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MAMO DO PAR *,N
#/*£/£ CUSTA MAIS 30-1. Â li
HORA DE AMANHA
(Nova Tabela' na l.a do Jí.o)
Financiamento
O Banco Mundial comunicou ao ministro Ha-lio Beltrão o propósito do aumentar substancial. monto os «Inanclamontot ao Brasil, A Informaçío loi recoblda onlom no Rio, procodonto da Waahlng-ton a liberada polo Ministério do Plana|amanto co-ma aflrco-maçío pessoal do sr. Robert McNaco-mara. Na rcunlõo do Comitê Interamericano da Aliança Para o Progresso, os Estados Unidos reafirmaram tua Intenção da a|udar a Integração da América Latina.Diário do
Paraná
FUNDADOR DOS DIÁRIOS ASSOCIADOS: ASSIS CHATEAUBRIAND
»
N.° 3.840
#
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CURITIBA, SÁBADO, 4 DE MAIO DE 1968
-
|12 PAGINAS | * ANO XIV *
Tempo bom
A tumptratura, no dia da ho|o, citará em elo-vaçio, da acordo com a prevIsBodo Sorvlço da Ma-' ttorologla do Ministério da Agricultura. A rlgôr, as. condições gerais previstas para ho|e são as mas-, mas do ontem. Tampo bom, nevoeiro pala manhã, vento» andando da Lesta a Norte, fracos. A vlslblll-j dade icré boa nesta fim-de-semana após o nevoeiro.PARIS SEDE DA PAZ PARA A ÁSIA
ESTA É SIBILA
Sibila, Rainha das Praias catarinenses, o a candidata
por Blumenau ao «Miss» S. Catarina deste ano. (M).
Os Estados Unidos o o Viet
nam do Norto concordaram
ontem cm manter em Paris
em fins da próxima semana
os contatos preliminares que
poderão levar a paz no
Su-deste asiático. O anúncio foi
feito pelo presidente Lyndon
Johnson durante uma
entre-vista à imprensa
retransmi-tida pelo rádio c a televisão
a todo o país. A declaração
presidencial teve lugar
ape-nas nina
hora depois
que
uma transmissão dc
Hanoi
propôs
Paris como uma
se-de ase-dequada para as
conver-sações formais bilaterais
c
acrescentou que estas
pode-riam começar «no dia 10 de
maio ou poucos dias depois»*
Johnson salientou:
«Conti-¦uniremos cm estreita cônsul
ta com nossos aliados em
tô-das as etapas», c
observou
que «todos eles
têm
repre-sentação» na Capital
fran-césa. O governo do Vietnam
do Norte propôs ontem a
ci-dade de Paris para a sede
das conversações
prelimina-res do paz com os Estados
Unidos, ao mesmo tempo em
que atacava o govêmo
nor-te-americano acusando-o de
manobras destinadas a
atra-sar o início do
encontro.
Urna nota oficial distribuída
pelo Ministério das Relações
Exteriores
do Vietnam
do
Norte o. lida pela Rádio dc
,.,J£anoj .anunciava que o
go-vê-hÒ! dc Ho Chi Minh
pro-punha Paris e 10 de maio
co-mo local e data das
conver-saçoes. O governo do
presi-dente Charles de Gaulle
de-clarou-se
ontem
satisfeito
com a oportunidade de
abri-gar em
seu
território
as
conversações preliminares de
paz entre os Estados Unidos
e Vietnam do
Norte.
Em
Moscou, a
Agência
TAS.S
anunciou o acordo, sem
emi-tir qualquer comentário. Em
Londres, os círculos do
go-vêrno
britânico
acolheram
com júbilo a decisão. O
em-baixador do Brasil na
Fran-ça, sr. Bilac Pinto, disse que
recebeu com alegria a notícia
sobro o acordo. (Página 5).
JUNTO ÀS MASSAS
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O «Papa Negro» disse quo sua ordem adapta-se às decisões do Concilio: trabalha, agora, também junto às
mas-sas. Admirado com os recursos do Brasil, lamenta a existência das favelas e a situação dos índios do M. Grosso.
Americano e Inglês têm
Policiei Pode Mediar
Jesuítas Estão com as
9.o e 10.o Coração
Cirurgiões de um hospital de Houston (EUA), extraíram
on-tem o coração de uma aparente suicida e o enxertaram no peito de
um contador, que está em «excelentes» condições. Um porta-voz do
Hospital Episcopal de São Lucas disse que o coração de uma
recém-casada de 15 anos de idade começou a bater normalmente
me-diante um simples impulso elétrico no corpo de Everett Chare
Thomas, de 42 anos de idade. Trata-se da nona operação deste
tipo praticada no mundo. A décima foi tentada em Londres, no
Hospital Nacional de Doenças Cardíacas, por um grupo de
medi-cos ingleses, que prometeram dar* mais detalhes quando estivesse
terminada a operação. Na-cidade do Cabo, o médico Christian
Bar-nard, autor do primeiro transplante do coração, estava pronto
pa-ra iniciar sua terceipa-ra opepa-ração de enxerto cardíaco. (Página 5).
