os tempos situam o fato ou a ação verbal dentro de determinado momento (durante o ato da comunicação, antes ou depois dele).

MODOS TEMPOS SIMPLES

indicativo

presente (tenho)

pretérito

perfeito (tive)

imperfeito (tinha) mais-que-perf. (tivera)

futuro do presente (terei)

do pretérito (teria)

subjuntivo

presente (tenha)

pretérito imperfeito (tivesse)

futuro (tiver)

imperativo afirmativo (tem tu)

negativo (não tenhas tu)

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(7)

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 7

MODOS TEMPOS COMPOSTOS

Indicativo

pretérito Perfeito (tenho/hei cantado) mais-que-perfeito (tinha/havia cantado)

futuro do presente (terei/haverei cantado) do pretérito (teria/haveria cantado)

Subjuntivo

pretérito Perfeito (tenha/haja cantado)

mais-que-perfeito (tivesse/houvesse cantado)

futuro (tiver/houver cantado)

ATENÇÃO! 1. O quadro acima é uma síntese da formação dos tempos compostos da voz ativa. Eles são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do verbo principal.

Ex.: Temos estudado muito.

Tinha posto a televisão na sala.

Havíamos chegado tarde.

2. Note que não há tempos compostos relativos ao presente e ao pretérito imperfeito. Eles são usados para formar, respectivamente, o pretérito perfeito composto e o pretérito mais-que-perfeito composto. Também não há tempo composto relativo ao modo imperativo.

3. O tempo composto da voz passiva é formado com o emprego simultâneo dos auxiliares ter ou haver e ser, seguidos do particípio do verbo principal.

Ex.: Temos sido ensinados pelo professor.

O casal havia sido visto no restaurante.

2. (Funcab/2014/Prodam-AM)As formas verbais abaixo foram retiradas do texto e apenas uma apresenta-se no pretérito imperfeito do subjuntivo.

Assinale-a.

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(8)

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 8 a) vinha

b) trouxe c) tivesse d) desceu e) havia

Comentário – Você deve notar imediatamente a desinência “sse”, que caracteriza o pretérito imperfeito do subjuntivo (eu tivesse, tu tivesses, ele tivesse, nós tivéssemos, vós tivésseis, eles tivessem).

Vinha é pretérito imperfeito do indicativo do verbo vir. Trouxe é pretérito perfeito do indicativo. Desceu é pretérito perfeito do indicativo. Havia é pretérito imperfeito do indicativo.

Resposta – C

3. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLÍCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) “O público brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a respeito de possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus governantes chamam de dívidas ilegítimas.”

No trecho acima, as formas verbais estão, respectivamente, no:

(A) presente do indicativo e presente do indicativo.

(B) presente do indicativo e presente do subjuntivo.

(C) presente do subjuntivo e presente do indicativo.

(D) pretérito perfeito do indicativo e presente do subjuntivo.

(E) pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo.

Comentário – Eis abaixo as formas verbais:

– “tem ouvido”: pretérito perfeito (composto) do indicativo; e – “chamam”: presente do indicativo.

Resposta – E

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(9)

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 9 4. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) Na frase a seguir “A liberdade

supõe a operação sobre alternativas;”, o verbo irregular foi flexionado corretamente.

Assinale a alternativa em que se apresenta flexão incorreta da forma verbal.

(A) Eles impunham condições para que o acordo fosse assinado.

(B) O julgador interveio na polêmica sobre os critérios de seleção.

(C) Não foi confirmado se a banca quereria dar à redação caráter eliminatório.

(D) Se os autores se disporem a ratear o valor, a publicação da revista será certa.

(E) É necessário que atentemos para a questão da mudança de paradigma científico.

Comentário – O verbo aludido é supor, conjugado como o verbo propor: eu suponho, tu supões, ele supõe, nós supomos, vós supondes, eles supõem (presente do indicativo).

Alternativa A: “impunham” representa a terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo do verbo impor (eu impunha, tu impunhas, ele impunha, nós impúnhamos, vós impúnheis, eles impunham).

Flexão correta.

Alternativa B: “interveio”, cujo paradigma é o verbo vir, é a flexão do verbo intervir na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo (eu intervim, tu intervieste, ele interveio, nós interviemos, vós interviestes, eles intervieram). Flexão correta.

Alternativa C: “quereria” é a terceira pessoa do singular do futuro do pretérito do indicativo do verbo querer (eu quereria, tu quererias, ele quereria, nós quereríamos, vós quereríeis, eles quereriam). Flexão correta.

Alternativa D: no futuro do subjuntivo, o verbo dispor(-se), que segue a conjugação do verbo propor, deve ser assim flexionado: quando eu dispuser, quando tu dispuseres, quando ele dispuser, quando nós dispusermos, quando vós dispuserdes, quando eles dispuserem. Flexão incorreta.

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(10)

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 10 Alternativa E: “atentemos”, que segue o verbo cantar, é a segunda pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo atentar (que eu atente, que tu atentes, que ele atente, que nós atentemos, que vós atenteis, que eles atentem). Flexão correta.

Resposta – D

5. (Esaf/DNIT/Analista Administrativo/2013) Analise as opções a respeito do período “Tem um personagem de Voltaire que um dia descobre, encantado, que falou em prosa toda a sua vida, sem saber.”

a) O sentido com que foi empregada a forma verbal “Tem” possibilitaria, sem que houvesse alteração do sentido do período, a seguinte organização dos termos da primeira oração: Voltaire tem um personagem.

b) A organização dos tempos verbais no período possibilitaria a substituição da forma verbal “descobre” por “descobrira”.

