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VER SUS NO VALE "TRABALHO É AQUILO QUE NOS REALIZA"

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Academic year: 2021

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VER SUS NO VALE

1º Dia

EIXO: Trabalho em saúde

"TRABALHO É AQUILO QUE NOS REALIZA"

O eixo foi conduzido por Emily, onde discutimos sobre os aspectos que envolvem o trabalho e práticas em saúde, desde a sua abordagem conceitual e suas interações com os indivíduos.

Retratamos as dificuldades em cuidar do outro e de si mesmo, simultaneamente, e o quão difícil seria "plantar e os outros arrancarem". Entendemos que o nosso objeto de estudo, tem várias faces, e que devemos estar preparados para administrar/cuidar, e para isso, desconstruímos o conceito de saúde para compreender a complexidade do ser. A saúde é um aspecto individual, em que devemos compreender o indivíduo holisticamente, ou seja, como um todo. Nosso sistema de saúde, baseia-se na medicalização e no modelo hospitalocêntrico. A universidade não nos prepara para sermos trabalhadores da saúde, vemos uma normatização do cuidado, deficiência na saúde preventiva.

Fiquei bastante feliz em debater sobre esse tema, que muitas vezes não paramos para refletir. Devemos ter a saúde como uma militância, lutar pelos nossos direitos e não deixar que a nossa conquista pelo SUS seja retirada por um governo golpista, elitista e que busca os interesses as classes ricas do nosso país. Militância requer uma luta árdua, 24 horas por dia, insistir, buscar, não deixar ser influenciado pela mídia ou simplesmente sermos analfabéticos políticos.

2º Dia

EIXO: Como funciona a sociedade

"APARÊNCIA ESCONDE A ESSÊNCIA"

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SECA CHUVA

REFORMA AGRÁRIA

Na parte da tarde, tivemos uma plenária como o consultor popular Celso, onde discutimos sobre o que são e quem são os ricos e os pobres. A interferência das características sociais e sua influência perante toda uma sociedade e entramos em um debate de como seria o nosso meio de produção, o que de fato seria valor? E como é possível ter lucro comprando e vendendo pelo mesmo valor.

"O PROBLEMA NÃO É A SECA, E SIM, A CERCA"

Á noite discutimos sobre a reforma agrária. O palestrante foi Diego Araújo, onde fomos retratados em um pequeno recorte da história das lutas por posse de terra em nosso país, e dentro desse contexto, fizemos um link do porquê vivermos com poucos detentores de terra e poucos sem nenhuma.

3º Dia

EIXO: Minorias e o acesso à saúde

"RESPEITAR O OUTRO, BUSCANDO A

INDIFERENÇA QUE HÁ EM MIM"

Pela manhã, fomos visitar o terreiro Ilê Ase Ayrá Xonyndancor, lá fomos atendidos pela articuladora do conselho das mulheres, e logo após pelo pai de santo daquele lugar.

Começamos então a entender o contexto histórico da fundação daquele lugar, a relação do bairro Kidé (Juazeiro-BA) e o terreiro, que possui 52 anos de existência. Vimos que de fato a saúde chega naquele dispositivo, e que o mesmo é local de referência no quesitos: saúde, mulheres violentadas, delegacia, ou seja a população busca de fato o local para os mais diversos anseios sociais.

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Terreiro Ilê Ase, Kidé- Juazeiro (BA)

"SAÚDE É A CAPACIDADE DE LUTAR POR

AQUILO QUE NOS OPRIME"

Á tarde, discutimos sobre os determinantes sociais, refletimos sobre o funcionamento do SUS, se o conceito da OMS em relação à saúde é o correto, além de, darmos foco as diferenças e os estilos de vida.

