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Rev. Bras. Enferm. vol.31 número1

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Página do Estudante

RBEn, 31 123-134, 1978

A NECESSIDADE UMANA BASICA DE EERCíCIO

- PACIENTE ACAMADO

*

Cilda Sueli Lobler

*

Elani Maria de Carvalho Rodrigues

*

Iolanda Giordano

*

Márcia Los

* Maria da Graça Ferreira da Silva

*

Maria Inês J aneUa

RBEn/15

LOBLER, C.S. e colaboradoras - A ncessidade humana básica de exercício.

Rv. Ba.

Enf.; DF, 31 : 123-134, 1978.

S U M A R I O

1 . INTRODUÇAO

1 . 1 . Processos químicos relacionados com o trabalho muscular 1 . 2 . Influências da fadiga muscular

sobre o organismo

1 . 3 . O Glicogêio na atividade mus­ cular

2 . CONCEITOS 2 . 1 . Exercício 2 . 2 . Necessidade

2 . 3 . Necessidade humana Básica 2 . 4. Necessidade de Exercício

3 . EERCíCIO E DESCONFORTO FíSICO

3 . 1 . Causas de desconforto físico 3 . 1 . 1 . Relacionados à posição 3 . 1 . 2 . Relacionados à pso e

pressão

3 . 1 . 3 . Relacionados à fricção, atrito

e

irritação

TIPOS DE EXERCíCIO 4 . 1 . Passivo

4 . 2 . Ativo-assistido 4 . 3 . Ativo

4 . 4 . Contra-resistência

• Monit-ras do Departamento de Enfermagem undamental da Escola de Enfermagem a Nel - U.F.R.J.

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LOBLER, C.S. e colaboradoras - A necessidade hmana bsica de exercicio. v. Br.

Enf.;

DF, 3 1 : 123-134, 1978.

4 . 5 . Isométrico com fricção muscular

. . 6 .

Isotônico

5 . TABELAS CONTENDO SINTOMAS, FUNDAMENTAÇAO CIENTtFICA, AÇõES DE ENFERMAGEM E RE­

CURSUS NECESSRIOS

6 .

DEFINIÇAO DE TERMOS

7. CONCLUSAO

8 . BIBLIOGAFIA

1 .

INTRODUÇAO

m coneqüência das dificuldades sur­ gidas sobre alguns temas, durante s trabalhos para implantação de um novo plano de cuidados que servirá ao Hospi­ l Universitário, ao realizar-se a Es­ cola de nfermagem Ana Néri, o "Pri­ meiro Encontro de Monioras do epar­ tameno de Enfermagem undamental para Reciclagem de Conhecimenos", foi poposto que fizéssemos um pequeno es­ tudo à respeio de Necessidade Humana

Básica de Exercício.

evido à grande extensão do assunto, e ao ouco tempo que tinhamos à nos­ o dispor, decidimos de comum acordo que o nosso trabalho fosse delimitado e que a Necessidade Humana Básica de Exercício fose dedicada ao paciente aca­ mado,

a

vez que este pode ter uma enorme parcela de lesões, provocadas por falta de exercicios.

e a assistência de enfermagem ofe­ recida for eficiente, e principalmente consciente, temos certeza que elevar­ e-á o grau de satisfação e, tanto en­ fermeiras(os) quanto paciente serão re­ compensados.

Noso trabalho não pretende esgotar o assunto, mas esperamos que auxilie os leitores na elaboração do plano de cuidados, para que mantenha aceso o ensamento de que paciente não é sim­ plesmente doente, mas antes de tudo,

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ser humano, envolvido por inúmeras necessidades.

1 . 1 .

Processos químiCOS relacionados com o trabalho muscular

O trabalho muscular é acompanhado de reações químicas distintas, que e produzem no interior do músculo, assim como outros setores do organismo.