Comentário – Alternativa A: errada. A forma verbal em destaque foi usada no mesmo sentido de existir, haver. Na nova redação proposta pelo examinador, o verbo “tem” significa possuir, criar.

Alternativa B: errada. Observe que a ação de descobrir é posterior à ação de falar. Primeiro o personagem fala e depois ele descobre que falou, essa é a ideia. Então, a possibilidade de se flexionar no pretérito mais- que-perfeito é do verbo falar. Lembre-se de que o pretérito mais-que-perfeito indica um acontecimento anterior a outro.

Resposta – Itens errados.

Locução (ou Perífrase) Verbal

É o conjunto constituído de dois ou mais verbos, dos quais um é o principal (o último – que se mantém numa forma nominal: gerúndio, particípio ou infinitivo), e os demais, auxiliares. As flexões de número, pessoa, modo e tempo ocorrem no verbo auxiliar.

Ex.: Ninguém poderá sair. – O juiz deixou de marcar a falta.

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(11)

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 11 Nós estamos estudando. – Ninguém podia estar cantando.

Tínhamos estudado muito para a prova. A questão havia sido anulada pela banca.

6. (FGV/CODESP/AUXILIAR PORTUÁRIO/2010) “Nos Estados Unidos e na Europa existem legislações em trâmite nos parlamentos...”

No trecho acima, o verbo destacado pode ser substituído, sem prejuízo de ordem gramatical, por

(A) devem haver (B) deve existir (C) houveram (D) deverão haver (E) poderão existir

Comentário – O verbo existir é pessoal; quando surge como verbo principal de uma locução, é o seu auxiliar que se flexiona em número e pessoa para concordar com o sujeito: “poderão existir” (verbo auxiliar + verbo principal).

O verbo haver pode ser usado com sentido de existir, mas com flexão própria. Ele é impessoal e se mantém na terceira pessoa do singular (...houve legislações...). Quando surge como verbo principal de uma locução, transfere sua impessoalidade para seu auxiliar e o obriga a se manter na terceira pessoa do singular (...deve haver...).

Resposta – E

Emprego dos Modos Verbais

Indicativo: é associado a ações presentes, pretéritas (ou passadas) ou futuras que consideramos de ocorrência certa.

Subjuntivo: também é associado a acontecimentos presentes, pretéritos ou futuros; mas com ocorrência provável, hipotética, duvidosa.

Imperativo: associado a ordens, pedidos, súplicas que desejamos.

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 12 E por falar no “imperativo”, creio que a tabela abaixo o(a) ajudará a compreender o processo de formação dele.

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

eu cant-o eu cant-e

tu cant-a-s (- s) cant-a tu tu cant-e-s não cant-e-s tu

ele cant-a cant-e você ele cant-e não cant-e você

nós cant-a-mos cant-e-mos nós nós cant-e-mos não cant-e-mos nós vós cant-a-is (- s) cant-a-i vós vós cant-e-is não cant-e-is vós

eles cant-a-m cant-e-m vocês eles cant-e-m não cant-e-m vocês

7. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Passando a fala "Adivinhe" para a forma de tratamento vós, obtém-se:

(A) Adivinhais.

(B) Adivinhai.

(C) Adivinheis.

(D) Adivinhei.

(E) Adivinde.

Comentário – A formar verbal “Adivinhe” está conjugada na terceira pessoa do singular do imperativo afirmativo, que deriva do presente do subjuntivo.

Passando para a segunda pessoa do plural (vós), devemos recorrer ao presente do indicativo e retirar o S: vós adivinhais > adivinhai vós.

Resposta – B

Emprego dos Tempos Verbais

O presente do indicativo pode indicar valores semânticos tais como:

1. fato que se realiza no momento do discurso.

Ex.: A turma toda estuda agora.

2. fato permanente Ex.: O sol aquece a Terra.

3. fato habitual.

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 13 Ex.: Aquele atleta levanta cedo, alimenta-se bem e treina intensamente.

4. presente histórico, ou seja, substitui o pretérito para enfatizar a descrição do fato, conferir mais vivacidade a ele.

Ex.: Antes de subir aos céus, Jesus diz a seus discípulos: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

5. certeza do fato a que nos referimos e que acontecerá brevemente, substituindo o futuro do presente.

Ex.: O artilheiro disse que joga amanhã.

Presidente americano chega amanhã ao Brasil.

ATENÇÃO! Esses dois últimos complicam muitos candidatos.

O pretérito perfeito do indicativo indica que o fato foi perfeitamente concluído.

Ex.: O réu recorreu da decisão do juiz.

Também é frequente em provas a discussão sobre os aspectos indicados pelo pretérito imperfeito do indicativo. Fique atento aos valores semânticos desse tempo verbal:

1. indica fato que ocorria habitualmente;

Ex.: Joãozinho era o primeiro a terminar as provas.

2. seu uso em substituição ao presente traduz cortesia e atenua uma afirmação ou um pedido;

Ex.: Eu queria saber se o diretor já chegou.

3. indica simultaneidade entre dois fatos passados;

Ex.: Os alunos estudavam para o concurso quando o edital foi publicado.

4. denota consequência de um fato hipotético; substitui, nesses casos, o futuro do pretérito.

Ex.: Houvesse estudado mais, passava em primeiro lugar.

linguagem jornalística

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 14 O pretérito mais-que-perfeito do indicativo indica um fato passado e anterior a outro também passado.

Ex.: Quando o candidato chegou ao local do concurso, o portão já se fechara.

Pode também surgir em frases optativas:

Ex.: Quem me dera casar com ela...

