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Política de Investimento Plano Serpro I PSI a Serpros - Fundo Multipatrocinado

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Política de Investimento

Plano Serpro I – PSI

2016 a 2020

Serpros - Fundo Multipatrocinado

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Índice

1 Introdução 4

2 Diretrizes gerais 4

3 Plano de benefícios 4

3.1 Identificação do plano de benefícios 4

4 Alocação estratégica de recursos e cenário 5

4.1 Cenário macroeconômico 6

5 Limites e diversificação para alocações 6

5.1 Diversificação 7

5.2 Ativos elegíveis 7

5.2.1 Renda fixa 7

5.2.2 Renda variável 8

5.2.3 Investimentos estruturados 8

5.2.4 Operações com participantes 8

5.2.5 Operações com imóveis 8

6 Vedações 9

6.1 Renda fixa 9

6.2 Renda variável 9

6.3 Investimentos estruturados 9

6.4 Investimento no exterior 9

6.5 Operações com participantes 10

6.6 Day trade 10

7 Expectativa de retorno 10

8 Derivativos 11

9 Apreçamento e negociação de ativos financeiros 11

10 Metas de rentabilidades 12 11 Avaliação de risco 12 11.1 Risco de mercado 13 11.1.1 Definição 13 11.1.2 Metodologia 13 11.1.3 Critérios de avaliação 13 11.2 Análise de Stress 14 11.3 Risco de Crédito 14 11.3.1 Definição 14 11.3.2 Metodologia 14 11.3.3 Exposição a crédito 15 11.4 Risco de liquidez 16 11.4.1 Definição 16

11.4.1.1 Indisponibilidade de recursos para pagamento de

obrigações (Passivo) 16

11.4.1.2 Redução de demanda de mercado (Ativo) 16

11.5 Risco operacional 17

11.5.1 Definição 17

11.5.2 Metodologia 17

11.6 Risco de terceirização 17

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11.6.2 Metodologia 18 11.7 Risco legal 18 11.7.1 Definição 18 11.7.2 Metodologia 18 11.8 Risco Sistêmico 19 11.8.1 Definição 19 11.8.2 Metodologia 19

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1 – Introdução

Visando atingir e preservar o equilíbrio atuarial, a segurança e a solvência do Plano Serpro PSI, foi elaborada esta Política de investimento (PI), que estabelece os princípios e diretrizes a serem seguidos na gestão dos investimentos dos recursos correspondentes às respectivas reservas técnicas, fundos e provisões, que estão sob a administração desta Entidade.

Este documento foi elaborado com base na Resolução nº 3.792, de 24 de setembro de 2009, do Conselho Monetário Nacional (CMN), que dispõe sobre as diretrizes de aplicação dos recursos garantidores dos planos administrados pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC e nas alterações posteriores.

Compete à Diretoria Executiva elaborar a Política de investimento e submetê-la para aprovação do Conselho Deliberativo. É de responsabilidade do Conselho Fiscal, o efetivo controle da gestão da entidade, de acordo com o Art. 19º, da Resolução CGPC n.º 13, de 1º de outubro de 2004.

O Comitê de Aplicações (CAP) tem por finalidade avaliar, acompanhar, definir estratégia de investimentos e orientar a execução da Política de investimento aprovada pelo Conselho Deliberativo (CDE).

2 – Diretrizes Gerais

Os princípios, metodologias e parâmetros estabelecidos nesta política de investimento buscam garantir, ao longo do tempo, a segurança, liquidez e rentabilidade adequadas e suficientes ao equilíbrio entre ativos e passivos do plano, bem como procuram evitar a exposição excessiva a riscos para os quais os prêmios pagos pelo mercado não sejam atraentes ou adequados aos objetivos do plano.

Esta política de investimento foi aprovada pela DL 08/2015 e entrará em vigor em 1° de janeiro de 2016. Sua vigência compreende o período de 60 meses que se estende de janeiro de 2016 a dezembro de 2020, conforme a Resolução CGPC nº 7, de 4 de dezembro de 2003, e alterações posteriores. Em caso de mudança na legislação, que torne estas diretrizes inadequadas, esta política de investimento será revisada e novamente submetida à aprovação.

