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Espacialização de Indicadores de Saneamento nos Municípios Potiguares que Compõem a Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ-CERES

DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA DE CAICÓ

CURSO: GEOGRAFIA BACHARELADO

INALDO MACENA SILVA DE LIMA

ESPACIALIZAÇÃO DE INDICADORES DE SANEAMENTO NOS

MUNICÍPIOS POTIGUARES QUE COMPÕEM A BACIA

HIDROGRÁFICA PIANCÓ-PIRANHAS-AÇU

CAICÓ-RN 2016

(2)

INALDO MACENA SILVA DE LIMA

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ESPACIALIZAÇÃO DE INDICADORES DE SANEAMENTO NOS

MUNICÍPIOS POTIGUARES QUE COMPÕEM A BACIA

HIDROGRÁFICA PIANCÓ-PIRANHAS-AÇU

Monografia apresentada ao Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Geografia.

Orientador: Prof. Dr. Roberval Felippe Pereira de Lima

CAICÓ-RN 2016

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas – SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ensino Superior do Seridó - CERES Caicó

Lima, Inaldo Macena Silva de.

Espacialização de Indicadores de Saneamento nos Municípios Potiguares que Compõem a Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu / Inaldo Macena Silva de Lima. - Caicó: UFRN, 2016.

50f.: il.

Orientador: Dr. Roberval Felippe Pereira de Lima. Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Centro de Ensino Superior do Seridó - Campus Caicó. Departamento de Geografia.

Monografia - Bacharelado em Geografia.

1. SIG. 2. Saneamento. 3. Cartografia. I. Lima, Roberval Felippe Pereira de. II. Título.

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Inaldo Macena Silva de Lima

ESPACIALIZAÇÃO DE INDICADORES DE SANEAMENTO NOS

MUNICÍPIOS POTIGUARES QUE COMPÕEM A BACIA

HIDROGRÁFICA PIANCÓ-PIRANHAS-AÇU

Monografia apresentada ao Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Geografia.

Aprovado:____/__________/____

Banca examinadora

Prof. Dr. Roberval Felippe Pereira de Lima – Orientador Departamento de Geografia – UFRN/CERES

Prof. Dr. Renato de Medeiros Rocha – Examinador Departamento de Geografia – UFRN/CERES

Prof. Ms. Anderson Adailson da Silva – Examinador Examinador externo

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Dedicatória

A minha família que sempre foi exemplo de carinho e perseverança me ensinando sempre quais são os verdadeiros valores da vida, sem vocês eu não seria nada do que sou.

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Agradecimentos

Primeiramente agradeço a Deus por existir na minha vida, permitindo que eu respire e sinta tudo que há de bom no mundo, pois, só ele é capaz de abrir caminhos e mostrar que sempre haverá um motivo para sorrir.

Ao meu pai Galdino que nunca mediu esforços para me fazer feliz a minha mãe Maria que sempre me incentivou e me apoiou a estudar independente de qualquer situação. Às minhas irmãs Ieda e Inara pelo companheirismo e total apoio inclusive financeiro quando se fez necessário.

Ao meu orientador Prof. Doutor Roberval Felippe Pereira de Lima por ter aceitado essa missão de conduzir-me na fase final da minha graduação. Ao doutorando Vitor Hugo Campelo Pereira pela orientação na fase inicial dessa pesquisa.

Aos meus amigos e colegas de curso, a David pelas inúmeras assistências neste e em outros trabalhos acadêmicos, assim como, pelas incontáveis caronas que permitiram um deslocamento mais rápido ao longo de tantos anos de vida acadêmica. A Fábio Henrique pelo compartilhamento e discussões que sempre fizeram parte das nossas conversas, a Neusiene, Seu Gilberto, Marinalva e Euzineide pela vivência universitária. A Jucielho e Anderson pelas inúmeras dicas dadas gratuitamente sem as quais eu não teria conseguindo realizar muitas das minhas atividades acadêmicas, inclusive esta, a Fernanda em nome da minha turma adotiva na qual eu fui acolhido, a Éder Fábio pela parceria na biblioteca e pelas caronas.

A todos os professores do Curso de Geografia do Centro de Ensino Superior do Seridó, os atuais e os que por lá passaram entre 2008 e 2016, pela contribuição; tenho certeza de que me tornei uma pessoa melhor graças à contribuição de todos vocês.

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RESUMO

Essa pesquisa visa apresentar um estudo acerca dos indicadores de saneamento dos municípios potiguares que compõem a Bacia Hidrográfica Piancó-Piranha-Açu em um espaço temporal de quatro anos. Com esse intuito, têm-se como objetivo espacializar os indicadores de saneamento básico no âmbito da referida bacia hidrográfica. Para execução do trabalho, foi necessário um levantamento teórico e prático, sobre Sistemas de Informação Geográfica, saneamento básico além da identificação da área pesquisada em paralelo com a qualidade de vida e sua relação intrínseca com o serviço de saneamento básico representados pelos indicadores sociais dos munícipios estudados. A análise dos indicadores foi apoiada em SIG, onde os indicadores de saneamento da bacia hidrográfica são avaliados e expressos através de representações cartográficas.

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ABSTRACT

With this research, we aim to offer a study about the sanitation indicators in Rio Grande do Norte’s municipalities, components of the Piancó-Piranha-Açu Hydrographic Basin in a temporal range of 4 years. In order to achieve this it is necessary to spatialize basic sanitation indicators within the scope of the said hydrographic basin. The execution of the proposed approach demanded a theoretical and practical research about Geographical Information Systems (GIS), basic sanitation and the identification of the researched area, in parallel with its life quality and intrinsic relation with the basic sanitation services, represented by the social indicators of the studied municipalities. The indicator analysis was supported by GISs, where the hydrographical basin’s basic sanitation indicators are evaluated and presented in cartographic representations.

Keywords: GIS; Sanitation; Cartography.

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Lista de Siglas

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental CABES - Catalogo Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental CAERN – Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do Norte IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

IDH - Índice de Desenvolvimento Humano.

IDH-M - Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios. MMA - Ministério do Meio Ambiente.

PIB - Produto Interno Bruto.

PLANASA – Plano Nacional de Saneamento Básico PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio.

PNUD - Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento. PNSB - Pesquisa Nacional de Saneamento Básico.

SIG - Sistema de Informações Geográficas.

SNIS - Sistema Nacional de Informações em Saneamento SNSA - Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental.