Crise do Vestibular
A comissão do estudantes da Escola do Engenharia que
on-tem manteve contato com autoridades policiais, deverá seguir para
a Guanabara onde dialogará com autoridades educacionais* Os
es-tudantes, que se colocam contra a realização do vestibular para o
curso noturno em caráter de ensino pago, boicotaram a realização
das primeiras provas. Ontem, na Secretaria do Segurança, em
en-trevista com o secretário Munhoz de Mello c o diretor da Polícia
Civil, Osvaldo Piloto, os estudantes solicitaram que as autoridades
policiais intercedam para que a direção da Escola de Engenharia
não promova o vestibular, até que o Ministério da Educação o
Cul-tara aprecie o problema e a argumentação apresentada pela classe,
contra a efetivação do curso noturno pago. (l.a do 2.o).
Massas e Deus não Morre
Com tudo isto, o vosso pais terá que ser a maior nação do
inundo, disse o padre Pedro Arrupe, o superior-geral dos
jesui-tas, ao desembarcar as 10hl5m de ontem no Afonso Pena,
pró-cedente.de S. Paulo. O "Papa Negro", falando em espanhol,
re-putou a teologia radical da morte de Deus, dizendo que
"o Senhor
está vivo, como sempre, e atuante na alma dos que;crêem numa
vida sobrenatural". Embora tendo ficado menos de sete horas no
Paraná, padre Arrupe desenvolveu um intenso programa em
Curitiba: entrevista à imprensa, com o arcebispo metropolitano,
palestra para a comunidade jesuita, visita aos superiores
provin-ciais religiosos. Depois, viajou para Maringá, sobrevoou, trechos
do Norte e Sudoeste do Estado e dali viajou para Florianópolis,
tíe onde partirá para Porto Alegre. (l.a do 2.o).
.PARANÁ
Lv>**.--jIPROGRAMAÇÃO PARA HOJE
14,00 — Ponto 6
16,15 — Tapete Mágico
16,30 — Big Ginkana
17,40 — Ritmo o Alegria
18,30 — O Vigilante D'Oeste
19,00 — Um Lugar ao Sol
10,2-5 —¦ O Tempo
19,40 — Telenotícias
Í9.55 — Túnel do Tempo
21,00 — Cônsul Hit Parade'
22,10 — Cine Samrig
28,55 — DP Manchetes
00,00 — Teatro de Terror
Automóvel
não Sobe
em Junho
O secretário do Grupo In
terministerial de Análise de
Custos, sr. José Flávio
Pc-cora, disse que «não há
nc-nhum—acordo com os
fabri-cantes do automóveis
para
aumentar 4,5%
hos preços
dos veículos a partir de
ju-nho próximo». Acrescentou
que os aumentos decorrentes
do ICM do 15 para 17%' já
foram concretizados nos
me-ses de abril o maio,
reajus-tando-se os preços dos
veí-culos conforme foi divulgado
pela própria indústria.
0 DIÁLOGO
__HB_wHH_^_i_H__^H^K«lt^fe!^^^wí«»li^«^^««^K ¦¦:ri^ÊBm/t>^i-:'-xrM^- s^iSfeí"-*.'-?-*.»*. - *</¦';-.. Jísl&sli _____fíTWm«^ri&l;ik:".- ' :*^8ji|iifflffl____18j|ff5 „ ?'" .' W íó-. * tiÀ^Ch ' — . .-;;
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¦HiH-H-H-B-HH-i-U9_B!!^it^:iSl§Í_S-H
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Os estudantes de Engenliaria foram ao secretário de Segurança, dialogaram, pediram a intercessão da policia:
querem que a Escola susto o vestibular notamo, E pronietem ir ao Eio, tratar do assunto com o pessoal do MEC
Avião cai
e faz 84
Vítimas
Caiu na localidade de
Na-varro, a 15 quilômetros do
Corsicana,
no
Texas,
um
avião turbo-hélice da
Bra-niff, com cinco tripulantes e
79 passageiros, perecendo to
-dos os seus 84 passageiros.
Um
carteiro
rural,
Clyse
Floyd, viu o acidente e
de-elarou que o avião explodiu
antes de tocar no chão.
Pe-daços do aparelho e dc
cor-pos
estão espalhados
por
uma área de mil metros de
extensão. O aparelho
tinha
decolado de Houston e se
di-rigia para Dalias.
Punição
a Lacerda
O lider do governo
na
.Câmara, deputado Ernani _5á
-tirô>5ecjaróu ontèmêm Goiâ
niá qué o governo não pensa
em golpes,, mas não hesitará
no, emprego de hieios pára a
sua defesa e do regime.
Dis-se estarem preparadas todas
as condições necessárias ao
enquadramento do sr*
Car-los Lacerda na Lei de
Segu-rança Nacional. Frisou
que
b enquadramento do
ex-go-vernador da Guanabara
po-dera ocorrer a qualquer
mo-mente, «caso ás condições o
aconselhem». (Página 3).
