• Nenhum resultado encontrado

Desmontar direitos constitucionais: velho novo projeto da classe dominante brasileira / Dismantling constitutional rights: old new project of the brazilian ruling class

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Desmontar direitos constitucionais: velho novo projeto da classe dominante brasileira / Dismantling constitutional rights: old new project of the brazilian ruling class"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

Desmontar direitos constitucionais: velho novo projeto da classe dominante

brasileira

Dismantling constitutional rights: old new project of the brazilian ruling class

DOI:10.34117/bjdv6n2-185

Recebimento dos originais: 30/12/2019 Aceitação para publicação: 18/02/2020

Michelly de Oliveira Leopoldino

Acadêmica de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/Maceió-AL. mitchel34@hotmail.com

Alan da Silva Andrade

Acadêmico de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/Maceió-AL. alanandrade0@hotmail.com

Juliana de Souza Oliveira

Acadêmica de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/Maceió-AL. julianadesouzaoliveira@outlook.com

Rhiane Karina da Silva Leite

Acadêmica de Enfermagem do Centro Universitário Tiradentes – UNIT/Maceió-AL. rhianekarine@hotmail.com

Fabiani Tenório Xavier

Mestre em Enfermagem - PPGENF/UFAL

Professora Assistente I do curso de Graduação em Enfermagem - UNIT/AL Professora do Curso de Graduação em Enfermagem - FAT/AL.

fabianitenorio@hotmail.com

Keysse Suelen Fidelis de Mesquita

Mestre em Enfermagem – PPGENF/UFAL.

Especialista por residência em Saúde Mental – UPE/PE e em Saúde Coletiva – CEFAPP/PE. Professora Auxiliar I do curso de Graduação em Enfermagem – ESTÁCIO/AL.

Preceptora do curso de Graduação em Enfermagem – UNIT/AL. keyssesuelen@gmail.com

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo discutir o desmonte da educação superior pública no atual cenário político do Brasil. Trata-se de pesquisa documental realizada entre julho e agosto de 2019. O racismo no Brasil e o desmonte das universidades públicas por meio da agressiva redução e corte de recursos, dos projetos de privatização, censura e controle da gestão assegura a desigualdade educacional como motor para manutenção das disparidades sociais no país. Conclui-se que medidas diariamente criadas e sancionadas especialmente para pasta da educação, ciência e pesquisa

concretizam o projeto de exclusão das camadas populares ao tornar invisíveis seus direitos civis, pois, quando efetivados asseguram o desenvolvimento e ascensão social dessa categoria.

(2)

ABSTRACT

The present study aims to discuss the dismantling of public higher education in the current political scenario in Brazil. This is documentary research conducted between July and August 2019. Result: Racism in Brazil and the dismantling of public universities through the aggressive reduction and cutting of resources, privatization projects, censorship and management control ensures educational inequality as a motor to maintain social disparities in the country. It is concluded that daily

measures created and sanctioned especially for education, science and research concretize the project of exclusion of the popular layers by making their civil rights invisible, since, when implemented, they ensure the development and social ascension of this category.

Keywords: Austerity. Disassemble. Higher public education. Politics. 1 INTRODUÇÃO

A Revolução Industrial despontou no século XVIII selando a transição do Sistema Feudal para o Sistema Capitalista que promoveu uma série de transformações socioeconômicas e culturais das populações não apenas na Inglaterra, mas, em todos os continentes. (OLIVEIRA, 2003).

De acordo com Faber, Severo e Ferreira (2008), o evento tardou em chegar ao Brasil se dando num cenário de lutas contra a escravidão que culminou na quebra da economia açucareira no Norte e Nordeste, consequentemente a queda do Império, o que fortaleceu a economia cafeeira das regiões Sul e Sudeste dando início ao período conhecido como República Velha.

Ainda segundo os autores supracitados, o novo sistema de governo, também chamada de política do Café com Leite, tendo em vista, o revezamento dos grandes produtores rurais dos estados de Minas Gerais e São Paulo nas esferas de poder, oportunizou a ascensão do capitalismo no país até o Regime Militar instituído com o Golpe de 64.

O período ditatorial promoveu a espoliação dos recursos humanos, financeiros e naturais do país para manutenção de suas estratégias de aniquilação social, acúmulo de riquezas e sustentabilidade da economia de países centrais como os Estados Unidos, promovendo a migração de boa parte da população brasileira para as grandes capitais.

Conforme Souza (2015), o êxodo promovido pelo capitalismo alicerça o sistema hegemônico, pois, se origina fundamentalmente nas regiões historicamente colonizadas. Ao buscar melhor condição de vida nos grandes centros, a população migrante desencadeou uma explosão demográfica que comumente ignorada pelos governantes, fez surgir o cenário de desigualdade social e de favelização no país.