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Lista de Figuras

Figura 1 Mapa de localização da bacia hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu 15 Figura 2 Cartograma-IDHM da bacia hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu 18

Figura 3 Estrutura de um SIG 24

Figura 4 Mapa do atendimento urbano de água em 2011 30

Figura 5 Mapa do atendimento urbano de água em 2012 31

Figura 6 Mapa do atendimento urbano de água em 2013 32

Figura 7 Mapa do atendimento urbano de água em 2014 33

Figura 8 Mapa da extensão da rede de água por ligação em 2011 34 Figura 9 Mapa da extensão da rede de água por ligação em2012 35 Figura 10 Mapa da extensão da rede de água por ligação em 2013 36 Figura 11 Mapa do de extensão da rede de água por ligação em 2014 37

Figura 12 Mapa de coleta de esgoto 2011 38

Figura 13 Mapa de coleta de esgoto 2012 39

Figura 14 Mapa de coleta de esgoto 2013 40

Figura 15 Mapa de coleta de esgoto 2014 41

Figura 16 Mapa da extensão da rede de esgoto por ligação em 2011 42 Figura 17 Mapa da extensão da rede de esgoto por ligação em 2012 43 Figura 18 Mapa da extensão da rede de esgoto por ligação em 2013 44 Figura 19 Mapa da extensão da rede de esgoto por ligação em 2014 45

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Lista de Quadros

Quadro 1 Distribuição da população total do Rio Grande do Norte 16 Quadro 2 Abrangência do prestação de serviços de saneamento 25 Quadro 3 Indicadores de desempenho no saneamento 26 Quadro 4 Elementos gráficos de manifestação de fenômenos 29 Quadro 5 Esboço da planilha coletada no SNIS referente ao ano de 2014 41

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Sumário

1. INTRODUÇÃO ... 11

2. A PORÇÃO POTIGUAR DA BACIA DO RIO PIANCÓ-PIRANHAS-AÇU E SUA CARACTERIZAÇÃO ... 15

2.1 Indicadores e Qualidade de Vida ... 16

2.2 O Serviço de Saneamento Básico no Brasil ... 20

3. ANÁLISE DE INDICADORES APOIADOS EM SIG ... 23

3.1 A Coleta de dados ... 25

3.2 O detalhamento dos dados ... 26

3.3 O processamento dos dados ... 27

4. ESPACIALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA ... 28

4.1 Cartografia Temática ... 28

4.2 Representações dos resultados... 30

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 46

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente, na sociedade contemporânea, há uma crescente necessidade da humanidade em planejar o espaço territorial de maneira cada vez mais coesa com as especificidades de cada região. Concomitantemente com essa realidade, a utilização de atributos, instrumentos ou ferramentas tecnológicas e computacionais facilitam à gestão e o monitoramento de bens e valores demandando um apoio crescente na utilização de softwares (Programas) capazes de darem subsídios às necessidades seja de um único individuo, ou até mesmo de grandes grupos ou comunidades. No Brasil, isso também já é realidade inicialmente pelo esforço de instituições de ensino e pesquisa em seguida pela crescente aceitação do mercado tecnológico.

“As aplicações de Geoinformação no Brasil assim como em outros países, começaram a ser organizadas a partir do trabalho e dos resultados de instituições de pesquisa e ensino. O grande potencial comercial dos produtos e serviços originados inicialmente de atividades acadêmicas, logo alcançou o reconhecimento e foi apropriada por outros setores interessados nas aplicações e vantagens oferecidas pelo uso das informações geográficas. (BATISTELLA, 2008, p.97).”

O setor de saneamento também apresenta oportunidades e necessidades que abarcam o uso de Geoinformação, principalmente, devido à carência que esse departamento essencial à qualidade de vida humana teve historicamente no Brasil. Tal situação foi moderadamente sanada apenas no século XXI com o advento da lei 11.445/2007. (Lei Nacional do Saneamento Básico).

Segundo o artigo 3° da lei 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico, o mesmo caracteriza-se pelo “conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas”. Portanto, para que todas as esferas do governo cumpram o que é de sua competência, a disseminação da informação sobre saneamento é essencial. No âmbito federal, as informações são destinadas ao planejamento e à execução das politicas públicas, visando orientar a aplicação de recursos de investimentos, a construção de estratégias de ação e o acompanhamento de programas:

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“A existência de um sistema de informações sobre saneamento básico e a disseminação de seu conteúdo constituem-se e atividades essências à consecução das diretrizes nacionais e da politica federal de saneamento básico. A informação representa importante instrumento de planejamento e controle, servindo aos diversos projetos da gestão e, em se tratando de serviços públicos também às exigências da sua transparência. (BRASIL, 2009, p.219).”

Na Ciência Geográfica não é muito diferente, a chamada Geoinformação introduziu através de representações computacionais a tecnologia da informação no espaço geográfico, sendo cada vez mais comum vermos a ligação de Geotecnologias a estudos de diversas áreas de pesquisa da Ciência Geográfica e de áreas afins.

Neste caso, se destaca o Sistema de Informação Geográfica, ou SIG como é simplesmente chamado, que é um sistema operacional de computador capaz de operar com grande número de informações e possui uma gama de aplicações em quase todos os temas pertinentes aos estudos geográficos, se subdividindo em muitos outros subtemas que vão desde, por exemplo, a identificação de espécies da biota, a mensuração da intensidade de casos de determinada doença na população de baixa renda de uma cidade do interior. Câmara et al.(2001.p01) afirma que: “as ferramentas computacionais para o Geoprocessamento, chamadas de sistemas de informação geográfica permitem realizar analises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dado georreferenciados.

Mediante inúmeras temáticas e aplicações capazes de serem realizadas em um SIG,

analisaremos os indicadores de desempenho na prestação de serviços de distribuição de água e coleta de esgotos nos municípios que compõem a bacia hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu no Estado do Rio Grande do Norte. Portanto, tem-se a intenção de entender como a análise destes indicadores de desempenho dos municípios que compõem a referida bacia hidrográfica poderia facilitar o gerenciamento de tais serviços e quais as vantagens da utilização de um SIG no diagnóstico do índice de saneamento da bacia hidrográfica do Piancó-Piranhas-Açu.

Planejar e executar serviços de saneamento em um município é um exercício muito importante executado pelos gestores e órgãos competentes, porém, este se torna mais complexo à medida que a sua escala espacial é expandida em virtude do tamanho da área de abrangência do território em questão.

Na pesquisa a utilização de bacia hidrográfica como escala de trabalho ou recorte espacial se dá pela sua capacidade de delimitar e evidenciar características bem distintas integralizando-as ou diferenciando-as mediante cada necessidade como vemos a seguir:

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“É consenso entre pesquisadores que a bacia hidrográfica é o espaço de planejamento e gestão das águas, onde se procura compatibilizar as diversidades demográfica, sociais, culturais e econômicas das regiões. A gestão de recursos hídricos deve ser feita com a participação do poder público, dos usuários e da sociedade. Afinal a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico e um bem de domínio publico. (BRASIL, 1997 apud BOTELHO; SILVA, 2011. p. 184).”

A lei brasileira que dispõe sobre a Política Nacional de Recursos Hídricos em todo território nacional, a lei 9.433/1997, também, corrobora para a utilização de bacia hidrográfica enquanto unidade de planejamento como podemos observar:

“O primeiro princípio da lei federal n°9433/97 é o da adoção de bacia hidrográfica como unidade de planejamento. Argumenta-se que se tendo os limites da bacia como o que define o perímetro da área a ser planejada fica mais fácil fazer-se o confronto entre disponibilidade e demandas de água. Assim, a bacia hidrográfica é um sistema que define uma área de captação da água precipitada da atmosfera, demarcada por divisores de água ou cristas topográfica, onde toda a água que flui nesta área converge para um único ponto de saída. (REBOUÇAS, 2004, p. 75-76).”

