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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB)

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1

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB)

Santa Cecília do Sul

2020

(2)

2

PREFEITA DO MUNICÍPIO DE SANTA CECÍLIA DO SUL

Jusene Consoladora Peruzzo

VICE-PREFEITO DO MUNICÍPIO DE SANTA CECÍLIA DO SUL

João Sirineu Pelissaro

CONSULTORIA

Aquabona Assessoria Ambiental e Segurança do Trabalho LTDA

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3

EQUIPE TÉCNICA

Elizeo Renosto: Eng. Sanitarista e Ambiental

COLABORAÇÃO

Equipe técnica da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente Secretaria Municipal de Obras

Secretaria Municipal da Educação Secretaria Municipal da Saúde Secretaria Municipal de Administração

Secretaria da Fazenda

Secretaria de habitação e Assistência Social EMATER/ASCAR – Santa Cecília do Sul

Cooperativa de Trabalho dos Recicladores de Resíduos Orgânicos e Inorgânicos

LTDA (COPERCICLA)

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4

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

RELATÓRIO TÉCNICO FINAL

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA CECÍLIA DO SUL SANTA CECÍLIA DO SUL - RS

Março, 2020

(5)

5 APRESENTAÇÃO

O presente documento consiste no Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Santa Cecília do Sul, desenvolvido em conformidade com a Lei Federal nº 11.445/07, que estabelece a Política Nacional de Saneamento, e tendo em vista que o cumprimento das diretrizes estabelecidas pela Lei nº. 12.305/2010 deixa de ser voluntário e passa a ser obrigatório, é exigido que os Estados e Municípios apresentem seus Planos Municipais de Saneamento Básico para que possam firmar convênios e contratos com a União para repasse de recursos nos programas destinados a empreendimentos e serviços relacionados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade.

O Plano Municipal de Saneamento Básico de Santa Cecília do Sul integrou em seu diagnostico a avaliação dos serviços nos quatro eixos do Saneamento Básico, (abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais), identificando as interfaces e as possíveis formas de integração das funções e atividades de gestão desses componentes, tais como:

• Promover a adequação e integração das propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico e diretrizes das Leis Municipais vigentes;

• Promover a integração das propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico aos demais planos locais e regionais das políticas de saúde, habitação, mobilidade, meio ambiente, recursos hídricos, prevenção de risco e inclusão social.

• Promover a compatibilização do Plano Municipal de Saneamento Básico com os Planos de Bacias Hidrográficas onde o município estiver inserido.

Por meio deste plano, o município de Santa Cecília do Sul terá as informações necessárias para implantar, de forma gradativa, um gerenciamento racional, melhorando a qualidade de vida da população, além de conscientizá-la.

(6)

6 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ANTT- Agência Nacional de Transportes Terrestres ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária CNEM – Comissão Nacional de Energia Nuclear CNRH - Conselho Nacional de Recursos Hídricos CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente

COPERCICLA - Cooperativa de Trabalho dos Recicladores de Resíduos Orgânicos e Inorgânicos DSMA - Departamento de Segurança e Meio Ambiente

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva EPI – Equipamento de Proteção Individual FEE – Fundação de Economia e Estatística

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICMS – Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IDHM - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal NBR – Norma Brasileira

NR – Norma Regulamentadora

ODM - Objetivos de Desenvolvimento do Milênio PAC – Programa de Aceleração do Crescimento

PGIRS – Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

PGRSS – Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde PIB – Produto Interno Bruto

PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico RDC - Resolução da Diretoria Colegiada

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7

RNTRC - Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga.

RSS – Resíduos Serviço de Saúde

SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNSA - Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

Sumário

1 PLANO DE TRABALHO ... 11

2 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ... 11

2.1 Histórico ... 11

2.1.1 Origem Italiana ... 13

2.2 Abrangência geográfica ... 14

2.3 Caracterização do território ... 15

2.3.1 Ordenamento Territorial - Zona Urbana ... 17

2.3.1.1 População residente urbana ... 17

2.3.2 Ordenamento Territorial - Zona Rural... 18

2.3.2.1 População residente rural... 18

2.3.3 Aspectos socioeconômicos ... 18

2.4 Aspectos ambientais... 18

2.4.1 Relevo ... 19

2.4.2 Geologia... 20

2.4.3 Clima ... 22

2.4.3.1 Temperatura ... 23

2.4.3.2 Chuva ... 24

2.4.4 Fauna ... 25

2.4.4.1 Vegetação ... 25

2.4.5 Hidrografia... 27

2.4.6 Estrutura Administrativa ... 30

3 COLETA DE DADOS ... 30

4 LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS ... 31

4.1 LEIS DECRETOS, PORTARIAS E RESOLUÇÕES ... 31

4.2 NORMAS TÉCNICAS - ABNT ... 32

5 ASPECTOS ANTRÓPICOS E SOCIAIS ... 33

5.1 Densidade demográfica ... 33

5.2 Infraestrutura Viária ... 33

6 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ... 34

6.1.1 Abastecimento de Água ... 34

6.1.2 Zona Urbana ... 34

6.1.2.1 Captação ... 34

6.1.2.2 Tratamento ... 35

(8)

8

6.1.2.3 Produção ... 35

6.1.2.4 Reservação ... 35

6.1.2.5 Ligações ... 36

6.1.2.6 Estruturação de tarifação ... 36

6.1.3 Zona rural ... 36

7 ESGOTAMENTO SANITÁRIO ... 37

7.1 Sistema de esgotamento sanitário ... 37

7.2 Diagnóstico do sistema de esgotamento sanitário ... 38

8 LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ... 38

8.1 Diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no Município de Santa Cecília do Sul... 39

8.1.1 Resíduo doméstico ... 40

8.1.1.1 Responsabilidade ... 40

8.1.1.2 Coleta Convencional... 41

8.1.1.3 Itinerário e Frequência de Coleta... 43

8.1.1.4 Condicionamento e armazenamento ... 43

8.1.1.5 Transporte ... 47

8.1.1.6 Tratamento e Disposição Final ... 48

8.1.1.7 Caracterização Física dos Resíduos Sólidos Domésticos ... 55

8.1.1.8 Produção Per Capita de Resíduos Domésticos ... 59

8.2 GERAÇÃO DE RESÍDUOS DA COLETA SELETIVA ... 60

8.2.1 Limpeza Pública ... 62

8.2.1.1 Responsabilidade ... 62

8.2.1.2 Infraestrutura de coleta ... 63

8.2.1.3 Acondicionamento e armazenamento ... 63

8.2.1.4 Setores, rotas e frequência ... 63

8.2.1.5 Equipe de trabalho, frota, ferramentas e equipamentos... 64

8.2.2 Resíduos de Serviço de Saúde ... 66

8.2.2.1 Responsabilidade ... 66

8.2.2.2 Infraestrutura de coleta ... 66

8.2.2.3 Acondicionamento ... 66

8.2.2.4 Armazenamento, coleta e transporte ... 67

8.2.2.5 Destinação Final ... 67

8.2.2.6 Dificuldades encontradas ... 68

8.2.3 Resíduos Industriais ... 68

8.2.3.1 Responsabilidade ... 68

8.2.3.2 Coleta e armazenamento ... 68

8.2.3.3 Transporte e Destinação Final ... 69

8.2.4 Resíduos da Construção Civil... 69

8.2.4.1 Responsabilidade ... 69

8.2.4.2 Coleta e armazenamento ... 69

8.2.4.3 Transporte e Destinação Final ... 70

8.2.5 Pilhas e baterias ... 71

8.2.5.1 Coleta e armazenamento ... 71

(9)