O futuro do presente do indicativo pode, além de indicar um fato que ainda vai acontecer, sugerir valor semântico de imperativo:

Ex.: Nas férias, viajaremos para Caldas Novas.

“Não adulterarás” (Êxodo 20:13)

Dentre os valores semânticos do futuro do pretérito do indicativo, destaco:

1. o que indica ação futura em relação a outra no passado.

Ex.: Em virtude dos acontecimentos, decidiram que ficariam em casa.

2. aquele que indica um fato cuja realização está vinculada a uma condição que não se concretizou antes e que, provavelmente, não se realizará. Nesse caso, é reforçado o caráter hipotético da declaração.

Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

CUIDADO! Empregando-se a forma verbal da primeira oração no presente ou no futuro do subjuntivo (estudemos ou estudarmos), com as devidas modificações, a condição expressa por ela será tomada como uma hipótese que poderá ocorrer, ou não.

Caso estudemos mais, obteremos a classificação.

Se estudarmos mais, obteremos a classificação.

Em relação ao subjuntivo, note que os tempos podem indicar hipótese, condição ou vontade do indivíduo que fala enunciadas no presente, no pretérito ou no futuro.

Ex.: Meu desejo é que todos sejam aprovados. (presente do subjuntivo) Paula talvez lhe telefonasse à noite. (pretérito imperfeito do subjuntivo)

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 15 Se estudares, terás bom resultado. (futuro do subjuntivo)

Também é digno de nota o emprego do pretérito imperfeito do subjuntivo como condição para a ocorrência de outra ação verbal.

Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

8. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2009) O que está fora da sociedade seria desumano.

O tempo verbal destacado constitui recurso expressivo adequado para indicar:

(A) mudança ocorrida no momento em que se fala.

(B) ação conduzida no passado não concluído.

(C) situação tomada como hipotética.

(D) advertência sobre um fato futuro.

(E) fato passado de curso prolongado.

Comentário – O verbo ser foi flexionado no futuro do pretérito do indicativo, o que reforça o caráter hipotético da declaração.

Resposta – C

Formas Nominais do Verbo

São formas verbais que só exprimem tempo e modo através do contexto e desempenham funções de substantivos, adjetivos e advérbios:

Ex.: O brincar alegra as crianças. (substantivo) Cozida, a batata fica mais saborosa. (adjetivo) Venceu na vida trabalhando. (advérbio)

1. Infinitivo  É a forma como designamos os verbos. O infinitivo é impessoal quando, não flexionado, não se refere a nenhuma pessoa gramatical e desempenha a função de substantivo. Por outro lado, será pessoal quando, flexionado, referir-se a uma pessoa gramatical. Não transmite nenhuma noção temporal.

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 16 Ex.: Minha diversão predileta é dançar. (substantivo)

Estamos felizes por termos conseguido a vitória. (nós: sujeito) 2. Gerúndio  Expressa a ação em desenvolvimento.

Ex.: Pessoas sorrindo compunham a foto. (adjetivo) Chegando o dinheiro, viajou. (advérbio)

3. Particípio  Assume valor de substantivo e de adjetivo.

Ex.: A chegada do avião foi pontual. (substantivo)

Os fogos de artifício tornaram a cidade iluminada. (adjetivo)

9. (Funcab/2015/PC-AC/Perito Criminal) “Celebrava-a, ufanático, tendo-a por justa e averiguada, com convicção manifesta. Haja o absoluto amar – e qualquer causa se irrefuta.” Sobre as formas verbais desse segmento do texto, assinale a afirmativa correta.

a) A frase “Celebrava-a, ufanático” está na voz passiva e sua forma ativa correspondente é “Era celebrada”.

b) A forma verbal HAJA não tem sujeito expresso e equivale a “Existiam”.

c) A flexão da forma destacada em “com convicção MANIFESTA.” corresponde à manifestada.

d) A forma verbal TENDO está no particípio passado.

e) A forma verbal SE IRREFUTA exemplifica o que se denomina sujeito inexistente.

Comentário – Alternativa A: errada. A voz passiva apresenta estruturas bem definidas: VA (“ser”, normalmente) + VP (no particípio) e VTD + SE (pronome apassivador). Além disso, nela o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.

Ocorreu aqui o contrário do que o examinador afirmou.

Alternativa B: errada. A forma verbal “Haja” é impessoal, isto é, não tem sujeito, devendo permanecer na terceira pessoa do singular. Já o verbo existir é pessoal e deve flexionar-se para concordar com o sujeito. Então a substituição correta deve ficar assim: “Exista o absoluto amar”. O termo

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 17 destacado, no singular, funciona como sujeito. Observe também que o verbo foi conjugado no modo imperativo, para respeitar o modo do verbo original.

Alternativa C: certa. Lembre-se de que a forma nominal particípio pode desempenhar papel de adjetivo e caracterizar um substantivo.

Alternativa D: errada. Observe a desinência de gerúndio na forma verbal apresentada: -ndo.

Alternativa E: errada. Trata-se de uma forma verbal flexionada na voz passiva sintética (VTD + SE). Toda voz passiva tem sujeito expresso na oração. No caso sob análise, o sujeito é o termo “qualquer causa”.

Resposta – C

FORMAS NOMINAIS TEMPOS COMPOSTOS infinitivo

impessoal

cantar ter/haver cantado

infinitivo pessoal

cantar ter/haver cantado cantares teres/haveres cantado cantar ter/haver cantado

cantarmos termos/havermos cantado cantardes terdes/haverdes cantado cantarem terem/haverem cantado gerúndio cantando tendo/havendo cantado particípio cantado

ATENÇÃO! 1. Para as 2ª e 3ª conjugações, a terminação do particípio é ido: vendido, partido.