Sendo assim, espera-se que gerenciar serviços de distribuição de água e coleta e tratamento de esgotos em um espaço composto por vários municípios como é o caso da área da bacia hidrográfica do rio Piancó-Piranhas-Açu, exija um nível de complexidade bem mais acentuado.

A utilização de SIG assegura uma flexibilidade inimaginável em décadas anteriores, hoje, capazes de serem adaptadas conforme a necessidade do pesquisador seja em escalas grandes, médias ou pequenas:

“[...] A gestão de bacias hidrográficas tem sido referência constante na literatura como uma área de extenso potencial para aplicação de geoprocessamento. É importante salientar que a metodologia aplicada ao estudo de bacias hidrográficas pode ser adaptada tanto nas bacias de grandes áreas como nas do espaço urbano. (SILVEIRA, 2004, p.955).”

Para isso, autores como Câmara (2001) Lang e Blaschke (2009) e Nogueira (2008) apontam a necessidade de implantação de técnicas modernas de análise do espaço onde se obtenha respostas de forma mais rápida e objetiva. Desta forma, a ferramenta que aparenta ter a melhor condição de resposta é o Sistema de Informação Geográfica.

Na caraterização da área, a bacia hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu se localiza inteiramente na zona semiárida dos Estados da Paraíba e Rio Grande do Norte e, consequentemente, do nordeste brasileiro. O clima é caracterizado por altas temperaturas,

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escassez e irregularidades das precipitações pluviométricas, com períodos chuvosos entre os meses de Janeiro a Abril. A média das precipitações é variável entre 600 e 800 mm anuais em média. A região é periodicamente afetada pelo fenômeno das secas que de forma sazonal reduz consideravelmente as precipitações, situação que pode se estender por alguns meses ou até mesmo anos consecutivos (BRASIL, 2005).

As limitações ambientais da região semiárida do Nordeste, embora não seja problema para ocupação humana, sempre foi uma causa agravante que funciona como um dificultador para sua permanência, sendo no passado fator de sobrevivência que são refletidos até os dias atuais:

“Segundo o MMA (s.d.) a maior parte do semiárido tem características físico-ambientais que limitam seu potencial produtivo, como a evapotranspiração elevada, solos de pouca profundidade, baixa fertilidade e capacidade de retenção de água reduzida. Nessa região se encontram os indicadores sociais mais alarmantes do Brasil.(BARBOSA; BATISTA; BARBOSA, 2012. p.125).”

Para o desenvolvimento da pesquisa, os indicadores de saneamento da bacia hidrográfica serão analisados com base nos resultados cartográficos que serão obtidos através do procedimento metodológico oriundo da associação de tabelas a um programa de computador.

Considera se como meta principal espacializar os indicadores de saneamento básico no âmbito da bacia hidrográfica do rio Piancó-Piranhas-Açu.

No primeiro capítulo, A Porção Potiguar da Bacia do Rio Piancó-Piranhas-Açu e sua Caracterização, foi feito uma identificação da área pesquisada e uma breve exposição sobre qualidade de vida e indicadores sociais, referentes aos municípios potiguares que compõem a dita bacia, além de serviço de saneamento básico no Brasil sempre fundamentado no referencial teórico a fim de respaldar a pesquisa.

No segundo capítulo, Análise de Indicadores Apoiados em SIG, o comportamento dos indicadores de saneamento em um espaço temporal de quatro anos (2011 a 2014) será avaliado com auxilio de (SIG) Sistemas de Informação Geográfica.

E no último capítulo, Espacialização Cartográfica, a elaboração de mapas temáticos será apresenta com a finalidade de espacializar os resultados obtidos.

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2. A PORÇÃO POTIGUAR DA BACIA DO RIO

PIANCÓ-PIRANHAS-AÇU E SUA CARACTERIZAÇÃO

A bacia do Rio Piancó-Piranhas-Açu é uma das principais bacias hidrográficas do nordeste brasileiro, sendo uma das duas maiores bacias do Estado do Rio Grande do Norte, ao lado da bacia do Rio Apodi-Mossoró; sua nascente localiza-se no estado da Paraíba onde percorre o território de 102 municípios antes de entrar em terras Potiguares alcançando a área de 45 municípios de forma direta ou indiretamente antes de desaguar no oceano. Segundo o Comitê Gestor da Bacia Hidrográfica do Rio Piancó-Piranhas-Açu, a mesma compreende uma área total de 42.900km² distribuídos entre os dois estados. Ainda segundo o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piancó-Piranhas-Açu (200?) na área de abrangência da bacia no estado do Rio Grande do Norte estima-se que haja uma população de quase 450 mil habitantes.

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Fonte: Elaborado pelo autor com base na malha digital do IBGE.

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A atividade econômica predominante é agropecuária e agricultura de subsistência, seguida pelas indústrias de laticínios, cerâmica vermelha e mineração, indústria de sal e carcinicultura além de fruticultura irrigada (ALMANAQUE ABRIL, 2015). A população é predominantemente urbana com gradativo declínio da população rural seguindo o padrão vivenciado em todo o território estadual desde o fim do século vinte como é apresentado a seguir (Quadro 1), na adaptação do Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, pertencente ao PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento:

Quadro 1 – Distribuição da População do Rio Grande do Norte

População Total por Gênero – Rural/Urbana – Rio Grande do Norte

População Pop(1991) % do Total

(1991) Pop(2000) % do Total (2000) Pop (2010) % do Total (2010) População Total 2.415.567 100,00 2.776.497 100,00 3.168.027 100,00 Homens 1.178.033 48,77 1.359.786 48,97 1.548.887 48,89 Mulheres 1.236.143 51,17 1.416.711 51,03 1.619.140 51,11 Urbano 1.669.267 69,10 2.036.673 73,35 2.464.991 77,81 Rural 746.300 30,90 739.824 26,65 703.036 22,19

Fonte: adaptado do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2010)

2.1 Indicadores e Qualidade de Vida

Mensurar informações através dos números não é algo novo nas sociedades humanas e a todo o momento pessoas e instituições estão em busca de novos algarismos capazes de revelar, mediante cálculos, os indicadores de inúmeros aspectos de determinados locais ou grupos como, por exemplo: classes sociais, faixas etárias, relações econômicas, perdas e lucros entre outros aspectos. Nenhum quesito é refutado quando se pode medir ou calcular.

“O estudo de indicadores sociais não é novo. Os Romanos usavam números para acompanhar o desenvolvimento de governos e políticas. Este interesse no andamento da sociedade foi revitalizado com o advento do iluminismo e cresceu amplamente auxiliado pelo desenvolvimento do cálculo por Descartes e Leibnitz. (NAHAS, 2002 apud LIMA, 2006, p.52).”

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A qualidade de vida é uma das categorias mais pesquisadas, pois o intuito de mensurar e comparar os rumos de diversas sociedades e seus grupos faz com que governos e outras instituições quantifiquem todas as faces que compõem uma sociedade humana. Entre essas categorias está um seleto e conhecido indicador social o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano. Para Lima (2006 p52): “indicadores sociais são conceitos baseados e apoiados em métodos estatísticos, possuem o caráter de representação dos fenômenos sociais em um determinado período de tempo, ocorridos em espaços geográficos”.