9

8.2.6 Lâmpadas Fluorescentes ... 71

8.2.6.1 Coleta e armazenamento ... 71

8.2.7 Pneus ... 71

8.2.7.1 Coleta e armazenamento ... 71

8.2.8 Óleos e Graxas ... 71

8.2.8.1 Coleta e armazenamento ... 72

8.2.9 Resíduo Agrícola ... 72

8.2.9.1 Coleta e armazenamento ... 72

8.2.9.2 Transporte e Destinação Final ... 72

8.2.10 Resíduos Volumosos ... 73

8.2.10.1 Coleta e armazenamento ... 73

8.2.10.2 Transporte e Destinação Final ... 73

8.3 Identificação dos resíduos sólidos e dos geradores sujeitos a plano de gerenciamento específico ou para sistema de logística reversa ... 73

9 DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS ... 76

9.1 Área urbana ... 77

9.2 Área rural ... 78

10 PROGNÓSTICOS ... 79

10.1 Prognóstico e objetivos do plano municipal de saneamento ... 79

10.2 Objetivos gerais do plano de saneamento ... 79

11 PLANOS DE AÇÕES E PROJETOS ... 81

11.1 Ações prioritárias na área do saneamento básico ... 82

11.2 Ações para o sistema de abastecimento de água potável ... 83

11.3 Ações para o sistema de esgotamento sanitário ... 85

11.4 Ações para o sistema de limpeza urbana e resíduos sólidos ... 87

11.5 Ações para o sistema de drenagem e manejo de águas ... 89

11.6 Ações para o desenvolvimento institucional ... 90

11.7 Ações para emergências e contingências ... 90

11.8 Abastecimento de água potável ... 91

11.9 Esgotamento sanitário ... 91

11.10 Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ... 91

11.11 Manejo de águas pluviais e drenagem urbana ... 92

12 AVALIAÇÃO REVISÃO E ENCERRAMENTO ... 92

12.1.1 Serão instrumentos deste sistema o (a): ... 93

12.1.2 Promoção do direito à cidade ... 93

12.1.3 Promoção da saúde e a qualidade de vida ... 94

12.1.4 Promoção da sustentabilidade ambiental ... 94

12.1.5 Melhoria do gerenciamento e da prestação de serviços ... 94

12.2 Revisão do plano municipal de saneamento ... 95

12.3 Acompanhamento monitoramento e avaliação ... 95

12.4 Elaboração do sistema municipal de informações de saneamento básico ... 96

12.5 Aprovação do plano municipal de saneamento básico ... 97

12.6 Relatório final do plano de saneamento básico... 98

13 CARACTERIZAÇÃO SANITÁRIA E EPIDEMIOLÓGICA... 99

(10)

10

13.1 Habitação ... 99

14 PROJEÇÃO POPULACIONAL ... 99

14.1 Taxa de crescimento populacional ... 100

15 PROGÓSTICOS DAS NECESSIDADES DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO ... 101

15.1 Sistema de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário ... 101

15.2 Projetos existentes ... 102

15.2.1 Projeção das necessidades de Drenagem e manejo de Águas Pluviais ... 102

15.3 ALTERNATIVA DE COMPATIBILIZAÇÃO DAS CARÊNCIAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO COM AS AÇÕES DECORRENTES DO PLANO ... 103

15.4 Cenário alternativos das demandas por serviços de saneamento básico... 104

15.4.1 Cenário Tendencial ... 106

15.4.2 Cenário de universalização ou desejável ... 107

15.4.3 Cenário normativo ... 108

16 IDENTIFICAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE GASTÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO ... 110

16.1 PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO 111 16.1.1 Prestação direta ... 111

16.1.2 Prestação Indireta – Delegação por concessão, permissão, autorização ou terceirização ... 112

17 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES NECESSÁRIAS PARA ATINGIR OS OBJETIVOS E AS METAS ... 113

17.1 FORMULAÇÃO DE ESTRATÉGIAS, POLÍTICAS E DIRETRIZES ARA ALCANÇAR OS OBJETIVOS E METAS ... 113

ANEXOS ... 115

ANEXO 01 ... 116

FOLHA DE ASSINATURA ... 116

ANEXO 02 ... 117

PLANILHA SIMPLIFICADA DAS METAS ... 117

ANEXO 03 ... 124

ATA DE ASSINATURA DA AUDIÊNCIA PUBLICA ... 124

ANEXO 04 ... 127

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA (ART) ... 127

(11)

11

1 PLANO DE TRABALHO

Para efeito da Lei nº 11.445/07, considerou-se o saneamento básico, como um conjunto de serviços, infraestrutura e instalações operacionais de:

• Abastecimento de água potável;

• Esgotamento sanitário;

• Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

• Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas;

• Controle de vetores;

2 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

2.1 Histórico

O território do município de Santa Cecília do Sul, até o ano de 1900, aproximadamente, era povoado por caboclos. Foi por volta do ano de 1915, que a família Fernandes adquiriu uma grande gleba de terras, passando a denomina-la de Fazenda Santa Cecília.

Seus proprietários destinaram uma área para o povoamento atribuindo-lhe o nome de fazenda. A colonização do local começou quando a empresa Goelzer e Almeida adquiriu uma área de terras do governo para dividi-la em lotes rurais. A escritura foi lavrada em 17 de novembro de 1928 no cartório de imóveis de Passo Fundo.

No início de colonização este lugar chamava-se “Paiol Grande” porque havia no centro da vila um grande galpão que servia de pousada para os tropeiros da época. Uma das preocupações dos primeiros colonizadores foi a educação, não havendo prédios escolares, as aulas eram ministradas em casas particulares e, após, na capela construída no povoamento. Foi somente no ano de 1964 que foi construído o primeiro prédio escolar em terreno doado pelos pais dos alunos, a Escola de 1º Grau leva o nome de Belarmino Américo de Veiga.

A Vila de Santa Cecília pertencia ao distrito de Água Santa, esta ao município de Passo Fundo.

(12)

12

Após a emancipação de Tapejara, passou a condição de distrito de Tapejara, sob Leis nº68/57 de 11 de novembro de 1957. A instalação do referido distrito deu-se no dia 05 de janeiro de 1958, com sede no mesmo povoado. A partir daquela data, o distrito estaria sob administração própria obedecendo às atribuições de subprefeitos inseridas na Lei Orgânica do Município de Tapejara.

Com o passar dos anos, a comunidade cecíliense cultivou o desejo de tornar-se independente, organizando uma comissão emancipatória para os encaminhamentos legais, realizando sua primeira reunião em 28 de março de 1993. Inúmeras outras reuniões se sucederam e, após várias tentativas junto ao governo do estado foi concedida a liberação para a realização do plebiscito emancipatório, em 24 de março de 1996, o qual revelou o desejo de 85% da população pela emancipação. Em 16 de abril de 1996 é criado o município de Santa Cecília do Sul pela Lei Nº 10.763 (juntamente com outros 30 novos municípios do Estado), sendo Instalado oficialmente em 01 de janeiro de 2001 tendo em vista atrasos nos trâmites burocráticos que impediram sua intalação em 1º de janeiro de 1997.

Figura 1: Bandeira Municipal

(13)

13 2.1.1 Origem Italiana

Segundo Piazzetta (2008), após a bem sucedida experiência de colonização alemã no Rio Grande do Sul, fundada em 1824, o governo imperial brasileiro iniciou um processo semelhante com imigrantes de origem italiana. Assim, em 1875, começaram a chegar, na província de São Pedro do Rio Grande do Sul, as primeiras família de imigrantes italianos sendo que o vênetos constituíram-se no contingente mais numeroso, atingindo no final a percentagem de 54% do total dos italianos desembarcados no Estado.