2. Perceba que não há tempo composto relativo ao particípio.

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

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www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 18 Classificação dos Verbos quanto à Forma

a) Regular  não apresenta irregularidade no radical nem nas desinências, seguindo o paradigma de sua conjugação (cantar – 1ª conjugação; vender – 2ª conjugação; partir – 3ª conjugação)

Ex.: amar, aguar, averiguar, coar, mobiliar, optar, saudar, suar, viajar, beber, unir, atribuir, etc.

ATENÇÃO! 1. Para sabermos se um verbo é regular, precisamos conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito do indicativo.

Ex.: toc-o, toc-a-s, toc-a, toc-a-mos, toc-a-is, toc-a-m / toqu-e-i, toc-a-ste, toc- o-u, toc-a-mos, toc-a-stes, toc-a-ram

2. Os verbos terminados em IAR são regulares: vigiar, arriar, etc.

Exceções: Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar (MARIO)  recebem a letra E nas formas rizotônicas (= a sílaba tônica integra o radical) Ex.: arriar – arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam

odiar – odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam

b) Irregular  apresenta irregularidades no radical e/ou nas desinências.

Ex.: caber, fazer, acudir, aderir, atrair, cear, construir, dizer, crer, poder, prover, prever, saber, dar, rir, vir, etc.

perder = perco, perdes, perde fazer = faço, fazes, faz

caber = caibo, cabes, cabe

ATENÇÃO! Os verbos terminados em EAR são irregulares, recebem a letra I nas formas rizotônicas.

Ex.: arrear – arreio, arreias, arreia, arreamos, arreais, arreiam

passear – passeio, passeias, passeia, passeamos, passeais, passeiam

c) Anômalo  É o verbo que apresenta grandes alterações no radical.

Segundo Luiz Antônio Sacconi, João Domingues Maia, Ulisses Infante e Pasquale

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Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 19 Cipro Neto, por exemplo, em português só existem dois: ser e ir. Entretanto, Celso Cunha registra que a NGB também classifica como anômalo os verbos ter, haver, estar, vir e pôr.

d) Defectivo  É o verbo que não possui determinados tempos, modos e pessoas. Incluem-se nesta categoria os verbos impessoais e unipessoais.

Ex.: reaver, precaver, falir, computar, abolir, haver (sentido de existir), nevar, trovejar, trovejar, latir, rugir, etc.

ATENÇÃO! Quando se tratar de sentido conotativo, os verbos que indicam fenômenos da natureza podem ser usados como pessoais.

Ex.: Os estudantes amanheciam para uma nova época.

e) Abundante  é o verbo que apresenta mais de uma forma equivalente, geralmente no particípio.

Ex.: aceitar = aceitado, aceito – prender = prendido, preso – imprimir = imprimido, impresso

ATENÇÃO! 1. O particípio regular é normalmente usado na voz ativa, com os auxiliares ter ou haver.

Ex.: Ele não tinha aceitado as minhas desculpas.

2. O particípio irregular é normalmente usado na voz passiva com os auxiliares ser ou estar.

Ex.: Minhas desculpas não foram aceitas por ele.

3. Admitamos, porém, que essas recomendações não são rigorosamente seguidas, havendo numerosas formas irregulares que se usam tanto na voz ativa como na passiva, e algumas formas regulares também empregadas na voz passiva.

VOZ ATIVA VOZ PASSIVA

Tinha aceitado (aceito) o convite. Os convites foram aceitos.

Tinha elegido (eleito) os candidatos. Os candidatos são eleitos.

Tinha entregado (entregue) a carta. As cartas eram entregues.

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Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 20 Tinha ganhado (ganho) o prêmio. O prêmio foi ganho.

Tinha imprimido (impresso) a obra. Foi impressa a obra.

Tê-lo-iam pegado (pego) de surpresa. O ladrão foi pego pela polícia.

Tinha salvado (salvo) muitas vidas. A vida foi salva.

Correlação Verbal

Termino a primeira parte da aula com explicações sobre correlação verbal – coerência que, em uma frase ou sequência de frases, deve haver entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam, de maneira a expressar as ideias com lógica. Tempos e modos verbais devem, portanto, combinar entre si.

Veja este exemplo:

Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição.

O verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade, eventualidade.

Assim, em que tempo o verbo aprender deve estar, de maneira a garantir que o período tenha lógica?

Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito (aprenderia), um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afirmação condicionada (que depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se realizarão. O período, portanto, está coerente, já que a ideia transmitida por dormisse é exatamente a de uma dúvida, a de uma possibilidade que não temos certeza se ocorrerá.

Veja o mesmo exemplo, mas sem correlação verbal:

Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderei a lição.

Temos dormir no subjuntivo, novamente. Mas aprender está conjugado no futuro do presente, um tempo verbal que expressa, dentre outras ideias, fatos certos ou prováveis. Nesse caso, não podemos dizer que jamais aprenderemos a lição, pois o ato de aprender está condicionado não a uma

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Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 21 certeza, mas apenas à hipótese (transmitida pelo pretérito imperfeito do subjuntivo) de dormir.

A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são concordantes:

1. presente do indicativo + presente do subjuntivo:

Exijo que você faça o dever.

2. pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo:

Exigi que ele fizesse o dever.

3. presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo:

Espero que ele tenha feito o dever.

4. pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo:

Queria que ele tivesse feito o dever.

5. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.

6. pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:

Se você fizesse o dever, eu leria suas respostas.

7. pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo:

Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas.

8. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Quando você fizer o dever, dormirei.

9. futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo:

Quando você fizer o dever, já terei dormido.

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Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 22 Pronomes

Classificação

Na última parte da aula, o assunto a ser tratado é pronomes:. Eis uma breve exposição sobre a classificação deles.

Pronome

Palavra que substitui o nome (pronome substantivo) ou que o acompanha (pronome adjetivo) para tornar claro o seu significado. Existem seis classes de pronomes:

pessoal

Indica diretamente as pessoas do discurso (no singular ou no plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª pessoa: com quem se fala;

3ª pessoa: de quem se fala. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas (do

caso reto). Me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as (do caso oblíquo átono). Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco (do caso oblíquo tônico). Também são pessoais os pronomes de tratamento: você, senhor, senhora, vossa senhoria, vossa excelência, etc.

possessivo

Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de algo: Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas.

demonstrativo

Indica a posição dos seres em relação às pessoas do discurso,

situando-os no tempo e no espaço.

1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto.

2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso.

3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.

relativo

É aquele que, em uma oração, se refere a um termo constante em oração anterior, chamado antecedente. Exemplo: O avião que chegou estava danificado. São pronomes relativos: que,

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 23 quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os quais, as quais.

indefinido

Refere-se à terceira pessoa do discurso num sentido vago ou exprimindo quantidade indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre alcança. Alguns podem flexionar-se em gênero e número. São pronomes indefinidos: algum, alguns, nenhum, nenhuns, qualquer, quaisquer, ninguém, todo, tudo, nada, algo etc.

interrogativo É aquele usado para formular uma pergunta direta ou indireta:

que, quem, qual, quanto.

10. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLÍCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) “Atinge toda a região e a si mesmo, pois o Equador é credor no âmbito do CCR, e a efetiva realização da ameaça de não honrar compromisso assumido o impedirá de receber aquilo que lhe é devido.”

No trecho acima há:

(A) oito pronomes.

(B) sete pronomes.

(C) seis pronomes.

(D) cinco pronomes.

(E) quatro pronomes.

Comentário – Vamos identificar cada pronome:

1 - “toda”: pronome indefinido;

2 – “si”: pronome pessoal do caso oblíquo tônico;

3 – “o”: pronome pessoal do caso oblíquo átono;

4 – “aquilo”: pronome demonstrativo;

5 – “que”: pronome relativo;

6 – “lhe”: pronome pessoal do caso oblíquo átono.

Resposta – C

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 24

10 (...) Não é de hoje que nossa relação com os textos escritos é assim: eles têm formato próprio, suporte específico, possíveis propósitos de leitura - em outras palavras,

13 têm o que os especialistas chamam de "características sociocomunicativas", definidas pelo conteúdo, a função, o estilo e a composição do material a ser lido. (...)

11. (IADES/SEAP-DF/PROFESSOR/2011 – adaptada) Nas linhas 12 a 14, o pronome relativo retoma o elemento expresso pelo pronome demonstrativo que o antecede.

Comentário – É isso mesmo. O pronome relativo é o vocábulo “que” (l. 13); o seu antecedente (termo substituído pelo relativo) é o pronome demonstrativo

“o” (= aquilo); a referência textual é feita à expressão “formato próprio, suporte específico, possíveis propósitos de leitura”. Nós podemos entender a oração iniciada pelo relativo assim: os especialistas chamam aquilo (=formato próprio, suporte específico, possíveis propósitos de leitura) de “características sociocomunicativas”.

É de se notar que o examinador não ressalta (sublinha, negrita) os pronomes. Você deve, a partir dos conceitos que lhe apresentei, compreender o funcionamento dos vocábulos para saber especificamente do que ele está falando.

Resposta – Item certo.

12. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO – adaptada) Voto consciente é aquele em que o cidadão pesquisa o passado dos candidatos, avalia suas histórias de vida e analisa se as promessas e os programas eleitorais são coerentes com as práticas dos candidatos e de seus partidos. (L.76-81)

A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir:

Há dois pronomes substantivos e dois pronomes adjetivos.

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 25 Comentário – A afirmativa está correta. Os pronomes substantivos, que substituem o substantivo (numa linguagem mais clara: que não vêm ao lado do substantivo), são: “aquele” (demonstrativo) e “que” (relativo). Os pronomes adjetivos, que vêm ao lado do substantivo, são: “suas” (possessivo; ao lado do substantivo “histórias”) e “seus” (possessivo; ao lado do substantivo “partidos”).

Resposta – Item certo.

Emprego de Pronomes

 Diferenças quanto ao emprego dos pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo:

a) Ele virou ela. – Na função de sujeito e de predicativo, o pronome pessoal utilizado será, via de regra, do caso reto.

b) Quero falar com ele.

Sou útil a ele.

Vi-o na rua.

Serão empregados os do caso oblíquo nas demais funções sintáticas (complemento verbal, complemento nominal etc.).

Atente para o fato de que esses pronomes são frequentemente utilizados para promover a coesão e a coerência textual.

c) Eu contei a ti o que acontecera.

Você terá de viajar com nós dois.

Você terá de viajar conosco. (= com + nós)

Os pronomes oblíquos tônicos são precedidos de preposição. Usa-se com nós ou com vós quando tais expressões vêm acompanhadas de elementos de realce, numeral, pronome ou oração adjetiva.

CUIDADO! Não vá sem eu saber. / Todos saíram, exceto eu (saí).

Mesmo diante de preposição, o pronome pessoal do caso reto será empregado quando for sujeito de verbo, ainda que este esteja elíptico.