Intermediado pelos indicadores sociais é possível adquirir informações expressivas Lima (2006, p.54) afirma ainda que: “Os indicadores sociais servem para apontar a eficácia ou ineficácia das políticas públicas ou defender suas posições quanto às prioridades sociais mais necessárias e urgentes”.

O Índice de Desenvolvimento Humano é uma ferramenta capaz de expressar estatisticamente o nível de qualidade de vida de determinada território.

O IDH atua como parâmetro mensurador do desenvolvimento humano através da reunião e sintetização de três indicadores primordiais: saúde, educação e renda. Contudo, tem se apresentado como um caráter mais humanizado perante conceito de desenvolvimento antes tão direcionado para a linha econômica com o PIB – Produto Interno Bruto que não expressava verdadeiramente o acesso à oportunidade, visto que a riqueza produzida não é dividida igualitariamente. (PNUD, 2016).

“[...] Desde a criação do IDH em 1990 governo e instituições desenvolveram iniciativas semelhantes buscando avaliar o desenvolvimento, as condições e/ou a qualidade de vida de áreas espaciais distintas – estados, regiões e cidades, impulsionando de maneira fundamental a elaboração e uso de indicadores para avaliar o meio urbano (NAHAS, 2002.p 32).”

No entanto, diversos pesquisadores já atestam a necessidade de não se limitar ao viés quantitativo ao se estudar temáticas que evidencie a qualidade de vida das pessoas, pois atos como bem estar e contentamento não são medidos ou cronometrados com medidas estatísticas. Segundo Nahas (2002, p.26) “A qualidade de vida não deve se expressar, apenas, por meios quantitativos; números revelam parte, mas não esclareciam tudo, portanto, a estatística deveria combinar-se com metodologias históricas e antropológicas para se aproximar mais da realidade”.

Nesta pesquisa foi dada ênfase apenas ao aspecto quantitativo em razão de a abordagem ser apenas sobre a ótica dos sistemas informacionais.

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Sobre o Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios norte-rio-grandenses integrante da bacia do Piancó-Piranhas-Açu foi construído um cartograma (figura 02) pelo PNUD através do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil gerado e apresentado interativamente com o usuário, onde foi apresentado predominância da categoria média entre 0,600 e 0,699 (amarelo claro), seguidos pelo índice baixo 0,500 e 0,599 (laranja). O Município de Caicó/RN é o único município indicado na categoria alto 0,700 e 0,799 (verde) com ausência de indicadores muito alto (azul) e muito baixo (vermelho) como nos mostra o cartograma gerado pelo PNUD referente ao ano de 2010.

Figura 2 – Cartograma - IDHM da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu

Fonte: Adaptação do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2010).

Para Lima (2006, p.04) “a qualidade de vida não deve ser condicionada exclusivamente como Alta, Média e Baixa, como nos é proposto pelo IDH. Qualidade de vida dever ser caracterizada como: Excelente, Muito Boa, Boa, Satisfatória e Insatisfatória. Dentro de uma escala de valores que reflitam o grau de satisfação dos seres humanos dentro dos seus grupos sociais”.

Os indicadores sociais como IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios refletem o nível de prosperidade que determinada sociedade se encontra no

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período da coleta das informações, sendo mais fiel a realidade vivida pelos habitantes de determinado município em comparação com indicadores mais genéricos:

“O IDHM apresenta concepção semelhante ao IDH voltado para as realidades gerais municipais, ou seja, de cada município como um todo. Diferentemente do IDH o IDHM trata da educação a partir do número médio de anos de estudos e não do nível de matricula combinada dos três níveis de ensino. E quanto à renda, o IDHM utiliza a renda familiar per capita média enquanto o IDH utiliza o PIB per capita medido em dólares corrigido por um índice de paridade do poder de compra (KOGA, 2003. p99).”

No caso do saneamento, os indicadores servem de parâmetros para mensuração do desempenho dos serviços de saneamento básico de todo o país município por município, estados e regiões fazendo parte de um grande esforço instituído a partir da Lei Nacional do Saneamento que segundo Martin (2005 apud SALLES; MELAMED, 2009, p.209): “serve como instrumento de regulação do setor, controle dos agentes públicos e privados envolvidos na prestação dos serviços [...]”.

Os indicadores de saneamento são aperfeiçoados ocasionalmente com o intuito de mostrar através de índices de determinada atributo o desenvolvimento e a qualidade dos serviços prestados; porém, quando os conceitos ou variáveis são redefinidos, torna-se às vezes inviável a comparação entre os dados atuais e dados anteriores devido à ausência ou a dissociação de determinado variável.

A título de explicitação, pode-se citar: em determinada pesquisa há o item rede de

esgotamento sanitário enquanto na pesquisa anterior a rede de esgotamento é subdividida em esgotamento com ligação, mais usadas em locais muito adensando como grandes cidades e esgotamento sem ligação mais comum em lugares pouco denso demograficamente.

Estas mudanças são habituais devido à necessidade de avaliar de forma mais precisa as transformações ao longo dos anos em todo território nacional e também devido à alternância na organização das pesquisas comum devido à longa periodicidade das mesmas, assim como, o fato de que novos organizadores tendem a trazer novos conceitos para a pesquisa sobre sua responsabilidade.

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2.2 O Serviço de Saneamento Básico no Brasil

Historicamente, o saneamento básico se fez pouco presente ao longo dos cinco séculos de existência do Brasil e passou apenas a ser admitido como uma necessidade permanente e essencial à vida humana com o aumento populacional e a degradação ambiental, a urbanização contínua e o iminente risco da proliferação de doenças causadas pela ausência e má distribuição destes serviços; desta forma, sempre foi exigido dos governos que medidas de contenção do problema fossem tomadas. Porém, estas ações não consistiram em medidas verdadeiramente adequadas, o que gerou novos problemas e inquietações na sociedade brasileira, como destaca a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental:

“As politicas governamentais para o setor saneamento, principalmente até a década de 1960 foram caracterizadas por medidas esporádicas e pontuais. A provisão pública dos serviços de saneamento básico em larga escala somente começou a partir da intensificação do processo de urbanização brasileira, com participação ativa do governo federal. (BRASIL, 2009, p.700)”.

Embora providências mais incisivas passassem a fazer parte da rotina do país, a partir da década de 1960, nenhuma medida no setor de saneamento era solucionada democraticamente, ou seja, mediante participação popular, devido principalmente ao modelo vigente da época em que vigorava a ditadura militar (BRASIL, 2009).

Por intermédio de uma politica centralizadora, o Governo Federal criara o PLANASA - Plano Nacional de Saneamento Básico, através do qual exerceria o total controle estrutural e financeiro dos serviços de saneamento até a década de 80:

“A organização dos serviços de saneamento no Brasil impulsionada pelo PLANASA, instituído no inicio dos anos 70, teve como objetivo principal a construção prioritariamente dos sistemas de abastecimento de água e de coleta de esgoto sanitários, deixando para segundo plano o planejamento e a operação dos sistemas construídos. As demais etapas do processo de gestão, essências ao desenvolvimento do setor, como fiscalização e controle social, foram também relegadas. (BRASIL 2009, p.700).”

