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Educação de jovens e adultos mediada por tecnologia: uma prática inovadora no Estado do Amazonas

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Academic year: 2020

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Número 01, ano 2015

Jeanne Araújo e Silva – Artigo 1

Educação de Jovens e Adultos mediada por tecnologia: uma

prática inovadora no Estado do Amazonas

Youth and Adults technology mediated Education: An innovative practice In The Amazon State

Jeanne Araújo e Silva

Centro de Mídias do Amazonas jeanne@seduc.info

Resumo

O texto relata a oferta da Educação de Jovens e Adultos aos ribeirinhos e indígenas do Amazonas que vivem isolados em aldeias e comunidades rurais, em áreas de difícil acesso. Aborda as dificuldades enfrentadas pelos protagonistas em pauta no tangente a dar continuidade dos seus estudos, assim como escassez de recursos metodológicos e didáticos para este fim. A metodologia adotada se deu através de referencial teórico-metodológico, ancorada na pesquisa de natureza qualitativa, assim configurada: pré-análise – momento de seleção de diversos textos no intuito de realizar levantamento bibliográfico que consolidasse a pesquisa em estudo; análise – ocasião em que se constituiu a postura crítica e a elaboração das inferências necessárias sobre o presente estudo. Por fim, considera-se que toda essa problemática torna-se mais amena através do uso de interfaces que permitem a mediação tecnológica na transmissão das aulas num projeto pioneiro no Brasil, realizado pelo Centro de Mídias de Educação do Amazonas.

Palavras - chave:

EJA, mediação tecnológica, aprendizagem significativa, educação.

Abstract

The paper reports the offer of Youth and Adult Education to coastal and Amazonian indigenous people living in isolated villages and rural communities, in areas of difficult access. It addresses the difficulties faced by the protagonists discussed in the tangent to continue their studies, as well as lack of methodological and teaching resources for this purpose. The methodology adopted was through theoretical and methodological framework, anchored in qualitative research, so set: pre-analysis - time selection of different texts in order to carry out literature to consolidate the research study; analysis - at which time was the critical stance and the preparation of the necessary inferences about the present study. Finally, it is considered that this whole issue becomes more pleasant through the use of interfaces that allow the technological mediation in the transmission of lessons a pioneer project in Brazil, held by the Amazonas Education Media Center.

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Número 01, ano 2015

Jeanne Araújo e Silva – Artigo 2

Primeiras palavras: contextualizando o estudo

Garantir educação a população em geral nunca foi uma tarefa fácil. Inúmeras são as barreiras e obstáculos encontrados pelo governo para prover o acesso e a permanência de cada indivíduo nas escolas do país. Contudo, apenas o acesso e a permanência não são suficientes, faz-se necessário garantir também a qualidade na educação, a formação de cidadãos críticos/reflexivos e atuantes no meio social, a promoção e valorização da cultura de cada região brasileira, a formação de seres pensantes capazes de se tornarem agentes de emancipação própria. Os contratempos para a promoção de uma educação de qualidade e igualitária não são amenizados no Amazonas que possui cerca de 18,45% do território nacional e toda uma complexidade cultural e geográfica que em boa parte impede o acesso e a permanência dos educandos nas escolas.

Dentre os empecilhos que inviabilizam a aprendizagem nos municípios do interior do Amazonas, destaca-se o número insuficiente de escolas e professores graduados em disciplinas específicas. A maior parte dos educadores são habilitados apenas para atuarem nas séries iniciais do Ensino Fundamental, levando os educandos a migrarem para outras comunidades para concluírem os estudos, pois fica irrealizável alocar em comunidades rurais professores oriundos de áreas urbanas para atenderem uma quantidade pequena de alunos. Há ainda neste contexto, a carência de recursos pedagógicos e metodológicos que garantam a qualidade do ensino.

Ajuda a compor o cenário desfavorável a variação do volume de águas dos rios amazônicos que nas enchentes alagam as áreas povoadas dos municípios causando transtornos na locomoção dos estudantes e, em época de vazante, formam grandes extensões de terras, o que obriga nossos alunos a longas caminhadas para chegarem às escolas. Esta situação é agravada ainda mais quando se trata de comunidades que não dispõem de energia elétrica e contam com a utilização de diesel e geradores para suprirem essa necessidade.

Neste viés, este trabalho apresenta um estudo realizado sobre a importância da acessibilidade de cidadãos brasileiros na educação formal, em especial retratando as dificuldades sociogeográficas, econômicas, sociais, etc. de povos indígenas e ribeirinhos, as quais promovem complexidade na efetiva inclusão no processo de escolarização, na ótica da Educação de Jovens e Adultos no Amazonas. Portanto, o estudo ancorado num referencial crítico teórico-metodológico procurou responder à seguinte questão:

De que modo se realiza a Educação de Jovens e Adultos ofertada para povos indígenas e ribeirinhos do Amazonas pelo Centro de Mídias de Educação do Amazonas?