"QUERO MEU NOME SOCIAL NÃO SOMENTE NO

CARTÃO DO SUS, QUERO PERANTE A

SOCIEDADE, RESPEITO"

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“EU BEIJO HOMEM, BEIJO MULHER, TENHO

DIREITO DE BEIJAR QUEM EU QUISER”

Na temática LGBT, falamos sobre a falta de qualificação aos integrantes LGBT, e a necessidade de se discutir gêneros nas mais diversas esferas sociais. Vimos o quanto é opressor ser qualificado nas academias sendo LGBT, e que essa luta não acabe apenas naquela plenária e que possamos levar para dentro das academias.

4º Dia

EIXO: Atenção primária à saúde

"SUCATEAR E DEPOIS PRIVATIZAR: ORDEM E

PROGRESSO?"

Uma plenária foi realizada, a fim de discutirmos sobre como está sendo o desenvolvimento da atenção básica no nosso país. Verificamos que, existe um sucateamento em favor de uma privatização. As organizações sociais, advindas para melhorar os funcionamentos dos hospitais, na verdade, não passam de licitadores indevidos, que, em vez de minimizar as corrupções de verbas orçamentárias, estão piorando o quadro.

"FORA LARANJAS, O SUS É NOSSO"

A falta de concursos públicos, trazem prejuízos, e alimentam a formação dos currais eleitorais. Além de pessoas que não fazem parte da saúde, são colocados no gerenciamento da saúde, que em vez de auxiliarem, são agentes de corrupção e licitações indevidas.

Discutimos o que seria territorialização e a descentralização dos serviços de saúde, quais os modelos de gestão e o contexto histórico da formação da unidade básica de saúde.

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No período da noite, tivemos uma roda par contextualizarmos como estava sendo a vivência com o SUS, pontos positivos e negativos, além de verificar possíveis mudanças no acordo de convivência.

Unidade de saúde, Cacheado- Petrolina 5º Dia

EIXO: Redes de atenção à saúde

“ARTICULANDO A SAÚDE, UMA LUTA PARA

TODOS”

Pela manhã, visitamos o dispositivo CTA (Centro de testagem e aconselhamento), fomos recebidos por Anderson, que é o técnico de aconselhamento. A unidade CTA é centro de referência, que trabalha como promoção, assistência e tratamento de doenças, existindo protocolos clínicos para o funcionamento.

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ser acima de tudo, de responsabilidade dos profissionais de saúde daquele ambiente. Vimos que também esse dispositivo é centro de referência ao atendimento LGBT, embora seja um grupo bastante desarticulado.

Vimos o funcionamento local e como estão divididas as salas e os respectivos profissionais que atuam naquele local. Ao lado temos o SAE (serviço de atendimento especializado), que faz o tratamento dos diagnosticados com patologias no CTA.

A tarde, tivemos dinâmica corporal e de reprodução vocal, como também, simulamos uma máquina do SUS. Essa máquina serviu para de fato analisarmos a necessidade de todos lutarem por uma saúde melhor e de qualidade, prevista em constituição. E que se uma das peças param de funcionar, pode interferir na unidade do grupo. QUE TIPO DE SAÚDE NÓS TEMOS? RETIRAR O SUS E COLOCAR PLANOS DE SAÚDE POPULARES PARA INJETAR DINHEIRO NAS REPARTIÇÕES PRIVADAS É A SOLUÇÃO? Posteriormente, discutimos sobre atenção básica, seguindo comas redes de saúde. Enfatizamos: rede cegonha, rede toda hora, rede viver sem limites, rede RAB’s e rede de doenças crônicas.

Ao anoitecer, tivemos uma encenação sobre as organizações sociais.

6º Dia

EIXO: Visita à redes psicossociais

“TEMOS MEDO DE NOSSA PRÓPRIA SANIDADE”

Conhecemos o CAPSi, e fomos direcionados a alguns questionamentos que me deixaram bastante reflexivo, dentre eles: a saúde mental tem que sair do armário; temos medo de nossa própria sanidade; o sucateamento do SUS para depois privatizar, necessidade de humanizar os serviços de saúde e a preocupação com a falta de educação ligada a saúde mental.

