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A C U L T U R A D A S F E I R A S L I V R E S N O F I L M E A G R A N D E F E I R A, D E R O B E R T O P I R E S

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Academic year: 2021

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A C U L T U R A D A S F E I R A S L I V R E S N O F I L M E A G R A N D E F E I R A , D E R O B E R T O P I R E S B e a t r i z L i m a d o C a r m o L i c e n c i a t u r a e m L e t r a s V e r n á c u l a s b e a t r i z . d o . c a r m o @ h o t m a i l . c o m C l á u d i o C l e d s o n N o v a i s ( O r i e n t a d o r / U E F S ) D e p a r t a m e n t o d e L e t r a s e A r t e s ( D L A ) c c n o v a i s . u e f s @ g m a i l . c o m

Resumo: Este artigo discute a representação de cultura popular n o f i l m e A gr ande fe i ra (1 96 1 ), d i r ig ido p or Ro ber to P ire s, ob r a q u e e n f o c a a f e i r a d e Á g u a d e M e n i n o s , e m u m a n a r r a t i v a p r o d u z i d a n o i n í c i o d o s a n o s 1 9 6 0 , c o m o s t r a ç o s i n i c i a i s d a política do Cinema Novo na Bahia.

Palavras-chave: Cinema. Cultura. Representação. Feira livre. 1 I N T R O D U Ç Ã O

O cinema nos mostra, em suas narrativas, os espaços sociais e culturais nos quais vivemos e estabelecemos nossas relações materiais e simbólicas. Nesta linguagem da arte são representados diversos temas, em enredos sob os gêneros de documentário ou de ficção, que nos colocam diante de aconte -cimentos que levam a pensar sobre as experiências cotidianas.

Entre as décadas de 1930 e 1950, dentre os filmes assis tidos e produzidos pelos brasileiros, predominavam as produ -ções melodramáticas e as chanchadas, que copiavam o modelo hegemônico do cinema americano. Estes movimentos predomi -naram até o início do Cinema Novo, quando os intelectuais se investiram do propósito de modernizar o cinema nacional, travando um combate contra as modalidades importadas de filmes e rejeitando o modelo industrial introduzido no Brasil pela

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Vera Cruz – companhia cinematográfica que incentivava a produção de filmes baseados em Hollywood, com grandes investimentos financeiros em relação à realidade econômica do país.

O objetivo do Cinema Novo foi produzir filmes a partir da ‚estética da fome‛, reproduzindo, nos temas e na linguagem do cinema, a realidade brasileira de forma crua, sem maquiagem e com poucos investimentos financeiros. Foi um movimento de extrema importância para a história do cinema brasileiro, visto que, a partir daí, foram produzidos filmes que representavam a cultura e a realidade brasileiras a partir de outro viés ideológi -co, marcadamente pelo conceito de ‚nacional popular‛. Segundo Ismail Xavier (2 0 0 1 , p. 5 7 ): [ . . . ] o C i n e m a N o v o f o i a v e r s ã o b r a s i l e i r a d e u m a p o l í -t i c a d e a u -t o r q u e p r o c u r o u d e s -t r u i r o m i -t o d a -t é c n i c a e d a b u r o c r a c i a d a p o p u l a ç ã o , e m n o m e d a v i d a , d a a t u a l i d a d e , d a c r i a ç ã o . A q u i a t u a l i d a d e e r a a r e a l i d a d e b r a s i l e i r a , v i d a e r a o e n g a j a m e n t o i d e o l ó g i c o , c r i a ç ã o e r a b u s c a r u m a l i n g u a g e m a d e q u a d a à s c o n d i ç õ e s p r e c á r i a s e c a p a z d e e x p r i m i r u m a v i s ã o d e s a l i e n a d o -r a , c -r í t i c a , d a e x p e -r i ê n c i a s o c i a l .