Desde o tempo de Lavoisier, sabe-se que o trabalho aumenta a absorvição de oxigênio e eliminação de anidrido car­ bônico. Posteriormente, outros investi­ gadores, encontraram que durante o exercício, aumenta a circulação sangui­

nea 5 vezes, a absorvição do oxigêniO 20, e a eliminação de anidrido carbônico em 0 vezes sobre as condições basais de cada um dels. Também demonstou­ e que o consumo de Oxigênio aumenta de acordo com a intensidade o traba­ lho prodzido e que este aumento con­ tinua durane co tempo depois de finalizado o exercicio. Outro fato com­ provado foi a presença de ácido lático no músculo fatigado pelo trabalho.

1 . 2 . Influência da fadiga muscular so­ bre o organismo

Durane o trabalho muscular prolon­ gado, chega um momento em que os músculos atuantes se fadigam. produz­ se então fenômenos distintos revelado­ res do padecimento muscular. Ests con­ sistem à principio, na diminuição da potência contrátil, maia tarde em dor muscular e por último em câimbra. Sn­ be-se que todos esses sintomas são pro­ duzidos delo acúmulo de ácido lático, assim como por acumulação de água no músculo (edema muscular) .

1 . 3 .

O Glcogênio na atividade muscular

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ple-LOBLER, C.S. e colaboradoras - A necessidade humana bsica de exercício. v. Bra. Enf.; DF, 31 : 123-134, 1978.

xas com liberação de gasto de uma grande quantidade de energia ; algumas reações químicas ocorrem sem partici­ pação de oxigênio (fase anaeróbia) , en­ quanto outras requerem oxigênio (fase aeróbia) .

Na fase anaeróbia os compostos de fósforo são quebrados liberando energia que seria usada na contração muscular. Como é sabido, o principal órgão ar­ mazenador de Glicogênio é o fígado. Esse órgão o reserva para atividades que re­ querem energia. Quando o glicogênio, é quebrado a energia liberada é usada pa­ ra restaurar os compostos de fósforo. A transformação do glicogênio, até atin­

gir a glicose, fonte de energia, envolvr todo o processo de modificações quími­ cas contidas no ciclo de Krebs.

Faz-se importante lembrar que no músculo, o gl1cogênio entra em ação, assim que as fibras musculares se con­ traem. Então, o gl1cogênio sofre as de­ gradações, chega até a glicose, que por sua vez fornece energia ao músculo.

Nesse processo do gligogênio pode ocorrer doenças do armazenamento ou deposição de glocogênio. Isto ocorre de­ vido a alterações hereditárias caracte­ rizadas pela deposição anormal em

quantidade ou qualidade de glicogênio nos tecidos. Os portadores, dessa síndro­ me, apresentam uma grande intolerân­ cia para o exercício. Embora seus mús­ culos tenham um teor anormalmente elevado de glicogênio, seu sangue não apresenta pouco lactato após o exercício.

2 . CONCEITOS

2 . 1 . Exercício

Definir pura e simplesmente como : a movimentação ativa e passiva dos di­ versos órgãos, aparelhos e sistemas do corpo humano, seria muitô leigo, pois, na verdade, o exercício não é uma par­ te, mas sim um todo, no bom desenvo­ vimento e funcionamento do corpo hu.

mano, apoiados que estão nele toda a anatomia, fisiologia, sociologia, reações químicas, farmacológicas emicrobiológi­ cas do nosso corpo.

2 . 2 . Necessidade

Quando nos falta alguma coisa que perturba, pela sua ausência, o equilíbrio orgânico, chamamos de necessidade à

essa falta. Para saná-la, precisamos re­ tirar do meio ambiente os elementos de que carecemos; portanto, esses elemn­ tos são necessários. A falta deles

e

em perigo corporalmente o homm. A lista das necessidades humanas é imen­ sa, e dificilmente pOderíamos apresentá­ la, porque além das corpóreas, há as culturais, e algumas com origem na fantasia, além das que se originam na realidade.

2 . 3 . Necessidade Básica

Precisão absoluta, falta que, sem ser suprida, não nos permite boas condições de vida, saúde e felicidade.

2 . 4 . Necessidade de Exercício

Estado de morbidez ou fadiga, a que é levado o organismo quando permanece em longo período de inércia, quer de causa ocupacional, ou terapêutica. Está intimamente relacionada à deficiência de funcionamento de órgãos, �parelhos e sistemas, especialmente as do apare­

lho digestivo e sistemas circulatório e nervoso.

