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Academic year: 2021

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TÍTULO: TURISMO E LEGADO ÉTNICO NA CIDADE DE SÃO PAULO: COLETA DOCUMENTAL SOBRE O BAIRRO DA LIBERDADE.

TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS ÁREA:

SUBÁREA: TURISMO SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): VITORIA MARIA SILVA SANTOS AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): AIRTON JOSÉ CAVENAGHI ORIENTADOR(ES):

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1 Título: Turismo e legado étnico na cidade de São Paulo: Coleta documental sobre o Bairro da Liberdade.

Autor: Vitoria Maria Silva Santos

Orientação: Prof. Dr. Airton José Cavenaghi

1.RESUMO

O presente estudo vincula-se a pesquisa principal “TURISMO E LEGADO ÉTNICO NA CIDADE DE SÃO PAULO (SP)”, projeto apresentado junto ao CNPq , coordenado pela Prof. Dra. Sênia Regina Bastos, e aprovado com fomento de pesquisa para os anos de 2017 e 2019. Este estudo encontra-se em fase de coleta documental e o atual projeto de Iniciação Científica resulta de uma ramificação de pesquisa e análise, que procura estudar o Bairro da Liberdade e sua caracterização como bairro étnico, buscando entender, inicialmente pela pesquisa bibliográfica, documental e com visitas in-loco a distribuição e presença do elemento ético oriental, em especial o japonês, na região.

Palavras-Chave: Hospitalidade. Turismo. Legado Étnico. São Paulo. Bairro da Liberdade

2. INTRODUÇÃO

Principais polos constitutivos da mobilidade nas cidades contemporâneas, o turismo, de um lado e as migrações de outro, têm caracterizado novos paradigmas nas relações entre turistas e moradores, a ponto de promover a ressignificação dos espaços urbanos das cidades brasileiras, impondo, muitas vezes, múltiplos usos.

Tais fenômenos “apresentam estágios de pesquisa científica diferenciados, o que torna sua análise e comparação, tarefas complexas” (BARRETTO, 2009, p. 2). Além disso, como salienta Barretto (2009), são conceitos que aparecem no imaginário popular e na pesquisa científica como fatos sociais contraditórios, um marcado pelo lúdico e situações prazerosas, enquanto o outro, aparece como experiência de sofrimento, desenraizamento e privação, como aponta Sayad (1998), a respeito da imigração argelina na França. No entanto, ambos têm em comum o deslocamento no espaço, a mudança de lugar de residência, embora para o turista não tenha o caráter permanente que tem para o imigrante, cujo retorno configura-se apenas como uma esperança longínqua (BARRETTO, 2009).

3. OBJETIVOS

Principal (vinculado ao projeto maior em desenvolvimento): Investigar a relação entre turismo e imigração na cidade de São Paulo (SP), considerando a criação de espaços de sociabilidade, lazer e turismo.

Específicos:

 Mapear e classificar a documentação existente (bibliográfica e documental) relacionada a formação ética do Bairro da Liberdade;

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 Identificar, por meio de observações in-loco, os elementos culturais que resistem ao processo de globalização que acompanha o Turismo em suas múltiplas manifestações.

4. METODOLOGIA

O projeto apresentado acompanha a metodologia proposta para o projeto principal, utilizando-se, nessa fase inicial o suporte da pesquisa bibliográfica amparado nas observações em campo (Visitas in-loco). A formação do referencial analítico irá possibilitar uma maior compreensão das lenas de imigrantes asiáticos, principalmente os japoneses, que caracterizaram a identidade turística do Bairro da Liberdade

5. DESENVOLVIMENTO

Na atual fase desse projeto de Iniciação Científica, foram recolhidos os seguintes dados históricos relacionados a formação e desenvolvimento do Bairro da Liberdade, além de percepções iniciais das visitas já realizadas, como forma de reconhecer a presença étnica diferenciada no local.

A história do surgimento do bairro Liberdade tem início com a divisão do Distrito da Sé em meados de 1883, onde ocorreu a divisão entre norte e sul (onde localiza-se o bairro atualmente). O bairro possui esse nome pois era um Campo de Forca, ou seja, um lugar de execução de escravos fugitivos e com a Lei Áurea em 1950 e o fim da pena de morte no Brasil, o Largo da Forca começou a ser chamado Largo da Liberdade e posteriormente, Liberdade (GUIMARÃES,1968).

O Brasil estava em fase de desenvolvimento econômico, principalmente na agronomia e precisava de mão-de-obra para as lavouras e cafezais, enquanto que o Japão passava por uma crise econômica também maximizada por acelerado crescimento populacional. Com isso, a partir de 1900 o trabalho escravo começou a ser substituído pelo trabalho de imigrantes japoneses que vinham para o interior de São Paulo em busca de trabalho nas fazendas devido à crise no Japão (OSAKI,2007).

