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A avaliação da qualidade de vida em idosos submetidos à artroplastia total de joelho devido osteoartos

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Academic year: 2017

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Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa

Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia

A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS

SUBMETIDOS À ARTROPLASTIA TOTAL DE JOELHO DEVIDO

OSTEOARTROSE.

Brasília - DF

2015

(2)

LEILA CRISTINA LIMA DE FREITAS

A AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS SUBMETIDOS À ARTROPLASTIA TOTAL DE JOELHO DEVIDO OSTEOARTOSE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, para obtenção do Título de Mestre em Gerontologia.

Orientadora: Profa. Dra. Maria Liz Cunha de Oliveira

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7,5cm

Ficha elaborada pela Biblioteca Pós-Graduação da UCB

F866a Freitas, Leila Cristina Lima de.

A avaliação da qualidade de vida em idosos submetidos à artroplastia total de joelho devido osteoartose. / Leila Cristina Lima de Freitas – 2015.

54 f.; il.: 30 cm

Dissertação (Mestrado) – Universidade Católica de Brasília, 2015. Orientação: Profa. Dra. Maria Liz Cunha de Oliveira

1. Gerontologia. 2. Idosos. 3. Osteoartrose. 4. Artroplastia total. 5. Qualidade de Vida. I. Oliveira,Maria Liz Cunha de, orient. II. Título.

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Dissertação de autoria de Leila Cristina Lima de Freitas, intitulada “AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS SUBMETIDOS À ARTROPLASTIA TOTAL

DE JOELHO DEVIDO OSTEOARTROSE”, apresentada como requisito para obtenção do grau de mestre no Programa de Gerontologia da Universidade Católica de Brasília, em 12 de março de 2015, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

_________________________________________________________ Profa. Dra. Maria Liz Cunha de Oliveira

Orientadora

Programa de Gerontologia - UCB

_________________________________________________________ Profa. Dra. Gislane Ferreira de Melo

Programa de Gerontologia - UCB

________________________________________________________ Profa. Dra. Alessandra da Rocha Arrais

Mestrado Profissional e, Ciências para a Saúde – FEPECS

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Dedico este trabalho a minha família, em especial a minha mãe, pelo apoio intermitente sempre com muito amor em toda minha trajetória e opções.

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AGRADECIMENTO

A Deus, por me permitir ir tão longe, e por me conduzir de forma tão sublime me mostrando que não importa a dificuldade, o final sempre dá certo.

À minha família, em especial minha mãe, mulher forte e guerreira que me faz crer que existe um lado melhor em cada situação vivida.

A tia Vânia por ser uma mãe e se fazer presente em todos os momentos sempre apoiando e torcendo por mim.

Aos meus irmãos, Ana Cláudia e Luiz Eduardo, meu cunhado Francicarlos e minha sobrinha Mariana por serem tão presentes e pelo apoio constante capaz de tornar qualquer momento difícil em um aprendizado.

Ao meu marido Ramon, por me apoiar em todas as minhas decisões e aguentar todos os meus medos e receios, sempre disposto a me ouvir e me aconselhar sabiamente. Além é claro da

minha “nova família carioca”, Rosana, Luiz Otávio, Rebeca, Rômulo e todas as tias, que me acolheram com cuidado único fazendo que me sentisse da família, torcendo por minha vitória.

Ao meu filho Arthur, que me mostrou uma fé inabalável que eu desconhecia ter, que me

ensinou a ser paciente a respeitar “o momento dele” e a aprender a torcer por pequenos acontecimentos, ainda na UTIN, como se fossem grandes vitórias. Meu filho, muito obrigada por você não desistir de mim, porque hoje sei o que é o verdadeiro amor graças a você.

Aos amigos, em especial a Isabella e a Marcela, pelas palavras e gestos que me incentivaram a seguir em frente e não desistir.

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A minha orientadora, a Profa. Dra. Maria Liz Cunha, pela disponibilidade e na elaboração deste trabalho.

Ao Dr. Paulo Lobo, Dr. Denys Aragão e Dr. Alexandre Firmino, pela confiança, pelos anos de parceria e por acreditarem em minha capacidade profissional confiando a mim seus pacientes, fica aqui o meu sincero agradecimento.

Ao Prof. Dr. Gustavo Azevedo Carvalho, pela disponibilidade e ajuda no início de meu trajeto e por sua compreensão e respeito as minhas decisões, meu muito obrigada!

À Prof. Dra. Gislane Melo, por se mostrar uma verdadeira mestra sempre com palavras de incentivo e ensinando de forma doce e meiga, deixando de ser “apenas uma professora” e se

tornando uma amiga admirável.

Ao Secretário do Curso de Gerontologia Alisson Allan, pelo carinho, atenção, paciência e amizade durante essa jornada.

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Somos do tamanho de nossos sonhos”.

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RESUMO

FREITAS, Leila Cristina. A Avaliação da Qualidade de Vida em idosos submetidos a artroplastia total de joelho devido osteoartrose. 53 folhas. Programa de Strictu Sensu em Gerontologia. Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2015.

Introdução: A osteoartrose é a doença articular e reumática mais prevalente entre indivíduos com mais de 65 anos de idade caracterizada pelo desgaste e aumento da rigidez articular, algumas microfraturas, cistos e esclerose no osso subcondral, com formação de osteófitos nas bordas articulares, provocando dores intensas. O objetivo deste estudo foi avaliar se a cirurgia de artroplastia total de joelho influencia na qualidade de vida dos pacientes. Método: Foram avaliados 84 idosos de uma clinica particular em Brasília, submetidos a artroplastia total de joelho devido osteoartrose. A amostra respondeu aos questionários: sociodemográfico, WOMAC para avaliar qualidade de vida, Índice de Barthel para verificar independência funcional e a escala visual de dor para quantificar a dor. Resultados: A amostra do estudo foi de 49 mulheres e 35 homens com média de idade 78,4 ± 6,4 anos com tempo de cirurgia variando de 6,4 ± 4,1 anos. Os resultados demonstraram não existir diferenças significativas com relação ao sexo e a idade quando se trata de dores pré e pós cirurgia e a qualidade de vida destes idosos apresentou melhora significativa após a intervenção cirúrgica, independente da idade. Existe uma relação negativa entre a dor e a satisfação pós operatória, assim como uma relação negativa entre as dores e as atividades de vida diária, ou seja, quanto menor a dor maior a satisfação pós cirúrgica e mais precoce o retorno as atividades de vida diária. Conclui-se que a cirurgia total de joelho melhora a qualidade de vida dos idosos e esta melhora independe do sexo, da idade e do tempo de cirurgia.

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ABSTRACT

Osteoarthritis is a joint disease and rheumatoid most prevalent among people over 65 years of age , characterized by wear and increased joint stiffness few microfractures in subchondral cysts and bone sclerosis , osteophyte formation with edges of the joint , which causes pain intense. The objective of this study was to evaluate whether total knee arthroplasty surgery influences the quality of life of patients. For both attended the 84 idosos sample aged media 78,4 ± 6,4 anos with surgery time ranging from 6.4 ± 4.1 years. The results demonstrated no significant differences with regard to gender and age when it comes to pre and post-surgery pain and the quality of life of elderly showed significant improvement after surgery, regardless of age. There is a negative relationship between pain and postoperative satisfaction as well as a negative relationship between pain and activities of daily life. It follows that the total knee surgery improves quality of life of older people and that this improvement is independent of sex, age and time of surgery.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Figura 1: Modelo de qualidade de vida na velhice.