E ainda, segundo ele:

[ . . . ] o C i n e m a N o v o , e m p a r t i c u l a r , p r o b l e m a t i z o u a s u a i n s e r ç ã o n a e s f e r a d a c u l t u r a d e m a s s a s , a p r e s e n t a n d o s e n o m e r c a d o , m a s p r o c u r a n d o s e r a s u a n e g a ç ã o , p r o c u r a n d o a r t i c u l a r s u a p o l í t i c a c o m u m a d e l i b e -r a d a i n s c -r i ç ã o n a t -r a d i ç ã o c u l t u -r a l e -r u d i t a . ( X A V I E R , 2 0 0 1 , p . 2 3 ) .

O Cinema Novo foi influenciado pelo Neorreal ismo Italiano, movimento que buscou mostrar a realidade precária do pós -guerra na Europa. Da mesma forma, o Cinema Novo queria aproximar os filmes da realidade do povo ao registrar a vida da população de modo real, como diz o crítico nacionalista: ‚[...]

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foi historicamente a primeira afirmação coerente de um cinema tipicamente nacional, com vocação popular e tendências progressistas [...]‛ (HENNEBELLE, 1978, p. 65).

Dentre os primeiros filmes produzidos com a perspectiva de modernizar a linguagem do cinema nacional, buscando

aproximar a ficção o máximo possível do real, está A grande

feira (1961), filme de ficção que tem como pano de fundo a feira livre de Água de Meninos. Nele podemos captar a realida -de do cotidiano das feiras livres espalhadas por todo Brasil, que, normalmente, são tidas apenas como um local de comér -cio e não como um patrimônio cultural. Segundo Glauber Rocha (2003, p. 158), este “[...] é um filme novo no cinema Brasileiro [...]” .

O filme foi gravado em Água de Meninos. No enredo, a feira estava prestes a ser tomada por uma imobiliária e a narrativa mostra os frequentadores em luta para salvar o terreno a fim de não serem despejados.

2 O F I L M E A G R A N D E F E I R A

As feiras livres já foram cenário de muitos livros e filmes,

e um deles é o filme A grande feira (1961), de Roberto Pires,

com argumento de Rex Schindler. Esta obra apresenta a antiga feira de Água de Meninos com uma perspectiva de crítica social e cultural, abordando tanto a importância da economia local quanto a feira como um patrimônio da cultura. Portanto, segundo Aléxis Góis (2009, p. 108), ‚Roberto Pires aproveitou

as personalidades baianas para colocar em A grande feira ‛ o

olhar dos intelectuais a partir dos personagens que represen -tam as pessoas simples da cidade de Salvador.

Por suas obras originais e por dirigir o primeiro longa

-metragem da Bahia, Redenção (1959), Pires, o diretor de A

grande feira (1961), é considerado por muitos o inventor do cinema baiano. Sem ter os equipamentos necessários, ele chegou a inventar a lente anamórfica, semelhante ao cinemascope, sendo, ainda, considerado um louco por querer

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fazer cinema na Bahia na década de 1950. Mas, mesmo com os obstáculos, conseguiu lançar o primeiro filme em 1959, que foi um sucesso, pois deu início ao Ciclo Baiano de Cinema, que viria a ser o princípio do movimento do Cinema Novo. Se o cinema não existisse, Roberto Pires o inventaria, foi o que

disse Glauber Rocha (2003, p. 155) em seu livro Revisão crítica

do cinema brasileiro, completando:

Q u e m i n v e n t o u o c i n e m a n a B a h i a f o i R o b e r t o P i r e s . A c r e d i t o q u e t e r i a i n v e n t a d o m á q u i n a s d e f i l m a r s e , p o r a c a s o , a o s o n z e a n o s d e i d a d e , n ã o l h e c h e g a s s e à s m ã o s u m d e f i c i e n t e a p a r e l h o d e 1 6 m m , c o m o q u a l f i l m o u S o n h o.

