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Educação Pelas Atividades Físicas, Esportivas e de Lazer

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Academic year: 2021

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Capítulo I

Educação pelas atividades físicas,

esportivas e de lazer

Educação: u m a palavra f u n d a m e n t a l que t e m recebido diversas c o n o t a ç õ e s ao ser utilizada em conversas informais, trabalhos técnicos ou discursos oficiais. Não v a m o s entrar no mérito das inter-pretações da educação. Nossa m o d e s t a c o n t r i b u i ç ã o será resumida e m d e m o n s -trar c o m o , pelas atividades físicas, es-portivas e de lazer, é possível contribuir para g r a n d e parte da e d u c a ç ã o da j u -ventude.

Muitas pessoas ainda d u v i d a m do valor educativo d o esporte. Procuremos f o c a -lizar as razões dessa atitude.

A causa principal é a insuficiência da e d u c a ç ã o física na escola elementar, o primeiro estágio da educação normal, desencadeador de todo. processo edu-cacional.

Essa insuficiência é devida, na maioria das vezes, às dificuldades das c o n d i ç õ e s de trabalho, assim c o m o à f o r m a ç ã o de professores necessária a esse ramo de ensino; às impressões deixadas por uma e d u c a ç ã o física deficiente recebida a n -t e r i o r m e n -t e , inadap-tada e não mais cor-respondente aos anseios de e v o l u ç ã o de u m a juventude que vive num m u n d o e m p e r m a n e n t e m u d a n ç a . C o m efeito, a e v o l u ç ã o social, o ambiente, o m o d o

de vida, os c o n h e c i m e n t o s e m e s m o a moral estiveram envolvidos nos efeitos dessa m u d a n ç a .

Do m e s m o m o d o , temos a tendência de certos professores que sacrificam a forma educativa de trabalho de massa e m favor de pequenos grupos especiais. O objetivo do nosso trabalho é a tenta-tiva de provar a possibilidade de aliar a ação educativa à procura do melhor resultado esportivo em c o m p e t i ç ã o . Enfim, a dúvida sobre o valor educativo do esporte t e m sido levantada sobre a crescente valorização do dinheiro e a sua influência nos meios esportivos, que o t ê m levado a excessos, injustiças, maus e x e m p l o s e. até, à imoralidade.

O direito à igualdade de

oportunidade para todos

O p r o g r a m a de ensino se apresenta sob a f o r m a de u m t r o n c o c o m u m , que e n -globa as disciplinas ditas f u n d a m e n t a i s , as disciplinas de C o m u n i c a ç ã o e Ex-pressão e a Educação Física.

Para que se possa assegurar igualdade de o p o r t u n i d a d e para t o d o s , os alunos, ao serem a d m i t i d o s no sistema escolar, d e v e m receber os ensinamentos e par-Tronco educativo c o m u m Disciplinas fundamentais Disciplinas de Comunicação e Expressão Disciplinas de Educação Física Línguas Matemática Ciências Estudos S o c i a i s Civismo Canto Música Desenho Trabalhos Manuais Passeios e Excursões Exercícios íisicos Atividades esportivas Atividades de lazer Figura 1.1

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ticipar ativa e realmente de t o d a s as dis-ciplinas previstas no p r o g r a m a oficial. O fato de omitir o u negligenciar a i m -portância de certas disciplinas p o d e trazer graves conseqüências para o f u -turo d o j o v e m .

A Educação Física deve ser considerada f u n d a m e n t a l n u m q u a d r o da e d u c a ç ã o gerai, razão por que estamos e m p e n h a -dos e m ressaltar este assunto.

Os quatro pontos diretores para

todo programa de ensino e de

treinamento físico

A e d u c a ç ã o física e esportiva não de-ve ser reservada s o m e n t e aos " b e m d o t a d o s " . Homens, mulheres, crianças, adolescentes, adultos e deficientes físi-cos, t o d o s salvo i m p e d i m e n t o m é d i c o , t ê m direito a ela.

As atividades físicas integram os pro-g r a m a s escolares. Sua i m p o r t â n c i a foi reconhecida definitivamente, mas algu-mas delas (atividades de lazer) d e v e m prolongar-se além da vida escolar. De interesse geral, elas se t o r n a m , então, m e i o s de entretenimento físico, de d i

-v e r t i m e n t o e t a m b é m de e n r i q u e c i m e n t o cultural, necessários ao equilíbrio d o h o m e m que vive numa civilização indus-trial e m p e r m a n e n t e evolução.

Os quatro pontos diretores propostos c o n s t i t u e m u m e s q u e m a , u m p o n t o de partida para a organização d o trabalho, para o estabelecimento de u m p r o g r a m a anual, qualquer que seja o caso t r a t a d o : - de u m indivíduo ou da c o l e t i v i d a d e , - de u m estabelecimento de ensino (da

escola primária à Universidade), de u m centro de reeducação de d e

-ficientes físicos,

- de u m clube esportivo especializado. - das Forças A r m a d a s ...

As regras gerais válidas para t o d o s dev e m ser seguidas e as s o l u ç õ e s p a r t i -culares encontradas e m f u n ç ã o de cada u m dos quatro pontos diretores indicados. Parece-nos indispensável c h a m a r a atenção sobre o fato de que esses quatro pontos tratados num objetivo físico d e -v e m ser considerados simultaneamente sob u m prisma social e moral, se dese-j a m o s que o plano de a ç ã o educativo seja c o m p l e t o e permita alcançar um resultado esportivo global satisfatório.

1 ° Ponto Treinamento físico generalizado aspecto físico aspecto social e moral Os quatro pontos diretores 2 ° Ponto Exercícios específicos aspecto físico aspecto social e moral 3 ° Ponto Prevenção do mal aspecto físico aspecto social e moral 4 ° Ponto Atividades de lazer aspecto físico aspecto social e moral Figura 1.2

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Os exercícios e observações postulados a seguir e que são p r o p o s t o s d e n t r o de cada u m d o s quatro pontos diretores não c o r r e s p o n d e m a uma reunião alea-tória d o s objetivos fixados e das metas c o l i m a d a s o n d e t o d o s seriam analisados nos m í n i m o s detalhes.

Essa recapitulaçâo é entretanto bastante c o m p l e t a , rica e m e x e m p l o s e deixa b e m c l a r o o f a t o de que a cada p o n t o cor-r e s p o n d e m duas intenções.

A primeira é de aspecto físico.

A segunda se refere ao aspecto social e moral.

Não nos c a n s a m o s de repetir que, e m se t r a t a n d o de EDUCAÇÃO, os dois as-p e c t o s são absolutâmente indissociá-veis e o s e g u n d o não d e v e j a m a i s ser n e g l i g e n c i a d o o u e s q u e c i d o pelo Edu-cador.

1.° Ponto: Treinamento físico

generalizado

Aspecto físico

O t r e i n a m e n t o físico generalizado t e m por objetivo o d e s e n v o l v i m e n t o físico e f i s i o l ó g i c o de t o d o ser h u m a n o .

Significa colocar-se ou manter-se e m c o n d i ç ã o física através de u m a a d a p t a ção e d o s a g e m convenientes às d i f e r e n -tes categorias e aos diferen-tes níveis de valor físico;

- escolares ou universitários;

atletas de esportes individuais o u c o -letivos;

- a m a d o r e s o u profissionais; - operários e f u n c i o n á r i o s ; - militares;

pessoas na "idade m a d u r a " e d e f i c i e n tes físicos, na m e d i d a de suas p o s -sibilidades.

Trata-se, no plano físico, da m e l h o r i a d a flexibilidade, d a c o o r d e n a ç ã o , d o v i -gor muscular e. no plano f i s i o l ó g i c o , da

p r o c u r a de u m m e l h o r f u n c i o n a m e n t o o r g â n i c o {coração e pulmões).

O t r e i n a m e n t o físico generalizado deve ser realizado de maneira agradável, ale-gre, e x e c u t a d o e v i v e n c i a d o c o m prazer. Ele deve ser baseado no princípio t é c -nico e p e d a g ó g i c o da alternância: - c o m formas de trabalho orientadas

c o m seriedade, recorrendo s e m p r e ao raciocínio, à c o r r e ç ã o e à aplicação; - c o m formas de jogo, estas sim

voltadas a u m objetivo t é c n i c o , m a s o n -de a c o r r e ç ã o é substituída pela liber-d a liber-d e liber-de e x e c u ç ã o e pela emulação. Nos dois casos, os exercícios p o d e m ser realizados, individualmente, por p e -quenos grupos ou coletivamente. As ações de f o r m a s naturais c o m o a m a r c h a , a c o r r i d a , os saltos, a escalada, os l a n ç a m e n t o s e os j o g o s c o n c o r r e m para o t r e i n a m e n t o físico generalizado.

Aspecto social e moral

T o m a r c o n s c i ê n c i a de que manter-se e m boa f o r m a física é u m fator de enri-q u e c i m e n t o ;

Para si

• Vencer u m a certa indolência e m p r a -ticar regularmente u m t r e i n a m e n t o indispensável.

• T o m a r g o s t o pelo e s f o r ç o .

• Assegurar u m melhor equilíbrio ner-v o s o para resistir às diner-versas agres-sões da nossa vida "supercivilizada" (trabalho p e n o s o , vida agitada, baru-lho, poluição...).