Figura 2 – Figura da articulação do joelho com osteoartrose.

Figura 3 – Imagem radiológica do joelho com osteófitos.

Figura 4 – Articulação do joelho com artrose.

Figura 5 – Deformidade em valgo devido OA em joelho.

Figura 6 – Radiografia do joelho afetado com OA.

Figura 7 – Artrose Unicompartimental de joelho.

Figura 8 – Artroplastia parcial do joelho.

Figura 9 – Artroplastia total do joelho.

Figura 10 – Prótese total de joelho.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Comparação da composição corporal entre homens e mulheres idosos.

Tabela 2 – Comparação da Escala Analógica Visual da Dor -EAVD no período pré e pós operatório.

Tabela 3 –Avaliação da AVD’s pré e pós-operatória pelo Índice de Barthel.

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LISTA DE ABREVIATURAS

ADM – Amplitude de Movimento.

ATJ – Artroplastia total de joelho.

AVDs – Atividades de Vida Diárias

EAVD- Escala Analógica Visual da Dor

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMC – Índice de Massa Corporal

MEEM - Mini Exame do Estado Mental

OA – Osteoartrose

QV – Qualidade de Vida

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UCB – Universidade Católica de Brasília

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...12

2 REFERENCIAL TEÓRICO ...15

2.1ENVELHECIMENTOEQUALIDADEDEVIDA...15

2.2OSTEOATRITEEOSTEOARTROSE...19

2.3ARTROPLASTIATOTALDEJOELHO(ATJ)...25

3 OBJETIVOS ...29

3.1OBJETIVOGERAL...29

3.2OBJETIVOESPECÍFICO...28

4 ARTIGO “Avaliação da qualidade de vida de idosos submetidos a artroplastia total de joelho devido a osteoartrose” ...30

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS DA DISSERTAÇÃO...40

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...41

7 APÊNDICE A ...46

8 APÊNDICE B ...47

9 ANEXO A ...48

10 ANEXO B ...49

11 ANEXO C ...52

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1 INTRODUÇÃO

O envelhecimento mundial da população é um fato que tem sido constatado nas últimas décadas. Atualmente, segundo o IBGE (2012) existem mais de 23,5 milhões de idosos no Brasil, correspondendo a 12,1% da população. Acredita-se que em 2050 esse valor quase triplique ultrapassando 64 milhões, o que representará 29,7% da população. Além desse crescimento importante, acredita-se que a expectativa de vida que hoje já ultrapassa os 73 anos, atinja 81 anos em 2050 mas a maior parte dos idosos irão apresentar doenças crônicas e algumas com limitações funcionais.

A velhice é uma etapa de vida, como outra qualquer, que se caracteriza por mudanças psicológicas, físicas e morfológicas. Já o envelhecer, ou envelhecimento é um processo natural dinâmico, progressivo e irreversível (FALCADE et al., 2011). Este é um processo biopsicossocial acompanhado por alterações consideradas em certos momentos positivas e em outras negativas. Dentre estas alterações, o sistema osteomioarticular é um dos mais afetados nesse processo, uma vez que se observa uma diminuição acentuada da massa muscular (sarcopenia), bem como da capacidade de produção de força muscular e consequentemente um aumento da sobrecarga articular e o aparecimento de algumas doenças relacionadas a essas perdas, tais como: osteoartrose, osteoartrite, osteopenia, osteoporose dentre outras (ARDEN; COOPER, 2008).

A osteoartrose (OA), também conhecida como artrose ou osteoartrite é a doença articular e reumática mais prevalente entre indivíduos com mais de 65 anos de idade (SILVEIRA, 2011). Caracteriza-se como uma doença articular crônica degenerativa, pois há um desgaste e aumento da rigidez articular, algumas microfraturas, cistos e esclerose no osso subcondral, com formação de osteófitos nas bordas articulares, o que provoca dores intensas (FARIAS, 2011).

Esta doença pode afetar qualquer articulação, porém, o joelho é uma das mais afetadas, isso talvez por realizar boa parte da sustentação de peso corporal. Como o joelho é uma articulação relativamente difícil de realizar repouso, sua sintomatologia, como dor e edema, pode gerar uma incapacidade e morbidade importante chegando a afetar cerca de 17% dos indivíduos com idade entre 65 e 74 anos (SANTOS, 2011).

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osteoartrite do joelho e que a população idosa feminina tem um risco maior de desenvolvê-la devido fatores hormonais e anatomicos, como o aumento do ângulo Q (RICCI, 2006; BLAGOJEVIC et al., 2010; SANTOS, 2011).

Os idosos que são afetados costumam apresentar perda de força muscular no quadríceps, isquiotibiais e tríceps sural, dificultando a movimentação, transferência e de mudança de decúbito em atividades funcionais e cotidianas, além de relatarem uma dor intensa e limitante (LAWRENCE, 2008).

Alguns pesquisadores relatam que esta dor torna-se crônica e é um dos problemas mais importantes, uma vez que dificulta de forma considerável a autonomia deste idoso no desempenho de suas funções diárias e atividade de vida diária (AVDs) e afeta diferentes dimensões tais como: funcionais, sociais, culturais, diminuindo assim os níveis de qualidade de vida (QV) (SANTOS et al., 2011; CUNHA, 2011). A dor que o paciente sente na OA, associada à rigidez articular, deformidade e perda de função articular é tanta que representa um forte impacto socioeconômico, devido afastamento laborais e até mesmo a aposentadoria precoce, tendo como consequências a morbidade e incapacidade (BONFANTE et al., 2008).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a QV é definida como “percepção

do indivíduo sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de cultura e valores

nos quais está inserido e em relação aos seus objetivos, expetativas, padrões e preocupações”

(WHOQOL-Group, 1998). Para Ferrans e Powers (1992) este construto está relacionado com a sensação de bem-estar pessoal que provem da satisfação ou insatisfação com áreas da vida cotidianas que são importantes para essa pessoa. Canavarro et al. (2006) e Fleck (2006) afirmam que a QV é multidimensional e engloba os domínios físico, psicológico, social, nível de independência, ambiente e espiritualidade.

Apesar dos diferentes conceitos percebe-se que em todos eles prevalecem os fatores de multidisciplinariedade e a multidimensionalidade. Porém, segundo Miranda (2012) deve-se levar em consideração que há componentes objetivos (funcionalidade, competência cognitiva e interação com o meio) e subjetivos (sentimentos de satisfação e percepção sobre a sua saúde), em que se situam o ponto de concordância.

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Das técnicas citadas a artroplastia total de joelho (ATJ) é a de maior porte e com maior tempo para reabilitação, porém, ainda sim, é a cirurgia que proporciona uma estabilidade e mobilidade do joelho e alivio da dor. Assim, investigar o número de idosos submetidos à esta cirurgia, na busca de avaliar a qualidade de vida destes nos momentos pré e pós cirurgia torna-se uma necessidade para a comunidade médica e fisioterápica.