Contra
Acordo
O ministro das Relações
Exteriores do Brasil,
José
Magalhães Pinto, reafirmou
ontem o apoio de seu país a
um tratado contra a
prolife-ração nuclear, opondo-se
en-tretanto ao projeto conjunto
russo-norte-americano. Disse
o ministro brasileiro que
ês-te nãò estabelece um
équili-brio aceitável entre as
obri-gações mútuas das cinco
po-tências nucleares e das não
nucleares e que se pede que
se confie em cinco
nações
que não sc confiam
mutua-mente. (Página 5).
vai Para
Interior
O Instituto Nacional de
Previdência Social e o
Go-vêrno do Estado, através da
Secretaria de Saúde,
firma-ram, ontem, convênio com a
finalidade de fixar. médicos
em um número de oitenta a
cem municípios. do interior,
onde a ausência dè clínicos
tem criado graves '
proble-mas. «Saúde-não é privilégio
e, sim, direito humano»,
dis-se o dis-secretário de Saúde,
Ar-naldo Busatoj, a-o firmar
o
documento que interiorizará
•efetivamente os serviçcs
mé-dicos. (La pág, do 2.o cad-..,
TS--r
o»iMl.«!»0 CADERNO - PAGINA 1
DIÁRIO
DO
PARANA
NOSSA OPINIÃO
Mais Realista
que o Rei
Enquanto, dentro da própria
ban-cada da ARENA, se verifica no
Con-gresso, a existência dc uma forte
corrente contrária ao projeto que
caracteriza 68 municípios
brasilei-ros, entre eles 10 do Paraná, como
áreas de interesse da segurança
na-cional, tim dc nossos deputados
fc-derais, o sr. Lyrio Bertolli, propõe
seja altamente ampliado o número
das comunas em questão. O já
vete-rano ex-representante do PSD, que
tem suas bases eleitorais
precisa-mente na região de nosso
Estado
que será atingida pela
supressão
de autonomia municipais, pretende,
realmente incluir na categoria tim
total dc municípios superior
àque-lc que, segundo os rumores então
correntes, estava nas cogitações do
governo federal.
Com efeito, o deputado Lyrio
Ber-tolli, segundo nota que ontem
publi-camos, quer que se acrescente à
lis-ta dos 68 municípios do projeto,
to-dos os municípios possuidores de
re-finarias ou terminais de
petróleo,
os que contenham indústrias de
ex-plosivos, c os que possuam jazidas
atômicas exploradas e hidrelétricas
com mais de SO mil kw. Se se
tra-tasse de um parlamentar
oposicio-nista, poder-se-la supor que sua
pro-posição (não sabemos se já foi
for-matizada) tem
apenas a intenção
de crítica ao projeto presidencial.
Trata-se, entretanto, de um
deputa-ds governista, ao que presumimos
bastante afinado com o Executivo,
o autor do projeto que o deputado
pretende emendar.
Já em outro ponto, entretanto,, o
sr. Lkrlo
Bertolli
revela, a nosso
ver, uma real preocupação
demo-erótica, a de conciliar
a escolha,
por nomeação, de prefeitos para os
muMcípios-áreas de segurança
na-cional, com os expressos interesses
municipais. De fato, ao que
noticia-mos, apresentou êle emenda ao
pro-jeto exigindo que os prefeitos a
se-rem
nomeados tenham domicílio
eleitoral de pelo menos dois anos
no município que irão administrar.
Assim, ímpor-se-á a valorização dos
elementos locais,
retirando-se, em
parte,
o caráter intervencionista
do exercício da prefeitura, já que
em condições normais séria entre
os elementos de
projeção
munici-pai que o povo,
através
do voto,
identificaria seu prefeito. Esta
ate-nuante, todavia, não basta para que
se deva concluir, pelo que propõe
ou vai propor, anteriormente, que
nosso deputado federal está, no
ca-so, querendo ser mais realista que
o rei.
mi
'
ir§M& ae
asa vjü^/aCj ^ami «¦ *tmr
Adulto
Uma linguagem ssubslantiva foi a que o ministro do Trabalho usou na televisão, an-teontem, ao ensejo do transcurso do Dia do Trabalho. O sr. Jarbas Passarinho conduziu-se como numa sala do aula, em que os as-sistcnles foram milhões de braslleli-os, ho-je, mais do que ontem, confiantes na ação governamental destinada a elevar o poder aquisitivo das classes assalariadas.
Oomo porta-voz do presidente Costa e SUva o titular do Trabalho desfez, utlllzan-do-se didaticamente do mn quadro negro o giz, as duvidas atõ então exis lentes quanto à sincronia governamental no tratamento da questfto salarial. Demonstrou que a mensa-gem solicitando aprovação para O abono de 50 por cento sobre os reajustes em vigor não resultou de uma iniciativa precipitada. E sim da convicção firmada no seio do go-vêrno da necessidade urgente do uma an-tecipação da chamada lei do afrouxo em vi-gêncla só a partir do agosto próximo.
Debate-se o governo diante do dilema de atender as necessidades reais dos assa. Iarlados — evitar a redução do seu poder aquisitivo, pelo menos — o ao mesmo tom-po manter o controle da. espiral lnflacloná-ria- Mas procura — conforme O -sr. Jarbas Passarinho — distribuir equitativamente os sacrifícios do combate a inflação tonto sô-bre as costas do empregado oomo a do cm-pregador.