• Viver o mais intensamente possível dentro da d i g n i d a d e física e m o r a l , por u m e s f o r ç o sustentado, acrescido a vitórias, tentações, fraquezas e omissões.

Para os outros

• Ser capaz de se adaptar a c o n d i ç õ e s de vida não habituais ou imprevisíveis.

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às vezes d r a m á t i c a s (acidentes, c a -tástrofes...) que p o d e m perfeitamente ocorrer.

• Manter, graças a u m esforço contí-nuo, o seu potencial de vitalidade, para sustentar a família;

ser útil à s o c i e d a d e ; à Pátria;

à Humanidade.

2.° Ponto: Exercícios específicos

Aspecto físico

Os exercícios específicos são c o n d i -c i o n a d o s por ne-cessidades parti-culares p r o v o c a d a s por:

- orientação e especialização esportiva e artística;

orientação e especialização na f o r m a -ção profissional de certas especialidades (marcenaria, a j u s t a g e m , m a -nutenção ...);

- e s t a d o físico das pessoas a serem re-educadas no plano da m o t r i c i d a d e (acidentados d o trabalho e a u t o m o -bilísticos, convalescentes, deficientes físicos...);

- necessidades particulares, c o m vistas

Ò aplicações militares, n o t a d a m e n t e

e m certos tipos de trabalho, para g r u -pos de diferentes especialidades. Os exercícios específicos são realizados dentro d o espírito de formas de trabalho que p r o c u r a m , essencialmente, a cor-reção e eficácia da e x e c u ç ã o , seguindo u m a progressão p r u d e n t e na escolha e dificuldade dos exercícios.

A progressão dos exercícios permite a c o n d u ç ã o de u m trabalho c o m p l e t o e a prevenção d e a c i d e n t e s musculares pro-vocados eventualmente pelo treinamento. Os exercícios específicos, s e g u n d o as necessidades físicas e a escolha dos exercícios, p o d e m ser realizados: - i n d i v i d u a l m e n t e , c o m apoios e

sus-pensões:

- dois a dois, através de u m trabalho ativo (alternado ou simultâneo) ou por

u m trabalho passivo, c o m a p a r t i c i -pação de u m c o m p a n h e i r o ;

- c o m a utilização de u m material leve (principalmente para o trabalho de a l o n g a m e n t o para a elasticidade) e de u m material mais pesado para a m u s c u l a ç ã o (sacos de areia, m e d i -cinebol grande ...).

Aspecto social e moral

• T o m a r consciência da necessidade de u m trabalho pessoal, se o desejo é progredir.

• Procurar uma c o l o c a ç ã o numa hierar-quia de valores (atlético, esportivo ou profissional c o r p o r a t i v o ) e tentar v e n -cer progressivamente as etapas esta-belecidas.

• Apelar para o maior grau possível de v o n t a d e e perseverança por perseguir, progressivamente, as etapas s u -cessivas, suscetíveis d e encaminhar ao objetivo d e t e r m i n a d o .

• Sentir que. graças ao seu trabalho racional e m e t ó d i c o , paciente e inte-ligente, o r e n d i m e n t o aumenta c o m regularidade, e m q u a n t i d a d e e q u a -lidade.

• Constatar que essa m e l h o r a , que as-segura u m maior c o n t r o l e das suas c a p a c i d a d e s e d o m í n i o de si m e s m o , vai levar à d i m i n u i ç ã o o u exclusão dos riscos de a c i d e n t e s esportivos ou outros n u m e r o s o s a c i d e n t e s de t r a -balho.

• Sentir a c o n s e r v a ç ã o de " c e r t o grau de juventude", através da escolha de u m a vida física ativa, talvez m e n o s atuante sobre o plano físico do que q u a n t o a " m e n t a l i d a d e " , "espírito es-p o r t i v o " e o " m o r a l " e, t a m b é m , a es- pos-sibilidade de maior aproveitamento do fazer, que leva a uma vida mais afetiva, no plano pessoal e no familiar.

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3.° Ponto: Prevenção do mal

Aspecto físico

A prevenção do mal c o n c e r n e a toda a t i v i d a d e que p o d e ajudar a atenuar ou s u p r i m i r os defeitos o u deficiências fí-sicas o u fisiológicas, tanto q u a n t o as p r e c a u ç õ e s t o m a d a s no sentido de e v i -tar acidentes.

As decisões e as ações a s e r e m t o m a d a s estarão afeitas a:

- c o n t r o l e m é d i c o , sério e f r e q ü e n t e ; - luta c o n t r a as más posturas físicas, tanto as que p r o v ê m de u m a d e f i c i ê n -cia natural, q u a n t o as c o n s e q ü e n t e s de d e f o r m a ç õ e s profissionais; - higiene c o r p o r a l e alimentar (rejeição

a p r o d u t o s nocivos, tais c o m o o álcool e o f u m o ) ;

melhoria da r e c u p e r a ç ã o , pela r e d u -ção d o s t e m p o s de volta à c a l m a entre os esforç.os mais intensos: - relaxação necessária ao bem-estar

físico e p s í q u i c o ;

- o repouso e o sono, indispensáveis a u m a boa r e c u p e r a ç ã o geral; - exercícios de agilidade e de cran9

pa-ra dar mais c o n f i a n ç a , a p r i m o r a r a eficácia de a ç ã o e evitar o u d i m i n u i r os efeitos dos i m p a c t o s físicos mais d u r o s e as quedas perigosas;

- realização de exercícios e atividades de caráter utilitário (natação, ataqueedefesa, escalada, salvamento) t o -dos os exercícios necessários para enfrentar o u livrarse de situações p e -rigosas, imprevisíveis, que p o d e m a c o n t e c e r i n e s p e r a d a m e n t e na vida de qualquer pessoa;

* A s atividades de cran. c o m o são apre-sentadas d e s d e o aparecimento do Sistema de Educação Física e Esportiva Generalizada, caracterizam a manifestação de uma atitude mental. P o d e m o s dizer que um jogador tem cran quando nos referimos a um atleta que tem firmeza de decisão, autoconfiança e energia de ação.

- i n f o r m a ç ã o e exercícios elementares indispensáveis à prevenção de a c i -dentes nas atividades cotidianas da escola.

Aspecto social e moral

Na maioria das vezes cabe à escola despertar as t o m a d a s de consciência e orientar c o m p o r t a m e n t o s futuros. R e c o m e n d a ç õ e s verbais são, na maioria das vezes, ineficientes, mas p o d e m ga-nhar u m caráter bem mais efetivo, se f o r e m apoiadas e m situações vivencia-das e sentivivencia-das pelos alunos graças à educação física e esportiva consciente. • O j o g o é instrumento ideal para

incul-car nos alunos o respeito livremente c o n s e n t i d o às c o n v e n ç õ e s e às regras. • Os c o m e n t á r i o s o p o r t u n o s do e d u c a

d o r ou d o treinador, q u a n d o da o c o r -rência de situações concretas, litigiosas ou difíceis, vão transpor as q u a -lidades morais solicitadas pelo j o g o a u m plano mais geral e social. • Em Educação, se a d m i t i m o s a

neces-sidade de respeitar as r e g r a i e as pessoas no c a m p o de j o g o , nas salas de aula, nas piscinas, é de se esperar o respeito às regras da vida cotidiana (trânsito, respeito aos bens públicos, tranqüilidade, segurança, liberdade dos c i d a d ã o s e, e m ecologia, respeito à natureza).

• Luta contra o o r g u l h o e o egoísmo. • A u t o c o n t r o l e : supressão dos abusos

e dos excessos.

• O fair play que é a negação deliberada e permanente da "vitória a q u a l -quer preço".

Essa é u m a atitude de exigência moral para c o n s i g o m e s m o , pois p r o v é m da c o n v i c ç ã o íntima de que u m a vitória a d -vinda de uma trapaça, de u m erro de a r b i t r a g e m ou de u m a grave injustiça da sorte não é u m a vitória.

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É, portanto, e m essencial o respeito à regra não escrita.

Em suma, um bom estado de espirito es-portivo deverá causar certo impacto à

vida do indivíduo, valorlzando-o dentro da sociedade *

4.° Ponto: Atividade de lazer

Aspecto físico

As atividades de lazer t ê m u m efeito benéfico efetivo sobre o físico (e a m o -ral) dos indivíduos.

Todas as atividades de caráter esportivo, tradicionais ou não, p o d e m converter-se e m atividades de lazer.

Sob o plano de t r e i n a m e n t o físico-es-portivo, possuem s o b r e t u d o u m objetivo de bem-estar psíquico e de conserva-ção da c o n d i ç ã o física, p o d e n d o ser classificados e m : - atividades c o m p l e m e n t a r e s ; - atividades de c o m p e n s a ç ã o ; - atividades de d i v e r s ã o ; - atividades de recreação. No d o m í n i o da Educação, é na escola de primeiro grau que a criança está na idade mais receptiva, o n d e deve c o m e -çar a i n f o r m a ç ã o , e, s e m p r e que possí-vel, os c o n t a t o s c o m entidades extra escolares que t ê m responsabilidade da prática de atividades não tradicionais, c o m o a esgrima, vela, remo, tênis, equi-taçâo, dança, m o n t a n h i s m o , pára-que-d i s m o , pesca esportiva ativipára-que-dapára-que-des que p o d e m ser praticadas p o r t o d a a vida. Não agir a t e m p o é privar uma grande parte da juventude d o direito ao lazer através das atividades físicas.