Esse estudo tem as seguintes hipóteses: 1) A Qualidade de Vida dos idosos que foram submetidos a ATJ será afetada de forma positiva 2) Quanto maior os anos de pós operatório, melhor será a aceitação da cirurgia bem como a satisfação pós cirúrgica e menor será a dor e o desconforto sentido pelos idosos.

O presente estudo foi realizado em uma amostra de uma clínica de fisioterapia em Brasília, onde o pesquisador teve total acesso aos prontuários e contatos dos idosos e partiu da vivencia clinica do mesmo baseado nos relatos diários dos idosos com OA sobre o quão a dor e a rigidez era limitante e como a cirurgia pôde afetar a vida dos idosos envolvidos.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ENVELHECIMENTO E QUALIDADE DE VIDA (QV)

Neri (2001) afirma que na visão da biologia, o envelhecimento inicia-se após a maturação sexual e acontece de diferentes formas e ritmos refletindo resultados em todas as partes do organismo. Esses resultados interagem e causam a diminuição gradual da probabilidade de sobrevivência.

O envelhecimento traz com ele mudanças estruturais, psicológicas e físicas, dentre as físicas podemos relatar a diminuição do tônus muscular, da reação de equilíbrio, da velocidade e cadência de marcha e redução de mobilidade. Além disso, quadros de dores crônicas acabam por influenciar negativamente na Qualidade de Vida (QV) dos idosos, isso porque, a dor é limitante, causam dependência física tirando muitas vezes das pessoas idosas o que lhes restou de autonomia e independência (CUNHA, 2011).

A qualidade de vida depende de uma inter-relação de diferentes fatores, mas pode ser definida como o nível de satisfação com a vida na ótica da pessoa. Seu conceito pode variar de acordo com o autor, mas existe um consenso que a mesma deve levar em consideração o bem estar pessoal, capacidade funcional, nível socioeconômico, autoestima, estado emocional e independência funcional, hábitos de vida, atividade física, dieta, a percepção de bem-estar, condições físicas e ambientais, percepção subjetiva de saúde, relacionamento familiar, amiza-des além dos aspectos espirituais e religiosos quando a QV for ser avaliada na perspectiva do sujeito (LAWTON, 1991; SILVA, 1999; NAHAS, 2001; NERI, 2001; PASCHOAL, 2004).

A QV pode ser afetada por diferentes fatores dentre os mais comuns estão: dores crônicas, depressão, incapacidade física e funcional, dependência, afastamento social, mudanças na sexualidade, alterações na dinâmica familiar, desequilíbrio econômico, desesperança entre outros. Na velhice, a QV é uma interação de fatores biológicos, físicos, psicológicos e sociais agregados à capacidade de autonomia e independência que o idoso desempenha no dia a dia. Podemos afirmar que a manutenção da autonomia do idoso é a boa QV e vice e versa (TRENTINI, 2004).

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masculino. A mesma pesquisa demonstrou que a capacidade funcional está proporcional à avaliação da QV (MUENZER, 2012).

Lawton (1991) sugeriu um modelo sobre a qualidade de vida na velhice englobando quatro dimensões conceituais o qual abrange como componentes da qualidade de vida a competência comportamental, as condições ambientais, a qualidade de vida percebida e o bem-estar subjetivo (Figura 1). Esse esquema contempla os domínios da qualidade de vida apresentados pelo grupo WHOQOL (2000), que são domínio físico, social, psicológico e ambiental.

Figura 1 - Modelo de qualidade de vida na velhice

Fonte: Lawton (1991)

Do modelo proposto por Lawton (1991), pretende-se abordar o domínio físico nesse trabalho, ou seja, a QV no que se diz respeito à funcionalidade física e da saúde, isso porque se acredita que a inatividade causada pela dor pode causar a perda da função motora e diminuir a QV em diferentes aspectos (PASSOS et al, 2008).

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2.2 OSTEOARTRITE E OSTEOARTROSE (OA)

Sendo uma das condições clínicas mais prevalente no sistema articular chegando a atingir 10% da população acima dos 60 anos, a osteoartrite (OA) também conhecida como osteoartrose ou, simplesmente, artrose, é a queixa musculoesquelética que tem crescido cada vez mais na população mundial devido aumento da expectativa de vida da população (ALVES, 2013).

A OA é uma doença articular degenerativa, estima-se que 4% da população brasileira apresentem OA, e dentre todas articulações, o joelho é mais acometida pela doença com formação de osteófitos marginais, evoluindo para alterações no osso subcondral e danos irreversíveis na estrutura intra articular. Estima-se que 37% dos casos diagnosticados da doença afetam o joelho (CAMANHO, 2011).

A osteoartrose caracteriza-se por ser uma doença reumática degenerativa que afeta as articulações causando uma deformação da mesma, além dos tecidos moles e osso periarticular. A doença pode apresentar zonas de fissuras, aumento da espessura óssea subcondral e osteófitos marginais (TAMEGUSHI et al; 2008), conforme figura 02.

Figura 02: Figura da articulação do joelho com osteoartrose.

Fonte:http://www.eorthopod.com/public/patient_education/6516/osteoarthritis_of_the_knee.html

Por apresentar inicialmente a degeneração da cartilagem articular e posteriormente o osso subcondral, a OA é uma doença degenerativa crônica e tem como sinais e sintomas mais comuns: dor, edema, crepitação, rigidez à movimentação e limitação funcional progressiva (GARRIDO, 2011).

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porém, à medida que a doença agrava os sintomas surgem aos mínimos esforços e até mesmo no repouso (BRANDT, 2008).

Com a causa desconhecida à doença tenta ser explicada como uma insuficiência cartilaginosa decorrente de fatores mecânicos, genéticos e não genéticos, os quais acarretam uma degradação do tecido cartilaginoso com a consequente remodelação óssea e algum grau de inflamação sinovial (SEDA, 2008).

Alguns autores correlacionam fatores, tais como envelhecimento, obesidade, lesões ou cirurgias articulares prévias, esforço ocupacional ou recreacional cumulativo, mau alinhamento articular e fraqueza muscular predispõem ao aparecimento da OA (WIBELINGER 2009; BATISTA, 2011; THOMAS, 2012).

Anatomicamente a cartilagem articular é capaz de suportar e distribuir as forças a ela atribuídas, devido sua superfície lisa e lubrificada, tal lubrificação é feita para que ao movimentar-se as extremidades ósseas deslizem facilmente. Esta propriedade resulta da natureza e composição da sua matriz extracelular, composta majoritariamente por fibrilas de colágeno do tipo II que são responsáveis pela resistência e força tênsil e por grandes agregados de proteoglicanos e ácido hialurônico que se encontram embebidos na rede colágena e que conferem à cartilagem a deformabilidade e elasticidade que lhe são características.

