' -.,¬;==.¬-¬‹=,`.. .ari _ \.:,;. - 3 . ,¿.:_\=' I . ` _ ›
U“niversid'ade~F-ederal
de
SantapCatarina
Centrofde Ciências Agrárias
_Departamento
'de
Ciência
dos
Alimentos
Curso
de
Pós-Graduação
em
Ciência
dos
Alimentos
Vida
de
'prateleira
da
alface
americana
(Làctuca
sativa
L.)
minimamente
processada~~
sob
cultivo
orgânico
e
convencional
Dissertação apresentada ao Curso de Pós-
Graduação
em
Ciência dos Alimentos do Centro 4 de Ciências. Agrárias daUniversidade Federal de Santa Catarina
oomo
requisito final para obtenção do titulode Mestre
em
Ciências dos Alimentos.Or¡entadora:'Professora
Edna
Regina Amante,
Dra.Júlio
César Mello
Florianópolis
*
“Vida
de
prateleira
da
alface
americana
(Lactuca
sativa
L.)
minimamente
processada
sob
cultivo
orgânico e
Dissertação aprovada- para
obtenção do
títulode
Mestre
em
Ciencia
dos
Alimentos,
no
curso
de Pós-Graduação
em
Ciência
dos
Alimentos
pela
A
convencional
por
Júlio
César
I\/Iello
Comissão
formada
por: VPresidente:
Membro:
Membro:
Membro:
Coordenadora:
Profa. Dra.
Edna
ReginaAmante
-CCA
-CAL
-AUFSC
Prof. Dr. Antônio Carlos Alves -
CCA
-UFSC
Prof°. Dra. Evanilda Teixeira -
CCA
-CAL
-UFSC
.Prof. Dr. Luiz Fernando Probst-
UFSC
Profi. Dra.
Roseane
Fettll!
igncvua
tudu,
ningazénz
oázãe
tudu..
-
904
ioóa.,
apmendemaó
É
o_en1»p›1.e”\ ` . 1 1 I
.Taxarnzuôpaío
.7›¢a4›uande./I/I.e£¿a.e.¶£¿€deg¢v¢dt./l×le€£a.
Mpeflaeónempfladeuídaepeflaflegadadaaaëtwúa.
V
ayéadeçaededicawtadiooataçãaà
¿Í€aine,./Vi‹:a£eeL°.a,uz_'¿ape£a.apaia.
I _
_
l
Agradecimentos
Nesta caminhada, muitos pessoas
somaram
esforços no sentido de auxiliar noandamento
deste trabalho. Apesar de não ser
uma
tarefa fácil, pelo fato de alguma omissão involuntáriaque possa ocorrer, gostaria de agradecer a todos aqueles. que contribuíram para a
concretização deste sonho.
`
i
A
professoraEdna
Regina Amante pela orientação incansável, motivação e inçentivo nabusca de novos conhecimentos. ~ J
.
\
›
, . _ _ l
_
Em
especial a minha filha Nicole,meu
maior orgulho, que soube compreender a minhaausência.
'
. . . .. . _. . . . _ l
A
Elaine pelo seu cannho, companheinsmo, paciencia e o apoio decisivo durante aexecução dos trabalhos.
Mesmo
nosmomentos
mais difíceis e naquebra da rotina,sempre
tinha
uma
palavra de conforto e de otimismo para tornar este sonho possível.Ao meu mano
Marco Antônio, Isabel, Rodrigo, Daniel e Thaisa, pelo exemplo de honestidade e competência que balizam as nossas vidas. __
Aos
meus
pais Irapuan Mello e Hildegardt Mello pelo amor, apoio eincentivo em' todas ashoras da minha vida.
A
Aos amigos Eng° Agr° José Ângelo Rebelo e Eng° Agr°
Roque
Lino Braun, além da amizadee o incentivo, pela intervenção decisiva na concretização do curso. ›-
Ao
colega Renato Dietrich por aceitar a missão de conselheiro acadêmico e a condução dasanálises estatística do trabalho. '
Ao
professor Antônio Carlos Alves pelo companheirismo, pronto atendimento, eprincipalmente, pela divisão de conhecimentos.
Ao
professor Luiz Fernando Probst que viabilizou as análises cromatográficasem
seulaboratório. ~
.
Aos amigos que a distância
também
torceram pelo êxito desta conquista: Humberto, Jane,vii
A
professora Evanilda pelo atendimento fácil e viabilização do uso do Laboratório de AnáliseSensorial. L
` ` ' “
Aos
companheiros Waldemiro e Salete que viabilizaram os trabalhos decampo
e daarmazenagem
do experimento no Centro de Treinamento da Epagri. A 'Aos
amigos do Laboratório de Frutas e Hortaliças, Eng° Agr° Emerson Augusto,Msc
MarcosAntônio,
Msc
Giovana Moore,Msc
Mônica, as bolsistas Mônica e Cristina, pelaajuda,amizade, convivência agradável durante todo o curso.
`
Aos
amigos que pacientemente colaboraram na análise sensorial, Elza, Emerson, Marcos,Elisa, Micheline, Lea, Luciano, Marina, Mariela, Luciano, Deisy, Melissa, Rejane e Anice. Aos alunos do curso de Farmácia e Bioquímica habilitação
em
Tecnologia dos Alimentos,Patrícia, Hudson, Cristiane, Josiane e Fernanda, que colaboraram no
momento
mais críticodo processamento.
-`
Aos amigos da Epagri, Altamiro, Joaquim, Aldo, Costa, Salomão, lsolete que de
uma
formaou de outra contribuiram e torceram pelo êxito deste trabalho.
A A
A
amiga Vera Lúcia da Silva pelo pronto atendimento nas solicitações dos dadosmeteorológicos para o experimento.
H
X
Aos
colegas Eng° Agr° Valdir Crestani e Eng° Agr° Joel Vieira de Oliveira pela amizade eapoio na realização do curso.
Aos funcionários da biblioteca da Epagri que prontamente atenderam as solicitações de
imaterial da pesquisa. _
Aos colegas Zulmar e Arildo que conduziram o experimento de
campo
no Cetre.Ao
Sérgio e lnês pela amizade e viabilidade dos assuntos administrativos da pós-graduação.Aos companheiros da
GRH
_da Epagri pela dedicação incansável para tornar o fardomenos
pesado. `
A
Ao
técnico quimico Américo Cruz Junior pela realização das análises de nitrato.A
Epagri que possibilitou a concretização deum
sonho.Ã
A
l .