3 –Plano de benefícios

3.1. Identificação do plano de benefícios

Esta política de investimento apresenta as diretrizes para a aplicação dos recursos garantidores do Plano Serpro I - PSI, administrado pelo Serpros, cujas principais características são:

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Tipo de Plano Benefício Definido (BD)

CNPB 198000161-8

Meta Atuarial para 2016 INPC + 6,35 a.a,

Administrador Responsável pelo Plano de Benefícios (ARPB)

Walter de Carvalho Parente (interventor Previc)

Administrador Estatutário Tecnicamente Qualificado (AETQ)

Walter de Carvalho Parente (interventor Previc)

4 – Alocação estratégica de recursos e cenário

Alocação estratégica é a distribuição de recursos entre os segmentos de investimentos, em classes de ativos previamente definidas, que serve de referencial de longo prazo – acima de 5 anos – para a gestão dos ativos. Denominada macroalocação de recursos é parametrizada pela estrutura do passivo do Plano de Benefícios e visa proporcionar uma rentabilidade superior à sua meta atuarial, ao mesmo tempo que minimiza o risco incorrido.

O método empregado é o ALM (Asset Liability Management – Gestão de Ativos e Passivos), que consiste em um estudo de otimização que busca identificar carteiras de investimentos que maximizem a relação entre os ativos (os investimentos da entidade) e os passivos (os compromissos com o pagamento de benefícios). Para isso, são realizadas simulações que levam em consideração cenários macroeconômicos, premissas de risco e retorno para os ativos e projeções do fluxo de caixa líquido dos benefícios, através do modelo estocástico.

Modelos estocásticos são aqueles que têm origem em processos não determinísticos, com origem em eventos aleatórios. Um modelo estocástico é a criação de um modelo de projeção que olha para um único fluxo, um portfólio completo ou uma empresa inteira. Mas em vez de definir os retornos de investimento de acordo com a estimativa mais provável (apenas risco e retorno, por exemplo), o modelo utiliza variações aleatórias dentro das diversas oportunidades de investimentos, de acordo com as entradas utilizadas (cenário econômico, taxas de juros, modelo de juros, etc.).

Com base em um conjunto de resultados aleatórios, a experiência da carteira é projetada, e o resultado é notável. Este processo é repetido milhares de vezes sempre utilizando um novo conjunto de varáveis aleatórias, possibilitando a criação de uma fronteira eficiente.

Estes resultados não mostrarão apenas um resultado possível, mas um grupo de possibilidades mais ou menos próximas ao ponto de referência definido no modelo. A Modelagem Estocástica constrói volatilidade e variabilidade (aleatoriedade) para a simulação e, portanto, fornece uma melhor representação dentro de uma cadeia de eventos possível.

Com o objetivo de atualizar premissas e cenários, bem como definir a alocação estratégica estabelecida, o estudo de ALM será realizado pelo menos uma vez por ano por consultoria externa e será parte integrante desta política de investimento.

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4.1 – Cenário Macroeconômico

O Serpros elaborou três cenários: o cenário base, o alternativo I e o alternativo II. A combinação entre estes cenários, considerando as projeções das variáveis macroeconômicas, serviram de base para o estudo de ALM identificando a alocação de ativos que apresentem o melhor resultado para o plano, considerando os riscos de liquidez e solvência.

Abaixo os cenários elaborados:

5 – Limites e diversificação para alocações

A tabela a seguir apresenta a alocação-objetivo e os limites de aplicação em cada um dos segmentos definidos pela Resolução CMN nº 3.792/2009. Essa alocação foi definida com base em estudo de macroalocação de ativos, elaborado com o intuito de determinar a alocação estratégica a ser perseguida ao longo do exercício desta política de investimento que melhor reflita as necessidades do passivo.

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A alocação objetivo foi definida considerando a alocação estratégia - cenário I, o cenário macroeconômico e as expectativas de mercado vigentes quando da elaboração desta política de investimento, conforme descrito anteriormente.