É de extrema relevância para a saúde humana que a sua moradia, ou local de residência, seja o mais salubre possível, visando maior qualidade de vida e melhores condições de desenvolvimento social. Para isso, mais do que hábitos pessoais de higiene, é necessário que haja condições de salubridade de forma coletiva tanto nas grandes cidades como em lugares mais distantes e menos povoados de um país de forma abrangente a todas as camadas da sociedade sem distinções. Segundo Koga (2003):

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[...] numa sociedade como a brasileira, onde os direitos de cidadania ainda estão, e muito para serem conquistados e efetivados, a abertura para o debate sobre quais são os seus desejos de saúde, educação, lazer, habitação tornou-se uma necessidade presente. Significa uma aposta na participação qualificada da sociedade, em que amplos setores e não apenas alguns são munidos de informações. (KOGA, 2003, p.170).

Em consequência disto, atualmente no Brasil, o Governo Federal através da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, órgão vinculado ao Ministério das Cidades, gerencia um banco de dados com informações relevantes para a condição da prestação de serviços de saneamento em todo território nacional o SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, com ênfase na distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto assim também como de resíduos sólidos:

“Consiste de um banco de dados gerenciado pela esfera federal, contendo informações abrangentes sobre qualidade da prestação de serviços de água e esgoto (e mais recentemente de resíduos sólidos); e quanto á situação operacional, gerencial, financeira de parcela significativa dos operadores que atuam neste mercado. (BRASIL, 200. p. 208-209).”

Este banco de dados é composto de diversas informações que funcionam como indicadores dos avanços alcançados ou recuos ocorridos mediante as ações que visam melhorar as condições de saneamento de todo o país. Tornando-se bastante relevante para que as ações possam ser concentradas em regiões onde há atraso na aplicação de infraestruturas capazes de suprir a necessidades de bem estar e melhor qualidade de vida daquela população e para que os princípios orientadores das politicas públicas de saneamento sejam cumpridos são eles:

a) Universalidade - O acesso é um direito de todos.

b) Equidade - Os cidadãos têm direito a serviços de qualidade.

c) Integralidade - Acesso ao conjunto dos serviços de acordo com a necessidade dos cidadãos.

d) Participação e Controle Social - Capacidade que os cidadãos têm de interferir na gestão pública, colocando as ações do poder público na direção dos interesses da população.

e) Titularidade municipal.

f) Intersetorialidade - Articulação/integração das politicas, programa projetos e ações da área de saneamento básico com as de saúde, desenvolvimento urbano/habitação, meio ambiente/recurso hídrico, desenvolvimento agrário, dentre outras.

g) Qualidade dos serviços, acesso e sustentabilidade - Nas suas diferentes dimensões, principalmente as dimensões social, ambiental e econômica.

(24)

Ainda sobre a colaboração das pesquisas na geração de informações sobre saneamento é valido salientar que o PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio e o Censo do IBGE traçam as características do serviço de saneamento a partir de abordagem socioeconômicas como, por exemplo, caracterização da renda, acesso à saúde e moradia da localidade pesquisada; enquanto diagnósticos adquiridos com emprego do PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico e do SNIS contribuem para classificar regiões a partir da perspectiva dos prestadores de serviços.

No que se refere à titularidade da prestação dos serviços, Peixoto (2009, p.497) afirma que: “os serviços públicos de saneamento básico sempre conviveram em um ambiente sem o adequado ordenamento normativo no âmbito nacional até recentemente”. Em outras palavras, definir a responsabilidade de cada ente da federação sempre foi um problema.

Outro ponto relevante é que cabe ao poder público organizar a prestação dos serviços de saneamento. Segundo Marques Neto (2009, p.177): “O saneamento se submete ao regime de serviço público seja por razões econômicas seja por razões sociais. Economicamente por se tratar de atividade dependente de infraestruturas cuja replicação não é economicamente viável [...] o saneamento é predominantemente composto por atividades naturalmente tendentes ao monopólio”.

Do ponto de vista social, a razão é ainda mais latente. No ambiente urbano, torna-se imprescindível para a saúde pública, para a dignidade humana, para o meio ambiente e para a ordenação urbanística que se assegure permanentemente a adequada prestação desses serviços.

Portanto, se observa que para uma melhor e mais adequada gestão e aplicação dos recursos disponíveis para a área de saneamento, o próprio governo federal faz uso de uma ferramenta Geoinformacional, o SNIS. Sendo assim, consideramos que com o uso adequado das informações disponibilizadas no referido sistema, aplicados à área de abrangência de uma das principais bacias hidrográficas do Rio Grande do Norte, a bacia Piancó-Piranhas-Açu, se pode ter uma percepção do desempenho dos serviços de saneamento ofertados em um período de quatro anos, contribuindo com a identificação de áreas onde haja demora ou escassez da prestação do referidos serviços.

(25)

3. ANÁLISE DE INDICADORES APOIADOS EM SIG

A ciência da Geoinformação difundiu através de representações por computadores a tecnologias da informação no espaço geográfico sendo cada vez mais comum verificar a associação entre Geotecnologias e pesquisas com uma multiplicidade de temas:

“Trabalhar com Geoinformação significa, antes de mais nada, utilizar computadores como instrumentos de representação de dados espacialmente referenciados. Deste modo o problema fundamental da ciência da Geoinformação é o estudo e a implementação de diferentes formas de representação computacional do espaço geográfico. (CÂMARA et al. 2001. p.01).”

Determinadas área integrantes das Geotecnologias como: Topografia, Sensoriamento remoto, Geoestatística, SIG e Cartografia digital, foram integradas pela ciência da representação Cartográfica e hoje agregam uma gama de mecanismos aos estudos da mesma. Em contra partida, a Cartografia se apropriou das técnicas destas disciplinas (NOGUEIRA, 2008, p.101).

As geotecnologias representam um instrumento relevante para subsidiar a definição de politica pública à medida que permitem analisar, produzir e integrar dados diversos na mesma base territorial. (GENOVEZ et al. 2007, p. 69).

Sistemas de Informação Geográfica são sistemas automatizados por computador capazes de trabalhar com uma série de dados de origem geográfica, como é afirmado a seguir:

“Um sistema automatizado de coleta, armazenamento, manipulação e saída de dados cartográficos. Esta definição tem grande influência de uma linguagem comum, quase jargão da área de computação. Isto pode levar o leitor pensar que um SIG só passou a existir com o advento do computador (BURROUGH, 1986 apud MIRANDA, 2010. p19).”

Os Sistemas de Informação Geográfica reúnem a possiblidade de associar os dados de diferentes fontes e tipos, permitindo a manipulação em conjunto ou separadamente. A operacionalização, assim como a sua elaboração. As operações de análise espacial e a possiblidade de visualizar os dados [...] durante todo o processo fazem do SIG um poderoso aliado tanto para análises espaciais como para tomada de decisões. (NOGUEIRA, 2008, p.95)

O termo SIG é usualmente empregado para duas propriedades diferentes: SIG enquanto ferramenta computacional e SIG na qualidade de banco ou depósito de dados que

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são coletados e armazenados com o intuito de respaldar ações em áreas específicas geralmente de origem governamental. Contudo, em ambos os casos, eles são apenas componentes, partes de algo mais complexo (figura3) (FITZ, 2008, p.79).