No período da tarde, tivemos uma encenação reflexiva sobre o paciente com transtorno mental. Tivemos relatos de pacientes que sofrerão algum tipo de internamento em hospitais psiquiátricos e a diferença do atendimento em um CAPS.

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7º Dia

EIXO: Conhecendo uma das unidades do MAB

“NADA CALARÁ A BOCA DAQUELES QUE

LUTAM PELA TERRA”

Viajamos até o interior de Sento Sé- BA, para de fato vivermos o semiárido, a falta de água, a seca, a falta de investimentos por parte das repartições públicas. Ao descer do ônibus, fui impactado com aquela realidade, algo distante de meu ar condicionado, minha água encanada, acesso à internet, celular com área entre outras comodidades que minha vida proporciona.

“O calor foi a pior coisa para lidar naquele momento”. Tive vontade de gritar, correr, ir embora, desistir. E jamais parando para refletir, se é possível viver com a seca, ou fugir dela. Deitar e não ter um ar condicionado u um ventilador, jamais passou em minha cabeça, até vivenciar aquilo. Acordei sufocado com o calor, e pensei: poxa, não damos valor devido ao que temos.

“CONHECIMENTO PARA QUÊ E PARA QUEM?”

Tivemos uma plenária em que, conhecemos a via campesina. A luta pela terra e o seu contexto me fascinou, pensar que muitas pessoas derramaram seu sangue, perderam suas famílias, seu lugar de origem em prol da luta coletiva. Fomos contemplados em conhecer os movimentos ligados a luta pela terra, um mais fantástico que o outro. O que mais me deixou apaixonado, foi o MAB (movimento de atingidos por barragem, em especial por ter conhecido CECEGA, uma companheira de militância e de quarto, pessoa maravilhosa, sorridente, espetacular que levarei para sempre em meu coração), indico quem nunca ouviu falar do MAB procure conhecer, é algo fantástico. Discutimos ainda sobre o modelo energético brasileiro, nossa potencialidade de investir em energias renováveis.

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8º Dia

“PÁTRIA LIVRE, VENCEREMOS”

Acordamos bastante cedo, tomamos café e fomos conhecer a comunidade local, suas dificuldades, e também o mais importante: os meios usados para conviver com a seca. Depois disso, fomos até um espaço aberto, em contato pleno com a natureza, onde pudemos desvendar quem seriam nossos anjos (anjos seriam pessoas selecionadas por sorteio, que teríamos que cuidar durante a vivência), foi um momento de descontração e alegria para todos. Finalmente, chegou a hora dos agradecimentos e dos abraços. Caraca, nunca pensei que seria tão doloroso. Abraçar pessoas que talvez nunca mais verei na vida, pessoas que moram longe, pessoas que criei vinculo de amor e amizade. Manteiga derretida que sou, me derramei em lágrimas, abracei, e pude entrar em sintonia com aquelas pessoas maravilhosas.

Logo após fomos tirar umas fotos, registrando momentos, lugares e pessoas. Depois voltamos para tomar café, tivemos mais uma plenária. Chegou a hora de arrumar as malas, a saudade batendo na porta, o sentimento de tristeza e de alegria.

No ônibus, veio a pior parte daquela vivência. Dar adeus a duas grandes amigas que moram longe de mim. Como estávamos em cadeiras diferentes, corri e fui abraça-las, me derramei por minutos, naquele momento me sentia a pessoa mais frágil e impotente.

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nem quero entregar meu SUS de bandeja, não quero ser o alienado da graduação. É HORA DE LUTAR, MILITAR, DEMANDAR!

As mulheres, os integrantes LGBT, o MAB, o MST, o levante popular, o SUS precisa de mim e de você. VAMOS A LUTA COMPANHEIROS!!!

ATENCIOSAMENTE, FORA TEMER.

Referências

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