Nessa época o Rio Grande do Sul já contava com uma população de aproximadamente 400 mil habitantes e o governo provincial aproveitando a doação de terras, de acordo com a lei imperial de 1848, iniciou uma política imigratória, sendo a primeira província a fundar colônias com fundos próprios, podendo assim administrá-los por conta própria. Em 1875 iniciou a criação de quatro novos núcleos destinados ao assentamento de colonos imigrantes italianos.

Assim foram fundadas as Colônias de Dona Isabel e Conde D’ EU (logo mais conhecidas como Bento Gonçalves e Garibaldi respectivamente), a Colônia Fundos de Nova Palmira (depois rebatizada de Colônia Caxias) e a Colônia Silvestre Martins, também conhecida como 4º. Colônia, por ter sido o quarto núcleo de colonização de municípios gaúchos. Temos então:

1. Colônia Caxias deu origem a Caxias do Sul, Flores da Cunha, Farroupilha e São Marcos;

2. Colônia Dona Isabel formou Bento Gonçalves;

3. Colônia Conde D’ Eu originou Garibaldi e Carlos Barbosa;

4. Colônia Silveira Martins deu origem às cidades de Silveira Martins, Vale Vêneto, Ivorá, Nova Palma, Faxinal do soturno, São João do Polêsine e Santa Maria.

A partir de 1884, uma vez totalmente ocupadas esses quatro núcleos pioneiros, foram sendo criadas outras colônias do outro lado do Rio das Antas e assim surgiram:

1. Colônia Antonio Prado, deu origem ao atual município de mesmo nome;

2. Colônia Alfredo Chaves, deu origem a Veranópolis, Nova Prata, Nova Bassano e Cotiporã;

3. Colônia Guaporé, origem dos municípios de Guaporé, Encantado, Muçum, Serafina Correa e Casca;

(14)

14

4. Colônia encantado, originou os municípios de encantamento e Nova Bréscia.

Ponto importante a ser considerado na colonização italiana de Santa Cecília do Sul é a religiosidade. As capelas são o marco na paisagem do município, constituído pólos de atração populacional e organização comunitária, a saber: Linha Fernandes; Linha Santana; Santo Antônio; Santa Catarina; São Marcos; Santa Terezinha; São Valentim; Vista Alegre.

2.2 Abrangência geográfica

A abrangência geográfica deste PMSB limita-se as divisas do Município, que tem:

- Ao Norte: Tapejara;

- Ao Sul: Caseiros e Ciríaco;

- Ao Leste: Ibiaçá;

- Ao Oeste: Água Santa.

Figura 2: Limites Municipais.

(15)

15

Fonte IBGE, 2012.

2.3 Caracterização do território

A caracterização do município foi realizada com os dados gerais obtidos através da FEE (Fundação de Economia e Estatística), FAMURS (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul), Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O Município de Santa Cecília do Sul está localizado na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Integra a Microrregião de Passo Fundo, AMUNOR – Associação dos Municípios do Nordeste Riograndense, distante da Capital do Estado 291 km, conforme apresentado.

Localização

Endereço: A Prefeitura Municipal tem sua sede na RUA PORTO ALEGRE, 591,

• CEP: 99952-000.

Porte do Município: Micro

(16)

16

Acesso: Tem como via de acesso a BRS-116 ERS-240 ERS-122 ERS-446 BRS-470 ERS-324 ERS-129 BRS-285 ERS-430

Acesso ao Município

Fonte: Google Mapas, 2012

Lei de criação: Tem sua data de criação em 16/04/1996 Lei 10.763

Posição Geográfica: latitude 28º 09' 40" S e longitude 51º 55' 52" O

Quadro 1: Dados Município

Estado Município População Área Bioma

RS SANTA CECÍLIA DO SUL

1.644 hab. 200 km2 Mata Atlântica Fonte: IBGE, 2018.

Quadro 2: Síntese demográfica

Síntese Demográfica

Ano 1970 1980 1991 2000 2010

População Total - - - - 1655

Masculina - - - - 839

(17)

17

Fonte: Autores

Quadro 3:Dados referente ao Município

Caracterização do Território Mesorregião Sudoeste Rio-Grandense e Região Geográfica Sul

Área 200 km2

Densidade Demográfica 8,3

Altitude da Sede 627

Ano de Instalação 16/04/1996

Distância da Capital do Estado 291 Km

Microrregião Passo Fundo

Mesorregião

Noroeste Rio-Grandense Fonte: www.brasilemcidades.gov.br

2.3.1 Ordenamento Territorial - Zona Urbana

É delimitada pelo perímetro urbano legal, divide-se em: Zona Urbana de Ocupação Prioritária e Zona de Expansão Urbana.

▪ A Zona Urbana de Ocupação Prioritária é composta pelas áreas da cidade efetivamente ocupadas, servidas por ruas e glebas a elas contíguas, formada pelos bairros e centro do município.

▪ A Zona de Expansão Urbana é constituída pelas áreas da cidade situadas entre a Zona Urbana de Ocupação Prioritária e o Perímetro Urbano Legal.

2.3.1.1 População residente urbana

Feminina - - - - 816

Urbana - - - - 480

Rural - - - - 1175

Taxa de Urbanização (%) - - - - -

(18)

18

A população residente urbana no município, conforme IBGE 2010 é de 480 pessoas.

2.3.2 Ordenamento Territorial - Zona Rural

A zona rural do município apresenta as seguintes localidades: Santo Antônio; Linha Fernandes; Linha Santana; Santa Terezinha; São Valentim; Vista Alegre; Santa Catarina; São Marcos, e parte da sede próximo a cidade.

2.3.2.1 População residente rural

A população residente rural no município, conforme IBGE 2010 é de 1.175 pessoas.

2.3.3 Aspectos socioeconômicos

Para sumarização dos aspectos socioeconômicos do município, foi utilizado o IDESE (Índice Sintético), elaborado pela FEE-RS (Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul), que abrange um conjunto amplo de indicadores socioeconômicos com o objetivo de mensurar o grau de desenvolvimento dos municípios do Estado.

O IDESE é inspirado no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), que abrange um conjunto amplo de indicadores sociais e econômicos classificados em quatro blocos temáticos:

educação, renda, saneamento e saúde.

Nesse contexto, observa-se que o IDESE médio para 2008 apontou um índice de 0,633 para Santa Cecília do Sul - RS, o que inseriu o município em 410º na ordem de colocação em relação ao total dos municípios gaúchos. Para os outros fatores, os valores encontrados foram:

- Educação: Índice de 0,864 - 169º entre os municípios gaúchos;

- Renda: Índice de 0,779 - 136º posição;

- Saneamento e Domicílios: Índice de 0,062 - 478º lugar;

- Saúde: Índice de 0,826 - 441º na classificação.

2.4 Aspectos ambientais

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19

2.4.1 Relevo

Santa Cecília do Sul localiza-se na Região Sul do Brasil, no Estado do Rio Grande do Sul, sendo que neste situa-se a nordeste, na zona de relevo do planalto médio.

O Planalto Médio se encontra na porção aplainada do Planalto, apresentando cotas que variam de 400 a 800 metros, com relevo ondulado e fortemente ondulado, formando elevações arredondadas (coxilhas) com declives de dezenas a centenas de metros. Já os Campos de Cima da Serra encontram-se nas cotas superiores a 800 metros, com coxilhas alongadas com declives suaves.

Enquanto que as encostas superior e inferior do Nordeste possuem cotas de 200 a 800 metros, com relevo forte, ondulado e montanhoso, profundamente desgastado pela erosão regressiva causada pelos rios da região.