Elaborado pelo autor como base em FITZ (2008).

O SIG dispõe de mecanismos de apoio à decisão, o que pode facilitar na definição de qual medida tomar de acordo com o método escolhido. Apoiado em um SIG se consegue demostrar e visualizar relações espaciais sendo assim apto em representa-los e apresenta-los em forma de mapas (LANG; BLASCHKE, 2009, p.42).

“Os SIG’s, em geral, como boa parte dos softwares gráficos, separam os dados em camadas de informações (layares). A diferença entre o software gráfico tradicional e um SIG situa-se no âmbito geocartográfico. Num SIG essas camadas são georreferenciadas, isto é estão vinculadas a um banco de dados georreferenciados e podem ser livremente manipulados, gerando informações adicionais à preexistentes (FITZ, 2008. p.85)”

A vantagem da utilização de SIG está na dinamicidade com que podemos receber as respostas do sistema, relacionando grande quantidade de informações introduzidas de forma distinta e de origem diferente, permitindo assim o cruzamento de várias informações especificas, como é caso dos indicadores de saneamento. Para Lang; Blaschke (2009, p.63): “a análise espacial apoiado em SIG objetiva fundamentalmente gerar novas informações”.

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Para realização da pesquisa foram adotados passos e procedimentos que comporam os materiais e métodos seguintes.

3.1 A Coleta de dados

A coleta dos indicadores de saneamento foi feita através do (SNIS), Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, que é um banco de dados disponibilizado pelo governo federal através do Ministério das Cidades e da Secretária Nacional de Saneamento Ambiental na rede mundial de computadores. Nele são ofertadas informações relevantes sobre operação, gerência, administração, assim como, dados econômico-financeiros acerca da prestação de serviços de distribuição de água e coleta de esgoto através de diagnósticos publicados anualmente desde 1995. Mais recentemente, o recurso também passou a disponibilizar informações sobre resíduos sólidos (SALLES; MELAMED, 2009 p.208-209). No caso desta pesquisa foi dada preferência aos indicadores operacionais de água e esgoto devido a ser um serviço básico geralmente oferecido pelo mesmo prestador de serviço. Existem algumas denominações para cada tipo de prestador de serviços de saneamento são elas (quadro 2):

Tipo de prestador de serviços

Definição

Abrangência local

Atende ao município ao qual é sediado

podendo atender aos municípios

adjacentes na forma de consórcios

Abrangência microrregional

Atende a municípios agrupados, ou

seja, consórcio.

Abrangência regional:

Companhias estaduais de saneamento

Na maioria dos municípios Potiguares integrantes da bacia hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu o prestador de serviços de saneamento é a CAERN – Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte, pois, os muitos municípios não possui capacidade financeira e estrutural para realizar tal atividade de forma independente por isso o prestador de serviço predominante é a companhia estadual de saneamento. No âmbito da bacia hidrográfica Piancó-piranhas-açu a exceções de alguns municípios que são prestadores de um Quadro 2 - Abrangência da prestação de serviço de saneamento

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dos serviços de saneamento geralmente do serviço de esgotamento sanitário com destaque para o município de Serra Negra do Norte que tem autonomia nos dois setores aqui pesquisados, água e esgoto.

3.2 O detalhamento dos dados

Foram coletados indicadores de desempenho no saneamento (quadro 3) relativo ao serviço de água e esgoto referente a um espaço temporal de quatro anos, mais precisamente do período de 2011 a 2014, recolhendo se informações pertinentes aos 45 municípios do Rio Grande do Norte que compõe a bacia hidrográfica do rio Piancó-Piranhas-Açu.

Indicadores de Saneamento

Indicadores de Abastecimento de Água

Índice de atendimento urbano de água (%)

Pop.urbana atendida com abastecimento de água Pop. urbana dos mun. atendidos com

abastecimento de água

Extensão da rede de água por ligação (m/lig.)

Extensão da rede de água Quantidade de ligações totais de água

Indicadores de Esgotamento Sanitário

Índice de coleta de esgoto (%)

Volume de esgoto coletado

Vol.de água consumida -- Vol.de água trat. exportado

Extensão da rede de esgoto por ligação (m/lig.)

Extensão da rede de esgoto Quantidade de ligações totais de esgoto

Posteriormente, estas informações foram introduzidas e tabuladas no programa Microsoft Excel versão 2010. Selecionou-se a parcela que interessava para a pesquisa excluindo toda a fração desnecessária obtendo novas planilhas mais coerentes com as finalidades do trabalho.

Nessa fase ficou se constatado que alguns municípios não eram atendidos pelo prestador regional do estado do Rio Grande do Norte (a CAERN), principalmente no serviço Fonte: Elaborado pelo autor com base no SNIS.

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de esgotamento sanitário; esses municípios geralmente possuem autonomia sobre o serviço exercendo-o dentro do seu território administrativo, a exceção do município de Serra Negra do Norte, que, segundo as informações do Sistema Nacional de Informações em Saneamento é autônomo na prestação dos dois serviços de saneamento: Água e Esgoto. Os outros munícipios que prestam serviços de saneamento atendem a apenas um dos componentes.

3.3 O processamento dos dados

Para espacializar os indicadores coletados foram necessários à realização de alguns passos sequenciais:

1° passo: foi utilizada a função Join para a união de camadas e tabelas no aplicativo Arcmap pertencente ao conjunto de softwares Arcgis modelo 10.2.2 da empresa Esri, com o objetivo de obter através de mapas temáticos os resultados alcançados.

2° passo: foi adicionado um arquivo (Shapefile) com as camadas (Layers) do Estado do Rio Grande do Norte, devido à ausência de um Shapefile específico do objeto da pesquisa (Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu); foi elaborada uma nova camada criada manualmente através da seleção de feições (Select Features) onde foram selecionados todos os municípios que compõem a bacia hidrográfica.

3° passo: foi adicionada a planilha Microsoft Excel coletada anteriormente no portal do Sistema Nacional de Informações em Saneamento que foi sintetizada no software de mesmo nome, contendo a tabela de indicadores de saneamento referente a cada ano. Este procedimento foi repetido com todas as planilhas relativas a cada ano pesquisado.

4° passo: Em seguida se iniciou a união da tabela a camada da seguinte forma: Adicionou-se a tabela Excel, clicando com o botão direito na camada escolhida opção junção e relação > junção > abrir a janela junção de dados, completa a opção 1- com campo de referência da camada de origem, opção 2 - camada de importação e opção 3- campo de referência da camada recebedora. Em seguida Exportam-se os dados para torna-los permanentes. Concluído este procedimento o programa apresenta a camada já sob efeito do Join sendo necessário apenas realizar a parte referente à representação cartográfica.