A gestação dos movimentos sociais contra essa realidade acontecia no Brasil antes dos anos 80 sob a liderança de intelectuais como Paulo Freire e Sergio Arouca, endossada por instituições como Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES) e Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO) simbolizando, sobretudo, a luta pela igualdade social e humanização na saúde pública no país. (TEIXEIRA; PAIVA; 2014).

(3)

A linha expressiva de criminalização da pobreza, as atrocidades cometidas contra a população e o sucateamento do estado pelo regime militar foram alguns dos fatores que promoveram na década de 80 a explosão do movimento pelas “Diretas Já” embasado por dois processos de importância social e histórica imensurável, a Redemocratização com a Constituição de 88 e a Reforma Sanitária com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).

Na Constituição Federal (1988), a educação é reconhecida como um direito de cidadania pela, que garante “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

As políticas públicas de educação no país ratificam a ideia de que a democratização da educação em sociedades desiguais propicia melhor distribuição de oportunidades às minorias historicamente segregadas. (BRASIL, 2018).

Assim, o espaço universitário se tornou um importante cenário de reconhecimento social dos indivíduos que fortalecidos pelo desenvolvimento do pensamento crítico relacionado ao contexto social e político ao qual estão inseridos, se tornam capazes de promover mudanças que ameaçam as estruturas oligárquicas brasileiras e oportunizam o nascimento de um novo perfil de sociedade.

Esse trabalho tem como objetivo discutir o desmonte da educação superior pública no atual cenário político do Brasil, a partir do objeto de estudo constituído pelas ações governamentais que corroboram para o fortalecimento do Estado social mínimo justificado pela criminalização da pobreza e a fragmentação dos direitos constitucionalmente garantidos no país.

Desse modo, a pesquisa demanda responder o seguinte questionamento: Por que o governo atual do Brasil vem se utilizando de ações que promovem o desmonte do ensino público superior do país?

Adota-se como método pesquisa documental realizada entre julho e agosto de 2019. E as informações foram extraídas do relatório disponibilizado em 2018 pelo IBGE, artigos e material áudio visual que abordaram os ciclos de poder na sociedade brasileira e os desafios contemporâneos da educação superior no Brasil, publicados entre 2000 a 2019.

O primeiro passo do estudo foi a escolha das fontes, seguido da análise, leitura e releitura do material angariado, o relatório do IBGE foi base para o início da investigação, tendo em vista, a necessidade de conhecer o atual cenário da educação superior no país, a consulta das demais fontes ratificou o que havia sido constatado nas estatísticas oficiais, o que corroborou para responder a pergunta do estudo.

(4)

2 O CENÁRIO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL

Em 2018, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do Brasil divulgou que pessoas entre 25 e 34 anos tem ensino superior completo perfazendo 19,7%, 46% possuem médio e superior incompleto, 16% têm os níveis fundamental e médio incompleto e 18% são desprovidos de instrução. Esses índices são considerados muito abaixo da média determinada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, além disso, o relatório indicou que os números pioram quando a analise é feita entre as regiões do país.

A educação superior no Brasil é composta por Instituições de Ensino Superior, universidades, centros universitários e faculdades sendo um projeto recente quando comparado ao continente europeu, isso se deve ao fato de que na sua origem o caráter elitista foi preponderante e se perpetuou por muitos anos no país. (HERINGER, 2018).

Diante dos obstáculos para o acesso e manutenção dos indivíduos nos espaços de educação formal, em 2014 foi promulgada a Lei 13.005 (Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE), trata-se de uma política de educação composta por dez diretrizes e doze metas que embasam o compromisso contínuo ao combate das desigualdades no país por meio da democratização do acesso à educação de qualidade. (BRASIL, 2014).

Conforme Martinho (2015), a histórica escassez de políticas públicas no Brasil, fortalecida em eventos neoliberais, configura um cenário interessante para as camadas mais abastadas da sociedade, pois, assegura o ciclo de vulnerabilidade da classe média que, refém economicamente, se mantem submissa ao poder burguês nas variadas esferas da sociedade. Para os autores, Plácido e Souza (2017), a metodologia de ensino de Paulo Freire, o maior símbolo da educação libertadora no Brasil e por isso, o mais combatido pelo atual governo neoliberal, é o melhor instrumento de combate aos abusos dos regimes de exclusão.

A elaboração, discussão e implementação de políticas, programas e estratégias por parte do Estado através das relações intersetoriais e participação popular são fundamentais para compensar tais disparidades existentes promovendo o exercício democrático.

A passagem do modelo de igualdade formal para o material deriva da necessidade de oferecer condições desiguais de acesso àqueles que são tratados historicamente e, portanto, estruturalmente, de forma desigual, com o propósito de corrigir décadas de falta de oportunidades. (BRASIL, 2013).

