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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC CENTRO DE ARTES - CEART PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA MURILO MENDES

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC CENTRO DE ARTES - CEART

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA

MURILO MENDES

FÉ NO PIFE:

As flautas de pífano no contexto cultural da banda cabaçal dos

Irmãos Aniceto.

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Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Central da UDESC

M538f Mendes, Murilo

Fé no pife: as flautas de pífano no contexto cultural da banda cabaçal dos Irmãos Aniceto / Murilo Mendes, 2012.

183 f.: il. ; 30 cm

Orientador: Luiz Henrique Fiaminghi Bibliografia: f.171-178

Dissertação (mestrado) – Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Artes, Mestrado em Música, Florianópolis, 2012.

1. Flauta de pífano – 2. Pife – 3. Banda Cabaçal – 4. Irmãos Aniceto I. Fiaminghi, Luiz Henrique (orientador) – II. Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Artes. Mestrado em Música – III. Título.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos aqueles que colaboraram com o bom desenvolvimento deste trabalho de pesquisa:

Acácio Piedade pela ideia e incentivo de estudar as bandas de pífanos; acompanhar o projeto para fomento da viagem de campo; fazer considerações significativas como membro da banca de qualificação e na defesa; e aulas lecionadas.

Professor Alberto Ikeda pela dedicação e leitura minuciosa e caprichosa do trabalho nas etapas de qualificação e banca.

Luiz Henrique Fiaminghi pela dedicação ao trabalho como orientador, horas extras curriculares em artigos, aulas, encontros virtuais, etc.

A todos os professores do departamento do PPGMUS, em especial Luís Coelho, por tantas orientações, dicas, correções e incentivos nas disciplinas cursadas, na minha defesa do projeto de mestrado, na suplência da banca e no período de campo.

Marcos Holler e Sérgio Figueiredo, pela competente gestão na chefia de departamento. Às secretárias Márcia Porto e Rosângela pela prontidão nos trâmites.

Aos colegas de turma Allan Falqueiro, Marcel Oliveira, Alexandre Vicente, Rodrigos Cantos, Rafael Tomazoni, Mauren Frey, Andrei Uller e demais colegas.

Agradeço também a todos que contribuíram durante o período de campo:

Anninha Piccolo pelas fotos. Pelas entrevisas: Alemberg Quindins, Roseane Limaverde, Renato Dantas, Galvão do Juazeiro, Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, Banda Cabaçal do Exu, Sr. Louro, Banda cabaçal Santo Antônio e mestre Chico, Reisado dos irmãos, Germano, Doura, Meninos Maluvidos, D. Xixica do Coco, Ulisses Rolim, Josenir Lacerda e Miguel Lacerda. Pela Amizade: Dennimarques Barros, Carmem Débora, Rodrigão e Israel Limaverde – verdadeiros amigos.

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RESUMO

O presente trabalho consiste em uma etnografia da prática musical das flautas de pífano da banda cabaçal dos Irmãos Aniceto. Tal pesquisa buscou ligar fatos histórico-sociais do grupo em questão e da região do Cariri Cearense com a musicalidade do sujeito da pesquisa. Com tal objetivo realizou-se uma “viagem de campo” nos primeiros meses de 2011. A metodologia de coleta de dados estabeleceu a relação mestre/aprendiz no intuito de conhecer empiricamente o instrumento musical em questão. Além disso, o aparato teórico sobre etnografia permitiu otimizar o tempo e aprimorar os contatos na viagem que contou com outros sujeitos (que não os Irmãos Aniceto) para formar uma pesquisa contextual e dialógica. Além da relação mestre/discípulo, houve a observação e registro da performance das banda cabaçais da região em eventos como festas de renovação e reisado. Para o entendimento do texto musical e sua relação com o meio, procurou-se identificar padrões de movimentos da relação corpo-instrumento, também conhecidos por “padrões acústicos mocionais”. O resultado da pesquisa mostrou a forte relação destes padrões com o arcabouço das "categorias nativas" inerentes à sonoridade da banda.

