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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

GRADUAÇÃO

Mauricio Luiz Barzotto

Ijuí, RS, Brasil

2015

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RELATÓRIO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

EM MEDICINA VETERINÁRIA

Mauricio Luiz Barzotto

Relatório de Estágio Curricular Supervisionado apresentado ao Curso

de Medicina Veterinária, Área de Bovinocultura de Corte, da

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

(UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de

Médico Veterinário.

Orientadora: Profª. Med. Vet. MSc. Denize da Rosa Fraga

Supervisor: Med. Vet. Alexandre Sevigne Mazzo

Ijuí, RS, Brasil

2015

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Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Departamento de Estudos Agrários

Curso de Medicina Veterinária

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o

relatório de estágio da graduação

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

EM MEDICINAVETERINÁRIA

elaborado por

Mauricio Luiz Barzotto

como requisito parcial para obtenção do grau de

Médico Veterinário

COMISSÃO EXAMINADORA

:

Denize da Rosa Fraga, MSc (UNIJUÍ)

(Orientadora)

Luciane Viana, MSc (UNIJUÍ)

(Banca)

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus por que quem não tem fé não tem nada, aos meus pais e familiares que desde o inicio me apoiaram e se esforçaram para que o meu sonho se realizasse, a minha mãe pela educação que me deu e o amor incondicional, ao meu pai em quem eu me identifico e me espelho, a minha irmã que muitas vezes abriu mão das coisas dela para me ajudar a minha namorada a qual deposita toda sua confiança em mim.

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RESUMO

Relatório de graduação

Departamento de Estudos Agrários Curso de Medicina Veterinária

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM

MEDICINA VETERINÁRIA

AUTOR: MAURICIO LUIZ BARZOTTO ORIENTADORA: DENIZE DA ROSA FRAGA Data e Local da Defesa: Ijuí, 25 de Junho de 2015.

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado, no Centro Oeste do Brasil, nos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás, totalizando 150 horas, realizadas no período de 03/02/2015 a 20/03/2015, com supervisão do Médico Veterinário Alexandre Sevigne Mazzo e orientação da professora Médica Veterinária MSc. Denize da Rosa Fraga. Durante o estágio foram realizados protocolos de inseminação artificial em tempo fixo, inseminação artificial, ultrassonografia para diagnóstico gestacional com o objetivo de verificar a taxa de concepção. As fêmeas diagnosticadas como vazias eram submetidas a um novo protocolo. Neste trabalho está relatado o Manejo Reprodutivo do Gado de Corte na região Centro Oeste do Brasil. O estágio permitiu a interação e conhecimento da reprodução em bovinos de corte, apresentando novos desafios para melhorar a qualidade na execução de biotécnicas reprodutivas.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Resumo das atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na região Centro Oeste do Brasil, no período de 03 de fevereiro de 2015 a 19 de março de 2015... 11 Tabela 2 - Resumo da aplicação de hormônios reprodutivos em bovinos de

corte durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na região Centro Oeste do Brasil, no período de 03 de fevereiro de 2015 a 19 de março de 2015... 11 Tabela 3 - Resumo dos diagnósticos de gestação em bovinos de corte

durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na região Centro Oeste do Brasil, no período de 03 de fevereiro de 2015 a 19 de março de 2015... 11

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Sistematização do protocolo de inseminação artificial em tempo fixo de bovinos de corte utilizado durante o Estágio Curricular Supervisionado denominado de protocolo de quatro manejos... 12

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...9 2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ...11 3 MANEJO REPRODUTIVO EM BOVINOS DE CORTE NA REGIÃO CENTRO OESTE DO BRASIL ...13 4 CONCLUSÃO ...22 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...24

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1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi supervisionado pelo médico veterinário autônomo Alexandre Sevigne Mazzo, e teve orientação da MSc. Médica Veterinária Denize da Rosa Fraga, totalizando 150 horas.

O estágio foi realizado em diversas fazendas de criação de bovinos de corte, no estado do Mato Grosso Do Sul e Goiás, na á r e a de manejo reprodutivo em vacas de corte. Empregava-se nas fazendas acompanhadas a técnica de inseminação artificial em tempo fixo com posterior repasse de touros, sendo o diagnostico de gestação realizado por ultrassonografia, aos 28 dias de gestação. Os objetivos dos pecuaristas nesta região do país se concentram na melhoria da genética de seus animais junto com o aumento dos lotes e uniformidade dos mesmos, garantindo um melhor preço de mercado.