SUMARIO
LISTA
DE TABELAS
... ..LISTA
DE
F|GURAS....' ... ..ABREVIATURAS
... _. . . - . . . . . . . . . . . . . nl...-... X xii XVResumo
... _. XVABSTRACT
... _. 1|N'rRoouçAo
... ... _. 2REv|sÃo
B|BL|oeRÁ|=icA
... ..2.1 Importância sócio-econômica
da
alface ... ._2.1.1 Origem e botânica ... ._
2.1.2 Classificação taxonómica ... ..
2.1.3 Alface americana ... _.
2.1.4
Composição
químicada
alface ... ..2.1.5 Nitrato
em
alface ... ..2.2 Cultivo convencional e orgânico
de
hortícolas ... ..2.3 Vegetais
minimamente
processados. ... ..2.3.1 Evolução dos vegetais
minimamente
processados ... .. 212.3.2 'Perspectivas dos consumidores
de
alimentos ... _. - . . - . . . - . . - . . . . - . . . . . - z -. . . . . . . . . . - z - - - - - . ¬ . - . . - - - . .. . . z . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . - . . . . . - ‹ . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . - . - . . . . . z . . . . . . .. . - . . . . . . . . . . . . . - . . . . . . . . . . - . .. . . . z . . . - . . . . . . . . . . . . › z .H - - ‹ . . . . . - . - - . z . . . . . . . . . . . .. XV 1 5 5 6 9 11 11 13 15 17 232.4 Vida
de
prateleirade
vegetais ... ._26
2.4.1 Fatores bioquimicos envolvidos na vida de prateleira
de
vegetais ... _.26
2.4.2
O
processamento de vegetaisminimamente
processados ... ._29
2.4.3 Aspectos sensoriais ... ... _. 30
2.5 Atmosfera modificada para conservação
de
produtos vegetais ... ... _. 322.5.1 Tolerância das hortícolas a níveis baixos
de
COz
e elevados de'Oz..._ .34
_ 2.5.2 Efeito da alteração da atmosfera sobre o metabolismo
de
hortaliças_._..36
2.5.3 Respiração ... 37
2.5.3.1 Produção de calor pela respiração ... 39
2.5.4 Produção e ação do etileno ... _.
40
2.5.5 Escurecimento enzimático
em
vegetais ...42
2.5.6
Degradação da
clorofila ...43
2.5.7 Deterioração microbiana ... _.
44
2.5.8'
Uso
comercial da atmosfera modificada ...46
3
MArER|AL
E
MÉToDos
... ._so
3.1 Hipótese ... _.
50
3.2 Delineamento experimental, sistemas, teste
de
hipótese e análisede
dados
... ... __50
3.3 Localização do experimento ... _.
53
3.4 Sistema de produção
de
mudas
... ._54
3.5 Detalhes
do
sistema de produção de alface americana ... _.54
3.5.1 Sistema
de
produção orgânica ... ..55
3.5.2 Sistema
de
produção convencional ... _.56
3.6 Colheita e pós-colheita ... ..
57
l ~ i 3.7.1
Área
suja ... .. 3.7.2Área
limpa ... .. 3.7.3Embalagem
... .. 3.8 Análise sensorial ... ._3.9 Determinação das concentrações
de Oz
eCOz
...3.10 Avaliação microbiológica ... ..
3.11 Determinação da matéria seca ...
A
. . . . . . . - . . ..
3.12 Determinação de Nitrato ... ..¡..; ... ._
4
RESULTADOS
E
DISCUSSAO
... ... ... ..4.1
Comportamento
da composição dos gases nasembalagens
de alface americana minimamente processada ... ..4.1.1
Consumo
de Oz
e produçãode
COz
...- 4.1.2
Taxa
Respiratória e quociente respiratório ... ._4.2 Variação da matéria seca durante
o tempo de
exposição de folhasde
alface ... ... _; ... ... ... _. 4.3 Análise sensorial ... .. 4.4 Nitrato ... _. 5
coNc|.usõEs
... ._ 6RECOMENDAÇÕES
... .. 1REFERÊNCIAS
B|B|.|oGRÁr=|cAs ... ._ aANExos
... ... ..Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Tabela
4
Tabela 5 Tabela 6 Tabela 7 Tabela 8Tabela
9 Tabela 10 Tabela 11 Tabela 12 Tabela 13 Tabela 14LISTAS
DE
TABELAS
-
Composição
química média da alfacedo
tipo americana e lisa(Lactuca sativa L.)
(em
100gramas do
produto verde' e cru)...'..- Efeito do fertilizante nitrogenado sobre a proteína total,
peso
fresco e concentração
de
nitratoem
alface lisa ... _.- Valores
máximos
permissíveis na legislação para teoresde
nitrogênio
em
águas
destinadas para oconsumo
humano
....- Evolução das mulheres
economicamente
ativas no Brasil ...- Esperança média
devida de
homens
e mulheresao
nascerno
Brasil (em anos) ...
- Freqüência
de
refeições feitas forade
casa 'no Brasil pelapopulação urbana ... ... ._
-
Tempo
gasto para preparar o jantar ... ._- Classificação dos produtos horticolas quanto à tolerância a
baixa concentração de Oz. ... _.
- Classificação dos produtos horticolas quanto à tolerância
a
alta concentração
de
COz
...- Permeabilidade
de
filmes plásticoscom
potencialde
usoem
atmosfera modificada; ... .§ ... ..
-
Esquema
da
análise de variância ... ._ -Esquema
da análisede
variância parao tempo de
prateleiradentro
de
cada sistema, desconsiderando otempo de
exposição zero .... ..`. .... ..-. ... ... ... _.
- Concentração
de
oxigênio naembalagem
PEBD
contendoalface americana
minimamente
processada, obtida por cultivoorgânico e convencional ... .; ... .._;
- Concentração
de
dióxidode
carbono naembalagem
PEBD
contendo alface americana
minimamente
processada,'obtidal
l xl
l l
Tabela 15 -
Peso
(gramas/3 folhas) da matéria seca da alface no sistemaorgânico e convencional ... _; ... ..
Tabela 16 - Escores médios conferidos aos atributos
da
análise sensorialda
alface americanaminimamente
processada, no sistemaorgânico e convencional,
ao
longo'do
tempo
... ..Tabela 17 - Escores médios
dados
ao atributoescurecimento enzimâticona análise sensorial* da alface americana
minimamente
processada, nos sistemas orgânico e convencional, durante
o
tempo
de prateleira ... .ll
Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 'Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9 Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13 Figura 14 Figura 15 Figura 16 Figura 17 1
L|sTAs
DE
F|GuRAS
- Principais áreas produtoras de alface
em
Santa Catarina ... _.-
Exudação
de látex do caule da alface ... - Alface selvagem (Lactuca serríola) ... ..- Alface espinhosa(Lactuca scariola L.) ... ._
- Alface selvagem (Lactuca virosa L.) ... ..
-
A
alface americana (Lactuca sativa L. Var. Capítata L.) ... -A
alfaceromana
(Lactuca sativa L. Var. /ongifolia L.) ... .. -A
alface crespa (Lactuca sativa L. Var.Cfispa
L.) ... _.- Alface americana ... ... ..
- Vegetais
minimamente
processados expostosem
gôndolasde
supermercados ... ..
¬
Consumo
de
alfaceminimamente
processadano
Brasil ... ... ..
- Fluxograma
do
processamentode
hortaliçasminimamente
processadas ... _. ... ... ..
- Biossíntese
do
etileno e alguns fatores intrínsecose
extrínsecos
que
promovem
(+) ou inibem (`-) a síntesedo
etileno
em
plantas ... ... _.- Croqui
da
área de plantio da alface americana no sistemaorgânico
e
convencionale
ostempos
de
amostragem
... ... .. ... ..- Vista
da
áreade
produção*em
cultivo protegidoda
alfaceamericana no sistema orgânico e convencional
do
Centrode
Treinamento
da
Epagri ... ..- \fista interna
do
abrigode
produçãode
mudas. ... ..Figura 18 Figura 19 Figura
20
Figura 21 Figura22
Figura23
Figura 24 Figura25
Figura 26 Figura 27 Figura 28 Figura 29 Figura 30 Figura 31 Figura 32 I lSistema de irrigação por micro-aspersão ... _.
