• Nenhum resultado encontrado

MicroElectrónica. Trabalho de Laboratório. Ambientação com as Ferramentas Dsch2, Microwind2 e Pspice

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "MicroElectrónica. Trabalho de Laboratório. Ambientação com as Ferramentas Dsch2, Microwind2 e Pspice"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

MicroElectrónica

Ano Lectivo 2004/2005

Trabalho de Laboratório

Ambientação com as Ferramentas

Dsch2, Microwind2 e Pspice

Marcelino Santos, F. Gonçalves, J. P. Teixeira

(2)

1 Introdução

Pretende-se com este trabalho proporcionar um primeiro contacto com as principais ferramentas de software que serão utilizadas no decorrer desta disciplina. As ferramentas, disponíveis em http://www.microwind.org, são as seguintes:

Dsch2 – Editor de esquemáticos e simulador lógico para circuitos digitais descritos ao nível de portas lógicas ou ao nível de transístores MOS [1]. Microwind2 – Programa para projecto físico (layout) e simulação eléctrica de

circuitos integrados [1].

Os pontos 4 e 5 requerem preparação prévia à sessão de laboratório.

Nota: Existem formas mais expeditas para aceder a algumas das opções dos programas Dsch2 e Microwind2, recorrendo, nomeadamente, a combinações de teclas ou a botões existentes no topo da janela de trabalho. No entanto, a procura destas soluções fica a cargo de cada utilizador.

2 O Programa Dsch2

Com o intuito de se familiarizar com o programa Dsch2, pretende-se que o utilize para desenhar um circuito descrito a nível de portas lógicas, sendo em seguida efectuada a sua simulação também ao nível lógico. Para exemplificar estes procedimentos, utilize um oscilador em anel (ring oscillator), de 9 andares, constituído por uma cadeia de inversores em que a saída do último inversor está ligada à entrada do primeiro.

De uma forma mais detalhada, as operações que deve realizar dentro do programa Dsch2 são as seguintes:

1. Seleccione os parâmetros típicos para uma tecnologia CMOS de 0.18 µm (tensão de alimentação, tempo de atraso típico, etc.). Para este efeito escolha a opção File -> Select Foundry e seleccione o ficheiro “cmos018.tec” que se encontra na directoria de instalação do Dsch2.

2. Desenhe um ring oscillator constituído por 9 inversores (símbolo existente na palette). As interligações são efectuadas com o comando add a line . 3. Coloque um led (símbolo ) ligado à saída do último inversor. Este led é

necessário para assinalar ao Dsch2 o nó de saída do circuito.

4. Complete o desenho, colocando um botão (símbolo ) ligado à entrada do primeiro inversor da cadeia. Este botão é, normalmente, utilizado para aplicar estímulos nas entradas do circuito (durante a simulação, o rato permite mudar o estado da linha controlada pelo botão). Embora o ring oscillator não precise de qualquer sinal aplicado na entrada, o Dsch2 apenas consegue efectuar a simulação quando é incluído o referido botão.

(3)

reduzir a velocidade de simulação, actuando sobre a opção que surge no menu disponibilizado durante a simulação.

6. Visualize a forma de onda obtida durante a simulação (opção para visualizar:

View -> Timing Diagrams).

Efectue a medida do período de oscilação

7. Guarde o esquema do ring oscillator (opção: File -> Save ou File -> Save as). Nota: Caso utilize a primeira destas opções, o circuito terá o nome “example” e será guardado dentro da directoria onde foi instalado o programa. Por estas razões, recomenda-se a escolha da opção File -> Save as da primeira vez que guardar o circuito.

8. Gere um ficheiro em formato Verilog (HDL, Hardware Description Language) correspondente ao circuito desenhado (opção: File -> Make Verilog File). A fim de exportar apenas a descrição do circuito, desactive a opção Append

simulation information. O ficheiro é guardado na mesma directoria onde foi

guardada descrição do circuito, possuindo a extensão .txt.

3 O Programa Microwind2

No programa Microwind2 será gerado automaticamente o layout correspondente ao ring oscillator desenhado no Dsch2. A fim de analisar alguns dos parâmetros que influenciam o comportamento eléctrico do circuito, será repetida a geração do layout para diferentes dimensões dos transístores e para uma tecnologia diferente. Após a geração de cada um dos layouts será efectuada (com o Microwind2) a extracção do circuito e a respectiva simulação eléctrica.

Para atingir estes objectivos, deve realizar as seguintes tarefas, utilizando o programa Microwind2:

1. Escolha a mesma tecnologia utilizada para a simulação com o Dsch2 (CMOS 0.18 µm). Para realizar esta tarefa seleccione a opção File -> Select Foundry e escolha o ficheiro “cmos018.rul” que se encontra na directoria onde está instalado o programa Microwind2.