Para que o problema supracitado obtenha respostas, foi elaborado os seguintes objetivos:

Geral:

- Analisar à luz de referencial teórico como se dá o processo de oferta da Educação de Jovens e Adultos para povos indígenas e ribeirinhos, promovido pelo Centro de Mídias de Educação do Amazonas.

Específicos:

- Realizar levantamento bibliográfico que discuta sobre as novas tecnologias e educação, Educação de Jovens e Adultos e o Centro de Mídias de Educação do Amazonas.

- Conhecer a dinâmica de oferta da Educação de Jovens e Adultos através do Centro de Mídias de Educação do Amazonas, embasada em mídias e interfaces/recursos tecnológicos.

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Número 01, ano 2015

Jeanne Araújo e Silva – Artigo 3

- Inferir sobre a leitura dos textos realizados.

O estudo é do tipo bibliográfico com ênfase sobre pesquisas que relatam sobre o assunto em pauta. Trata-se de uma investigação de natureza qualitativa, visando uma análise crítica, acreditando que, através da mesma, novos desafios surjam para o despertar de outros estudos objetivando somar na área específica abordada.

A coleta de dados para construção deste estudo procedeu-se através da seleção de referenciais que trazem à pauta a discussão sobre os temas em questão: Educação e Novas Tecnologias, Educação de Jovens e Adultos, Centro de Mídias de Educação do Amazonas.

A análise do material coletado consistiu no emprego da técnica do conteúdo temático focado nas leituras realizadas, gerenciando, assim, as inferências necessárias para a descrição da compreensão dos textos lidos, bem como da construção de síntese sobre a temática em pauta. Através da análise procedida, houve a possibilidade de conhecer e organizar os centros de significados relacionados ao estudo. Com isso, buscou-se o exercício da análise da temática em pauta, organizado em duas fases: 1) pré-análise – momento de seleção de diversos textos no intuito de realizar levantamento bibliográfico que consolidasse a pesquisa em curso; 2) análise – ocasião em que se constituiu a postura crítica e a elaboração das inferências necessárias sobre o estudo.

A estrutura do texto se compõe com este momento introdutório, contextualizando a apresentação e configuração do trabalho; tópico abordando sobre tecnologia e educação que conceitua “tecnologia na educação” como o uso de ferramentas tecnológicas facilitadoras do trabalho docente e aprendizagem discente; tópico “Educação de Jovens e Adultos” que traz prescrições da LDB sobre esta modalidade de ensino, na ótica do direito à educação, além de relatar alguns autores que debatem sobre a realidade de exclusão vivida por boa parte desta demanda uma breve análise; posteriormente, é realizada uma breve análise sobre aprendizagem significativa, discorrendo sobre o olhar da psicologia que traz inúmeras teorias que versam sobre esse tema: as teorias do condicionamento e teorias cognitivistas.

Logo após, é apresentado um relato sobre a realidade e experiências vividas por indígenas e ribeirinhos, professores presenciais e professora ministrante1; por fim seguem as considerações finais destacando os resultados obtidos com o presente estudo.

Em atenção ao exposto, podemos inferir que o Centro de Mídias enfrenta o desafio de proporcionar à população do nosso estado uma educação igualitária e inclusiva dos alunos amazonenses ribeirinhos e indígenas, outrora marginalizados quanto a este direito constitucional.

1 Faz-se importante observar que as aulas são presenciais mediadas por tecnologia. Isso porque ao mesmo tempo em que ocorre a transmissão no estúdio pelos professores chamados ministrantes também acontece o desenvolvimento das atividades paralelas em salas de aula, essas orientadas pelos professores chamados de presenciais. Cada sala de aula possui um professor presencial que diariamente recebe o plano de aula e as orientações didáticas da aula do dia, juntamente com as cartelas utilizadas na transmissão via IPTV.

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Jeanne Araújo e Silva – Seção 4 Tecnologia e Educação

Entende-se por tecnologia da informação o uso de ferramentas tecnológicas utilizadas em um determinado ambiente, que facilite o desenvolvimento do trabalho executado. Faz-se cada vez mais comum e útil a utilização destas ferramentas tecnológicas na esfera educacional. Nas palavras de Melo Neto (2007, p. 15) “Nos últimos trinta anos do século XVIII, por exemplo, a substituição das ferramentas manuais pelas máquinas caracterizou a presença de novas tecnologias” o que nos leva a compreender que cada época implica na criação de suas tecnologias próprias, que visem suprir a necessidade de um determinado contexto. Podemos exemplificar, recordando a pena usada como caneta a tinteiro, que foi substituída pelo lápis em meados do século XVI para melhorar a escrita evitando borrões no papel.