Tensiômetro de solo instalado nos canteiros ... ._
Canteiro de alface americana no ponto de colheita ... __
Alface americana Raider ... _.
Colheita e acondicionamento da alface americana no
campo
de produção ... _."... _.
Alface americana após o toalete ...
59
i
Folhas de alface americana pronta para o processamento_.|..-___.
Estocagem
dasembalagens de
polietilenode
baixa densidadena unidade de refrigeração ... ... .... ._
Concentração
dos
gases nasembalagens
da alface americanaminimamente
processada durante otempo de
prateleira ... _.
Concentração
de
dióxidode
carbono (COz) no interiorda
embalagem,
no sistema orgânico e convencional ... ... ._Taxa
respiratória da alface americanaminimamente
processada, no sistema orgânico e convencional a 1,0
atmosfera de pressão e mantida a 4 °C ... _.
Quociente respiratório
da
alface americanaminimamente
processada, no sistema orgânico
e
convencional ... _.Matéria seca da alface americana
minimamente
processada,no sistema orgânico e convencional.. ... ... _.
Escores
dados
para o atributo escurecimento enzimáticoda
alface americana
minimamente
processada, no sistemaorgânico e convencional,
ao
longodo tempo de
prateleira ... __Análise sensorial dos atributos da alface americana
minimamente
processada, no sistema orgânicoe
convencional, no
tempo
zero ... _.Figura
33
- Análise dos atributos da alface americanaminimamente
processada, no sistema orgânico e convencional, no terceiro
dia ... _.
Figura
34
- Análise dos atributos da alface americanaminimamente
processada, no sistema orgânico e convencional, no sexto
dia ... _., ... ..
Figura
35
- Análise dos atributos da alface americanaminimamente
processada, no sistema orgânico e convencional, no oitavo
dia ... .__
Figura 36 - Análise dos atributos da alface americana
minimamente
processada, no sistema orgânico
e
convencional, nodécimo
dia ... _; ... ... ..
AAO
ABREVIATURA
E
SIGLAS
- '
4»
Associaçao de Agricultura Organica
AC
- Atmosfera controladaAM
« - Atmosfera modificadaCLIMERH
- Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hidncos SantaEMATER
- Empresa de Assistência Tecnica e E›‹tensao RuralEPAGRI
-Empresa
de Pesquisa Agropecuána e Extensao Rural Santa CatarinaCatarina , V
Ha
- Hectare = 10.000m2IBD - Instituto Biodinâmico-
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica
MERCOSUL
- MercadoComum
do SulPEBD
- Polietileno de baixa densidadeSAM
ACC
- S-adenosilmetionina
- 1
- Acido carboxílico 1-amino ciclopropano
MACC
_ - N-malonilACC
Ave
AoA
coz
Oz czi-i4 - aminoetoxivinilglicine - ácido amino oxiacético- Dióxido de Carbono
- Oxigênio -
RESUMO
A
alface americana (Lactuca sativa),minimamente
processada, foiavaliada quanto aos efeitos dos diferentes. sistemas
de
cultivo (orgânicoe
convencional), quanto ao padrão respiratório, matéria-seca, vida
de
prateleirae
teor
de
nitrato- nas folhas.A
alfaceminimamente
processada foiembalada
em
sacos
de
polietileno de baixa densidade (PEBD),armazenada
em
refrigeradora 4
°C e avaliada até o final da vida de prateleira, estabelecido por
métodos
sensoriais.
As
avaliações foram realizadas durante quatorze diasde
estocagem,nas condições pré-estabelecidas.
Nos tempos
zero, três, seis, oito, deze doze
dias, foram
acompanhadas
as variações na concentraçãode
oxigênio ede
dióxido de carbono no interior das embalagens, através
de
cromatografiagasosa
e, inclusive até o décimo quarto dia foram
acompanhadas
as variações namatéria-seca, através
de
gravimetria.Nos tempos
zero adez
dias,uma
equipesensorial treinada avaliou a alface quanto a: cor, brilho, escurecimento
enzimático, aroma, odor estranho, textura e sabor (escores de zero a dez).
Como
garantia do processamento mínimo, foi realizada avaliação microbiológica
no
tempo
zero e quatorze diasde
estocagem.Quanto ao
padrão respiratório, foiverificado
que
a alface orgânica, difere da alface convencional, quanto à liberaçãode dióxido de carbono e, conseqüentemente, quanto
ao
quociente respiratório.A
variação no teor de matéria seca durante a
estocagem
foi diferentesignificativamente entre as alfaces nos dois sistemas de cultivo.
A
alface orgânicafoi significativamente superior
em
matéria-seca durante todoo
tempo de
armazenamento.
O
teste sensorial determinouque
o escore seis (6) eliminariaa
amostra; a alface orgânica, atingiu o escore
minimo
em
tempo
superiorao da
alface convencional, tendo sido sensivelmente superior a esta
em
todosos
atributos testados.
Os
resultados da avaliação microbiológica revelaramque o
processamento adotado no preparo das amostras foi eficiente, não
havendo
diferença entre as amostras quanto aos contaminantes microbianos testados.O
teor de nitrato nas folhas de alface americana produzidade
modo
orgânico foisuperior ao da alface convencional.
Palavras chaves: alface, respiração, vida-de-prateleira, cultivo orgânico, cultivo
~
l l
ABSTRACT
1
. Iceberg lettuce (Lactuca sativa) obtained by conventional and organic
cultivation systems and minimally processed
was
evaluated for thel effect ofdifferent cultivation systems on respiratory standard, nitrate content in leaves, dry
matter
and
shelf life.The
minimally processed lettucewas
packed in low-densitypolyethylene bags, stored in refrigerator at 4 °C
and
evaluated until theend
ofshelf life period established by a sensorial team.
The
evaluationwas
performedduring the 14-day storage period under pre-determined conditions. At zero, three,
six, eight, ten
and
twelve days, the variation in oxygenand
carbon dioxideconcentration inside the packages
was
measured
by gas chromatography;and
thedry matter variation
was
recorded up tothe fourteenth day by gravimetry. At dayszero and ten, a skilled sensorial
team
evaluated the lettuce for: color, brightness,enzymatic darkening, flavor, off flavor, texture
and
smell (scores O -10).As
asafety measure, a microbiological evaluation
was
performed at zero dayand
fourteen days of storage.
As
for the respiratory standard, itwas
observed thaticeberg lettuce differs from conventional lettuce as for carbon dioxide release
and
therefore, for the respiratory rate.'The variation in dry matter content during
storage resulted statistically different between the two kinds of lettuce in both
cultivation systems; the organic lettuce recorded the highest dry matter content
during all storage time but there
was
a decrease in dry matter content duringstorage in both cultivation systems.
The
sensorialteam
determined that score six(6) would eliminate the sample; the organic lettuce took longer to reach the
minimum
scorecomparedto
the conventional lettuceand
proved substantiallysuperior to the latter regarding all the attributes tested.