O protocolo hormonal de sincronização de cio era efetivado em vacas da raça Nelore, para Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Utilizava-se sêmen de touros Angus, sêmen de centrais de coleta como CRV Lagoa®, CRI®, ABS Pec Plan®. Essas centrais de coleta de sêmen são responsáveis pela avaliação e classificação de acordo com o Diferencial Esperado de Progênie do touro (DEP). Na maioria das propriedades a opção de escolha baseava-se em animais que possuíam características destinadas à produção de carne, ou seja, DEP positiva para peso ao desmame e ao ano. A heterose causada com o cruzamento entre as raças Nelore e Angus produz animais que tem um baixo peso ao nascimento, o que facilita o parto e um grande peso ao desmame e peso ao ano, e ainda uma precocidade sexual característica buscada no melhoramento genético.

Após 27 a 30 dias em média do procedimento de inseminação artificial em tempo fixo, realizava-se o diagnóstico de gestação por ultrassonografia. A ultrassonografia servia para avaliar as taxas de prenhez do protocolo utilizado e também para classificar vacas solteiras para serem protocoladas. Vacas vazias eram reprotocoladas e posteriormente colocavam-se touros de repasse até o final da estação do monta. Nesta temporada de monta acompanhada durante o estágio as propriedades mantinham as vacas de cria em sistema extensivo de criação a pasto, com cultivar Brachiaria decumbes e suplementadas somente com sal mineral. Foram

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realizados procedimentos de inseminação artificial e diagnósticos de gestação em aproximadamente 5.883 animais durante o período de 150 horas.

Durante o Estágio Curricular os principais desafios encontrados para a realização dos trabalhos nas fazendas eram relacionados ao manejo, cada propriedade manejava seus lotes e rebanhos de modos diferentes, com isso era possível verificar qual o tipo de manejo mais adequado em cada caso, para o sucesso da realização da IATF.

Estes desafios e os questionamentos dos pecuaristas sobre as biotécnicas da reprodução e suas implicações instigam pesquisas e aprimoramento do conhecimento sobre as mesmas e valorizar o diálogo com pessoas que possuem experiência no assunto que, mesmo sem ter formação na área demonstram muito interesse e conhecimento prático sobre as atividades, o que para o ramo só vem a agregar.

As atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado em Medicina Veterinária tiveram por objetivo o ensinamento e amadurecimento de ideias com o intuito de somar para que no futuro haja responsabilidade, conduta ética e moral visando sempre fazer o possível para manter um padrão de qualidade nos serviços disponibilizados, conquistando o mercado e praticando o diferencial que é procurado pelo produtor.

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2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária estão, resumidamente, descritas na Tabela 1 e especificadas conforme cada atividade nas Tabelas 2 e 3.

Tabela 1 - Resumo das atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na região Centro Oeste do Brasil, no período de 03 de fevereiro de 2015 a 19 de março de 2015.

Atividades Desenvolvidas N %

Aplicação intravaginal de progestágenos 885 11,7 Aplicação de Hormônios Reprodutivos 1199 16,0 Inseminação Artificial em Tempo Fixo 2167 28,7 Diagnóstico de gestação (via ultrassonografia endoretal) 3284 43,6

Total 753 100

Tabela 2 - Resumo da aplicação de hormônios reprodutivos em bovinos de corte durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na região Centro Oeste do Brasil, no período de 03 de fevereiro de 2015 a 19 de março de 2015.

Aplicação de Hormônios N %

Benzoato de estradiol 885 73,8

Prostaglandina 127 10,6

Gonadotrofina Coriônica Equina e Cipionato de Estradiol 187 15,6

Total 1199 100

Tabela 3 – Resumo dos diagnósticos de gestação em bovinos de corte durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, na região Centro Oeste do Brasil, no período de 03 de fevereiro de 2015 a 19 de março de 2015.

Diagnósticos de gestação N %

Prenhes 1839 56

Não prenhes 1445 44

Total 3284 100

Na Figura 1 este representado o protocolo de inseminação artificial em tempo fixo em bovinos de corte, utilizado durante o período de Estágio Supervisionado, denominado de protocolo de quatro manejos. Este protocolo foi utilizado em aproximadamente 14 propriedades rurais.