Hipsometria

Geomorfologia

(20)

20

Fonte: IBGE (2012)

2.4.2 Geologia

(21)

21

Grande parte do estado do Rio Grande do Sul foi recoberto pelo derrame basáltico conhecido como Trapp do Paraná e descrito como Província Magmática do Brasil Meridional.

Esse derrame de lava basáltica ocupa toda a região do Planalto e parte da Campanha gaúcha e pertence à formação da Serra Geral, formada no Cretáceo Inferior pela deposição de vários derrames, sendo o material inferior rochas basálticas e o superior rochas ácidas (Maciel Filho, 1990). Devido à grande variação de ambientes considerando os tipos de vegetação, clima e altitude, essas rochas originaram inúmeras unidades de mapeamento (UM), entre elas: UM Passo Fundo, UM Estação, UM Erechim, UM Charrua e UM Ciríaco, identificadoras da classificação dos solos existentes em Santa Cecília do Sul, Figura abaixo.

Geologia

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22

Fonte: IBGE (2012)

2.4.3 Clima

Clima

(23)

23

2.4.3.1 Temperatura

A temperatura média anual do município fica em torno de 18ºC. O verão é instável, mas a temperatura varia entre 28ºC e 35ºC. O inverno é bastante frio com temperaturas mínimas variando entre 7ºC e 9°C, podendo ainda ser registrado temperaturas inferiores a 0ºC. Situado em latitudes médias, o município sofre constantes invasões de frentes frias de origem polar implicando em bruscas mudanças de tempo. E com isso o Município apresenta a ocorrência de geadas, sendo em sua maior freqüência no inverno.

(24)

24

Temperatura Média Anual

2.4.3.2 Chuva

O índice pluviométrico anual é elevado, geralmente entre 1.800 a 2.000 mm, apresentado graficamente na Figura abaixo.

Precipitação Média Anual

(25)

25

2.4.4 Fauna

A fauna do Rio Grande do sul necessita de levantamentos mais completos com o objetivo de identificar os animais que vivem no estado.

Os principais mamíferos presentes no estado são: ratões do banhado, tatus, Gambás, veados, raposas, lebres; Répteis: lagartos e cobras, anfíbios: sapos e rãs. Uma variedade considerável de aves: corujas, joão-de-barro, sabiás, papagaio charão, gralhas, canários e outros.

Artrópodes: moscas, gafanhotos, borboletas, abelhas e outros. No ambiente aquático: carpas, jundiás, lambaris e trairão.

2.4.4.1 Vegetação

As formações vegetais que predominam na região do Planalto são campos e floresta ombrófila mista do Planalto Médio e campos, floresta ombrófila mista e densa nos Campos de Cima da Serra. Os campos podem ser divididos em campos de altitude e campos mistos e grossos.

Os campos de altitudes ocorrem em ambientes acima de 900 metros de altitude, com clima temperado. Apresentam predomínio de vegetação rasteira composta por gêneros Andropogon,

(26)

26

Schyzachyrium, Bothriochloa e Trachypogon, Axonopus, Paspalum, Panicum, Festuca, Agrostis, Poa e Trifolium.

Os campos mistos e grossos se caracterizam pela cobertura vegetal de 60% gramíneas como o Paspalum natatum (grama forquilha) e Aristida pallens (barba de bode), leguminosas como as do gênero Desmodium e Phaseolus. A floresta ombrófila densa ocorre em ambientes acima de 900 metros de altitude com predomínio do pinheiro brasileiro (Araucária angustifólia) constituindo o andar mais elevado, enquanto que o andar inferior é formado por espécies arbóreas e arbustivas como Podocarpus (Podocarpus lambertii) e Bracatinga (Mimosa bracaatinga), além de inúmeras espécies dos gêneros Mirtaceae, Lauraceae, Anacardiaceae e compositae. A floresta ombrófila mista é composta pela floresta ombrófila densa e elementos de climas mais quentes, com destaque para a erva mate (ilex paraguaiensis) ocorre principalmente na porção central do Planalto.

Assim, a fitogeografia original da região era caracterizada essencialmente pela floresta subtropical com araucária, típica do planalto Riograndense. As árvores nativas existentes no município são: Cambará, Angico, Pinheiro, Bracatinga, Cedro, Tambaúva, Tarumã, Ipê, entre outras.

Carta Vegetação

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27

Fonte: IBGE (2012)

2.4.5 Hidrografia

A hidrografia do Município de Santa Cecília do Sul compreende a grande Bacia do Rio Uruguai, sendo hidrografia com densidade concentrada, mas apresentando rios de pequena extensão. Tal região hidrográfica abrange a porção norte, noroeste e oeste do território sul-rio- grandense, com uma área de aproximadamente 127.031,13 km², equivalente a 47,88% da área do Estado. Sua população total está estimada em 2416.404 habitantes, que equivale a 23,73% da

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28

população do Estado, distribuídos em 286 municípios, com uma densidade demográfica em torno de 19,02 hab./km².

O Rio Uruguai, bem como seus afluentes, a montante de Porto Lucena (RS), está muito encaixado, apresentando-se sinuoso e com curvas meandrantes. Apresenta, também, dois estreitamentos no leito, um a jusante de Marcelino Ramos (RS), onde o rio apresenta um leito rochoso, bastante largo que só é todo ocupado em épocas de cheia e outro, que ocorre na reserva do Parque Estadual do Turvo, em Tenente Portela (RS), onde o rio concentra suas águas em um lado do leito, cuja margem esquerda é rebaixada. Nesse trecho, o Rio Uruguai recebe, entre outros, pela margem direita, os Rios do Peixe, Irani, Chapecó, das Antas e Peperi-Guaçu e, pela margem esquerda, os Rios Forquilha, Ligeiro, Passo Fundo, da Várzea, Guarita e Turvo. Todos se apresentam encaixados, com corredeiras e quedas d'água em seus leitos, possuindo elevado potencial energético, em grande parte já utilizado.

A Região Hidrográfica do Rio Uruguai está subdividida em onze unidades hidrográficas:

Apuaê-Inhandava (U-10), Passo Fundo (U-20), Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo (U-30), Butuí- Icamaquâ (U-40), Ibicuí (U-50), Quarai (U-60), Santa Maria (U-70), Negro (U-80), Ijuí (U-90), Várzea (U-100) e Piratinim (U- 110).

Mapa da bacia hidrográfica do Rio Uruguai dividido em sub bacias

(29)

29

O Município de Santa Cecília do Sul pertence à Bacia Apuaê-Inhandava, que reúne todos os rios e arroios que cruzam o Município, mas antes a isso, a cidade está compreendida na Bacia do Arroio Boneto, pois este arroio recebe as águas dos demais arroios que passam pelo perímetro urbano do município. Sua hidrografia possui densidade concentrada, mas apresentando rios de pequena extensão. A configuração dos leitos dos rios do município, em sua grande maioria estreitos, favorece um rápido aumento do nível das águas por ocasião das chuvas.

Referida unidade hidrográfica situa-se a norte-nordeste do Estado, entre as coordenadas geográficas 27°14' e 28°45' de latitude Sul; e 50°42' e 52°26' de longitude Oeste, abrangendo 52 municípios e drenando uma área de 14.743,15 km², contando com uma população de 291.766 habitantes. Seus principais formadores são: Rio Apuaê/Ligeiro, Rio Inhandava/Forquilha, Rio Bernardo José, Arroio Poatá, Rio Cerquinha, Rio Santana e Arroio da Divisa. O Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica dos Rios Apuaê-Inhandava (Ligeiro-Forquilha) foi criado pela Decreto Estadual nº 41.490, de 18/03/2002 e instalado em setembro de 2002.