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Localização geográfica do Cariri no mapa do Nordeste brasileiro ... 11

Figura 2: Antônio Aniceto toca em sua flauta grafada: “Irmãos Aniceto – Crato Ceará”. ... 48

Figura 3: Visualização básica do pífano. ... 49

Figura 4: Visualização da espessura do instrumento. ... 49

Figura 5: "Nó" do bambu - Divisão natural que determina o tamanho do pífano ... 50

Figura 6: Tamanhos dos pífanos dos Irmãos Aniceto: meia régua, três quartos e régua inteira, respectivamente. ... 51

Figura 7: Extensão aproximada do pífano do Cariri. ... 52

Figura 8: Instrumentos de percussão da banda cabaçal. Respectivamente, zabumba, caixa e pratos. ... 55

Figura 9: Foto da banda cabaçal Santo Antônio. ... 58

Figura 10: O pífano no "Reisado dos Irmãos". ... 60

Figura 11: Banda Cabaçal dos “Meninos Maluvidos”. ... 62

Figura 12: Reportagem do jornal “Ação” de 26 de dezembro de 1965. ... 78

Figura 13: Rua da casa de D. Xixica do Coco no Bairro da Batateira ... 96

Figura 14: a anfitriã Xixica do Coco na sala de sua casa Atrás, o oratório e a parede com as imagens dos santos. ... 98

Figura 15: Irmãos Aniceto fazendo passo trancelim. ... 105

Figura 16: Antônio Aniceto - posição do camaleão ... 107

Figura 17: Antônio Aniceto - demonstração de vigor físico. ... 107

Figura 18: Antônio Aniceto agradecendo ao público ... 108

Figura 19: José Vicente salta em movimento giratório com o pé sobre o joelho. ... 111

Figura 20: José Vicente realizando o passo de jogar o calcanhar para frente e esticar a perna ... 111

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Figura 22: diferença entre o primeiro grau da escala nos pífanos dos Aniceto (à

direita) e primeiro grau em escalas de pífanos de outras localidades. ... 118

Figura 23: Posições das notas representadas na escala. ... 119

Figura 24: posição do sétimo grau menor da escala anicete. ... 127

Figura 25: Posições de digitação representadas na partitura. ... 132

Figura 26: posições das mãos e números dos furos. ... 133

Figura 27: Da esquerda para a direita Tocam o Hino de São José: Murilo Mendes, Adriano Aniceto e mestre Antônio Aniceto. À direita na, na janela, o jovem neto de Antônio observa. ... 145

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Relações intervalares dos graus da escala do pífano de meia régua dos

Irmãos Aniceto. ... 121

Tabela 2: comparação em cents entre a escala do pífano anicete de meia régua e a escala maior temperada. ... 122

Tabela 3: Relações intervalares dos graus da escala do pífano de tamanho três quartos dos Irmãos Aniceto. ... 122

Tabela 4: comparação em cents entre a escala do pífano anicete de tamanho três quartos e a escala maior temperada. ... 123

Tabela 5: Relações intervalares dos graus da escala do pífano de tamanho três quartos a régua inteira dos Irmãos Aniceto. ... 123

Tabela 6: comparação em cents entre a escala do pífano anicete de tamanho entre três quartos e régua inteira e a escala maior temperada. ... 124

Tabela 7: comparação entre os graus em cents dos pífanos anicete e a média resultante entre os mesmos. ... 125

Tabela 8: Sinais convencionados nas transcrições. ... 135

ÍNDICE DE PARTITURAS Partitura 1: exemplo 1 da introdução de Asa Branca ... 139

Partitura 2: exemplo 2 da introdução de Asa Branca – variação na segunda. .. 140

Partitura 3: exemplo 3 da introdução de Asa Branca – variação na segunda. .. 140

Partitura 4: exemplo 4 da partitura de Asa Branca – variação na primeira e segunda. ... 140

Partitura 5: início da melodia original ... 141

Partitura 6: início da melodia feito pela primeira. ... 141

Partitura 7: deslocamento no início da melodia de “Asa Branca”. ... 142

Partitura 8: Demonstração de frases, progressões e relações entre primeira e segunda. ... 148

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Partitura 10: intervalo inicial anacruse da marcha de chegada sem interferência do código estrutural. ... 154

Partitura 11: intervalo inicial anacruse da marcha de chegada com “código estrutural”. ... 154

Partitura 12: exemplo de código estrutural arpejado. ... 155 Partitura 13: compassos 27 e 29 – variações no código estrutural arpejado. ... 155 Partitura 14: recorrente código estrutural arpejado. ... 161 Partitura 15: Compassos 20 a 22 – “códigos estruturais” em notas de tamanho reduzido. ... 162

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SUMÁRIO

RESUMO ...3

INTRODUÇÃO ...10

1. REFERENCIAL TEÓRICO, REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E FERRAMENTAS METODOLÓGICAS DE PESQUISA. ...21