5.1 - Diversificação

A diversificação consiste em não se investir unicamente em um ativo, pulverizando os investimentos por ativos de vários graus de risco e vários perfis de oscilação. Assim, mesmo que um dos ativos apresente queda acentuada, a valorização dos outros compensaria esta queda, de modo que o investimento como um todo seria rentável. A diversificação é, portanto, uma estratégia de administração do risco.

5.2 - Ativos Elegíveis

Abaixo, os ativos elegíveis por segmentos para as Carteiras de Investimento, ou seja, os ativos que, uma vez apreciados pelo Comitê e aprovados pela Diretoria Executiva podem ser adquiridos ao longo da vigência desta Política de Investimentos tanto para a carteira própria como para fundos exclusivos dos quais o Serpros seja gestor e cotista.

5.2.1 – Renda Fixa

• Os títulos da dívida pública mobiliária federal;

• Os títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão ou coobrigação de instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen e

• Os títulos e valores mobiliários de renda fixa de emissão de companhias abertas com registro na CVM.

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Os títulos ou valores mobiliários de emissores não relacionados acima nos somente podem ser adquiridos em motivo de reestruturação dos investimentos em carteira, se observadas as seguintes condições:

I - Com coobrigação de instituição financeira autorizada a funcionar pelo Bacen;

II - Com cobertura de seguro que não exclua cobertura de eventos relacionados a casos fortuitos ou de força maior e que garanta o pagamento de indenização no prazo máximo de 15 (quinze) dias após o vencimento do título ou valor mobiliário;

III - Com coobrigação de instituição financeira, no caso de cédula de crédito imobiliário (CCI)

5.2.2 – Renda Variável

Cotas de Fundos de Investimentos em Ações (FIA) e cotas de Fundos de investimentos em Cotas de FIA.

Operações de empréstimo de ações poderão ser realizadas, com o objetivo de potencializar o retorno da Carteira de Renda Variável. Além disso, devem seguir as melhores práticas de mercado, conforme estabelecido em modelagem avaliado e apreciado pelo Comitê de Aplicações para aprovação da Diretoria Executiva.

5.2.3 – Investimentos Estruturados

Cotas de fundos de investimento imobiliário e as cotas de fundos de investimentos em cotas de fundos de investimentos imobiliários.

5.2.4 – Operações com Participantes

Empréstimos com recursos do Plano aos seus participantes e assistidos.

Cabe ressaltar que a concessão de empréstimo não é benefício para participantes e assistidos, mas uma forma de rentabilizar os recursos garantidores do Plano.

5.2.5 – Operações com Imóveis

• Os empreendimentos imobiliários, entendidos como aqueles imóveis que estejam em fase de construção, sem conclusão por habite-se, auto de conclusão ou documento equivalente concedido pelo órgão administrativo competente.

• Os imóveis para aluguel e renda; e

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6 – Vedações

Durante a vigência desta política estão vedados investimentos nos seguintes ativos:

6.1 –Renda Fixa

Títulos das dívidas públicas mobiliárias estaduais e municipais; notas de créditos à exportação (NCE) e cédulas de crédito à exportação (CCE); as obrigações de organismos multilaterais emitidas no país; Certificados de recebíveis imobiliários (CRI), Cédulas de crédito imobiliário (CCI), Títulos do agronegócio (CPR; CDCA; CRA e Warrant Agropecuário), certificados de recebíveis de emissões de companhias securitizadoras; FIDC, FIC de FIDC(somente em reestruturação dos investimentos em carteira); títulos ou valores mobiliários não mencionados explicitamente nos incisos do artigo 18 da Resolução CMN 3.792/2009. As posições existentes em 31 de dezembro de 2015 poderão ser mantidas até seu vencimento final.

6.2 – Renda Variável

Títulos e valores mobiliários de emissão de sociedade de propósito específico (SPE) - somente em reestruturação dos investimentos em carteira; debêntures com participação nos lucros; certificados de potencial adicional de construção (CEPAC); certificações de reduções certificadas de emissão (RCE) ou de crédito de carbono do mercado voluntário; certificados de ouro físico. As posições existentes em 31 de dezembro de 2015 poderão ser mantidas até seu vencimento final.