Principais Rios da região

(30)

30

2.4.6 Estrutura Administrativa

A estrutura administrativa do governo municipal é composta por secretarias que possuem níveis de atuação e abrangência definidos por área. Estas têm como objetivo de criar condições e realizar as metas e ações propostas. A prefeitura está constituída pelas seguintes secretarias:

• Administração;

• Fazenda;

• Agricultura e Meio Ambiente;

• Planejamento;

• Educação;

• Obras;

• Saúde;

• Habitação e Assistência Social.

• Esporte e Turismo

3 COLETA DE DADOS

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31

Visando elaborar uma caracterização geral dos sistemas de água e esgoto de Santa Cecília do Sul, seu posterior detalhamento e diagnóstico da situação atual foram realizadas análises de dados secundários e de campo, cruzamento e informações, elaboração de mapas, gráficos e tabelas, além de pesquisas documentais e entrevistas com técnicos e setores institucionais que conhecem a realidade local.

As principais fontes de dados utilizados neste trabalho foram:

• SNIS – Sistema Nacional de Informações de Saneamento;

• ANA – Agência Nacional de águas;

• Prefeitura Municipal de Santa Cecília do Sul;

• IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

4 LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS

A seguir listam-se algumas legislações e normas técnicas pertinentes ao sistema de abastecimento de água.

4.1 LEIS DECRETOS, PORTARIAS E RESOLUÇÕES

• Portaria Federal Nº 1.469 de 29/12/2000, estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e das outras providências;

• Portaria Nº 518 do Ministério da Saúde de 25 de março de 2004 (substitui a portaria federal nº1.469), estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, e dá outras providências;

• Lei Federal Nº 9.984 de 17/07/2000, dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Água – ANA;

• Lei Federal Nº 9.433 de 08/01/1997, Institui a política de recursos hídricos, cria o Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

• Lei Federal Nº 6.050 de 24/05/1974, dispõe sobre a fluoretação da água em sistemas de abastecimento quando existir estação de tratamento;

(32)

32

• Lei Federal Nº 6.938 de 31/08/1981, cria o CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente);

• Resolução CONAMA Nº 357 de 17/03/2005, dispões sobra a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências;

• Resolução CONAMA Nº 274 de 29/11/2000, define a classificação das águas doces, salobras e salinas essencial a defesa dos níveis de qualidade, avaliados por parâmetros e indicadores específicos.

4.2 NORMAS TÉCNICAS - ABNT

• ABNT/NBR 10560/1988, determinação de nitrogênio amoniacal na água;

• ABNT/NBR 10561/1988, determinação de resíduos sedimentáveis na água;

• ABNT/NBR 10559/1988, determinação do oxigênio dissolvido na água;

• ABNT/NBR 10739/1989, determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) na água;

• ABNT/NBR 12619/1992, determinação de nitrito na água;

• ABNT/NBR 12620/1992, determinação de nitrato na água;

• ABNT/NBR 12642/1992, determinação de cianeto total na água;

• ABNT/NBR 12621/1992, determinação de dureza total na água;

• ABNT/NBR 13404/1995, determinação de resíduos de pesticidas organoclorados na água;

• ABNT/NBR 13405/1995, determinação de resíduos de pesticidas organofosforados na água;

• ABNT/NBR 13406/1995, determinação de resíduos de fenoxiácidos clorados na água;

• ABNT/NBR 13407/1995, determinação de tri halometanos na água;

• ABNT/NBR 12213, projeto de adutora de água para abastecimento público;

• ABNT/NBR 12212, projeto de captação de água subterrânea;

• ABNT/NBR 12214, projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento publico;

(33)

33

• ABNT/NBR 12217, projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento público.

5 ASPECTOS ANTRÓPICOS E SOCIAIS

5.1 Densidade demográfica

Segundo dados do IBGE (2019), o município de Santa Cecília do Sul apresentava no ano de 2010, uma população equivalente a 1.655 habitantes distribuída em uma unidade territorial de 199 Km², Para estabelecer o comportamento do crescimento populacional do município de Santa Cecília do Sul buscaram-se as informações históricas, conforme tabela abaixo.

O Quadro abaixo apresenta dados do IBGE da população de Santa Cecília do Sul dos anos de 2007 e 2010.

Quadro 4: Informações Populacionais

Ano População (hab)

1991 2051

2000 1716

2007 1719

2010 1655

5.2 Infraestrutura Viária

O Sistema Viário Principal é constituído pelas ruas de maior importância para o fluxo de trânsito, compreendendo vias já existentes e outras projetadas.

Os principais eixos viários no município de Santa Cecília do Sul é a Rodovia RS 430 que liga Santa Cecília do Sul ao município de Tapejara e também até a BR 285 (dois oito cinco).

Atualmente, 65% das vias localizadas no centro urbano de Santa Cecília do Sul possuem

(34)

34

pavimentação asfáltica, enquanto que 35% possuem estrada de chão. As vias principais e secundárias que ligam ao interior do município são estradas de chão.

A Secretaria de Obras do município é responsável pela manutenção da malha rodoviária do município, que é composta de aproximadamente de 750 Km de estradas de chão na Zona Rural e com 1.3 Km de asfalto na zona urbana.

6 SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

6.1.1 Abastecimento de Água

O diagnóstico do sistema de abastecimento de água no município de Santa Cecília do Sul foi dividido em dois setores, área urbana e área rural.

O abastecimento de água na zona urbana do município de Santa Cecília do Sul é realizado pela Prefeitura Municipal de Santa Cecília do Sul.

6.1.2 Zona Urbana

No perímetro urbano da cidade são identificados 3 (três) poços na cidade de Santa Cecília do Sul, dois dos poços se encontram inativos e somente um em utilização.

O sistema de abastecimento de água tratada mantido pelo Município é descrito nos itens a seguir:

6.1.2.1 Captação

A captação da água subterrânea para o sistema ocorre por bombas submersas nos poços perfurados. Os pontos de captação localizam-se em 3 pontos do município, em total de três poços profundos, sendo um em atividade e dois inativos. São listado abaixo o poço ativo e inativos, com sua respectiva localização e levantamento fotográfico.

Quadro 5: Poços perímetro urbano.

Levantamento Poços Artesianos

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35

Poço

P01 R. Monte Negro S: 28º 09’ 52,66”

O: 51º 56’ 06,56”

P02 R. Pelotas S: 28º 09’ 40,69”

O: 51º 55’ 49,40”

P03 Área Industrial S: 28º 09’ 52,69”

O: 51º 56’ 06,56”

Vale ressaltar que o poço P01 está totalmente desativado e foi fechado com concreto.

O poço P02 está em atividade, o poço P03 está totalmente ativo sendo o principal abastecimento do município.

6.1.2.2 Tratamento

Por se tratar de água de manancial subterrâneo com boa qualidade inicial, faz-se necessário apenas o tratamento de fluoretação e desinfecção para potabilização da água.

Aplicam-se, para isso soluções de hipoclorito de sódio, respectivamente.

6.1.2.3 Produção

Quanto aos dados do município vale ressaltar que o consumo de água existe hidrômetros somente nas residências, sendo que o poço onde é realizado o abastecimento no perímetro urbano o mesmo não consta com hidrômetro. São abastecidas em torno de 254 pontos no perímetro urbano, sendo em média de 10 m³/mês por ponto, totalizando em média 2.440 m³/mês.