3 . EXERCtcIO E DESCONFORTO FíSICO

É sobejamente conhecido o enfoque da perda de identidade dos paciente que se internam num hospital. A perda da identidade engloba várias perdas meno­ res (do convívio familiar, do desempe­ nho profissional, do contato com amigos,

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Enr.; DF,

31 : 123-134, 1978.

da prática religiosa, etc . . . ) que devem ser encaradas como objeto de preocupa­ ção da(o) enfermeira (o) no que diz res­

peito à sua minimização. Pois bem, os

pacientes também perdem, invariavel­ mente, for;a como resultado do repou­ so no leito, tratamento dolorosos, e pro­ cedimentos incômodos. Isso também de­ ve ser objeto de atenção da (o) enfer­ meira (o) .

Muitas vezes o reouso no leito é mal interpretadO e executado. por falta de conhecimento de seus verdadeiros bene­ fícios & riscos.

Na antiguidade, os pacientes acama­ dos eram paralelamente esquecidos no leito. sa medida causou muitos pro­ blemas em pessoas convalescentes que tiveram assim suas energias desneces­ sariamente diminuidas e, deformidades físicas que pOderiam ter sido evitadas. A enfermagem tem evoluído em seu conhecimento científico e logrado gran­ des progressos em seu campo de atua­ ção. Porém, muitas vezes, não estamos fazendo o que sabemos que podemos fazer. Isso se aplica bem ao atendimen­ to da necessidade de exercício quando efetada em pacienes sob nossos cuida­ dos.

Necessitamos compreender os proble­ mas da imobilidade do repouso no leito, e que ações podemos adotar para redu­ zí-Ios o mínimo.

Quando observamos o problema do conforto físico em pacientes acamados, sempre identificamos causas de descon­ forto inerentes à própria situação de es­ tar acamado (em repouo no lito> . As­ sim, se obervamos o quadro abaixo, de pronto, identificaríamos várias causas de desconforto físico que poderiam ser re­ duzidas com ajuda do exercício físico. ai pdermos afirmar que: atnder a ncesidade de exercício ds pacientes também é uma forma de proporcionar­ lhe conforto.

126

3 . 1 .

Causas de Desconforto Físico

3 . 1 . 1 .

Relacionados à posição:

• Longo tempo na mesma posição.

• Cansaço muscular devido

a falta de apoio.

• eslizamento para os pés

de cama.

• Má acomodação dos tra­ vesseiros.

3 . 1

.2. Relacionados à peso e pres­

são :

• Peso dos braços sobre o abdome ou peito.

• Pressão sobre as nádegas quando sentado.

• Peso das cobertas sobe queimaduras, úlceras, fra­ turas ou articulações do­ loridas.

• Pressão devida à apare­ lhos ou ataduras dema­ siadamente apertadas. • Lençóis muito esticados

sobre os pés.

3 . 1 . 3 .

Relacionados à fricção, atri­ to, irritação:

• Roçar constante do cor­ po co�tra migalhas, ru­ gas do lençol de baixo, principalmente se estiver úmido.

4. PS

DE EXERCtcIO

4. 1 .

Pssivo

Conduido por enfermeira (o) ou e­ rapeuta m a participação do paciente.

4 . 2 .

Ativo-assístido

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31 : 123-134, 1978.

4 . 3 .

Ativo

4 . 6 .

Isotônico

O músculo se contrai, obrigando o

Exercício executado pelo paciente sem

membro à movimentar-se. Aumenta a

assistência.

força muscular e contribue para a mo­ bilidade das articulações.

4 . 4 . Contra-resistência

5 . TABELAS CONTENO : Sintomas; Exercício ativo executado contra uma Fundamentação cientifica ; Ações de resistência produzida por técnicas ma­ Enfermagem e Recursos necessários. nuais ou mecânicas.

A seguir apresentamos alguns sinto­

4 . 5 . Isométrico com fricção mus­ mas e/ou manifestações que pOdem su­

cular gerir, de uma maneira geral. Necessida­

de de Exercício afetada. Lembramos.

o exerClClO é executado pelo paciente contudo, que todos esses sintomas tam­ (tanto ativo quanto contra-resistência) . bém podem sugerir outros tipos de ne­ Também contribui para o reforço os cessidades. É importante, por isso, saber músculs, embora não melhore o movi­ identificar quando e como devem as(os)

mentos das articulações. enfermeiras (os) atuar.