1.1 Relatos e teorias etnográficas como apoio à “viagem de campo” ... 21

1.2 As propostas de Mantle Hood e John Baily para a metodologia de coleta e análise do texto musical: “bimusicalidade” e “padrão acústico mocional”. ... 30

1.3 Compreensão da tradição através da aprendizagem musical ... 34

1.4 Aprendizagem e produção de fonte documental ... 37

1.5 Revisão bibliográfica dos trabalhos sobre pífanos ... 40

2. MUNDO CARIRI, PÍFANOS E BANDAS CABAÇAIS. ...43

2.1 Mapeando o mundo Cariri. ... 45

2.2 O que são os pífanos ... 47

2.3 O que são as bandas cabaçais ... 54

2.3.1 Banda cabaçal Santo Antônio ... 55

2.3.2 Reisado dos Irmãos e banda cabaçal dos “Meninos Maluvidos”. ... 58

2.3.3 Banda cabaçal dos Irmãos Aniceto: origem, cultura e concepções musicais... ... 62

2.3.3.1 A natureza dos Aniceto ... 74

2.3.3.2 Os Irmãos Aniceto e a Interação com a “cidade da cultura”. ... 75

3. IMAGINÁRIO E PERFORMANCE DA CABAÇAL DOS IRMÃOS ANICETO.. ...81

3.1 Imaginário ... 81

3.2 Performance ... 87

3.3 A festa de renovação do Sagrado Coração de Jesus. ... 90

3.4 A festa de “Renovação do sagrado coração de Jesus” na casa da D. Xixica do Coco... ... 94

3.1 A performance da banda cabaçal dos Irmãos Aniceto na venda da festa de renovação da casa de D. Xixica do Coco. ... 99

3.2 A performance da banda cabaçal dos Irmãos Aniceto no reisado do SESC Juazeiro... ... 102

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4.1 Análise da escala do pífano anicete: considerações sobre segunda e terça

“neutras” e desvios da escala temperada. ... 114

4.1.2 Análise da frequência sonora dos pífanos dos Aniceto ... 118

4.1.2.1 O sétimo grau menor na escala anicete ... 127

4.1.2.2 Tolerância de oscilações e o padrão da escala anicete. ... 127

4.2 Exemplos transcritos: outros parâmetros característicos da musicalidade anicete... ... 129

4.2.1 Asa Branca ... 136

4.2.2 Hino de São José ... 144

4.2.3 Marcha de Chegada ... 151

4.2.4 Parabéns pra você ... 155

4.2.5 Bendito ... 162

CONSIDERAÇÕES FINAIS ...168

BIBLIOGRAFIA ...171

DISCOGRAFIA ...178

ANEXOS ...179

Anexo 1: Carta de apresentação da banda cabaçal Santo Antônio. ... 179

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SILVA, José Antônio. Entrevista. Entrevista de Murilo Mendes em 09/01/2011. Juazeiro do Norte. Gravação em áudio. Bairro Santa Tereza.

SILVA, José Antônio. [Carta] 09 jan. 2011, Juazeiro do Norte [para] Murilo Mendes, Juazeiro do Norte. 1p. Descrição da banda cabaçal Santo Antônio.

SILVA, Valéria Levay Lehmann da. “Eu sou o Zé do Pife”: Relatos e interpretações de aprendizagem musical na tradição oral. O Mosaico/FAP, Curitiba, n.1, p.1-23, jan./jun. 2009.

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TURNER, Victor, The anthropology of performance. New York: PAJ Publications. 1988.

VELHA, Cristina Eira. Significações sociais culturais e simbólicas na trajetória da Banda de Pífanos de Caruaru e a problemática histórica do estudo da cultura de tradição oral no Brasil. Dissertação (Mestrado em História). São Paulo: Faculdade de filosofia, letras e ciências humanas. Universidade de São Paulo, 2008.

VERÍSSIMO, Elídia Clara. O Bestiário Nordestino na Arte da banda cabaçal Irmãos Aniceto. Fortaleza: O público e o privado Nº2 - Julho/Dezembro, 2003.

ZUMTHOR, Paul –A Letra e a Voz: A “literatura” medieval. Tradução de Amalio Pinheiro/ Jerusa Pires Ferreira. São Paulo, Cia. das Letras, 1993.

DISCOGRAFIA

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BANDA DE PÍFANOS DE CARUARU. Banda de pífanos de Caruaru. Discos Marcus Pereira. MPL 9394. 1979. CD

IRMÃOS ANICETO. Irmãos Aniceto. 1999. CD.