6.1.2.4 Reservação

O sistema de abastecimento de água do município conta com 2 (dois) reservatórios um com 15 m³ e o outro com 10 m³, sendo em fibra de vidro, com essa reservação não ocorre a falta de água no município.

Da mesma forma há ocorrência de falta de água quando ocorre o rompimento de tubulações em pontos isolados.

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36

6.1.2.5 Ligações

O número de ligações á rede distribuidora é de aproximadamente 254 economias.

6.1.2.6 Estruturação de tarifação

O município aplica um modelo de tarifação unificado com taxa mensal de R$ 20,82 reais mensais para consumo até 10 m³, sendo consumido uma proporção maior que 10 m³ é cobrado R$ 3,47 ao m³ excedente.

6.1.3 Zona rural

A área rural do município de Santa Cecília do Sul conta com três modalidades de abastecimento, sendo elas: por poços artesianos administrados por associações de moradores, por fonte protegidas e poços particulares.

Abaixo é apresentado relações dos poços localizados na zona rural do município:

A água utilizada para o abastecimento urbano e rural provém de poços artesianos localizados no munícipio. Quadro abaixo:

Quadro 6: Poços artesianos no município.

Localidade Poço Reservação

(m³)

Famílias Atendidas Profundidade

(m)

Vazão (m³/h)

Santa Terezinha 144 9,5 27

Vista Alegre 106 8,6 10 14

Vista Alegre Sede

105 3 15 23

(37)

37

Santa Catarina 48 15 14

Santo Antônio Capela

86 10 24

Santo Antônio 02 180 3,74 10 18

Linha Várzea Bonita

140 10 6

Linha Santana 65 7,5 15 10

Linha fracasso 120 6,7 20 19, destas 7

pertencem a Ibiaça

São Marcos Artuso

60 5 10 7

São Marcos Rampazzo

86 5 10 15, destas 7

pertencem a Água Santa São Marcos

Girardi

100 20 10 16

Usina

(Coopercicla)

86 - 10 15

Linha Fernandes 184 5 15 31

Santo Antônio Marsilio

138 6 20 8

Spagnol 102 12 5 3

Linha Miotto 84 4 10 5

7 ESGOTAMENTO SANITÁRIO

7.1 Sistema de esgotamento sanitário

Esgoto doméstico é conceituado como o despejo líquido, resultante do uso da água para a higiene e necessidades fisiológicas humanas.

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38

Dentre os sistemas de coleta e tratamento mais utilizados têm-se os sistemas individuais e coletivos. Os sistemas individuais são adotados normalmente no atendimento unifamiliar e é constituído por uma fossa séptica e um dispositivo de infiltração no solo que poderá ser um poço negro (sumidouro) ou outro dispositivo de irrigação sub-superficial (valas). Os sistemas coletivos são compostos por um conjunto de condutos, instalações e equipamentos destinados a coletar, transportar, condicionar e encaminhar somente esgoto sanitário (doméstico) a uma disposição final conveniente, de modo contínuo e higienicamente seguro.

7.2 Diagnóstico do sistema de esgotamento sanitário

Em relação a coleta e tratamento de esgoto sanitário, o município não conta com sistemas coletivos de coleta e/ou tratamento, sendo o mesmo realizado por sistemas individuais ou mesmo nenhum tipo de tratamento.

8 LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A Lei de saneamento básico é um marco para a criação de possível iniciativas públicas com relação aos resíduos sólidos. A Política Nacional de Resíduos, disciplina a coleta, o destinamento final e o tratamento de resíduos urbanos, perigosos e industriais, entre outros.

O problema da disposição final assume uma magnitude alarmante.

Considerando apenas os resíduos urbanos públicos, o que se percebe é uma ação generalizada das administrações públicas locais ao longo dos anos em apenas afastar das zonas urbanas o lixo coletado, depositando-o por vezes em locais absolutamente inadequados, como encostas florestadas, manguezais, rios, baías e vales. Mais de 80% dos municípios vazam seus resíduos em locais a céu aberto, em cursos d’água ou em áreas ambientalmente protegidas, a maioria com a presença de catadores entre eles crianças, denunciando os problemas sociais que a má gestão do lixo acarreta.

Gerenciar o lixo de forma integrada demanda trabalhar integralmente os aspectos sociais com o planejamento das ações técnicas e operacionais do sistema de limpeza urbana.

(39)

39

A limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos é um conjunto de atividades, infraestrutura e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário de varrição e limpeza de logradouros e vias públicas.

O problema dos resíduos sólidos na grande maioria dos países e particularmente em determinadas regiões vem se agravando como consequência do acelerado crescimento populacional, concentração das áreas urbanas, desenvolvimento industrial e mudanças de hábitos.

Geralmente o desenvolvimento econômico de qualquer região vem acompanhado de uma maior produção de resíduos sólidos. Esta maior produção tem um papel importante entre os fatores que afetam a saúde da comunidade, constituindo assim um motivo para que se implantem políticas e soluções técnicas adequadas para resolver os problemas da sua gestão e disposição final.

Coleta regular, acondicionamento e destino final bem equacionado dos resíduos sólidos diminuem a incidência de casos de diversas doenças, tais como: peste, febre amarela, dengue, toxoplasmose, leishmaniose, cisticercose, salmonela, teníase, leptospirose, cólera e febre tifoide.

8.1 Diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados no Município de Santa Cecília do Sul.

A produção de lixo nas cidades brasileiras é um fenômeno inevitável que ocorre diariamente em quantidades e composições que variam com seu nível de desenvolvimento econômico, com sua população e seus diferentes estratos sociais. Neste sentido, a diminuição populacional registrado no município de Santa Cecília do Sul deve ser vista de uma forma diferente para o futuro sendo considerado um aumento populacional para os próximos anos, dessa forma resultando em um aumento na produção de resíduos sólidos pela população.

Constitucionalmente, é de competência do poder público local o gerenciamento

dos resíduos sólidos produzidos em suas cidades. Os serviços de manejo dos resíduos

sólidos compreendem a coleta, a limpeza pública bem como a destinação final desses

resíduos, e exercem um forte impacto no orçamento das administrações municipais,

podendo atingir 20,0% dos gastos da municipalidade (IBGE, 2008).

(40)

40 No entanto, segundo o Art. 8º da Lei Estadual nº. 9.921 de 27 de Julho de 1993, a coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos resíduos sólidos de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços, inclusive de saúde, são de

responsabilidade da fonte geradora independentemente da contratação de terceiros, de direito público ou privado, para execução de uma ou mais dessas atividades.

Desta maneira a responsabilidade do Município no gerenciamento dos resíduos sólidos deverá somente daqueles provenientes de residências, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, e de limpeza pública urbana. O Quadro 10 apresenta um esquema com a origem e a responsabilidade pelo gerenciamento do resíduo gerado, devendo ser adotado no município de Santa Cecília do Sul.

Quadro 5: Responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos sólidos

8.1.1 Resíduo doméstico

8.1.1.1 Responsabilidade

Conforme demonstrado no Quadro 10 a coleta, o transporte, o tratamento, o

processamento e a destinação final dos resíduos sólidos domésticos e parte do resíduos

comerciais é de responsabilidade do órgão municipal competente, onde hoje é realizado

(41)

41 pela empresa contratada COOPERCICLA. Além disso, a Constituição Federal de 1988 confere ao Município, em seu art. 30, a competência de organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão os serviços públicos de interesse local (BRASIL, 1988).