The
microbiologicalevaluation results
showed
that the processing used insample
preparation hasbeen efficient, and that there
was
no differencebetween
the samples as for themicrobial contaminants tested. Nitrate content in organic iceberg lettuce leaves
was
statistically higher than in conventional lettuce leaves.Key
words:
Lettuce, respiration, shelf life, organic harvesting, conventionalharvesting.
1
INTRODUÇÃO
O
emprego
de agrotóxicos e de outros insumos agrícolas sintéticos ocorreuao
longodos
anos, na maior parte do planeta,com
a justificativada
produçãode
alimentos
em
maior quantidade ede
"melhor qualidade, aparência e proteçãofitossanitâria".
A
permissão e o incentivo à agricultura dita "convencional"sempre
estiveram reforçados pelo marketing das grandes produtoras
de
insumos.Poucas
foram ascomunidades
nomundo
que
resistiram a este apeIo._ Poreste motivo, dispomos hoje
de
imensas áreasem
desequilíbrio ecológicoe
registramos muitas doenças
humanas
provocadas pelo manuseio incorretode
insumos químicos ou pelo
consumo
de vegetais contaminados por estes. 'Há
aproximadamente duas décadas, os países desenvolvidos,vêm
incrementando
um
movimento
ambientalde amplo
espectroque
abrangedesde
os cuidados ligados diretamente â
saúde
do
homem
atéo
ambienteque o
rodeia.'
Juntamente
com
a preocupação da qualidade ambiental,tem
sidocrescente a busca nos supermercados
e demais
locaisde
venda, por produtosorgânicos, ou seja, cultivados de maneira ecologicamentecorreta.
O
mercado de
produtos orgânicos,em
nível internacionalvem
apresentando incremento na faixa
de
300%
ao ano
e muitos agricultoresconvencionais estão sendo convertidos
em
produtores orgânicos.'
,
O
movimento
pela melhoria da qualidadede
vidae
do ambiente está ligado.Ynbwduçãa \\ 2
l
de
realizar suas refeições forade
casa. Essa via demão
dupla, criouuma
nova
indústria
de
alimentos, a dos vegetaisminimamente
processados.A
demanda
crescente por produtosobedece
amesma
escala eépoca
daquela ocorrida
com
os produtos orgânicos.No
mundo
inteiro,com
a liderança dos países desenvolvidos, os produtos perecíveis passaram a ser o setor mais lucrativoe
dinâmico das lojas. 'Estima-seI
que
atéo
final do século, esses produtos estarão respondendo por 50 a60%
do
valor
das vendas
em
auto-sen/iços, suplantando .a dominância observada, atépoucos anos, dos segmentos das mercearias
de
doces e salgados e das bebidas.Em
decorrência disto, novos formatosde
lojas estão surgindo,dando
totalprivilégio
de
espaços às áreasde
exposiçãoe de
vendas aos perecíveis,com
notável destaque para os hortigranjeiros. .
Paralelamente, inovações tecnológicas
e
logísticasvêm
sendobuscadas
pelo varejo,
como
forma de atender eficientemente às novasdemandas
dos
consumidores. Há, cada vez mais interessados
em
produtos nutritivos, frescos,saudáveis
e de
preparo conveniente.Ao
mesmo
tempo, isso deverá propiciarmaior qualidade e competitividade nos sen/iços
de
comercialização. 'H
Por outro lado, os produtores
e
comerciantes hortícolasde
Santa Catarinatêm
evoluído vagarosamente no sentido de adotarem as necessárias e desejáveismedidas voltadas à dinamização
e
à modernização setorial. Frente a estesdescompassos, a perda de competitividade
da
horticultura catarinense passa aconstituir-se
em
um
grande estrangulamento nos agronegócios setoriais,principalmente se considerada no contexto
da
globalizaçãoeconômica e
do
l
Entre os problemas enfrentados pelo produtor rural, a comercialização
da
alface
minimamente
processada _éum
dos mais importantes, principalmente, parao
pequeno
emédio
produtor rural.Os
produtores que, poruma
razão ou outra,perdem
o acesso aomercado
pela via das grandes empresas agro-industriais encontram-se
em
dificuldadesem
face das
poucas
alternativas' que lhessão
oferecidas. Neste _ contexto,l a- `
. Al, 1,
agregação
de
renda aos produtos da agricultura familiar, atravésdo
processamento mínimo de hortaliças, coloca-se
como uma
alternativadas
maisimportantes para viab_ilização desses produtores e
de seus
estabelecimentosagropecuários. › ›
`
É
importante salientarque
a comercializaçãoda
alfaceminimamente
processada, entregue nas redes de supermercados
do
Estado, são feitasem
consignação. Isso faz
com
que
o produtor tenhaque
repor a alface processadade
3
.em
3 dias nas gôndolas de venda.Essa
periodicidadeé
devidoao
escurecimento nos cortes da folha,
murcha
precoce; acúmulo deágua na
embalagem, exalação de odores estranhos e perda
da
texturado
produto. Estematerial retorna
à
propriedade ruralonde
vai gerar lixo orgânicoque somente
poderá ser utilizado
em
compostagem.
No
entanto, aembalagem
plásticanão
apresenta, nestenível, opções de reciclagem. ›
_ Atualmente, estão disponiveis no
mercado
tanto os vegetaisminimamente
processados convencionais
como
os' vegetaisminimamente
processadosorgânicos.
Os
produtos convencionais estão nomercado
há mais tempo.No
entanto, pouco é conhecido sobre a vida
de
prateleirade
vegetaisminimamente
processados originados de cultivo orgânico. `
A
alface éuma
das hortícolasde
maior aceitação pelos consumidores,.f7nt›u1duçãa 4
Estudos fazem-se necessários para
que
os produtos sejam produzidose
processados de maneira adequada, oferecendo aos produtores e processadores
as informações para a ampliação
do tempo
de vida de prateleira doproduto..O
presente trabalho teve por objetivo estudar as diferençasno
comportamento
durante a vidade
prateleira entre alfaces americanas cultivadas da forma convencional e orgânicaminimamente
processada. i2
REv|sÃo
B|B|_|oGRÁF|cA
2.1 Importância
sócio-econômica da
alfaceA
alface éuma
cultura hortícolade
grande valor alimentar, constituindo-secomo
componente
imprescindível das saladas. Ela é a quarta hortícolaem
importância na composição das saladas,
ficando
logo a seguir à batata, tomate ecebola
em
ordem
de importância tanto pela áreaocupada
quanto pelo valordas
produções
(RIPADO,
[199'?]).V
A
produçãode
alface está localizada nos cinturões verdes das principaiscidades do estado de Santa Catarina (Figura 1).
9
lcSANTA
zmÉ
'šâ
9
mg
SA3‹TA”cA1AmNàmmsu
, F ' W:-....-. ' `~-, ,Ii L, .-.fz-.-z'-.l--:-:.-:'fs¿v>:z.=.:-z';-. ~$\ f = “°°*‹ P ~ À E “W-
fita? ,H Q -5;mc
Tu» ¬ l l ' 'Pflfwmmw
l °$°~"'fl'5°°*'**° i2f '”'“'“ iFIGURA
1 -Principais áreas (círculosem
amarelo) produtoras de alfaceem
Santa Catarina.
Fonte: EPAGRI (1999).