IRMÃOS ANICETO. Forró no Cariri. 2005. CD.

INÁCIOS, Os. Et. Al. Pifania. A música do começo do mundo. 2005. CD

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ANEXOS

Anexo 1: Carta de apresentação da banda cabaçal Santo Antônio.

Anexo 1: Carta de apresentação da Banda cabaçal Santo Antônio

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Anexo 2: Glossário de “Categorias Nativas”.

Amassa-barro:consiste em sapatear o chão com velocidade e dar um “pisão” mais forte no chão junto com a batida mais forte do compasso marcado pelo zabumba.

Baião solto: ritmo de baião em andamento acelerado usado para se dançar a diversão dos índios.

baião trancelim: denominação do conjunto de danças que abarca as variações do passo trancelim.

Banda cabaçal: o termo usado no Cariri para designar o grupo instrumental formado por uma dupla de pífanos, caixa, zabumba e pratos.

Bendito: pancada que mais se aproxima da intencionalidade religiosa da música cabaçal. É definida por compasso 6x8 e andamento mais lento.

Braça: unidade de tamanho medido por dez palmos.

Casal de pife: Dupla de pífanos reunida no intuito de reproduzir uma determinada textura sonora que um pífano não poderia realizar individualmente.

Caxero: aquele que tem por designação a incumbência de tocar o instrumento ‘caixa’ (tarol) na banda cabaçal ou outras manifestações musicais como o reisado.

Céu: Parte superior do altar da festa de renovação onde se encontra, exclusivamente o quadro do sagrado coração de Jesus e sagrado coração de Maria.

Cobrir: ato de tocar a segunda de determinada tocada realizando aumentação de notas, contrapontos melódicos e rítmicos e outros recursos que possam interagir com a primeira no sentido de enriquecer a melodia ou reparar algum erro que a primeira possa cometer.

Corta tesoura: ato, em uma dança de diversão dos índios, de trançar as pernas a abri-las retomando o equilíbrio.

Cortejo: Andança ou corrida dos acompanhantes da festa de reisado percorrendo o bairro de uma casa a outra.

Dança do camaleão: Dança que imita o camaleão em seus gestos corporais.

Desentoado: fora dos padrões de afinação que conferem gosto dos piferos do Cariri. Desmantelo:desordem. Bagunça. Falha. Diz-se de algo que está acabado, está prestes a se acabar ou muito distante do que deveria ser.

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Diversão: A abreviação do termo “diversão dos índios” para “diversão” pode ser entendida como o contexto da dança como um todo e não como passos não nomeados do ritual da dança.

Entremeio: intervenção cênica durante as comemorações e festejos da festa de reisado. Escala:sucessão dos intervalos em grau conjunto emitidos a partir da distância entre os furos da flauta de pífano dados pela construção artesanal do instrumento. Diz-se talentoso pifero aquele que tem uma boa escala.

Espalha formiga: ato, dentro da dança, de agitar as pernas energicamente em movimentos curtos como se tentasse retirar de si formigas que teriam subido em seus pés quando, despretensiosamente, teria pisado em um formigueiro. Durante este passo de dança, algumas agitações no corpo representam reações às picadas das formigas. Festa de Renovação: Festejo profano/religioso que conta com a presença da banda cabaçal para enriquecer tanto a reza quanto o restante da festa. Os anfitriões têm o evento como fonte de renovação material – a casa, os móveis, utensílios, etc. – como espirito-emocional – fé, devoção, amizades, afetividades.

Fundar: confirmar. Registrar. Documentar por escrito a existência de uma banda cabaçal perante a sociedade.

Galope: adaptação do ritmo de baião para a música das bandas cabaçais. Não se enquadra na parte religiosa, mas se faz imprescindível na parte profana.

Gomo: parte do bambu fragmentada por um e outro ou diafragma.

Invernada: Período de chuvas e temperaturas mais amenas da região do Cariri. Comumente a invernada ocorre nos meses de janeiro fevereiro e início de março.

Mão de pratos: par de instrumentos musicais ‘pratos’ que se toca batendo um no outro segurando com as mãos.

Marcha de Chegada: tocada utilizada para entrada em representações que o grupo inicia. Tem por características musicais as marcações acentuadas de ritmo semelhante às marchas cívicas.

Marcha de saída: a mesma pancada utilizada na marcha de chegada, contudo, usada no momento que o grupo se retira de cada apresentação.

Meia régua: padrão de tamanho atribuído ao pífano de porte menor.