" Comitê Français pour le Fair Play. Le Fair Play. Paris. 19.

" U m estudo completo sobre a s atividades de lazer é encontrado no capítulo "Clube de Lazer".

Dentre as atividades físicas de lazer, populares, que p o d e m o s difundir e pro-pagar por m u i t o t e m p o , sem prejuízo para as outras disciplinas, ressaltamos as seguintes:

- a natação, c o m suas grandes vanta-gens: prazer, c o r r e ç ã o de postura, ação funcional sobre o organismo, segurança;

- o voleibol, que p o d e ser praticado e m qualquer lugar;

- o tênis de mesa, que p o d e ser prati-c a d o faprati-cilmente prati-c o m a utilização de material rudimentar;

- o f u t e b o l regulamentar ou a d a p t a d o ; - o b a d m i n g t o n . praticável e m qualquer

lugar e por t o d o s .

Aspecto social e moral

Ocupar sadia e utilmente o espírito e o corpo.

Livrar da rua as crianças e os adoles-centes que não t ê m distração razoável, o c u p a ç ã o útil ou o que fazer de inte-ressante ou agradável, e que v a g a m pe-los quarteirões, e x p o s t o s aos perigos da rua e sujeitos a tentações nefastas. Muitos são os e x e m p l o s que retratam as a ç õ e s lastimáveis dos jovens (nem sempre diretamente responsáveis) e m face da sua solidão, da sua falta de ideal e de e d u c a ç ã o , vítimas de certa indife-rença por parte da sociedade.

O lazer, sendo u m a necessidade f u n d a -m e n t a l , per-mite a t o d o s , jovens e adul-tos, operários e h o m e n s do c a m p o , in-telectuais e executivos, a o p o r t u n i d a d e de participação e m atividades de sua escolha, individualmente, e m família, c o m a m i g o s , ou coletivamente, confor-me o g o s t o e o caráter de cada u m . Este é o objetivo humanitário das a t i v i -dades de lazer.

A política do lazer é u m p r o b l e m a de o r d e m nacional que interessa a t o d o s

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o s escalões d a hierarquia administrativa responsável, de que d e p e n d e m , - u m a m e l h o r i a sensível e constante d o f u t u r o m o r a l da juventude, graças a u m a c o n c e p ç ã o de ensino a d a p t a -da às exigências do nosso t e m p o ; - as consideráveis repercussões sociais

q u e se seguirSo e que serão realiza-das progressivamente, a saber: - a c r i a ç ã o de comitês de lazer, nas

empresas, nas repartições, para t o d o o pessoal;

- o a u m e n t o do n ú m e r o de colônias de férias, c o m uma o r i e n t a ç ã o voltada para as atividades de lazer, a d a p t a d a s a cada lugar; o i n c r e m e n t o de indústrias para a f a -b r i c a ç ã o de material e e q u i p a m e n t o s especializados, c o m a c o n s e q ü e n t e c r i a ç ã o de novos e m p r e g o s ; - a c r i a ç ã o de centros de f o r m a ç ã o e de a p e r f e i ç o a m e n t o e m t o d o s os ní-veis, para atividades novas ou p o u c o praticadas;

- o d e s e n v o l v i m e n t o e a realização de colônia de férias, para famílias mais modestas [campings e colônias de férias no c a m p o e na praia).

- Sendo assim, graças ao aspecto so-cial que se depreende das atividades de lazer, os contatos mais estreitos e freqüentes das crianças, mulheres e homens de raça. cor, religião, pensa-mento e condições diferentes, favo-recem a compreensão, o entendi-mento, a aproximação humana e a unidade da Nação.

Reflexões sobre os quatro

pontos

As situações c o m que vão se defrontar os professores de Educação Física e Esportiva, os treinadores esportivos e os a n i m a d o r e s de clubes serão d i f e r e n -tes, de a c o r d o c o m a m u l t i p l i c i d a d e das atividades esportivas ensinadas.

A p r e s e n t a m o s e x e m p l o s m a i s precisos para especificar melhor as dificuldades de c a d a p r o b l e m a e m particular:

- Educação Física no 1.°e 2.° Graus - Educação Física no Ensino Superior - T r e i n a m e n t o de Voleibol - T r e i n a m e n t o de Futebol - Ginástica de M a n u t e n ç ã o - Ginástica Olímpica - Corrida de V e l o c i d a d e - Maratona

Para melhor precisar o sentido de nosso trabalho e para maior c o m p r e e n s ã o do estado de espírito que o envolve, na in-t e n ç ã o de c u m p r i r b e m a nossa missão educativa e esportiva, apresentamos, c o m o e x e m p l o , o treinamento de uma equipe de futebol.

Treinamento físico de uma

equipe de futebol

Considerações gerais

A primeira p r e o c u p a ç ã o de qualquer res-ponsável por u m a e q u i p e é s u b m e t e r os j o g a d o r e s a e x a m e s m é d i c o s e testes atléticos.

O trabalho generalizado continuará e se-rá p r a t i c a d o s o b r e t u d o antes e no início d o c a m p e o n a t o . Em seguida, durante o desenrolar da t e m p o r a d a , o professor o u t é c n i c o responsável pela preparação física julgará as variações a serem introduzidas nas suas sessões de t r e i n a m e n -to físico que se t o r n a r ã o mais individua-lizadas.

S e n d o a s s i m , a i n t r o d u ç ã o d o s exercí-cios específicos {segundo p o n t o ) , da prevenção do mal (terceiro ponto), dos exercícios recreativos o u das atividades de lazer (quarto ponto) estarão e m f u n -ção das necessidades e d o estado físico e psíquico dos j o g a d o r e s .

Eles são, f r e q ü e n t e m e n t e , influenciados e m o t i v a d o s :

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pela classificação da equipe no c a m -peonato;

- pelo nível de certas c o m p e t i ç õ e s (dis-putas de troféus, e n c o n t r o s interna-cionais);

- pelo j o g a d o r ou pelos j o g a d o r e s substitutos, integrados à equipe pela i n -disponibilidade d o s titulares...

1.° Ponto: Treinamento f fsico

generalizado

Aspecto físico

Neste estágio, o t r e i n a m e n t o é basicamente atlético. Essa parte do t r e i n a m e n -t o físico consis-te e m -trabalho global, aparentemente coletivo q u a n t o à e x e c u -ção, mas onde c a d a j o g a d o r realizará o trabalho e m f u n ç ã o de sua c a p a c i d a d e e t a m b é m c o n s i d e r a n d o sua c o n d i ç ã o física d o m o m e n t o .

As "formas de j o g o " p o d e m ser i n t r o d u zidas às vezes no t r e i n a m e n t o físico g e -neralizado, c o m o objetivo de relaxa-mento e repouso (descanso psíquico). Nas "formas de j o g o " (individuais, c o m pequenos grupos o u coletivas), a busca da e x e c u ç ã o correta dos exercícios é substituída pela e m u l a ç ã o , e n q u a n t o nas "formas de t r a b a l h o " se busca ape-nas a c o r r e ç ã o .

Exemplos de exercícios de treinamento físico generalizado

• Deslocamento em marcha: n o r m a l -c o m passos largos; rápida (em exten-são); lenta - c o m elevação na ponta dos pés. (Fig. 1.3)

Figura 1.3

"Endurance": trabalho longo e regular s e m m o d i f i c a ç ã o d o ritmo da corrida. Controle indispensável através da t o -m a d a de pulsação (objetivo fisiológi-c o ) . A u m e n t o d o v o l u m e sangüíneo no c o r a ç ã o . (Fig. 1.4)

Figura 1.4

9 Deslocamento com bola: mesma for-ma de correr c o m o na " e n d u r a n c e " , p o r é m d o m i n a n d o uma bola ( c o m os pés). Corrida bem suave, c o n d u z i n d o levemente a bola diante de si.

• Deslocamento em corrida leve (ou trote): c o m respiração r i t m a d a - bloqueios blobloqueios e meiavolta troca de passo m u d a n ç a de d i r e ção giros c o m p l e t o s d e s l o c a m e n -t o à re-taguarda - corrida len-ta... (Fig. 1.5) „ ^

Figura 1.5

Velocidade: c o r r i d a s de velocidade e m distâncias b e m curtas, d i m i n u i n d o para mais curtas. Saídas c o m os pés sobre a m e s m a linha, depois saídas e m a f a s t a m e n t o para a frente. Saídas a partir da posição de c ó c o r a s , arran-cada rápida. Flexão das pernas, dese-quilíbrio para frente, arrancada rápida. (Fig. 1.6)

(9)

Figura 1.6

Desequilíbrio para f r e n t e , arrancada rápida. (Fig. 1.7)

Figura 1.7

• Impulsão: flexão e extensão das per-nas, i m p u l s ã o vertical d i n â m i c a . Fle-xão e extensão d i n â m i c a das pernas, c o m l a n ç a m e n t o simultâneo dos joe-lhos ao peito. Impulsão vertical c o m grande c i r c u n d u ç ã o dos braços para frente e chegada no solo c o m as per-nas flexionadas. (Fig. 1.8)

Figura 1.8

• Sa/titamentos: s e m d e s l o c a m e n t o -c o m afastamento anteroposterior das pernas e m dois t e m p o s a f a s t a m e n -t o an-teropos-terior e m u m -t e m p o .