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(8)

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SINTOMAS OU MANIFESTAÇõES

Parstesia : sensação anormal

de diminuição da intensidade da sensibilidade, formigamento, dormência.

Espasmo

msclar : contração

muscu-lar súbita, violen­ ta e involuntária, acompa­ nhada de dor, nos casos in­ tensos.

Hieremia: aumento de flu­ xo sanguíneo em determinada região.

..

Escaras e

decúbito : lesão com tendên-cia à gangrena ou necrose do tecido. Causadas por fricção, defitos no col­ chão e estrado do leito. Fal­ ta de vigilância em pacientes

FUNDAENTAÇAO

Causada por deficiência da lrrIgação sanguínea nas extremidades do corpo.

Provocada por contração de vasos sanguíneos da re­ gião, resultando, numa is­ quemia localizada.

Devido à uma vasodllata­ ção causada por atrito, e aumento de temperatura.

Devido a presão a cir­ culação venosa é reduzida; di-inuindo a quantidade e de oxigênio, ocasionando a

morte dos tcidos.

AÇAO

• Fazer massagem de conforto para ativar o retorno venoso.

• Estirar o músculo com

cuidado, (espasmos dos gêmeos pode aliviar-se colocando a pena em dorso- flexão) .

• Massagem delicada no músculo.

• Fazer mudança de de­ cúbito.

• Faer massagem de conforto.

• Evitar pressão nas pro­ eminências óseas.

• Fazer mudança de de­ cúbito.

• Manter uma boa higiene.

• Fazer massagem de conforto.

• Mantr roupa de cama esticada, seca e limpa.

RCURSOS

• Destreza manua •.

• estreía manual.

.

• Travesseiros.

• Coins.

• creme hidratante.

• Travesseiros.

• Coins.

• Colchão d'água.

• reme hidratane.

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SIOAS OU

STAÇõES

tracionados e, aplicação Ina­ dequada de contensões.

Cmba :

Contração mucu­

lar espasmód1ca, involuntária, dolorosa e transitória.

AnqIe:

diminuição ou abolição dos mo­ vimentos de uma articulação naturalmene móvel.

Qua

plantar:

deformidade na qual

o pé apresenta uma

flexão plantar; O onlo

FUDAMENTAÇAO

evido ao acúmulo de áci­ do lático, assim como por acumulação de água nOs músculos.

Acarretada por diminuição dos movimentos, reduzlndo o liquido sinovial, prolife­ ram-se leucócitos fibro­ blastos, células plasmáticas e outros materiais que causam a Use da cartila­ gem articular, substituin­ do-a por tecido compacto.

Devido ao tempo prolon­ gado no leito; falta de exercícios; postura Inade­

quada no leito e peso _ dos

AÇAO

• Providenciar colchão d'água.

• Proteger áreas de pres­

são. ( 1 )

Massagem no sentld contrário ao da fibra muscular.

• Fazer mssagem de conforto.

• Fazer exercícios passi­

vos e coordenar exer­

cícios ativos (flexão,

rotação, extensão, adu­ ção e abdução.

• Proteger áreas de pres­

são.

• Colocar apoio nas prin­

cipais articulações.

• Orientar exercícios de flexão de falange.

• Manter o pé em ângulo reto com as pernas. • Estimular o paciente .

flexionar e estender os

RES

• Roupa de cama.

__ -

--• Destreza manual.

• Coxins.

• Travesseiros.

• Bolas de borracha.

• Prancha para os pés.

( 1 ) Fica entendido que a proteção s éres de pressão, exclui o uso das chamadas rodas de borracha, pos o uso dsas aens

amplia a zona de ressão lém de distender s bordos da ulceraçãO .

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N SINTOMAS OU

MANIFESTAÇOES

flexiona-se em direção à

planta do pé.

ianose de

extridads

inferiores: tom azulado da

pele dos MII, a­ companhando estados em que há insuficiência na oxigena­ ção sanguínea.

lebite: inflamação das pa­ redes das veias.