O marechal Costa e Silva prefere não alimentar ilusões quanto a tun futuro cór de rosa. O programa que ti-açou para o seu governo foi o de construir uma estrutura na. qual se possam apoiar os seus sucessores» ^cm essa estrutura faltará baso ao país pa-••a o grande salto do desenvolvimento. A -con-fecuçâo desse objetivo porém, cuida o go-•erno, não deve significar o sacrifício, único <- simples, dn assalariado, pois. assim, per-deria a sua razão de ser. O equilíbrio enta'0 "mo politica de amparo ao homem e a de soorptulmento dfl economia nacional ê o que >» taa-ornrn.
om n fala do ministro Passarinho, O gi. no Coita c Silva marcou a Sua pre.
srr.-a nas comemorações do primeiro de
m-'o n irp.<"*nçn de um governo adulto fa-"• -dn a ".-nn nocso adulta
J
Uma Pedra ao Caminho..
i
<
.«
-Curitiba, Sábado,
TtitiOrftlLU ÜE AN DRADE
Daqui por diante o sr. Abreu Sodré
tem uma
pedra no caminho.
O calhau
que lhe feriu a fronte, nas manifestações
dc l.o de maio — que pretendeu,
demo-cràticamente, presidir
— veio
mostrar-lhe que há unia distinção entre oposição
e subversão. Subversão é a rebeldia nua e
crua contra o regime
estabelecido.
Sem-pre houve, nas diversas fases da história.
E tem de ser enfrentada com
decisão c
energia, se o governo estabelecido se
en-contra na disposição de manter a ordem.
E oposição é uma peça no mecanismo da
democracia quo deve ser respeitada e até
incentivada, se se quer, não digo atingir
a liberdade, mas marchar, resolutamente,
na sua direção, aspiração do homem
des-de os tempos dos gregos e que encontrou
o seu impulso decisivo
no Cristianismo,
quando proclamou a igualdade, de todos
os homens perante Deus, fazendo-os,
con-sequentemente, iguais entre eles.
Foram os anglo-saxões
que, graças
ao processo político que se desenvolveu
na luta dos barões
contra o Rei Ungido
do Senhor, conseguiram primeiro, a
Mag-na.Carta e, mais tarde, os princípios
li-berals que protegeram a burguesia
tra os barões e, por fim, os operários
con-tra a burguesia. Para chegar-se até lá, a
oposição passou a ser cultivada como
ór-gão do Estado.
A definição encontramo-la no
famo-so livro de Gaston
Boissier "L'Oposition
sous le Cesars"; "A obra prima e vive
de-Ia (a oposição) como fazem os ingleses:
entre eles, é não somente
tolerada, mas
dela se tira proveito; enquanto que,
alhu-res, é colocada fora da lei e o governo se
acha no dever de tudo destruir para
sub-sistir, lá se a introduz no próprio
govêr-no, como uma engrenagem necessária e,
por esta forma dá-se-lhe interesse no bom
andamento da máquina".
O sistema anglo-saxão (que tão bem
funciona no Reino
Unido e nos Estados
Unidos) adotado pelas
outras
democra-cias, especialmente depois da
Revolução
Francesa que, aliás, cronologicamente, é
posterior à Revolução Americana. A
opo-slção faz parte do sistema político. Na
In-glaterra, fala-se no
"governo de Sua
Ma-jestade" e na
"oposição de Sua
Majesta-de". E nos Estados Unidos,
pelo menos
nos períodos graves da história, a política
externa, pelo menos, é conduzida em
re-gime bipartldário,
isto é, ern
conjunto
pelos dois grandes
partidos
sobre que
funciona a democracia. De
resto, só no
regime bipartldário, com
um grêmio rio
poder c outro na oposição,
à espera de
tornar-se governo, é que
funciona bem
a democracia. Terminou sempre em
anar-quia ou ditadura, em todos os outros gran
des países em que reinou o regime
multl-partidário.
A grande dificuldade para o exercício
da democracia, com a preservação da
li-berdade tanto para a maioria quanto
pa-ra a minoria — o que constitui o
reconhe-cimento constitucional da oposição, como
órgão do Estado — está em traçar.os
11-mites entre oposição e subversão. A
opo-sição implica no seu reconhecimento do
regime, na aceitação das regras do jogo
democrático embora não como coisa
está-tica, mas como um processo
fluído que
se pode melhorar de geração em geração.
Exatamente por isso, é que lhe são
asse-gurados a ela, na Carta Magna,, os
direi-tos para o exercício das suas prerrogativas
e a eventual ascensão pacífica ao poder,
onde passará a dar ao partido derrotado
as mesmas garantias que teve para o
exer-cício das suas atividades oposicionistas.