A f a s t a m e n t o lateral e m dois t e m p o s , depois e m apenas u m t e m p o . So-bressaltos alternados, c h a m a d a de recepção e m u m só pé; m e s m o exer-cício para o outro pé; variar a inten-sidade da impulsão. íFig. 1.9) Salti-tamento, cruzando as pernas. (Fig.

1.10)

Figura 1.9 Figura 1.10 t Flexibilidade e musculação

Braços:

c i r c u n d u ç ã o dos braços es-t e n d i d o s no plano anes-teroposes-terior. (Fig. 1.11)

- Em apoio estendido no solo, flexão e extensão dos braços.

- M o v i m e n t o c o n d u z i d o , depois traba-lho muscular d i n â m i c o .

- A p o i o facial, levantar-se e m u m só t e m p o , c o n d u z i n d o (trazendo) as per-nas estendidas e unidas. (Fig. 1.12)

(10)

Pernas:

l a n ç a m e n t o simultâneo dos joelhos, para c i m a . (Fig. 1.13)

Figura 1.13

Flexão e extensão das pernas e m p o -sição afastada, repetindo duas ou três vezes o exercício d o m e s m o lado, a n tes de passar a outra perna, que d u -rante a 1 .af a s e do exercício p e r m a -nece estendida ( p o s i ç ã o de grande afastamento lateral). (Fig. 1.14)

Figura 1.14

Flexão c o m p l e t a das pernas, sentandose nos calcanhares; depois, e x t e n são viva das pernas, t o m a n d o s i m u l -t a n e a m e n -t e a p o s i ç ã o de a f a s -t a m e n -t o lateral e pernas estendidas. (Fig.1.15)

Figura 1.15

Flexão e extensão das pernas c o m i m -pulsão vertical, seguida de giro (180°) vertical d o c o r p o . (Fig. 1.16)

Figura 1.16

- Elevação lateral do joelho, por fora do b r a ç o , c o n d u z i n d o o j o e l h o até o o m b r o . (Fig. 1.17)

Figura 1.17

Tronco:

- Extensão d o t r o n c o , e m posição de a f a s t a m e n t o para frente, perna d a frente flexionada e a de trás estendi-da (manter o t r o n c o estendido). (Fig. 1.18)

Figura 1.18

~ I m p u l s ã o vertical c o m flexão lateral do t r o n c o e l a n ç a m e n t o s i m u l t â n e o dos braços e das pernas para o m e s -m o lado. (Fig. 1.19)

(11)

Figura 1.19 _

- Marcha ou corrida leve, caindo em po-sição de afastamento para frente (per-na da frente flexio(per-nada), com rotação do tronco (estendido) para o lado da perna avançada. (Fig. 1.20)

Figura 1.20

Relaxamento muscular:

- E m posição de afastamento lateral, braços completamente livres e d e s -contraídos, relaxamento dos ombros e dos braços, por ligeira rotação do tronco. (Fig. 1.21)

Figura 1.21

- E m decúbito dorsal, pernas semifle-xionadas e afastadas, relaxamento da musculatura dos membros inferiores. - E m afastamento lateral, flexão do

tronco para frente, c o m relaxamento dos músculos da parte superior do corpo. (Fig. 1.221

Figura 1.22

Resistência:

- E m corrida, trabalho dinâmico inten-so, em distâncias curtas ou relativa-mente curtas e repetidas regularmen-te. Controle indispensável das pulsa-ções.

- Objetivo fisiológico: desenvolvimen-to do músculo cardíaco e busca da diminuição do tempo de recuperação.

- Observação importante: ao contrário

da "endurance", o trabalho de "resis-tência" em sua forma atlética não de-ve ser realizado nas primeiras séries da escola de primeiro grau.

Observação

Embora o Futebol p o s s a ser "jogo", "atividade de lazer" ou "esporte de alta c o m -petição", a bola é sua motivação e pode-rá muito bem ser utilizada no preparo da condição física, s e m que isso venha, de qualquer forma, contrariar o fim procu-rado pelo trabalho de base do treina-mento físico, fator essencial de melhoria atlética dos jogadores.

Aspecto social e moral

Efeitos sociais e morais que s e originam do 1.° ponto "físico" e que devem ser os objetivos do jogador:

- vontade de trabalhar para conseguir e manter uma boa condição física: - participação voluntária e decidida

para enfrentar e suportar todas a s situações difíceis impostas pelo jogo: - espírito de abnegação e sacrifício da sua personalidade técnica, c a d a vez que uma situação crítica da equipe o exija:

(12)

- força de caráter e energia c o n t r o l a d a para lutar até o f i m d a partida, seja qual for o resultado, favorável o u não; por seu c o m p o r t a m e n t o físico e m o

-ral, ser d i g n o de figurar na e q u i p e ; merecer a c o n s i d e r a ç ã o ou a s i m p a

-tia d o s j o g a d o r e s adversários, pela sua c o n d u t a durante o j o g o ;

- pela sua lealdade, ganhar a c o n f i a n ç a dos c o m p a n h e i r o s , d o treinador, d o s dirigentes e dos t o r c e d o r e s que for-m a for-m essa realidade social, que é o Clube.

2.° Ponto: Exercícios específicos

Aspecto físico

Essa parte do t r e i n a m e n t o físico c o n -cerne:

- â e x e c u ç ã o de m o v i m e n t o s e de gestos que se o b s e r v a m nas a ç õ e s t é c n i -cas do futebolista durante o j o g o ; - ao trabalho físico individual,

necessá-rio a cada j o g a d o r a f i m de melhorar seus p o n t o s fracos "atléticos", c o n s -t a -t a d o s pelos -tes-tes de c o n -t r o l e rea-lizados no início d a t e m p o r a d a de Fu-t e b o l , desde a r e Fu-t o m a d a d o Fu- treina-m e n t o .

A saber:

- "Endurance":

- Flexibilidade: das espáduas e das ar-ticulações dos m e m b r o s inferiores (tornozelos, joelhos e quadris); - Velocidade: c o r r i d a d e v e l o c i d a d e , - Saltos (impulsão vertical): c h a m a d a

de u m pé (esquerdo, depois direito), depois c h a m a d a dos dois p é s :

- Lançamento da bola e m distância c o m as duas m ã o s ( c o m o no lance lateral de f u t e b o l ) :

Potência do chute e m distância ( c o n -siderar a distância até o p o n t o de c o n t a t o da bola c o m o solo);

- Precisão do chute:

- Potência do cabeceamento e m dis-tância;

Agilidade no solo e "cran": c a m b a lhotas, quedas, c h o q u e s e outros t e s -tes c o n s i d e r a d o s válidos pelo t é c n i c o . Exemplos de exercícios específicos - " D o m í n i o dos d e s l o c a m e n t o s " ;

traba-lho dois a dois, a três metros de dis-tância mais o u menos u m d o outro, para o trabalho nos exercícios de m a r c a ç ã o e d e s m a r c a ç ã o ;

- o j o g a d o r n.° 2 reage de a c o r d o c o m as ações d o n.° 1 (exercícios de m a r -c a ç ã o ) :

- " t r o c a de pés" para o trabalho de finta e de esquiva. (Fig. 1.23)

Figura 1,23

• Melhoria da flexibilidade e reforço muscular das espáduas e da parte superior do tronco

- Extensão c o m p l e t a d o c o r p o , c o m ampla c i r c u n d u ç ã o dos braços de trás para frente e da frente para trás, no p l a n o anteroposterior. (Fig. 1.24)

Figura 1„

- Dois a dois, e m coluna, o a l u n o da frente s e n t a d o (pernas flexionadas), s e g u r a n d o a nuca d o c o m p a n h e i r o

(13)

e m pé: e x t e n s ã o d o t r o n c o e dos bra-ços, c o m pressão ritmada das mãos sobre as o m o p l a t a s d o c o m p a n h e i r o . (Fig. 1.25)

Figura 1.25

- Extensão do t r o n c o e dos braços para trás. projetando-os e m seguida para frente para lançar u m m e d i c i n e b o l ou bola (flexionar os punhos ao final d o lançamento). (Fig. 1.26)

Figura 1.26

• Melhoria da impulsão

No m e s m o lugar, semiflexão e e x t e n -são das pernas unidas, s a l t a n d o c o m forte i m p u l s ã o . Pernas estendidas, ponta d o s pés dirigida para o solo. - Repetição d o exercício anterior, c o m saltitamentos sobre o m e s m o pé. (Fig. 1.27)

Figura 1.27

- Salto e m extensão c o m impulso ver-tical (chamada c o m os dois pés).(Fig. 1.28)

Figura 1.28

- Saltos sucessivos (pés unidos) sobre u m m e d i c i n e b o l ou bola, e m d i f e r e n -tes ângulos (para frente, para trás, oblíqua e lateralmente). (Fig. 1.29)

Figura 1.29

- M e d i c i n e b o l ou bola presa entre os pés (tornozelos): saltar sobre u m o b s -t á c u l o (lançar energicamen-te os braç o s para c i m a no m o m e n t o da i m -pulsão). (Fig. 1.30)