Na OA a cartilagem que normalmente é branca, translúcida e lisa torna-se amarela e opaca. Na patologia certas zonas da cartilagem degeneram, e a superfície torna-se rugosa, desgastada com algumas fendas, isto acontece por digestão da cartilagem por enzimas e pela alteração da nutrição da cartilagem.

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Figura 03 - Imagem radiológica do joelho com osteófitos

Fonte: http://www.milton.com.br/esporte/casos/caso_123.htm Acesso em 17 de fevereiro de 2014.

Na OA a morfologia articular perde sua homogeneidade e rompe-se devido fibrilação, fissuras e ulcerações, em estágios mais avançados não resta nenhuma cartilagem e áreas de osso subcondral ficam expostas, figura 04 (MOSKOWITZ, 1973; MUIR, 1977).

Figura 04 - Articulação do joelho com artrose.

Fonte: http://www.semiologiaortopedica.com.br/2012/10/problemas-da-cartilagem-articular-do.html Acesso em 17 de fevereiro de 2014

A OA pode afetar toda e qualquer articulação, porém, de acordo com

Ricci

et al (2005) a forma mais comum da doença é no joelho acometendo cerca de 25% a 40% da população acima de 65 anos de idade, seguida pela articulação do quadril, tal fato ocorre devido as articulações citadas serem responsáveis pela sustentação e distribuição do peso corporal.

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Com a perda da morfologia articular a articulação pode sofrer alterações anatômicas, como as deformidades em valgo ou varo, causam também mudanças biomecânicas no individuo, isso porque para sustentar seu peso a musculatura estabilizadora do joelho necessitará de uma modificação de forças causando uma maior vantagem para o grupo muscular, à medida que os ligamentos tornam-se frouxos de um lado e tensos do outro, ver figura 05.

Figura 05 - Deformidade em valgo devido OA em joelho

Fonte: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-36162009000400011- Acesso em 18 de fevereiro de 2014.

A avaliação clinica de um joelho divide-se em exame físico onde anota-se e observa-se dados pessoais, historia da moléstia atual e passada, palpação, dor, reflexos, perimetria muscular, avaliação do edema articular e testes específicos. E avaliação de imagens radiológicas tais como, Raios-X, ressonância nuclear magnética dentre outros, e exames laboratoriais.

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Figura 06 - Radiografia do joelho afetado com OA

Fonte: Bortolouzzi (2008)

Baseado no estudo radiológico a OA do joelho pode ainda ser avaliada pela quantidade de região afetada e ser classificada como unicompartimental, bicompartimental ou tricompartimental (ACKROYD et al., 2003). (Ver Figura 07)

Figura 07 - Artrose Unicompartimental de joelho

Fonte: http://www.grupocirurgiadejoelho.com.br/do/Joelho/83 acesso em 30 de janeiro de 2014.

O exame físico pode detectar sinais inflamatórios, tais como edema, calor, rubor; atrofia do quadríceps; dor a palpação das interlinhas articulares e à mobilização da patela; e limitação da mobilidade articular. A limitação da extensão do joelho e a bilateralidade do processo são causas significativas de incapacidade. De acordo com um estudo da OMS a doença é 8ª causa de incapacidade entre os homens e a 4ª entre as mulheres no mundo (LAWRENCE, 2008).

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muscular magra, encurtamento muscular global, contratura de músculo e capsulas articulares e perda de Amplitude De Movimento (ADM) causando disfunção articular. Tais sinais e sintomas culminam na redução da qualidade de vida.

Apesar da evolução medicamentosa, com a evolução dos condroprotetores, analgésicos e antiinflmatórios mais potentes e menos agressivos ao outros sistemas e a evolução de técnicas fisioterapêuticas, com aparelhos mais potentes e específicos para o tratamento da inflamação e para alívio dos sinais e sintomas, alguns pacientes não respondem ao tratamento conservador e sofrem com o quadro álgico e as limitações diárias da incapacidade funcional imposta. Para esses indivíduos as técnicas cirúrgicas são indicadas após uma avaliação criteriosa médica (DETTERLINE, 2005; ROSNECK, 2007).

Dentre as técnicas cirúrgicas mais comuns para o tratamento da OA de joelho estão desbridamento artroscópico, osteotomia valgizante de joelho, artroplastia total e parcial de joelho. No desbridamento artroscópico é indicado para correção parcial de lesões, retirada de corpos livres intra articular e retirada de restos celulares e enzimas inflamatórias e deve incluir a ressecção de toda cartilagem considerada instável ou que esteja calcificada (MAGHERITINI, 1999).

A osteotomia valgizante do joelho tem uma indicação clínica quando ocorre um desalinhamento em varo da perna associado com artrose do compartimento medial do joelho causando sobrecarga mecânica do compartimento medial. A principal vantagem da osteotomia é a possibilidade de adiar ou cancelar a colocação da prótese de joelho em até 10 ou 20 anos (MAGYAR, 1999).

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Figura 08 - Artroplastia parcial do joelho

Fonte:

http://www.grupocirurgiadejoelho.com.br/do/Joelh o/83

Figura 09 - Artroplastia total do joelho

Fonte:

http://www.grupocirurgiadejoelho.com.br/do/Joelh o/83

2.3 ARTROPLASTIA TOTAL DE JOELHO (ATJ)

Utilizada desde o princípio do século XX, a artroplastia de joelho tem sido indicada para tratamento de dores e instabilidade do joelho causadas por osteoartrose, artropatias, artrites infecciosas e para reconstruções após excisão tumoral. Em 1860, o cirurgião francês Aristide Verneuil, após ressecção da articulação têmporo-mandibular afirmou que a interposição de tecidos moles poderia impedir a anquilose (VERNEUIL, 1860).

O conceito de artroplastia dos tecidos moles do joelho se limitava a interposição de metal e das ‘dobradiças’ uniaxiais. Stevens (2003) descreve que foi no final dos anos 20 que

se começou a realizar as substituições articulares com o objetivo de diminuir a dor, melhorar a mobilidade articular e restaurar a função.

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Figura 10 - Prótese total de joelho

Fonte: Instituto Afonso Ferreira (2013)

Disponivel:http://www.iafortopedia.com.br/orientacoes-para-pacientes/joelho/artroplastia-total-de-joelho-perguntas-frequentes/

Apesar de ser uma cirurgia de grande porte e que vai causar grande incapacidade ao paciente, as ATJ primárias apresentam mais de 95% de resultados iniciais satisfatórios (ver Figura 11). Isso por proporcionar um membro indolor, estável e que permite a mobilidade. Além disso, é um procedimento com baixas taxas de falhas e necessidades de revisões (SOMAYA, 2008).

Figura 11 - Artroplastia total de joelho com 07 dias de pós operatório

Fonte: Autora (2013)

A melhora da função articular do joelho tem sido o principal foco do paciente na reabilitação de prótese em OA (VANDERLINDEN et al., 2007). Com o avanço dos materiais, modelos e técnicas cirúrgicas as próteses totais de joelhos permitem que o paciente mantenha uma atividade física sem colocar em risco a integridade física da prótese, desde que mantenha uma flexão média de 120º, ou seja, o paciente pode nadar, caminhar, praticar ioga, alongamentos, golfe ou andar de bicicleta.