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4. ESPACIALIZAÇÃO CARTOGRÁFICA

4.1 Cartografia Temática

Para evidenciar o produto da pesquisa foi conveniente utilizar a Cartografia com a finalidade de expressar por meio de mapas temáticos os resultados da associação entre Sistemas de Informação Geográfica e acesso à informação. A parte de Cartografia que melhor atende a necessidades é a Cartografia Temática como aponta Lima (2006) a seguir:

“A cartografia temática é a parte da Cartografia que se ocupa do planejamento, execução e impressão de cartas e mapas, cujo assunto ou tema reflete o resultado de uma determinada constatação ou pesquisa científica, tendo em vista o seu emprego, quer na área tecnológica, biomédica, ou das ciências sociais (LIMA, 2006. p78).”

Geralmente, os órgaos e entidades oficiais governamentais é que são responsáveis pelos dados socioeconômicos originários de levantamentos estatísticos. Estes organismos fornecem os dados para que seja usado na elaboração de mapas temáticos de diversos temas como: incidência de doenças, taxas de crescimento economicos indice de criminalidade assim como nesta pesquisa com os indices de saneamento (NOGUEIRA, 2008, p.246).

A construção dos mapas temáticos tem inicio com a delimitação da parte da realidade a ser problematizado pelo pesquisador interessado na realização da representação com vistos ao estabelecer diretrizes que orientem a busca de respostas às questões a ela colocadas (MARTINELLI, 2009. p.33).

Os mapas temáticos são geralmente aplicações feitas sobre mapas tidos como base com o objetivo único de fornecer uma representação dos fenomenos existentes sobre determinada localização da superficie terrestre fazendo uso de alguma simbologia especifica (FITZ, 2005, p.73).

O mapa como forma de observação das relações e de análise espacial dos objetos geográficos é caracteristica da geografia desde os seus fundamento ate os dias atuais [...] por meio do SIG a análise espacial com mapas, ou seja, sua aplicação foi automatizada [...] tendendo a ser adaptada, permitindo análise mais completas e inovadoras (NOGUEIRA, 2008, 96-97).

(31)

Os mapas temáticos são contruídos levando em conta vários métodos onde cada um é compativel com determinada aspecto e formas de manisfetação dos fenômenos considerados (MARTINELLI 2003 p.17).

Para que haja a correta indentificação das informações é necessário o emprego de elementos condizentes com o que se quer representar para isso usa se os elementos gráficos ou formas de manisfetação dos fenômenos: ponto, linha e zona como é apresentado a seguir (FITZ, 2005. p.77).

Ponto Representar informações como pontos ou figuras geométricas

Linha Representar traçados característicos contínuos ou não

Zona Representar informações que ocupam determinada extensão sobre a área trabalhada (poligono)

Fonte: adaptado pelo autor com base em FITZ (2005).

O objetivo da cartografia é representar a superficie terrestre e seus elementos indentificado-os por meio de simbologias e para isso existem diverso métodos aplicados segundo a necessidade de expressar determinado fenômeno.

Martinelli (2009, p.34) afirma que: “os métodos de representação cartográfica podem ser agupados em: representações qualitativa, quantitativas, ordenadas e dinâmicas”.

Na pesquisa sobre o indices de saneamento o método quantitativo é o que melhor se aplica em virtude da mesma se caracterizar como uma análise de valores númericos e por se tratar de uma área ou zona o método coropletico com agrupamento em classes de melhor praticidade disposto de ordem crescente (MARTINELLI, 2009, p.62).

O método coropletico é apropriado para ilustrar temas geográficos quantitativos que ocorrem em unidades geográficas bem definidas, por exemplo, unidades politico administrativa (munícipio, estados) (NOGUEIRA, 2008 p.228).

O método coroplético utiliza a variavel gráfica valor e intensidade da cor para mostrar diferenças na intensidade do fenômeno; as diferenças são hierarquizadas ou ordenadas em classes distintas de forma que possa ser bem percebidos (NOGUEIRA, 2008, p.228).

(32)

4.2 Representações dos resultados

A partir da inserção dos dados e da manipulação em ambiente SIG, os resultados foram gerados e expostos através de representações cartográficas relativas ao recorte espacial da bacia hidrógrafica do rio Piancó-Piranhas-Açu considerando o espaço temporal e os indicadores coletados.

O primeiro indicador de desempenho no saneamento analisado foi o índice de atendimento urbano de água que apresentou resultado bastante elevado o que se adequa a realidade nacional já que é de conhecimento de todos que no Brasil, historicamente, as cidades são previamente atendidas por sistemas de abastecimento de água, mesmo se relegando os outros serviços como, por exemplo, esgotamento sanitário.

Figura 4 – Índice de atendimento urbano de água em 2011.

(33)

No caso dos municipios alvo deste estudo, os índices ultrapassaram facilmente os 70 % chegando a alguns casos aos 100% de abastecimento urbano de água. As tonalidades mais escuras de azul que representa a classe de maior valor predominam majoritariamente sobre as outras tonalidades.

O índice de atendimento urbano de água referente ao ano de 2012 não teve variações em relação ao ano de 2011, porém pequenas mudanças tornam se preceptiveis a partir do ano de 2013.

No mapa representativo do ano 2013 notaram-se variações nos municipios de Carnaúba dos Dantas e Equador que em referência aos anos anteriores registrou uma queda

Figura 5 – Índice de atendimento urbano de água em 2012.

(34)

para a tonalidade mais clara acredita-se que tal fato se deu devido a algum erro no preenchimento do formulário anual por parte do prestador do serviço, pois foi constatada que o município estava adimplente, expressão utilizada no setor de saneamento para expressa regularidade na disposição das informações e mesmo assim apresentava índice de valor zero.

É comum que os prestadores deixem de repassar as informações ao governo federal por motivos diversos, mas, prestar informações na ausência das mesmas é no mínimo estranho.

Figural 6 – Índice de atendimento urbano de água em 2013.

(35)

Sobre o ano de 2014 os resultados foram minimamente alterados apenas pelo retorno de Equador a tonalidade mais escura.

O segundo indicador utilizado foi o indice de extensão da rede de água por ligação assim como primeiro indice tambem foi estabelecido que a cor utilizada fosse o azul e suas tonalidades.

Figura 7 – Índice de atendimento urbano de água em 2014.

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A utilização do índice de extensão de rede de água por ligação teve como intuito quantificar o avanço da rede de abastecimento em todo o território da bacia hidrográfica. Contudo os resultados apontam que a evolução do acesso ao saneamento básico é bastante lento mesmo na sua vertente mais privilegiada que é o abastecimento de água. As variações nos índices da legenda são mínimas assim como a mudança na tonalidade de azul nos muncipios ano após ano.

A segunda alternativa é que por ser um serviço já quase universalizado, acredita-se que o mesmo estaria passando por um período de menos investimento. Os casos em destaque

Figura 8- Extensão da rede de água por ligação em 2011

(37)

são munícipio de São Rafael, Paraú e Afonso Bezerra (tonalidades mais escuras) que se mativeram como os munícipios com maiores taxa de extensão da sua rede de água.

É possivel notar uma pequena mudança gradual em alguns municipios como Acari que teve uma evolução positiva na extensão da rede de água por ligação nos quatro anos pesquisados.