Já a subversão é diferente. Pretende
a destruição do regime. Na atual situação
do mundo, a subversão
tende a liquidar
a democracia, a acabar com a liberdade,
e a estabelecer a ditadura dita do
prole-tariado, mas que em verdade de uma
cia-que cia-que se instala em
"nova" classe dentro
do Estado e que não aceita nem a
demo-cracia, nem a liberdade,
embora,
dema-gògicamente, para iludir as massas,
abu-se das palavras liberdade e democracia,
pois sabem do fascínio que sobre elas
exer-cem. Chegam a denominar as suas
dita-duras totalitárias de onde baniram as
li-herdades de pensamento, de religião e de
Lembranças de Assis Chateaubríand
Recebi a noticia da morte de Francisco do Assis Chateaubriand Bandeira dé Mello quando me achava internado no Pró-Cardlaco, em oonsoquên-cia de recente enfarto do mlocardlo.
Tive, portanto, nos intervalos do tratamento e nas madrugadas Insones, multo tempo para me-ditar sobre os Imensas dificuldades que terá o fu-turo biógrafo da complexa personalidade que, esn psi3 tão disperso quanto o Brasil, conseguiu foianar uma rede do 32 Jornais, 22 estações do rádio, 16 do televisão, 10 revistas, uma agencia do noticias, ou- 1 tra de publicidade. Um Império do Dl organizações | do que ei'a elo, como um ntitocrata, o supremo elo de ligação o coordonaçãol
A família de minha mulher conheceu-o quan do, om Pernambuco, era o Inteligente e futuroso jornalista Dr. Assis, jovem professor catedrátlco de Direito Romano da Faculdade da Direito do Recife. Fresuentava a casa do parente dela, senador Ber-nardo Josó da Cnmarn, Bonhor do Engenho Cuiam-buea, filho do outro do mesmo nome, pratolro de-portado para Fernando de Noronha, por ter abri-gado em silas torras o legendário, rebelde Capitão Pedro Ivo Veloso da Silveira, depois coronel da Guarda Nacional e Barão de Palmares, por ter or-ganizado tropas do Voluntários para a Guerra do Paraguai.
Eu, porém, só o conheci om 1933, no gablne-te de Francisco Solano Cnrnelro da Cunha, presl-dente da Caixa Econômica do Rio do Janeiro, quan-do ali se organizava a efêmera Revista Econôml-ca, por aquelo dirigida, tendo por gerente Augus-to Frederico Schmidt, redaAugus-tores San Tlngo Dan-tas e eu a
Em 1045 quando publiquei minha Contribui-çâo à História' da Imprensa Brasileira (1812-1860), fui levar-lhe um exemplar, nos «Diários Asocia-dos».
Só nos encontramos, pela segunda vez, no aeroporto do Idlewlld, hojo Kennedy, de Nova York, em abril de 1954, a caminho do Rio de Ja-neiro. Hugo Gouthier, nosso representante interino na ONU, novamente nos apresentou. Acompanha-do Acompanha-do técnico Bardl, vinha da Europa, aonAcompanha-do íôra adquirir quadros antes pertencentes ao ex-Rei Fa-rouk, do Egito, destinados a outra do suas grandes realizações, o Museu de Arte? do São Paulo.
No atrasado aparelho da Pan American, quan do afinal partimos, à tarde, dormiu plocidamente. Mos, quando outros passageiros também o faziam, bateu em maquina portátil um daqueles artigos que costumava datar de bordo do avião tal, voando em tal direção,
Depois do jantai-, na escala venezuelana de Maiquetia, como pela madrugada, sobre torras go-ianas, pélâ unlca vez muito conversamos. Ai, anos-trando-me seus chapadões e cerrados, veemente-mente condenou a idéia, pouco depois afoitaveemente-mente efetivada, de ser ali construída o futura capital do Brasil, uma «loucura».
A êsso tempo, ardorosamente defendia o de-senvolvimento da agricultura braSileiraj cm detri-mento de Industrias <iue considerava artificiais. Respeitosamente ponderamos Tquc, som muita in-dústria, sobretudo a pesada, nenhum pais chegará a ser grande potência, como está em nosso destino. Somente o revi quando, em 1059, o meu que-rido amigo San-Tiago Dantas, uma de suas maio-rês admirações atraido pola política militante, re-solveu transferir-lhe o mais antigo periódico do
Hio do Janeiro, segundo do Brasil, terceiro cen anil-guldado, da America Lat.na, êste aijornui do Com-mércio.-, do <iuo eu já era redator.
Continuei no posio, um dia recebendo do então diretor, Imbuo Akcelrud, urgamtissima in-cumbôncia do Chefe üei-al: descobrir o nome do indígena, no século XVI levudo a Inglaterra pelo corsário Hawklns, Corri a documentação üe Ha-ckluyt, na Divisão do Obras Raras da Biblioteca Nacional; perlustrel-a Ioda, mas não consegui tirai do anonimato o prVnelro turista, brasileiro que foi a Loijdres, falecendo ai regressar. Continuou, por-tanto, como primeiro brasileiro até agora Identifl-cado, o Índio Essomerlq, daqui levado à França era 1504 pelo Capitão Blnot Paulmler de Gonneville. Lá o casou com uma paronta sem preconceitos, deixan do larga descendência, ligada à família dc Joana d'Arco.