Figura 1.30

• Melhoria da flexibilidade e do reforço muscular das articulações dos mem-bros inferiores (tornozelos, joelhos e quadris)

(14)

- Saltitamentos c o m elevação alterna-d a alterna-dos joelhos e extensão alterna-da perna de a p o i o e dos pés. (Fig. 1.311

Figura 1.31

- Pés unidos, semiflexão e extensão contínua das pernas. Efetuar m o v i -m e n t o s dos joelhos para esquerda e para direita, sem interrupção (manter o t r o n c o estendido e v o l t a d o para frente, s e m seguir o m o v i m e n t o dos joelhos). (Fig. 1.32)

Figura 1.32

- Em afastamento lateral, girar o c o r p o : oara a direita e para a esquerda, alter-n a d a m e alter-n t e , m o l e j a alter-n d o as peralter-nas e passando pelo a p o i o flexionado n u m dos joelhos; voltar à posição de parti-da, e s t e n d e n d o as pernas ao girar o c o r p o para o outro lado. (Fig. 1.33)

Figura 1.33

- Em pé, flexão e. extensão c o m p l e t a das pernas, c o m i m p u l s ã o d i n â m i c a e c i r c u n d u ç ã o dos braços no plano a n -teroposterior durante o salto; cair c o m semiflexão das pernas, braços

elevad o s horizontalmente à frente, p r o c u rando m a n t e r o equilíbrio nesta p o -sição. (Fig. 1.34)

Figura 1.34

O m e s m o exercício poderá ser e x e c u -t a d o c o m flexão c o m p l e -t a das pèrnas (sentando-se nos calcanhares ao ter-miná-lo, m o l e j a n d o ) .

- Dois a dois, de frente, e m g r a n d e afas-t a m e n afas-t o laafas-teral (perna direiafas-ta flexio-nada), segurando-se pelos punhos: extensão simultânea d a perna flexio-nada, elevando-se s e m modificar a posição dos apoios (dos pés) e flexio-nando i m e d i a t a m e n t e a perna que es-tava e s t e n d i d a ; continuar o exercício, passando cada vez pela p o s i ç ã o de pé.

Figura 1.35

Dois a dois, de frente, pernas s e m i -flexionadas: lançar o m e d i c i n e b o l de u m para outro m a n t e n d o a posição, (trabalho das articulações dos joelhos).

(15)

- Dois a dois, de frente, m ã o s apoiadas nos o m b r o s d o c o m p a n h e i r o ; u m j o -g a d o r t r a b a l h a n d o e outro servindo de a p o i o e de a j u d a : c i r c u n d u ç ã o de uma perna flexionada, levando o joelho lateralmente e para frente, m o v i -m e n t a n d o a articulação dos quadris (útil para o chute de voleio).(Fig.1.37)

Figura 1.37

• Melhoria da flexibilidade e do reforço muscular dos membros inferiores - Em pé: lançar u m a perna

descontraída para frente e para c i m a , p r o c u r a n -d o tocar o j o e l h o no o m b r o , s e m fle-xionar o t r o n c o . (Fig. 1.38)

Figura 1.38

- Em pé: balançar u m a perna natural-mente estendida e descontraída, da frente para trás e vice-versa, s e m fle-xionar o t r o n c o . (Fig. 1.39)

Figura 1.39

Em pé: balançar u m a perna natural-mente estendida e descontraída la-t e r a l m e n la-t e , sem inclinar o la-tronco.(Fig 1.40)

Figura 1.40

Em p é : lançar uma perna n a t u r a l m e n -te es-tendida e descontraída por fora dos braços, p r o c u r a n d o tocar o joelho no o m b r o , sem inclinar o t r o n c o . (Fig. 1.41)

Figura 1.41

- A f a s t a m e n t o para frente, perna da frente flexionada: flexionar alternada-mente a perna de trás e a da frente, s e m inclinação d o t r o n c o . (Fig. 1.42)

Figura 1.42

- Idêntico ao anterior: trocar a posição das pernas, depois de 3 o u 4 m o l e j a -m e n t o s . (Fig. 1.43)

(16)

Figura 1.43

Idêntico ao anterior: todavia, l a n ç a n -do o t r o n c o de trás para frente. (Fig. 1.44)

Figura 1.44

- Em pé, a p o i a d o sobre uma perna, a outra perna estendida e descontraída: descrever u m " o i t o " à frente d o c o r p o , de maneira contínua, d i r i g i n d o a p o n -ta do pé para a esquerda, q u a n d o a perna se dirige para esse lado, e idem para a direita (trabalho de flexibilida-de das articulações do tornozelo, joe-lhos e quadris). (Fig. 1.45)

Figura 1.45

• Reforço muscular da parte central e superior do corpo (regiões abdomi-nal, lombar, lateral e dorsal)

- Em pé: salto no m e s m o lugar c o m ele-v a ç ã o e afastamento lateral das per-nas estendidas (elevar o mais possí-vel as pernas, evitando flexionar o t r o n c o ) . (Fig. 1.46)

Figura 1.46

- Deitado de costas, pernas unidas e estendidas, braços estendidos late-ralmente, palma das m ã o s apoiadas no solo: procurar tocar a m ã o esquerda c o m o pé direito e viceversa, m a n -t e n d o as pernas es-tendidas, inclusive na elevação e abaixamento alternado das m e s m a s (rotação do tronco).(Ftg. 1.47)

- Deitado de costas, pernas estendidas e afastadas (apoiadas pelas m ã o s do c o m p a n h e i r o ) , m ã o s à nuca: elevação e rotação do t r o n c o . (Fig. 1.48)

- Deitado de costas, pernas estendidas e unidas, braços estendidos no pro-l o n g a m e n t o d o t r o n c o : epro-levação das pernas unidas e estendidas, p r o c u -rando tocá-las no peito, c o m auxílio das mãos. (Fig. 1.49)

(17)

Figura 1.49

- Sentado, pernas flexionadas, braços estendidos e mãos apoiadas no solo, atrás do quadril: elevação do quadril, com extensão da perna de apoio, lan-çando a outra estendida para cima. (Fig. 1.50)

Figura 1.50

- Ajoelhado, braços estendidos verti-calmente, segurando um medicinebol (de preferência) ou uma bola: exten-são completa de tronco e dos braços, lançando o MB" para frente. (Fig. 1.51)

Figura 1.51

- Deitado de costas, pernas unidas e estendidas, braços estendidos no prolongamento do tronco, segurando um MB: elevação rápida do tronco, lançando o MB a um companheiro situado a 3 ou 4 metros. (Fig. 1.52)

Figura 1.52

- Em pé, segurando um MB entre os pés: saltar, lançando o MB para fren-te à altura do peito de um compa-nheiro situado a 3 ou 5 metros. (Fig. 1.53)

Figura 1.53

- Em pé, pernas unidas, braços eleva-dos verticalmente, segurando um MB: flexionar as pernas e em seguida es-tendê-las vivamente, lançando o MB a alturas variáveis, continuamente, ca-da vez mais alto e sem tocar o MB no solo ao recebê-lo (musculação de efeito generalizado, especialmente para goleiro). (Fig. 1.54)

* Abreviatura de medicinebol.

Figura 1.54

- Sentado, pernas estendidas e afasta-das e um companheiro em pé a 3 me-tros mais ou menos à frente e com um MB (leve) ou uma bola: lançar o MB ao companheiro, em diferentes ângu-los (à direita, à esquerda, acima, à

(18)

frente); o c o m p a n h e i r o , sentado, d e v e receber e devolver i m e d i a t a m e n t e o M B . antes m e s m o de ter retornado à posição de partida correta (muscula-ção generalizada, cujo exercício não deve ter d u r a ç ã o m u i t o prolongada, por se tornar fatigante). ( F i g . 1.55)

Figura 1.55

- Deitado d e costas, pernas unidas e estendidas; u m c o m p a n h e i r o d e pé. atrás, segurandoo pela nuca c o m a m bas as m ã o s : elevação lenta d o c o m -panheiro d e i t a d o (corpo retesado). trazendo-o de volta, t a m b é m lenta-mente, à posição de partida (trabalho estático para reforço da m u s c u l a -tura extensora e da cabeça).(Fig.1.56)

Figura 1.56

• Controle muscular (precisão) Nos "exercícios específicos" que se s e g u e m , a bola é utilizada c o m o meio e o j o g a d o r trabalha c o m atitudes e gestos t e c n i c a m e n t e básicos para o f u t e b o l . Esses exercícios v ã o f a v o r e -cer a melhoria da técnica individual d o j o g a d o r que, d a n d o prova d e sua h a -bilidade e de m o v i m e n t o s a p u r a d o s , se adaptará m e l h o r às situações i m -previstas oferecidas durante o jogo.

Trabalho de precisão em direção

horizontal: o joelho e o pé d ã o a

d i r e ç ã o à bola, e s t a n d o a perna d e c h u t e na d e p e n d ê n c i a da perna d e apoio.