6.3 – Investimentos Estruturados

Não serão permitidos investimentos em cotas de fundos de investimento em participações e em cotas de fundos de investimentos em cotas de fundos de investimento em participações; em cotas de fundos de investimento em empresas emergentes, em cotas de fundos de investimentos em cotas de fundos de investimento em emergentes, cotas de fundos de investimento e as cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de investimento classificados como multimercado cujos regulamentos observem exclusivamente a legislação estabelecida pela CVM e em cotas de fundos de investimento imobiliário e em cotas de fundos de investimentos em cotas de investimento imobiliário(somente em reestruturação dos investimentos em carteira). As posições existentes em 31 de dezembro de 2015 poderão ser mantidas até seu vencimento final.

6.4 – Investimento no Exterior

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fundos constituídos no Brasil, cotas de fundos de investimento e as cotas de fundos de investimento em cotas de fundos de investimento classificados como dívida externa; cotas de fundos de índice do exterior admitidas à negociação em bolsa de valores do Brasil; certificados de depósito de valores mobiliários com lastro em ações de emissão de companhia aberta ou assemelhada com sede no exterior – Brazilian Depositary Receipts (BDR) e ações de emissão de companhias estrangeiras sediadas no Mercado Comum do Sul (MERCOSUL.

6.5 – Operações com Participantes

Financiamentos imobiliários.

6.6 – Day Trade

São vedadas as operações de Day Trade, nos fundos exclusivos que compõem os segmentos de renda fixa e variável. Uma observação: as vedações supracitadas não se aplicam aos investimentos em fundos não exclusivos multimercados classificados no segmento estruturado, respeitado o disposto na Resolução CMN 3.792/2009.

7 – Expectativas de Retorno

A expectativa de retorno dos investimentos passa pela definição de um cenário econômico que leva em consideração as possíveis variações que os principais indicadores podem sofrer, mensuradas através de um modelo estocástico que observa a volatilidade histórica apresentada por eles para estimar as possíveis variações, dada uma expectativa de retorno. A correlação entre os ativos que já se encontram na carteira e os que são passiveis de aplicação também é uma variável importante para esta definição.

O resultado desta análise se encontra no quadro abaixo, que demonstra a expectativa de retorno da Entidade em relação a cada segmento de aplicação, bem como os resultados de 2014 e parcial de 2015.

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8 – Derivativos

As operações com derivativos são permitidas, desde que respeitados os limites, restrições e demais condições estabelecidas pela Resolução CMN nº 3.792/2009 e regulamentações posteriores. Além disso, estas operações deverão ser previamente apresentadas no Comitê e aprovadas pela Diretoria Executiva.

A soma dos investimentos nesses ativos deve ser considerada como denominador na conta da exposição, que devem respeitar os seguintes limites:

• Até 15% (quinze por cento) de depósito de margem para operações com derivativos; • Até 5% (cinco por cento) de despesas com compra de opções.

9 – Apreçamento e negociação de ativos financeiros

Os títulos e valores mobiliários integrantes das carteiras e fundos de investimentos, exclusivos ou não, nos quais o plano aplica recursos, podem ser marcados a valor de mercado ou contabilizados até o vencimento pela taxa do papel (marcação na curva), de acordo com os critérios recomendados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA).

De acordo com o manual de boas práticas da Previc “A verificação do equilíbrio econômico e financeiro dos planos de benefícios depende da precificação dos ativos, ou seja, é preciso que a entidade busque, diretamente ou por meio de seus prestadores de serviços, modelos adequados de apreçamento. A forma de avaliação deve seguir as melhores práticas do mercado financeiro na busca do preço justo, considerando-se ainda a modalidade do plano de benefícios”.

A metodologia para apreçamento deve observar as possíveis classificações dos ativos adotados pela EFPC (para negociação ou mantidos até o vencimento), observado adicionalmente o disposto na Res. CGPC nº 04, de 30 de janeiro de 2002, e respectivas alterações.

O método e as fontes de referência adotados para apreçamento dos ativos pela Entidade são os mesmos estabelecidos por seus Agentes Custodiantes.