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Figura 1 – Sistematização do protocolo de inseminação artificial em tempo fixo de bovinos de corte utilizado durante o Estágio Curricular Supervisionado denominado de protocolo de quatro manejos

BE= Benzoato de estradiol PGF²α= Prostaglandina

ECG= Gonadotrofina Coriônica Equina ECP= Cipionato de Estradiol

IA= Inseminação Artificial

No período do estágio também foram realizadas visitas a pecuaristas, agropecuárias e cotações de sêmen em centrais de reprodução, o objetivo era expandir o mercado de trabalho, aprimorar o conhecimento sobre os touros disponíveis no mercado e pesquisar preços de dose de sêmen e hormônios reprodutivos para utilização nos protocolos de inseminação artificial.

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3 MANEJO REPRODUTIVO EM BOVINOS DE CORTE NA REGIÃO

CENTRO OESTE DO BRASIL

RESUMO

Esse trabalho relata o manejo reprodutivo utilizado na região Centro Oeste do Brasil, com ênfase na reprodução de bovinos de corte e programas de inseminação artificial em tempo fixo. Atualmente o mercado consumidor de carne vem crescendo e com isso há necessidade de melhorar os índices reprodutivos. Para alcançar este objetivo buscam-se trabalhos na área das biotecnologias da reprodução, principalmente relacionadas à inseminação artificial em tempo fixo. Para padronização do rebanho e otimização da mão de obra, os protocolos de sincronização de cio necessitam garantir altos níveis de concepção ao ano, aumentando a produtividade e garantindo eficiência técnica e econômica. Como método de diagnóstico de gestação utilizava-se o equipamento de ultrassonografia, esse exame complementar é utilizado para detectar prenhez de forma precoce. As fêmeas que foram diagnosticadas vazias eram submetidas a um novo protocolo de inseminação. Com base no estudo realizado pode-se perceber a importância que a bovinocultura de corte possui no contexto nacional. Destaca-se que para a total eficiência das biotécnicas de reprodução é necessário conciliar um bom manejo de rebanho com os seguintes fatores manejo sanitário, nutrição adequada. O diagnóstico de gestação precoce é uma importante ferramenta para o sucesso da eficiência do rebanho.

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Introdução

O Brasil é o país detentor do maior rebanho comercial do mundo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, dados de 2007, relatam que o país possui cerca de 209 milhões de bovinos. Esse rebanho é composto por, aproximadamente, 80% de animais de raças zebuínas (Bos indicus), destaca-se nessas raças o Nelore com 90% desta parcela. Segundo Anualpec (2004) desse rebanho comercial aproximadamente 64 milhões são matrizes sendo que, 56,8% são da raça Nelore, que geram cerca de 42 milhões de bezerros ao ano, dos quais 6% são provenientes de inseminação artificial (IA).

Umas das principais biotecnologias na reprodução dos bovinos de corte que vem sendo utilizada é a inseminação artificial, pois possibilita, melhoramento genético do plantel, otimização de manejo reprodutivo e maximização dos lucros (FURTADO et al., 2011). Ainda conforme TECNOPEC (2015) com a utilização da inseminação artificial procura-se a padronização do rebanho, controle de doenças sexualmente transmissíveis, ordenação do trabalho na fazenda, diminuição no custo de reposição de touros e destacam-se as principais vantagens que dizem respeito a melhoramento genético para obtenção de animais com maior potencial de produção e reprodução.

Além de empregar biotécnicas reprodutivas, se utiliza como forma de manejo a adoção da estação de monta, que contribui para a otimização na utilização da forragem, propicia tempo dentro do estabelecimento para demanda de outras atividades como controle zootécnico e calendário sanitário. A opção pela utilização na estação de monta ainda apresenta como vantagem a padronização dos lotes de bezerros, aumento do peso desses animais ao desmame. Acrescentam-se ainda ganhos operacionais e econômicos e significativos (TORRES JR et al., 2009.)

Dentro do manejo reprodutivo de bovinos de corte se destaca uma ferramenta de grande importância, o diagnóstico precoce de gestação, esse é aconselhável quando se faz a utilização de protocolos de inseminação artificial em tempo fixo (IATF), pois assim a tomada de decisão para animais não prenhes pode ser realizada e estes animais serem submetidos a um novo protocolo de inseminação. Essa ferramenta pode desempenhar uma estratégia de aumento nos índices reprodutivos em operações comerciais com os bovinos de corte (GRADELA et al., 2009).