Levantamento realizado pela Epagri revelou
que
o Estado plantouem
1999
R ._ 3.”. .¿. 6
produção foi praticada
em
638 pequenas
propriedades rurais. Estas utilizaramem
tornode
3.400 pessoassomente
no setorde
produção(EPAGRI,
1999).O
consumo
per capita catarinensede
alface éde
1,5 kg/anoe é
considerado muito baixo pela Organização Mundial da
Saúde
(IBGE, 1989).2.1.1
Origem
e
botânicaA
alface (Lactuca satíva L.) éuma
espécieda
família das Asteráceas(LORENZ,
1992;PINK
&
KEANE,
1993).O
nome
da alface, tantodo
latimcomo
do
inglês, é derivadodo
suco leitoso (látex)da
planta (Figura 2)(NONNECKE,
1989;
PHILLIPS
&
RIX, 1993).A
palavra Lactucatem
o radical “lac” do latimque
significa leite
(NONNECKE,
1989).FIGURA
2-
Exudação de
látexdo
cauleda
alface.Fonte: Acervo do autor.
Há
evidência arqueológicas nos túmulos egípciosde que
a alface foicultivada há 4.500 a.C., provavelmente, ela teve origem
da
erva Lactuca serriola(Figura 3) conhecida
como
alfaceselvagem
(PHILLIPS&
RIX, 1993). Esta7
de
alface está associado a produçãode
látex, o suco leitoso,que
também
é
encontrado nas variedades cultivadas.O
látexamargo
era conhecido por sersoporífero (PHILLIPS
&
RIX, 1993).FIGURA
3-
_, ` ,Fonte:
RHODES
(2000).A
alface espinhosa foi cultivada para forragemde
animaise
produçãode
óleo no norte
da
África no século Ill (PHILLIPS&
RIX, 1993).Muitos botânicos
concordam que
a alface éuma
plantada
espécie satívacom
origem na espécie scariola (Figura 4)que é
encontrada no estadoselvagem
na Ásia, Europa
e
Áfricado
Norte.A
/actuca vin'oIa L. (Figura 5) é semelhantea
scaríoia,
mas
tem
as folhas planase sementes
escuras. Ela foiusada
na geraçãode algumas
variedadesmodernas de
alface(LORENZ,
1992;PHILLIPS
&
RIX, 1993;PlNK
&
KEANE,
1993)._ 3 \ f l s É . 1 É l ,. _..._..__.._... r í‹-~~”‹›wa= ' ^›'\‹^â'¿.:;a_, z. _ z.. ‹_-1- 1 s ~›¢^.5n¡ 'u..››z Ç. _ r-'|cuRA
4
-
(acta
Í Fonte:RHODES
(2000). _ - ›11^~í=_ ' f .- _' ~ _ ' . _ ' - V f z#‹.`:_srMsmn‹=ø¿_s‹o~ . it ' '_ 4-*É;
za * * « - ' ‹ ¢;."'*››. - .f.~,.;`... =_.â,_z:..- - -' z¡_' _' -_ 1* » " '_ ~› _ "; _. ›' ` l 11-. .__r` ;._'¡¡' _' -_ ' z`_ Ú ,' __ _, -_., - -_: ' .- __:\,_-.5_›Í'__-_=_'¿¡__-z___:_ ¿.zj"___z~___;_'.;¡-I,~> §'z;'__,-._-¿¡ :z _.. , _ =-'-›. _ _ ‹_-3;' . '--,_-_ -.À -_¿_,,_ :_ =›~_- .¬‹;zj:z-ff»-.-., '- _. 3 _. _; _ _' _ _.: '- 'M " -A-1... _ _ I _ - ___. _~_"-¿=‹›.~__¡_z,_ ~_:.1- -_ ;_=___:,__ .__'f-¡__L:___¿ __.,_...z_-;›- _- '____¡__ _; ,___ ;_^- _ __= .,_j;_;-__ ¬ _\~¿.‹-¿¡_,¿l____e›.~_›_t¡;« -.__ _ , _ _`_______= › _ _ - - ~_~- _‹__é‹ _ __ __ __- _ _. _ . ‹_ _;y_:__-,..____.;-¿‹¿_. _ _ _&:z;â _ z._ _ z _ »\ .- ,_ _ __ ._ ~ ‹¬¡_z_. xi _ z - _ 5- - _ __ _ -_ ` 2 .‹ ' :.Íf1¡' __'‹ '_-2 .~r:‹ .-,š-_; ~ '› 1;-› .‹à¢__':"~f:1 . .1'f¬'›.- :r_ "_Í :_ - '::`*".=,_¬___ :__ _' a - _,¡^ ' -s_›r" fz.. ‹' . -" -_ ' - -_ 1 -z-I.›~_'z-'_ ¿_'__'.__:~. _ __z:;__f_:_ _ .__-_. Í__‹ _~_ '¿'_z»'e ._ ?Í,_;,3:-ff. .;;'z__‹¢v'v ,. ‹› z`.;z f. _ "-_›: ¢~ z Ir 2__
'- " . ' › .,¡`.a¿:'*§~u'càm.'vtr`‹$o.a'f- If ff _ “: U `F
lGURA
5-
Alface selvagem (Lactuca virosa L.)Fome:
RHODES
(2000).A
culturada
alface expandiu-sedo
Egito para todoo
mediterrâneo durantea era grega e
romana (PINK
&
KEANE,
1993).Os
romanos
desenvolveram váriostipos de alface
de
folha larga, conseguindoque
estasfossem
produtivas,sem
espinhos, resistentes
ao pendoamento
precoce,com
pouco
látexe
germinação52ww‹=‹›" 9
Os
tiposde
alface atualmente conhecidos,eram
utilizados naEuropa na
idade média.
Na
transição da alface selvagem paraa
cultivada, ocorreuuma
seleção para melhorar as características da cabeça, diminuição
do
látex,eliminação
dos
espinhos,aumento
dotamanho
da planta e a sua crocância.O
colonizador europeu do novo
mundo
foiquem
trouxe as primeirassementes
destahortaliça
(NONNECKE,
1989).2.1.2 Classificação
taxonómica
A
alface éuma
espécie anualque
pertence à família Asteráceas eao
gênero Lactuca
que
inclui mais decem
espécies.A
espécie é classificadacomo
Lactuca sativa L., classificação correspondente à alface selvagem, a partir
da
qualse originaram as diversas variedades atuaimente cultivadas
(RIPADO,
[199?])A
classificação taxionômica da alfacesegundo
a American Society forHorticultura/ Science (2000), é a seguinte:
Divisão: ...
.Espermaphyta
Classe: ... _ .AsteridaeOrdem:
... ..AsteraIes Família: ... ..Asteraceae Subfamília: ... ..Lactucoídae Tribo: ... ..Lactuceae Gênero: ... ..Lactuca Espécie: ... ..sativaVariedade: ... ..capitata L., Iongifolia Lam.,
e
crispa L.As
espéciesde
alface Lactuca sativa L. var. capitata L. (Figura 6), Lactucasativa L. var. longifolia Lam. (Figura 7) e a Lactuca setiva L. var. crispa L. (Figura
8) são conhecidas
como
alface americana ou alface repolho, alfaceromana
e\
19
ca sativa L. var. capitata L.)