Nesse contexto, Abreu e Lima (2018) por acreditarem na educação como saída para pobreza, apontam as políticas afirmativas para educação como amplificador de possibilidades para ascensão social. Em função dessas ações positivas, no Brasil entre os anos 2009 e 2016, a rede pública de

(5)

ensino teve um aumento de 47,7% em suas matrículas, enquanto a rede particular alcançou a marca de 36,8% no mesmo período. (BRASIL, 2018).

Entretanto, ao se analisar a caracterização de perfil dos alunos que ocupam essas vagas, observa-se acentuada diferença quando verificado o quesito cor ou raça, o número de estudantes brancos é superior aos negros, apontando a dificuldade da segunda categoria em finalizar o ensino médio e consequentemente ao nível superior. (PNAD, 2014).

No estudo de Cançado, Souza e Cardoso (2014), os autores destacam o reapropriar dos direitos como forma de compreender as estruturas sociais vulnerabilizantes e seus condicionantes, que não se baseiam apenas nas relações econômicas, mas, no campo político, educacional e cultural, por exemplo, fatores que podem influenciar nas privações sofridas pela população negra. A omissão em relação à escravidão por parte da tradição sociológica brasileira criou formas de domínio econômico, educacional, cultural e político sobre os esquecidos. (LINO; ARRUDA; 2018).

O pesquisador Valim (2017), analisa que essas estruturas são o poder econômico e político do Brasil que estão constantemente barganhando entre si com o intuito de fragilizar o Estado democrático em função de seus próprios interesses, utilizando para tanto, as próprias instituições que representam a nação.

Comungando do mesmo raciocínio, Miranda (2016), descreve a jurisprudência seletiva, a expropriação de direitos constitucionais e o desmonte de politicas públicas como exemplos de ações que justificam o discurso de austeridade constantemente reciclado das oligarquias brasileiras e que em paralelo à manipulação midiática, dentre outros recursos, calcificam a estratificação societária no país.

Em sua investigação, Albuquerque (2019), reforça que mecanismos como a desqualificação, desmoralização e asfixia das universidades, ora através da redução de verbas, ora por meio de projetos de privatização ratificam o projeto de fragmentação do ensino superior público de educação brasileiro, obstaculizando a formação e consequentemente ascensão das categorias tradicionalmente segregadas no país.

De acordo com Miranda (2016), o combate desse cenário através da atuação dos movimentos sociais e populares, da participação da comunidade acadêmica e das ciências, dos setores da saúde, segurança e instituições correlatas, legitima o reapropriar dos direitos instituídos constitucionalmente minimizando os impactos negativos sofridos pela população mais pobre no Brasil.

Indiscutivelmente apontada pelos estudiosos como a base para formação de uma sociedade igualitária, a educação, seus espaços e representantes são instrumentos que levam ao reconhecimento das injustiças praticadas contra aqueles tratados de forma desigual durante toda a história do país, assim como faz reconhecer cada sujeito enquanto cidadão participativo do mundo no qual está

(6)

inserido, revelando e fortalecendo o potencial de mudança que cada um possui dentro do tecido social. (ARROYO, 2015).

3 PAULO FREIRE E O PENSAMENTO LIVRE

Nascido em 1921 na cidade de Recife no estado de Pernambuco, Paulo Freire, o Patrono da Educação Brasileira, militou contra as injustiças sociais por meio da educação dos mais pobres, acreditava que saber ler não era suficiente para combater o sistema que oprimia as classes marginalizadas, mas, também a compreensão da forma como os dominava. (ALMEIDA, 2019). A iniciativa, lida e reproduzida em todo mundo, foi chamada de “método Paulo Freire” que no período ditatorial rendeu ao educador a acusação de subversivo e seu exílio no país irmão, o Chile.

Crítico do tradicional sistema de educação continuou trabalhando mesmo em exilio, a reforma agrária da Democracia Cristã e para a Organização das Nações Unidas no Chile, além dos movimentos como a Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler e o MOVA - Movimento de Alfabetização quando retornou ao Brasil, deu a Paulo Freire a oportunidade de praticar a forma de ensinar baseada na ética, humanização, respeito e dignidade daqueles que aprende. (PLÁCIDO; SOUZA; 2017).

Paulo Freire escreveu várias obras sobre a educação e ocupou a diretoria dos Departamentos de Educação e Cultura do Serviço Social no Estado de Pernambuco e de Extensões Culturais da Universidade do Recife, foi Supervisor do programa para alfabetização de adultos e Secretário de Educação da cidade de São Paulo.

Em sua mais importante obra, Pedagogia do Oprimido, Paulo Freire aponta que o processo libertador do oprimido se dá por meio da prática educativa dialogada, a comunicação permite ao indivíduo compreender que a busca pela quebra das correntes sociais que o aprisionam demanda tempo e organização para que não produza novos oprimidos e/ou opressores.