O núcleo de moradia dos japoneses teve início na Rua Conde de Sarzedas, pois haviam muitas pensões e porões e cada vez mais chegavam mais japoneses em São Paulo devido a 2 Guerra Mundial, mas por volta de 1960 a polícia brasileira começou a dispersar os japoneses de lá para outras ruas das imediações, com isso o bairro Liberdade se tornou oficialmente Japonês. Com o aglomerado de imigrantes japoneses no bairro, em pouco tempo as construções e a arquitetura se tornaram parecidas com as do Japão, posteriormente o bairro foi recebendo também imigrantes Chineses e Coreanos, transformando o bairro em um centro oriental, e não mais japonês (BOCCI,2008).

Em 1973, a Secretaria de Turismo Municipal foi ativada no bairro para incentivar os lojistas da região um plano paisagístico, pretendia- se transformar o bairro em um “China Town” com a instalação de luminárias ocidentais e bambus ao invés de arvores nas ruas, restaurantes típicos, casas noturnas de karaokê e a realização de festas e manifestações culturais do oriente para que o bairro se tornasse um núcleo de cultura oriental e com isso um atrativo turístico para os visitantes nacionais e estrangeiros (GUIMARÃES,1968).

Através das visitas in-loco, é possível perceber que há imigrantes de outros países do Oriente, mas o que predomina é a cultura nipônica, muitos comerciantes falam

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a sua língua materna e há muitas fachadas de comércios com escritas de ideogramas japoneses. Outros atrativos do bairro são os restaurantes e docerias típicas, as feiras de final de semana, lojas e livrarias com artigos japoneses, e a arquitetura do local que é inspirada no Japão. A Liberdade é um local de fácil acesso e o principal meio utilizado das pessoas que frequentam o local é o metrô.

6. RESULTADOS PRELIMINARES

O presente projeto de Iniciação científica encontra-se em fase inicial de coleta documental e bibliográfica e os resultados iniciais mostram particularidades da história formativa do Bairro da Liberdade.

7. FONTES CONSULTADAS (projeto de Iniciação Científica)

BOCCI, DIEGO SEGOBIA. Bairro da Liberdade e a imigração japonesa: a idéia de Bairro Japonês. São Paulo, 2008. Disponível em< http://www4.pucsp.br/revistacordis/downloads/numero2/revista_cordis2_diego_pesquis a.pdf >Acesso em 26 jun 2017.

GUIMARÃES, LAIS DE BARROS MONTEIRO. História dos bairros de São Paulo: Liberdade. 1ª ed, São Paulo, 1968.

OSAKI, MAURICIO. DVD Historia dos bairros de São Paulo: Liberdade, 2008. Dísponível em< https://www.youtube.com/watch?v=fOqWNtnxp1w&t=765s >Acesso em: 26 jun 2017.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PRINCIPAIS. (projeto de vínculo CNPq 2017-2019)

BAHL, M. Imigração como potencialidade turística. Turismo em Análise, 5, 1994. 21-32.

BAHL, M. Legados étnicos & oferta turística. Curitiba: Juruá, 2004.

BAHL, M. Dimensão cultural do turismo étnico. In: PANOSSO NETO, A.; ANSARAH, M. G. D. R. Segmentação do mercado turístico. Barueri/SP: Manole, 2009. p. 121-140.

BARRETTO, M. Interface entre turismo e migrações: uma abordagem epistemológica. Pasos. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural, 7, 2009. 1-11.

BASTOS, S. Os bairros imigrantes da cidade de São Paulo na década de 1930. In: BAENINGER, R.; DEDECCA, C. S. Processos migratórios no Estado de São Paulo: estudos temáticos. Campinas: Nepo/Unicamp, v. 10, 2013. p. 121-128.

BASTOS, S.; SALLES, M. R. R.; PAIVA, O. C. Imigração e política imigratória no Pós-Segunda Guerra Mundial: perfil das entradas e trajetórias. In: SALLES, M. R. R., et al. Imigrantes internacionais no Pós-Segunda Guerra Mundial. Campinas: Unicamp, v. 11, 2013. p. 11-22.

BASTOS, S.; SALLES, M. R. R.; PAIVA, O. C. Imigração italiana para o Brasil no pós Segunda Guerra Mundial: perfil das entradas e trajetórias. In: BAENINGER, R.;

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DEDECCA, C. S. Processos migratórios no Estado de São Paulo: estudos temáticos. Campinas: Nepo/Unicamp, v. 10, 2013. p. 151-170.

Referências

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