Depois do lançamento de Redenção (1959), Glauber Rocha

produz Barravento (1962) e, em seguida, Pires passa a ser o

responsável pelo terceiro longa -metragem baiano, A grande

feira (1961), que apesar de já ter sido gravado de modo profis -sional, ainda houve dificuldades com equipamentos, atores e

cenário. Mesmo Barravento (1962) sendo lançado após A

grande feira (1961), ainda é considerado o segundo longa -metragem baiano, pois é o segundo a começar a ser produzi do. A respeito do filme de 1961, Walter da Silveira (1962, p. 7) afirma :

[ . . . ] A g r a n d e f e i r a, e s t a b e l e c e n d o a s b a s e s d e u m c i n e m a b r a s i l e i r o f o r a d o R i o d e J a n e i r o e d e S ã o P a u l o , i n a u g u r a m a i s d o q u e o c i n e m a b a i a n o , d o q u e u m a o u t r a e t a p a d e n o s s a h i s t ó r i a , d e u m p o n t o d e v i s t a s i m p l e s m e n t e g e o g r á f i c o : t e m a a u d á c i a d e f u n d a r u m c i n e m a a b s o l u t a m e n t e c o n t e m p o r â n e o , c a r a c t e r í s t i c o d a n a c i o n a l i d a d e .

E afirma ainda o crítico: ‚A grande feira liberta o cinema

das suas duas alienações, a da suposta inferioridade e da falsa superioridade. Nem o primarismo da chanchada, nem o escapismo de estranhamento. Uma linguagem popular, embora trabalhada.‛ (SILVEIRA, 1962, p. 7).

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A primeira cena do filme A grande feira (1961) é com o cronista social e poeta popular Cuíca de Santo Amaro, que anuncia: ‚A feira de Água de Meninos vai se acabar. Engolida pelos tubarões [termo que usa para referir -se à imobiliária]. Vai acabar a grande feira.‛ (A GRANDE..., 1961).

Considerado por Glauber Rocha uma figura mitológica, Cuíca de Santo Amaro vivia da venda dos seus livrinhos que contavam as notícias da cidade em forma de cordel, e, como os cinemanovistas queriam fazer filmes de denúncia social, a presença dessa figura popular informando o possível fim da feira em seus livretos era um mote indispensável. Orlando Senna (1962, p. 111) diz que, com a cena de Cuíca de Santo Amaro, ‚[...] estabelece se desde então um caráter de exposi -ção popular para a história a partir deste momento.‛

Na narrativa do filme, a feira de Água de Meninos é ameaçada por uma imobiliária que pretende usar o espaço ocupado pelos feirantes para ampliar os tanques de combustí -veis que ficavam próximos, mas até o fim do filme a feira não é destruída. No entanto, a protagonista Maria da Feira morre para salvar o local, não mais da imobiliária, mas de uma bomba que Chico Diabo, morador da região, lança, pois ele prefere que o espaço seja destruído por uma explosão, a ser tomado pela imobiliária.

Ironia da história real: três anos após a produção do filme, a feira de Água de Meninos pega fogo, numa época em que a prefeitura estava com planos de expandir o porto de Salvador, mas o comércio no local impedia a execução de tal plano. As causas reais do incêndio até hoje não foram bem esclarecidas.

Além da trama com a problemática do despejo dos feiran -tes, há vários outros enredos no filme, como o de Ely, uma senhora da alta sociedade, casada, que se apaixona por um marinheiro, Rony, de classe social muito diferente, mas ela resolve sustentá -lo, até que o marinheiro vai embora e ela volta para o marido.

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A última cena do filme também é com o cronista popular Cuíca de Santa Amaro. Ele está vendendo seus livretos e anunciando o desfecho da trama: ‚Maria da Feira morreu para salvar milhares de pessoas. Chico Diabo foi castigado e a mulher rica voltou, abandonada pelo marinheiro, para o confor to do seu marido. O problema com os tubarões não está resol -vido.‛ (A GRANDE..., 1961).