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significativamente menor com um mês de pós-operatório, se comparada àquela pré-operatória, sendo assim é necessário um trabalho de isometria e ganho muscular assistido no pós operatório.

Um estudo comparou a percepção da capacidade funcional entre indivíduos que realizaram a cirurgia de ATJ há 01 ano e indivíduos saudáveis e constatou que houve de forma significativa uma percepção de capacidade funcional menor no grupo pós ATJ em comparação com o grupo controle o que ressalta a importância do objetivo deste trabalho de pesquisa (BASTIANI et al., 2012).

BOURNE (2010) afirma que apesar da ATJ obter uma melhora dos sintomas em até 82-90% dos pacientes. Porém a literatura relata existem intercorrências que podem ocorrer no pós operatório tais como, dor, infecção, mau posicionamento, não consolidação ou soltura da prótese, porém, essas falhas são pequenas afetando apenas entre 10 a 20% dos idosos submetidos a técnica citada (HOFMANN,2011).

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a qualidade de vida dos idosos com OA submetido à cirurgia de artroplastia total de joelho.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Avaliar a dor articular desses idosos pré e pós-cirurgia,

 Verificar o quanto a dor e a limitação articular são capazes de afetar as AVDs,

 Observar a se existe diferença da qualidade de vida por sexo, idade e por tempo de pós-cirúrgico,

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4 . Artigo Original

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS SUBMETIDOS À ARTROPLASTIA TOTAL DE JOELHO DEVIDO A OSTEOARTROSE

Será submetido a revista BJPT classificada no programa CAPES interdisciplinar e com Qualis B2.

Resumo

A osteoartrose é a doença articular e reumática mais prevalente entre indivíduos com mais de 65 anos de idade caracterizada pelo desgaste e aumento da rigidez articular, algumas microfraturas, cistos e esclerose no osso subcondral, com formação de osteófitos nas bordas articulares, o que provoca dores intensas. O objetivo deste estudo foi avaliar se a cirurgia de artroplastia total de joelho influencia na qualidade de vida dos pacientes. Para tanto participaram da amostra 84 idosos com média de idade 78,4 ± 6,4 anos com tempo de cirurgia variando de 6,4 ± 4,1 anos. Os resultados demonstraram não existir diferenças significativas com relação ao sexo e a idade quando se trata de dores pré e pós cirurgia e que a qualidade de vida destes idosos apresentou melhora significativa após a intervenção cirúrgica, independente da idade. Existe uma relação negativa entre a dor e a satisfação pós operatória, assim como uma relação negativa entre as dores e as atividades de vida diária. Conclui-se que a cirurgia total de joelho melhora a qualidade de vida dos idosos e que esta melhora independe do sexo, da idade e do tempo de cirurgia.

Palavras-Chave: Idosos, Osteoartrose, Artoplastia total, Qualidade de Vida.

Abstract

Osteoarthritis is a joint disease and rheumatoid most prevalent among people over 65 years of age , characterized by wear and increased joint stiffness few microfractures in subchondral cysts and bone sclerosis , osteophyte formation with edges of the joint , which causes pain intense. The objective of this study was to evaluate whether total knee arthroplasty surgery influences the quality of life of patients . For both attended the 84 idosos sample aged média78,4 ± 6,4 years with surgery time ranging from 6.47 ± 4.1 years . The results demonstrated no significant differences with regard to gender and age when it comes to pre and post surgery pain and the quality of life of elderly showed significant improvement after surgery, regardless of age. There is a negative relationship between pain and postoperative satisfaction as well as a negative relationship between pain and activities of daily life. It follows that the total knee surgery improves quality of life of older people and that this improvement is independent of sex, age and time of surgery.

Keywords :Elderly , Osteoarthritis , the total arthroplasty , Quality of Life. Introdução

O envelhecimento mundial da população é um fato que tem sido constatado nas últimas décadas. Atualmente, segundo o IBGE1 existe mais de 23,5 milhões de idosos no

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A velhice é uma etapa de vida, como outra qualquer, que se caracteriza por mudanças psicológicas, físicas e morfológicas. Já o envelhecer, ou envelhecimento é um processo natural dinâmico, progressivo e irreversível2. Este é um processo biopsicossocial acompanhado por alterações consideradas em certos momentos positivas e em outras negativas. Dentre estas alterações, o sistema osteomioarticular é um dos mais afetados nesse processo, uma vez que se observa uma diminuição acentuada da massa muscular (sarcopenia), bem como da capacidade de produção de força muscular e consequentemente um aumento da sobrecarga articular e o aparecimento de algumas doenças relacionadas a essas perdas, tais como: osteoartrose, osteoartrite, osteopenia, osteoporose dentre outras3.

A osteoartrose (OA), também conhecida como artrose ou osteoartrite é a doença articular e reumática mais prevalente entre indivíduos com mais de 65 anos de idade. Caracteriza-se uma doença articular crônica degenerativa, pois há um desgaste e aumento da rigidez articular, algumas micro fraturas, cistos e esclerose no osso subcondral, com formação de osteófitos nas bordas articulares, o que provoca dores intensas4.

Esta doença pode afetar qualquer articulação, porém, o joelho é uma das mais afetadas, isso talvez por realizar boa parte da sustentação de peso corporal. Como o joelho é uma articulação relativamente difícil de realizar repouso, sua sintomatologia, como dor e edema podem gerar uma incapacidade e morbidade importante chegando a afetar cerca de 17% dos indivíduos com idade entre 65 e 74 anos5.

Apesar de ter uma causa desconhecida, a osteoartrose é uma doença multifatorial que sofre influências de fatores constitucionais tais como: sexo, idade, fatores genéticos e biomecânicos (excesso de peso, fraqueza, muscular, lesão articular). Estudos demonstram que o envelhecimento é o principal fator de risco para a osteoartrite do joelho e que a população idosa feminina tem um risco maior de desenvolvê-la6.

Os idosos que são afetados costumam apresentar perda de força muscular no quadríceps, isquiotibiais e tríceps sural, dificultando a movimentação, transferência e de mudança de decúbito em atividades funcionais e cotidianas, além de relatarem uma dor intensa e limitante7.

Alguns pesquisadores relatam que esta dor torna-se crônica e é um dos problemas mais importantes, uma vez que dificulta de forma considerável a autonomia deste idoso no desempenho de suas funções diárias e AVDs e afeta diferentes dimensões tais como: funcionais, sociais, culturais, diminuindo assim os níveis de qualidade de vida (QV)5. A dor que o paciente sente na OA, associada à rigidez articular, deformidade e perda de função articular é tanta que representa um forte impacto socioeconômico tendo como consequências a morbidade e incapacidade8.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a QV é definida como “percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”9. A QV é multidimensional e engloba os domínios físico, psicológico, social, nível de independência, ambiente e espiritualidade10.

Apesar dos diferentes conceitos percebe-se que em todos eles prevalecem os fatores de multidisciplinaridade e a multidimensionalidade. Porém, deve-se levar em consideração que há componentes objetivos (funcionalidade, competência cognitiva e interação com o meio) e subjetivos (sentimentos de satisfação e percepção sobre a sua saúde), em que se situam o ponto de concordância11.