_ __.af ` fu Fonte:
PETOSEED
[199-]. Ê ______ __v__._._ _ ,uh _-. _ Í . .,_ V- z: « ›› ,,› 1 Ê ` ' l | Í 1 ` í É 1 1 É 1 1 z ‹ \ r › ÉF
GURA
7-
A
alfaceromana
(Lactuca sativa L. var. longifolía Lam.)Fonte:
HAZERA
[199-]. ^' "'1 K . z ¿z¿ z . N . . 4 V r ^ fz? . ` . 23 i Ãã ¡. «â -.ÂF
GURA
8-
A
alface crespa (Lactuca sativa L. var. crispa L.)Fonte:
AGROFLORA
(1997).§
szzaaâazpzazwéfizm 31
2.1.3 Alface
americana
A
alface americana (Figura 9) éuma
hortallça tipicamente folhosa.A
plantae herbácea, apresenta
um
cauie muito curto e não ramificado,ao
qual seprendem
as folhas.As
raizes são do tipo pivotante,com
ramificaçõesfinas
e
curtas,
que
exploramsomente
os primeiros 25 centímetrosde
solo.O
ciclovegetativo encerra
quando
a “cabeça” está completamente desenvolvida.Após
isso, se a temperatura for suficientemente alta, e os dias longos, a planta entra
rapidamente no ciclo reprodutivo, emitindo
uma
haste floral,que
alcança cercade
um
metrode
altura. Esta terminaem
uma
inflorescência ramificada,com
grandenúmero de
flores perfeitas (RlPADO,[199?]).FIGURA
9 - Alface americanaFonte: Acervo do autor.
2.1.4
Composição
quimica
da
alfaceEsta hortaliça é
uma
daspoucas consumidas
exclusivamente in natura. Elaé
indispensável na composiçãodas
saladas dos brasileiros.Embora
não sendo
12
dietas
(RIPADO,
[199?]).Lactuca sativa L.
em
100ramas do
roduto verde e cruComponentes
Tipo americanapode
ser observado na Tabela 1 seu baixo teor calórico a credencia para todas asTABELA
1-
Composição
química média da alfacedo
tipo americana e lisa) ( Tioo lisa
Água
Proteína Gorduras Carboidratos Fibras Valor energético Ácidos graxos>
Saturados>
Mono
insaturados>
Poliinsaturados Colesterol Sódio Potássio Cálcio Fósforo MagnésioCobre
Zinco CloroManganês
Ferro Selênio Tiamina Riboflavina Niacina VitaminaC
VitaminaE
Wtamina
B6 Folatos Caroteno FonteHOLLAND
(1995). 95,6 g 0,7 g 0,3 g 1,9 g 1,3 g 13 kcal Traços Traços Traços 0 2,0mg
160,0mg
19,0mg
18,0mg
5,0mg
0,01mg
0,1mg
42,0mg
0,3mg
0,4mg
1,0 ug 0,01mg
0,01mg
0,3mg
3,0mg
0,57mg
0,03mg
53,0 pg 50,0 ug 94,4 g0,99
0,6 g 1,2 g 1,3 g 12 kcal 0,1 g Traços 0,4 g 0 5,0mg
360,0mg
53,0mg
43,0mg
8,0mg
0,04mg
0,4mg
67,0mg
0,3mg
1,5mg
1,0 ug 0,15mg
0,03mg
0,5mg
7,0mg
0,57mg
0,08mg
57,0 ug 355,0 pg13
2.1.5 Nitrato
em
alfaceOs
nitratos são constituintes naturais das plantas e estão presentes naspartes comestíveis de muitas hortaliças.
A
aplicaçãode
altos níveisde
fertilizantes nitrogenados pode levar
ao
acúmulo adicional de nitrato,particularmente
em
hortaliças folhosas(BROWN
&
SMITH,
1966).Fatores ambientais como, intensidade luminosa, fotoperíodo, cultivar, data
da colheita, herbicida e temperatura, influenciam o nível
de
nitrato encontrado nasplantas.
O
nitratonão
éacumulado
uniformemente nos diversos tecidose
órgãosdas plantas. Normalmente, dentro do tecido a localização é variada
(WRIGHT &
DAVlSQN,-.1.964).
As
folhosascomo
espinafre, aipo, rúcula e alface são conhecidascomo
vegetais
que acumulam
naturalmente altos teoresde
nitratoem
relaçãoaos
demais vegetais (KIRK&
SA\A/YER, 1997).`
O
nitrato das
adubações
em
soloscom
baixos teores de matéria orgânica são facilmente perdidos.O
nitrato daadubação de
cobertura fica na soluçãodo
solo,que pode
ser lixiviado pelaumidade
elevadado
solo, pelas irrigaçõesfreqüentes ou volatilizado
(BRADY,
1979).Em
alface, a concentraçãode
proteína e N-NO`3aumentou
com
doses
crescentes de nitrogênio aplicado à cultura
(SPLITTSTOESSER,
VANDEMARK
&
KHAN,
1974).Os
resultados desse trabalhopodem
ser observados na Tabela 2.Hortaliças folhosas são conhecidas por acumular nitrato nos tecidos.
Mas
aalface e o repolho
aumentaram
significativamente a concentração de nitratosomente quando
aplicados altos níveisde
nitrogênio(BROWN
&
SMITH,
1966;14
Tabela 2,
onde
o nitrato foi significativamente superior nas duas doses mais altasde nitrogênio aplicadas à cultura.
TABELA
2- Efeito do fertilizante nitrogenado sobre a proteína total, peso frescoe concentração de nitrato
em
alface lisa¬.Cultura N aplicado Total de proteína Peso fresco N-N03
(kglha) (kg/ha) (kg/ha) (pg/g de peso fresco) Alface 22 128,1a 2530 a 180a
(folhas) 45 130,0 a 2630 a 250 a
112 143,8b 3140b 460b 448 180,6 c 3750 c 540b
~
1 Média separada nas colunas pelo teste de Duncan ao nível de 5%.Fonte: SPLITTSTOESSER,
VANDEMARK
&KHAN
(1974).Dentre as substâncias
que
podem
constituir risco para a saúdehumana,
incluem-se os compostos de nitrogênio nos seus estados de oxidação: nitrogênio
amoniacal e albuminóide, nitritos e nitratos
(ALBURDA
&
NlSHlHARA,
1998).As
nitrosaminas e nitrosamidaspodem
surgircomo
produtosde
reação entre o nitrito ingerido ou formado pela redução bacteriana do nitrato,com
asaminas secundárias ou terciárias e amidas presentes nos alimentos.
O
pH
ótimopara a reação
de
nitrosaminação é entre 2,5 e 3,5 faixa semelhante à encontradano
estômago
humano
após a ingestãode
alimentos. Tanto as nitrosaminascomo
as nitrosamidas estão relacionadas
com
o aparecimentode
tumoresem
animaisde laboratório
(BOUCHARD,
WILLIAN
& SURAMPALLI,
1992).Os
valores dos limitesmáximos de
derivados de nitrogênio permissíveis nos padrões de potabilidade da legislação estadual paulista e a legislação federal15
TABELA
3-
Valoresmáximos
permissíveis na legislação para teoresde
nitrogênio
em
águas destinadas para oconsumo humano.