Exercício c o m bola parada e dois j o -gadores. Colocar-se, no primeiro e x e m p l o (a), c o m a frente voltada p a -ra a d i r e ç ã o q u e se deseja i m p r i m i r à bola: dar u m p e q u e n o salto c o m a per-na d e a p o i o (joelho per-na d i r e ç ã o d o c h u t e ) , ao m e s m o t e m p o que prepara a perna d e c h u t e (levando-a para trás) e e m seguida chutar a bola.(Fig. 1.57 a)

Figura 1.67 a

- N o s e g u n d o e x e m p l o (b), colocar-se lateralmente à direção q u e s é deseja i m p r i m i r a bola: ao dar o p e q u e n o sal-t o c o m a perna d e a p o i o , girar o c o r p o para a direção q u e se deseja lançar a bola (joelho da perna d e a p o i o nessa nova direção) e e m seguida chutar c o n f o r m e se p r o c e d e u no p r i m e i r o e x e m p l o . (Fig. 1.57b)

Figura 1.57 b

U m t e r c e i r o e x e m p l o poderia ser d a d o , ao c o l o c a r s e d e costas para a d i -reção que se deseja dar à bola: nesse c a s o , o giro d o c o r p o seria maior, d e

(19)

m o d o a c o l o c a r a perna de a p o i o c o m o j o e l h o v o l t a d o nessa nova direção, antes de chutar.

Os referidos exercícios deverão ser e x e c u t a d o s c o m a m b o s os pés. Em seguida, executar o m e s m o exercício, e s t a n d o c o n d u z i n d o a bola ( c o m os pés), antes de chutar.

- I d e m , c h u t a n d o v i g o r o s a m e n t e a gol.

Trabalho de precisão em elevação

vertical: o j o e l h o da perna de chute

d e t e r m i n a a maior ou m e n o r elevação na d i r e ç ã o i m p r i m i d a à bola - q u a n t o mais o joelho for elevado, igualmente mais alta será lançada a bola.

Trabalho dois a dois, de frente, a u -m e n t a n d o p r o g r e s s i v a -m e n t e a dis-tância.

Em seguida, executar o exercício i n -d i v i -d u a l m e n t e , c h u t a n -d o a gol. (Fig. 1.58)

Figura 1.58

Controle muscular para a

"cabe-çada" (precisão e potência):

o t r a -balho, nesses exercícios, se executa dois a dois ou a três; u m j o g a d o r lança a bola c o m a m b a s as m ã o s ( c o m o no lance lateral) e o c o m p a n h e i r o d e v o l -ve-a c o m a c a b e ç a . (Fig. 1.59)

Figura 1.59

- Princípio da " c a b e ç a d a " : d e frente, pernas semiflexionadas e afastadas para frente, t r o n c o estendido e leva-d o para trás, fixanleva-do a c a b e ç a : cabe-cear a bola, l a n ç a n d o o t r o n c o para frente, por extensão das pernas.

- Controle muscular para diferentes tra-jetórias da bola: "Em linha reta": a bola deve ser batida bem no centro, c o m a cabeça. "Para baixo": a bola deve ser batida acima do seu centro, c o m a cabeça

- Cabeçada para os lados: a bola p o d e ser batida:

- c o m a testa, por r o t a ç ã o do t r o n c o , para a direita ou para a esquerda; - c o m a parte lateral da c a b e ç a , por

flexão lateral do t r o n c o (sem rotação) na d i r e ç ã o do objetivo. Nesse caso o lance deve ser p r e c e d i d o de uma fle-xão lateral do tronco, d o lado o p o s t o à d i r e ç ã o desejada.

- Cabeçada para trás: a preparação do lance deve ser feita por flexão da ca-beça, lançando-a e m seguida para trás, ao c o n t a t o c o m a bola, para ca-beceá-la. (Fig. 1.60)

Figura 1.60

- Controle da cabeçada c o m salto: o impulso p o d e ser t o m a d o sobre u m ou a m b o s os pés. Durante o salto, o t r o n c o é inclinado para trás e o j o g a -d o r t e n t a ' c a b e c e a r a bola ao atingir o p o n t o m á x i m o de seu salto;

(20)

- salto no m e s m o lugar c o m i m p u l s o dos dois pós;

- salto c o m u m passo de preparação e impulso d è u m p é ;

- i d e m . c o m dois passos de preparação e impulso de u m p é ;

- i d e m . c o m três passos de preparação e i m p u l s o d e u m pé. (Fig. 1.61)

Figura 1.61

- Salto atrás de u m c o m p a n h e i r o parado o u de u m elástico o u c o r d a , c o -locados à altura de u m c o m p a n h e i r o : salto c o m impulso de a m b o s os pés e cabeçada c o m a testa; c o m o e m t o d o s os exercícios p r e c e d e n t e s , q u e m lança a bola o faz c o m o no lance lateral e m futebol. (Fig. 1.62)

Figura 1.62

Controle muscular dos gestos de

abafamento da bola: a noção

es-sencial é o recuo da superfície de c o n t a t o c o m a bola no m o m e n t o d o i m p a c t o . Esse m o v i m e n t o , s e m p r e efetuado e m sentido favorável à d i r e

-ção de o n d e v e m a bola, s e m p r e é p r e c e d i d o de u m avanço mais ou m e nos a c e n t u a d o da superfície de c o n -tato e t o m a f o r m a s diferentes de a c o r d o c o m a superfície de c o n t a t o utilizada.

- Controle muscular para o abafamento c o m o "peito d o pé": o c o r p o ligeira-mente c u r v a d o na direção da bola, a perna de apoio ligeiramente flexiona-da e os braços utilizados para manter o equilíbrio. O pé de c o n t r o l e deve estar e m extensão (sem c o n t r a ç ã o ) ao ser c o n d u z i d o ao e n c o n t r o da bola. (Fig. 1.63)

Figura 1.63

- Controle muscular para a m o r t e c e r a bola c o m o "interior do pé": a perna de apoio deve estar, de preferência, s e m i f l e x i o n a d a ; o joelho da perna de c o n t r o l e d i r i g i d o para fora e o pé de controle f o r m a n d o u m ângulo de 9 0 ° a p r o x i m a d a m e n t e . (Fig. 1.64)

Figura 1.64

- Controle muscular para a m o r t e c e r a bola c o m a coxa (face anterior): o c o r p o c u r v a d o na direção da bola, a perna de c o n t r o l e flexionada, recebendo a bola c o m a c o x a (mais p r ó -xima ao joelho) para amortecê-la.íFig. 1.65)

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- Controle muscular para a m o r t e c e r a bola c o m o peito {trajetória d e s c e n -dente da bola): t r o n c o estendido, pernas semifíexionadas; ao receber a b o -la c o m o peito, flexionar as pernas e inclinar o t r o n c o para frente.tFig. 1.66)

Figura 1.66

Aspecto social e moral

• Disposição do j o g a d o r para melhorar sua c o n d i ç ã o , trabalhando e se apli-c a n d o seriamente para reduzir ou eli-minar seus pontos fracos.

• Procurar t a m b é m aperfeiçoar c o n t i -nuamente os gestos de seu d o m í n i o , os quais nunca d e v e m ser considera-dos perfeitos, p o r q u e p o d e r ã o ser s e m p r e m e l h o r a d o s .

• Q u a n d o essa melhoria for d e m o r a d a , deve-se ter disposição para perseverar, s e m se desencorajar e m u i t o m e -nos abandonar; estar c o n v e n c i d o de que s o m e n t e o trabalho m e t ó d i c o e inteligente conduz ao progresso ou p e r m i t e a m a n u t e n ç ã o no seu m e -lhor nível.

• Todas essas intenções que eviden-c i a m a v o n t a d e , a paeviden-ciêneviden-cia, a perse-verança, b e m c o m o a c o r a g e m , o m é t o d o e a inteligência d o j o g a d o r durante o trabalho, estabelecem o b o m rendimento individual e coletivo da equipe num verdadeiro sentido do espírito esportivo.

3.° Ponto: Prevenção do mal

Aspecto físico

Este terceiro aspecto do treinamento fí-sico c o m p o r t a :

- observação constante do estado de saúde pelo m é d i c o especializado e c u i d a d o s m é d i c o s ;

- a prevenção de acidentes muscula-res suscetíveis de acontecer nas ações individuais ou nos contatos c o m o adversário, durante o jogo. Essas ações p o d e m ser m u i t o enérgi-cas, talvez até violentas ou perigosas, ainda que leais e corretas em intenção. Os exercícios propostos, de o r d e m m u s cular, de agilidade e de cran vão p e r m i tir u m melhor preparo e proteção do j o -gador, durante as disputas difíceis ou arriscadas, m e l h o r a n d o sua eficácia e seu nível técnico individual.

Exemplos de exercidos para "preven-ção do mal"

É necessário lembrar n o v a m e n t e que, a m e s de qualquer exercício, é indispen-sável o exame m é d i c o geral de t o d o s os jogadores, seguido dos testes de c o n -trole m é d i c o de rotina (cárdio-respirató-rio...).

• Exercícios para reforço muscular, de a c o r d o c o m a necessidade particular de d e t e r m i n a d o s jogadores.

• Exercícios de alongamento muscular. para aumentar a a m p l i t u d e dos m o -v i m e n t o s dos m e m b r o s inferiores, a

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partir e ao nível da articulação d o q u a dril. Exercícios graças aos quais p o d e r ã o ser evitadas lesões m u s c u l a -res aos j o g a d o r e s de pouca flexibili-d a flexibili-d e e elasticiflexibili-daflexibili-de muscular.

• Exercícios de alongamento muscular ao nível dos m ú s c u l o s lombares.