Em nossa atual época, a tecnologia das aulas com mediação tecnológica é representada a partir da existência dos softwares, emails, webcam, vídeos e teleconferências, bem como o uso da internet e demais acessórios que possibilitam as transmissões.

Na nossa sociedade hodierna onde as tecnologias evoluem acentuadamente para o estímulo do progresso, e qualificações profissionais são cada vez mais exigidas, de modo que, quem detém o saber também detém o poder, torna-se imprescindível que nossos jovens e adultos de hoje, que não obtiveram acesso às salas de aula em idade oportuna, sintam-se motivados a frequentar os espaços escolares, primando pela construção de conhecimento, mas, como alcançar este direito constitucional vivendo em lugares isolados e de difícil acesso? Como concluir os ensinos, fundamental e médio, para adentrar ao mundo acadêmico tendo que, além de se deslocar a outras comunidades em busca de escolas, visto que muitas comunidades rurais do Amazonas não possuem instituições de ensino, ainda ter que conciliar os estudos com a necessidade de trabalhar?

As dificuldades vão desde a insuficiência de professores qualificados à ausência de escolas e material adequado ao ensino. Valle Neto preconiza que:

Como as escolas que oferecem ensino médio são localizadas, em geral, nas sedes municipais, havia muitas comunidades que estavam excluídas pela dificuldade de acesso às zonas urbanas. As características geográficas, a topografia peculiar das diferentes localidades amazonenses, os meios de transporte disponíveis aos moradores das comunidades e o fornecimento irregular da energia elétrica eram obstáculos a serem vencidos. Além disso, registra-se ainda a falta de profissionais habilitados em quantidade suficiente para atender o crescimento da oferta educacional (VALLE NETO, 2013 p. 04)

Foi para atenuar essa problemática do Estado do Amazonas que em 2007 surgiu o Centro de Mídias de Educação do Amazonas (CEMEAM). O CEMEAM é um projeto pioneiro no Brasil e desde sua criação é anualmente ampliado pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (SEDUC) para dar continuidade à educação de mais de trinta e cinco mil alunos. Valle Neto (2013, p. 04) nos informa que:

No ano de 2004, a Secretaria de Educação do Amazonas - SEDUC/AM – iniciou a realização de um levantamento sobre demanda escolar nos 62 (sessenta e dois) municípios amazonenses e, como resultado, constatou-se que milhares de amazonenses, residentes nas sedes dos municípios e nas comunidades rurais, estudavam até a 9ª série do Ensino Fundamental, no entanto, não davam sequência aos seus estudos. Isso ocorria porque o número de escolas era insuficiente para atendimento do público evasivo.

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Jeanne Araújo e Silva – Artigo 5

Desde então essa demanda populacional passa a ter o ensejo de concluir seus estudos, melhorando sua qualidade de vida, ao mesmo tempo em que recebe oportunidades de construção de conhecimento de quem não conseguiu estudar em idade oportuna, pois o Centro de Mídias oferece a modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

No Centro de Mídias as aulas são ministradas em tempo real diariamente via teleconferência, a instituição possui atualmente sete estúdios de televisão, nos quais são ministradas aulas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, 1º ao 3º ano do Ensino Médio, 2ª, 3ª e 4ª fase do Ensino Fundamental na modalidade de Educação de Jovens e Adultos.

As aulas, que são minuciosamente planejadas pelos professores ministrantes, acontecem por meio do sistema de IPTV (Internet por Televisão), com interatividade de som e imagens, tendo a presença de professores, tanto no estúdio, quanto na sala de aula, realizando o intermédio da aprendizagem.

Toda essa estrutura ilustra as palavras de (VALENTE, 1993 apud MELO NETO 2007, p. 19), ao relatar que “computador na educação não significa aprender sobre computadores, mas sim por meio de computadores” e vem de modo concomitante permitir que nossos alunos do interior possam avançar em seus estudos sem a necessidade de se locomover a outros municípios, deixando suas famílias e afinidades para mergulhar no desconhecido.

Educação de Jovens e Adultos

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) estabeleceu no capítulo II, seção V a Educação de Jovens e Adultos. O Art. 37 na Seção V da LDB preconiza que a EJA “será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”. Esse fragmento da lei nos esclarece o perfil do alunado desta modalidade de ensino e garante um grande potencial de educação inclusiva e compensatória.

A Educação de Jovens e Adultos tem sido objeto de estudo analisado por uma gama de pesquisadores que visam consolidar esta modalidade a fim de contribuir com o desenvolvimento econômico e educacional de nosso país.