A violenta rejeição a Paulo Freire pelo governo vigente e seus representantes ecoa desde o fim da década de 50 inicio de 60 quando os militares articulados com as elites brasileira e americana consideraram sua estratégia de educação popular e conscientização política dos indivíduos ameaçadora por oportunizar voz e visibilidade àqueles excluídos historicamente pelo opressor. (ARROYO, 2015).

Os dias atuais resgatam a cultura do ódio às minorias e assim como no Estado de exceção instituído durante a ditadura, persegue o pensamento livre de Paulo Freire que se perpetua em um dos espaços sociais mais importantes da sociedade, o ambiente acadêmico.

Ana Maria Freire, viúva de Paulo Freire, relata em sua recente entrevista para a colunista do Globo (2019) Renata Mariz, que o atual governo e seu ministro da educação são macabros e

(7)

representam o mais alto nível da ignorância, do cinismo e da maldade que coloca o país em uma situação pavorosa de obscurantismo.

Ainda de acordo com a vencedora do prêmio Jabuti em 2007, maior compensação literária do Brasil concedida pela Câmara Brasileira do Livro, o legado de Paulo significou fundamental forma de combate ao domínio da elite que ainda se comporta como casa-grande no contexto social do país e por isso sua história como educador tem sido negada por seus representantes.

Um menino de rua é mais do que um ser descalço, magro, ameaçador e mal vestido. É a prova da carência de cidadania de todo um país, em que uma imensa quantidade de garantias não saiu do papel da Constituição. É um espelho ambulante da História do Brasil. (DIMENSTEIN 1999 apud THOMAZ; OLIVEIRA, s/d).

A autora afirmou que se estivesse vivo, Paulo Freire, um homem de coração manso e sem vaidade, certamente não aguentaria constatar tamanho abismo onde se encontra a educação brasileira, essa realidade lhe proporcionaria muito mais revolta do que os impropérios e injustiças vociferadas contra seu nome.

4 VULNERABILIDADE SOCIAL: INSTRUMENTO DE EXPLORAÇÃO E DOMINAÇÃO DA CLASSE DOMINANTE BRASILEIRA

O acúmulo histórico de riqueza e poder por uma minoria elitista no Brasil fez surgir um sistema cíclico de exclusão social que se ratifica por meio do discurso e das ações de austeridade em detrimento às demandas reais dos cidadãos que se iniciou no período colonial e perdura aos dias atuais. (MIRANDA, 2016).

Nesse sentido, Martinho (2015a) aponta que uma das estratégias do Estado de exclusão dos governos neoliberais é garantir a obstrução da ascensão social dos indivíduos por meio do desequilíbrio entre a disponibilidade de recursos e o acesso às possibilidades de crescimento, mantendo sujeitos, grupos e/ou famílias inteiras em situação de vulnerabilidade.

Dentre os condicionantes de vulnerabilidade, a educação se apresenta como importante dispositivo de reprodução das desigualdades sociais, pois, através das titulações os grupos mais abastados alcançam com mais facilidade patamares elevados oriundos de melhores oportunidades relacionadas a empregos, rendimentos e status de ocupação, esse cenário, comum no Brasil, fez do país uma das sociedades mais desiguais do mundo. (BRASIL, 2018).

Ratificando Martinho (2015), a baixa escolarização dos sujeitos resulta na exploração da força de trabalho, ou seja, no abuso econômico e na sobreposição das classes, esses elementos colaboram para a contínua ascensão social elitista que ocupando os espaços onde se constroem as políticas públicas, desmontam direitos constitucionais anteriormente conquistados através de leis reguladoras que fortalecem o regime excludente, enquanto a massa trabalhadora por sua condição acrítica, não

(8)

oferece ameaça a sua manutenção. “As políticas sociais, [...] por carregarem as contradições inerentes ao capitalismo, [...] nem sempre são favoráveis aos interesses da maioria da população, [...] se considerarmos a conformação histórica da proteção social brasileira.” (MAURIEL, 2010).

Nesse contexto, Miranda (2016), aprofunda a discussão sobre a problemática quando indica a jurisprudência seletiva, a expropriação de direitos constitucionais e o desmonte de politicas públicas são exemplos de ações que justificam o discurso de austeridade constantemente reciclado das oligarquias brasileiras e que em paralelo à manipulação midiática, dentre outros recursos, calcificam a estratificação societária no país.

Criminalizar a pobreza impõe às populações um estado de invisibilidade social onde as iniquidades produzidas por causa do cenário político e econômico são justificadas pela incompetência dos indivíduos em se apropriar das mesmas oportunidades alcançadas pela classe historicamente privilegiada do país (CANÇADO; SOUZA; CARDOSO; 2014). Dentro dessas circunstâncias, o desenvolvimento de indivíduos politizados, engajados em minimizar o abismo entre cidadania e política depende de um projeto de nação que, sobretudo, priorize a formação de sua população.