No «Jornal do Commercio» comocel a publl-car, a partir e 1980, numerosos artigos e Folhe-tlns, nos quais, pela primeira vez, revelei a até então praticamente dosconhoeida e intensa ativida-de Jornali.sl.ica o panfletária ativida-de D. Pedro I e ativida-de seu fiel e competente Secretário o Oficial do GabI-note, Conselheiro Francisco Gomes da Silva, o Cha laça.
Como a Assis Chateaubriand nada escapava do que saia em qualquer dos «Diários Associados», quando, alguns anos depois, resolvi reunir em vo-lume aqueles trabalhos, em livro intitulado D. Pe-dro I( Jornalista, lembrei-me de para sua edição pedir o patrocínio da Sociedado do Estudos D. Po-dro II, outra dc suas beneméritas Iniciativas. Por Intormédlo do Comendador Max Laowenstein, mem-bro da organização, soube, entretanto, que na oca-sião nâo era aquilo poss.vel, por encontrar-se a entidade grandemente empenhada na publicação da custosa obra de Germain Bazln, sobre o Alcijaüi-nho.
Almocei com o Presidenlo Cnsleio Branco, quando voltou da matutina visita quo espontânea-mente fez a Assis Chateaubriaad, jâ cioente, em sua casa da avenida Atlântico. Contou-me que na amável palestra quo manteveram, o Jornalista ND 1 do Brasil não deixou de fazer-lho importantes sugestões, talvez semelhantes às que, com toda a franqueza teria anteriormente feito a outros che-fes do Estado do Brasil,
Como cunhado A fraternal amigo de Hum-berto de Alencar Castelo Branco, desde minha ado lescencia, não pude gostar quo os «Diários Associa-dos deixassem de apoiar o seu governo. Mas, para o sou julgamento por porte de Assis Chatcaubri-and, basta-me a assergão dêsto, incluída em um de seus artigos, de que nenhum outro Presidente teria u coragem que Êlo teve du assumir a inteira res-ponsabilldado o o risco internacional peia aceitação do Comando Mll-tar Brasileiro na Intervenção da OEA na República Dominicana, que ovitou a or-ganlzação, em nosso continente, de um segundo go-vêrno comunista.
Èm novembro dé 1908, por indicação do sr. Luiz Viana Filho, fui designado um dos três Em-baixadores enviados a Bruxelas para representar o Brasil nos Funerais da Rainha Elisabeth dos Bel-gasf descendente de nosso D. João VI. De volta, em Paris, almoçando rtti apartamento do Embaixo-dor Walther Moreira Salles, contei-lhe aquele fato relativo ao meu livro inédito, D. Pedro I, Jornalis-tü. Prontamente conceídou em amparar sua
publl-Chateaubriand, o Remador
PORTO ALÜlGRia (Via Meridional) — Seja-me permitido, nesta hora em que hoSeja-menageamos o tnslgno jornalista Assis Chateaubriand, reeor-dar uma passagem de süa vida que no-lo mostra como desportista amador praticante do desporto dó remo.
Foi no ano de 1027, no Rio de Janeiro, onde então residia. Era eu sócio do Clubo da Regatas Guanabara, onde comparecia duas vezes por se-mana, às primeiras horas da manhã, pnra fazer o meú exercício do remo o natação.
Voltando de uma remada, encontrava-mo no banheiro da sede, em trajes do Adão, quando ali apareceu outro remador, «trajado» da mesma, for-ma regulando a minha Idade, que também Volta-va"de mio prática do remo e o. «jtiêm eonhèda apenas do vista.
JSstâvamos ambos gozaiiiajo aa delícias de um bom banho do chuveiro. Nisso ee apresenta o ve-Jlio Irineu, oficial da Marinha de Guerra, aposen» tado, de saudosa memória, a*rnmde iminj^sionador
e animador do C. ít Cltiahabaiu, o qual "fez nos-sa apresentação.
O oUtl'o 1'emador era Assis Chateaubriand, já ehtâo emérito jornalista, diretor de <r.O Jornal», do Rio, o dé «Dlatrlo da Noite», de São Paulo.
Dal poi* diante, multas Véíés nos
encontra-vamos, exercitando-nos ho remo. Chateaubriand
apresentava-se com simplicidade e jovlalidade aos que, èm hora matinal, compareciam ao cGuaiia-bara:- para o seu exercício tísico, retemperado o seu organismo na prática de desportos saudáveis, como o são o remo ó a natação.
Todavia, o que também desejo assinalar nes-ta rápida noticia é o Interesse que o saudoso jor-nalista, apesar de seus enormes encargos, toma-va pelas coisas dos desportos aquáticos.
Na época, a imprensa, do um modo geral, poiiea importância dava atoe desportos amadoris-tas. Mantinham os jornais então, colunas perma-nentes apenas para o futebol e para o turfe, rio-ticlanflo resum1'*" "ite Bômente as competições. Rècordo-me bem dessim circunstancias, por-que napor-quela época era su, além de praticante do
palavra escrita ou
falada, de
"democra-cias populares".