Todo ser humano tem direito a receber uma educação de qualidade que garanta plenamente o desenvolvimento de sua personalidade e capacite-o profissionalmente, tornando-o capaz de prover com autonomia seu sustento e sua participação ativa na vida em sociedade.

Cury (2005) preconiza sobre políticas inclusivas, as quais devem se articular com políticas duradoras, de modo que, considere a democratização dos bens sociais e educação escolar. De fato a Educação de Jovens e Adultos necessita de um olhar especial, necessita realmente ser provida de políticas públicas inclusivas e igualitárias, pois a mesma tem como público específico um grupo marcado historicamente pela exclusão social e educacional.

Até pouco tempo atrás, a educação escolar era privilégio apenas de uma minoria elitista, enquanto que, a grande massa populacional via-se obrigada a enfrentar longas e exaustivas jornadas de trabalho braçal para sobreviver, sem possibilidades de frequentar o universo escolar, mantendo-se, assim, à margem do conhecimento, da formação profissional e até mesmo de seus direitos de cidadão, como saúde, alimentação e lazer.

É exatamente essa desigualdade e estratificação social que o Centro de Mídias de Educação do Amazonas visa a combater, proporcionando acesso e permanência na vida escolar da população do nosso estado, garantindo uma educação igualitária a quem não pode estudar em idade oportuna. Este sem dúvida é um dos maiores desafios da educação pública: inserir esse

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Jeanne Araújo e Silva – Artigo 6

contingente, outrora marginalizado, em um contexto que integra formação geral e educação profissional, garantindo, desta maneira, formação integral a este público que, por muitas vezes, apenas necessita de uma oportunidade para sua emancipação social.

Devido às preconizações pertinentes na LDB sobre a Educação de Jovens e Adultos, esta modalidade ganhou força e se tornou política de Estado, levando o governo a investir e fomentar esta modalidade educacional com o intuito de se elevar o índice de ensino da população, principalmente daqueles que já mencionados nela não tiveram acesso ou possibilidade de estudos. Esta é uma realidade gritante em boa parte do nosso país, sobretudo em nossa Região Norte, que sofre, além de extensas barreiras geográficas, grande escassez de recurso educacional, professores qualificados e infraestrutura adequada ao ensino.

O Brasil, segundo pesquisas explícitas em relatórios da UNESCO (2013), é o oitavo país do mundo em número de adultos analfabetos. Esse número é ainda mais alarmante, se além de analfabetos, também incluirmos os adultos que vitoriosamente aprenderam a ler, mas não puderam seguir com os estudos e concluir sequer o nível fundamental de ensino. O Portal Amazônia divulgou em fevereiro de 2012 que a zona rural do Amazonas apresenta uma taxa de analfabetismo maior que a média nacional:

Técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apresentaram informações relacionadas à situação social do Amazonas [...] De acordo com os dados, a taxa de analfabetismo caiu no Estado. Mesmo com os resultados, a área rural ainda apresenta índice de analfabetismo acima da média nacional. Em 2004, a zona rural do Amazonas possuía 20,8% da população analfabeta. O número caiu para 12,5% em 2009. O índice, porém, ainda é elevado, se comparado ao nacional de 9,7% no mesmo ano.

Nosso país, por muitos anos e em muitos governos, mostrou-se preocupado com a realidade do analfabetismo, porém, com esse resultado divulgado pela UNESCO (2013), fica claro que as leis e os programas para erradicação do analfabetismo no Brasil não tiveram êxito.

Costa (2008, p. 67) com o texto Educação de Jovens e Adultos no Brasil: novos problemas velhos problemas, mostra-nos a relação de tentativas frustradas oriundas de governos que apenas se mostram preocupados com essa realidade, mas não se permitem investir, de fato para resolver, ou pelo menos atenuar, esta problemática. Segundo este autor os programas foram:

Campanha de Educação de Adolescentes e Adultos – CEAA; Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (1958, Governo Juscelino Kubitschek); Movimento de Educação de Base (1961, Confederação Nacional de Bispos do Brasil – CNBB); Programa Nacional de Alfabetização (1964 – Governo de João Goulart); Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL – Governos Militares); Fundação Nacional de Educação de Jovens e Adultos – Educar (1985, Governo José Sarney) ; Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania – PNAC (1990, Governo Fernando Collor de Mello); Declaração Mundial de Educação para Todos (1993, assinada pelo Brasil em Jomtien, Tailândia); Plano Decenal de Educação para Todos (1993, Governo Itamar Franco); Programa Alfabetização Solidária (1997, Governo Fernando Henrique Cardoso).