Uma sociedade formada por indivíduos com pensamento livre e crítico frente às fragilidades da sua existência torna-se capaz de lutar e legitimar seus direitos em qualquer recorte histórico de seu país. (FREIRE (1974) APUD MORETTI-PIRES (2008)).

5 A VULNERABILIDADE SELETIVA DO BRASIL

As razões de ordem econômica, de poder e de prestígio social, segundo Menezes (2009), fizeram do Brasil o último país da América Latina a abolir a escravidão, o regime escravocrata solidificou-se através da conexão entre religião, o Estado e a ideologia política e por isso superá-lo custou aos indivíduos escravizados e seus representantes abolicionistas mais de um século de luta.

A obtenção da condição de liberto transferia ao negro toda a responsabilidade pela sua inserção social, deferindo a ele a efetivação das suas necessidades à sua sorte; isto é, o negro que conquistava a condição de homem livre, portanto cidadão brasileiro, não teria qualquer sufrágio para sua inclusão social, o que, na prática, significava sua marginalização da dinâmica social, econômica e política da sociedade de classe que se consolidava no país. (MONTEIRO, s/d).

Na reflexão de Nunes (2006), as relações sociais do negro “liberto” não evoluíram conforme sonhavam os abolicionistas, pois, igualmente aos dias atuais, o Estado naquela época naturalizou a discriminação dessa população por considera-la inferior, incapaz de evoluir aos patamares civilizatórios dos colonizadores europeus e, portanto, merecedora das privações materiais e situações físicas e verbais vexatórias as quais eram diariamente expostas.

A omissão do Estado em relação à criação de políticas públicas inclusivas para os novos cidadãos brasileiros foi fator determinante no processo de marginalização dos negros no país. Em

(9)

2014, o relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) apontou que a população mais pobre do Brasil é constituída por negros, ou seja, essa categoria permanece na base da pirâmide social do país.

Cançado, Souza e Cardoso (2014) identificam que no Brasil o racismo disfarçado tem relação sobre esse processo posto à incoerência de assumir o preconceito de cor frente uma população miscigenada, resultando na promoção das dificuldades impostas aos negros em relação a sua ascensão na sociedade brasileira através do acesso à educação de boa qualidade e melhor posição no mercado de trabalho. E continuam ao afirmar que essa diminuição das oportunidades como maior escolarização para com os considerados tipos sociais não integrados e desviantes é fato que explica a procura por melhoria das condições de vida através da ilegalidade prejudicial tanto para o indivíduo como para a sociedade.

Semelhante ao pensamento dos autores acima López-Calva (2019), sinaliza que a tradicional segregação racial no Brasil gera desigualdade econômica e falta de produtividade, os excluídos da sociedade principalmente em tempos de regime neoliberal são geralmente os indivíduos vítimas do racismo e da violência desde a infância que tendem a procurar alternativas de subsistência que pioram sua condição social. Portanto, a educação se torna um mecanismo fundamental da mobilidade social e de inclusão profissional desses indivíduos devendo, pois, ser prioridade para os dirigentes dos países em todo mundo, independente da ideologia política.

Corroborando com o raciocínio Cançado, Souza e Cardoso (2014), consideram que “o desenvolvimento econômico desigual numa sociedade extremamente competitiva exige maior preparação dos indivíduos para o mercado de trabalho e maior escolarização”.

No fundo, diz Nunes (2016), o capitalismo industrial representou uma nova forma de colonização que assegurou a escravidão moderna articulada com a transformação da produtividade, a escolaridade, portanto, passou a ser fator preponderante na definição das relações do mercado de trabalho, estabelecendo diferentes formas de acesso que resultam de forma positiva ou negativa no patamar econômico dos sujeitos.

Nesse sentido López-Calva (2019), apontam as ações afirmativas como importantes estratégias que desconstroem barreiras, minimizam a segregação na educação e consequentemente promovem melhores oportunidades de emprego aos cidadãos.

6 POLÍTICAS AFIRMATIVAS

Ao conjunto de ações públicas e privadas que objetiva assegurar a igualdade de direitos aos grupos historicamente tratados de forma desigual dá-se o nome de políticas afirmativas (BRASIL, 2013). São ainda conforme Moehleche (2002, p. 203) apud Abreu e Lima (2018a), a valorização dos

(10)

indivíduos que sofreram, sofrem ou sofrerão com ações de desigualdades na sociedade em que estão inseridos por meio da correção compensatória de ações estratégias inclusivas.