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Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 26 d) Maria fez aniversário. Pedro deu-lhe um presente. (“deu” = VTDI; “um

presente” = OD)

Maria fez aniversário. Pedro a presenteou. (“presenteou” = VTD)

Como complementos verbais, O(S) e A(S) desempenham função de objeto direto; LHE(S), de objeto indireto.

13. (Funcab/2014/Prodam-AM) Assinale a opção em que o pronome LHE foi corretamente empregado.

a) O dono da oficina recebeu-lhe com educação.

b) A atividade ilegal levara-lhe à prisão.

c) O cheiro de tinta contaminou-lhe.

d) Saiu do carro e abandonou-lhe na rua.

e) O passageiro pagou-lhe a corrida.

Comentário – Todos os verbos são transitivos diretos. O objeto direto deles não pode ser representado pelo pronome oblíquo “lhe”. A exceção é a forma verbal

“pagou”, que pede um complemento indireto em relação à pessoa a quem se paga. Nesse caso, o pronome “lhe” pode exercer a função de objeto indireto do verbo.

Resposta – E

ATENÇÃO! O pronome oblíquo LHE pode equivaler-se a um possessivo, caso em que transmitirá noção de posse: Pediu-lhe os brinquedos emprestados. / Pediu os seus brinquedos emprestados / Pediu os brinquedos dele emprestados.

e) Mandei-o sair da sala.

Em construções cujo verbo principal é causativo (mandar, deixar, fazer) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir), O(S) e A(S) desempenham função de sujeito do verbo (infinitivo) da oração subordinada.

14. (Iades/2014/SEAP-DF/Analista) Em “deu-lhe uma bronca” (linha 6), no lugar do pronome destacado, poderia ser empregado o pronome o.

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(27)

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Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 27 Comentário – O texto é desnecessário. Basta entender que o pronome “lhe”

funciona sintaticamente como objeto indireto do verbo “deu”, função que o pronome o não pode exercer.

Resposta – Item errado.

15. (FGV/BADESC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2010) Analise o fragmento a seguir.

Explica que a atitude formalista, respeitadora e zelosa dos norte-americanos causa admiração e espanto aos brasileiros, acostumados a violar e a ver violadas as próprias instituições.

Assinale a alternativa que apresente as propostas de substituição dos trechos sublinhados nas quais se preserva a correção estabelecida pela norma gramatical.

(A) Causa-lhe admiração e espanto / a vê-la violadas.

(B) Causa-os admiração e espanto / a ver-lhes violadas.

(C) Causa-los admiração e espanto / a ver-lhe violadas.

(D) Causa-os admiração e espanto / a vê-as violadas.

(E) Causa-lhes admiração e espanto / a vê-las violadas.

Comentário – O verbo causar possui dois complementos: “admiração e espanto” (objeto direto) e “aos brasileiros” (objeto indireto). O primeiro pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono os (a forma los só se justifica diante de verbos terminados por R, S ou Z: causar + os = causá-los); o segundo, por lhes. O examinador optou por repetir o primeiro complemento (objeto direto) e substituir o segundo (objeto indireto): “Causa-lhes admiração e espanto”.

Em seguida, temos que analisar o regime do verbo ver. Ele é transitivo direto, exige complemento sem preposição (objeto direto), que foi representado pela expressão “as próprias instituições”. Esse complemento pode ser substituído pelo pronome oblíquo átono as, que assume a forma las porque o verbo termina em R: ver + as = vê-las.

Resposta – E

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(28)

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 28

 Pronomes possessivos

Referem-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de algo.

Concordam em gênero e número com a “coisa” possuída.

Ex.: Eu trouxe meu caderno.

Tu trouxeste tuas canetas.

Primeira pessoa Meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s) Segunda pessoa Teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s) Terceira pessoa Seu(s), sua(s)

 Pronomes demonstrativos

Indicam a posição dos seres em relação às pessoas do discurso, situando-os no tempo e no espaço.

Pronomes Tempo Espaço

Este (s), esta (s), isto Presente; momento atual Perto de quem fala Esse (s), essa (s), isso Passado próximo Perto da pessoa com

quem se fala Aquele (s), aquela (s),

aquilo

Passado longínquo Longe de quem fala e da pessoa com quem se fala Ex.: Nestas últimas horas tenho aprendido muito.

Este rapaz ao meu lado é meu amigo.

Essas horas que passamos na praia foram muito agradáveis.

O que é isso aí do teu lado?

Naquela época, a vida era melhor.

O que é aquilo atrás do carro?

Casos Especiais (empregados como elementos de coesão)

a) Meu argumento é este: não há democracia sem justiça. (Este e isto:

empregados quando ainda vai ser feita a referência; promove a coesão textual conhecida como catafórica.).

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(29)

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 29 Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento. (Esse e isso:

empregado quando já foi feita a referência; promove a coesão textual conhecida como anafórica)

(...)

13 têm o que os especialistas chamam de "características sociocomunicativas", definidas pelo conteúdo, a função, o estilo e a composição do material a ser lido. E é essa soma de

16 características que define os diferentes gêneros. Ou seja, se é um texto com função comunicativa, tem um gênero.

Na última década, a grande mudança nas aulas de

19 Língua Portuguesa foi a "chegada" dos gêneros à escola. Essa mudança é uma novidade a ser comemorada. Porém muitos (...)

25 aprenda a, efetivamente, escrever uma carta. Falta discutir por que e para quem escrever a mensagem, certo? Afinal, quem vai se dar ao trabalho de escrever para guardá-la? Essa é a

28 diferença entre tratar os gêneros como conteúdos em si e ensiná-los no interior das práticas de leitura e escrita.