Os municipios de São José do Seridó e São Fernando também passaram por alterações na tonalidade da cor representando assim mudanças na extensão da rede de água só que em sentidos diferentes o primeiro pelo aumento da rede e o segundo pela diminuição.

Figura tal - Extensão da rede de água por ligação em 2012

Fonte: Elaborado pelo autor com base no SNIS.

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É necessário lembrar que quando a recuo na extensão da rede de água manisfetado através das tonalidades de azul em determinado periodo da pesquisa, nao siginifica que a rede de água diminuiu fisicamente e sim que os investimentos foram cessados ou mais limitados naquele ano em questão.

Fonte: elaborado pelo autor com base no SNIS.

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A última coleta sobre extensão da rede de água por ligação referente ao ano de 2014 tambem nao apresentou diferenças significativas matendo o padrão anteriomente apontado.

Figura 11 - Extensão da rede de água por ligação em 2014

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Sobre os serviços de esgotamento sanitário, o primeiro indicador utilizado foi o de coleta de esgoto. Historicamente esse serviço de imensurável necessidade sempre foi posto em segundo plano, ocasionando inúmeros problemas e fazendo parte de outro grande problema: a desigualdade social.

A cor utilizada foi o amarelo e suas tonalidades ficando a tonalidade mais clara para os resultados positivos e a mais escura para os resultadosmais negativos

Posteriomente à aquisição dos resultados se tentou entender o alto número de munícipios com baixo índice de coleta de esgoto como é apresentado em todos os mapas referente ao ìndice de coleta de esgoto acredita-se que o fator citado anteriomente: relegação

Figura 12 - Índice de coleta de esgoto em 2011

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da prestação de esgotamento sanitário contribua para o que pode ser visto nos mapas, porém, a outra resposta foi encontrada através das informações disponíveis a população no portal da Secretaria Nacional de Saneamento e está relacionada ao alto número de municipios que não forneceram as informações referentes a esgotamento sanitário.

Neste momento, foi detectado também que embora fique a cargo da CAERN a prestação de serviço de saneamento básico no estado do Rio Grande do Norte, muitos munícipios exercem autonomia no que concerne a coleta e tratamento de esgoto sanitário. É o caso, por exemplo, de Açu, Cruzeta, Ouro Branco entre outros, fato comprovado pelos

Figura 13 – Índice de coleta de esgoto em 2012

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atestados de adimplência já citado anteriormente onde tais munícipio são indentificados com seu respectivo prestador de serviço e no caso do esgotamento sanitário muitos são exercidos pelas prefeituras municipais.

A ausência de informações frustou a expectativa de analisar o indicador de um serviço tao importante para a sociedade, porém, observando a legenda dos mapas referente aos quatro anos, se pode notar um crescente progresso dos índices mais elevado, o que indica que avanços estão sendo realizados em vários munícipios.

Fonte: elaborado pelo autor com base no SNIS. Figura 14 - Índice de coleta de esgoto em 2013

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A seguir pode-se ver um esboço da planilha coletada no SNIS do ano de 2014 onde se verifica a ausência de inúmeros dados que deveriam compor os indicadores de saneamento de diversos municipios.

Quadro 5 - Esboço da planilha do SNIS referente ao ano de 2014

Fonte: Elaborado pelo autor base no SNIS.

Figura 15 - Índice de coleta de esgoto em 2014

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Por último, o indicador extensão da rede de esgoto por ligação apresentou-se semelhante ao de coleta de esgoto, com inúmeras ausências que contribuiram para que muitos munícipios fossem indentificados pela tonalidade mais escura. O dado mais significativo só é percebido mediante uma observação apurada nas legendas, trata-se de um fluxo entre valores dos índices se for levado em consideração o acréscimo de informações realizado ano a ano.

Figura 16 - Extensão da rede de esgoto por ligação em 2011

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A única mudança perceptível nos mapas de extensão de rede de esgoto por ligação do ano de 2011 para o ano de 2012 foi o município de Carnaubais que apresentou um pequeno recuou entre as tonalidades representando um decréscimo na expansão da rede coletora de esgoto por ligação.

Fonte: Elaborado pelo autor com base no SNIS

Figural 17 – Extensão da rede esgoto por ligação em 2012

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As ocilações se tornaram ainda menos perceptiveis nos últimos anos pesquisados onde a variação dos indicadores foi incapaz de alterar a tonalidade presente em cada municipio em relação ao ano anterior.

O último mapa relativo à extensão da rede de esgoto também não demostrou nenhuma postura que sugira alguma mudança nos índices finalizando assim a exposição dos resultados ainda que houvesse algumas indagações.

Fonte: Elaborado pelo autor com base no SNIS

Figural 18 – Extensão da rede esgoto por ligação em 2013

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A ausência de rotatividade entre as tonalidades ano a ano assim como a superioridade da tonalidade mais escura em todos os anos pesquisados levanta uma série de questionamentos seria muito lenta a expansão da rede esgotamento sanitário? Ou será que o periodo de quatro anos é que está muito curto para detectar mudanças significativas? Ou ainda o não fornecimento das informações pelos pretadores do serviço junto a SNIS inteferiram significativamente nos resultados?

Figural 19 – Extensão da rede esgoto por ligação em 2014

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em virtude dos resultados obtidos, considera-se que o SIG enquanto ferramenta computacional contribuiu positivamente para a análise das informações em saneamento. Com a sua utilização foi possível obter de maneira rápida uma distribuição espacial capaz de mostrar brevemente onde as ações de saneamento básico estão acontecendo e sua respectiva evolução em um período de quatro anos.

A exposição dos resultados por meio de representações cartográficas demostrou ser adequada se for levado em conta que mapas são ótimas ferramentas de análise espacial, pois permitem a visualização dos resultado instantaneamente.

Sobre o sistema de informações em saneamento entende-se que é um ótimo instrumento essencial à obtenção de informações de todo território Nacional obedecendo assim à determinação da lei 11445/2007 - Lei Nacional do Saneamento Básico que tem com um dos seus fundamentos a participação e o controle social como itens primordiais para uma melhor identificação da eficiência e da eficácia da prestação dos serviços de saneamento básico e acredita-se que com organização e participação efetiva de todos os prestadores de serviços às informações se tornarão mais abundantes.

Avalia-se que a restrição a apenas um tipo de prestador de serviços gerou um déficit de informações em virtude da desvinculação em muitos municípios dos serviços de água e esgoto. A ausência de informações sobre municípios autônomos nos serviços de saneamento limitou os resultados da pesquisa influenciando principalmente nos resultados dos mapas de esgotamento sanitário.

Acredita-se que para atingir um resultado que satisfaça todo o perímetro da bacia Piancó-Piranhas-Açu no estado do Rio Grande do Norte assim como outras áreas de igual ou maior extensão sem deixar lacunas seria necessária atentar para todos os tipos de prestadores de serviço: abrangência local, microrregional e regional, pois a experiência de limitar-se a apenas um perfil de prestador de serviço demostra ser pouco adequada, todavia esta análise poderá servir de exemplo para futuras investigações que pretendam averiguar o desempenho destes ou de outros índices de saneamento na Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas-Açu.

Figura 14 – Indice de coleta de esgoto em 2013

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Referências

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