AULA 6:
Citações, Sistemas de
Chamada no Texto e
Referências
Profa. Nilce Nazareno da Fonte
Disciplina de
METODOLOGIA CIENTÍFICA
(farmacêutica)
CITAÇÃO é a menção no texto de
informação ou de trechos extraídos de
outra fonte para esclarecer, ilustrar ou
sustentar o assunto apresentado.
Podem ser:
diretas:
transcrição literal de um texto ou
parte dele;
indiretas:
redigidas
pelo
autor
do
trabalho com base em idéias de outros
autores.
citação de citação:
CITAÇÃO DIRETA:
com até 3 linhas (citação curta):
transcrita entre aspas duplas, no texto, com o mesmo tipo e tamanho de letra, com indicação da página.
com mais de 3 linhas (citação longa):
em parágrafo distinto, com recuo de 4 cm, pulando uma linha, sem aspas, com entrelinhamento e letra menor, com indicação da página.
CITAÇÃO INDIRETA: paráfrase:
utiliza as palavras do autor sem constituir-se, entretanto, em uma citação direta.
condensação:
síntese de um texto longo, um capítulo, uma seção ou parte, sem alterar fundamentalmente a idéia do autor.
CITAÇÃO DE CITAÇÃO:
É a menção no trecho de um documento ao qual não se teve acesso, mas do qual se tomou conhecimento apenas por citação em outro trabalho. Só deve ser usada na total impossibilidade de acesso ao documento original. É usada a expressão CITADO POR ou APUD.
no texto: a informação, com a chamada no texto; no rodapé: a referência da obra original;
nas referências: a referência da obra consultada.
SISTEMAS DE CHAMADAS NO TEXTO DAS FONTES CITADAS:
sistema autor-data (alfabético):
apresenta a fonte da qual foi extraída a citação no próprio corpo do texto.
Ex: Na sentença: Segundo Silva (1998, p. 13) Pós-sentença: (SILVA, 1998, p. 13).
sistema numérico (citação-nota):
a indicação da fonte no texto é feita em algarismos arábicos por numeração única e consecutiva. Ex: no texto: Silva descreve... total 1,
ou, Silva descreve... total (1).
EXEMPLOS (citação indireta):
Chaimowicz (1997) relata que, em um contexto de importantes desigualdades regionais e sociais, idosos não encontram amparo adequado no sistema público de saúde e previdência, acumulam seqüelas de doenças típicas de sua idade, desenvolvem incapacidades, perdem autonomia e, por conseqüência, sua qualidade de vida.
Somam-se a isto vários fatores, entre outros: a) automedicação com produtos de venda livre, e aqueles indicados e até fornecidos por pessoas próximas e, b) a não adesão ao tratamento que aumenta com a idade (ARAÚJO, 1999).
EXEMPLOS (citação indireta):
No período de 1980 ao ano 2000, paralelamente a um crescimento da população total de 56%, estima-se um aumento da população idosa, no Brasil, de mais de 100%. A faixa etária com 60 anos ou mais, em 1960, representava 5% da população e as projeções indicam que será de 14% em 2025, índice hoje registrado em países desenvolvidos (ANDERSON, 1998; COELHO FILHO; RAMOS, 1999; FERRARI, 1999).
Carrol e Brue (1991) e Couto (2000) relatam que o envelhecimento passa a ser caracterizado pela incapacidade progressiva de o organismo adaptar– se às condições variáveis do seu ambiente.
EXEMPLOS (citação indireta):
Estudos realizados em São Paulo por Ramos (1999) e Saad (1993) demonstraram que, com o aumento da idade os indivíduos necessitam de auxilio para a realização de tarefas usuais da vida diária tais como: transferir-se da cama para o sofá, vestir-se, alimentar-se ou cuidar da própria higiene. Os autores relataram também que, dos 65 aos 69 anos, 54% dos indivíduos não necessitavam de auxílio para realizar tarefas.
Saenz Calvo et al. (1996) realizaram em Madri estudos dos medicamentos consumidos por idosos e relataram que a incidência de interações medicamentosas chegava a 67,5%.
EXEMPLOS (citação indireta):
A responsabilidade do farmacêutico praticamente triplicou com a globalização. Hoje, o farmacêutico que trabalha em farmácia é visto como o profissional do paciente. A Atenção Farmacêutica exigida e dispensada aos pacientes dentro das farmácias legou ao farmacêutico mais importância e também mais responsabilidade (SANTOS, 2001a).
A Organização Mundial da Saúde - OMS (1993) reconhece que há diferenças nos sistemas de assistência à saúde entre alguns países. Entretanto, considera que o conceito de Atenção Farmacêutica é aplicável em todos os países, apesar das diferenças na educação e da situação sócio-econômica, e considera que Atenção Farmacêutica é uma atitude profissional que todo farmacêutico deve tender.
EXEMPLOS (citação indireta):
Esses resultados são coerentes com aqueles encontrados por Ferreira (1972), Santos (1992), Oliveira (1997) e Moreira (1999), o que, provavelmente, é ocasionado pela presença de madeira juvenil na região próximo à medula (Moreira, 1999), indicando que para obter madeiras mais densas é necessária a colheita de árvores mais velhas.
De acordo com Oliveira (1989) a expansão de terras cobertas com florestas implantadas é explicada pela demanda crescente por produtos florestais, o que resulta em uma silvicultura intensiva.