(...)

16. (IADES/SEAP-DF/PROFESSOR/2011 – adaptada) O vocábulo “essa”, empregado nas linhas 15, 19 e 27, retoma um elemento textual mencionado anteriormente, tendo sido empregado incorretamente, conforme a posição da informação a que se refere no texto.

Comentário – Obviamente, na prova não havia o destaque amarelo. Eu só fiz isso para facilitar sua análise. Deve chamar sua atenção o fato de que o pronome retoma o que já foi dito (coesão anafórica). Ao dizer que ele foi “empregado incorretamente, conforme a posição da informação a que se refere no texto”

(grifo meu), o examinador errou. É justamente por estar retomando informação anterior que o pronome usado (essa) está correto.

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(30)

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Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 30 Resposta – Item errado.

b) Comprei uma moto e uma bicicleta. Esta eu dei para meu irmão;

aquela, para mim mesmo. (Este e aquele servem para retomar elementos já citados e desfazer possíveis ambiguidades quanto à compreensão do enunciado. Este diz respeito ao último termo; aquele, ao primeiro.)

[...]

16 ponto de vista. A argumentação contribui na criação de um jogo entre quem escreve o texto e um possível leitor, já que aquele discute com este, procurando mostrar-lhe que tipo de

19 ideias levaram-no a determinado posicionamento. Dito de [...]

DURIGAN, Regina H. de Almeida et al. A dissertação no vestibular. In: A magia da mudança. Unicamp: Campinas, 1987, com adaptações.

17. (Iades/2013/Cetesb/Técnico em Enfermagem) Na oração “aquele discute com este” (linha 19), o pronome “aquele” remete a quem escreve, enquanto

“este” se refere ao leitor.

Comentário – Aplicação pura e simples do que acabamos de estudar!

Resposta – Item certo.

c) O que ele disse era verdade.

Passará a que for mais capacitada. a(s) e o(s) diante de que (pronome relativo) – e de – preposição – serão pronomes demonstrativos, equivalendo-se a aquela(s), aquele(s), aquilo)

Cunha e Cintra (Nova gramática do português contemporâneo, 2008, págs. 354-5) ensinam que o demonstrativo O (e suas variações) pode ser empregado diante de uma oração ou, mais raramente, por uma expressão adjetiva, e dão o seguinte exemplo:

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(31)

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Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 31 Ingrata para os da terra,

boa para os que não são.

(C. Pena Filho)

18. (FGV/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO/2008) “Mas a co-relação de forças não lhes permite ir mais longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos bilaterais ou regionais. Com isso, falta um projeto mundial coerente em que o desenvolvimento do comércio seja articulado ao equilíbrio social e ambiental.”

Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente, valor:

(A) catafórico e catafórico.

(B) anafórico e anafórico.

(C) dêitico e dêitico.

(D) anafórico e catafórico.

(E) catafórico e anafórico.

Comentário – De novo! O demonstrativo “essa” faz referência a ideia de estagnação declarada no segmento anterior. Semelhantemente, o pronome

“isso” também retoma uma ideia anterior: “o retorno dos acordos bilaterais ou regionais”. Ambos, portanto, têm valor anafórico.

Resposta – B

19. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) A energia nuclear pode ser empregada para o bem ou para o mal. Na verdade, ela é investigada, apurada e criada para algum resultado, que lhe confere validade. Não vale por si mesma, do ponto de vista ético. Pode valer pela sua eventual utilidade, como meio; mas o uso de energia nuclear, para ser considerado bom ou mau, deve referir-se aos fins humanos a que se destina.

Considerando as estratégias de referenciação no trecho acima, assinale a alternativa cujo pronome não se refere à expressão “energia nuclear”:

(A) ela.

(B) lhe.

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(32)

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 32 (C) si.

(D) sua.

(E) que.

Comentário – De fato, o pronome relativo “que” é o único que não retoma a expressão “energia nuclear”. Ele substitui a expressão “fins humanos”, seu antecedente.

Resposta – E

20. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011 – adaptada) Essa é uma forma de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores.

(L.54-57)

A respeito do período acima e sua relação com o texto, analise a afirmativa a seguir:

O pronome Essa tem valor anafórico.

Comentário – Para responder corretamente à questão, basta você ler também o período anterior ao que foi apresentado pela banca examinadora:

É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade. Essa é uma forma de contribuir para aumentar a consciência política e a qualidade do voto dentro de toda a cadeia produtiva, entre os parceiros e colaboradores.

Pronto, assim ficou melhor, não é mesmo? Notoriamente, o pronome “Essa” retoma a ideia contida no período “É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade”, configurando mais um caso de coesão anafórica.

Resposta – Item certo.

21. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011 – adaptada) O Fundo Partidário será, em 2011, de R$ 301 milhões. Isso porque foi aprovado a nove dias

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(33)

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Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 33 do fim do ano o reforço de R$ 100 milhões. Desse valor, R$ 265 milhões são oriundos do Orçamento da União e R$ 36 milhões referentes à arrecadação de multas previstas na legislação eleitoral. Mas, afinal, qual a razão para se aumentar de forma tão extraordinária a dotação dos partidos?

Muito simples: a necessidade de eles pagarem as dívidas de campanha.

(L.1-10)

A respeito do trecho acima, analise a afirmativa a seguir:

No segundo período, o pronome Isso tem valor anafórico.