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artroscopia, Shaving e desbridamento artroscópico, osteotomia valgizante de joelho, artroplastia parcial e artroplastia total de joelho (ATJ)12.

Das técnicas citadas a ATJ é a de maior porte e com maior tempo para reabilitação, porém ainda sim é a cirurgia que proporciona uma estabilidade e mobilidade do joelho e alivio da dor. Assim, considerando a influência de variáveis, clínicas e funcionais sobre a QV e, ainda, a escassez de estudos que investigam os resultados dessa cirurgia altamente invasiva, mas de eficácia comprovada entre os idosos, o presente estudo teve como objetivos avaliar a QV de idosos e os níveis de dores no pré e pós cirúrgico da ATJ.

MATERIAIS E MÉTODO

Tipo de estudo

Este é um estudo transversal descritivo, quantitativo e ex-post-facto, retrospectivo. Local do estudo: Clinica de Fisioterapia particular localizada em Brasília-DF.

Período de coleta dos dados: O período de coleta dos dados de fevereiro a abril de 2014.

Amostra

A amostra foi de conveniência realizada no local de trabalho da pesquisadora, após a verificação de todos os prontuários da área de fisioterapia e incluídos na pesquisa apenas os que se enquadravam nos critérios de inclusão a amostra foi de 84 idosos sendo 49 mulheres e 35 homens.

Os critérios de inclusão foram: Ser idoso (60 anos ou mais) com diagnóstico de osteoartrose primária, residentes em Brasília-DF, de ambos os sexos, que apresentassem marcha independente, independência nas AVDs, cognição preservada e que foram submetidos à artroplastia total de joelho primária tendo sido submetidos ao processo operatório no período de 2004 a 2013. Estes pacientes deveriam apresentar no mínimo 01 (um) ano de cirurgia e no máximo 10 (dez) anos da colocação da prótese articular, isso porque, o período mínimo de 01 ano visa excluir desconfortos do pós operatório imediato, assim como o uso de medicação para dor e os recursos do tratamento fisioterapêutico.

Foram excluídas da pesquisa as artroplastias realizadas em pacientes com menos de 01 (um) ano de cirurgia ou mais de uma década, ou pacientes que apresentassem qualquer outro tipo de doença articular, óssea ou muscular ou outro tipo de doença reumática já diagnosticada na articulação do joelho; disfunção cognitiva grave devido ser um estudo retrospectivo.

Como critério de exclusão foram desconsiderados os prontuários que estivessem incompletos e idosos que apresentem diagnóstico de demência e declínio da memória e de outras funções cognitivas, pois como o idoso tinha que se recordar dos sintomas e sinais no pré operatório e comparar com os atuais era necessário que o cognitivo do mesmo estivesse preservado. Para isso foi aplicado o Mini Exame do Estado Mental (MEEM) – ANEXO A. Instrumentos de Coleta de Dados

Foi elaborada pela própria pesquisadora uma anamnese contendo itens como nome, endereço, telefone, data de nascimento, data da cirurgia, membro operado, sexo, cor, escolaridade/profissão, estado civil, medicamentos e patologias associadas, médico responsável, prática de atividade física, qual atividade e periodicidade da prática, além de exames de imagem, dados antropométricos como massa corporal (em Kg) e estatura (em cm). Além disso elaborou-se uma questão em que o indivíduo deveria dar uma nota de 0 a 10 com relação ao seu grau de satisfação de ter realizado a cirurgia (APENDICE A).

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questionário WOMAC foi aceito como especifico para a doença e compreende 24 questões sendo: 05 avaliando dor, 02 rigidez articular e 17 atividade física, todas especificas para a avaliação dos indivíduos com osteoartrite de joelho. Sua pontuação máxima é de 96 pontos e cada questão possui quatro alternativas que variam de 0 (nenhuma) a 4 pontos (extrema). Os resultados são descritos em valores que variam entre 0 (melhor condição) a 96 (pior condição)

13. FERNANDES traduziu e validou para o português, o WOMAC tem sido em instrumento

útil na avaliação da QV de indivíduos com OA, apresentando facilidade na compreensão por parte do leitor14.

Para a avaliação das Atividades da Vida Diária (AVDs) foi utilizado o índice de Barthel Modificado (ANEXO C). Esse índice mensura a independência funcional no cuidado pessoal, locomoção, mobilidade e eliminação intestinal. Cada item é pontuado de acordo com a capacidade da realização das tarefas de modo independente, com alguma ajuda ou dependente. A pontuação varia de 0 a 100, em intervalos de cinco pontos, e as pontuações mais elevadas indicam maior independência. Foi utilizada a versão que avaliou a independência funcional em dez tarefas: alimentação, banho, vestuário, higiene pessoal, eliminações intestinais, eliminações vesicais, uso do vaso sanitário, passagem cadeira-cama, deambulação e escadas15.

Para avaliação da dor foi aplicada a Escala Analógica Visual da Dor (EAVD) (ANEXO D). A escala citada usa uma linha reta com numerais 0 e 10 nas extremidades, representando respectivamente, a ausência de dor e uma dor insuportável. O paciente tem que pontuar a intensidade de sua dor no momento. Como a dor é subjetiva, em alguns pacientes podem pontuar sua dor como 10, ou seja, insuportável e outro classificá-la como 06, por exemplo16.

Apesar destas limitações, a EAVD apresenta diversas vantagens como: boa correlação com outros meios de avaliação da dor; ser considerada fácil de entender pela maioria dos pacientes; ter adequada sensibilidade para avaliar a resposta do paciente ao tratamento. Procedimentos de Coleta de Dados

Após a seleção dos prontuários de pacientes que tinham realizado a cirurgia para colocação de prótese de joelho e se enquadravam no critério de inclusão, iniciou-se os contatos telefônicos, neste contato, era explicado o objetivo da pesquisa e o convite para participação era feito ao idoso (a).

Para os pacientes que se interessaram em participar da pesquisa, foram agendados horários de consulta individual. No dia da consulta do idoso era perguntado se gostaria de participar da pesquisa e novamente explicado o objetivo da mesma e se o idoso concordasse era dado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para assinatura

Após a assinatura do termo, iniciava-se a reavaliação da cirurgia, seguido de uma anamnese e aplicação dos testes acima relacionados, todos realizados em uma só sessão.

As avaliações ocorreram de segunda à sexta feira nos períodos matutinos e vespertinos e foram realizadas sempre pela mesma examinadora com horário previamente agendado. Tiveram a duração média de uma hora por idoso (a).

Análise de Dados

Para analisar os dados descritivos da amostra foram realizadas médias, desvios e frequências. Para avaliação da normalidade dos dados por grupo foi feito o teste de Kolmogorov-Smirnov. Para as análises inferenciais foram utilizados teste t pareado, ANOVAs One Way e Split-Plot (medidas repetidas), correlação de Pearson e teste de Qui-Quadrado.

O software utilizado para análise dos dados foi o SPSS-IBM 22.2 for Windows

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ASPECTOS ÉTICOS :

Projeto aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Católica de Brasília (UCB) sob o CAAE nº 24111314.0.0000.0029.