Glauber Rocha, em um depoimento transcrito do jornal Diário de Notícias e publicado junto com o roteiro do filme, diz

amar A grande feira (1961) como a um filme seu, e ele continua:

A c h o q u e e s t á e n t r e o s m e l h o r e s f i l m e s b r a s i l e i r o s d a f a s e s o n o r a , e m b o r a s e j a s u s p e i t o p r a d i z e r i s t o . V e j o n o f i l m e d e f e i t o s , m a s n u n c a d e f e i t o s g r a v e s . M a s e s t e s d e f e i t o s e s t ã o e s p e c i a l m e n t e n o a c a b a m e n t o l i t e r á r i o d o s d i á l o g o s ( q u e s ã o a s s i m m e s m o , o s m e l h o r e s d e t o d o o c i n e m a b r a s i l e i r o ) . O s o u t r o s d e t a -l h e s s ã o i n s i g n i f i c a n t e s , d e f e n s á v e i s e e n c o n t r á v e i s n o s m e l h o r e s d i r e t o r e s d o c i n e m a n a c i o n a l . ( R O C H A , 1 9 6 2 , p . 1 0 9 ) . 3 A S F E I R A S L I V R E S : P A T R I M Ô N I O C U L T U R A L

Existem, desde muito tempo, feiras livres espalhadas por todo Brasil, algumas delas muito conhecidas. Elas abastecem as cidades não só com alimentos, mas também com vestuários, utensílios domésticos, dentre vários outros objetos de uso cotidiano. Estas organizações de origem medieval vão para além de finalidades puramente econômicas, pois segundo Araújo (2011, p. 92): [ . . . ] h i s t o r i c a m e n t e a s f e i r a s a d q u i r i r a m u m a i m p o r t â n -c i a m u i t o g r a n d e , q u e u l t r a p a s s a s e u p a p e l -c o m e r -c i a l e a s t r a n s f o r m a , e m m u i t a s s o c i e d a d e s , n u m e n t r e -p o s t o d e t r o c a s c u l t u r a i s e d e a -p r e n d i z a d o , o n d e p e s s o a s d e v á r i a s l o c a l i d a d e s s e c o n g r e g a m p a r a e s t a b e l e c e r l a ç o s d e s o c i a b i l i d a d e .

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Justino (1989, p. 275) ainda afirma que: ‚[...] uma feira é, antes de mais, um local de encontro. Aí, vendedores e compradores estabelecem os seus negócios, mas, por outro, integram-se numa trama de papéis sociais que transcendem as funções estritamente econômicas.‛ Nestes espaços de compra e venda desenvolvem -se formas de cultura, e eles são muitas vezes ponto de encontro, visto que no dia da feira muitas pessoas se deslocam de diversos pontos e a transformam

[ . . . ] n u m a e f e r v e s c ê n c i a s o c i a l , c a r a c t e r i z a d a p o r u m a m u l t i p l i c i d a d e d e s u j e i t o s , c o m v a r i a d o s e v e n t o s , m o d i f i c a n d o , a i n d a q u e p o r u m p e r í o d o c u r t o , a t e m p o r a l i -d a -d e -d a c i -d a -d e e i m p r i m i n -d o u m -d i n a m i s m o -d i f e r e n t e d o r o t i n e i r o , d o h a b i t u a l . ( A R A Ú J O , 2 0 1 1 , p . 9 0 - 9 1 ) . Apesar do valor cultural, as feiras livres normalmente são tidas apenas como um lugar de comércio e acabam por sofrer interferências externas. Um exemplo disso são as políticas públicas desconhecedoras do importante papel identitário e popular que as feiras livres têm como memórias culturais da região.