Mestre de cultura: título concedido pelo governo estadual através da “lein° 13.351, de 22 de agosto de 2003 à pessoa que tenha os conhecimentos ou as técnicas necessárias para a produção e preservação da cultura tradicional popular de uma comunidade estabelecida no Ceará”. O título concede um salário mínimo por mês a cada mestre de cultura.

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banda cabaçal é aquele que coordena o grupo, ensina, corrige, toca e constrói todos os instrumentos da banda cabaçal com exceção dos pratos.

: parte divisora que fragmenta o bambu em gomos.

Novena: festa realizada por devotos com duração de nove dias em homenagem a algum santo.

Novenário: o mesmo que novena.

Pancada: estruturação rítmica que dá base para nomear variações de gêneros musicais dentro da música cabaçal.

Pífano: instrumento aerofônico, artesanal, feito de material cilíndrico, tocado transversalmente, com um orifício para o sopro (bocal) e seis orifícios para a digitação. Pareio de pife: o mesmo que casal de pife.

Pife: o mesmo que pífano.

Pifero: Aquele toca pífanos. O pifeiro não precisa necessariamente construir o pífano, mas pela circunstancia de seu contexto

Pratero: aquele que tem por designação a incumbência de tocar o instrumento pratos na banda cabaçal ou outras manifestações a que é solicitado.

Primeira: unidade do casal de pife responsável pela parte que se reconhece de determinada melodia. A primeira possui menos variações de improviso por sustentar a melodia que deve manter determinada música reconhecida como tal.

Pulo da cobra: salto giratório que joga o corpo para frente coloca as mãos no chão e o fica-se de cabeça para baixo passando os pés sobre a própria cabeça e caindo com os dois pés no chão simultaneamente com o corpo dando um giro de 360º.

Puxar:ato do tocador que inicia a tocada sozinho (sem dizer qual é a música)para que os companheiros de grupo reconheçam e o acompanhem.

Quebra-joelho: se compõe no ato de jogar os dois calcanhares juntos para frente, em seguida para a esquerda, para trás, e para a direita desenhando um quadrado imaginário no chão.

Régua inteira: padrão de tamanho atribuído ao pífano de porte grande, ou seja, com um maior gomo de taboca boio.

Régua: Termo que designa uma medida que habita mais o plano da estimativa de alguma medida do que de alguma medida exata.

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Relativo do pife: uma nota dada através de um pequeno portamento ascendente em grau conjunto a partir do ataque na nota anterior àquela que se quer chegar.

Renovação: momento que a reza ocorre dentro da festa de renovação. Representação: O mesmo que apresentação.

Rogança: Maneira de tocar os pífanos com forte intensidade de sopro e rico em articulações características do pífano.

Segunda: unidade do casal de pife que se encarrega de preencher espaços vazios e dar mais corpo à melodia que está sendo executada. Fazer a melodia em terça, reduções de notas e contrapontos são alguns recursos que podem ser realizados pela segunda. Embora a primeira faça a parte que se reconhece determinada música, esta só recebe valor simbólico na presença da segunda.

Sobcéu: Parte do altar da festa de renovação que se encontra abaixo do céu, abarcando os demais santos a que se dedica o devoto.

Taboca boio: Tipo específico de bambu nativo da chapada do Araripe-CE usado como matéria prima para construção das flautas de pífano dos Irmãos Aniceto.

Tarefa: Parte pré-determinada de um terreno que o agricultor recebe para trabalhar o plantio. Uma tarefa corresponde a vinte e cinco braças de comprimento por vinte e cinco braças de largura.

Tocada: o mesmo que música. A música que os pifeiros tocam.

Tocador: aquele que toca músicas.

Tom: Talento. Maneira de tocar o instrumento de forma agradável ou virtuosa.

Trancelim: Passo de dança caracterizado pelo trançado do movimento entre os integrantes do grupo ou o trançado de pernas que um integrante realiza com outro. Três quartos a régua inteira: medida intermediária entre três quartos e régua inteira. Três quartos: padrão de tamanho atribuído ao pífano de porte médio.

Venda: abertura da festa de renovação com a representação da banda cabaçal que toca e realiza gestos cênicos diante do altar da festa. A venda também ocorre após a realização da renovação, ou seja, a reza.

Xaxado: dança característica do nordeste que o dançarino passa um dos pés para além da linha do pé de apoio e, após apoiar-se no pé que está em movimento, volta-o para a posição original repetindo este movimento por diversas vezes.

Referências

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