Os títulos e valores mobiliários classificados no segmento de renda fixa devem, preferencialmente, ser negociados por meio de plataformas eletrônicas administradas por sistemas autorizados a funcionar pelo Bacen ou pela CVM, nas suas respectivas áreas de competência, observados os critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), visando assim, maior transparência.

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10 – Metas de rentabilidade

A Resolução CMN nº 3.792/2009 define que as entidades fechadas de previdência complementar apresentem metas de rentabilidade para cada segmento de aplicação.

11 – Avaliação de Risco

Os procedimentos descritos a seguir buscam estabelecer regras que permitam identificar, avaliar, controlar e monitorar os diversos riscos aos quais os recursos do plano estão expostos, entre eles os riscos de mercado, crédito, liquidez, exposição em derivativos, operacional, legal e sistêmico. Estando em linha com o que estabelece o Capítulo III, “Dos Controles Internos e de Avaliação de Risco”, da Resolução CMN nº 3.792/2009.

O gestor que eventualmente extrapolar algum dos limites de risco estabelecidos nesta Política de investimento deve comunicar à Entidade, que adotará a medida mais adequada diante do cenário e das condições de mercado da ocasião. O Serpros solicitará ao gestor o reenquadramento imediato das operações.

Os limites de risco estabelecidos nesta Política de investimento serão monitorados pelo Serpros com auxílio de consultoria externa.

Esse tópico disciplina, ainda, o controle de riscos referente ao monitoramento dos limites de alocação estabelecidos pela Resolução CMN nº 3.792/2009 e por esta Política de Investimento. Em se tratando da terceirização dos recursos garantidores do Plano, caberá aos administradores/gestores externos zelar pelo controle e monitoramento de todos os riscos mencionados anteriormente, com observância aos ditames da Resolução CMN nº 3.792/2009.

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11.1 – Risco de Mercado

11.1.1 – Definição

O risco de mercado é caracterizado por movimentos adversos da taxa de juros e da variação dos preços dos ativos, que podem afetar o desempenho econômico-financeiro do plano de benefícios. O desenvolvimento de estudos econômicos e a criação de cenários são importantes no monitoramento desse risco, cujos resultados devem ser considerados ainda na elaboração das políticas de investimento dos planos de benefícios.

11.1.2 – Metodologia

O acompanhamento do risco de mercado será feito através da metodologia do Value-at-Risk (VaR) que estima a perda esperada, com base nos dados históricos de volatilidade e correlação dos ativos presentes na carteira analisada, por consultoria especializada contratada pelo Serpros.

Apontamos que os modelos de controle apresentados nos tópicos a seguir foram definidos com diligência, mas estão sujeitos a imprecisões típicas de modelos estatísticos frente a situações anormais de mercado.

O VaR é calculado segundo os seguintes parâmetros:

Modelo: não-paramétrico. Intervalo de Confiança: 95,00% Horizonte: 21 dias úteis

11.1.3 – Critérios de avaliação

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11.2 – Análise de Stress

A avaliação dos investimentos em análises de stress passa pela definição de cenários de stress, que podem considerar mudanças bruscas em variáveis importantes para o apreçamento dos ativos, como taxas de juros e preços de determinados ativos, conforme mercado.

Embora as projeções considerem as variações históricas dos indicadores, os cenários de stress não precisam apresentar relação com o passado, uma vez que buscam simular futuras variações adversas.

Para o monitoramento do valor de stress da carteira, serão utilizados os seguintes parâmetros: Cenário: BM&F.

Periodicidade: mensal.

O modelo adotado para as análises de stress é realizado por meio do cálculo do valor a mercado da carteira, considerando o cenário atípico de mercado e a estimativa de perda que isso pode gerar. Registramos que essas análises não são parametrizadas por limites, uma vez que a metodologia considerada pode apresentar variações que não implicam, necessariamente, em possibilidade de perda. O acompanhamento terá como finalidade avaliar o comportamento da carteira em cenários adversos para que os administradores possam, dessa forma, balancear melhor as exposições

.