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O objetivo deste relatório foi abordar aspectos em relação ao manejo reprodutivo de rebanhos de bovino de corte localizados no Centro Oeste do Brasil, onde se utiliza protocolos para sincronização de cio em vacas para posterior inseminação artificial em tempo fixo, com intuito de aumento nos índices reprodutivos e melhora da qualidade de características genéticas dos animais.

Metodologia

O estágio curricular foi realizado no Centro Oeste do Brasil mais precisamente no estado do Mato Grosso do Sul e Goiás, onde há predominância da pecuária de corte. Protocolos para sincronização de cio em vacas da raça nelore foram acompanhados para posterior inseminação artificial em tempo fixo.

Durante todo o manejo reprodutivo acompanhava-se a implantação de progestágenos e a aplicação de hormônios da reprodução. O protocolo de quatro manejos com o gado de corte foi utilizado, por ser compatível para uso em todas as categorias de gado e ser de horário fixo, por ter uma maior janela de tempo para a ação dos hormônios e uma menor janela de ovulação.

O protocolo de sincronização de cio de quatro manejos utilizado foi baseado da seguinte forma: D0 - colocação do implante intravaginal de progesterona e aplicação de 2mL de benzoato de estradiol via intramuscular; D7 - aplicação de 1,5mL de prostaglandina via intramuscular; D9 - retirada do implante de progestágeno e aplicação de 0,5mL de cipionato de estradiol via intramuscular mais 1,5mL de gonadotrofina coriônica equina via intramuscular; D11 – inseminação artificial em tempo fixo.

Durante o trabalho era realizado também o aconselhamento técnico da escolha do touro para a inseminação artificial, sempre de acordo com os objetivos do produtor e do mercado. A raça predominante nas vacas era Nelore (Bos indicus), sendo inseminadas geralmente com sêmen de touro Aberdeen Angus, para cruzamento industrial. O produto originado do cruzamento, na grande maioria, era todo destinado para a engorda (machos e fêmeas) devido a esse destino se optava pela escolha de touros de DEP (Diferença Esperada na Progênie) positiva para peso, touros que transferem pra sua progênie maior peso ao desmame e ao ano.

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E por fim eram realizados os diagnósticos gestacionais, aos 28 dias em média, 27 a 30 dias, após a inseminação se retornava a propriedade para a realização do diagnóstico de prenhez com auxilio de equipamento para ultrassonografia (Mindray 2200®) e probe endoretal frequência ajustável de 5-10 Mhz, onde se avaliava somente os índices de prenhes. O procedimento para animais que eram diagnosticados como não prenhes se baseava na reimplantação de progestágenos, para um novo protocolo de inseminação artificial, com o intuito de aumentar os índices de bezerros nascidos através do manejo reprodutivo por temporada e em outras ocasiões se colocava touros Nelore no repasse para a produção de matrizes.

Os animais utilizados para a reprodução se alimentam exclusivamente de

Brachiaria decumbens e eram suplementados com sal mineral, sendo divididos em

lotes de acordo com o tamanho dos piquetes, sendo geralmente lotes ente 100 e 150 animais.

Resultados e Discussão

O Brasil exporta cerca de 20% da carne produzida, só em 2014 foram 1.424 toneladas de carne bovina, a tendência é que a demanda no mundo por alimentos continue crescendo nos próximos anos, e a perspectiva é que o Brasil mantenha sua posição destacada na exportação de produtos resultantes do agronegócio (ABIEC, 2015).

Países produtores devem aumentar a produção de bovinos e para que isso ocorra precisam se tornar mais produtivos em área, mão de obra e desempenho animal, pesquisadores apontam duas principais formas para que o país obtenha avanço, aumento da produtividade dos sistemas a pasto, isso é, tanto cria como recria e engorda e a finalização do gado a pasto em confinamento no período de terminação. Conforme pesquisadores do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq/USP, a pecuária de corte brasileira tem necessidade de investir em tecnologias para aumento da produtividade, isso se faz necessário para que o país se mantenha em posição de destaque no mundo no ramo (ZEN, 2013).