EXEMPLOS (citação direta, curta e longa):
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1993, p. 15), o conceito de Atenção Farmacêutica é definido com “a prática profissional em que o paciente é o principal beneficiário do farmacêutico”.
O aconselhamento pode ser definido como um processo de:
escuta ativa, individualizado e centrado no cliente. Pressupõe a capacidade de estabelecer
uma relação de confiança entre os
interlocutores, visando o resgate dos recursos internos da pessoa atendida para que ela mesma tenha possibilidade de reconhecer-se
como sujeito de sua própria saúde e
transformação (BRASIL, 1997, não paginado).
EXEMPLOS (citação de citação):
A pesquisa em hidrologia florestal tem mostrado que a economia de água na terra é afetada por sua cobertura vegetal, e em particular as árvores e florestas podem causar substanciais mudanças na produção de água em bacias hidrográficas (Lee, 1970 apud Oliveira, 1989).
Segundo Evans (1982) citado por Oliveira (1989) as plantações florestais constituem ecossistemas ecologicamente pobres e simples, apresentando semelhança com os estágios iniciais de sucessão em ecossistemas naturais.
REFERÊNCIA é o conjunto padronizado de
informações agrupadas em elementos
descritivos, retirados de um documento e
que
permitem
a
sua
identificação
individual.
REFERÊNCIA:
REFERÊNCIAS
constituem
uma
lista
ordenada dos documentos citados pelo
autor no texto.
ELEMENTOS ESSENCIAIS:
são obrigatórios à identificação de documentos:
autor, título, local, editor ou produtor, ano de publicação/produção.
ELEMENTOS COMPLEMENTARES:
são opcionais, permitindo melhor caracterização do documento: subtítulo, número de páginas e/ou volumes completos, título e número de série, tipo de fascículo, tipo de suporte e notas.
APRESENTAÇÃO:
em folha e/ou página distinta;
com o título REFERÊNCIAS centralizado, com
letras tamanho 12, maiúsculas negritadas;
com um espaço de 1,5 separando o título da
lista propriamente dita;
o alinhamento é feito pela margem esquerda; entrelinhamento simples;
um espaço simples separa uma referência da
outra. de suporte e notas.
INDICAÇÃO DE AUTORIA - EXEMPLOS: BILAC, O.
AZEVEDO, P. de. SOUZA, J. C. de M. e CARVALHO FILHO, V.
LEVI-STRAUSS, C.; VON WIELLIGH, G. R. CRESPIGNY, A. de; MINOGUE, K. R.
DIAS, E. C.; CUNHA, A. M.; GOES, M. V. ALMEIDA, J. da C. et al.
SAINT, M. (Org.)
LIVROS:
Inteiros: AUTORIA. Título. Edição. Local: Editora, ano.
Partes: AUTORIA DA PARTE DA OBRA. Título da
parte. In: AUTORIA DA OBRA. Título da obra. Local: Editora, ano. página inicial-final da parte.
REFERÊNCIA: (contin.)
TESES, DISSERTAÇÕES E MONOGRAFIAS:
AUTORIA. Título. Número de folhas ou páginas. Tese, Dissertação, Monografia (Grau e área) - Unidade de Ensino, Instituição. Local, ano.
TRABALHOS ACADÊMICOS:
AUTORIA. Título. Número de folhas ou páginas. Trabalho acadêmico (Disciplina) - Curso ou Departamento, Unidade de Ensino, Instituição. Local, ano/data.
ARTIGOS DE PERIÓDICOS - impresso:
AUTORIA DO ARTIGO. Título do artigo. Título do
periódico, Local da publicação, número do volume,
número do fascículo, página inicial-final do artigo, ano/data.
INFORMAÇÃO VERBAL E/OU INFORMAL –
entrevistas não publicadas, palestras, debates,
cartas, anotações de aula e comunicações pessoais (referenciada em nota de rodapé):
AUTORIA (entrevistado). Título (se houver). Local, ano/data. Designação específica do tipo de informação.
FONTES ELETRÔNICAS ON LINE:
AUTORIA. Título. Fonte (se for publicado). Disponível em: <endereço eletrônico> Acesso em: data (dia, mês, ano).
TÍTULO ou NOME DO SITE. Disponível em: <endereço eletrônico> Acesso em: data (dia, mês, ano).
PEREIRA, M. R.; COUTINHO, M. S. S. de A.; FREITAS, P. F. Prevalence,
awareness, treatment, and control of hypertension in the adult urban population of Tubarão, Santa Catarina, Brazil. Rio de Janeiro: Cad. Saúde Pública, v. 23, n. 10, p. 2363-2374, out. 2007.
BACCHI, E. M. Controle de qualidade de fitoterápicos. In: DI STASI, L. C. (Org.)
Plantas medicinais: arte e ciência - um guia de estudo interdisciplinar. São Paulo:
Editora da Universidade Estadual Paulista, 1996. p.29-35.
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 24 ago. 1977b.
HERBARIUM. Herbarium Saúde. Curitiba, ano V, n. 22, encarte. 2002.
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ZACHÉ, J. Ao natural. Isto É, 06 de junho de 2001. Disponível em: <http://www.cfm.org.br/clipping/Ano_2001/06-2001/03-06-2001/isto_e.htm> Acesso em: 30 ago. 2003.