11.3 – Risco de Crédito

11.3.1 – Definição

O risco de crédito caracteriza-se pela possibilidade de inadimplência das contrapartes em operações realizadas no mercado ou dos emissores de títulos e valores mobiliários integrantes da carteira (Risco de Contraparte), podendo resultar, conforme o caso, em perdas financeiras até o montante do valor total a ser recebido.

11.3.2 – Metodologia

O risco de crédito dos investimentos do plano será avaliado com base em estudos e análises produzidos pela própria Entidade ou contratados junto a prestadores de serviço. O Serpros adota para o plano, as classificações de risco de crédito bancário e não-bancário baseadas em ratings estabelecidos pelas seguintes agências:

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Durante a vigência desta Política de investimento poderão ser consideradas as novas agências de crédito em funcionamento no país. Seu enquadramento se dará da mesma forma que as demais, considerando a abrangência de atuação (local ou internacional).

11.3.3 – Exposição a Crédito

O controle da exposição a crédito privado é feito através do percentual de recursos alocados em títulos privados, considerada a categoria de risco dos papéis. O controle do risco de crédito deve ser feito em relação aos recursos garantidores, de acordo com os seguintes limites:

CATEGORIA DE RISCO LIMITE

Grau de investimento + Grau especulativo 80,00%

Grau especulativo 15,00%

O limite para títulos classificados na categoria Médio/Alto Risco de Investimento visa a comportar eventuais rebaixamentos de ratings de papéis já integrantes da carteira consolidada de investimentos, papéis que já se enquadram nesta categoria e eventuais ativos presentes em fundos de investimentos condominiais (mandato não-discricionário). Nesse sentido, o limite acima previsto não deve ser entendido, em nenhuma hipótese, como aval para aquisição de títulos que se enquadrem na categoria Médio/Alto Risco de Investimento por parte dos gestores exclusivos das carteiras e fundos.

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11.4 – Risco de Liquidez

11.4.1 – Definição

Risco de liquidez está relacionado ao casamento dos fluxos de ativos e passivos, de forma que os recursos estejam disponíveis na data do pagamento dos benefícios e demais obrigações do plano. À medida que os prazos de vencimentos das obrigações se aproximam, a alocação dos recursos deve privilegiar ativos mais líquidos. Além disso, o planejamento garante que as alienações dos ativos ocorram no prazo certo e no preço justo.

O risco de liquidez pode ser dividido em duas classes:

Possibilidade de indisponibilidade de recursos para pagamento de obrigações (Passivo); Possibilidade de redução da demanda de mercado (Ativo).

Os itens a seguir detalham as características destes riscos e a forma como eles serão geridos. É importante registrar que os instrumentos de controle apresentados são baseados em modelos estatísticos, que por definição estão sujeitos a desvios decorrentes de aproximações, ruídos de informações ou de condições anormais de mercado.

11.4.1.1 - Indisponibilidade de recursos para pagamento de obrigações (Passivo)

O risco de liquidez está relacionado ao casamento dos fluxos de ativos e passivos, de forma que os recursos não estejam disponíveis na data do pagamento dos benefícios e demais obrigações do plano. A medida que os prazos de vencimentos das obrigações se aproximam, a alocação dos recursos deve privilegiar ativos mais líquidos. Além disso, o planejamento garante que as alienações dos ativos ocorram no prazo certo e no preço justo.

O controle desse risco no Serpros é feito através do ALM Estocástico. A metodologia utilizada no modelo de ALM consiste na projeção da carteira de ativos e do fluxo de caixa previdenciário do Plano. Na simulação são consideradas premissas de reinvestimento para a liquidez.

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A segunda classe de risco de liquidez pode ser entendida como a possibilidade de redução ou inexistência de demanda pelos títulos e valores mobiliários integrantes da carteira. A gestão e o controle do risco de liquidez de demanda de mercado serão feitos por meio do controle do percentual da carteira que, em condições adversas (20% do volume médio de negócios), pode ser negociada em um determinado horizonte de tempo. Esses valores deverão obedecer aos seguintes limites mínimos:

HORIZONTE PERCENTUAL DA CARTEIRA

1 (um) dia útil 5,00%

21 (vinte e um) dias úteis 7,00%

1 (um) ano (Longo Prazo) 10,00%

11.5 – Risco Operacional

11.5.1 – Definição

Risco operacional pode ser reduzido com a formalização de procedimentos e com a atuação efetiva das áreas de conformidade de normas e gerenciamento de risco. O funcionamento dos sistemas e o processamento de operações podem gerar erros ou permitir a ocorrência de fraudes, muitas vezes mantidos devido às falhas existentes nas auditorias e nos controles internos.