- Trabalho passivo e m o d e r a d o , s e m m o v i m e n t o s bruscos, c o m a intenção de evitar a possível c o m p r e s s ã o das vértebras, p r o v o c a d a pelas quedas, no c o n t a t o c o m o solo, que p o d e m provocar dor ciãtica e de rins.

- O trabalho p o d e ser e x e c u t a d o a par-tir da posição de d e c ú b i t o dorsal ou e m suspensão. Esses exercícios não d e v e m ser executados antes do d o -mínio satisfatório de sua técnica e de se informar a respeito c o m o m é d i c o d o clube.

• Exercícios de relaxamento - Nos exercícios de relaxamento, para m e -lhor c o m p r e e n d e r e sentir o relaxa-m e n t o , é necessário passar direta-m e n t e da c o n t r a ç ã o direta-m u s c u l a r t o t a l ao relaxamento c o m p l e t o (relaxação).

- Relaxamento da parte superior do c o r p o : p o s i ç ã o e m p é , braços eleva-d o s no p r o l o n g a m e n t o eleva-d o c o r p o . Re-laxamento d o t r o n c o , cabeça, espá-duas e braços. Permanecer alguns seg u n d o s nessa posição, c o m p l e t a m e n -te descontraído e insistindo no t e m p o de expiração. (Fig. 1.67) Figura 1.67 24 - A f a s t a m e n t o lateral: relaxamento d o s m ú s c u l o s das espáduas e dos braços, por ligeira rotação d o t r o n c o para a direita e para a esquerda. (Fig. 1.68)

Figura 1.68

- Relaxamento alternado dos m ú s c u l o s das pernas: saltitar a l t e r n a d a m e n t e c o m u m e outro pé (espáduas e bra-ç o s descontraídos). (Fig. 1.69)

Figura 1.69

- Relaxamento d o s m ú s c u l o s das pernas: e m a p o i o sobre a nuca, as o m o -platas e os braços (quadris a p o i a d o s pelas mãos), pernas estendidas no p r o l o n g a m e n t o d o t r o n c o : r e l a x a m e n t o simultâneo das pernas por leves v i -brações das m e s m a s durante alguns s e g u n d o s ; e m seguida, trazer u m j o e -lho (ou a m b o s ) e m d i r e ç ã o ao peito, f i c a n d o alguns segundos nessa posi-ção (expirando) e r e c o m e ç a r o exer-cício. (Fig. 1.70)

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- Relaxamento muscular c o m p l e t o (re-laxação): e m d e c ú b i t o dorsal, pernas estendidas e apoiadas no solo ou li-g e i r a m e n t e elevadas e a p o i a d a s ; bra-ços ao l o n g o d o c o r p o (ou à v o n t a d e do j o g a d o r ) . (Fig. 1.71) - R e l a x a m e n t o m u s c u l a r c o m p l e t o c o m m o v i m e n t o s respiratórios c o o r d e -nados.

a) Em d e c ú b i t o dorsal, pernas flexio-nadas, braços no p r o l o n g a m e n t o do t r o n c o , inspirar p r o f u n d a m e n t e . b) S i m u l t a n e a m e n t e , num m o v i m e n

t o c o n d u z i d o , lento e regular, c o n -duzir os braços ao longo do c o r p o e estender as pernas, expirando re-gular e p r o f u n d a m e n t e . Permane-cer vários segundos na posição de relaxação. (Fig. 1.72)

Figura 1.72

• Exercícios de agilidade e "cran": - Em afastamento para frente, pernas

semiflexionadas, braços elevados h o -rizontalmente à frente: rolar para trás sobre o dorso, e s t e n d e n d o as pernas afastadas e levando-as na direção da c a b e ç a , braços estendidos no p r o l o n -g a m e n t o do c o r p o (ou ao lon-go do m e s m o ) ; elevar o t r o n c o , l a n ç a n d o de volta as pernas para frente,

flexionan-do-as, para se levantar rapidamente; retomar a posição de partida e dar c o n t i n u i d a d e ao exercício. (Fig. 1.73)

Figura 1.73

- C a m b a l h o t a para frente, pernas afas-tadas:

Em pé, afastamento para frente: fle-xionar o t r o n c o e as pernas, apoian-do as mãos no solo. cabeça flexionada (queixo a p o i a d o no p e i t o ) : d e s e q u i -librar o c o r p o para frente por exten-são das pernas e rolando o corpo (fle-xionado) para frente; elevar o tronco, lançando os braços para frente e le-vantando-se sobre as pernas flexio-nadas e afastadas (para frente). - O m e s m o exercício deverá ser

execu-t a d o e m marcha (depois execu-troexecu-tando), de m o d o a retomar esse d e s l o c a m e n t o i m e d i a t a m e n t e após a c a m b a l h o t a e sem interrupção. (Fig. 1.74)

Figura 1.74

- Cambalhota para trás:

De c ó c o r a s : seguir o m e s m o princípio do exercício anterior, rolando para trás; manter o c o r p o b e m g r u p a d o (especialmente o queixo apoiado no peito), para evitar o c h o q u e da nuca no solo, que poderia ser m u i t o grave. - O m e s m o exercício deverá ser

execu-t a d o , c a m i n h a n d o (depois execu-troexecu-tando) para trás (Fig. 1.75)

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Figura 1.75

- Cambalhotas e saltos c o m b i n a d o s : - Três a três: o Vo executa c a m b a l h o t a

para frente, c o r p o bem g r u p a d o (per-nas bem flexionadas), enquanto o n.° 2 o salta c o m pernas estendidas e bem afastadas e rola a seguir, por sua vez, enquanto o n.° 3 salta sobre ele e também rola.

- Continuar assim o exercício, seguida-mente. É s e m p r e o executante do m e i o que executa a c a m b a l h o t a d e -pois de haver saltado.

- Esse exercício de agilidade t e m por f i m trabalhar os reflexos, para evitar, durante u m j o g o , bater e m u m j o g a -dor que cai ou rola no solo. (Fig. 1.76)

Figura 1.76

- "Queda sobre as m ã o s " ( p r e v e n d o , uma queda e m m e r g u l h o , para c a b e -cear a bola}: inicialmente, utilizar u m tapete (ou c o l c h ã o ) se necessário.

- Em pé, pernas semiflexionadas (de-pois estendidas): queda ao apoio de frente no solo (sem deslocar os pés), a m o r t e c e n d o - a por flexão conduzida dos braços. (Fig. 1.77)

Figura 1.77

26

- Em pé, pernas semiflexionadas, "salto da lebre": saltar para frente, e s t e n -d e n -d o o c o r p o , passan-do -d o a p o i o dos pés ao das m ã o s no solo e ele-v a n d o os quadris ao flexionar as per-nas, antes de apoiar os pés no solo; estender i m e d i a t a m e n t e o t r o n c o , le-v a n d o os braços para cima ao reto-m a r a posição de partida para dar c o n t i n u i d a d e ao exercício, c o m saltos sucessivos. (Fig. 1.78)

Figura 1.78

- Em p é : lançar uma perna estendida para frente, saltando sobre o pé de a p o i o e g i r a n d o o c o r p o (180°) para o lado d o m e s m o ; queda ao a p o i o de frente no solo, a m o r t e c e n d o - a por flexão conduzida dos braços. O m e s -m o exercício, realizado inicial-mente p a r a d o , deverá ser e x e c u t a d o e m corrida (trotando). (Fig. 1.79)

Figura 1.79

- Cabecear a bola e m m e r g u l h o : e m pé, pernas s e m i f l e x i o n a d a s , lançar o c o r p o e s t e n d i d o para frente, e m mer-gulho, por i m p u l s o de a m b o s os pés (depois por i m p u l s o de u m p é , d a n d o u m passo à frente), na direção da bola j o g a d a por u m c o m p a n h e i r o ; a bola deverá ser batida c o m a região frontal da c a b e ç a . (Fig. 1.80)

(25)

Figura 1.80 •" —•

- A f a s t a m e n t o das pernas para blo-quear (travar) a bola: a f a s t a m e n t o para f r e n t e , deslizar o pé da frente sobre o solo, p r o g r e s s i v a m e n t e (tron-c o flexionado à frente), a p o i a n d o as m ã o s no solo e a m p l i a n d o c a d a ve2 mais o a f a s t a m e n t o das pernas. Re-t o m a r p r o g r e s s i v a m e n Re-t e a posição vertical d o t r o n c o . í Fig. 1.81)

Figura 1.81

- Correndo (trotando), lançar u m a per-na estendida para frente e c a i n d o e m posição de g r a n d e a f a s t a m e n t o para frente, flexionando-a; deslizar progressivamente o pé da frente, a m -pliando o afastamento das pernas. Evitar a inclinação do t r o n c o para frente. (Fig. 1.82)

Figura 1.82

- Sentado, pernas flexionadas, m ã o s a p o i a d a s no solo ligeiramente atrás d o q u a d r i l ; uma bola c o l o c a d a â f r e n t e de m o d o que não seja t o c a d a (nor-m a l (nor-m e n t e ) pelos pés d o executante, e s t a n d o c o m as pernas e s t e n d i d a s : extensão enérgica e c o m p l e t a do

cor-po e das pernas ( c o m a p o i o das m ã o s no solo), de maneira que atinja a bola c o m a planta dos pés, e m p u r r a n d o - a a u m c o m p a n h e i r o c o l o c a d o a alguns m e t r o s à frente.