Talvez a problemática que nos leva ao fracasso desta modalidade seja acreditar que o trabalho pedagógico desenvolvido neste seguimento de ensino deva ser de cunho eminentemente alfabetizador. É nítido que alfabetizar é somente o primeiro passo do processo, o primeiro degrau de uma longa escadaria. Só a alfabetização não poderá garantir, em hipótese alguma, o desenvolvimento social do educando “iletrado”.

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Jeanne Araújo e Silva – Artigo 7

Quando uma pessoa adulta regressa aos bancos escolares, seu desejo maior é o de se preparar para o trabalho, de ter autonomia para poder se dar bem profissionalmente. Não se instrui um adulto com a mesma metodologia voltada para a educação de crianças. Um aluno na faixa etária para a EJA, por exemplo, retomando aos bancos escolares correspondente ao 4º ano do ensino fundamental, dificilmente se interessará por uma atividade caracterizadamente infantil, sem contextualização com a realidade de uma vida adulta. Daí a necessidade de abordar conteúdos equivalentes, mas com uma linguagem amadurecida e que possibilite o encontro daquilo que esse público almeja, trabalhar conteúdos com uma metodologia favorecedora de aprendizagem significativa.

Aprendizagem Significativa

A Psicologia possui vários conceitos de aprendizagens, há inúmeras teorias que versam sobre esse tema e, segundo Bock (2001), estas teorias podem ser categorizadas em dois tipos: as teorias do condicionamento, as quais definem a aprendizagem pelas suas consequências comportamentais e enfatizam as condições ambientais como forças propulsoras da aprendizagem; e as teorias cognitivistas, que por sua vez, definem a aprendizagem como um processo de relação do sujeito com o mundo externo e que tem consequências no plano da organização interna do conhecimento.

Moreira e Masini (2006, p. 13), ao relatarem a teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel, que é um representante da teoria cognitivista, enfatizam que a “aprendizagem significativa dá-se por uma organização e integração do material na estrutura cognitiva”. Ele acredita, assim como todos os outros cognitivistas, que existe uma estrutura na qual se processa a organização e a integração do conhecimento, ou seja, existe uma estrutura cognitiva na mente de cada indivíduo, e esta estrutura é entendida como “conteúdo total de ideias de um certo indivíduo e sua organização” (MOREIRA e MASINI 2006, p. 14).

Os cognitivistas prosseguem diferenciando a aprendizagem em mecânica e significativa. A primeira “refere-se à aprendizagem de novas informações com pouca ou nenhuma associação com conceitos já existentes na estrutura cognitiva” (BOCK 2001, p. 153), enquanto que a segunda utiliza os conhecimentos previamente absorvidos pelo aprendiz.

Para depreendermos o conceito de aprendizagem significativa, faz-se necessário descobrirmos como atribuímos significados as mais diversas situações do cotidiano, tanto nas esferas sociais, quanto nos educacionais.

É comum tomarmos nossas decisões baseadas tanto nas escolhas que queremos tomar quanto nas escolhas que devemos tomar, o eterno confronto entre razão e emoção. Ao adquirirmos uma concepção de mundo, passamos a agir de acordo com ela. Uma vez que temos ampliada a consciência de nossos próprios atos, atribuímos significados aos objetos que nos rodeiam. A Psicologia por sua vez estuda, dentre outros enfoques, o modo como o ser humano desenvolve essa concepção de mundo a qual o motiva a adotar determinado comportamento. Segundo Moreira e Masini (2006, p. 15) a intencionalidade, encontrada na consciência “é a estrutura que dá significado às experiências”.

Diante disto é correto afirmar que, na medida em que o ser humano se situa e se identifica com o mundo, com o meio no qual está inserido, estabelece relações de significados os quais não são entidades estáticas, mas pontos de partida para estruturação de outros significados. É desta forma que se origina a estrutura cognitiva.

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Número 01, ano 2015

Jeanne Araújo e Silva – Artigo 8

Os alunos constroem conhecimento através da interação e influência de professores, colegas de sala de aula, até mesmo através de recursos tecnológicos, da mídia, e de todo o meio no qual estão inseridos. Os Parâmetros Curriculares Nacionais deixam claro que:

[...] as aprendizagens que os alunos realizam na escola serão significativas na medida em que eles consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos, que atendam as expectativas, intenções e propósitos do aluno. (BRASIL, 1998, p. 72)

Nesta perspectiva cognitivista, a:

[...] aprendizagem significativa processa-se quando um novo conteúdo relaciona-se com conceitos relevantes, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo assim assimilado por ela. Estes conceitos disponíveis são os pontos de ancoragem para a aprendizagem. (BOCK, 2001, p. 118)

Com essa afirmação, a autora preconiza que para haver aprendizagem significativa é fundamental que o docente leve em consideração os conteúdos já assimilados pelos alunos, de modo a englobar suas experiências, pois os mesmos servirão de ponte para novos conhecimentos, esses novos conhecimentos, por sua vez, logo servirão de ponte novamente para outras informações e assim sucessivamente.