A história real de Água de Meninos é parecida com o enredo do filme de Roberto Pires, pois é o processo de urbani -zação que interfere na lógica da feira como espaço popular encravado na modernidade urbana. Por ficar localizada em um intermediário entre a cidade alta e a cidade baixa, na cidade de Salvador, a Prefeitura tinha planos de extinguir Água de Meni -nos, pois os planos econômicos dependiam da expansão do porto. A proposta foi que os moradores e feirantes se mudas -sem para a feira de São Joaquim, mas a maioria não aceitou e continuou no local. Tempos depois, a feira pegou fogo – ou foi incendiada, pois até hoje não se sabe ao certo o que provo -cou o incêndio destruidor. Assim, ela foi transferida para São Joaquim, onde continua até os dias de hoje.

A feira, além de inspirar o filme, também inspirou outras obras, como a música dos compositores Gilberto Gil e José

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Carlos Capinan, Água de meninos (1967), em que eles descre -vem e contam essa história da feira em forma de canção:

A f e i r a n e m b e m s a b i a S e i a p r o m a r o u s u b i a E n e m o p o v o q u e r i a E s c o l h e r o u t r o l u g a r E n q u a n t o a f e i r a n ã o v i a A h o r a d e s e m u d a r . T o c a r a m f o g o n a f e i r a A i , m e d i a , m i ’ a s i n h á P r a o n d e c o r r e u o p o v o P r a o n d e c o r r e u a m o ç a V i n d a d e T a p e r o á ? . . .

Além da música mostrar que Água de Meninos foi uma feira importante para toda comunidade quanto aos aspectos econômicos e, principalmente, culturais, o espaço é confirmado como fonte de inspiração de canções, filmes e documentários.

Nesse sentido, registra-se ainda como o incêndio abalou a

população.

Não apenas as feiras livres, mas vários outros lugares de manifestações populares também sofrem com as interferências externas por conta da industrialização e urbanização das cida -des, algumas vezes de forma não pacífica, mas, no geral, de forma traumática. Assim como a feira de Água de Meninos, várias outras também sofreram essas alterações, como a feira l ivre de Feira de Santana, de onde se originou a cidade e o seu nome. Em 1972, ela foi transferida para um espaço delimi -tado no centro de abastecimento por conta do processo de industrialização que a cidade estava sofrendo, deixando de lado os aspectos tradicionais do local advindos desde o final do século XVII, quando ela surgiu.

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4 C O N S I D E R A Ç Õ E S F I N A I S

A grande feira (1961), obra de Roberto Pires, é uma repre -sentação cinematográfica da cultura baiana que aborda um aspecto da estrutura geral da sociedade brasileira, pois apresenta vários assuntos que dizem respeito aos modelos econômicos e sociais do país. É possível perceber a preocupa ção do cinema com a identidade cultural no contexto da reali -zação do filme, trazendo como pano de fundo os aspectos da realidade identitária da Bahia em seus aspectos populares. A feira livre, no filme, assim como toda a realidade social e econômica representada, é mais do que apenas um lugar geográfico de comércio, pois assume uma condição simbólica de convívio social e de expressão cultural. No filme, a ameaça à feira livre de Água de Meninos mostra como o desenvolvi -mento das cidades interfere, de forma direta, no cotidiano da população, muitas vezes por conta do discurso higienista que desaprova a desordem e/ou falta de higiene do lugar. A obra ainda denuncia os interesses econômicos no espaço ocupado pela feira, que atingem de forma direta um microcosmo revela -dor de patrimônios culturais das cidades.

A b s t r a c t: T h i s p a p e r d i s c u s s e s t h e re p r e se n t a t i o n o f p o p u l a r c u l t u r e o n t h e f i l m A g r a n d e f e i r a ( 1 9 6 2 ) , d ir e c te d b y R ob e r to P i r e s , a w o r k t h a t f o c u s e s t h e o p e n s t r e e t m a r k e t Á g u a d e M e n i n o s i n a n a r r a t i v e p r o d u c e d i n t h e e a r l y ‘ 6 0 s , w i t h t h e initial traces of policy of the New Cinema in Bahia.

Keywords: Cinema. Culture. Representation. Open Street Market. R E F E R Ê N C I A S

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Enviado em 30/03/2014. Aprovado em 11/08/2014.

Referências

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