RESULTADOS

Da população inicial de 120 pacientes que preenchiam os critérios de inclusão no trabalho, 36 foram excluídos pelas seguintes razões: seis faleceram entre o período do atendimento fisioterapêutico do pós operatório e período da pesquisa, cinco mudaram-se para outro estado, quatro encontravam-se enfermos e não puderam comparecer a avaliação, onze não foram encontrados no endereço ou telefone de cadastro, sete não se interessaram em responder a pesquisa e três ultrapassavam o tempo de 10 anos de pós operatório.

Portanto, a amostra foi composta de 84 pacientes, sendo 49 (58,3%) do sexo feminino e 35 (41,7%) masculino. A idade da amostra variou de 62 a 97 anos, com média de 78,4 ± 6,4anos.

A maioria da amostra é casada (47,6%) seguida de viúvos (22,6%), 19,0% estavam separados ou divorciados na avaliação e apenas 10,7% estava solteiro. Em relação à cor 67,9% se consideravam brancos, 17,9% pardos e 14,3% negros.

Quando avaliado a satisfação após a cirurgia, homens e mulheres não apresentaram um resultado significativo (p= 0,10) quando comparados entre os sexos com médias 7,7 ± 1,2 e 7,2 ± 1,4 respectivamente.

Para avaliar se havia diferenças significativas entre homens e mulheres nas vaiáveis antropométricas realizou-se o teste t para amostras independentes. Observou-se haver diferenças significativas nas variáveis: estatura e a massa corporal, como pode ser observado na Tabela 01.

Tabela 1 – Comparação da composição corporal entre homens (n=35) e mulheres (n=49) idosos

Variável Homens Mulheres p

Massa corporal 92,3 +13,5 75,4+15,0 0,0001

Estatura 1,7+0,81 1,6+0,05 0,0001

IMC 29,6+4,2 29,0+4,8 0,517

Tempo de Cirurgia 5,5+2,4 5,0+2,0 0,386

Já para a avaliação da variável dor no período pré e pós operatório, o resultado foi significativo (p= 0,0001). Na comparação da dor entre homens e mulheres esta diferença não foi significativa, ou seja, homens e mulheres apresentaram uma redução na dor após a cirurgia Tabela 2.

Tabela 2- Comparação da Escala Analógica Visual da Dor -EAVD no período pré e pós operatório

Grupo Dor Pré operatória Dor pós operatória p

Homens (35) 9,2 + 0,7 6,2 + 1,1 0,56

Mulheres (49) 9,4 + 0,6 6,5 + 1,3

p= 0,0001

Para avaliar se o tempo de cirurgia influenciava na dor foi subdivido o grupo em três faixas (2 a 4 anos, 5 a 8 anos e acima de 8 anos). Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos (p=0,23), onde o grupo de 2 a 4 anos obteve média 6,6 +1,3 o grupo de 5 a 8 anos média de 6,3 + 1,1 e o grupo acima de 8 anos a média foi 6,0 + 1,2.

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a 69 anos obteve média de 6,6 + 1,3 idade de 70 a 79 anos com média 6,3 + 1,2 de 80 a 89 anos média de 6,2 +1,2 e a média acima de 90 anos foi a de 6,5 +1,3.

Para avaliar se as AVDs melhoraram após a cirurgia utilizou-se a analise Split Plot Anova que compara homens e mulheres, pré e pós operatório conforme a Tabela 3.

Tabela 3 - Avaliação da AVDs pré e pós-operatória pelo Índice de Barthel

Grupo Pré-operatória Pós-operatória

Homens (35) 95,3 +5,8 96,0 + 6,2 p= 0,56

Mulheres (49) 94,1 + 8,3 94,5 + 8,6

No que diz respeito ao instrumento WOMAC, ao avaliarmos o período pré e pós-operatório em uma Split-plot, observou-se que entre grupos (sexo), não houve diferença significativa entre os mesmos (p= 0,15), porém, ao avaliar período pré e pós operatório no mesmo grupo há diferença significativa (p=0,0001) Tabela 4.

Tabela 4 - Avaliação do pré e pós operatório com questionário WOMAC

Grupo Pré operatória Pós operatória

Homens (35) 75,7 + 5,7 73,3 + 6,0

Mulheres (49) 75,7 +4,5 71,2 +4,5

Visou-se também uma correlação entre AVDs X Dor, a qual se mostrou neutra (p=0,99; r =-0,01). Ao avaliarmos a correlação entre Dor X Satisfação houve uma correlação negativa entre as mesmas (r= - 0,37; p= 0,001).

Para investigar se havia diferença na QV por grupo etário foi utilizado o teste ANOVA ONE WAY com resultado não significativo (p=0,60) já as medias foram: de 60 a 69 anos 72,4 +5,8, de 70 a 79 anos 73,1 +4,9 de 80 a 89 anos 71,2 +5,0 e acima de 90 anos 73,5+7,2. Discussão

As características sociodemográfico dos sujeitos deste estudo correspondem aos achados da literatura no que diz respeito à prevalência de mulheres e à média de idade na população idosa. O fato das mulheres serem maioria era esperado, já que as mesmas possuem fatores anatômicos e fisiológicos para desenvolver a OA, estudos como o de BLAGOJEVIC, ressaltou o maior risco das mulheres desenvolverem a osteoartrite dos joelhos, devido fatores hormonais e anatômicos17.

Quanto a massa corporal e IMC da amostra deste estudo, percebe-se um grau de obesidade em toda ela, independente do sexo. Este achado corrobora com os achados de estudos que relatam a relevância clínica da associação entre a obesidade e osteoartrose. FRANCO, observou em seu estudo que pessoas obesas com IMC entre 30 e 35, apresentam um risco 4 a 5 vezes maior, além, de apresentarem os sintomas mais precocemente quando se comparadas com pessoas de peso normal18.

Quando perguntados sobre a dor articular no período pré e pós operatório, o resultado foi significativo com p= 0,0001, ou seja, homens e mulheres sentiram uma diminuição na dor após a cirurgia. Nossos resultados vão ao encontro com os estudos que demonstraram que indivíduos com OA apresentam maior pontuação de dor antes da realização da cirurgia e que quando comparados com o grupo que não colocou a prótese os níveis de dores são menores,19. Acredita-se que a cirurgia possa aliviar esse sintoma nos primeiros meses de pós-operatório, com maior intensidade entre três e seis meses após a cirurgia20.

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de qualidade de vida e EAVD quando comparado o pré operatório, 18/21 meses após e após há sete anos da intervenção, o fato desse resultado significante pode ser atribuído a que no estudo citado o mesmo idoso era avaliado em diferentes fases do PO e pode assim melhor avaliar seu grau de dor em diferentes períodos21.

Quando avaliado a dor pós-operatória em relação à idade também não se observou diferença significativa entre as faixas etárias (p= 0,69). Não foi encontrado nenhum embasamento na literatura para justificar tal fato, porém, acredita-se que como a técnica cirúrgica e a reabilitação não difere a dor será similar entre todas as idades podendo alterar se avaliados fatores individuais.