A fim de minimizar a observação de cio, aperfeiçoar o manejo do rebanho e utilização de mão de obra foram desenvolvidos os protocolos de sincronização de

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ovulação, que auxiliam na indução da ciclicidade o que permite a utilização de inseminação artificial em todas as categorias animais em horários a serem fixados, ou seja, pré-determinados, essa biotecnologia facilita também o trabalho dos animais por grupos (VASCONCELOS; MENEGHETTI, 2007).

Ainda conforme Vasconcelos e Meneghetti (2007) se espera que um protocolo de sincronização de ovulação deva ser de fácil manejo, ou seja, ter boa aplicabilidade, ser efetivo na eficiência, ter relação custo/ benefício interessante aos produtores e que possam ser administrados em um curto período de tempo.

Durante o período do estágio realizado eram acompanhadas todas as etapas do manejo reprodutivo, implantação de progestágenos e a aplicação de hormônios, o protocolo de quatro manejos era utilizado, pois apresentava bom desempenho em todas as categorias de gado.

Conforme o protocolo o primeiro manejo, considerando o dia 0 (zero), tem-se à aplicação do implante de progesterona (intravaginal). Conforme Barros (2004)

apud Santin (2010), a progesterona exposta em um período de cinco a nove dias

tem uma importante função que é a indução da ciclicidade de vacas em anestro, ela aumenta também a secreção do hormônio luteinizante (LH) em animais que estão em anestro pós-parto, e há relatos que a secreção do LH aumenta, após a retirada do implante, durante 72 horas em vacas que se encontram no anestro. Atualmente nos protocolos de sincronização de cio, os progestágenos estão sendo associados com outros hormônios, como, valerato de estradiol, benzoato de estradiol, prostaglandinas, hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) e Gonadotrofina Coriônica Equina (eCG) (DAY e ANDERSON, 1998 apud SANTIN, 2010).

O segundo manejo, dia sete (7), é utilizado à aplicação de 1,5 ml de prostaglandina (intramuscular) que conforme Odde (1990) apud Santin (2010) esse hormônio é muito utilizado para controlar o ciclo estral e, atuando por meio da regressão do corpo lúteo. Confere-se a esse hormônio e seus análogos sintéticos também ação luteolítica e auxilio na eliminação de gestações indesejáveis (HORTA, et al. 1985).

O próximo manejo do protocolo considerado o terceiro manejo é no dia 9 é realizada a aplicação de 0,5 mL de cipionato de estradiol (intramuscular) e 1,5 ml de gonadotrofina coriônica equina (intramuscular) e posterior retirada do implante. Em rebanhos que apresentam baixas taxas de ciclicidade e em animais recém paridos, considerando o período pós parto inferior aos dois meses, animais com

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condições corporais comprometidas a utilização de eCG (gonadotrofina coriônica equina) cria condições de crescimento folicular e de ovulação e seu efeito tem se mostrado compensador (BARRUSELLI et al., 2004). Ainda conforme Moreira (2002) os protocolos de sincronização que utilizam a eCG no momento da remoção do implante evitam a manipulação a mais dos animais quando comparado aos outros protocolos.

A utilização do cipionato de estradiol reduz também um dia de manejo durante a biotécnica implantada, pois sua aplicação é realizada juntamente com a remoção do implante intravaginal de progesterona (PIMENTA, 2014). Com a aplicação de benzoato de estradiol no momento da retirada do implante de progesterona diminui um manejo, com a utilização desse fármaco os animais são manejados uma vez a menos, diferenciando dos protocolos normalmente utilizados, porém a aplicação de benzoato de estradiol antecipada em 24 horas, ou seja, no D8 quando nos protocolos de quatro manejos seria no D9, provoca antecipação nos horários de ovulação o que exige alteração nos horários que normalmente são recomendados para inseminação (TECNOPEC, 2015), D11 inseminação artificial, o sêmen era descongelado a 37°C em um descongelador eletrônico, dependendo da palheta o tempo de descongelamento variava onde, palheta média 30 segundos, palheta fina 20 segundos. Após esse procedimento montava-se o sêmen no aplicador e inseminava-se os animais.

Além do acompanhamento na implantação e a aplicação de hormônios havia também acompanhamento e aconselhamento na escolha do touro para a inseminação artificial e a inseminação artificial propriamente dita.