2. Compile o ficheiro Verilog criado pelo programa Dsch2 (opção: Compile ->

Compile Verilog File). No menu que é aberto com as opções para compilação,

altere os seguintes parâmetros: (1) escolha interligações em Metal1/Metal2, (2) desactive a criação de canais de interligação verticais (“Add vertical bus”), e (3) desactive a aplicação de sinais de relógio nas entradas do circuito (“Labels ->

Add clocks to inputs”). Efectue a compilação seleccionando . 3. No layout do ring oscillator, identifique os transístores e determine a sua

dimensão. Para avaliar a dimensão deve utilizar a opção para medir distâncias (opção: Analysis -> Measure Distance).

(4)

4. Visualize os nós e os dispositivos ligados aos nós de alimentação (vdd e vss) e ao nó de saída do ring oscillator, utilizando a opção View -> View electrical

Node.

Calcule a área ocupada pelo circuito

5. Visualize uma perspectiva tridimensional dos passos de fabricação, utilizando a opção Simulate -> Process Steps in 3D.

6. Extraia o circuito (opção: File -> Convert Into -> SPICE netlist). Analise o resultado obtido.

7. Simule o circuito (opção: Simulate -> Run Simulation) e determine o período de oscilação do circuito. Registe o valor obtido.

Compare o período com o obtido na simulação lógica 8. Guarde o layout gerado (opção: File -> Save as).

Sugere-se a realização dos pontos seguintes (9 a 18), individualmente, após a aula de laboratório.

9. Crie um novo circuito (opção: File -> New).

10. Repita a compilação do ficheiro Verilog criado pelo programa Dsch2,

alterando a largura do canal dos transístores utilizados. Na janela Size das opções de leitura do ficheiro verilog, reduza a largura dos transístores PMOS

para 6λ (0.6 µm).

11. Repita os items 7. e 8.

Compare a área e período de oscilação do novo circuito com os valores obtidos para o primeiro circuito gerado

12. Guarde este novo layout do ring oscillator (opção: File -> Save as). 13. Crie um novo circuito (opção: File -> New).

14. Ao contrário da tecnologia utilizada até ao momento (CMOS 0.18 µm),

seleccione agora uma tecnologia CMOS de 0.12 µm, escolhendo a opção File

-> Select Foundry e seleccionando o ficheiro “cmos012.rul”.

15. Repita mais uma vez a compilação do ficheiro Verilog criado pelo programa

Dsch2, tornando a utilizar as dimensões dos transístores indicadas por omissão.

16. Repita mais uma vez os items 7. e 8.

(5)

18. Gere o ficheiro SPICE (extensão .cir) correspondente a este circuito (opção: File -> Convert Info -> SPICE netlist).

4 Desenho do Template para Células

Normalizadas da Biblioteca ME018

Para que uma célula digital (Inversor, And, Nor, etc.) possa ser mais facilmente interligada a outras células (idênticas ou não), é conveniente que as regras de desenho da tecnologia sejam complementadas com mais algumas restrições geométricas. Assim, para a tecnologia CMOS 0.18 µm (CMOS, poço n, 2 poly, 6 níveis de metal), definida no programa Microwind2, pretende-se criar uma biblioteca de células básicas, Biblioteca ME018, cujas especificações geométricas estão representadas na figura 1.

1.2 µm

região destinada aos transístores do tipo n região destinada aos transístores do tipo p 3.3 µm 2.0 µm poço n 0.6 µm metal 1 (nó de Vdd) metal 1 (nó de Vss) contacto ao substrato contacto ao poço 1.0 µm 1.0 µm metal 1 implantação p implantação n contacto poço n

Figura 1: Especificações geométricas para o desenho das células da biblioteca ME018. Tendo em atenção as dimensões indicadas na figura 1, desenhe as pistas de alimentação (Vdd e Vss), o poço (n well), e os contactos ao poço e ao substrato.

Ao longo da fase de desenho pode verificar as regras de desenho, utilizando para o efeito o DRC (Design Rule Checker) incluído no Microwind2 (opção: Analysis ->

Design Rule Checker). Antes de adquirir experiência no desenho das máscaras, deve

utilizar o DRC com muita frequência.

Guarde esse layout num ficheiro (por exemplo, template), pois irá ter necessidade de utilizá-lo em futuros trabalhos de Laboratório.

Em relação à figura 1 é importante salientar os seguintes aspectos:

1. As pistas de metal (metal 1, ou m1) utilizadas para a alimentação da célula devem ter as larguras indicadas e devem estar afastadas entre si da distância assinalada.

(6)

Questão 1: Porque razão possuem estas pistas de metal 1 largura superior à

largura mínima consentida para esta tecnologia ?

2. As regiões destinadas aos transístores, assim como a área do poço, constituem as

áreas máximas permitidas, podendo ser reduzidas para cada caso particular.

3. A célula deve ser o mais estreita possível. No entanto, é importante ter em atenção que, no caso das células serem colocadas lado a lado1, devem continuar a ser respeitadas as regras de desenho para a tecnologia em questão.

Questão 2: Que cuidados deve ter na colocação de pistas de metal 1 ou 2, ou de poly (Si policristalino) junto às fronteiras laterais da célula ?