As AVDs foram avaliadas nesse estudo por um instrumento abrangente. O índice de Barthel, que leva em consideração apenas se o individuo é capaz de realizar atividades cotidianas do tipo higiene, banho, alimentação, toalete, subir escadas, vestuários, controle esfincteriano, deambulação e transferência e se os a faz de forma independente, com auxilio ou é incapaz de realizar. Acredita-se que o instrumento escolhido para a avaliação das AVDs não avaliou com fidedignidade os dados. Isso porque como a própria pesquisadora trabalhou durante um ano com a amostra, a mesma observou e teve relatos de uma melhora significativa nas AVDs, diferença esta que o instrumento não teve a sensibilidade para avaliar. Em estudo similar, PATRIZZI demonstrou que os escores de atividades da vida diária foram significativamente melhores no pós-operatório independente da idade do paciente em idosos submetidos à artroplastia total, o autor utilizou o Questionário sobre dor e atividades da vida diária (AVD) – Harris Hip Score (1969) talvez o instrumento tenha avaliado de forma mais fidedigna os sujeitos22. Diferente desse estudo onde o questionário apenas avaliava se o individuo realizava as AVDs de forma independente e não quantificava o quão as AVDs eram afetadas pela OA, tal fato só foi percebido de forma negativa quando a autora analisou os resultados, sendo assim, sugere-se que as limitações das AVDs sejam avaliadas apenas por um questionário mais especifico, como a seção C do WOMAC.

Ao avaliarmos o período pré e pós-operatório, em todos os domínios do WOMAC observou-se um resultado significativo, resultado similar à literatura com melhora da dor, rigidez e AVDs quando comparado o pré e pós operatório, obtendo uma melhora de 80% de quando comparado os mesmos períodos tais resultados estão de acordo com a maioria da literatura encontrada23.

Visou-se também uma correlação entre AVDs X Dor, a qual se mostrou neutra (r =-0,01; p=0,99) diferente do que foi encontrado na literatura que afirma que a dor é um fator proporcional a funcionalidade do individuo, ou seja, quanto maior a dor, maior a influência na realização de atividades cotidianas. Acredita-se que até 60% dos pacientes com dores crônicas podem ter sua AVDs influenciadas de forma parcial ou permanente, comprometendo de modo significativo a qualidade de vida (QV)24.

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Quando comparada a QV X idade, observou se um resultado pouco significativo, A literatura correlaciona teorias e estudos que afirmam que os idosos com mais idade tendem a apresentar maior resiliência em relação à dor e melhor o enfrentamento, o que vai contra aos achados dessa pesquisa27. Porem acredita-se que mesmo com as perdas e declínios da velhice e da dor crônica os idosos são capazes de apresentar características resilientes e positivas quando questionados sobre sua vida28.

No que diz respeito à satisfação de vida dos idosos após o processo cirúrgico o resultado não foi significativo (p=0,109) , porém, relatos de melhora de pequenos gestos e hábitos do dia a dia, e mesmo com um pós-operatório demorado e dolorido a grande maioria relata que não se arrepende de ter feito o procedimento e afirma que faria novamente. Acredita-se que o grau de satisfação seja alto devido o alívio da tríade dor, deformidade e rigidez articular e pela alta expectativa dos pacientes que se submetem ao ato cirúrgico. Além disso, a evolução das técnicas cirúrgicas, que garantiram uma maior mobilidade, estabilidade e duração da prótese e aperfeiçoamento dos materiais da prótese são as principais causas da satisfação dos pacientes que foram submetidos ao processo cirúrgico que pode alcançar a 92% de satisfação29.

Nesse raciocínio, evidencia-se a necessidade de aperfeiçoar os resultados funcionais da ATJ com a implantação de programas de reabilitação, intervindo desde a preparação do paciente para o processo cirúrgico até o seu retorno às suas atividades cotidianas.

Não foi verificado a diferença da qualidade de vida por sexo, idade e por tempo de pós-cirúrgico, isso talvez porque o processo cirúrgico, medicação utilizada, protocolo de reabilitação e a recuperação estimada são a mesma para todas as idades e sexo.

Os dados obtidos neste estudo revelam diminuição da dor foi a variável que influenciou significativamente a QV dos idosos estudados. Assim, investir nos aspectos funcionais de idosos com ATQ e, como consequência, melhorar a dor, a locomoção e a satisfação são estratégias que podem interferir positivamente na QV dessas pessoas.

Algumas limitações do estudo podem ser apontadas, dentre elas, participantes da pesquisa não realizaram acompanhamento médico e fisioterapêutico exclusivo, seria interessante avaliar um grupo de idosos com artroplastia total de joelho após terem realizado tratamento apenas com uma equipe evitando assim um viés. Podemos apontar ainda como limitação a escolha do instrumento de avaliação das AVDs.

Conclusão

Os indivíduos submetidos à artroplastia total de joelho mais prevalentes nesta pesquisa são idosos, mulheres e obesos. Acreditam em uma melhora da qualidade de vida, quando comparados ao período pré operatório e vinculam isso a melhora do escore de dor com uma melhora da 40% da dor, a função física foi relatada com melhora nas AVDs , alguns idosos relatam que retornaram atividades que estavam limitadas pela doença e até iniciaram novas atividades, como atividade física ou viagens.Todos os idosos afirmam que estão satisfeito por terem sidos submetidos à ATJ e afirmam que a cirurgia apesar do pós operatório, dolorido e longo, foi capaz de melhorar seu dia a dia.Sugere-se novos estudos com a ATJ padronizando o tempo de pós operatório, técnica cirúrgica e protocolo de reabilitação diminuindo assim o viés da amostra.

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5 . CONSIDERAÇÕES FINAIS DA DISSERTAÇÃO

A cirurgia de artroplastia total de joelho se apresentou como uma opção de tratamento válida para os indivíduos com osteoartrose de joelho severa, com uma melhora da qualidade de vida.

Essa melhora da QV pode ser observada na clínica diária e por relatos do alívio dos sintomas, principalmente a dor articular, dos idosos submetidos a cirurgia. Esses afirmam que mesmo a cirurgia sendo algo de grande porte e com um pós operatório extremamente doloroso, eles acreditam que é uma boa opção de tratamento, pois retomam e até mesmo iniciam tarefas cotidianas que antes eram limitadas devido ao quadro álgico ou mesmo a rigidez da doença.

A maioria da amostra desse estudo foi de mulheres, obesas e não foi observada diferenças significativas na QV quando comparados por sexo e tempo de pos operatório, porém, os idosos mais velhos têm uma maior resiliência e afirmam que a cirurgia foi de maior valia quando comparado aos idosos mais jovens.

Todos os idosos se dizem satisfeitos com a cirurgia e afirmam que fariam novamente se necessário.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DA DISSERTAÇÃO

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Imagem

Figura 1 - Modelo de qualidade de vida na velhice
Figura 02: Figura da articulação do joelho com osteoartrose.
Figura 03 - Imagem radiológica do joelho com osteófitos
Figura 05 - Deformidade em valgo devido OA em joelho
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