As técnicas de IATF apresentam muitos pontos positivos, pois permitem antecipar o nascimento e emprenhar as vacas no início da estação de monta, e isso consequentemente reduz o número de dias para o nascimento dos bezerros e intervalo de parto (VASCONCELOS; MENEGHETTI, 2007). A biotécnica ainda pode exercer impactos positivos no melhoramento do rebanho, como a garantia de transferência de características genéticas relacionadas à raça tais como, ganho de peso, precocidade, rendimento de carcaça que podem ser estimadas através do DEP (TECNOPEC, 2015).

A utilização de touros selecionados na inseminação poderá proporcionar um grande avanço no melhoramento genético eliminando assim riscos relacionados ao uso de animais baseados apenas na morfologia e possibilitar previsões de ganho e

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estimativa de custo benefício na compra do sêmen. A inseminação artificial poderá trazer outras práticas aos rebanhos como vantagem dos ganhos oriundos da heterose e complementariedade entre raças que é o cruzamento industrial, ganho de peso que originaram desse tipo de técnica superaram os 15% (TECNOPEC, 2015).

Os animais das propriedades atendidas sofrem com o clima do Mato Grosso do Sul, pois é um estado que tem temporadas de chuvas, de outubro abril, e o restante dos meses são secos. Esse fenômeno natural faz com que a pastagens diminuem a qualidade e o gado tem que ser suplementado com um concentrado proteico para que, ao ingerirem a fibra da palha seca consigam digeri-la. A proteína serve também como alimento para as bactérias presentes no rúmen o que facilita a digestão. Nessa temporada de meses secos não é indicado que se emprenhe os animais, pois a redução do escore corporal por diminuição da oferta de forragem, ocorrendo uma diminuição brusca nas taxas de prenhez, não somente na inseminação artificial em tempo fixo como também na monta natural.

O Brasil por ter um clima tropical possui um período de chuvas e um período seco, esses períodos são determinantes para o setor agropecuário, durante essa variação climática é necessário alocar as estações de monta, nascimentos e desmame, no qual se faz relevante avaliar o espaço de tempo que possui maior disponibilidade de forragem em quantidade e qualidade e que essas sejam suficientes para alimentar os animais, pois falta de alimento prejudica o desenvolvimento dos bezerros e a fertilidade das fêmeas podendo aumentar o intervalo entre partos ao ano (TORRES JR. et al, 2009)

Por exemplo, propriedades onde não eram separados os lotes de primíparas e multíparas se obtinham menores taxas de prenhez, isso ocorre pelo fato das primíparas necessitaram de uma atenção especial no rebanho, ou seja, devem ser separadas e suplementadas, ao parirem geralmente perdem muito peso com a produção de leite, baixando o seu escore corporal, o que acaba dificultando uma nova prenhez. Vacas que apresentam escore corporal baixo demoram mais tempo para retornar ao ciclo reprodutivo no pós-parto, por isso se busca realizar as estações de monta para controle de parição dos animais, normalmente a estação de monta percorre cinco meses, durante o mês de outubro a março, essa programação tem como objetivo aumentar os índices de prenhez e otimizar a mão de obra e concentração da parição dos animais. As fazendas se situavam na

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mesma região, porém com sedes em diferentes lugares, foi observado, por exemplo, na fazenda XODO uma diferença no percentual de prenhez entre uma sede e outra, devido aos diferentes manejos das pastagens. Em uma das sedes as áreas são bem divididas utilizando o pastejo semi-rotacionado e em outra sede as áreas eram maiores e os animais permaneciam por mais tempo no mesmo local, por serem áreas muito grandes, sendo assim havia interferência da nutrição na reprodução. A propriedade onde as pastagens eram dividias e o sistema era semi -rotacionado se obtinha melhores índices reprodutivos.

Os diagnósticos gestacionais eram realizados, aos 28 dias em média, 27 a 30 dias, após a inseminação para a confirmação da prenhez. Segundo Gradela et al. (2009) o método de diagnóstico gestacional por ultrassom foi capaz de detectar 100% das fêmeas prenhes aos 28 dias após a realização da inseminação artificial, os mesmos diagnósticos foram realizados através de palpação transretal aos 42 dias, conforme a autora a ultrassonografia não causará morte embrionária e como é associada à novas sincronizações do estro irá contribuir para a eficiência reprodutivo com seu aumento, levando também ao aumento das taxas de prenhez e reduzindo os intervalos de partos.