11.5.2 – Metodologia

Como medida de avaliação dos investimentos são realizadas análises de stress que passam necessariamente pela definição de cenários de stress, que podem considerar mudanças bruscas em variáveis importantes para o apreçamento dos ativos, como taxas de juros e preços de determinados ativos. As análises de stress são realizadas por meio do cálculo do valor a mercado da carteira, considerado o cenário atípico de mercado, e a estimativa de perda que isso pode gerar à Entidade. A gestão destes riscos é realizada de forma preventiva pela adoção de normas, políticas e instruções normativas e de forma corretiva através da identificação de eventos e do valor de exposição dos riscos, resultando na melhoria constante dos processos da Entidade alinhada aos artigos 1º e 13º da Resolução CGPC nº 13, de 01 de agosto de 2004.

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11.5.1 – Definição

Na administração dos recursos financeiros há a possibilidade da terceirização total ou parcial dos investimentos da Entidade. Esse tipo de operação delega determinadas responsabilidades a gestores externos, porém não isenta a Entidade de responder legalmente perante os órgãos fiscalizadores.

11.5.2 – Metodologia

Mesmo que a Entidade possua um modelo de gestão interna, o risco de terceirização está presente pelo fato do processo operacional da gestão depender de terceiros em determinadas etapas. Na execução das ordens de compra e venda é necessária a utilização de uma corretora de títulos e valores mobiliários e na precificação e guarda dos ativos é necessário um agente custodiante. Deste modo é importante a entidade possuir processo formalizado para escolha e acompanhamento destes prestadores de serviço.

11.7 – Risco Legal

11.7.1 – Definição

Risco legal surge quando os procedimentos e rotinas desrespeitam o ordenamento jurídico. O monitoramento do risco legal é feito com a criação de mecanismos e procedimentos de análise e controle de contratos, acordos ou quaisquer outros documentos a que se obrigue juridicamente a própria EFPC e, eventualmente, sua contraparte.

11.7.2 – Metodologia

O controle dos riscos dessa natureza, que incidem sobre atividades e investimentos que envolvam a elaboração de contratos específicos, será feito por meio:

• Da realização periódica de relatórios que permitam verificar a aderência dos investimentos às diretrizes da legislação em vigor e à Política de Investimento;

• Da revisão periódica dos regulamentos dos fundos, exclusivos ou não e • Da utilização de pareceres jurídicos para contratos com terceiros.

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11.8 – Risco Sistêmico

11.8.1 – Definição

O risco sistêmico se caracteriza pela possibilidade de que o sistema financeiro seja contaminado por eventos pontuais, como a falência de um banco ou de uma empresa. Por concepção é um risco que não se controla, o que não significa que deve ser relevado.

11.8.2 – Metodologia

Para tentar reduzir a suscetibilidade dos investimentos a esse risco, a alocação dos recursos deve levar em consideração os aspectos referentes à diversificação de setores e emissores, bem como a diversificação de gestores externos de investimento.

Como medida de avaliação dos investimentos são realizadas análises de stress que passam necessariamente pela definição de cenários de stress, que podem considerar mudanças bruscas em variáveis importantes para o apreçamento dos ativos, como taxas de juros e preços de determinados ativos. As análises de stress são realizadas por meio do cálculo do valor a mercado da carteira, considerado o cenário atípico de mercado, e a estimativa de perda que isso pode gerar à Entidade.

12 – Observação dos Princípios Sustentáveis

O Serpros observa em seus processos de gestão de investimentos formas de respeito socioambiental que sejam relevantes para a sociedade e estuda adotar parâmetros e critérios de investimento responsável para serem incluídos no processo decisório de investimento.

Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2015

Walter de Carvalho Parente

Interventor

Referências

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