Ao instigar os alunos a uma aprendizagem significativa o professor, segundo Drew (2008, p. 15), “torna-se um estudante estimulador que monta palco, provoca, desafia, encoraja e mantém a busca do entendimento por parte da criança”.

Levar os alunos a compreenderem os conteúdos ministrados, definitivamente não é tarefa fácil, para Ausubel, analisado por Moreira e Masini (2006, p. 47) o problema maior da aprendizagem discente “está na utilização de recursos que facilitem a captação da estrutura conceitual dos conteúdos e sua integração à estrutura cognitiva”. Serão esses recursos que tornaram a aprendizagem significativa ou não.

A aprendizagem significativa permite que o aluno se interesse mais pelos conteúdos ministrados em sala de aula uma vez que a mesma o levará a compreender melhor os seus significados e também, por ser, segundo Moreira e Masini (2006), substantiva, ou seja, ser rica em conteúdo, ter poder explanatório, generalidade e viabilidade no assunto, ao mesmo tempo em que também é programática, que preocupa-se com a programação adequada da ordenação da sequência do assunto, partindo sempre do estabelecimento de sua organização lógica e interna, e de modo sucessível planeja a montagem dos exercícios práticos.

Estimulados pela teoria cognitivista é correto afirmar, segundo Moreira e Masini (2006, p. 15) que a “aprendizagem de material potencialmente significativo é, por excelência, um mecanismo humano para adquirir e reter a vasta quantidade de idéias e informações de um corpo de conhecimentos”, ou seja, o indivíduo, conforme sua inserção em um contexto que propicie a ele o contato e a habilidade de adquirir, reter e construir conceitos em sua estrutura cognitiva será, ou não, capacitado a adquirir significados.

Preconizada por (Ausubel 2004 apud MOREIA e MASINI 2006, p. 17)

A aprendizagem significativa é o processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo [...] ocorre quando a nova informação ancora-se em subsunçores relevantes preexistentes na estrutura cognitiva de quem aprende.

Esta afirmação nos possibilita a compreensão de que a estrutura cognitiva é uma espécie de estrutura hierárquica de subsunçores que são abstrações das experiências vividas e adquiridas

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Jeanne Araújo e Silva – Artigo 9

pelo indivíduo. Ausubel (2004) prossegue nos elucidando que a aprendizagem é significativa “se a nova informação incorporar-se de forma não arbitrária e não literal à estrutura cognitiva” (apud MOREIRA e MASINI 2006, p.19).

Embora os cognitivistas prefiram a aprendizagem significativa, é correto afirmar que, em alguns casos, quando o indivíduo recebe um conteúdo totalmente novo à ele, é necessário que haja primeiro a aprendizagem mecânica, já que ainda não há subsunçores que possibilitem a aprendizagem significativa, ou seja, a aprendizagem será mecânica até que se formem, na estrutura cognitiva do aprendiz, alguns elementos de conhecimento relevantes à nova informação recebida, mesmo que estes ainda possuam um baixo grau de complexidade. Uma vez que nossa sociedade para prosseguir evoluindo, necessita de cidadãos pensantes, ativos e participantes nas situações em comum do convívio social, empreendedores, capazes, questionadores, que buscam aprender sempre, pois só assim haverá uma mudança significativa nas desigualdades sociais, a escola precisa mudar a concepção que tem do aluno. Para que as situações de injustiças sociais sejam revertidas, ou pelo menos atenuadas, é necessário que ocorram mudanças em diversas áreas. Os alunos de hoje, podem ser os agentes transformadores de toda uma sociedade no amanhã.

Realidade e Experiência

O Centro de Mídias de Educação do Amazonas é reconhecido mundialmente por utilizar ferramentas tecnológicas para oferecer ao seu diversificado público, matriculado na Educação de Jovens e Adultos mediada por tecnologia, e demais modalidades de ensino, uma educação de qualidade proporcionando a milhares de amazonenses a realização do sonho de emancipação social. A metodologia utilizada baseia-se nas teorias construtivistas preconizadas por Paulo Freire, Jean Piaget e Vigotski.

A contextualização dos conteúdos também é uma realidade no CEMEAM e a mesma ocorre de modo estruturado em planos de aulas, orientações didáticas e até o fim do ano de 2014 contou com a parceria da Fundação Roberto Marinho nas modalidades da EJA e também na etapa dos anos finais do Ensino Fundamental.