Comentário – Eu imagino que este tipo de questão já está manjado, não é verdade? Mas toda esta repetição serve para ressaltar o quanto é frequente nas provas a exploração dos pronomes demonstrativos como elementos de coesão, sobretudo os processos anafóricos e catafóricos.

O pronome “Isso”, no segundo período do texto, de fato retoma a ideia contida no primeiro período.

Resposta – Item certo.

 Pronomes indefinidos

São os que têm sentido vago, impreciso, indeterminado.

Casos Particulares

a) Certo livro: antes do substantivo, equivale-se a pronome indefinido.

Livro certo: depois, equivale-se a adjetivo.

b) Algum livro deve ser igual a este. Antes do substantivo, tem valor positivo, afirmativo, exprime possibilidade; é o contrário de nenhum, que tem valor semântico negativo.

Livro algum deve ser igual a este. Depois, tem significação negativa mais enfática do que a expressa por nenhum, indica impossibilidade.

Na língua moderna, algum(a) cristalizou-se com significação negativa (= nenhum) quando empregado depois de substantivo e com valor positivo anteposto a ele. Antigamente não era assim, quando

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(34)

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Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 34 algum(a) podia ter sentido afirmativo ou negativo independente de sua posição, como se depreende dos versos de Camões, em Os lusíadas:

“Desta gente refresco algum tomamos E do rio fresca água; mas com tudo Nenhum sinal aqui da Índia achamos

No povo, com nós outros quase mudo.” (V, 69)

(“refresco algum” = algum refresco = sentido positivo)

“Vós a quem não somente algum perigo Estorva conquistar o povo imundo” (VII, 2)

(“algum perigo” = nenhum perigo = valor negativo)

Mas, em geral, o pronome indefinido algum(a) adquire mesmo valor negativo em frases onde já existem outras formas negativas, como não, nem, sem:

“...é muito provável que ela não tenha problema algum.”

“...é muito provável que ela não tenha algum problema.”

 Pronomes relativos

a) Eis os velhos amigos de que lhe falhei.

Eis o instrumento de que lhe falei.

O pronome relativo QUE pode ser empregado tanto para substituir coisa quanto para representar pessoa. Rejeita preposições com duas ou mais sílabas e dispensa sem e sob.

Lembre-se de que para ser conjunção integrante, esse vocábulo deve unir uma oração subordinada de valor substantivo (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo, aposto) à sua principal.

Considere este fragmento: “...eles explicam que tipo de rodovia cada uma é.”, em que a oração sublinhada é objeto direto da forma verbal “explicam” e o

“que” não é pronome relativo.

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(35)

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Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 35 (...) era falar sobre o idioma e memorizar definições: "Adjetivo:

34 palavra que modifica o substantivo (...)

22. (IADES/SEAP-DF/PROFESSOR/2011 – adaptada) Na linha 34, o sujeito do verbo “modifica” está implícito no pronome relativo, que retoma o elemento textual “palavra”.

Comentário – Sintaticamente, o sujeito do verbo é o pronome relativo “que”.

Semanticamente, esse pronome substitui o termo antecedente “palavra”. É por isso que, em outras palavras, o examinador afirmou que o elemento textual

“palavra” implicitamente é o sujeito do verbo “modifica”.

Resposta – Item certo.

b) A casa onde morei era muito antiga. (certo)

A reunião onde estávamos acabou tarde. (errado)

ONDE é usado restritivamente em referência a lugar.

A escola onde estudo foi fechada.

A escola aonde vais é muito longe.

A escola donde vens é muito longe.

ONDE é pronome relativo quando substitui um termo antecedente, como no primeiro exemplo (onde = escola). Não deve ser confundido com onde = advérbio interrogativo: “Onde você estuda?”. Observe que agora o vocábulo onde não substitui nenhum termo anterior, apenas introduz uma pergunta que exprime a ideia de lugar.

Usaremos aonde (contração de a + onde) quando o verbo que surgir após esse pronome relativo exprimir ideia de movimento e exigir a preposição “a”. Se o verbo indicativo de movimento reger preposição “de”, usaremos “donde” (contração de de + onde).

Ressalto que o verbo seguinte deve indicar movimento e não permanência (como no primeiro exemplo). Com verbos estáticos, que exprimem

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(36)

Língua Portuguesa para a PC-PA (Teoria e Exercícos)

Aula 1 – Verbos e Pronomes Prof. Albert Iglésia

www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Albert Iglésia 36 permanência, a preposição empregada será “em”. Na Língua Portuguesa não existe nonde, isto é, a suposta contração de em + onde.

[...]

23. (Iades/2014/SEAP-DF/Técnico em Contabilidade) De acordo com a norma- padrão, com o emprego das classes de palavras e com as ideias do texto, assinale a alternativa correta.

a) Em “A área onde hoje está situada Planaltina” (linha 1), o pronome destacado poderia ser substituído por que.

b) Em “que era chamada de povoado Mestre D’Armas” (linhas 4 e 5), o pronome destacado retoma um termo expresso na oração anterior.

Comentário – Alternativa A: não, não poderia, pois falta a preposição em.

Pense assim: Planaltina hoje está situada em... Essa preposição desaparece quando empregamos onde, mas surge ao lado do relativo que: “A área em que hoje está situada Planaltina”.

Alternativa B: sim, pois ele é pronome relativo e substitui o termo antecedente “região”.

Resposta – B

c) Ele participou da reunião, a qual deu origem ao atual grupo de trabalho.

O relativo o qual (e variações) é útil para desfazer ambiguidades.

Perceba que, se fosse empregado o relativo QUE, haveria margem para a seguinte dúvida: a reunião ou ele deu origem ao atual grupo de trabalho?

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Referências

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