Sancionada em Agosto de 2012 a Lei de nº 12.711 regulamentada pelo Decreto de nº 7.824 de Outubro desse mesmo ano, dispõe sobre o preenchimento de 50% das vagas nas universidades públicas do país por alunos cotistas oriundos do ensino médio de instituições igualmente públicas, sendo 25% destinado aos alunos de baixa renda e 25% aos negros, pardos e indígenas (BRASIL, 2012). A desigualdade de condições que atinge mulheres, portadores de deficiência, negros e índios no Brasil encontra abrigo na indiferença do Estado frente as suas necessidades, promovendo um cenário de injustiça social que expõe essas minorias aos variados tipos de violência e/ou à ilegalidade. Os programas de Financiamento Estudantil (FIES), Programa Universidade para Todos (PROUNI), o de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), Sistema de Seleção Unificada (SiSU) e o Sistema de Cotas são ações afirmativas idealizadas para democratizar o acesso ao nível de ensino superior e impulsionaram no início dos anos 2000 a expansão do número de matrículas das populações historicamente segregadas não apenas na rede privada mas, também na rede pública de ensino no Brasil.

Na época, a oposição da classe dominante endossada pela parafernália midiática foi tão forte contra as ações afirmativas que influenciou até mesmo os personagens beneficiados pelas estratégias, Lino e Arruda (2018) revelam dessa maneira o antigo, mas, sempre presente, projeto das elites econômicas no Brasil. Em 2017, o governo de Michel Temer ratificou a noção de educação restrita aos mais pobres construída pelas poderosas oligarquias brasileiras, por entender que as conquistas democráticas representam uma ameaça aos mais ricos e, portanto, devem ser eliminadas.

[...] o que caracteriza o Estado de Exceção seria a necessidade de transgredir ou suspender regras jurídicas para o enfrentamento de um determinado perigo. [...] estado de exceção permite ‘a progressiva substituição da política por formas de controle social, entre as quais a violência física aberta’, em que ‘a total suspensão da ordem existente’ pode ocorrer, assim, ‘parcelas de poder, lícita ou ilicitamente, escapam aos limites estabelecidos pelo Estado de Direito. (VALIM, 2017).

Com o apoio da classe média que descende de indivíduos escravizados, com precário nível escolar e baixa qualificação profissional, a burguesia brasileira desmonta políticas educacionais inclusivas objetivando dificultar que a primeira categoria ascenda a patamar social mais confortável e justo. Esse comportamento se origina pelo não reconhecimento das mazelas sociais do país e principalmente pelo complexo de inferioridade em relação à elite culta europeia. (SOUZA, 2009 apud LINO; ARRUDA; 2018).

Desconstruir as universidades públicas através dos ataques à gestão, da privatização e do subfinanciamento dessas instituições é a justificativa da classe dominante brasileira para fortalecer o

(11)

controle social e a promoção da formação tecnicista em detrimento à formação cidadã, enfraquecendo os dispositivos que levam a coletividade para fora do obscurantismo social.

7 CONCLUSÃO

A naturalização das iniquidades sociais pela casta dominante no Brasil é de tal maneira instituída no inconsciente da massa que o próprio oprimido não apenas acredita nessa dinâmica, como geralmente a reproduz em suas gerações, uma vez que, aprisionado por suas limitações política, econômica, social, cultural e principalmente educacional não consegue processar nem tão pouco combater os fatores condicionantes de sua estagnação social.

Dessa forma, a população mais pobre passou a desempenhar o papel de engrenagem na manutenção das relações de poder entre as classes no surgimento e no ressurgimento do Estado mínimo, caracterizado por ações de contrarreforma impressas no discurso de culpa e responsabilidade frente às demandas sociais.

Esse cenário, ideal na sustentabilidade do sistema hegemônico dos governos neoliberais, ressurge nos dias atuais como forma de obstruir o progresso que o Brasil alcançou nos governos de ideologia socialista. As medidas diariamente criadas e sancionadas especialmente para pasta da educação, ciência e pesquisa concretizam o projeto de exclusão das camadas populares ao tornar invisíveis seus direitos civis, pois, quando efetivados asseguram o desenvolvimento e ascensão social dessa categoria.

REFERÊNCIAS

ABREU, Elisangela Nunes do Nascimento. LIMA, Paulo Gomes. Políticas de ações afirmativas: itinerário histórico e pontuações quanto à realidade brasileira. Laplage em Revista. Sorocaba, Brasil,

v.4, n.2, p.179-196, maio-ago. 2018. Disponível em

<http://www.laplageemrevista.ufscar.br/index.php/lpg/article/view/481> Acesso em 23 Jul de 2019. ALBUQUERQUE JUNIOR, Durval Muniz de. O ataque à universidade pública. Coluna de Opinião Saiba Mais Agência de Reportagem. 2019. Disponível em: <https://www.saibamais.jor.br/o-ataque-a-universidade-publica/> Acesso em 23 Jul de 2019.