O projeto pioneiro do Centro de Mídias em promover educação às comunidades mais longínquas do Amazonas recebeu até o presente momento onze premiações nacionais e internacionais dos quais se destacam: E-Learning Brasil 2008/2009 - Referência Nacional / Categoria Educacional; E-Learning Brasil 2009/2010 - Referência Nacional; E-Learning Brasil 2010/2011 - Referência Nacional; E-Learning Brasil 2011/2012 - Referência Nacional; Learning Impact 2009 – Barcelona/Espanha - Gold Awards Best Student Success Solution; WISE Awards 2009 - Best project with real and positive impact on innovation within education; A rede de inclusão digital 2009 - Categoria Especial de Educação; Banco do Brasil 2011 – Tecnologia Social.

Diante desta realidade estrutural ofertada pelo CEMEAM, pode-se ilustrar o cotidiano vivido pelos atores envolvidos neste processo, que vai desde a elaboração das aulas, a qual ocorre em um processo diferenciado da elaboração de uma aula ministrada em sala de aula, até que a mesma seja ministrada nos estúdios para os sessenta e dois municípios do Amazonas.

O processo de laboração das aulas ocorre bem antes dela ir ao ar. Elas são produzidas uma a uma, de maneira detalhada e minuciosa. Ocorre primeiramente o planejamento do cronograma bimestral, no qual consta a numeração da aula, os conteúdos que devem ser trabalhados na mesma e a data a qual ela deverá ir ao ar. Na Educação de Jovens e Adultos, cada semana de aula possui um tema que norteia a ministração dos conteúdos que deverão ser abordados,

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promovendo, desta forma, uma contextualização da realidade e do cotidiano dos alunos. Feito isto, parte-se para a seleção de recursos didáticos e metodológicos que serão utilizados neste trabalho.

Com a seleção dos recursos finalizada, parte-se para a produção dos planos de aula. Concluída esta etapa, os mesmos são enviados às pedagogas do CEMEAM que realizam as mediações e intervenções necessárias. Na sequência os planos de aula são dirigidos à equipe de produção na qual os professores ministrantes juntamente com os roteiristas escolhem a maneira mais proveitosa de as aulas irem ao ar e decidem quais os efeitos gráficos, animações, imagens e demais recursos visuais deverão fazer parte das transmissões.

Todo este processo de elaboração das aulas, durante várias semanas antes de suas transmissões, isso enfatiza a seriedade e o compromisso em promover uma educação igualitária a todos os amazonenses assistidos pelo CEMEAM.

O CEMEAM pode contar ainda, até o ano de 2014, com formações televisivas, ofertadas aos professores ministrantes, pela Fundação Roberto Marinho e com duas formações anuais ofertadas aos professores presenciais também pela FRM. Nesta última eram convocados todos os professores presenciais dos municípios participantes do projeto, os quais recebem orientações sobre os procedimentos necessários para garantir a qualidade das aulas, visto que todo o processo requer intenso trabalho em equipe. Esta formação também viabiliza a aproximação entre todos os envolvidos no processo de ensino do CEMEAM, nos quais é possível socializar relatos de experiências, dificuldades, necessidades e também preconizar sobre meios de melhorar o aprendizado discente.

As dificuldades enfrentadas são proporcionais às dimensões de nossa região, isto é passível de afirmação mediante desabafo de uma das professoras presenciais de uma das comunidades afastadas da sede de seu município, a qual relatou que a distância percorrida por ela entre sua residência e a escola na qual leciona é equivalente a oito horas em uma lancha, (embarcação característica dos rios amazônicos) e isto impossibilitava seu trajeto diário e a obrigava a ficar nas dependências da comunidade sem retornar ao seu lar e limitando-se a ver sua família apenas uma vez por mês, quando a mesma regressava à sede do município em que residia para receber seu fruto salarial.

Há ainda diversas outras dificuldades encaradas por nossa população, uma delas refere-se às comunidades indígenas cujos alunos não dominam a Língua Portuguesa de modo a acompanharem sem problemas as transmissões dos conteúdos, ficando a cargo do professor presencial ser a ponte para o aluno, traduzindo para a língua materna deles os saberes apresentados nas aulas. Podemos ilustrar essa realidade com o relato de um professor presencial indígena que afirmou a necessidade de deixar os alunos acompanhando as aulas na Língua Portuguesa para melhorar a interação com a mesma e no dia seguinte ministrar a mesma aula na língua materna de sua etnia.

Há também a insuficiente estrutura para fornecimento de energia elétrica vivenciada em boa parte das comunidades afastadas das sedes dos municípios, o que implica na necessidade de produzi-la por meio de geradores utilizando diesel para tal. Nem sempre as comunidades dispõem desse diesel para ligar os equipamentos necessários e acompanharem as transmissões e isso gera desmotivação na demanda de alunos. Cabe, neste contexto, uma atenção maior por parte dos governantes de cada município no controle do repasse deste diesel, visando o não prejuízo no aprendizado discente, além da criação de políticas públicas e estratégias de desenvolvimento para tal.