Na ultrassonografia, é possível visualizar algumas imagens preenchidas por líquido uma ao lado da outra, o corno uterino é um órgão encurvado, então é possível visualizar dois ou três cortes do corno uterino na mesma imagem. Conforme o corte em que se visualiza no ultrassom é observado diferentes quantidades de líquido em cada parte do útero (HEUWIESER; MÜLLER, 2010).

Após a inseminação, do 25º ao 80º dia, na imagem ultrassonográfica, podem ser identificadas as pseudoampolas, no corte longitudinal do corno uterino. No ultrassom, o endométrio pode ser visualizado através de dobras, essas dobras aparecem em forma de septos, que visivelmente separam os segmentos uterinos preenchidos por líquido. Isso ocorre, pois o endométrio no estágio inicial da gestação se comporta em forma de dobras que se estendem para dentro do lúmen uterino (HEUWIESER; MÜLLER, 2010).

O diagnóstico precoce de gestação foi realizado com o objetivo de protocolar as vacas não prenhes. Animais detectados como não prenhes podem ser manejados novamente e alocados em novo protocolo de sincronização ou como animais que compõem o rol de receptoras muito mais rapidamente, essa ferramenta faz diferença e exerce uma função chave quando se pensa no manejo reprodutivo

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que envolvem as operações comerciais com rebanhos de bovinos (GRADELA et al., 2009).

A realização do diagnóstico da gestação, positivo ou negativo, reflete consideravelmente no valor econômico, no geral a função do precoce de gestação é para: identificar animais não prenhes rapidamente após inseminação ou cobertura, essa medida visa reduzir a infertilidade mais rapidamente e destinar os animais a um novo tratamento ou descarte; certificar animais para a venda , ou com finalidade de seguros; diminuir gastos com programas de reprodução que utilizam terapias com hormônios dispendiosos e ajustar o manejo econômico dos rebanhos a fim de colaborar com os mesmos (HAFEZ & HAFEZ, 2004).

Assim verifica-se que o uso de protocolos de inseminação artificial em tempo fixo associado ao diagnóstico precoce de gestação permite na região Centro Oeste do Brasil ganhos nos índices reprodutivos e incremento na genética.

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4 CONCLUSÃO

Com base no estudo realizado pode-se perceber a importância que a bovinocultura de corte possui no contexto nacional, sendo assim um mercado de grande promessa de desenvolvimento. Porém para que isso ocorra é necessário que haja difusão de tecnologias de reprodução visando, maior aumento de produtividade e eficiência técnica dos rebanhos. Para a total eficiência das biotécnicas de reprodução é necessário conciliar um bom manejo de rebanho com os seguintes fatores manejo sanitário, nutrição adequada, eficiência reprodutiva. O diagnóstico de gestação é uma importante ferramenta para o sucesso da eficiência do rebanho, através desse método é possível, de forma precoce estabelecer as taxas de prenhez.

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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABIEC. Brasil bate recorde de exportações e projeta novos mercados para carne bovina em 2015. Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne, São Paulo, 12 dezembro 2014. Disponível em: <http://www.abiec.com.br/eng/news_view.asp?id={AC9A11C2-9725-4C69-BA73- 15DF9DDDEADE}>. Acesso em: 16 de jun. de 2015.

ANUÁRIO ESTATÍSTICO DA PRODUÇÃO ANIMAL. (ANUALPEC). São Paulo, 2004. Apud in: VASCONCELOS, J.L.M.; MENEGHETTI, M. Sincronização de ovulação como estratégia para aumentar a eficiência reprodutiva de fêmeas bovinas, em larga escala. In.: SIMPÓSIO DE PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE, 5., 2006, Viçosa. Anais...Viçosa: SIMCORTE, 2006, p 529 – 542.

BARUSELLI, P. S. et al. The use of hormonal treatments to improve reproductive performance of anestrous beef cattle in tropical climates. Animal Reproduction

Science, v. 82–83, p. 479–486. 2004.

FURTADO, D. A. et al. Inseminação Artificial em Tempo Fixo em Bovinos de Corte,

Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, Garça, ano IX, n. 16, 25 p.

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Referências

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