Com esta gente, o Estado
democráti-co não pode democráti-contemporizar, se não quiser
cair um dia,
vítima das
suas
maquina-ções. Não tem ela sequer o direito de
invo-car as liberdades
públicas democráticas,
porque
onde
se
instalaram,
as
abo-llram. Há, por acaso, nos Estados
comunistas, nas chamadas "democracias
populares" liberdade de escrever, sem ir
pava os campos de concentração,
liberda-de formar um partido liberda-de oposição,
liber-dade de criticar o governo? Não. Então,
por que há de dar o Estado democrático
a tal gente o direito dn usar as suas
pró-prias liberdades para destrui-lo?
Não é sequer uma questão de arbítrio
policial ou mesmo judicial. A lei define o
que é oposição e o que 6 subversão. A
opo-sição deve não
somente ser
permitida,
mas garantida, pois é um instrumento da
própria democracia. Mas a subversão deve
ser severamente reprimida para que
per-maneça o Estacio como
criamos o como
queremos que continue em processo
cons-tante de aperfeiçoamento.
E' esta
a distinção
necessária, nos
dias que correm, e a que não se podem
furtar os governantes democráticos.
Por-que os dirigentes do regime passado o
des-conheceram foi que o
Estado brasileiro
quase foi
arruinado,
sendo
felizmente
salvo, na undécima hora, pela Revolução
ae 1964.
Um comício em
que a subvei\são da
-a não seja pregada e em que as
au-toridades não
sejam insultadas
(pois a
lei protege a todos, governantes e não
go-vernantes, contra insultos) é um ato de
democracia. Mas uma pedrada na cabeça
de um governador, o incêndio de um
pa-Ianque e de edifícios da cidade, e motins
de rua, são subversão.
O governador Abreu Sodré, que é um
democrata convicto, e que sabe tudo isso
de teoria,
viu agora, na
própria carne,
qual a diferença entre oposição e
subver-são. Uma
é uma estrada
transitável. A
outra é uma pedra no caminho da
demo-cracia e da liberdade.
HÉLIO VIANNA
cut;üo, pui inlcrmúdiu da Galeria Brasiliana, (le Belo Horizonte, por èle presidida, aliás também ou-tra iniciativa de A.ssis Chateaubriand.
Saiu, assim, cm 1967, nas Edições Melhora-mentos, de Sâo Paulo, o referido livro.
Dele tomando conhecimento, determinou o Diretor Geral dos «Diários Associados» que na ca-pitai mineira se fizesse o seu lançamento, pelo jornal «Estado de Minas», na Livraria Itatiaia, com apoio do governo estadual, da Galeria Brasl-liana, du Associação Mineira dc Imprensa e do Sindicato dos Jdrnalistas' Profissionais do Minas
Gerais-Dcbalde fiz ver ao sr. Nelson D:mas F°, di-rotor do «Jornal do Còtninercio» que há quarcn-ta anos havia deixado minha cidade naquarcn-tal, a que raramente e por muito pouco tempo voltava; que não acreditava no êxito de uma «tarde de auto-grafos> de obra tão especializada, que a poucas pessoas poderia interessar, apesar da popularidade dc que ainda gozo, no Brasil, mas por outros mo-tivos, D. Pedro I.
De nada valeram as minhas ponderações. Era uma ordem do Chefe, e estas não so discutiam. Parti para Bolo Horizonte, em outubro ultl-mo, certo do que apenas alguns parentes compra-riam meia dúzia de exemplares do livro. Desconhe-cin, porém, a capacidade dc organização do coa-renso sr. Paulo Cabral de Araújo, diretor dos «Dlá-rios Associados-- em Minas cm sucessão a mou primo Geraldo Teixeira da1 Costa c dos Irmãos Mo-reira, Vlvaldi, Edison e Pedro Paulo, proprietários da Livrarlu Itatiuia.
Eir. noite dc temporal em que alé a luz fal-lou, ali encontrei mais dc uma centena de amigos de infância, colega;-, do Ginásio de Belo Horizonte, Viçosa e Sâo João Ncpoinuceno, dezenas de inte-lectuais mineiros ate mesmo pessoas para mim In-telrarncnte desconhecidos, que nio queriam conha-cer. Além dos parentes, únicos eom que contava.
O primeiro discurso foi do secretario do Go-vêrno, sr. Raul Bernardo Nelson de Scnna, que generosamente fez. minha apresentação; o segundo do ex-prefeito de Belo Horizonte, sr. Oswaldo Pio-rucettl, em nome da Galeria Brasiliana e doa em-baixadores Assis Chateaubriand e Walther Morei-ra Salles; o terceiro, do gMorei-rande historiador o ami-go professor João Camilo tle Oliveira Torres, pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais; o quarto, do secretario da Educação de Minas, sr. José Ma-ria de Alkmin, meu chefe na Embaixada Especial a Bruxelas, quando vice-presidente da República.-Emocionado tive de agradecer às inesperadas ma-nifestaçôes e de autografar várias pilhas de exem-plaros do livro.