Denvado do mtrogemo Legislaçao Paulista Legislaçao Federal
Nitrogênio amoniacal (mg N-NOQIL) 0,05 -
Nitrogênio albuminóide (mg N-NOQIL) 0,08 -
Nitrito (mg N-N03/L) 0,02 - Nitrato (mg N-N03/L) 6,0 10,0 =* oeereie 12.486 de 20/1o/1978. › " Perterie 36/GM de 19/01/1990.
Feniez
ALABURDA
& N|sH|HARA (1995).2.2 Cultivo orgânico e convencional
de
hortícolasA
agricultura orgânicaemerge
como
alternativa para o equilíbriodos
exageros da agricultura tradicional.
Desde
adécada de
60,começou-se
aquestionar
de
maneira mais forte o pacote tecnológico moderno, a revoluçãoverde, as conseqüências
do
usode
químicos agressivosao
meio ambiente(HARKALY,
1998).Dentro das
comunidades
mais esclarecidas,vem
crescendouma
forteconscientização de que a natureza não é infinita
em
sua capacidade de absorveros resultados de todas as atividades
humanas,
no ritmoem
que
estasvêm
ocorrendo,
sem
que sejam alteradas as condições ambientais globais. Durantea
Conferência das
Nações
Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento,ECO-
92, dirigentes e cientistas reconheceram
que
a Ciência e a Tecnologianão
maispoderiam garantir a qualidade
do
meio ambiente, a não serque
houvesse, além deuma
redução da taxade
crescimentoda
população,uma
alteraçãono
padrão das atividadeshumanas
no planeta.Desde
entãotem
crescido ademanda
porprodutos de baixo impacto ambiental.
No
casodo
setor agrícola, as pressões15
dentro
de
um
enfoque de preservação ambiental. Isto requer aomesmo
tempo
sistemas agrícolas produtivos e sustentáveis, o
que
signiflca nãoapenas
uma
troca do paradigma químico da agricultura para
um
paradigma biológico/ecológico(NEVES,
1999).A
agricultura convencional modifica todos os niveisde
equilíbriosecológicos provocando a decadência dos solos, a diminuição
da água
potável eprovoca o aparecimento de pragas e doenças nas culturas. Ela polui os cursos
de
água, o
mar
e o solo.No
entanto, o solo é a basede
toda a vida e as plantassão
os únicos seres
que conseguem
transformar energia luminosaem
energiaquímica,
que
em
forma fossilizada, atualmente, é o sustento de nossa civilização.Nesse
sentido a agricultura convencionalnão
foi introduzida para nutrir melhor ospovos,
mas
para abrir a agriculturacomo
mercado
para a indústria.Como
asvariedades novas, geralmente híbridas ou transgênicas,
somente
foram criadaspara resistir a elevadas
dosagens de
NPK
e herbicidasde
alta toxicidade,não são
sustentáveis porque não se
adaptam
mais aos solos e climascomo
antigamente(PRIMAVESI,
1999).A
agricultura orgânica é definidacomo
a produçãode
alimentosde
origemvegetal e animal
sem
a utilizaçãode
agrotóxicos eadubos
químicos sintéticos ououtros agentes contaminantes, através
de
um
conjuntode
sistemas de produçãocom
enfoque holístico,que
buscam
a maximização dos benefícios sociais, a auto-sustentação, a redução/eliminação da dependência
de
insumos e energianão
renovável e a preservação
do
meio ambiente atravésda
otimizaçãodo
usode
recursos naturais e sócio-econômicos disponíveis
(HAMERSCHMIDT,
1998).No
Brasil, cerca de 2.000 produtores dedicam-se especialmente a.flwuââflzwaagzâiim 17
Associação
de
Agricultura Orgânica (AAO) dado grande incentivo eatendendo
diversos produtores na orientação técnica e credenciamento
de
propriedadesorgânicas.
O
instituto Biodinâmico, instaladoem
Botucatu, é responsável pelacertiflcação
de
propriedades Orgânicas/Biodinâmicas no Brasil.A
EstânciaDemétria,
também
de Botucatu -SP
éuma
propriedade dedicada à exploraçãoorgânica na área de Horticultura
(HAMERSCHMIDT,
1998).A
produção de hortaliças orgânicas é atualmente a atividade mais praticadaem
nívelde
Brasil. Porserem
produtos consumidosem
sua maior parte "innatura”, necessita
que
sejam puros e saudáveis,sendo
estauma
exigênciacrescente
da
sociedade(HAMERSCHMlDT,
1998).Os
produtores dedicados ao cultivo de hortaliças orgânicas, geralmentesão
pequenos
agricultores, e procuram nesta atividadeuma
fonte de renda,bem
como,buscam
a diversificação das atividadesda
propriedade. Por outro lado,tem-se observado
que
ascamadas
sociaisde
maior poder aquisitivo são asque
tem
procurado,em
maior escala, os vegetaisminimamente
processadosde
produtores orgânicos.
No
entanto, estes produtos deverão ser popularizados. Porisso, os preços a
serem
praticadosdevem
ser competitivos, igualando-seaos das
hortaliças convencionais
(HAMERSCHMIDT,
1998).2.3 Vegetais
minimamente
processados
O
processamentomínimo
de
hortaliças refere-se às operaçõesque
eliminam as partes
não
comestíveis taiscomo
cascas, talose
sementes.O
corteem
tamanhos menores
das hortaliças, tornando-as prontas paraconsumo
imediato,
sem
que
amesma
venha
perder a condiçãode
produto fresco ou in13
Todas
as hortaliças minimamente processadas são perecíveis edemonstram
rápida perda da qualidade pós-colheita,mesmo em
temperaturasbaixas durante a estocagem.