ALMEIDA, Rita. Por que Bolsonarismo odeia as Universidades, os professores e Paulo Freire? Jornal GGN. 2019. Disponível em <https://jornalggn.com.br/artigos/por-que-o-bolsonarismo-odeia-as-universidades-os-professores-e-paulo-freire-por-rita-almeida/> Acesso em 17 Jul de 2019.

(12)

ARROYO, M. G. Os Movimentos Sociais e a construção de outros currículos. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, v. 31, n. 55, p. 47-68, jan.-mar, 2015. Editora UFPR. Disponível em <https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/39832/24739> Acesso em 27 Jul de 2019.

BRASIL. Ações afirmativas e políticas de cotas no Brasil: uma bibliografia 1999-2012. Recife,

2013. Disponível em

<https://www.fundaj.gov.br/images/documentos/acoes_afirmativas_e_politicas_de_cotas_brasil.pdf > Acesso 23 Jul de 2019.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, DF. Disponível em

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm> Acesso em 15 Jul de 2019. BRASIL. Lei nº 12.711, de 29 de Agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades

federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências.

Brasília, DF, Ago 2012. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12711.htm> Acesso em 15 Jul de 2019.

BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de Junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e

outras providências. Brasília, DF, Jun 2014. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm> Acesso em 15 Jul de 2019.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais: uma análise

das condições de vida da população brasileira: 2018 / IBGE. Rio de Janeiro. 2018. 151 p.

Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101629.pdf > Acesso em 23 Jul de 2019.

CANÇADO, Taynara Candida Lopes; SOUZA, Rayssa Silva; CARDOSO, Cauan Braga da Silva.

Trabalhando o conceito de Vulnerabilidade Social. In: XIX Encontro Nacional de Estudos

Populacionais: População, Governança e Bem-Estar. 2014, São Paulo. Anais. São Paulo. Abep. 2014. Disponível em <http://www.abep.org.br/~abeporgb/abep.info/files/trabalhos/trabalho_completo/TC-10-45-499-410.pdf> Acesso em 23 Jul de 2019.

CARMO, Márcia. Racismo é um problema econômico, diz diretor de agência antipobreza da ONU. BBC News Brasil. Buenos Aires. 2019. Acesso em 20 Jul. de 2019. Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-48424611> Acesso em 23 Jul de 2019.

FABER, Marcos Emílio Ekman; SEVERO, Eduardo da Silva; FERREIRA, Ismael Wolf. História econômica do Brasil na República Velha. Revista Historiador. Número 01. Ano 01. Dez. 2008. Disponível em http://www.historialivre.com/revistahistoriador. Acesso em 23 Jul de 2019.

(13)

HERINGER, Rosana. Democratização da educação superior no Brasil: das metas de inclusão ao sucesso acadêmico. Revista Brasileira de Orientação Profissional. 2018; v 19, n 1, p. 7-17.

Disponível em

<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_issues&pid=1679-3390&lng=pt&nrm=iso> Acesso em 23 Jul de 2019.

LINO, Lucília Augusta; ARRUDA, Maria da Conceição Calmon. Retrocessos e contrarreforma educacional: um ensaio sobre exclusão social em tempo de golpes. Movimento-Revista de

Educação, Niterói, ano 5, n.8, p.07-42, jan./jun. 2018. Disponível em <http://periodicos.uff.br/revistamovimento/article/view/32645/0> Acesso em 27 Jul de 2019.

MARIZ, Renata. 'Quanto mais batem em Paulo Freire, mais ele cresce', diz Ana Maria Freire, viúva

do educador. O Globo. 2019. Disponível em <

https://oglobo.globo.com/sociedade/quanto-mais-batem-em-paulo-freire-mais-ele-cresce-diz-ana-maria-freire-viuva-do-educador-23602878> Acesso em 23 Jul de 2019.

MAURIEL, Ana Paula Ornellas. Pobreza, seguridade e assistência social: desafios da

política social brasileira. Rev. Katál. Florianópolis v. 13 n. 2 p. 173-180 jul./dez. 2010. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rk/v13n2/04.pdf> Acesso 27 Jul de 2019.

MARTINHO, Mariângela Rodrigues. Estado e coerção: a criminalização da pobreza como forma de controle social. Londrina. 2015. Disponível em

<http://www.uel.br/pos/mestradoservicosocial/congresso/anais/.../16_estado_e_corecao....pdf >

Acesso 26 Jul. 2019.