Como so não büstosBean tantas surpresas, ofereceram-me os «Diários Associados» um jantar no Automóvel Clube do Minas Gerais, a uue esti-veram presentes, entre outras pessoas, o presiden-le da Aca/presiden-lemia Mineira de Letras desembargador Martins d"e Oliveira e o presidente do IhBtituto His-torlco e Geográfico de Minas Gerais, sr. Dcrmoval Pimenta.
Tudo isso, por expressas ordens e exclusiva iniciativa de um homem quo como vimos, pessoal-mente muito pouco me conhecia e que certapessoal-mente em mim queria homenagear apenas um historia-dor da imprensa, brasileira: Francisco de Assis Cha-teaubriand Bandeira de Mello t
HUGO BERTA
remo e da natação, representante da cnlãu Liga Náutica Riograndense, hoje a Federação de Re-mo, junto à Confederação Brasileira de Despor-tos onde quase que unicamente se tratava do futebol.
Foi «O JorhaU d» Assis Chateaubriand que, nessa ocasião iniciou um noticiário diário sobre os desportos aquáticos sob responsabilidade dô bel. Flávio de Soliza, tambem remador do C. R. Guanabara.
B graças ao espirito esclarecido do remador Chateaubriand, ícaéique? dos «Associados», podia se ler diariamente uma crônica ou noticia sobro os desportos aquáticos praticados naqueles tem-pos e que eram o remo, a natação, o polo aquá-tico e saltos ornamentais.
t)8 anos passaram e nunca mais Uve a hon-ra de enconthon-rar-me pessoalmente com o ghon-rando jornalista, de quem fui sempre um grande admi-rador apreciando o seu talento de homem do im-prensa e reconhecendo a sua capacidade de diri-gente de empresas de vulto e de enorme concei-to.
4 de Maio de 1 968
0 C0USIN
FUSCO
MAURO MOTA
RECIFE — Mostra-mo o
historiador
Amaro Quintas
os primeiros capítulos do
li-vro que está escrevendo
so-bre o Cousin Fusco. Compõe,
ao invés de simples retrato,
a história de uma vida nobre
e combativa: a de
Antônio
Pedro Figueiredo, que
«nu-mu época tão estreitamente
ligada aos princípios de libe
rulismo da revolução f
rance-sa, avançara tão
prodigiosa-mente no pensamento políti
ca social, a ponto de
poder-mos situá-lo como um verda
deiro precursor da
democra-cia Bodemocra-cial dos nossos dias de
democracia planificada».
O que não o impediu de
viver sob o cerco de
hostili-dades. A ponto do sofrer as
grosserias da pasquinagem.
A ponto de ser demitido
do-cargo de professor do Liceu
cto Pernambuco. A ponto de
ser levado também à vala co
mum do necrológio: «Dia 22:
Pardo, solteiro, 45 anos, con
gestão cerebral».
Tão pouco era
demais.
Um registro de Morse.
Ne-nhuma outra indicação antes
o** dennis do nome. O nome.
entretanto, de um
antecipa-do no estuantecipa-do das ciências so
ciais, na luta pela aplicação
delas em nosso meie. Eis o
que ele mesmo escrevia
há
um século de distância: «Só
no estudo das ciências sociais
é que devemos procurar as
condições do nosso
desenvol-vimento».
Revoltava-se contra o er
ro de «copiar servilmente a
Europa, em vez de
procurar-mos o processo, com que
de-vemos aplicar ao nosso país
os
dados das ciências
so-ciais»; contra a
destruição
das nossas matas, contra, já
naquele tempo, a falta de as
sistência às vítimas das
se-cas, o monopólio da carne
verde uo Recife e Olinda, a
tirania dos regimes
peniten-ciários,
p a r t i c u larmente
quanto à delinqüência
juve-nil, o código «cuja prática
falsifica as instituições
re-presentativas». Batia-se a fa
vor da melhoria dos
trans-portes, os marítimos, os
flu-viais e os terrestres, como re
quisito para a
distribuição
dos produtos agro-pastoris e
conseqüente
garantia
do
abastecimento.
Ainda quando fala numa
«colonização interna, que ds
ve preceder a colonização ex
terna», na necessidade para a
juventude de ofícios que não
sejam «os que exercem nas
grandes
cidades, para
os
quais, na verdade já há
ope-rários de sobra», quando
ci-ta São Gregorio
(«Saibam
que a terra de que foram
ti-rados é comum a todos os ho
mens, e que, por isso
mes-mo, os frutos que- ela produz
pertencem a todos indistinta
mente») Antonio Pedro de
Figueiredo demarca uma zo
na de confluência e
similitu-dc entre os problemas do
seu e do nosso tempo. O que
se faz melancólico para nós:
indica que ainda não
soube-mos resolvê-los; ainda
na
plenitude construir uma eco
nomia rural, valorizar o
In--terior.
Diário do Paraná
Fundadur dos Diários Associados: ASSIS CHATEAUBRIAND Diretor ADHERBAL G. STRESSER Propriedade da «S. A. DlAJtlO DO PARANA» ADHERBAL G, STRESSER Diretor-Presidenfe NEREU MAIA TONIATTI
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I, a *
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