Os
vegetais minimamente processados são maisperecíveis
do que
os similares frescos. Isso ocorre devido aosdanos
causados
aos tecidos das hortaliças resultantes das operações
do
processamento. Esteproduto,
também
denominado
pré-cortado, pré-preparado, preparado cortado,de
conveniência e fresco cortado, é
um
produtocom
valor agregado superiorao
“innatura”não manipulado
(SCHLIMME
&
ROONEY,
1994).Em
relação a definição dos produtosminimamente
processados,também
chamados
de
4° geração mostrados na Figura 10, há divergências.Uma
definiçãoé aquela
na
qualum
produto passa por todas as operações (lavagem,classificação, descascamento, corte, etc)
que
podem
ocorrer antesdo
branqueamento
em
uma
linhade
processamento convencional, considerandotodos os produtos
como
tecidos vivos (WILEY, 1997).FIGURA
10-Vegetais minimamente
processados expostosem
gôndola de supermercado.19
Por outro lado,
GIMENO
et a/.(1995)definem-os
como
sendo
vegetaisfrescos, acondicionados, prontos para
serem
consumidos e conservadosem
cadeia
de
frio entre 2 e 4 °C,com uma
vida útil ao redorde
7 dias.Os
produtos pré-elaborados são os quevêm
crescendo largamenteno
mercado. Estes são divididos
em
cinco gerações, de acordocom
os critériostecnológicos
(modo
de conservação, acondicionamento, grau de elaboraçãodo
produto) ou
com
os critérios econômicos e comerciais(LAGRANGE,
1995).Os
produtosdenominados
de 1° gera@"o sãocompostos
por mercadoriasfrescas, no estado bruto, vendidos in natura,
sem
nenhum
tratamento e visa asredes comercias. Estes produtos são
de
duração limitada,devendo
ser utilizadosrapidamente,
mas
eventualmente estão sob refrigeração para presen/ar suasqualidades comerciais
(CPRC,
1989 ePROENÇA,
1997).O
Na
maior parte dotempo
são conservadasem
refrigeração entre 1e
6°C
(LAGRANGE,
1995).Os
produtos de 2°gerago
compreende
as “conservas”, ou seja, osprodutos apertizados
(CPRC,
1989,LAGRANGE,
1995 ePROENÇA,
1997).Para a conservação desta geração utiliza-se a técnica desenvolvida por
Nicholas Appert,
que
consiste na esterilização auma
temperatura igualou
superior a 100 °C,
chamada
de
apertização(CPRC,
1989).Compreende
produtosde origem animal e vegetal, os quais são conservados e segurados por
um
acondicionamento
com
gás, liquido ou microorganismo eum
tratamentoque
inibeou destrói totalmente ou
em
parte, as enzimas ou microorganismos e suas toxinas(CPRC,
1989 ePROENÇA,
1997). Estespodem
ser acondicionados por váriosmeses
ou anosem
embalagens
hermeticamente fechadassem
a preocupação‹
‹ li v __ 20 l
_
Os
produtos de3° geração utilizam cadeia negativa (temperatura inferior a O °C)
como
procedimentode
conservação (supercongelamento).Os
produtospodem
ser tanto de origem animalcomo
vegetal(CPRC,
1989e
PROENÇA,
1997). “
O
supercongelamento éum
congelamento ultra-rápidoque
garanteum
abaixamento da temperatura suficiente para permitir a obtenção
de
uma
l
temperatura igual ou inferior- a 18 °C negativos~(CPRC, 1989 , LAGRAl¿lGE,
1995
e
PROENÇA,
1997). Estes produtosdevem
ser armazenados, transp'o'rtados edistribuídos a
estamesma
temperatura(CPRC,1989
eLAGRANGE,
1995). Destamaneira, a conservação
de
seus produtos pode ser assegurada por váriosmeses
(CPRC,
1989). ~,
_
Os
produtos de 4° geraçãotambém
denominados minimamente
processados estão representados por vegetais crus, submetidos a tratamentos
de descascamento, higienização e corte. ,São produtos prontos para
consumo
e
devem
ser conservadosem
embalagens
na presençade
ar ou de atmosfera modificada ou deuma
atmosfera rarefeita(CPRC,
1985,CPRC,
1989,LAGRANGE,
1995 ePROENÇA,
1997).A
refrigeraçãocom uma
temperaturaentre 4 e 5 °C é indispensável
(CPRC,
1989 eLAGRANGE,
1995).Nessas
condições, a duração é de 4 a 10 dias
dependendo do
produto._
A
5°
gerago
desses produtoscompreende
os produtos cozidossous
vide(LAGRANGE,
1995 ePROENÇA,
1997). Utiliza-seum
tratamento térmico paraassegurar
uma
conservaçãode
21 dias (pasteurização)a
meses
(esterilização).Estes produtos se distinguem
dos
apertizados pela permeabilidadeaos gases
flaan~
V 212.3.1
Evolução
dos
vegetaisminimamente
processados
Os
vegetais minimamente processados surgiram nos Estados Unidoshá
cerca de trinta anos.
Houve
uma
necessidade do consumidorem
adquiriralimentos fáceis e rápidos de preparar,
porém
com
características próximasao
produto natural.
A
partir desse momento, processosque não
prejudiquem aqualidade,
estendam
a vida de prateleira e possibilitem produtos mais frescosestão se tornando
comuns
(EMATER+DF,
1997). 7A
utilização de hortaliçasminimamente
processadas no Brasilé
recente.No
entanto, háum
grande potencialde
crescimento devido à economiade
tempo
e trabalho
que
proporcionaao
nível doméstico eem
redes de alimentação rápidae restaurantes
(REVISTA
SUPERHIPER,
1995). _-
Pesquisas realizadas pela
REVISTA
SUPERHIPER
(1995),mostram que
as atuais características da. população brasileira, estão vinculadasao
número de
mulheresque
vêm
ingressando nomercado de
trabalho. Estima-se que, napróxima década,
metade
das mulheres brasileiras estarão trabalhando forado
lar(Tabela 4).
Com
isso, as mulheres estão casando-se mais tarde, constituindofamílias menores, e possuindo expectativa
de
vida maior (Tabela 5).Também
estão respondendo, praticamente, por
70%
das decisõesde
compra.Desse
modo, a crescente participação femininano
mercado
de trabalhoe
amaior distância entre
o
localde
trabalho e a moradiatêm
contribuído parao
aumento
da utilização de refeições-rápidas forade
casa(PROENÇA,
1997)._ Estas caracteristicas
fizeram aumentar
onúmero
de refeições forado
domicílio (Tabela 6). Por outro lado, diminuiu
o
tempo
gasto na cozinha (Tabela5),
com
usode
eletrodomésticos mais sofisticadose
nas compras.Essas
ãšeuiøãa _
E
22
procura por produtos resfriados, congelados e pratos pré-preparados ou prontos,
e de fácil preparo
(REVISTA
SUPERHIPER,
1995).TABELA
4
-
Evolução das mulhereseconomicamente
ativas no Brasil.Ano
`%
1950 13,5 1960 16,5 , E 1970 10,5 l A 1950 25,5 l '1990 39,1 , 0 Fame; :Bee (1995).TABELA
5-
Esperança médiade
vida dehomens
e mulheresao
nascer no BrasilAno
Média
dehomens
e mulheres(em
anos).1940 41,5 1970 53,5 - 1980 61,8 1990 67,7 _ . 2.000 - 68,4 Fome; |BGE (2000).
TABELA
6 - Freqüência de refeições feitas forade
casano
Brasil pela populaçãourbana '
Comportamento da
população , 'Percentagem
da quanto ao local das refeições população urbanaFora de casa durante a
semana
34
Fora
de
casa no final desemana
37
_fiizwzâú :ixzøliagzzâzzm 23
TABELA
7 -Tempo
gasto para preparar o jantar.ANO
MINUTOS
1934 150
1954 60
1974 30
1994 15
Fonte: REVISTA SUPERHIPER (1995).
2.3.2 Perspectivas
dos consumidores de
alimentosAs
pesquisas daREVISTA
SUPERHIPER
(1995) mostraramque
oconsumidor tornou-se mais exigente. Essa situação ocorreu devido a :
o maior cobrança
em
função do Código de Defesa doConsumidor -
instrumento legal de defesa
-
que lhe permite exigir, reivindicar ereclamar;
~ conjuntura econômica, cuja estabilização dos preços tornou mais
transparente a relação custo-benefício dos diversos _____ ._produtos,
favorecendo o acesso
ao
consumo
de produtos antes consumidosem
função da restrição de renda, além do
aumento
da busca por produtoscom
maior valor agregado;o melhoria no nível de informação e de educação.
Como
conseqüência,em
funçãodo
novo perfil da população, omercado
tende:
a) diferenciar-se através
de
serviçosdesenhados
sob medida para opúblico,
com
maior diversificação de produtos, novas formas de apresentação epreparo, inclusive atendendo às várias faixas etárias;
b) oferecer produtos mais práticos (pratos prontos,