4. A fim de facilitar a interligação entre células, os terminais de entrada e de saída da célula devem ser disponibilizados em metal 2. Para este efeito é necessário utilizar vias (contactos entre metal 1 e metal 2), as quais devem ser, preferencialmente, colocadas no espaço existente entre as regiões destinadas aos transístores n e p.

A figura 2 ilustra uma área da interligação entre células num estilo de layout designado por células normalizadas (standard cells), o que permite compreender a razão de algumas das especificações geométricas impostas para o desenho do template.

Espaço para interligações Fila de células . . . . . . . . . . . . Fila de células . . . . . . Espaço para interligações . . . Vdd Vdd Vss Vss Espaço para interligações . . . Metal 1 Metal 2 Via Legenda Vdd Vdd Vss Vss célula 1 célula 2 célula 3 célula 4 célula 5

célula 6 célula 7 célula 8 célula 9 célula 10

Figura 2: Interligação entre células num estilo de layout do tipo standard cells.

5 Desenho de um Inversor CMOS

Partindo do template desenhado na secção anterior, pretende-se obter uma célula inversora CMOS em que os transístores tenham as seguintes dimensões:

NMOS: W = 0.6 µm L = 0.2 µm PMOS: W = 1.5 µm L = 0.2 µm

(7)

Trabalho prévio de preparação: deve efectuar um diagrama esquemático (stick diagram) do inversor e um esboço do desenho dos transístores.

Questão 3: Que configuração (transístores na horizontal, ou na vertical) conduzirá a

menor área de implantação ? Porquê?

Trabalho prévio de preparação: consultar o manual do programa Microwind2 para se familiarizar com as regras de desenho impostas para a tecnologia CMOS 0.18 µm.

Depois de concluído o desenho das máscaras devem ser assinalados os nós de alimentação, a entrada e a saída do inversor. Assim, para cada um destes tipos de nós deve ser seguido o procedimento descrito de seguida:

Vdd – Na palette visualizada no programa, escolha o símbolo e de seguida clique sobre um ponto da pista de alimentação.

Vss – Na palette escolha o símbolo e de seguida clique sobre um ponto da pista de ground.

Entrada – Na palette escolha o símbolo e de seguida clique sobre um dos pontos do nó de entrada do inversor. Altere o nome do nó para IN. Durante a simulação será aplicado um sinal de relógio com uma frequência de 1 MHz. Saída - Na palette escolha o símbolo , de seguida clique sobre um dos pontos do

nó de saída do inversor e atribua-lhe o nome OUT. Assim, no simulador eléctrico incluído no Microwind2 será possível visualizar a forma de onda nesse nó. Caso seja gerado um ficheiro SPICE, será indicada a equivalência entre o nome do nó e o seu número.

Seguidamente efectue a simulação do circuito. Observe as seguintes formas de onda: • Tensão na entrada e na saída do inversor.

• Corrente de alimentação (nó Vdd) e corrente no dreno de cada um dos transístores.

Determine os tempos de atraso de L → H e de H → L (tpdLH e tpdHL). Registe os valores obtidos.

Clicando duas vezes sobre o nó OUT2, verifique qual a capacidade entre esse nó e o substrato. Registe o valor obtido.

6 Análise da Secção Transversal

Analise diferentes secções transversais do circuito, efectuando para o efeito vários cortes verticais e horizontais. Para activar esta análise, escolha a opção Simulate -> 2D

vertical cross-section.

(8)

1. canal de um transístor NMOS (corte vertical e horizontal) 2. canal de um transístor PMOS (corte vertical e horizontal) 3. contacto ao poço

4. contacto ao substrato

5. contacto entre metal 1 e metal 2

Identifique, para cada uma dessas secções, todos os nós eléctricos a que estão associadas as diferentes camadas condutoras e semicondutoras.

Referências

Documentos relacionados

Equipamentos de emergência imediatamente acessíveis, com instruções de utilização. Assegurar-se que os lava- olhos e os chuveiros de segurança estejam próximos ao local de

6 Consideraremos que a narrativa de Lewis Carroll oscila ficcionalmente entre o maravilhoso e o fantástico, chegando mesmo a sugerir-se com aspectos do estranho,

Após retirar, da maré observada, o valor da maré teórica, aplicou-se uma linha de tendência aos dados resultantes, a qual representa a variação do nível médio das águas no

Convenio para desenvolvimento de servicos assistenciais de natureza continuada, para atendimento da populacao local em situacAo de vulnerabilidade, compreendidos na area

Corograpliiu, Col de Estados de Geografia Humana e Regional; Instituto de A lta C ultura; Centro da Estudos Geográficos da Faculdade de Letras de Lisboa.. RODRIGUES,

2 - OBJETIVOS O objetivo geral deste trabalho é avaliar o tratamento biológico anaeróbio de substrato sintético contendo feno!, sob condições mesofilicas, em um Reator

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

1 JUNIOR; ANDRADE; SILVEIRA; BALDISSERA; KORBES; NAVARRO Exercício físico resistido e síndrome metabólica: uma revisão sistemática 2013 2 MENDES; SOUSA; REIS; BARATA