MENEZES, Jaci Maria Ferraz de. Abolição no brasil: a construção da liberdade. Revista

HISTEDBR On-line, Campinas, v. 9, n.36, p. 83-104, dez.2009. Disponível em

<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoes/36/art07_36.pdf> Acesso em 15 Ago de 2019. MIRANDA, Alcides. Para além da PEC 241/55 [vídeo aula]. Porto Alegre/RS: Acervo ABRASCO; 2016. Disponível em <https://www.abrasco.org.br/site/outras-noticias/movimentos-sociais/alcides-miranda-produz-aula-publica-em-video-sobre-a-pec-24155/22030/> Acesso em 23 Jul de 2019. MONTEIRO, Roberta Amanajás. A inserção do negro na sociedade brasileira do século xix e a

questão da identidade entre classe e raça. (s/l) (s/d). Disponível em <http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=f87b7d1f666a0a1d> Acesso 15 Ago de 2019.

MORETTI-PIRES, Rodrigo Otávio. O pensamento crítico social de Paulo Freire sobre humanização e o contexto da formação do enfermeiro, do médico e do odontólogo. Ribeirão Preto. 2018. Disponível em:

<www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/.../RODRIGOOTAVIOMORETTIPIRES.pdf> Acesso em 23 Jul de 2019.

(14)

NUNES, Sylvia da Silveira. Racismo no brasil: tentativas de disfarce de uma violência explícita.

Psicol. USP, São Paulo, v.17, n.1, p. 89-98, 2006. Disponível em

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642006000100007&lng=en&nrm=iso> Acesso em 15 Ago de 2019.

OLIVEIRA, Elisângela Magela. Transformações no mundo do trabalho, da Revolução Industrial aos nossos dias. Revista on line Caminhos de Geografia, v 6, n 11, p 84-96, Fev, 2004. (s/l). Disponível em < http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/15327> Acesso em 15 Ago de 2019.

PAIVA, Carlos Henrique Assunção; TEIXEIRA, Luiz Antonio. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde: notas sobre contextos e autores. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de

Janeiro , v. 21, n. 1, p. 15-36, Mar. 2014 . Disponível em

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-59702014000100015&lng=en&nrm=iso> Acesso em 15 Ago de 2019.

PLÁCIDO, Lara Ribeiro de; SOUZA, Tiago Bittencourt de. O método Paulo Freire: primeiras aproximações. Revista científica eletrônica da pedagogia. Ano XVI – Número 28 – janeiro de 2017

– Periódico Semestral. São Paulo. Disponível em

<http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/psR18Fk8vYsjPac_2018-3-17-11-34-46.pdf> Acesso em 15 Ago de 2019.

PNAD. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios: síntese de indicadores 2014 / IBGE. Coordenação de Trabalho e Rendimento. - Rio de

Janeiro: IBGE, 2015. 102 p. Disponível em

<https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94935.pdf> Acesso em 27 Jul de 2019.

SOUZA, Thiago Romeu de. Lugar de Origem, lugar de retorno: a construção dos territórios dos migrantes na Paraíba e São Paulo. 2015. Tese (Doutorado em Geografia). Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pernambuco. Disponível em <https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16966> Acesso em 23 Jul de 2019.

THOMAZ, Lurdes; OLIVEIRA, Rita de Cássia. A educação e a formação do cidadão crítico,

autônomo e participativo. Paraná. (s/d) Disponível em

<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1709-8.pdf> Acesso em 27 Jul de 2019.

VALIM, Rafael. Estado de exceção: a forma jurídica do Neoliberalismo. Ed. Contracorrente, 2017. São Paulo. Disponível em <http://editoracontracorrente.com.br/pdf/livro21.pdf > Acesso em 27 Jul de 2019.

Referências

Documentos relacionados

Este estudo tem o intuito de apresentar resultados de um inquérito epidemiológico sobre o traumatismo dento- alveolar em crianças e adolescentes de uma Organização Não

Considerando a presença e o estado de alguns componentes (bico, ponta, manômetro, pingente, entre outros), todos os pulverizadores apresentavam alguma

Benlanson (2008) avaliou diferentes bioestimulantes, (produtos à base de hormônios, micronutrientes, aminoácidos e vitaminas), confirmando possuir capacidade

Após extração do óleo da polpa, foram avaliados alguns dos principais parâmetros de qualidade utilizados para o azeite de oliva: índice de acidez e de peróxidos, além

72 Figura 4.32: Comparação entre a saída real e a saída calculada pela rede para todos os ensaios no treinamento, para o Modelo Neural 4b.. 75 Figura 4.35: Comparação entre

• O valor criado em propriedades de investimento e desenvolvimento atingiu os 146 milhões de euros negativos, como resultado dos seguintes movimentos: (i) diminuição de 135

No entanto, ao avaliar as percentagens de germinação desse tratamento, verifica-se que houve um bom índice (52%) aos 90 dias após a semeadura. Portanto, pode ser dispensada a

Dessa maneira, é possível perceber que, apesar de esses poetas não terem se engajado tanto quanto outros na difusão das propostas modernistas, não eram passadistas. A