8.1.1.2 Coleta Convencional

Coletar o lixo significa recolher o lixo acondicionado por quem o produz para encaminhá-lo, mediante transporte adequado, a uma possível estação de transferência, a um eventual tratamento e à disposição final. A coleta do lixo é o segmento que mais se desenvolveu dentro do sistema de limpeza urbana e o que apresenta maior abrangência de atendimento junto à população, ao mesmo tempo em que é a atividade do sistema que demanda maior percentual, cerca de 50 a 60% dos recursos por parte da municipalidade.

Esse fato se deve à pressão exercida pela população e pelo comércio para que se execute a coleta com regularidade, respeitando a periodicidade, a frequência e o horário pré- determinado, evitando-se assim o incômodo da convivência com o lixo nas ruas.

Logo, a coleta e o transporte do lixo é a parte mais sensível aos olhos da população e mais passível de crítica. Deve funcionar bem e de forma sistemática.

Atualmente, no município de Santa Cecília do Sul, o serviço de coleta de resíduos domésticos e comercias atende toda a área urbana e, mensalmente, localidades rurais. O serviço de limpeza urbana, que compreende a coleta, transporte e destinação final dos resíduos, é realizado pela empresa COOPERCICLA que é contratada pelo município, o mesmo está analisando a possibilidade de terceirizar este tipo de serviço.

No município de Santa Cecília do Sul está implantando um programa de coleta seletiva ANEXO 02, com intuito de coletar materiais recicláveis: papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados. A coleta seletiva funciona, também, como um processo de educação ambiental na medida em que sensibiliza a comunidade sobre os problemas do desperdício de recursos naturais e da poluição causada pelo lixo.

A coleta seletiva contribui para a melhoria do meio ambiente, na medida em que:

(42)

42

Diminui a exploração de recursos naturais;

Reduz o consumo de energia;

Diminui a poluição do solo, da água e do ar;

Prolonga a vida útil dos aterros sanitários;

Possibilita a reciclagem de materiais que iriam para o lixo;

Diminui os custos da produção, com o aproveitamento de recicláveis pelas indústrias;

Diminui o desperdício;

Diminui os gastos com a limpeza urbana;

Cria oportunidade de fortalecer organizações comunitárias;

Gera emprego e renda pela comercialização dos recicláveis.

Segundo dados do IBGE (2008), os primeiros programas de coleta seletiva e reciclagem dos resíduos sólidos no Brasil começaram a partir de meados da década de 1980, como alternativas inovadoras para a redução da geração dos resíduos sólidos domésticos e estímulo à reciclagem. Desde então, comunidades organizadas, indústrias, empresas e governos locais têm sido mobilizados e induzidos à separação e classificação dos resíduos nas suas fontes produtoras.

No ano de 2008 as informações oficiais sobre a coleta seletiva dos resíduos sólidos

levantadas pela PNSB identificaram 994 programas de coleta seletiva, demonstrando um

grande avanço na implementação da coleta seletiva nos municípios brasileiros. Logo,

46,0% dos municípios da região Sul informaram a implantação de programas de coleta

seletiva que cobriam todo o município. Na Região Sul, dos programas implementados,

42,1% se concentravam em toda a área urbana da sede do município e 46,0% cobriam

todo o município (IBGE, 2008).

(43)

43 8.1.1.3 Itinerário e Frequência de Coleta

Atualmente a coleta dos resíduos domésticos de Santa Cecília do Sul é realizada pela empresa COOPERCICLA. As rotas e frequência de coleta foram definidas pela prefeitura municipal, observando a legislação vigente, a quantidade de resíduos gerada no município, o sistema de trabalho e os recursos financeiros disponíveis para a implantação do projeto.

O município de Santa Cecília do Sul possui um roteiro de recolhimento PLANO DE COLETA SELETIVA ANEXO 02 página 26 (vinte e seis) e página 28 (vinte e oito) diário/mensal dos resíduos sólidos gerados no setor urbano e rural do município em datas pré-estabelecidas no período diurno.

A frequência de coleta dos resíduos no município vem ocorrendo a cada dois dias no setor urbano e mensalmente no setor rural, sendo que são 2 coletas de resíduos convencionais e 1 coleta de resíduos recicláveis ou seja coleta seletiva na área urbana, coletado nas segunda, quartas e sextas feiras de cada semana, na zona rural sendo realizado no 1º e 2º dia de cada mês. A rota urbana totaliza uma quilometragem mensal de aproximadamente 23 km, já na zona rural totaliza quilometragem mensal de aproximadamente 135 Km.

8.1.1.4 Condicionamento e armazenamento

Conforme verificado em campo, os munícipes de Santa Cecília do Sul armazenam grande parte do seu lixo em sacolas plásticas, principalmente as provenientes de supermercados ou em sacos de lixo. Destaca-se que a maioria das sacolas utilizadas para acondicionar os resíduos sólidos não são biodegradáveis e nem apresentam viabilidade econômica para serem recicladas, gerando sérios problemas ambientais.

Os sacos plásticos são dispostos em lixeiras em frente às residências ou comércio

Figuras 14. É possível visualizar que em alguns locais ocorre à disposição de resíduos de

maneira inadequada, devido à inexistência de lixeiras ou simplesmente fora das lixeiras

existentes Figuras 15 e Figura 16.

(44)

44 Armazenamento do lixo zona urbana

Disposição inadequada dos resíduos

(45)

45

Disposição inadequada dos resíduos

(46)

46 No centro da cidade e na praça central, encontram-se lixeiras dispostas em pontos onde ocorre a maior circulação de pessoas, conforme mostra a Figura 17.

Com relação ao lixo gerado no setor rural do município, foi observado que os mesmos são acondicionados em sacos de lixo, sacolas plásticas e até mesmo em sacos de ração animal. Posteriormente, são armazenados ao longo da estrada ou em lixeiras até o momento da coleta pelo caminhão.

Lixeiras praça central

(47)

47 8.1.1.5 Transporte

Para o transporte dos resíduos domésticos e comerciais no município de Santa Cecília do Sul, é feita por caminhões da empresa COOPERCICLA (Figura 18), em condições de trabalho para coletar e transportar os resíduos domésticos e comerciais até a sua destinação final.

Com relação a equipe de trabalho responsável pela de coleta e transporte dos resíduos, esta é composta por 01 (UM) motorista e 02 (dois) coletores Foto 18.

Coleta Urbana

(48)

48 8.1.1.6 Tratamento e Disposição Final

Segundo CASADEI et al., (2011) o tratamento dos resíduos sólidos urbanos é definido como uma série de procedimentos destinados a reduzir a quantidade ou o potencial poluidor dos resíduos sólidos, seja impedindo descarte de lixo em ambiente ou local inadequado, seja transformando-o em material inerte ou biologicamente estável.

A necessidade de tratamento do lixo surge mais intensamente nos tempos atuais como resposta em que fazer com o lixo nos próximos anos já que as administrações municipais têm se defrontado com a escassez de áreas para a destinação final do lixo e a necessidade de ampliar a vida útil dos aterros em operação.

Ressalta-se que o tratamento mais eficaz é o prestado pela própria população quando está empenhada em reduzir a quantidade de lixo, evitando o desperdício, reaproveitando os materiais, separando os recicláveis em casa ou na própria fonte e se desfazendo do lixo que produz de maneira correta.

Os resíduos domésticos e comerciais coletados no município de Santa Cecília do Sul são encaminhados à usina de triagem e disposição final localizada na Linha Vista Alegre próximo a RS – 463, nas coordenadas geográficas: Lat. -29.45522000°; Long. -51.84521000 ° no município

(49)

49

de Santa Cecília do Sul com licença de operação LO nº 8698/2008-DL, ANEXO 06. De propriedade da empresa COPERCICLA, Figuras 19 e 20 localização da central de triagem.