FUNDAMENTAÇAO

calcanhares, forçando os dedos à uma flexão plan­ tar; peso que a roupa de cama exerce sobre os po­ dodáctllos.

Acarretada pela diminui­ ção da circulação sanguí­ nea e consequentemente do transporte de oxigênio no te'cido, causada pela falta de movimentação muscular dos MMII.

Provocada pela estagnação do "sangue venoso resul­ tante de movimentos in­ frequentes dos músculos.

AÇAO

pés e os dedos. • Movimentar os torno­

zelos num movimento rotatório no sentido dos ponteiros do relógio e ao inverso.

• Fazer prega no len;ol

protetor do paciente.

• Elevar num ângulo aci­ ma de

60

por 10° os membros inferiores e colocar em posição ho­ rizontal por 10° até que se estabeleça uma boa coloração.

• Fazer massagem para ativar a circulação de retorno.

• Fazer exercícios ativos e passivos.

• Promover deambulação

precoce.

• Realizar exercícios ati­ vos e passivos durante o banho no leito, as­ sim como massagem de conforto.

• Fazer mudanças de de­ cúbito.

RECURSOS

• Arco de proteção de rou­

pa de cama.

• Creme hidratante. • Travesseiros.

• Suporte para mebros in­

feriores.

• Travesseiros.

• Coxins.

• Creme hidratante.

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LOBLER, C.S. e colaboradoras - A necessidade humana básica de exercicio. Rev. Bras.

Enf.; DF, 31 : 123-134, 1978.

6. DEFINIÇAO DE TERMOS

Adução: - movimento de um membro em direção ao eixo, à linha média, ou uma parte do corpo.

Abdução : - movimento de afastamen­

o da linha mediana do corpo ; rotação para fora.

Extensão : - quando se refere a uma extremidade, significa extensão horizontal da articulação.

Hiperextensão : - extensão além da amplitude normal para correção de deformidade ou redução de fratura óssea, colocando-se os fragmentos em posição e alinha­ mento adequado.

Flexão: - flexão de várias articula­ ções, tais como : Joelho ou coto­ velo, ou a coxa sobre o tronco.

É o ato de curvar, condição de ser curvado.

Dorsiflexão: - flexão para trás. Fle­ xão do pé para cima.

Rotação : - volta ou movimento de uma parte em torno de seu eixo. - Interna: - rotação em direção

ao centro.

- Externa : - rotação para fora.

Pronação: - rotação da palma da mão para baixo. Condição de es­ tar em decúbito ventral.

Supinação: - rotação da palma da mão para cima. Ato de deitar­ se em decúbito dorsal.

7 . CONCLUSAO

Empregamos a palavra do modo mais simples de movimento, locomoção.

Afir-mamos que no homem o exercício é ne­ cessário e que esta necessidade redun­ da em bem estar para todo o organismo.

Hipócrates, pai da Medicina, muitos anos antes de Cristo já enfatizava a importância do exercício para o ser hu­ mano. "Deve ter-se em mente que o exercício fortalece e a inatividade con­

some", dizia ele. Este é um princípio bá­ sico que serve de fundamento

manu­ tenção da Saúde e às vezes. ainda hoje, é descurado quando assistimos a paci­ entes acamados.

Todos fazemos exercício, mas o que temos de indagar é �e os mesmos são adequados, suficientes, e se as condições são próprias e convenientes para que produzam seus frutos.

Para ajudar o paciente no atendi­ mento à nece�sidade de exercício, a en­ fermeira(o) deve diagnosticar esta ne­ cessidade para identificação do proble­ ma do excesso ou desuso dos segmen­ tos corporais; determinar que problemas requerem a interven;ão da enfermagem, selecionar ações preventivas, assistir o paciente na aplicação dessas medidas e avaliar a eficácia dessas ações.

O exercício deve ser considerado COm

uma constante em nossa vida, e não uma atividade à parte.

Ao assistirmos um paciente acamado. não podemos esquecer o quanto eSSe cuidado é importante, e que tão pouco exige para ser prestado.

8. BIBLIOGRAFIA

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