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Jeanne Araújo e Silva – Seção 11 Considerações Finais

Em atenção ao problema investigado: De que modo se realiza a Educação de Jovens e Adultos ofertada para povos indígenas e ribeirinhos do Amazonas pelo Centro de Mídias de Educação do Amazonas? – Chegamos as seguintes considerações:

- O processo de ensino/aprendizagem ofertado pelo Centro de Mídias de Educação do Amazonas a povos indígenas e ribeirinhos se dá com a dinâmica de aulas presenciais mediadas por tecnologia, através de teleconferências com a possibilidade de contato em tempo real com os alunos que podem apresentar os resultados de suas construções de aprendizagens.

- O uso de recursos midiáticos e instrumentos tecnológicos favorecem a ruptura até pouco tempo desenhada em referência à exclusão do público foco deste processo de escolarização. Isso porque o Amazonas é um Estado que possui diversas peculiaridades, tais como: as estradas serem os próprios rios, lagos e igarapés, dificultando o acesso que se torna demorado; além da distância a ser percorrida pelos estudantes e professores presenciais até a localização das escolas. No entanto, o Centro de Mídias consegue atingir as localidades que até pouco tempo eram inatingíveis, levando uma educação promissora, eficiente, atrativa, prazerosa, inclusiva e de boa qualidade.

- Através dos recursos didáticos/metodológicos oferecidos pelo Centro de Mídias de Educação do Amazonas, fica evidente que as novas tecnologias propiciam o desenvolvimento intelectual dos educandos, bem como a transformação de comportamento e posicionamento crítico frente aos problemas sociais de cada localidade.

- As aulas são consideradas pelos alunos e professores presenciais promotoras de construção de saberes e conhecimentos promissores e eficientes levando os jovens e adultos aprendentes a se tornarem participativos dos processos sociais envolventes, atuando como cidadãos e sendo autores e articuladores de um mundo mais justo e igualitário.

Considerando o exposto, não se pode negar que o uso de ferramentas tecnologias na esfera educacional acentua o desenvolvimento do país. Contudo deve-se deixar claro que este uso não pode limitar-se a aprendizagem do manuseio de computadores ou acesso à internet, pois eles são ferramentas facilitadoras da aprendizagem e da construção de conhecimento, que levem o alunado a ter capacidade de autonomia na construção de seu saber, e possibilitam o poder de posicionar-se perante a sociedade para expor suas opiniões frente aos acontecimentos de modo crítico, participativo e emancipatório.

A utilização de recursos tecnológicos de comunicação que visam a garantir educação igualitária aos amazonenses por meio de aulas mediadas por tecnologia sem dúvidas é um belo exemplo de como utilizar essas ferramentas a nosso favor, pois o mesmo abraça o desafio de proporcionar uma educação igualitária e inclusiva aos alunos amazonenses ribeirinhos, indígenas, camponeses, que outrora foram marginalizados quanto a este direito constitucional devido a inúmeros fatores característicos de uma região com desafios de proporções continentais.

Assim que ocorre a Educação oferecida pelo Centro de Mídias: buscando promover, de fato, uma educação inclusiva na qual todos possam usufruir do acesso e permanência ao ambiente escolar, outrora negado a essa demanda caracterizada historicamente pelo processo de exclusão.

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Número 01, ano 2015

Jeanne Araújo e Silva – Artigo 12 Agradecimentos e apoios

Agradeço ao professor MSc. Jaspe Vale Neto pelo apoio imprescindível na elaboração deste trabalho; à professora Joyce Camila Martins que realizou a revisão gramatical e ortográfica deste trabalho.

REFERÊNCIAS:

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COSTA, Antônio Cláudio Moreira. Educação de Jovens e Adultos no Brasil: novos problemas, velhos problemas. 2008.

CURY, Carlos Roberto Jamil. Políticas inclusivas e compensatórias na educação básica. Fundação Carlos Chagas, Cadernos de Pesquisa, vol. 35, nº 124, São Paulo, jan/abr 2005. MOREIRA, Marco Antonio; MASINI, Elcie F. Salzano. Aprendizagem Significativa: A

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um fazer pedagógico inovador no estado do amazonas realizado através da mediação tecnológica. Artigo publicado e inscrito no Prêmio Professores do Brasil - 7ª edição, na

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PENA, Aparecida de Carvalho. O proeja no contexto das políticas públicas atuais: a busca pelo direito dos jovens e adultos à educação profissional técnica de nível médio. Disponível em: <http://alb.com.br/arquivo-morto/edições_anteriores>. Acesso em: 08 abril. 2012.

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