- Repetir o exercício, c o l o c a n d o a bola u m p o u c o mais à frente, para a u m e n -tar a d i f i c u l d a d e . (Fig. 1.83)

Figura 1.83

~ Deslizamento d o pé e m f u n ç ã o d o bloqueio da bola: dois a dois, o c o m p a -nheiro rolando a bola e m direção ao jogador.o qual. e s t a n d o e m pé, esten-de a perna, afastando-a e esten-deslizando o pé sobre o solo, de m o d o que blo-queie (trave) a bola c o m a planta d o pé. - O m e s m o exercícid poderá ser

exec u t a d o e s t a n d o o exec o m p a n h e i r o exec o n -duzindo a bola c o m os pés, e m corrida leve. e m direção ao j o g a d o r que vai realizar o exercício. (Fig. 1.84)

Figura 1.84

Exercício de cran: dois a dois, de f r e n -te luta de repulsão, espádua contra espádua (trabalho para a conquista da bola).

Chocar a espádua contra u m saco de areie (tipo utilizado pelos b o x e a d o -res), s u f i c i e n t e m e n t e pesado para re-sistir aos golpes de espádua. Habituarse à sensação e x p e r i m e n t a

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- Dois a dois, e m c o l u n a : o j o g a d o r se deixa cair para trás, os braços ligei-ramente afastados de m o d o que se apóie na q u e d a , a m o r t e c e n d o - a pelos antebraços do c o m p a n h e i r o que, s e m parada, lança o j o g a d o r e m a ç ã o , de volta à posição de p a r t i d a . (Fig. 1.85)

Figura 1.85

• Medidas higiênicas:

corporal (ducha, m a s s a g e m e c u -rativos);

orgânica - (alimentar) eliminar o ál-cool e o fumo c o m o elementos no-civos;

Aspecto social e moral

• Seguir regularmente as regras d e v i d a que asseguram a d i g n i d a d e física e m o r a l no seio da equipe e d o clube. • Respeitar os regulamentos d o clube e as c o n v e n ç õ e s estabelecidas e m c o m u m , referentes à equipe.

• Respeitar as regras de futebol e as d e -cisões dos árbitros. Recomenda-se a realização de reuniões de i n f o r m a -ção c o m discussões dirigidas, reunindo regularmente j o g a d o r e s , t r e i n a d o -res e árbitros.

• Conscientizar-se de que a a r b i t r a g e m nunca é fácil; por isso, recomenda-se que os j o g a d o r e s , cada u m por sua vez, p o s s a m arbitrar as sessões de "jogos d i r i g i d o s " no t r e i n a m e n t o . A f u n ç ã o ocasional c o m o árbitro junto aos jovens será igualmente benéfica e p s i c o l o g i c a m e n t e favorável tanto para o jogador, que atua c o m o árbitro, c o m o para os jovens.

• Respeitar o p r ó x i m o , evitando t o d o gesto grosseiro ou agressão.

• Ter f o r ç a de caráter suficiente para não responder à p r o v o c a ç ã o de u m adversário.

• Ajudar e apoiar seus c o m p a n h e i r o s c o m tenacidade,tanto nas ações o f e n -sivas c o m o nas defen-sivas difíceis. • Evitar t o d o individualismo excessivo,

s e m qualquer interesse o u proveito para a equipe.

• Evitar, durante o j o g o , qualquer atitu-de que possa a u m e n t a r a tensão o u a e x c i t a ç ã o dos e s p e c t a d o r e s mais nervosos.

• Saber reunir a m o d é s t i a à c e l e b r i d a -de. O j o g a d o r t e m , pois, u m a g r a n d e responsabilidade perante os jovens. Deve observar-se e conduzir sua vida de maneira correta. A o c o n t r á r i o , se se entregar a u m a vida faustosa e desregrada, sua influência tornar-se-á nefasta.

4.° Ponto: Atividades de lazer

Aspecto físico

O j o g o de f u t e b o l p o d e ser u m a v e r d a deira e agradável atividade de lazer, t a n -t o q u a n -t o uma boa a -t i v i d a d e para se m a n t e r e m boa c o n d i ç ã o física.

O f u t e b o l "lazer" p o d e ser p r a t i c a d o n u m pequeno espaço, e m qualquer terreno relativamente plano, c o m regras a d a p t a -das, m a s s e m p r e realizado c o m espírito de j o g o .

Para se c o n v e n c e r disso, basta observar o n ú m e r o impressionante de j o v e n s e adultos que p r a t i c a m essa atividade por t o d a parte.

Q u a n d o o f u t e b o l se torna u m esporte de alta c o m p e t i ç ã o , os j o g a d o r e s estão s u -jeitos a t r e i n a m e n t o s m e t ó d i c o s regula-res, às vezes fatigantes e fastidiosos. É aqui que intervém a necessidade de atividades não habituais de c o m p e n s a -ç ã o ou de diversão. Entre elas, escolher, s e m p r e q u e possível, u m a o u mais ativi-dades que o j o g a d o r p o d e r á praticar

(27)

g u n d o o seu desejo, c o m prazer, d u r a n -te o seu t e m p o livre, b e m c o m o , igual-mente, mais t a r d e . q u a n d o deixar a prá-tica da a t i v i d a d e de alta c o m p e t i ç ã o . Exemplos de atividades de lazer

- V o l e i b o l ; - Tênis;

- Tênis de m e s a ;

- Tênis c o m uma bola (sem uso das m ã o s ) ;

- Bocha;

- Badmington:

- N a t a ç ã o - a p r e n d i z a g e m para os que não s a b e m nadar. A o s que p r e c i s a m nadar o u de a p r e n d i z a g e m , é indis-pensável r e c o m e n d a ç ã o do m é d i c o do c l u b e , que fixará o período, a f r e -qüência e a d u r a ç ã o dessas ativida-des, para não contrariar a c o n d i ç ã o física dos j o g a d o r e s .

Outras atividades são igualmente a c o n -selháveis c o m o lazer:

- Hóquei, H a n d e b o l , Basquetebol (to-m a n d o p r e c a u ç ã o e (to-m relação aos c o n t a t o s e disputas mais acirrados); - Golfe;

- V e l a ;

- Pesca esportiva;

- Passeio a cavalo, e t c , atividades que naturalmente não são praticadas se-não e m f u n ç ã o d o m e i o ou da situa-ç ã o g e o g r á f i c a .

Para incentivar certas reuniões de a m i -gos ou o c u p a r inteligentemente o t e m p o livre o c a s i o n a d o pelos longos d e s l o c a -m e n t o s i -m p o s t o s pelo c a -m p e o n a t o . Os j o g o s sociais t i p o xadrez, bridge, d a m a s o u outros são aconselháveis,tanto q u a n -t o a lei-tura e a m ú s i c a (repousan-te e c a l m a ) .

Aspecto social e moral

• No transcorrer d o t r e i n a m e n t o , as a t i -vidades de lazer, que são efetivas na m a n u t e n ç ã o d a c o n d i ç ã o física, d e v e m ser praticadas s e g u n d o c o n d i -ções de a p l i c a ç ã o simples e atraentes.

• O prazer e a higiene mental d e v e m ajudar na aquisição de u m a c o n d i ç ã o moral satisfatória.

• Na escola primária, t u d o d e v e ser ten-t a d o para levar à criança os meios de ocupar inteligentemente seu t e m p o livre ( t e m p o de lazer). Essa e d u c a ç ã o t e m a finalidade de evitar a exposição às múltiplas tentações nefastas da rua, quase sempre p r o v o c a d a s pela ociosidade.

• Para uma equipe de f u t e b o l a c o n t e ç e o m e s m o . Os j o g a d o r e s mais c o n h e -c i d o s , às vezes -célebres, são levados a tentações de t o d o s os tipos.

• É necessário, pois, d e m o n s t r a r uma g r a n d e f o r ç a de caráter para escapar, s o b r e t u d o se, na vida, não se sabe mais que jogar f u t e b o l .

• É por isso que. tanto q u a n t o para a escola, o treinador t e m o dever de fazer praticar o u de orientar os j o g a d o -res para as atividades de lazer, a f i m de que eles. fora de equipe de f u t e -bol, p o s s a m ocupar-se útil e seria-mente, numa parte do seu t e m p o livre, individualmente, c o m sua família ou c o m seus a m i g o s .

• Do ponto-de-vista h u m a n o , a prática da atividade de lazer permite e n c o n -tros e c o n t a t o s que p o d e r ã o ser be-néficos tanto ao j o g a d o r de futebol c o m o aos seus c o m p a n h e i r o s de jogo. T o m e m o s o e x e m p l o de uma partida de tênis, da qual p a r t i c i p e m u m engenheiro, u m m é d i c o , u m eletricista, u m c o n h e c i -do j o g a d o r de futebol de nível intelectual m é d i o .

Antes e depois da partida, a conversa entre essas pessoas de meios diferentes será t a m b é m diferente daquela a que o j o g a d o r de futebol está habituado, no seu clube.

Esses c o n t a t o s e troca de idéias só ser-virão para permitir ao j o g a d o r situar-se m e l h o r entre os o u t r o s , refletir sobre a maneira de ver as pessoas e outros as-pectos da vida, b e m c o m o

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