Localização da usina de triagem COPERCICLA

Vista área aproximada da área

(50)

50 O empreendimento é composto de 01 (uma) célula para disposição final dos rejeitos dos resíduos Figura 21, 01 (uma) célula finalizada Figura 22, 01 (uma) central de triagem Figura 23, e 02 (duas) lagoas para tratamento do lixiviado, e 02 (duas) para o tratamento da água de escamento superficial da compostagem lagoa Figura 24.

Célula em operação

Célula Finalizada

(51)

51 Central de triagem

Lagoas de tratamento do lixiviado

(52)

52 Para o deslocamento e transporte dos resíduos na área do empreendimento é utilizado uma retroescavadeira e um carregador, o qual transporta os resíduos da esteira de triagem até a vala de disposição final. A figura seguinte demonstra o veículo utilizado.

Não consta a Figura do carregador.

Retroescavadeira

(53)

53 Os resíduos que chegam à usina de triagem e disposição final são encaminhados diretamente para central de triagem. Nesta, é feita a separação manual dos diversos componentes do lixo, que são divididos em grupos, de acordo com a sua natureza: matéria orgânica, materiais recicláveis, rejeitos e resíduos sólidos específicos.

Após a descarga do lixo, os funcionários realizam uma “pré-triagem”, que consiste na retirada dos volumes considerados de médio ou grande porte como móveis, papelões, sucatas, plásticos, vidros, etc. e os menores são encaminhados à mesa de triagem.

Triagem dos resíduos

(54)

54 A unidade conta com duas esteiras em que os funcionários realizam a triagem dos resíduos sólidos, após é passado por uma peneira e logo por um triturador sendo que dessa forma os resíduos

A Figura 27 demonstra de maneira sucinta a forma pela qual ocorre o processo de triagem dos resíduos sólidos que chegam à usina.

Fluxograma do processo de triagem dos resíduos

O município não conta com central de triagem de propriedade do mesmo dessa

forma a destinação é terceirizada.

(55)

55 8.1.1.7 Caracterização Física dos Resíduos Sólidos Domésticos

Ao se considerar a caracterização do lixo domiciliar de um município, é importante ressaltar que as suas características variam ao longo de seu percurso pelas unidades de gerenciamento do lixo, desde a geração até o destino final, bem como ao longo do tempo (VILHENA, 2010).

Para inicio de caracterização dos resíduos sólidos gerados no município de Santa Cecília do Sul e destinados a usina de triagem e disposição final, foi pesquisado dados referentes ao sistema de limpeza pública, ou seja, os setores de coleta, frequência de coleta, características dos veículos coletores, distância dos locais de tratamento e disposição final e a quantidade de resíduo gerada.

Conforme dados fornecidos pela prefeitura, a quantidade média mensal dos últimos três meses (Abril, Maio e Junho de 2019) a quantidade resíduos sólidos que são enviados para a usina de triagem corresponde a 15 toneladas ao mês. Ressalta-se que esse valor pode sofrer variação em função dos setores de coleta e dos aspectos climáticos e de sazonalidade, uma vez que, os respectivos aspectos interferem na composição física dos resíduos e, portanto, na representatividade da amostra. Além disso, feriados, datas comemorativas e período de férias escolares influenciam na quantidade de lixo gerada nas cidades.

O Quadro 11 apresenta os principais fatores que exercem forte influência sobre as características dos resíduos sólidos.

Quadro 6: Fatores que influenciam nas características dos resíduos

(56)

56

Para a realização da caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos domésticos

que chegam à usina de triagem e disposição final de Santa Cecília do Sul, utilizou-se o

método descrito na ABNT NBR 10007:2004, segunda edição 31.05.2004, que dispõe

sobre a amostragem dos resíduos sólidos, fixando os requisitos exigíveis para amostragem

dos mesmos. O objetivo da amostragem, segundo ao autor Vilhena (2010), é a obtenção

de uma amostra representativa, ou seja, a coleta de uma parcela do resíduo a ser estudado

que, quando analisado, apresente as mesmas características e propriedades de sua massa

total.

(57)

57 O procedimento adotado para a coleta das amostras representativas foi do tipo Amostragem em montes ou pilhas de resíduos. Esta etapa consistiu em retirar 3 amostras de pelo menos três seções (do topo, do meio e da base), conforme mostra a Figura 28 seguinte.

Pontos de retirada de amostras de montes ou pilhas de resíduos

Fonte: ABNT NBR 10007 (2004).

Em cada seção, foram coletadas quatro alíquotas, eqüidistantes, onde os amostradores penetraram obliquamente nos montes ou pilhas para retirar as amostras.

Essa seleção de amostragem se deu, devido a função do tipo de acondicionamento do resíduo.

Coleta das amostras

(58)

58 Posteriormente, foi realizado o rompimento dos receptáculos (sacos plásticos em geral) e a homogeneização das alíquotas dos resíduos de modo que a amostra resultante apresentar-se-á características semelhantes em todos os seus pontos. Feito isso, os materiais foram separados conforme a sua tipologia e pesados para diagnosticar a sua porcentagem em peso.

Foi considerado lixo orgânico todo resíduo que tem origem animal ou vegetal, ou seja, que recentemente fez parte de um ser vivo. Neles pode-se incluir restos de alimentos, folhas, sementes, restos de carne e ossos, papéis, madeira (palito de dentes) etc.

O lixo inorgânico foi definido como sendo todo o material que não possui origem biológica, ou seja, que foi produzido através de meios humanos, como plásticos, metais e alumínios, vidro etc.

Depois da separação das amostras, os rejeitos foram disponibilizados para serem levados ao aterro sanitário.

Conforme Quadro 12 o qual é possível visualizar a quantidade de resíduos gerados no Município nos anos de 2010, 2011 e 2012 é possível verificar um aumento significativo na quantidade de resíduos sólidos gerados.

Quadro 7: Resíduos Sólidos Santa Cecília do Sul

Resíduos 2010 2011 2012 2018

Seco 37.834,00 38.869,00 39.720,00 48.820,00 Orgânico 67.261,00 69.101,00 70.613,00 86.791,00 Rejeito 35.032,00 35.990,00 36.778,00 45.205,00 Total 140.127,00 143.961,00 147.111,00 180.816,00

Frente a esta abordagem e análise das amostras obtidas durante o período de

diagnóstico junto à usina de triagem e disposição final, foi possível realizar a classificação

dos resíduos sólidos que chegam á central de triagem. A respectiva classificação teve sua

base fundamentada na NBR 10.004/04, a qual relata que os resíduos sólidos podem ser

(59)

59 classificados quanto a sua natureza física, composição química, riscos potenciais ao meio ambiente e ainda quanto a sua origem.

Quadro 8:Classificação dos resíduos sólidos que chegam a central de triagem Tipologia Peso (Kg) Porcentagem (%)

Material Descartada 2946 27,79

Matéria Orgânica 4.346 41

Plástico Duro 242 2,28

Tetra Pak 143 1,35

Vidro 300 2,83

Papel 1.095 10,32

Pet 240 2,27

PVC 56 0,53

Plástico Filme 730 6,89

Ferro 385 3,63

Metais 117 1,11

Total 10.600 100

8.1.1.8 Produção Per Capita de Resíduos Domésticos

Segundo Oliveira et al., (2004), a produção per capita de resíduos sólidos de uma comunidade pode ser obtida pela divisão da quantidade total de resíduos coletados pela população atendida. Muitos técnicos consideram de 0,50 a 1,30 hab./dia como a faixa de variação média para o Brasil conforme Quadro 14:

Quadro 9: Geração Per Capita de Resíduos Domésticos no Brasil

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